EXPOS EXHIBITION - TRIPPIN’ NYC - ENTREVISTA INTERVIEW EMA - GALLERY - STREET ART IN CUBA
johnharveyphoto.com
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400 steps ahead! Se aproxima o final do ano, seria normal deixar um re-lançamento para o início do próximo ano, mas a ansiedade para voltar às ruas é tanta que já estamos aí. Foi difícil segurar a notícia do retorno, agora com força total. Voltamos com novidades: a primeira, e mais importante, é que nossas edições agora passam a ser impressas em séries limitadas, apenas 100 exemplares por edição, para todo o país. Sim, são poucas, por isso, garanta a sua. Comemorando nosso retorno fomos atrás dos melhores artistas e assuntos. Nessa caminhada encontramos o esconderijo do Fábio Ema, o primeiro e mais influente grafiteiro do Rio de Janeiro. Longe do glamour, em meio às favelas do Rio, ele continua disseminando a arte e cultura de rua, usando o graffiti no resgate de jovens e adolecentes de áreas carentes. No mesmo ritmo, fomos de carona a New York, com Zé Palito onde ele conta um pouco mais sobre sua exposição, na Gallery FB, e as galerias e cotidiano na terra santa do graffiti. Aproveitando o embalo da viagem, registramos a arte de rua em Cuba, com fotos e depoimentos do DME e IgnorePorFavor. Um país sobre o qual muito se especula, com muita repressão e embargo econômico. Mas no meio de tantas coisas boas e ruins a arte se faz presente, e registramos aqui! A 400ML está de volta. Aproveite e colabore, faça parte, nos ajude no registro.
The year is coming to an end, it would be normal to leave a new release to the early next year, but the anxiety to return to the streets is such that we are already there. It was difficult to hold the news of the return, now in full force. We came back with news: the first, and most importantly, our issues are now being printed in limited series, only 100 copies per issue, for the whole country. Yes, there are few, so ensure yours! Celebrating our return, we seek the best artists and subjects. Along this path, we find the hiding place of Fábio Ema, the first and most influential graffiti artist from Rio de Janeiro. Far from glamorous, in the favelas of Rio, he continues to spread art and street culture, using graffiti to rescue young people and adolescents from deprived areas. At the same pace, we took a ride to New York with Zé Palito, where he tells a little about his exhibition at Gallery FB, and the galleries and daily life in the holy land of graffiti. Taking advantage of the trip, we recorded the street art in Cuba, with photos and testimonials of the DME and IgnorePorFavor. A country about which much is speculated, with much repression and economic embargo. But in the midst of so many good and bad things art is present, and recorded here! The 400ML is back. Take a chance and collaborate, join, help us in working for art.
Somando somos sempre mais.
Joining forces, we are always more.
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Dimak - ... Banksy @ MOCA 2011 USA
18Mar - 02Jun
Sim, É Arte!
Eder Muniz aka Calangos At / Local: Galeria ACBEU Bahia www.fotolog.com/calangosderua www.acbeubahia.org.br
Na expo ‘Sim! É Arte’ na galeria ACBEU o artista Eder Muniz, mais conhecido por Calangos Movimento artístico do qual é co-fundador e que a princípio tinha a ideia de reunir diferentes estilos de arte e promover eventos nas diversas comunidades da cidade de Salvador, traduz as inquietações, os sofrimentos do homem contemporâneo em belas imagens com pitadas de surrealismo numa fusão das duas essências da terra. At the Expo ‘Yes! Art is’ the gallery ACBEU artist Eder Muniz, best known for Calangos-art movement which is co-founder and at firsthad the idea of bringing together different styles of art and promote events in various communities in the city of Salvador, translates theconcerns, the sufferings of contemporary man in beautiful imageswith a touch of surrealism in a merger of the two essences of the earth.
18Out - 02Nov
X Graffiti Fine Art
Exposição Coletiva
At / Local: Museu Brasileiro de Escultura MuBE São Paulo www.mube.art.br www.flickr.com/binhone
O MuBE apresenta a décima edição da exposição “Graffiti Fine Art”, apresentando o projeto artístico de intercâmbio internacional Kosmo Art Tour. A mostra traz o trabalho de 18 artistas. A produção de murais e telas é a base do projeto e a presente exposição é fruto dele. Amsterdã, Bruxelas (Bélgica) e Bagnolet (França) já receberam o projeto em anos anteriores. A promoção da arte urbana e a criação de uma rede internacional de artistas é o foco principal. The MuBE presents the tenth edition of the exhibition “Fine Art Graffiti”, displaying the artistic project of international exchange: Kosmo Art Tour. It brings the works of 18 artists. The production of murals and paintings is the basis of the project and this exhibition is the result of it. Amsterdam, Brussels (Belgium) and Bagnolet (France) have received the project in previous years. The promotion of urban art and the creation of an international network of artists is the main focus.
