Revista iMasters #17 - Fevereiro

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Fevereiro 2016 / Ano 05 / Edição 17 Nós fazemos a Internet no Brasil R$24,00

MOBILIDADE É TUDO

SQL

PLANROCKR

ANDROID 6.0 E A POLÍTICA DE PERMISSÕES

SOBRE SQL HINTS, HUMILDADE E CANJA DE GALINHA

A FERRAMENTA QUE VAI MUDAR SEUS PROCESSOS PARA MELHOR

#pag16

#pag30

#pag50


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Expediente TIAGO BAETA Publisher RINA NORONHA (MTB 2759-ES) Editora/Jornalista Responsável FABIO LODY Direção de Arte / Diagramação NATHÁLIA TOREZANI Revisão COLABORADORES Bruno Rodrigues, Charles Fortes, Clayton da Silva, Elton Minetto, Kemel Zaidan, Lidiane Monteiro, Luiz Henrique Garetti, Mariana Anselmo, Rafael Silveira, Reinaldo Ferraz, Ricardo Ogliari, Wagner Crivelini. ESKENAZI INDÚSTRIA GRÁFICA Gráfica GRUPO IMASTERS Organização > 1000 exemplares > ISSN 1981-0288

Rua Claudio Soares 72, conjunto 1302, Pinheiros - São Paulo/SP CEP: 05422-030 Telefone: (11) 3063-5941 www.imasters.com.br/revista redacao@imasters.com.br Twitter: @iMasters Facebook: /PortaliMasters Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. É proibida a reprodução total ou parcial de textos, fotos e ilustrações, por qualquer meio, sem prévia autorização dos artistas ou do editor da revista.



Editorial 15 anos atrás, eu publicava o primeiro site do iMasters. Ainda não era um deploy, a conexão era discada e nós éramos conhecidos como webmasters. Mas o objetivo era o mesmo: integrar as diversas comunidades da época, quando ainda falávamos de CGI, ASP e Flash. A união dos vários sites segmentados de 2001 formou o Portal iMasters, que contava com um plantão de notícias, o e-mail gratuito @imasters.com. br, que era a identidade do webmaster, o embrião do nosso Fórum e um Site Inspector. Após 6 anos de várias outras novidades e a formação de uma comunidade forte de desenvolvedores, lançamos, em 2007, a revista impressa, que veio para dar ainda mais poder ao desenvolvedor, documentando em papel os temas mais importante que construímos ao longo dos anos. E hoje, 8 anos após essa primeira edição, convido você para ler a revista especial de 15 anos do iMasters. Nesta edição, já a 17ª, você conhecerá um pouco mais da nossa trajetória, aquela que a comunidade construiu conosco. Isso ficou muito visível em cada depoimento que recebemos - e que você verá nas próximas páginas. Mas, como 15 anos não se faz apenas com a nossa história, e também queremos ter muito mais para contar nos próximos 15, vem com a gente na leitura de matérias incríveis sobre inovação, construção da comunidade e muito mais. Eu estou muito feliz em compartilhar com vocês um pouco desses 15 anos. E agradeço aqui a cada um que contribui diariamente para que tudo isso seja possível. Obrigado pela confiança, carinho e companhia em todo esse período.

Tiago Baeta Diretor Executivo - Grupo iMasters www.imasters.com.br | redacao@imasters.com.br


CONHEÇA O


Sumário < 7

23

15 anos de iMasters: Uma história contada por todos nós.

16

30

50

Mobilidade é tudo

SQL

Planrockr

Android 6.0 e a Política de Permissões

Sobre SQL Hints, humildade e canja de galinha

A ferramenta que vai mudar seus processos para melhor



Sumário < 9

11 :: Entrevista > Morten Primdahl - em busca do lado humano da tecnologia 16 :: Mobilidade é tudo > Android 6.0 (Marshmallow!) e a Política de Permissões 20 :: Capa > 15 anos de iMasters: uma história contada por todos nós 29 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters? 30 :: SQL > Sobre SQL Hints, humildade e canja de galinha 34 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters? 35 :: Desenvolvimento > Arquitetura e estratégias para a integração de aplicações corporativas 38 :: Sr. Conteúdo > Conteúdo longo, conteúdo curto: cada um em seu lugar 41 :: Por aí > Fazendo a internet do Brasil pelo mundo 43 :: Por aí > CCXP Experience 2015 45 :: Código Livre > Privacidade Online 46 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters? 50 :: Review > iMasters Planrockr 52 :: Bussiness Inteligence > Big Data, o aliado na retenção de clientes 54 :: Inspiração na Computação > Computação e tecnologia são para mulheres? 57 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters? 60 :: Por dentro do W3C > A Web invisível 62 :: Banco de Dados > High Availability e Disaster Recovery 64 :: 7Masters > Edições Agile e SEO 66 :: Especial 15 anos > Qual a sua história com o iMasters?

A iMasters é uma revista de Tecnologia/Web aberta a novas ideias. Para colaborar envie o seu material por e-mail revista@imasters.com.br



Entrevista < 11

Morten Primdahl: em busca do lado humano da tecnologia Por Rina Noronha, para Redação iMasters


12 > Entrevista

Pensar no crescimento e na longevidade das empresas não é tarefa fácil. É preciso saber lidar com as adversidades da economia, concorrência, gestão e outros elementos que fazem parte do cotidiano empresarial. O crescimento futuro é sempre uma preocupação e, mais além, o investimento em inovação - o que fazer e como - é essencial para a longevidade de uma empresa, em especial em uma área tão dinâmica quanto tecnologia.

A Zendesk, criada em 2007, é um excelente exemplo de empresa que tem conseguido superar a si mesma e garantir um espaço importante no mercado. Morten Primdahl, co-founder e CTO da empresa, conta um pouco da experiência nesta entrevista, que versa sobre tecnologia, relacionamento com o cliente, inovação e o que tivemos nos últimos 15 anos - e o que veremos pela frente.

Revista iMasters: Que tipo de inovação a Zendesk trouxe à época da fundação da empresa?

realmente nos guiou na época e nos guia até hoje, então nesse sentido ainda estamos resolvendo isso e é assim que deve ser - não há nenhuma linha de chegada e vamos continuar evoluindo e melhorando a nossa oferta para muitos, muitos anos por vir.

Morten Primdahl: Muitas das coisas que existem e que nós achamos óbvias, em termos de produtos SaaS, foram feitas pela primeira vez por empresas da geração da Zendesk. Hoje, é óbvio que você deve ser capaz de se registrar, cadastrar o seu cartão de crédito e começar a usar o produto. Esse nível de simplicidade apenas não existia naquela época. Uma das coisas que nós ajudamos a trazer para a indústria foi isso, que o software não precisa ser desafiador, complicado, feio ou caro; nós o fizemos maravilhosamente simples, acessível a empresas de todos os tamanhos, e escalonável. Talvez a maior inovação tenha sido que nós construímos algo tendo em mente o cliente. RiM: Houve um problema específico que você queria resolver naquela época? Conseguiram resolvê-lo? MP: Nós realmente queríamos organizar softwares empresariais de A a Z. Queríamos permitir que as pessoas pudessem ignorar os processos pesados de vendas e a necessidade de consultores caros, porque o produto era muito complicado. Isso foi o que

RiM: Que novos problemas que você viu ao longo dos anos? MP: Quando você começa uma empresa de zero a IPO e além, você vê todos os tipos de problemas. Uma vez que você resolve um, um novo vai vir no seu caminho. Isso é verdadeiro em todas as partes do negócio à medida que tudo cresce, quer se trate de tecnologia, atendimento ao cliente, recursos humanos ou qualquer parte da empresa. Nós tivemos que aprender a dimensionar nossas operações à medida que a empresa amadurecia – temos plena consciência de como é difícil fazer isso com o serviço ao cliente, dimensionar empatia – e pegar essas lições e colocá-las em nosso produto, em nosso material de treinamento e torná-los parte do nosso DNA. RiM: Como você lida com a inovação, com as novas soluções que surgem a cada dia? O que é inovação para você?


Entrevista < 13

“15 anos no futuro é muito tempo, mas, a julgar pelos 15 que passaram, estamos a caminho de viver super experiências” MP: O tipo de inovação que mais me impressiona é aquela em que você alcança novas e melhores soluções para substituir o seu legado. Isso é uma coisa muito mais difícil de fazer do que inovar a partir de um ponto de partida limpo, zerado, mas quando você faz isso acontecer, é uma coisa maravilhosa. Então, percebemos que Zendesk deve continuar a evoluir, parte por parte, à medida que novas tecnologias e mentalidades surjam. Se não o fizermos, vamos nos tornar irrelevantes – devagar e certamente – e isso não é para nós. RiM: Qual foi a dificuldade tecnológica mais crítica/específica que vocês tiveram que superar? Você diria que é basicamente o mesmo para qualquer empresa de tecnologia? MP: Posso dizer que temos sido realmente bons em não resolver problemas específicos. Nós levamos isso muito longe usando apenas tecnologias existentes e comprovadas. Continuamos a ser muito pragmáticos nesse sentido. No entanto, lidar com a tecnologia em escala, hoje, é muito diferente de quando começamos. Nós não tínhamos AWS, SendGrid ou muitos dos serviços que se unem para construir um produto SaaS moderno atualmente, por isso tivemos que construir e dimensionar tudo a partir do zero, da maneira mais difícil. Quando você começa uma empresa hoje, está em uma posição muito boa, do lado de fora, se você conseguir pensar o

seu problema de uma forma onde você pode alavancar Amazon ou o Google para fornecer as soluções. RiM: De que forma uma solução tecnológica pode fazer um trabalho humano, como atendimento e relacionamento com o cliente, sem perder o “toque humano”? É possível? MP: Acho que estamos no negócio de dimensionar e ampliar a empatia, de compreender um indivíduo e dar-lhe o que ele está procurando com o menor atrito possível. Isso é uma coisa difícil de dimensionar, ser um “advogado do cliente” é um trabalho duro. Com a tecnologia, podemos remover um monte de atrito na interação de serviços, podemos ser inteligentes sobre como oferecer suporte e temos soluções que nos permitem ajudar os nossos clientes a gerenciar problemas comuns de forma mais eficiente, mas se nós utilizarmos muita automatização, então não estaremos resolvendo o problema da maneira correta. Eu acredito que é possível resolver o problema e ter o melhor dos dois mundos. Encontrar soluções criativas que trabalham com uma compreensão exata desses desafios é o que está no cerne de valores de engenharia da Zendesk. RiM: O que de mais magnífico aconteceu na tecnologia nos últimos 15 anos? MP: A combinação de computação em nuvem e smartphones desbloqueou a in-


14 > Entrevista

formação e o poder de processamento do mundo para todos nós. Andamos por aí com supercomputadores em nossos bolsos, e o conhecimento combinado da humanidade disponível em nossas mãos. No topo dessa plataforma, temos visto a mídia social chegar para nos conectar a todos. Estamos vendo novas tecnologias, como a aprendizagem de máquina, se tornarem acessíveis ao público em geral, e empresas ao redor do mundo estão construindo carros que não precisam de motoristas, o que mudará radicalmente a sociedade. Tudo isso aconteceu em praticamente um piscar de olhos. RiM: E o que podemos esperar para os próximos 15? MP: Como seres humanos, temos uma tendência a planejar o futuro com as informações que temos hoje. Essa é uma maneira muito linear de perceber o mundo, mas se olharmos para o passado recente, a nossa evolução tecnológica é claramente não apenas linear. Nos próximos anos, teremos carros autodirigíveis. Teremos tecnologias de aprendizagem profunda (deep learning) disponíveis, o que nos permitirá construir inteligência artificial para não só resolver os problemas para os prestadores de serviços, mas também para representar os indivíduos - por exemplo, você poderia ter uma inteligência artificial em seu telefone e isso o representará em negociações com o seu banco ou quando você estiver chegando a uma empresa para um atendimento de suporte. 15 anos no futuro é muito tempo, mas, a julgar pelos 15 que passaram, estamos a caminho de viver super experiências.