20Mai - 18Jun
Submundo Urbano
TiagoBrutais CaveiraUou At / Local: Galeria Fat Cap São Paulo www.fatcapgaleria.blogspot.com www.cav3ra.blogspot.com www.flickr.com/brutaisthegang
A exposição vai mostrar um pouco de dois estilos: Cavera representando o stencil, e Tiago Brutais no grapixo, um tipo de escrita originada da pixação geralmente feita com látex ao invés de spray. Ambos só fazem trabalhos em lugares abandonados, ruínas, fábricas e vão mostrar um pouco disso com fotos, telas e intervenções nas paredes da nova galeria dedicada à arte urbana, a Fat Cap em São Paulo . The exhibition will show a bit of two styles: Cavera representing the stencil, and Tiago Brutais the grapixo, a type of writing originated from pixação usually using the latex instead of spray. They only do work in abandoned places,ruins, factories and will show a little of it with photos, canvases and interventions on the walls of the new gallery dedicated to urban art, Fat Cap in Sao Paulo.
19Mar - 20Mar
Arte.Agora
Exposição Coletiva
At / Local: Escola de Artes Visuais Parque Lage Rio de Janeiro www.cultura.rj.gov.br/veraodacultura/arte-agora
A exposição coletiva Arte.Agora foi um panorama da produção recente de artistas do Rio e do Brasil. A mostra foi dividida em três momentos: “Praça” (entorno da piscina), “Território Urbano” (área externa) e “Estação Tecnológica” (no Salão Nobre). A expo fez parte do seminario Verão da Cultura.Urgente, evento da Secretaria de Cultura do Estado. O belo casarão da Escola de Artes Visuais abrigou mesas de debates, rede de experiências e rede de ideias, além de exposições e performances. The exhibition Arte.Agora was an overview of the recent works by artists from Rio and Brazil. The show was divided into three stages: “Square” (around the pool), “Urban Planning” (outside area) and “Technological Station” (in Hall). The expo was part of the summer seminar Cultura.Urgente, event of the Secretary of Culture of the State. The beautiful house of the School of Visual Arts will host debates, network experience and network of ideas, as well as exhibitions and performances.
zé palito at New york
A sessão Trippin’ dará a volta ao mundo, trazendo novos assuntos, contados por quem vive essas experiencias, na carne. E na estréia Zé Palito conta como foi viajar a NY, suas galerias e como foi expor por lá. The session Trippin’ runs traveling giving world tour. Bringing new affairs counted by whom lives these experiences in practice. And at the premiere Zé Palito tells us about travel to NY, its galleries and how he was exposed there. Nova York é com certeza a Disneyland dos muitos viciados em arte de rua. Quem não se imaginou pintando pelo Brooklin, viver a experiencia de conhecer o Queens, Manhatan, ter uma expo individual sua e participar de uma outra coletiva, com grandes nomes da Street Art mundial?! Bom, esse é o sonho que nosso amigo Zé Palito realizou e compartilha aqui a experiência de expor em NY. “Conheci pela internet um Francês que é colecionador de arte e ama o Brasil. E este ano ele abriu a Galery FB (Francois Baron), na Broadway, especializada em street art que tem foco em artistas brasileiros. Pois, segundo ele são duas paixões que ele tem: street art e o Brasil. Ele me fez o convite para fazer uma exposição individual na galeria, que fica no Brooklin. Fique super feliz, foi tudo bem rápido, recebi o convite e 5 dias depois eu já estava em lá. Bem no estilo nova yorkino de viver, tudo louco e rápido”. (risos), conta Zéh. Produziu pouco mais que 30 trabalhos, mas alguns ficaram de fora. “Fiquei exauto, mas 16 400ML
New York is certainly the Disneyland of the many addicted to street art. Who has not imagined himself painting in Brooklyn, living the experience to know the Queens, Manhattan? Having a solo exposition, and making part of a collective exposition with great names of the world Street Art?! Well, this is the dream that our friend Zé Pailto accomplished, and here he shares the experience of exhibiting his work in New York. I knew through the internet a French art collector who loves Brazil. And this year he opened the Galery FB (Francois Baron), on Broadway, specialized in street art, and
“Temos coisas únicas, e estilos que são muito “Brasileiro”, que nos diferenciam e coloca São Paulo como uma das maiores capitais da Street Art”. “We have unique things and styles that are very ‘Brazilian’, which set us apart and puts St. Paul as one of the major capitals of Street Art” focused on Brazilian artists. And that’s because, according to him, he has two passions: Street Art and Brazil. He invited me to do a solo exhibition at the gallery, located in Brooklyn. I was very happy it was all pretty quick, I received the invitation and 5 days later I was in there. Right in the New Yorker style of living, all crazy and fast. “(laughs) says Zé. I produced little more than 30 works, but some were left out. “I
Zé Palito em exposição solo “Peace Love and Unicorns” na Gallery FB - Broadway Zé Palito in solo exhibition “Peace and Love Unicorns” in the Gallery FB - Broadway
ainda pintei dois murais na cidade”, conta. Em NY há centenas de galerias de renome prosperando como nunca e novos espaços pipocando em Manhattan, Brooklyn e Queens. O centro da explosão da arte contemporânea está no Chelsea e nos distritos dos frigoríficos, onde é possível visitar uma expo de um artista conceituado numa galeria de segunda, ou ver uma mostra nada convencional com entrada por um elevador de carga caindo aos pedaços. “NY tem toda a história e glamour, mas na minha opinião, e de dois importantes colecionadores, São Paulo daqui há alguns anos pode ser a maior potência de Street art no mundo. temos coisas únicas, e estilos que são muito “Brasileiro”, que nos diferenciam e coloca São Paulo como uma das maiores capitais da Street Art”, afirma Zé. A Brooklynite Gallery fez uma parceira com a FB Gallery. Criaram um “Pop up Gallery” com os trabalhos do Zé Palito e outros três brasileiros (Alma, Mack Vira-lata e Mateu Velasco) junto a Remed, Zbiok, Daim, Bem Frost, Lex Sten, entre outros. “Foi algo muito gratificante poder ver meu trabalho pendurado do lado desses artistas e em Nova York. Enfim foi tudo mágico”. (risos)
was exhausted, but still painted two murals in the city,” he says. In New York there are hundreds of renowned galleries thriving as never before and new spaces popping up in Manhattan, Brooklyn and Queens. The center of the explosion of contemporary art is in Chelsea and the meatpacking district, where you can visit an expo from a renowned artist in an uderground gallery, or see an unconventional show with
“São Paulo daqui há alguns anos pode ser a maior potência de Street art no mundo”. “Sao Paulo in a few years can be the greatest power in the world of Street Art”. entrance by a freight elevator falling apart. “NY has all the history and glamor, but in my opinion, and two important collectors, Sao Paulo in a few years may be the largest power of street art in the world. have unique things, and styles that are very “Brazilian”, that set us apart and puts St. Paul as one of the major capitals of Street Art, “ he says. The Brooklynite Gallery teamed up with the FB Gallery. They created a “Pop-up Gallery” with the work of Zé and three other Brazilians (Alma, Mack Vira-lata and Mateu Velasco), and the works of Remed, Zbiok, Daim, Lex Sten, etc “It was very rewarding to see my work hanging on the side of these artists, and in NY. Anyway it was all magical. “(laughs) Mais - More:
www.fbgallery.net www.flickr.com/zehpalito
Abc ...
Sattler
Foto: Jurandir Lima
Escadaria (Stairs) Cardeal Arcoverde - S達o Paulo
S達o Paulo 2010
Bts - S達o Paulo 2011
Dalata Highraff - S達o Paulo 2011
Vejam - Rio Grande do Sul 2011
www.facebook.com/funkyoriginalclothing
Bobi - Brasil Mural in Rio de Janeiro, 2011 espacorabisco.com
Nem Nick - S達o Paulo 2011
Mophos - S達o Paulo 2011
Caone Holie Kico - Paranรก 2011
Pot Boxe Shock ? Bonus - Amazonas 2011 Shock Angel Tres Born Ingrid Aries Tot Grim EdMun Ever - Minas Gerais 2011
End Fhero EdMun Tot Vespa - Sรฃo Paulo 2011 LeoGospel Does JohnyC Guga Asak RotaB - Pernambuco 2011
Feto - S達o Paulo 2010
Peko Nick Nem - S達o Paulo 2011
Icone - S達o Paulo 2011
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01 02 18 20 KidRobot, 03 IL Moro, 04 Dante, 05 SkechtGuy, 06 17 Jon Paul Kaiser, 07 12 13 Dred, 15 Jon Shred 08 Mathew Khights, 09 Owen DeWitt, 10 Noosed Girl, 11 Ganz Toys, 14 David Lozeau,19 Ian Collins011
Buff Monster - buffmonster.com
End - São Paulo 2011
Iron2 - Minas Gerais 2011
Long Flicko Inea Suzue - São Paulo 2011
Tick - Rio de Janeiro 2011
Oies Babu - Sâo Paulo 2011
Dédo - São Paulo 2011
Dalata - Brasil 1 - Mural in Rotterdam / NL, 2009 2 - “Axoqviumpexinho” 90 x 70cm, técnica mista, 2010 3 - “Porksgang” 90 x 70cm, técnica mista, 2010 flickr.com/andregonzagadalata
Vitché - São Paulo 2010
Finok - São Paulo 2011