RiM: Olhando para o futuro, que desafios você acha que vamos enfrentar na área de engenharia de software? MP: Eu acho que a demanda por talentos vai continuar subindo. Acredito que mais e mais pessoas vão perceber que há uma oportunidade para ser um empreendedor de tecnologia e irão aplicar isso para mudar o mundo. Por isso, vai ser ainda mais difícil para as empresas bem estabelecidas contratarem boas pessoas. Nós continuamos a enfrentar desafios em ter mulheres em ciência da computação e engenharia de software, e eu não acho que a indústria tem sido muito bem sucedida nesse sentido. Se conseguirmos que mais crianças, de ambos os sexos, se envolvam com tecnologia no início de suas vidas, e sejam encorajadas a aprender programação quando jovens, então temos uma chance de melhorar o número de pessoas que entram em tecnologia, e não menos importante, além de começar a melhorar a questão de gêneros. RiM: Finalmente, se você pudesse voltar no tempo, que conselho você daria a si mesmo? MP: Quando você constrói uma empresa, o seu dia a dia de trabalho é identificar a maior ameaça para o seu sucesso e, em seguida, se livrar dela. Uma vez feito isso, você passa para a próxima. Isso vai ser o caminho de sua vida por um longo tempo, e se tudo que você perceber no seu dia a dia forem problemas, então você provavelmente não vai notar se é bem sucedido. Lembre-se de dar um passo para trás de vez em quando e ter uma noção de onde você está. Lembre-se de celebrar enquanto estiver nesta viagem de uma vida e, em seguida, voltar ao trabalho.



16 > Mobilidade é tudo

Android 6.0 (Marshmallow!) e a Política de Permissões Por Ricardo Ogliari, Engenheiro Android na BTCjam

O Android 6.0 (Marshmallow) é a mais recente atualização da plataforma. Assim como aconteceu nas versões anteriores, o números de novas features, frameworks e possibilidades aumentou consideravelmente. Uma delas em especial tem chamado a minha atenção. A nova política de requisição de permissões em tempo de execução. O impacto dessa mudança será sentido à medida que a nova versão da plataforma começar a ganhar mercado. Segundo dados do início do mês de agosto de 2015, a fatia que o Marshmallow já abocanhou ainda é bem tímida: apenas 0,3%. A primeira mudança de conceito está na ideia de permissões normais e permissões perigosas. Ou, no bom e velho inglês, normal permission e dangerous permission. O primeiro tipo indica as permissões que não causam riscos diretos de privacidade ao usuário, enquanto que o segundo (as perigosas) pode causar.

aceitava no momento da instalação da aplicação, agora o Android já aceita por padrão as normal permissions e pede permissão de uso ao usuário a cada momento em que uma dangerous permission seja utilizada. O primeiro grande cuidado é checar a permissão dada pelo usuário no momento de usar uma permissão. Mesmo que a revogação não tenha ocorrido dentro do app, é possível, no Android Marshmallow, acessar as preferências de um aplicativo e mudar completamente as permissões. Com a biblioteca de compatibilidade do Android, é possível usar o método checkSelfPermission da classe ContextCompat. Como parâmetro do método é passada a permissão que desejamos checar.

int permissionCheck = ContextCompat.checkSelfPermission(thisActivity, Manifest.permission.WRITE_CALENDAR);

Alguns exemplos de dangerous permission: READ_CALENDAR, READ_CONTACTS, CALL_ PHONE, SEND_SMS, READ_SMS. Alguns exemplo de normal permission: FLASHLIGHT, TRANSMIT_IR, INTERNET, VIBRATE, USE_FINGERPRINT e SET_TIME_ZONE.

Diferentemente das versões anteriores, nas quais todas as permissões eram configuradas no AndroidManifest.xml e o usuário as

Os dois retornos possíveis são: PackageManager.PERMISSION_GRANTED e PERMISSION_DENIED. No primeiro caso, temos permissão de uso e a aplicação pode proceder normalmente. Já no segundo caso, o usuário negou a permissão e o código deve ser suficientemente inteligente para fornecer outra


Mobilidade é tudo < 17

feature ou tratar de maneira adequada a falta desse “recurso”. Se a aplicação não tiver permissão de uso de uma feature, o próximo passo lógico é requisitá-la ao usuário. A imagem abaixo mostra o diálogo que será mostrado ao efetuarmos essa operação. O diálogo não é customizável:

ActivityCompat.requestPermissions (thisActivity, new String[]{Manifest.permission. READ_CONTACTS}, MY_REQUEST_CODE); Para saber a resposta do usuário, basta sobrescrever o método onRequestPermissionsResult da Activity. Perceba que o primeiro parâmetro recebido é justamente o request code. @Override

E se o usuário já tiver negado essa mesma requisição? Ou, ainda, e se a permissão não for tão clara dentro do contexto de uso da aplicação? Em ambos os casos, o desenvolvedor pode programar uma view ou mostrar o seu próprio diálogo antes de fazer a requisição. E para responder à primeira pergunta, temos o método shouldShowRequestPermissionRationale(), que retornará true se a requisição já foi apresentada e negada previamente. Para requisitar a permissão, usamos o método requestPermission da classe ActivityCompat. Os três parâmetros são: contexto, permissões desejadas e um request code que será recebido no retorno da resposta do usuário.

public void onRequestPermissionsResult(int requestCode, String permissions[], int[] grantResults) { switch (requestCode) { case MY_REQUEST_CODE: { // se a request for cancelada o grantResult vem vazio if (grantResults.length > 0 && grantResults[0] == PackageManager.PERMISSION_GRANTED) { // permissão dada pelo usuário } else { // permissão negada pelo usuário } return; } } } Graças à API de compatibilidade, podemos deixar transparente essa mudança de paradigma paraFerraz o usuário. Basta fazer a nossa Reinaldo é especialista em desenvolviparte :). web do W3C Brasil. Formado em Demento senho e Computação Gráfica e pós graduado em Design de Hipermídia pela Universidade Anhembi Morumbi, Ricardo Ogliari é em co-autor São Paulo. do livro Trabalha “Android: há maisbásico do de 12ao anos avançado”. com desenvolvimento Autor de maisweb. de Coordenador 300 publicações. do Prêmio Especialista Nacional em Web: de AcessiEstrabilidadedenaInovação tégias Web e do e Tecologia. Grupo de MBA Trabalho em Deem Acessibilidade de senvolvimento na Aplicações Web e representante e Jogos Móveis. do W3C Brasil Fundador do em Things plenárias Hackertécnicas Team e do eleito W3C. um @reinaldoferraz dos 10 nomes de open-hardware em 2013. @mobilidadetudo | rogliariping@gmail.com


18

Drops do mercado

Facilidade na hora de usar as soluções da Cielo no seu e-commerce Integrar as soluções de pagamento é uma etapa fundamental no desenvolvimento de um e-commerce. Nessa hora, informações confiáveis tornam o desafio mais fácil e rápido para qualquer desenvolvedor. Quem opta pelas soluções da Cielo tem tudo isso à disposição em cielo.com.br/desenvolvedores, um portal dedicado aos desenvolvedores com uma verdadeira caixa de ferramentas para quem deseja implementar soluções de pagamentos para qualquer perfil de cliente ou empresa online. Além das informações básicas, o portal reúne os códigos nas cinco principais linguagens de programação do mercado, e todos eles são open source. A Cielo também mantém um canal no GitHub (github.com/DeveloperCielo), onde é possível interagir com a comunidade e esclarecer dúvidas com a equipe da Cielo de maneira simples e rápida. Em seu próximo ou atual projeto de e-commerce, não deixe de acessar os conteúdos e contribuir com a comunidade de desenvolvedores.

Salesforce aprova as Cloud APIs de telefonia da DirectCall

FIAP lança novos MBAs De acordo com a consultoria Pricewaterhouse Coopers, o

A maior solução de CRM na nuvem agora fornece também

Brasil é o 4º maior mercado de games do mundo, o que

no Brasil a opção de telefonia na nuvem, sem equipamen-

mostra um momento promissor para o profissional de tec-

tos, que facilita para os seus usuários: – Ligar num clique

nologia em jogos digitais. Acompanhando este cenário, a

para o telefone de Prospects ou Clientes com opção de

Fiap reuniu professores que são referência na área e criou

Gravação, Agendamento, SMS, Mensagem de voz. His-

o MBA em Digital Games para desenvolvedores que bus-

tórico de uso por Cliente Colaborador, Etc. – Identificar o

cam especialização em tecnologias inteligentes e múltiplos

telefone que liga para um centro de atendimento quando

consoles para viabilizar ideias de jogos tanto no contexto

o número consta no Salesforce e encaminhar automático

financeiro como mercadológico. O curso oferece técnicas

a ligação para: URAs pré-configuradas para Prospectes,

de Design de Games, Storytelling, AI, Investimentos e

Clientes, Etc. e para o telefone de quem atende o contato,

Tecnologias Globais para a construção de games de ex-

segundo os dados do Salesforce – SMS em lote a partir

celência internacional. A FIAP também lançou o MBA em

do gerador de relatórios do Salesforce, etc. A DirectCall é

Digital Data Marketing. Voltado para um novo perfil profis-

uma operadora telefônica comprometida com a inovação.

sional, o curso tem como objetivo integrar os novos canais

Fornece automatização de telefonia para fábricas de sof-

e conceitos do marketing digital com as novas tecnologias

twares e número de telefone físico ou virtual gerenciável

para gerenciamento de dados; criar novos produtos/servi-

por APIs em 37 países, em 620 cidades no Brasil, números

ços a partir da análise de dados; e facilitar a ligação com

do tipo local (4000) ou nacional (0800).

a área de TI.

IBM lidera lista de patentes pelo 23º ano consecutivo A IBM anunciou que está uma vez mais no primeiro lugar da lista anual de patentes nos EUA, com um total de 7.355 patentes registradas em 2015, o que coloca a companhia na liderança pelo 23º ano consecutivo. As patentes da IBM em 2015 representam uma grande aposta nas soluções cognitivas e na plataforma cloud, numa altura em que a companhia se posiciona como líder numa nova era da computação. Os investigadores da IBM registraram mais de 2.000 patentes em áreas relacionadas com a computação cognitiva e com a plataforma cloud da companhia. Na área da computação cognitiva e da inteligência artificial, a IBM desenvolveu novas tecnologias que podem levar as máquinas a aprender, a raciocinar, e a eficientemente processar diversos tipos de dados enquanto interagem com os seres humanos de forma natural.

DialHost lança Painel com foco na integração do atendimento A DialHost iniciou o ano com a reformulação do seu painel de controle da hospedagem compartilhada e Cloud, focando na otimização do atendimento ao cliente. O projeto veio com a proposta de trazer maior agilidade, eficácia e comodidade. “A evolução do atendimento online trouxe a necessidade de dar mais autonomia e rapidez ao cliente, por isto temos que trazer soluções mais simples na resolução de problemas comuns”, diz Felipe Moraes, gerente de desenvolvimento da empresa. Ainda, segundo ele, esta reformulação é mais um passo para trazer o melhor atendimento. Entre as principais novidades estão a integração do painel com a central de atendimento, o que permite ao cliente ter um autoatendimento com informações sobre os principais problemas, além de contar com atendimento via chat, telefones e helpdesk. Por fim, houve uma grande preocupação no gerenciamento de e-mails e banco de dados, que foram completamente reformulados.


Drops do Mercado < 19

KingHost promove performance com PHP7 e Phalcon Em tempos de navegação mobile difundida, alta performance em sites e aplicativos é algo essencial. Os benefícios da otimização do desempenho levam, por um lado, à uma queda da taxa de rejeição e, em contrapartida, ao crescimento de fatores como a taxa de conversão, pageviews e posição em rankings de busca. Com isso em mente, a KingHost está empenhada em trazer tecnologias de ponta e de modo pioneiro ao seus clientes. Ano passado, entramos para a seleta lista de servidores de hospedagem que disponibilizam o uso do Phalcon aos seus clientes, inclusive em hospedagem compartilhada. O Phalcon promove uma arquitetura inovadora, a qual faz desse framework PHP o mais rápido em termos de performance já construído! Vale mencionar também o lançamento do PHP 7, linguagem que garante ganho de até 100% na performance, e que foi rapidamente disponibilizada pela KingHost.