www.fabioema.com.br Um dos principais nomes do graffiti brasileiro, considerado o primeiro do Rio, ainda é uma das maiores referências do graffiti - Fabio Ema. Hoje é reconhecido além do seu mérito como grafiteiro e VJ do grupo O Rappa. Ema teve seu início na pixação, e ainda faz parte do grupo DSG - Desordeiros de São Gonçalo, cidade carioca onde foi radicado e com ajuda de amigos deu start ao graffiti no estado - Sem perceber eles eram responsáveis por o início de um movimento muito forte no Rio, só se dando conta disso quando foram capa da revista Veja Rio em 1999. Concentrado em projetos e trabalhos sociais que vem desenvolvendo, Ema procura se manter “invisível”. Mas aqui ele diz o que realmente importa. O que te levou a se envolver com projetos sociais? Na verdade eu não tive muita escolha porque eu participei de gangues, de torcida organizada, de pixadores que brigavam com pixadores... há um tempo atrás era bem diferente de hoje, hoje é mais unificado. Uma vez eu fui preso e tive que fazer projetos sociais para me limpar dessas paradas, imediatamente, e eu tinha que dar a volta por cima ou ia morrer como todos meus amigos que estavam ao meu redor, e daí aconteceu de eu conhecer revistas, a primeira informação na minha mão foi um livro sobre o começo do graffiti na Alemanha que tinha numa biblioteca que eu fui obrigado a pegar e não devolver nunca mais (risos), foi a minha primeira influência, meu primeiro contato com o graffiti.
Por: Glauci Myiata Fotos: Arquivo Pessoal
One of the top names in Brazilian graffiti, considered the first to do it inRio, is still one of the biggest references in graffiti - Fabio Ema. Today it is recognized beyond its merits as graffiti artist and VJ of the music group O Rappa. Ema started in pixação, and still is part of the group called DSG (MeansRioters of São Gonçalo), the city in Rio de Janeiro where he was settled and with the help of friends started to do graffiti in the State - Unaware they were responsible for the beginning of a very strong movement in Rio, only realizing it when they were on the cover of Veja Rio in 1999. Focused on projects and social works that he has been developing, Ema tries to maintain “invisible”. But here he says what really matters. What led you to become involved in social projects? I didn´t really have much choice because I was part of a kind of brazilian “hooligans” gang, pixadores gang who fought with others pixadores ... a while ago was very different from today, today is more unified. Once I got arrested and had to make social projects to cleanse me of those things,immediately, and I had to turn it up or I would die like all my friends who were around me, and then I happened to know magazines, the first information in my hand was a book about the beginning of graffiti in Germany that had in a library that I was obliged to take and never to return it (laughs), this was my first influence, my first contact with graffiti.
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Na sua opinião, em que o graffiti ajuda efetivamente às pessoas que se envolvem? Além dos que pintam... Eu não posso falar sobre uma coisa que o resultado acontece em outra pessoa, não tenho como afirmar, mas o que eu busco é que ela consiga modificar o pensamento dela com arte. Não precisa ser pintor ou desenhista, precisa estar disposto a aprender e ensinar coisas, para que as pessoas consigam modificar o pensamento com arte. Não tenho tanta certeza do que cada indivíduo vai lucrar mas o meu objetivo é sempre dividir, multiplicar e espalhar essa linguagem. De que outras maneiras além de pintando as pessoas podem se envolver com o graffiti? Elas podem fazer parte dessa linguagem que pode ser desenhada, escrita, falada, não importa muito a estética. Se o graffiti é feito com aerógrafo, carvão, óleo, spray Montana, sei lá. Para mim não tem diferença. Mas eu acho que todas as linguagens que falam sobre a arte de rua fazem parte do graffiti porque hoje nada no mundo é tão rua quanto o graffiti. Até existe um monte de coisa: sticker, lambe-lambe, molde vazado, aerografia. Acho que todas essas linguagens de áudio e visual são bem vindas, todas fazem parte do graffiti. O que ainda te motiva a pintar ainda hoje, mais de vinte anos depois do seu começo? A maior motivação é porque eu pinto pra mim. É muito pessoal a minha parada. Não é pública, sabe. Eu não sou gratuito. Não estou mais interessado em aparecer, em participar de nada. Eu estou interessado é em extravasar minhas angústias na minha pintura. Pinto tela direto. Pinto com recursos eletrônicos, sou muito ligado à isso. No meio da arte eu desanimei muito com a parada do orgânico. É até estranho eu falar isso, mas eu desanimei porque eu tive muitas frustrações o que foi me deixando meio frio. A única coisa que me move nesse meio de graffiti, para falar que eu sou um grafiteiro, são essas aulas que eu dou, essas escolas, essa multiplicação, isso me estimula! Agora pegar uma lata de spray e ir pra rua pintar não me estimula em nada mais porque eu vejo que o graffiti se tornou uma outra coisa que é muito diferente do que penso aqui no Brasil.
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In your opinion, in what the graffiti effectively helps people to get involved with? In addition to those who paints ... I can’t talk about something that happens and results in another person, I can’t say it, but what I seek is that it can change their mind with art. You don´t have be painter or designer, must be willing to learn and teach things that people can change their thought through art. I’m not so sure what each individual will profit but my goal is always to divide, multiply and spread this language. In what other ways besides painting people can get involved with graffiti? They can be part of this language that can be drawn, written, spoken, no matter much the aesthetic. If the graffiti is done with airbrush, charcoal, oil, Montana spray, whatever. To me there’s no difference. But I think all the languages that speak about street art is part of graffiti because nothing in the world today is as “streetish” as graffiti. There is a lot of other stuff like sticker, licklicks, mold castings, airbrushing. I think all these audio and visual languages are welcome,all of them are part of graffiti. What motivates you to paint still today, more than twenty years after you started it? The main motivation is that I paint for myself. It is a very personal thing for me. It is not public, you know. I am not free. I am no longer interested in appearing in participating in anything. I am interested in putting out my anguish in my painting.I paint canvas all the time. I paint with electronics resources, I am really into it. In the midst of art I was so let down by the organic stuff. It’s weird for me to say this, but I was let down because I had many frustrations which let me “cold” about it. The only thing that moves me in the graffiti, to say that I am a graffiti artist, are these classes I teach, these schools, this multiplication, it excites me! Now take a can of spray paint and go to the street do not push me into anything else, because I see that graffiti has become another thing that is very different from what I think here in Brazil. Speaking of Brazil, about your trips here and abroad, through the band ORappa, what this added in your life?
Falando em Brasil, sobre suas viagens aqui e pelo mundo, através do O Rappa, no que isso te acrescentou? Teve o lado bom e o lado ruim, eu espalhei a minha arte de uma maneira que hoje devido ao fato de eu não estar na moda, na TV, expondo minhas pinturas nas galerias mais famosas as pessoas acham que eu me influencio com coisas dos outros só que se esquecem que os brasileiros hoje em dia são referência mundial. Mal sabem que eu pintei 18 telhados de Nova Iorque, junto de “neguinhos” lá que ... não vou nem ficar citando nomes. Eu não me preocupo mais com isso de ir pra “gringa”, para pintar uma “paradinha”, tirar uma foto e colocar no fotolog para dizer para todo mundo que viajei, não. Pelo contrário, eu quero é guardar para mim para um dia sair numa revista maneira, num livro maneiro, para mim é mais prazeroso. Da linha do trem (São Gonçalo - subúrbio do Rio, onde o graffiti carioca começou) para o mundo... É, a linha do trem é o que eu sou, é minha influência. Eu pixo muro há mais de vinte anos, continuo pixando. Só que eu consegui 42 400ML
aprender a desenhar, então eu pixo com estética de desenho. Eu não sou um cara que faz réplica de rosto, de fotografia isso é uma outra escola de arte, uma outra linguagem. A linha do trem é o prático é onde foi todo o laboratório. E você está feliz com o rumo que o graffiti carioca e brasileiro tomou? Ah!, sem dúvida que não, né, cara! Esse é o motivo do meu sumiço, nada mais nada menos do que isso. Porque para mim, não só o graffiti carioca, mas o graffiti nacional esqueceu muito da ideologia da parada que é ajudar o próximo. Minha primeira influência aqui no Rio foi ver do outro lado da rua, um cara que eu tinha o maior medo de chegar perto porque ele era tão fechado, tão invisível, tão insatisfeito com a humanidade que ele morreu sozinho na rua, que foi o Gentileza. Então, ele é o primeiro grafiteiro, ele é a essência. Se o graffiti desgringolou pra isso que virou, comercial e individual, eu não faço mais parte dele. Eu não me considero mais um grafiteiro carioca. Hoje em dia eu faço pintura pro mundo. Eu pinto em casa, aqui, no meu caderninho, faço um esboço, escaneio, pinto e sai na capa de uma revista de jogos on line ou sei lá do
It had a good and a bad side to it, I spread my art in a way that today, due to the fact that I´m not “the name of the moment” , I´m not on TV, exhibiting my paintings in famous galleries people think that I´m influenced by other artists but they forget that Brazilians today are a worldly reference. They don´t know that I painted 18 roofs in New York,along with some guys there that I don´t even want to mention... I do not worry about going abroad, to paint a lil´ something, take a picture and put in the Fotolog to say to everyone that I traveled, no. On the opposite, I want to keep to myself for some day put out in a cool magazine, in a cool book, to me is more enjoyable. From the railway (São Gonçalo - a suburb of Rio de Janeiro where the graffiti in Rio began) to the world ... Yeah, the railway is what I am, is my influence. I do pixação for over twenty years, I keep doing it. But I learned to draw, so I do pixação with design aesthetic.I’m not a guy who makes a replica of a face, of a photo, this is another art school, another language. The railway line is the practical is where did all the laboratory.