ResellerClub lança solução integrada para seus revendedores Já é sabido que a ResellerClub é uma plataforma de revenda que permite a desenvolvedores web, designers e empresas de hospedagem oferecerem serviços web e domínios como se fossem deles, modelo de negócio também conhecido como whitelabel. Com objetivo de ampliar o alcance de mercado e a rentabilidade de seus revendedores, a ResellerClub lançou a solução Hosting Combo, incluindo Hospedagem Ilimitada + Registro de Domínio + Email Ilimitado por apenas R$ 5,99/ mês. A implementação é simples: basta tornar-se um revendedor na ResellerClub.com.br; definir os próprios preços; e começar a vender pela Interface de Vendas Pronta ou Painel de Gestão. A ResellerClub conta com mais de 200 mil revendedores e 5 milhões de domínios gerenciados no mundo. Recentemente iniciou a operação no Brasil e já alcançou mais de 1500 revendedores. E considera este o melhor momento de mercado para seus revendedores alavancarem o negócio de hospedagem de sites.

Mercado Livre Commerce Fund investe em novas startups de tecnologia

Stone apresenta novo portal para lojista consultar números das vendas

O fundo de investimentos do Mercado Livre - o Mercado Livre Commerce Fund (MeLi Fund), finalizou neste mês a convocatória 2016 para que startups de tecnologia interessadas em receber aportes do fundo pudessem apresentar seus projetos. O objetivo é apoiar startups que trabalham com as APIs do Mercado Livre e desenvolvem ferramentas tecnológicas para melhorar a experiência de compradores e vendedores nas plataformas de e-commerce da empresa. O Meli Fund recebeu propostas de mais de 100 startups, que agora estão sob a análise da diretoria de cada uma das unidades de negócios do Mercado Livre. Em uma fase posterior, os criadores dos melhores projetos apresentarão suas ideias à diretoria da empresa, a qual definirá os que receberão os aportes. Com um valor de US$ 10 milhões, o Meli Fund foi criado em 2013 e já investiu em diversas empresas na América Latina, cinco delas no Brasil.

Após um 2015 de crescimento e consolidação no mercado pagamentos, a adquirente de cartões Stone lança nova versão de portal para seus clientes acompanharem com transparência uma movimentação completa de suas vendas. Para exibir milhares de linhas em poucos segundos, o portal foi construído em Node.JS e Angular, dando muito mais velocidade, estabilidade e confiança nos dados. Todas as consultas passam por uma API própria, que futuramente possibilitará ao lojista criar integrações com outros serviços, reforçando o posicionamento da Stone de ser uma plataforma totalmente aberta. Neste portal, o lojista físico ou virtual ganha total controle sobre o quanto vendeu, o quanto já recebeu e o total pago em taxas. O sistema de conciliação mostra exatamente quais transações se referem aos pagamentos realizados e aponta os valores e as datas dos recebíveis restantes.


20 > 15 anos de história

Início do Fórum iMasters

20 01

2002

2003

2º InterCon, totalmente organizado e pensado pela equipe iMasters

2005

Primeiro InterCon, em São Paulo

Lançamento do iMasters

2006

InterCon contou com a cobertura online via Twitter e Wi-Fi liberado para participantes Lançamento da revista impressa

2007

iMasters lançou o primeiro portal brasileiro 100% validado pelo W3C

2008

iMasters Interminas: primeiro evento com palco em estilo arena


15 anos de história < 21

iMasters Interact Lançamento da página de cursos online do iMasters iMasters Report (no ar até 2011)

2009

2010

PHP Experience

7Masters

2012

DevCommerce Conference

2013

2014

2015

Conteúdos de palestras de todos os eventos passaram a ser disponibilizados no YouTube

Surgimento do Grupo iMasters, com a criação do E-commerce Brasil

Lançamento da versão mobile do Portal

20 16

Novo layout do Portal InterCon Dev WordPress Android DevConference 10 anos de InterCon

15 anos do iMasters


22 >Capa

15 anos de iMasters: uma história contada por todos nós por Mariana Anselmo, para Redação iMasters Já faz tanto tempo, que talvez você mal se lembre, mas a Internet em 2001 era bem diferente da que conhecemos hoje. Parece difícil de acreditar que há 15 anos a Internet era discada. Para os que na época eram adolescentes, a maior briga era convencer os pais a deixarem ocupar a linha telefônica durante o dia (além da dificuldade de conexão, o pulso telefônico não custava barato). O jeito era se conectar durante a madrugada... Saudades do tempo em que você ficava de olho no relógio esperando a meia-noite para encontrar seus amigos no ICQ? Acho que não... Na web, o Google já era conhecido pelos usuários, mas sofria uma concorrência acirrada de Yahoo!, Cadê? e Altavista. O Submarino já começava a ganhar forma no comércio eletrônico, e Hotmail, BOL, UOL e Terra eram alguns dos e-mails mais utilizados no País. Para os blogueiros de plantão, Blogger. Para os que queriam rir um pouquinho, Humortadela. E a Wikipedia, fonte de tantas pesquisas hoje, acreditem, não estava disponível em português em 2001. Nessa época, a tecnologia ainda nem falava em smartphone. O sucesso da vez eram os celulares de tela maior do que o convencional e que deslizava para o lado, revelando um teclado para facilitar na hora de digitar os SMSs (SMS!). Alguns já apresentavam o recurso de câmera frontal, facilitando as selfies. Nesse ano, a Apple lançou o seu primeiro iPod. E assim era possível ouvir músicas e até ver vídeos em um aparelho que cabia na palma da mão.

Foi nesse cenário, que hoje parece caótico e irreal, mas que na época parecia promissor e cheio de oportunidades, que surgiu o iMasters. Numa época em que as comunidades de desenvolvimento já eram fortes e muito atuantes, o iMasters veio para agregar todos os desenvolvedores. “O que eu acho mais legal no iMasters é que o conteúdo sempre foi muito eclético. Quem gosta da tecnologia X terá conteúdo de qualidade; quem gosta da tecnologia Y, também. O fato de receber e abraçar todas as comunidades de qualquer tecnologia é, certamente, um dos maiores diferenciais do Portal”, pontua João Neto, administrador do Fórum iMasters e iMasters Code. No dia 19 de março de 2001, uma segunda-feira, foi dada a largada para o que viria a ser a maior comunidade de desenvolvimento do Brasil. “Lembro da minha entrevista de emprego no iMasters, bem no comecinho da empresa. Era a minha primeira entrevista de emprego e eu esperava um senhor engravatado, um coisa bem formal. Mas na hora veio um ‘menino’ quase da mesma idade que eu. Eu tinha 16 anos, e o Tiago devia ter uns 18, 19... No final, fui contratado e pude ver o iMasters crescer tanto como comunidade quanto como empresa”, relembra André Metzen, primeiro IT Manager do iMasters, que construiu e gerenciou toda a arquitetura do Portal. Na época, o Portal começou a produzir conteúdo próprio e gratuito para diversas áreas. Profissionais renomados e participantes assíduos do Fórum foram convidados a se


Capa < 23

tornarem colunistas, mantendo uma rotatividade de artigos dos mais variados assuntos. Mas alguns profissionais, ao perceberem uma carência de textos sobre suas próprias áreas de atuação, se ofereciam para contribuir. Foi o que aconteceu com Fabio Lody, colunista de Photoshop do iMasters.

“O fato de receber e abraçar todas as comunidades de qualquer tecnologia é, certamente, um dos maiores diferenciais do Portal” João Neto, administrador do Fórum iMasters “Em meados de 2001, eu cursava Engenharia. Nessa época, o iMasters já era pra nós o ‘top da Internet’, sabe?! Tudo que precisávamos pesquisar era lá. E foi em uma dessas buscas no Portal que percebi algo interessante: não existia colunista fixo de Photoshop (que eu já estudava há alguns anos). Comentei com o Rodrigo Almeida, um amigo que conhecia o Tiago Baeta, e ele nos apresentou. O Tiago me deu a oportunidade de escrever algo, mesmo que fugisse um pouco do foco do site, que até então falava só com o desenvolvedor mesmo. O resultado foi que meu primeiro artigo superou todos os recordes de acesso do site, e a cada nova publicação era um novo recorde. O artigo “Efeito Matrix”, que publiquei em 2003, teve mais de 1 milhão de acessos e foi destque nos maiores portais da época - inclusive em sites estrangeiros. Em 2010, eu ainda respondia a dúvidas sobre o artigo. Lá, a comunidade não deixa o assunto morrer”. Outra frente do iMasters era a TI Shop. Por meio da loja virtual, a empresa vendia livros

de tecnologia, camisas, canecas e cursos em CD-ROM. Na época, o amigo de faculdade de Tiago Baeta, André Fiorini, foi o responsável pela loja. “Eu saí do meu estágio na Vale para encarar essa empreitada com o Baeta. Não me arrependo! Tudo foi importante para mim: desde ciclos de reuniões em São Paulo aos pequenos aprendizados diários, e o mais importante: os amigos que fiz no iMasters em todos os anos de empresa”. A TI Shop acabou em 2009. Para Baeta, ficou claro que trabalhar com comércio não era o core da empresa. “Com o iMasters crescendo, focamos mais nas nossas atividades principais”, relembrou. Mas o fim da TI Shop não significou o fim da área de educação da empresa. Com novas tecnologias e novas formas de se transmitir conhecimento, o iMasters lançou sua página de curso (tanto de texto como online e ao vivo). Hoje são mais de 180 cursos, oferecidos por 40 professores. Outro nome forte ligado ao iMasters é o Fórum iMasters, que começou em 2002. Lá, acontecia a maior parte da interação entre os membros da comunidade, cujo foco era o desenvolvedor, seja de que área fosse! Profissionais e curiosos do assunto se ajudavam, tirando dúvidas, trocando informações e experiências. “Eu queria um lugar onde pudesse tirar minhas dúvidas e aprender HTML, CSS, JavaScript e PHP. Encontrei o Fórum iMasters. E lá a gente aprende não só perguntando, mas também tentando responder às dúvidas dos outros, se ajudando”, pontua um dos menbros mais antigos e assíduos do Fórum, William Bruno, desenvolvedor front-end e colunista do portal iMasters. Para João Batista Neto, a história também não foi muito diferente... “Quando comecei a programar, cerca de 20 anos atrás, era muito difícil encontrar conteúdo de qualidade”, lembra. “Comecei a acompanhar o conteúdo do Fórum por volta de 2005. Em 2009, re-


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solvi criar uma conta e participar ativamente. De todas as comunidades de que participei, a do iMasters sempre foi a mais ativa e com a maior concentração de conteúdo, tanto no Portal quanto no Fórum. A identifica ção foi tanta que, depois de algum tempo (e muitas contribuições), comecei a trabalhar na empresa como administrador do Fórum. Foi um divisor de águas na minha história profissional”.

Senhoras e senhores, com vocês, o InterCon! Em 2003, surgiu a necessidade de contemplar esse público em outras frentes. Devido à carência do mercado em eventos voltados para desenvolvedores, o iMasters realizou, nos dias 25 e 26 de outubro, o primeiro InterCon - marca que se consolidaria ao longo dos anos e que se tornaria uma referência na área. Realizado em São Paulo, no auditório da FIAP, o evento reuniu pouco mais de 100 desenvolvedores para palestras sobre temas como Plataforma .NET, Segurança da Informação, Software Livre, Software Quality Assurance e Rich Internet Applications. Nada mal para uma equipe que nunca tinha nem estado em São Paulo, não?! 2005 foi um ano marcante para a Internet. Cerca de 17 milhões de novos sites surgiram no mundo e uma pesquisa da empresa eMarketer revelou que 1 bilhão de pessoas tinham ficado online só naquele ano. O Facebook e a vesão 4.10 do Ubuntu completavam um ano e, em 15 de fevereiro, o YouTube estava no ar. Em 22 de outubro, aconteceu a segunda edição do InterCon, desta vez com o tema “A Internet do Futuro”. Ao contrário da primeira edição, que foi praticamente toda terceirizada, esta foi uma realização completa da equipe, que fez desde a curadoria do evento à cenografia.