And are you happy with the way that Rio and Brazil graffiti took? Oh, certainly not, you know, man! This is the reason for my disappearance, nothing more nothing less than that. Because for me, not only the Rio graffiti, but graffiti nationally has forgotten much of the ideology that is helping others. My first influence here in Rio was to see on the other side of the street, a guy that I was so afraid of getting close because he was so closed up, so invisible, as dissatisfied with humanity that he died alone on the street, he was “Gentileza” (which means “kindness”). So, he is the first graffiti artist,he is the essence. If graffiti turned into what it is, commercial and individual, I don´t do part of it. I do not consider myself a Rio’s graffiti artist. Today I make paintings to the world. I I paint at home, here in my notebook, make a sketch, scanning, I paint and it goes to the cover of an online games magazine or whatever, in Korea, you know! What I do comercially is a neutral comercial, it does not affect my principles, I am not commissioned,have no validity, I am not pre-dated, do not have anything like that, I do not want anything that has that part close to me, is my thing. And Rio de Janeiro is very focused 400ML 43
Em Processo - In Process
quê, na Coréia do Sul, sabe?! O que eu faço de comercial é um comercial neutro, que não afeta os meus princípios, eu não sou encomendado, não tenho validade, não sou pré-datado, não tenho nada disso, eu não quero nada que tenha esse âmbito perto de mim, é uma parada minha. E no RJ se focou muito nisso, não porque é uma parada escrota mas eu acho que é muito mais prazeroso você dividir numa comunidade e dali sair dez grafiteiros com ideologia do que você formar na PUC um comerciante de arte, pra mim é muito mais prazeroso. Dá para adiantar pra gente quais são seus próximos projetos? Como sempre eu continuo invisível (risos). Não gosto de ficar falando, prefiro fazer tudo dar certo, fazer os muleques dos meus projetos entenderem a importância deles nesses projetos que eu estou envolvido e deixar que eles mostrem para as pessoas o resultado, porque como eu tinha dito antes eu não estou aqui para promover nada meu. Estou fazendo mil coisas. Tenho hoje nesse momento algumas salas de aula capacitadas em comunidades no Rio, são escolas públicas que recebem jovens carentes. Estou envolvido num livro que vai ser distribuído gratuitamente para todas as escolas da rede pública estadual. Trabalho com jogos online 3D, eu crio ambientes, é uma parada que me consome e ao mesmo tempo eu posso ser invisível porque poucos sabem. Valeu pelo bate-papo. Um recado para galera que segue lendo? Espero que quem esteja lendo essa revista, seja o público que eu quero afetar, que são os jovens de escolas públicas que para mim hoje é o meu alvo, porque nas escolas públicas eu consigo ser neutro com a facção que domina o local, dentro da escola pública eu sou neutro com tudo que tem de vaidade, de glamour nesse meio do graffiti . Então eu espero que quem esteja lendo seja esse público que precisa muito de ajuda, que passam necessidades financeiras e muitas vezes alimentares e que precisam também de um lugar ao sol. E eu estou aí pra isso, pra ensinar eles a gerar renda e sobreviver nesse mundo “capetalista” que a gente vive. E não esqueçam que “GENTILEZA GERA GENTILEZA”! 46 400ML
on it, not because is a terrible thing but I think it’s much more enjoyable for you to divide in a community and to ten graffiti artists to get out of there with ideology than to graduate an art dealer in a University, for me is much more pleasurable. Can you tell us what are your upcoming projects? As always I remain invisible (laughs). I do not like talking, I prefer to do everything right, make the kids of my projects to understand their importance in these projects I I am involved and let them show the result for the people, because as I said before I’m not here to promote anything of myself. I’m doing a thousand things. I have at this moment some trained classrooms in communities in Rio, are public schools that receive needed kids. I am involved in a book that will be distributed free to all schools in state government. Working with 3D online games, I create environments, is a thing that consumes me and at same time I can be invisible because few people know. Thanks for the chat. A message to anyone that are reading? I hope that whoever is reading this magazine, is the crowd I want to affect, which are kids of public schools for me today they are my target because in public schools I can be neutral with the faction that dominates the site within the public school I am neutral with everything that has to do with vanity,glamour in the graffiti. So I hope that who ever is reading this is the audience that really needs some help, who are in need of money and food and also needs a place in the sun. And I´m here to do that,to teach them to generate income and survive in this “capetalist” world which we live. And do not forget that “Kindness generates kindness!”