Enquanto o mundo via, em 2006, o lançamento do Windows Vista e a importância da participação do internauta ser valorizada - a ponto de a revista norte-americana Times eleger “você” como a personalidade do ano -, o iMasters lançou o primeiro portal brasileiro 100% válido W3C. No dia do seu quinto aniversário, o portal inaugurou sua versão XHTML + CSS. 2007 continuou sendo um ano de grandes marcos para o iMasters. Em sua quarta edição, o InterCon trouxe algumas propostas bem inivadoras. Levantando a bandeira do meio ambiente, todo o material usado no evento foi confeccionado com material reciclado e cada inscrição ajudou a financiar o plantio de uma árvore. Para não fazer feio com o crescente número de pessoas conectadas (só em 2007, foram 694 milhões de pessoas, de acordo com a comScore), o InterCon foi o primeiro evento no Brasil com Wi-Fi liberado para seus congressistas. Já em questão de conteúdo, o InterCon contou com a participação de Luli Radfahrer, Professor Doutor de Comunicação da USP, que foi o entrevistador oficial do evento. “Eu já conhecia o trabalho deles, mas nunca tinha falado ali, porque não me considerava tecnicamente adequado. Mas me chamaram e eu adorei a proposta! Daí em diante, nunca mais me separei. Me orgulho de ser considerado parte da comunidade”. Foi dele a sugestão de incentivar os participantes a realizarem uma cobertura em tempo real do evento pelo do Twitter. Ação que, até então, nunca havia ocorrido em eventos no Brasil. E muita gente aderiu! Outra novidade foi a presença de dois blogueiros dividindo o palco com os palestrantes. De lá, eles puderam blogar sobre as palestras e interagir com o público por meio das redes sociais. Uma empresa, cujo o slogan é “Nós fazemos


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a Internet no Brasil”, lançar uma revista impressa pode parecer estranho, certo? Não para o iMasters! Tentando atingir o desenvolvedor em uma nova frente, a empresa lançou uma revista homônima, em formato de colecionador. Por questões internas, a revista teve uma pausa em sua publicação e só retornou em 2013. E, desde então, se tornou uma referência na área, reunindo conteúdo que fala com diversos desenvolvedores. Em 2009, no Brasil existiam 64,8 milhões de internautas com mais de 16 anos. Foi nesse ano também que o Windows 7 foi lançado e o Google anunciou o desenvolvimento do seu próprio browser: o Chrome. Outro lançamento importantíssimo (pelo menos para nossa equipe!) foi o iMasters Report, o webjornal diário com as notícias mais importantes do dia sobre tecnologia e desenvolvimento. Em algumas edições extraordinárias, o iMasters Report se tornou o iMasters Report Mobile, no qual nossa equipe, ou leitores, gravavam vídeos curtos em eventos de tecnologia e desenvolvimento e mandavam para nossa redação para serem publicados no nosso canal no YouTube e divulgados no Portal. Para 2010, mais novidades! O iMasters deixou de ser uma empresa para se tornar um grupo. Focando em um público-alvo diferente, mas que era tão carente de conteúdo quanto os desenvolvedores lá em 2001, o E-Commerce Brasil surgiu para falar com quem faz o comércio eletrônico no Brasil. Um novo Portal foi lançado, novos eventos... E, assim, a equipe iMasters cresceu. Se a gente fosse fazer uma retrospectiva de 2012, não ia faltar o que falar. Nesse ano, a Web completou 21 anos e o GIF, 25; o Facebook comprou o Instagram (que ficou disponível para Android) e o Google lançou o Android Jelly Bean. O iMasters não ficou para trás e trouxe mais uma novidade para o

seu público: o 7Masters (http://bit.ly/1NYgheu). O evento tem um formato inovador, que reune 7 mestres em um determinado tema, e cada um tem 7 minutos para expor suas ideias e experiências sobre o assunto. O encontro acontece uma vez por mês na sede da empresa, e os interessados em participar podem acompanhar a agenda no site do evento. E 2012 trouxe outro grande desafio: o que fazer para comemorar os 10 anos de InterCon, em 2013? Foram muitas ideias. Algumas bem malucas, outras duvidosas... Mas o que importava era inovar. Era surpreender. E a gente coneguiu. O InterCon 10 Anos aconteceu da maneira que o público menos esperava: de madrugada! O evento, que tratou dos temas obscuros da Internet, começou às 20h e foi até às 3h30 da manhã, e o públicou aguentou firme até o final! As palestras tinham uma porposta bem diferente dos anos anteriores, trazendo temáticas como conteúdo adulto e GLS, invasões, hábitos noturnos no Facebook e inspiração criativa, redes sociais proibidas e web analytics underground. Pela primeira vez, o evento teve uma única área de conteúdo, na qual as palestras e a arena hacker aconteciam simultaneamente e de forma interativa. No intervalo para networking, em vez do tradicional coffee-break, os participantes contaram com rodada de pizza e cerveja gelada.

Eventos técnicos e focados Outra novidade do ano foi o lançamento de dois novos eventos especializados, o InterCon Android (que mais tarde se tornou o Android DevConference) e o InterCon Dev WordPress - cada um focado no seu público-alvo, para trabalhar questões peculiares e pertinentes desses dois nichos.


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Os eventos foram sucesso de público e tiveram uma aceitação incrível. Para Leandro Vieira, fundador da Apiki e colunista de WordPress do iMasters, “os eventos de nicho permitem que o desenvolvedor esteja por dentro das novidades da área e, principalmente, amplie o networking, que é tão fundamental”. Nesse ano, também conseguimos resolver um problema que afligia a equipe: em todos esses anos, muito conteúdo bom foi compartilhado pelos palestrantes, mas, de uma certa forma, eles se perdiam passado o evento. Era como se o conteúdo morresse... Para reveter isso e fazer a informação circular, todos os eventos do Grupo iMasters passaram a ser gravados e estão disponíveis no YouTube. Lá, você pode encontrar desde de vídeos do InterCon até palestras do 7Masters. E tudo isso de forma gratuita.

O InterCon 10 Anos aconteceu da maneira que o público menos esperava: de madrugada!

e 5S), o Facebook comprava o WhatsApp e o Senado aprovava o Marco Civil, a gente lançava mais um evento marcante para os desenvolvedores brasileiros. O PHP Experience tem o mesmo foco do Android DevConference: falar com um público restrito, trabalhando suas dúvidas, proporcionando conhecimento e troca de experiências. Mais uma vez, o evento foi muito bem aceito pela comunidade e hoje figura entre os maiores eventos de PHP do País. Carl Evans e Paul Jones foram alguns dos nomes que já passaram pelo palco do PHP Experience. Já 2015 trouxe a tão aguardada versão mobile do iMasters. Com isso, ficou mais fácil acessar o site e navegar pelos conteúdos via dispositivos móveis. O mundo está cada vez mais mobile e a gente não podia ficar de fora dessa! Mas muita gente ainda se pergunta (e nos pergunta também!): por que só em 2015?! Após muita pesquisa no modo como nossos usuários navegam pelo Portal, constatou-se que nosso público tem o comportamento de buscar o iMasters enquanto está desenvolvendo, seja em casa ou no trabalho. Assim sendo, ele não é utilizado na segunda tela, como a maioria dos sites.

Também não podemos nos esquecer do novo layout, focado totalmente na usabilidade do usuário. “Nós estudamos como o usuário interagia com o iMasters e a mudança de interação com o passar dos anos, e resolvemos focar na leitura rápida, assim como privilegiar os autores que já são queridos pelos leitores, dando mais visibilidade a eles no menu, na nova barra de tempo real e ao longo da home”, explicou Bernard de Luna, gerente de produtos do iMasters. Junto com o novo layout, foi lançado o iMasters BOX, serviço que lista centenas de ferramentas para desenvolvedores, comentadas e avaliadas. Ufa! 2013 rendeu por aqui...

“Quando entrei no iMasters, achava inadmissível não termos um site incrível, touch, flexível e responsivo. Mas a gente tinha dados que mostravam que a versão mobile não era tão urgente. Voltando à questão mobile, decidimos fazer uma aposta nesse ano, criando um MVP mobile para sentir a aderência e feedback do público, entendendo mais o comportamento de utilização, desejos e frustrações, para em 2016 criarmos nosso beta e entender o que precisamos entregar de diferente no mobile para esse público, de forma que eles fiquem cada mais felizes, assim como nós”, explicou De Luna.

E 2014 não foi diferente! Enquanto o mundo conhecia a nova geração de iPhones (os 5c

Outra novidade boa do ano que passou foi o lançamento de dois eventos inovadores: o


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DevCommerce Conference, que fala diretamente ao desenvolvedor dos mais variados setores de e-commerce (e que não se vê contemplado nos eventos do E-Commerce Brasil), e o iMasters DeveloperWeek, um evento itinerante, que acontece nas principais capitais do País durante três dias, com palestras, workshops e minicursos. Em seu primeiro ano, o evento passou pelas cidades de Vitória, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Em 2016, temos muito o que celebrar. São 15 anos de presença online e física na vida de muitos desenvolvedores. São 15 anos de muito aprendizado com nosso público e de troca de experiências. A nossa história se funde com a história de muitos leitores, parceiros e amigos. Mas não podemos deixar de olhar para o que está por vir. Afinal, queremos comemorar mais 15 anos com esse mesmo desejo de inovar.

Profissionais renomados e participantes assíduos do Fórum foram convidados a se tornarem colunistas, mantendo uma rotatividade de artigos dos mais variados assuntos Para 2016, com tamanha evolução das técnicas de desenvolvimento e variedade de dispositivos, o iMasters ampliará o número de atividades e vai trabalhar congressos mais longos, com maior abordagem técnica. Já os cursos online passam a ser organizados por formações, e a revista impressa ganhará quase o dobro de conteúdo. As documentações e os SDKs, por sua vez, serão organizados num produto chamado iMasters

DeveloperHUB, que vai funcionar como um conector desses produtos. Outra novidade interessante é a missão de desenvolvedores para o Vale do Silício, o iMasters Dev Trip, uma novidade que teremos este ano. Pensando no futuro (talvez nos próximos 15 anos), vamos, também, ampliar os projetos de ensino de programação para crianças que apoiamos. “Temos alguns projetos que apoiamos indiretamente, e outros em que estamos mais atuantes para ensinar programação para a garotada. Queremos ampliar nossa participação em todos eles este ano. É um desejo meu muito grande conseguir contribuir para a educação. Esse é o jeito que podemos influenciar os futuros profissionais”, afirmou Tiago Baeta. O Portal terá muitas novidades em 2016. A primeira delas é a criação de playlists dentro da home, que tornará o iMasters gradativamente inteligente e único para cada leitor, mostrando as principais leituras em cima da linguagem que ele gosta, dos autores que ele mais curte... “O iMasters vai ser pioneiro no uso dessa aplicação em sites de conteúdo. Ela já é famosa em alguns e-commerces, Spotify e Netflix”, contou De Luna. Outra novidade será a central de vídeos, na qual reuniremos as melhores palestras já realizadas em eventos da empresa. Mas o marco de 2016 será o início das atividades do iMasters como um site global. “Os desenvolvedores brasileiros já são referências mundiais e faremos com que o conteúdo técnico produzido por eles também seja a grande referência de estudo”, explicou o fundador do iMasters. Então fica decidido assim: a nossa missão para os próximos 15 anos é colocar o Brasil no topo do desenvolvimento mundial. Vem com a gente?!



Especial 15 anos < 29

Qual a sua historia com o iMasters? “Em 1994, fiz o primeiro curso de Técnico em Processamentos de Dados. Mas foi em 2002, durante um curso de atualização, que conheci o iMasters e suas comunidades, que me ajudaram muito. Em 2010, comecei a participar dos eventos para desenvolvedores do iMasters, e foi assim que comecei a perder o medo de contar um pouco dos meus sonhos. Em 2011, durante um Hackaton, apresentei a ideia de hackear os dados de políticos e disponibilizá-los de forma acessível aos deficientes visuais da minha cidade, Sorocaba/ SP, além de estreitar a relação de comunidades na minha vida. O resultado está aqui: http://ow.ly/VAcFH. Foi uma ação inesquecível!” Hudson Augusto - Pesquisador sobre Acessibilidade Web e Transparência Pública com Dados Abertos, integrante do GDG Sorocaba, e do Grupo de Trabalho sobre Acessibilidade Web do W3C Brasil

Falar do iMasters é falar da minha evolução pessoal e profissional, já que a empresa foi a primeira a me oferecer um emprego na minha área de formação, o jornalismo. Após um acidente que me deixou paraplégica, havia feito alguns trabalhos, mas nada fixo. Então, Tiago, por indicação de seu irmão (e meu colega de faculdade) Fabio, abriu as portas da empresa pra mim (via home office) e não me largou mais! Este ano completo 9 anos de iMasters, e sou extremamente grata à empresa, especialmente ao Tiago, de tantas formas que simplesmente não consigo expressá-las… Parabéns, iMasters, pelos 15 anos! Estamos ainda na adolescência, ou seja, o melhor certamente está por vir! Nathália Torezani – Jornalista, editora do iMasters

“O iMasters me proporcionou pelo menos 4 importantes momentos na minha carreira: em 2009, tive a oportunidade de palestrar no CMS Brasil e conhecer Matt Mullenweg, o Criador do WordPress. Em 2010, palestrei no InterMinas e tive a oportunidade de falar com uma audiência super dedicada. Já em 2011, fui curador da trilha Social Media Meeting dentro do InterCon e até hoje foi uma das programações mais legais que montei. Em 2013, pude falar no auditório principal lotado nos 10 anos do InterCon sobre Redes Sociais Proibidas (ou, a Internet a serviço da putaria) - provavelmente a palestra mais divertida que já fiz. Obrigado ao Baeta e à toda a equipe do iMasters pelas ideias malucas e por terem me deixado participar de várias delas” Edney “InterNey” Souza - Consultor e Professor


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Sobre SQL Hints, humildade e canja de galinha por Wagner Crivelini, DBA de SQL Server & DB2 na Raízen Engenharia

Dicas SQL (ou “SQL hints” em inglês) são instruções avançadas que permitem forçar o SGBD a agir de forma predeterminada. A ideia é oferecer aos DBAs e desenvolvedores recursos para conseguir uma sintonia fina de consultas e operações do SGBD, com objetivos específicos, tais como melhorar performance, reduzir ocorrência de bloqueios (os famosos “locks”), reaproveitar e/ ou recriar planos de execução etc. De fato, as dicas SQL aumentam a versatilidade da linguagem SQL em casos em que otimizador de consultas não atinge os resultados desejados. Mas, como se costuma dizer por aí, não existe almoço grátis. Tudo tem prós e contras, e esse é o tema que eu abordo a seguir.

Noções básicas sobre dicas SQL Cada SGBD tem um conjunto ligeiramente diferente de dicas suportadas. No caso do SQL Server, elas podem ser agrupadas da seguinte maneira:

otimizador de consultas avalia as estatísticas e define de que forma essa operação será executada internamente. Dependendo de suas características, as junções são executadas internamente, usando os métodos HASH, LOOP ou MERGE JOIN. Quando essa declaração usa uma dica de junção, nós forçamos o otimizador a usar um método específico. Por exemplo:

SELECT * FROM T1 INNER HASH JOIN T2 ON T1.Campo1 = T2.Campo1

No caso acima, o otimizador é forçado a usar o método HASH para junção das tabelas T1 e T2. (Ao leitor que quiser conhecer detalhes de uso de cada dica SQL, recomendo consultar as Leituras Sugeridas). Dicas sobre Consultas: estabelecem uma série de opções de execução de consultas, como métodos de execução de GROUP BY e ORDER BY, comportamento da consulta em relação ao bloqueio de objetos envolvidos, forma de exibição de resultados etc.

• Dicas sobre Junções • Dicas sobre Consultas • Dicas sobre Tabelas Dicas sobre Junções: quando se usa uma junção na cláusula FROM de uma declaração SQL (INNER JOIN, LEFT JOIN etc.), o

Provavelmente a dica SQL mais conhecida deste grupo é o WITH NOLOCK, que permite a execução de consultas sem que a tabela referenciada seja bloqueada. Isso garante maior disponibilidade dos objetos consultados dentro de um ambiente em que exista alta concorrência. Nenhuma transação terá que aguardar a execução dessa consulta,


SQL < 31

já que as tabelas envolvidas não serão bloqueadas. Em consequência disso, garante um desempenho melhor da aplicação como um todo. Em contrapartida, ao usarmos a dica NOLOCK, estamos sacrificando a qualidade dos resultados da consulta, já que outras transações podem alterar os valores que ela leu enquanto a consulta ainda estiver sendo executada. Isso é um problema, porque as outras transações podem fazer COMMIT ou ROLLBACK durante a execução da consulta sem que isso se reflita nos resultados apresentados. Portanto, estamos abrindo mão da exatidão dos resultados quando executamos uma consulta com a opção WITH NOLOCK. Dicas sobre Tabelas: estabelecem comportamentos de operação de tabelas e seus índices. Incluem operações de bloqueio (ou “LOCKS”), métodos de leitura (READCOMMITED etc.), métodos de uso de índices (FORCESEEK etc.). Uma das dicas mais interessantes deste grupo é, em minha opinião, a dos índices filtrados. Essa opção permite criar um índice para valores específicos de um campo. Por exemplo:

CREATE NONCLUSTERED INDEX ixExemplo

ON T1 (Campo2) WHERE Campo2 IN (10, 100, 1000);

Na prática, quando o profissional usa dicas SQL, ele está dizendo para o otimizador de consultas “deixa comigo que eu sei o que eu estou fazendo”. Óbvio que isso raramente é verdade. Como eu costumo dizer, não há nada pior do que profissionais sem modéstia e sem noção. Humildade, assim como a canja de galinha, nunca fez mal a ninguém. O otimizador de consultas do SGBD é uma ferramenta sofisticada, que usa algoritmos matemáticos que analisam dezenas de variáveis e baseiam suas decisões nas estatísticas de uso do banco. Em teoria, as decisões do otimizador são adequadas para o instante em que a operação está sendo executada. Como as dicas SQL desprezam a recomendação do otimizador e forçam a execução da consulta de uma maneira pré-determinada, pode-se dizer que neste caso usamos uma solução engessada.

Uma das dicas mais interessantes deste grupo é, em minha opinião, a dos índices filtrados. Essa opção permite criar um índice para valores específicos de um campo

Não existe almoço grátis Dicas SQL devem ser usadas em situações muito específicas e muito bem estudadas. Mas a simplicidade da sintaxe incentiva profissionais despreparados a usá-las sem o devido cuidado.

A impressão que eu tenho é que muitos analistas usam dicas SQL como “modismo”: viram algum colega conseguindo bons resultados usando dicas SQL e acham que elas vão resolver os seus problemas também.


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Não é assim que a coisa funciona no mundo real. É preciso ter uma justificativa muito boa para se desprezar as recomendações do otimizador (considerando que as estatísticas estejam devidamente atualizadas).

mas ainda maiores se usadas do modo errado. Dicas são úteis somente em situações muito bem definidas e bem estudadas, visto que vão criar uma solução engessada na maioria dos casos.

Para se ter uma ideia da seriedade dessa questão, a documentação oficial da Microsoft recomenda muito cuidado no uso de dicas SQL, que, segundo ela, devem ser utilizadas somente como último recurso e por DBAs e desenvolvedores experientes.

Portanto, a recomendação é clara. Deixe as dicas SQL para serem usadas quando nenhuma alternativa estudada tenha surtido o efeito esperado. Seu SGBD agrade.

Provavelmente a dica SQL mais conhecida deste grupo é o WITH NOLOCK, que permite a execução de consultas sem que a tabela referenciada seja bloqueada Portanto, ninguém pode alegar desconhecimento do assunto. Dicas SQL são destinadas a situações muito especiais. Em 2014, eu e o colega Paulo Roberto Elias publicamos um artigo em que apresentávamos um caso de sucesso de uso de dicas SQL. Tratava-se do uso da dica HASH JOIN, que melhorava muito a performance de uma consulta, mas isso acontecia em razão de certas particularidades dos objetos envolvidos (vide Leituras Sugeridas).

Conclusão Dicas SQL são recursos muito poderosos e podem ajudar a solucionar problemas complexos no seu banco de dados. Mas, como todo remédio, causarão proble-

Leituras Sugeridas Hints (Transact-SQL) - MSDN.2015 http://ow.ly/W2ZQT Otimizador de consultas e a dica HASH JOIN - por Wagner Crivelini e Paulo Elias, publicado no iMasters em março de 2014 - http://ow.ly/W2ZXA LOOP, HASH and MERGE Join Types por Eitan Blumin, publicado no blog Madeira Data em janeiro de 2012 http://ow.ly/W30hw

Wagner Crivelini é DBA de SQL Server e DB2, trabalha atualmente na Raízen Engenharia. Autor de centenas de artigos técnicos e podcasts sobre tecnologia de bancos de dados. Colaborador de diversas comunidades técnicas, podcast DatabaseCast, portal SQLServerCentral, revista SQL Magazine, IBM DB2 On Campus, IBM DeveloperWorks e o portal iMasters. wcrivelini@gmail.com



34 > Especial 15 anos

Qual a sua historia com o iMasters? “Eu fui ao primeiro InterCon, ainda no Hotel Jaraguá, e desde então tudo o que acompanho e aprendo com e sobre Internet passa pelo iMasters. Quando comecei, baixava muitos tutoriais de flash, photoshop, HTML etc. Isso me ajudou a construir muitos projetos e minha carreira” Felipe Spina - Growth Hacker na Resultados Digitais

“Comecei a ver o iMasters como se fosse um portal de referência. Nessa época, eu ainda não conhecia os eventos. Em um determinado momento, ele se tornou um canal de networking, mas, além disso, um espaço para que eu mostrasse as minhas coisas. Comecei como fotógrafo dos InterMinas (eu morava em Belo Horizonte) e depois fui palestrante, dividi o palco com Luli e Manoel Lemos, cheguei a montar experimentos nos eventos. Também durante dois anos fui co-editor da Revista iMasters. E hoje acredito que o iMasters e o InterCon fizeram parte do meu crescimento profissional. A minha história foi permeada pela história do iMasters” Luis Leão - Creative Tech e Organizer do GDG-SP

“Mesmo quando morava no interior de Minas, com todos os custos com transporte, alimentação e hospedagem, sempre me empenhava para participar dos eventos que o iMasters organizava em cidades como São Paulo (InterCon e WordPress Summit), Rio (InterAct) e Belo Horizonte (InterMinas). O nível dos palestrantes e a qualidade das palestras são ímpares, sem contar as pessoas incríveis que conheci nos intervalos e que se tornaram minhas amigas para sempre. Sou um grande fã do iMasters e de tudo que produzem. As credenciais, que guardo até hoje como lembranças carinhosas, não me deixam mentir” Kadu Fernandiz - Profissional de Marketing Freelancer

“Quando era adolescente, estudava front-end sozinho e usava o iMasters como fonte de referência, o que me ajudou a entrar no mundo digital de certa maneira. Mais recentemente, fiz um curso no iMasters com Edu Agni e foi muito proveitoso” Anderson Gomes / UX Designer do ContaAzul


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Arquitetura e estratégias para a integração de aplicações corporativas Por Charles Fortes e Rafael Silveira, Líderes Técnicos do time de desenvolvimento mobile da Prime Systems Quando desenvolvemos aplicativos corporativos, devemos sempre levar em consideração os mais diversos cenários e dispositivos utilizados em campo pelos usuários finais. Preocupações com o consumo de dados, desempenho da aplicação, disponibilidade e a garantia de que a informação esteja disponível em tempo para as tomadas de decisões da organização são extremamente importantes. Tendo isso em mente, devemos sempre nos preocupar em escolher as melhores abordagens de arquitetura na construção da aplicação, levando em consideração não apenas os diferentes recursos de hardware e rede, mas também o dinamismo do domínio da aplicação. Vamos abordar aqui estratégias para o tratamento dos dados trafegados entre o servidor e a aplicação móvel que podem ser adotadas de forma a beneficiar sua aplicação.