Baicroc Hugo Toska Iceman Maes Asew Puska - Paraná 2011
Bravos Naldo - São Paulo 2011
Adonay Bonus Lobão Pot ILoveMagenta - Amazonas 2011
Dimak - Bahia 2011
Biofa - S達o Paulo 2011
Drig Origi - S達o Paulo 2011
Nimo Lelin Robin - S達o Paulo 2011
NewFamilyCrew - S達o Paulo 2011
DaVilaCrew - S達o Paulo 2011
Mario Bands - Brasil “Série Fragmentos” 42 x 31cm, 2010 mariobands.blogspot.com
Urban Interventions: Personal Projects in Public Spaces
Dalata Hyper Nao Mona(Chile) - Minas Gerais 2009
Toes Finok - S達o Paulo 2011
How Nosm Aryz - USA 2010
HUSH - United Kingdom
“NYC” Impresso (Print), 2010 hushstudio.blogspot.com
FRANçOISE NIELLY - France
DG320 - 100 x 100cm > francoise-nielly.com
Bomk Sowat Dran Kan Brusk Jaw Blo Gris Lime - UK 2010
FILUR - Brasil “Confuso” 70 x 60cm, 2011 Acrílica e spray sobre papel Fabriano. Acrylic and spray on Fabriano paper. andrefilur.com
B47 - Brasil Sto André - São Paulo 2011 > flickr.com/b-47
Pyrochimps
Ilustrações - Ilustrations pyrochimps.com
Nazza - Argentina 2011
Afa- Rio de Janeiro 2011
Grito Aryz - 2011 Craola Dheff Maxx242 JeffSoto - 2010
Herakut USA - 2010
STREET ART IN CUBA
Por: Mariano Lima www.muraleando.org www.flickr.com/ignoreporfavor www.flickr.com/b-47
Cuba antes da revolução vivia sobre o poder de um ditador e dos Estados Unidos, era um lugar cheio de cassinos e bordéis frequentados pela máfia e pelos fuzileiros dos EUA.
Before the revolution, Cuba lived was under the power of the United States, was a place with casinos and brothels frequented by the mob and the U.S. Marines.
Sim: antes da Revolução, lidarada por Fidel e Ché, divulgados heróis nacionais, Havana estava muito mais pintada, os buracos nas ruas eram poucos e as lojas cheias e iluminadas. Mas, quem comprava naquelas lojas? E quem podia caminhar com verdadeira liberdade por aquelas ruas? Claro, os que “tinham com que” nos seus bolsos. Os demais, a grande maioria, vivia a ver as vitrines e a sonhar. Antes da revolução cubana, a população vivia em extrema pobreza, pessoas morriam de doenças para as quais já existia cura, milhares eram analfabetos; desempregados. Hoje muita coisa mudou pra melhor, outras para bem pior e algumas coisas simplismente pararam no tempo, literalmente.
Yes: before the revolution led by Fidel and Che, both national heroes, Havana was much painted, the holes in the streets were few and the shops full and bright. But who would buy in those stores? And who could freely walk on those streets? Sure, they had “that” in their pockets. The other, the vast majority, lived to see the showcases and dreams. Before the Cuban revolution, the population lived in extreme poverty, people dying of diseases for which cures existed, thousands were illiterate and unemployed.
Quem for a Cuba, verá nos muros, além da já esperada propaganda governamental revolucionária, muias formas de expressão efémera dissociada dos circuitos comerciais. Esta arte não se vende, vive-se na sua espontaneidade e no prazer de se pintar. A arte de rua, embora seja controlada pelo governo, também encontra espaço livre nas suas cores e nas suas representações.