JSON vs Binário O padrão JSON (Javascript Object Notation – Notação de objetos baseados no padrão JavaScript, em tradução livre) vem sendo cada vez mais utilizado e incentivado na comunidade de desenvolvimento como uma alternativa para representação de objetos. Por ser um padrão simples e enxuto, traz uma boa alternativa de tratamento de dados que podem ser facilmente interpretados entre as mais diversas linguagens e plataformas de desenvolvimento.

Hoje encontramos facilmente bibliotecas para as mais diversas linguagens de programação que fornecem recursos pouco ou nada burocráticos para a serialização e a desserialização dos objetos, tão ou mais eficientes que os tradicionais serializadores de XML. Quando um desserializador JSON recebe a string que representa o objeto, ele encontra as propriedades equivalentes e apropria seus respectivos valores, e quando uma propriedade não está presente ou possui um valor com tipagem incompatível, essa propriedade é carregada com o valor padrão pela linguagem. Esse comportamento possibilita que o JSON possa ser utilizado em diferentes versões do objeto, trazendo grande flexibilidade para evolução do domínio sem prejudicar a compatibilidade com o seu legado. Apesar da flexibilidade obtida na utilização de objetos JSON, esses objetos requerem mais recursos de processamento para interpretação e maior alocação de espaço devido ao seu tamanho, quando comparados a outros modelos, como o de pacotes de valores binários sequenciais (como os utilizados nas camadas de baixo nível que requerem alto desempenho – cabeçalhos TCP, por exemplo). Isso se dá principalmente pelo fato de o objeto, quando no formato JSON, ser apresentado em alto nível, sendo tão legível quanto a linguagem natural utilizada na declaração do objeto de domínio no seu código.


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Tendo isso em mente, devemos sempre nos preocupar em escolher as melhores abordagens de arquitetura na construção da aplicação, levando em consideração não apenas os diferentes recursos de hardware e rede, mas também o dinamismo do domínio da aplicação Já a utilização de serialização dos valores de forma binária e sequencial é mais facilmente interpretada com menor custo de processamento, além de fornecer pacotes pequenos, que trazem economia no volume de dados trafegados, requerem menor abertura de banda e, consecutivamente, favorecem a menor incidência de repetição da transmissão do pacote. Nesse modelo, os valores a serem trafegados são serializados sequencialmente em uma ordem específica, e quem o interpreta deve apenas lê-los na mesma ordem. Como são trafegados apenas os valores dos dados, os nomes das propriedades não são relevantes, contanto que a ordem seja respeitada. Além disso, os dados ocupam apenas o mínimo de bits necessários para a representação de seu tipo, sendo mais econômicos que representações feitas pelas cadeias de caracteres dos modelos textuais A principal desvantagem desse modelo é justamente o forte relacionamento que existe entre a ordem dos dados serializados, o que cria dificuldades de alteração e evolução dos objetos de domínio conforme eles vão se tornando mais complexos. A interpretação de bytes em posições erradas pode causar sérios problemas com os valores lidos, podendo gerar informações inverídicas e até comprometer a segurança das informações, expondo dados onde eles não deveriam ser exibidos.

Dessa forma, precisamos sempre cuidar do controle de versionamento dos objetos, e muitas vezes criamos maiores complexidades e dificuldades de manutenção do código.

Escolhendo a melhor abordagem para o seu cenário Um ponto importante a ser observado para a escolha adequada do formato de serialização de dados é o dispositivo móvel alvo. Apesar do considerável aumento do poder de processamento e memória dos celulares atuais, muitas empresas optam por dispositivos mais baratos e menos poderosos para compor seu parque de aparelhos ou simplesmente não querem investir em celulares modernos para a sua operação. Diante desse cenário, a maneira como você irá decidir trafegar as suas informações vitais influenciará diretamente no sucesso de sua aplicação corporativa, além de definir se você conseguirá essa fatia do mercado que utiliza dispositivos simples. A serialização binária tem uma grande vantagem em relação à serialização de objetos com JSON: desempenho. O processo de serialização e desserialização de objetos JSON consome muito mais recursos do dispositivo alvo e, dependendo da quantidade de dados trafegados, pode causar sérios


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problemas de desempenho da aplicação. Limitações dos pacotes de dados também devem ser levados em consideração, pois o processo de serialização binária é mais enxuto e consome menos da banda disponível. A serialização JSON, por sua vez, tem uma grande vantagem em relação à serialização de objetos binária: flexibilidade. Se você está construindo uma aplicação em que o domínio sofre constantes alterações, novos componentes são criados a cada iteração e precisam ser trafegados entre as camadas WEB e mobile, você precisa de um formato de serialização flexível para economizar tempo de manutenção e imprimir agilidade no desenvolvimento das novas funcionalidades.

Como são trafegados apenas os valores dos dados, os nomes das propriedades não são relevantes, contanto que a ordem seja respeitada Se memória e processamento não são problema nos dispositivos alvo ou o domínio é volátil, opte por um formato flexível como JSON para serializar os objetos que devem ser enviados do celular para a camada WEB. Agora se a aplicação tem a pretensão de atingir os devices conhecidos como low-end ou existe preocupação com o plano de dados disponível para a operação, a serialização binária deve ser considerada. Lembrando que essa abordagem tem um melhor desempenho, mas gera muita manutenção no código.

Conclusão Aplicações não corporativas possuem uma maior tolerância a falhas e pequenas oscilações de desempenho, enquanto aplicações corporativas tendem a operar com muito menos tolerância a essas intempéries, já que muitas vezes impactam diretamente na produtividade e na qualidade do trabalho nas empresas. Conhecer bem o cenário de utilização de sua aplicação é fundamental para a adoção de uma abordagem e uma arquitetura que reduzam o custo de manutenção e alcancem os níveis aceitáveis de operação pelo usuário final.

Charles Fortes é líder técnico do time de desenvolvimento web da Prime Systems e Professor na área de Sistemas de Informação na Faculdade Pitágoras/Anhanguera. Formado em Sistemas de Informação e Espacialização em Engenharia de Software e Gestão de Empresas e Negócios. Possui 15 anos de experiência na área de desenvolvimento e atuação na comunidade técnica de Minas Gerais, é apaixonado por tecnologias. charles.fortes@primesystems.com.br primesystems.com.br

Rafael Silveira é líder técnico do time de desenvolvimento mobile da Prime Systems. Bacharel em Ciência da Computação e especialista em Engenharia de Software pela UFMG, é consultor em desenvolvimento de aplicações móveis com mais de 10 anos de experiência em desenvolvimento em diferentes plataformas. Atualmente leciona também em cursos de Sistemas de Informação. rafael.silveira@primesystems.com.br primesystems.com.br


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Conteúdo longo, conteúdo curto: cada um em seu lugar Por Bruno Rodrigues, Consultor de Informação e Comunicação Digital

Bob Iger, CEO da Disney, é o executivo da área de entretenimento com a visão mais apurada da década. Nada lhe escapa: o momento exato de comprar uma empresa, uma chance a ser aproveitada.

Os story groups da Disney deram origem ao ‘cânone’ de cada universo, espécie de árvore genealógica que serve de bússola a cada novo passo dado na criação de novas histórias.

Ao longo de dez anos, Iger realizou movimentos antes impensáveis para a (então) imutável house of the mouse – comprou a Pixar, depois a Marvel e, finalmente, a Lucasfilm. Sem fazer alarde, a Disney tornou-se proprietária de marcas como Toy Story, Avengers e Star Wars.

A segurança gerada por story groups e cânones funcionou como chuva em terreno fértil: na Disney, a cada semana surgem novas ideias para cada um de seus universos, histórias e personagens.

Fosse há vinte anos, estaríamos falando apenas de filmes. De lá para cá, mais que marcas, as aventuras de Buzz Lightyear, Capitão América e Luke Skywalker provaram ser histórias com um potencial enorme para extrapolar sua fonte principal de lucro - o cinema - e não apenas invadir, mas florescer, em outras mídias. O conceito de ‘universo expandido’ ilustra bem esse cenário: há histórias contadas que são tão fortes, tão consistentes, que são capazes de ser desdobradas em outros ambientes, de livros e games a séries de tevê e canais de vídeo. Para amarrar as pontas e evitar incongruências em histórias espalhadas por diversas mídias, a Disney criou story groups que mapeiam cada detalhe e garantem a coerência das histórias que ainda virão, tudo com o cuidado de não tolher a criatividade de quem irá criá-las.

O que cabe em qual mídia e de que forma as histórias devem ser contadas é um passo importante, e essa tem sido a prioridade do CEO da Disney nos últimos meses. Em entrevista à Vanity Fair, Bob Iger comentou sobre a compra da Maker, produtora de vídeos para o YouTube, uma aquisição que poucos entenderam na época. ‘Precisamos compreender a diferença entre conteúdo longo e conteúdo curto, e saber que há lugar para cada um deles’, disse. Listar as características de cada tipo de conteúdo e saber qual formato se adapta melhor a cada meio é um bom início:

Conteúdo Longo (Long Form Content) Seja texto, imagem, áudio ou vídeo, há três variáveis que devem ser levadas em consideração na hora de veicular um conteúdo: público, tempo e intenção.


Sr. Conteúdo < 39

O que cabe em qual mídia e de que forma as histórias devem ser contadas é um passo importante, e essa tem sido a prioridade do CEO da Disney nos últimos meses Tempo do conteúdo longo ‘Estou disposto a receber plenamente a mensagem que você está transmitindo’ – no cenário do long form content, é esse o sinal que seu público está emitindo. Ele entregou o tempo em suas mãos e, mais do que uma questão de quantidade de conteúdo a ser produzido, o recado que o público tem a dar é: ‘estou disposto a conhecer mais sobre sua marca, seu serviço, seu produto’. Aproveite!

A palavra-chave, aqui, é disponibilidade. Público do conteúdo longo Esqueça as segmentações por gerações (X,Y, Millennials etc.): aqui, o que interessa é o interesse por você - que é grande. O impensável em outras situações, ou seja, criar granularidade para o conteúdo, é regra no long form content. Muitas informações serão bem-vindas. Crie detalhamento, portanto.

A palavra-chave, aqui, é profundidade.

Intenção do conteúdo longo Ao dispor de tempo e aproveitar a oportunidade de conhecer mais sobre você e sua empresa, o consumidor de conteúdo longo está pronto para iniciar o que mais se espera dele: o processo de relacionamento. E, neste caso, ações de interatividade devem estar sempre prontas para serem deflagradas. Se seu público está prestes a ser seduzido, não perca tempo.

A palavra-chave, aqui, é receptividade. Exemplos de conteúdo longo: Filmes longa-metragem (vídeos), matérias especiais sobre temas específicos (textos). Para áudio, o conteúdo longo não se aplica.

Conteúdo Curto (Short Form Contet) Não caia na armadilha da interface: não é porque o dispositivo é móvel que o con-


40 > Sr. Conteúdo

teúdo precisa ser curto. Aqui, mais uma vez, valem as variáveis tempo, público e intenção.

Tempo do conteúdo curto O formato em si já é consequência do tipo da mensagem: sem necessidade de detalhamento, calcada em objetividade e abordando apenas os aspectos básicos da informação, o short form content não pede concentração excessiva de quem o consome. É uma comunicação rápida e simples.