Those in Cuba, you will see on the walls, beyond the already expected revolutionary government propaganda, many ephemeral forms of expression dissociated from the channels of commerce. This art is not for sale, it lives in its spontaneity and joy topaint. The street art, although it is controlled by the government, also finds space in its colors and its representations. In order to understand more about Cuba and its street art, we talked toIgnorePorFavor, who visited the country for 30 days. 400ML 06
Buscando entender mais sobre Cuba e sua relação com a arte de rua, conversamos com o Dme e o IgnorePorFavor, que visitaram o país por 30 dias. “Meu objetivo quanto a arte, era saber se em um sistema social diferente a arte se desvincula do dinheiro. Arte em Cuba é muito democrática, como sua educação é de primeiro mundo a relação com a cultura é muito próxima, quanto ao graffiti, em pelo menos duas cidades que passei vi trabalho do Os Gêmeos pelas ruas. Em Havana há um projeto chamado Muraleando, que é um bairro inteiro autorizado para pintar pelas ruas e casas. já foram artistas de mais de 20 países pintar lá inclusive do Brasil (Os Gêmeos, Nina, Vitché, Jana Joana). Eu pude pintar em Cuba só uma vez com o Dme, não levamos material, queríamos pintar com o que existe por lá, e olha, o material é caríssimo, para você ter uma idéia uma lata de spray, lá em Cuba, gira em torno de 10 a 25 CUC´s (30 a 60 reais aproximadamente) é muito caro, e não havia muitas opções de cores, nem preto e nem branco haviam. Demos preferência então, a pintar só com 70 400ML
Látex. E a relação com as pessoas foi muito boa, um dia antes, o pessoal já se propôs a preparar o muro com a gente, espatular, e passar a base. Tudo com muito carinho e vontade de ajudar. Foi muito divertido, houve até intervalos para um futebol contra os cubanos. O duro mesmo é encarar o sol” nos contou Dme e Ignore. Hoje Cuba vive melhor, apesar de seus grandes problemas gerados pelo embargo econômico e problemas com petróleo, mas mesmo assim consegue ser o país com melhor média em qualidade de vida da América Latina. Não há violência, não há miséria extrema, não há drogas, há excelentes médicos e todos, no país, tem no mínimo uma graduação Mesmo que não se veja criticas abertas ao governo nos muros, a arte tem a capacidade de criticar sutilmente e expor opiniões atravéz de imagens do dia a dia e das dificuldades do povo. Essa experiência comprova que a escassez e o controle do Estado não podem parar a arte, apenas limita as formas pelas quais os homens podem se expressar.
IgnorePorFavor Dme - Cuba
“My goal was to see if in a different social system art is disconnected from money. Art in Cuba is very democratic, its educational system is similar to that of developed countries and their relationship with culture is very close. At least in two cities I saw the work of the OsGêmeos in the streets. In Havana there is a project called Muraleando, which allowed an entire neighborhood to paint the streets and homes. Artists from more than 20 countries, including Brazil, have been there to paint, like Os Gemeos, Nina, Vitché, Jana Joana. I could only paint in Cuba once with Dme, we do not take material, we wanted to paint with the material existent there, and the material is expensive, for example, a spray can in Cuba costs around 10 to 25 CUC’s (20 to about 40 US$) is very expensive, and there were not many color choices, there was neither black nor white. We prefer latex paint only. And the relationship with the people was very good, one day before painting, some people has already offered to prepare the wall with us. All withgreat affection and willingness to help. It was fun, breaks up there was a soccer game against the Cubans. The same is hard to withstand the heat.” Dme and IgnorePorFavor told us.
Today Cuba has a better situation, despite its great problems caused by the embargo, its economy and oil, the country has the best average in quality of life in Latin America. No violence, no poverty, no drugs, and there are accessible doctors to the population, and all in the country has at least one college degree. We can not see open criticism to the government on the walls, but art has the property to subtly criticize and expose views using images of everyday life and the difficulties of the people. This experience demonstrates that the scarcity and the state control can not stop the art, only limits the ways in which men can express themselves.
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Jornalista Responsável Zilmar Marinho - 14097 Redação Glauci Myiata Mariano Lima Diagramação Thiago Mac Colaboração Luiz Augusto Sará Jéssica Barbosa Dme Zé Palito Ignore Por Favor Sumário Evol Curadoria Thiago Mac Agradecimentos / Thanks To: Ema, Zé Palito, Sattler, Nick, Finok, Vitché, Féto, Icone, Bobi, Dédo, End, Iron2, Marco Antônio, Bruna, Evol, Afa, Calangos, Smul, JohnyC, Rafael Vaz, Dme, Ignore Por Favor, Artestenciva, Bts, Dalata, Toes, Bands, Pot, Toquinho, Sega, Jéssica Barbosa e a toda galera da ONG FAC do Grupo O Rappa, entre outros amigos e a galera que curte, acompanha e participa enviando materiais e fotos: join400ml@gmail.com
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For God is the King of all the earth: sing ye praises with understanding. Psalm 47:7 Trimestral / Quaterly Out Nov Dez Oct Nov Dec
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