A palavra-chave, aqui, é objetividade. Público do conteúdo curto Um dos mitos do short form content diz respeito à sua qualidade: de forma alguma um conteúdo curto é uma categoria ‘menor’ ou ‘resumida’ de informação. É, sim, fast food, mas da melhor qualidade, com ingredientes selecionados, uma espécie de ‘McConteúdo gourmet’. Ainda resta um pouco de preconceito com o conteúdo curto, mas a ferocidade com que o público o consome tem acelerado sua aceitação pelas empresas que ainda se apegam à comunicação mais ‘tradicional’ - último bastião da resistência ao novo.

relhos de acesso à informação que, com a mobilidade, criaram um mercado consumidor para o conteúdo curto que antes era inexistente. Estamos em uma espécie de fase de ‘deslumbre’ com esta possibilidade, fascinados com o acesso a pequenos conteúdos ao alcance (literal) das mãos.

A palavra-chave, aqui, é vontade. Exemplos: Episódios de série, capítulos de novelas, canais no YouTube (vídeos), listas estilo BuzzFeed (textos), podcasts (áudio). Ainda será preciso estudar por muito tempo o comportamento e o impacto do tamanho do conteúdo nas mídias digitais e em suas interfaces de acesso. É um trabalho de laboratório, de ‘olhar ao microscópio’, já que cada uma de suas peculiaridades é que importa ao produtor da informação. Outro ponto a ser observado com cuidado é como tais características afetarão o consumo da informação em médio prazo: quando a ‘paixão’ pelo conteúdo curto se estabilizar, ele e o conteúdo longo travarão uma saudável luta pela atenção do usuário, cada vez mais certo da forma com que deseja acessar o que está procurando ou consumindo.

A palavra-chave, aqui, é qualidade. Intenção do conteúdo curto A intenção é enorme, incomensurável. O gosto por conteúdo curto é consequência da falta de tempo em nosso dia a dia? Bastante. O público também mudou? Tremendamente. Mas a questão central não é tempo ou público, mas a interface dos apa-

Bruno Rodrigues é Consultor de Informação e Comunicação Digital, autor dos livros ‘Webwriting’ (2000, 2006 e nova edição em 2014) e de ‘Padrões Brasil e-Gov: Cartilha de Redação Web (2010), padrão brasileiro de redação online’. Também é instrutor de Webwriting e Arquitetura da Informação no Brasil e no exterior. bruno-rodrigues.blog.br | @brunorodrigues


Por aí < 41

Fazendo a internet do Brasil pelo mundo Que os brasileiros têm feito muita coisa, a gente sabe. Mas quem está fazendo o quê e onde, nem sempre fica bem claro. A ideia aqui é que você apareça, com a sua equipe, sua turma, seus amigos, mostrando um trabalho, a participação num hackaton, palestra etc. Tudo o que signifique “fazer a internet do Brasil” para você, cabe aqui! Quer participar? Envie uma foto e descrição para redacao@imasters.com.br

Estudo inovador sobre como desenvolvedores criam aplicações mobile No ano passado, Mauro Pichiliani, colunista do iMasters e pesquisador, utilizou as dependências do iMasters Lab para realizar um experimento inovador que tem como objetivo estudar melhor como desenvolvedores criam aplicações mobile. Este estudo empregou métricas comuns da engenharia de software (linhas de código, tempo, qualidade do código) com medições biológicas inovadoras incluindo o uso de um medidor cardíaco e de um equipamento chamado BCI (Brain Controlled Interface) para medir quantitativamente informações sobre concentração e excitação direto da cabeça do participante. “Este estudo é pioneiro na área de engenharia de software e, sobretudo, no campo de desenvolvimento de aplicações móveis”, diz o pesquisador. Os resultados foram formatados na tese de doutorado que será apresentada no ITA no primeiro trimestre deste ano. Dentre as principais conclusões, Pichiliani cita a dificuldade de se desenvolver aplicações móveis com recursos colaborativos e a redução de diversas medidas no comparativo com uma das técnicas escolhidas. “Os participantes do experimento foram divididos aleatoriamente em dois grupos: um utilizou a técnica

tradicional e outro empregou uma nova abordagem. Os resultados mostram que o segundo grupo foi mais produtivo, levou menos tempo, concentração, linhas e código e, por fim, gastou menos calorias”, aponta.

Desenvolvedores brasileiros conquistam o primeiro lugar na Hackathon Code4Inclusion A equipeMonkey Dots, do Brasil, foi a campeã da Hackathon Code4Inclusion, realizada no quarto Fórum Anual de Inovação em Pagamentos para a América Latina e Caribe, realizado no início de dezembro/2015. A competição de 24 horas contou com desenvolvedores e programadores do Brasil, México e Estado Unidos, que tinham como principal desafio desenvolver soluções que promovam a inclusão financeira na região da América Latina. A Monkey Dots idealizou uma solução através da qual um simples aplicativo, projetado especificamente para pessoas idosas, possibilita a compra, o reabastecimento automático e a entrega por drones de seus medicamentos, na porta de casa. O time vencedor recebeu US$10.000,00. Prêmios também foram entregues para o segundo lugar, o time Crowd Chef, do México, e o terceiro lugar, Cash Out, de Miami.


42 > Por aí

Durante a hackathon, os concorrentes tinham como principal desafio apresentar soluções que beneficiassem suas comunidades a eliminar o uso do papel dinheiro e/ou que promovessem a inclusão financeira. Para desenvolver as soluções, as equipes deveriam utilizar pelo menos um API da MasterCard, mas também poderiam programar com código aberto. Cada time apresentou uma solução para um painel de jurados que selecionou o vencedor.

Brasileiros ganham o Duke’s Choice Award, da Oracle A Oracle anunciou os ganhadores do Duke’s Choice Award 2015, promovido pela empresa de banco de dados. O prêmio, que está em sua 13ª edição, é considerado o “Oscar” da comunidade internacional de desenvolvimento Java. Seu objetivo é celebrar os limites da inovação utilizando a tecnologia Java, e colocar desenvolvedores individuais, pequenas empresas e gigantes de software globais em pé de igualdade. Neste ano o Brasil teve dois representantes entre os ganhadores. A Tail Target foi premiada pelo projeto “Data Science for Advertisement Technology”, que envolve o uso de Data Science. Outro ganhador foi Daniel de Oliveira, pesquisador e pioneiro da área, além de ser um dos fundadores da mais antiga JUG do Brasil, a DFJUG de Brasília, e uma inspiradora Java Champion. Além do troféu, que foi entregue durante cerimônia especial no JavaOne Conference 2015, cada um dos ganhadores recebeu um passe gratuito para a maior conferência Java do mundo e que acontece na cidade de São Francisco, Vale do Silício (EUA).

Campus Party Depois de mais de 700 horas de atividades, a 9ª edição da Campus Party Brasil chegou ao final. 8 mil campuseiros de 28 países e

24 estados brasileiros diferentes se reuniram no pavilhão de exposições do Anhembi, em São Paulo, para uma semana de evento. A edição 2016 foi marcada pelo empreendedorismo, com o programa Startup & Makers Camp, cujo objetivo é impulsionar e capacitar jovens talentos e empreendedores. 200 startups selecionadas iveram a oportunidade de apresentar seus produtos, encontrar talentos, testar mercados, aprender e ensinar para um público qualificado e ávido por curiosidades. Além disso, receberam mentorias, coaching e tiveram a oportunidade de conversar com investidores e diretores de grandes empresas. Outro destaque do evento foi a Campus Experience, espaço gratuito e aberto ao público que recebeu cerca de 82 mil pessoas durante os quatro dias. A área apresentou aos visitantes muita interatividade, acesso a projetos universitários, simuladores e diversas outras atrações dos parceiros e patrocinadores do evento. Todas as palestras que ocorreram no evento ficarão disponíveis para serem vistas e revistas na plataforma Campuse.ro http://campuse.ro/

HumanUino no iMasters O Projeto HumanUino, elaborado por Ricardo Ogliari e Yannick Belot, visa a ensinar lógica de programação a crianças e jovens carentes que tenham interesse por tecnologia. As crianças aprendem de forma lúdica a desenvolver com Arduino. Durante o curso, que é realizado em dois dias e possui três disciplinas, são feitas demonstrações práticas de estruturas de controle e repetição através de luzes e robôs. No ano passado o iMasters teve a oportunidade de receber 2 turmas do projeto. Em 2016, novas turmas devem acontecer. Acompanhe pelo Facebook do projeto para saber mais detalhes: www.facebook.com/Humanuino/


Por aí < 43

CCXP Experience 2015 Por Fabio Lody, Diretor de Arte do iMasters

No final do ano passado, rolou a CCXP Experience 2015. Em sua segunda edição no Brasil, o maior evento de cultura pop da América Latina definitivamente prova que veio para ficar. Com um espaço maior e muitas atrações internacionais, a CCXP se renova e entrega um evento impecável que todo nerd brasileiro merece. O evento contou com uma super estrutura de 39 mil metros quadrados e mais de 120 mil visitantes, com estandes dos principais estúdios de Hollywood, além de uma das maiores Artists Alley fora do território estadunidense, com mais de 200 artistas vendendo obras originais autografadas. Em 2014, a Artists Alley do CCXP foi maior até mesmo que a do San Diego Comic-Con, referência em eventos de quadrinhos no mundo todo. Também rolou um auditório com capacidade para 2 mil pessoas, com pré-lançamentos exclusivos, conversas com artistas do cinema e da TV e que contribuiu com a distribuição

de mais de 150 mil reais em prêmios na Arena Go4Gold, onde aconteceu o concurso de cosplay, dos simples até os mais elaborados. Uma das coisas mais bacanas da CCXP são os action figures das grandes franquias em exposição, muitos deles exclusivos para o evento, como Star Wars: O Despertar Da Forca, Marvel, DC Comics, Transformers, entre outros.

Painéis São nos painéis que os grandes estúdios divulgam a maioria das novidades, como trailers e conteúdos exclusivo, dos próximos lançamentos. Pudemos ver o produtor Bryan Burke de Star Wars, os diretores Anthony e Joe Russo de Capitao América: Guerra Civil, além dos paineis da Sony e da Netflix, que tiveram a presença dos atores Adam Sandler e Taylor Lautner.


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Figurinos Batman Vs Superman O longa dirigido por Zack Snyder também teve o seu espaço reservado, com alguns modelos usados no filme, como os uniformes originais do Batman, do Superman e da Mulher Maravilha, além da armadura especial do Homem Morcego apresentada no trailer. Entre os convidados especiais, também estiveram John Rhys-Davies (Indiana Jones e os Caçadores Da Arca Perdida), Kristen Ritter (Jessica Jones), David Tennant (Dr. Who), Misha Collins (Supernatural), além da atriz Evangeline Lilly, que viveu a Hope Van Dyne de Homem-Formiga esteve no Brasil para falar sobre o seu livro infantil, “Os Molambolengos”, e sobre sua carreira no cinema e na televisão (ela foi a Kate, de Lost). A Comic Con Experience foi uma oportunidade para empresários e estudiosos que focam seus negócios ou querem saber mais sobre o mercado Geek e a cultura pop. Este ano, a CCXP acontecerá entre 1º e 4 de dezembro. Prepare-se!

Fabio Lody é Diretor de Arte do iMasters e colunista de Photoshop. Desenvolveu trabalhos para vários países, foi aluno de Alexandre Wollner e participou da equipe de criação de projetos como Lollapalooza Brasil, Centenário do Santos, Centenário Vinícius de Moraes, Futebol Run, Expo Money, Super Bike Series, Galinha Pintadinha, FIC, MMA Rocks entre outros. Conquistou o Best Mkt Design 2012 com a marca do centenário do Santos. É praticante de Krav Maga e está há 11 anos nessa vida maluca de subir/descer a serra todos os dias por morar em Santos. @fabiolody


Código Livre < 45

Privacidade Online Por Kemel Zaidan, evangelista Locaweb em tempo integral e de software livre nas horas vagas

O mundo não será mais o mesmo depois que Edward Snowden revelou o PRISM, programa de espionagem digital do governo dos EUA. Nem mesmo George Orwell, em seus sonhos mais loucos, pôde imaginar algo parecido. Trouxe aqui uma lista de programas de código aberto para você preservar a sua privacidade sem compartilhar seus dados com a NSA.

Iridium Secure Browser

Tails

O Iridium é um fork do Chromium (no qual o Google Chrome se baseia), mas com foco em segurança e privacidade. Embora o site não deixe claro quais as diferenças em relação ao projeto original, trata-se de uma iniciativa alemã que conta inclusive com o patrocínio de algumas empresas do País.

Trata-se de uma distribuição Linux para ser executada de forma “live” diretamente de um pendrive, sem deixar rastros em qualquer computador. Todo o conteúdo fica criptgrafado no próprio pendrive. Além disso ele já trás diversas ferramentas como o TOR, OTR e HTTPS everywhere para tornar sua navegação e comunicação na web a mais segura e anônima possível.

https://iridiumbrowser.de

Bitmessage

https://tails.boum.org

O Bitmessage é um mensageiro P2P baseado na tecnologia da cadeia de blocos (blockchain) do Bitcoin. Diferentemente deste último, as mensagens são armazenadas por apenas 2 dias. Com ele é possível trocar mensagens de forma criptografada e completamente anônima.

Pixelated

https://bitmessage.org

O Pixelated é um projeto brasileiro criado dentro da Thoughtworks como uma solução de webmail que você pode instalar em um servidor próprio e que torna mais fácil a utilização e adoção de ferramentas de criptografia como o PGP. https://pixelated-project.org

Kemel Zaidan é um pseudo-programador, metido a jornalista, com alma de artista e evangelista na Locaweb. kemel.zaidan@locaweb.com.br | @kemelzaidan


46 > Especial 15 anos

Qual a sua historia com o iMasters? “Minha história com o iMasters começa em 2005 mais ou menos, quando aceitei o desafio de abrir a TI SHOP, a loja online do iMasters. Isso me proporcionou trabalhar com e-commerce quando estava no estágio inicial no Brasil. Desde então, atuo no mercado e hoje minha empresa, a Market & Share, é focada em prestar serviço para e-commerce. Então, não tem como ter uma participação mais bacana que isso. O iMasters, indiretamente, é responsável pelo meu trabalho hoje. Me ensinou muito. Sou muito grato. Junto a isso, são vários os momentos em que o iMasters foi marcante: desde ciclos de reuniões em São Paulo a pequenos e corriqueiros aprendizados diários; e, mais importante que tudo, não foi um acontecimento, mas vários que geraram isso, os amigos que fiz no iMasters” André Fiorini - Gerente Comercial at Adena Plataforma de Ecommerce Profissional

“Sempre que faço alguma entrevista de trabalho, eu cito que sou Moderador Global no Fórum iMasters e cito as minhas contribuições em artigos para o Portal e para a Revista. Certamente, esses conteúdos que gerei me aperfeiçoaram como pessoa e como profissional. Posso dizer que o iMasters me ajudou a aperfeiçoar a minha carreira” William Bruno - Desenvolvedor FrontEnd

“O que me faz ser tão ativo no Fórum iMasters é essa troca de conhecimento entre o pessoal. Nada, nenhuma dúvida, fica por muito tempo sem resposta. Sempre tem alguém disposto a ajudar, mesmo que seja com pesquisas ou dicas sobre um determinado assunto. Nosso Fórum sempre se destacou por isso. Muitas amizades, que fiz desde o início do fórum, levo para vida toda. Aliás, durante uma época boa, fazíamos até encontros de membros e moderadores do Fórum” Fabio Lody – Diretor de Arte e Colunista do iMasters

“Foi pelo iMasters que eu aprendi sobre desenvolvimento e, por esse motivo, quando resolvi empreender criando o meu primeiro negócio, o iMasters foi o nosso principal canal para filtrar quem entrava na equipe de desenvolvimento. Nas entrevistas, perguntava quais sites o candidato usava para aprender sobre a linguagem de programação, frameworks etc. Se a resposta fosse “iMasters”, ele ganhava um ponto a mais na seleção!” Ariel Alexandre - CEO & Co-founder Reminds


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Acesse:


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Drops do mercado

Moip Assinaturas traz novidades no Sandbox O Moip traz novidades este ano em sua solução de Assinaturas. Uma das mudanças está no ambiente de testes, no qual um único Sandbox é usado para testes de assinaturas, e-commerce e marketplace. Essa mudança, não só torna o desenvolvimento de negócios mais seguro, como também facilita o trabalho de desenvolvedores, os deixando mais independentes ao fazer uma integração com o Moip. Outra novidade é a reformulação completa da solução para Assinaturas, de forma a levar ao usuário final mais facilidade, segurança e rapidez. Entre as inovações estão interface nova e unificada com a Conta Moip, buscas e filtros de assinaturas, cupons de descontos, boleto como forma de pagamento, além dos cartões Visa, Master, Amex, Diners e Elo. Mais fácil, amigável e completo, o novo painel oferece flexibilidade para usuários e negócios.

Prime Systems disponibilizará plataforma Mobile BPM e RMAD para desenvolvedores A plataforma inovadora de desenvolvimento, alinhada ao conceito Digital Business, permitirá que desenvolvedores possam construir soluções móveis de forma rápida e flexível e ofertá-las ao mercado no Brasil e no exterior através de um moderno marketplace. Desta forma, a Prime Systems, reconhecida recentemente pelo Gartner como Cool Vendor Brazil/2015, espera auxiliar desenvolvedores com perfil empreendedor a gerarem negócios. Veja anúncio nesta edição da revista iMasters sobre como participar da etapa de Beta Teste, ou acesse: marketplace.primebuilder.com.br

UOL HOST amplia o seu portfólio de produtos voltados à hospedagem de sites Além da já conhecida hospedagem de sites dedicada à linguagem PHP e ASP.net, agora o UOL HOST traz duas novas plataformas de hospedagem, uma dedicada a aplicações Node.JS e outra dedicada à linguagem Java. Com isso, o portfólio da empresa passa a atender às principais linguagens de programação buscadas pelos desenvolvedores. Todas elas contam com o isolamento de recursos por meio da tecnologia LxC (Linux Containers).

Iugu oferecerá workshops estratégicos para startups inscritas em seu programa de benefícios Ao longo de 2016, a iugu vai ministrar diversos workshops e palestras exclusivos para as mais de 30 empresas inscritas no Ignição, seu programa de benefícios para startups. As conversas vão tratar de growth hacking, marketing digital, métricas, escalabilidade outros temas de cunho inovador, e serão realizadas em aceleradoras e incubadoras parceiras do programa. Elas marcam a segunda fase do Ignição para a iugu, que tem como objetivo compartilhar sua jornada como startup e ajudar outras empresas menores a escalarem seus negócios. Desde o lançamento no ano passado, o programa tem se mostrado um sucesso e um modelo de benchmark para companhias interessadas em se aproximar desse ambiente de empreendedorismo. O Ignição também oferece tarifas reduzidas na infraestrutura financeira da iugu, suporte premium e mentoria. Para saber se sua startup é elegível, acesse ignicao.iugu.com

Nova Geração de Domínios: .ONLINE é a nova extensão de domínio que mais cresce A nova extensão de domínios .ONLINE está tomando conta da internet. Com mais de 120 mil nomes de domínio registrados em menos de 4 meses, .ONLINE oferece aos usuários de Internet a possibilidade de obter e utilizar um nome de domínio relevante e memorável que será facilmente compreendido em todas as partes do mundo. A nova extensão pode ser o que você quiser que ela seja – você estará “vivo” na Internet, pronto para conectar-se com clientes, parceiros e quaisquer usuários que queiram te encontrar. .ONLINE protagonizou um lançamento sem precedentes em agosto de 2015, com mais de 37 mil nomes registrados nas primeiras 24 horas, tanto nomes de ampla abrangência e alta qualidade, como nomes bem específicos, de nicho, prontos para dar origem ao próximo negócio online de sucesso. É possível registrar .ONLINE através de provedores de domínios líderes como Bluehost, GoDaddy, Redehost, entre outros.


Drops do Mercado < 49

Iniciativa “O WordPress é Seguro. Inseguro é você” reforça confiabilidade da plataforma no mercado A afirmação “O WordPress é Seguro. Inseguro é você” foi o norte da Apiki durante todo o ano de 2015, para o qual dedicou esforços em desmistificar a suposta insegurança da plataforma e colaborar com a segurança para sites em WordPress. A iniciativa, nomeada WordPress Seguro, conta com uma série de artigos com conteúdos práticos e exclusivos, um Guia Prático e uma página focada para que você mantenha a sua instalação WordPress sempre segura. Além disso, a campanha alcançou diversas partes do Brasil através de palestras e webinars gratuitos. Em 2016 todo este conteúdo continuará disponível, atualizado e outras novidades virão. Fique ligado em apiki.com/ wordpress-seguro.

Stelo disponbiliza ambiente Sandbox A fim de auxiliar nos testes para utilização das soluções de meios de pagamentos online da Stelo, os desenvolvedores contam com o ambiente de Sandbox preparado especialmente para a execução de testes com as APIs. A ferramenta utilizada é o Swagger (http:// swagger.io), que hoje tem a maior e mais ativa comunidade de desenvolvedores. Além disso, todas as APIs Stelo são no formato Rest e o módulo de UI utilizado permite que os desenvolvedores interajam com as APIs em Sandbox de forma muito intuitiva, sem exigir conhecimento da implementação ou mesmo dos parâmetros e opções, pois são explícitas na documentação. No ambiente Sandbox, uma aplicação pode executar todas as operações que executa em ambiente de produção, porém, todas as informações são fictícias. Neste ambiente não há acesso algum às informações de produção, e vice-versa. Conheça mais: stelo.com.br/desenvolvedor

Você conhece a API SkyHub? A SkyHub possui uma API flexível para que a integração do e-commerce com o marketplace esteja adequada com a estrutura de sua plataforma ou ERP, utilizando tecnologias bem conhecidas no mercado como, REST e Json. Essa API, além de facilitar a instalação, permite ter em uma única ferramenta a análise de performance em cada um dos marketplaces em que a loja está inserida. Existem diversos recursos que a ferramenta da SkyHub oferece para os parceiros, dentre eles: integração de estoque único, manutenção das APIs dos marketplaces, gestão de produtos e preço, criação de atributos e paginação. Você pode conferir outras funcionalidades em skyhub.zendesk.com

A ferramenta ideal para gerenciar ecossistemas digitais e engajar parceiros O API Suite da Sensedia é uma plataforma para gestão de APIs com uma gama de ferramentas que te ajudará, em um simples passo-a-passo, a expor sua API em questão de minutos. A plataforma contempla um gateway para controle de requisições, um portal para engajar desenvolvedores e um Analytics completo do uso das suas APIs e Lifecycle para administrar a evolução das suas APIs. Assim, você terá APIs rodando com todo o potencial de escalabilidade, controle e segurança necessários para a sua estratégia digital. É a ferramenta perfeita para integrações com parceiros, gerenciamento de projetos de Internet das Coisas, estratégias em aplicações Mobile, segmentação de clientes e modelos de negócios SaaS.

Gerencianet lança nova API A Gerencianet lançou, no final de 2015, a nova API para realização de cobranças com cartão de crédito, boletos e carnês. Com a nova API é possível realizar integrações para transações por marketplace, assinaturas, checkout via lightbox e checkout transparente, além da notificações de cada alteração nas cobranças. Tudo isso com a disponibilização de SDKs que deixam a integração ainda mais fácil. Outra vantagem da nova API é a disponibilização do Sandbox, onde o integrador pode conhecer todo o fluxo de pagamento em um ambiente 100% de teste, sem a necessidade de realizar qualquer débito em seu cartão de crédito. O desenvolvedor também pode criar diversos apps, cada um com suas credenciais próprias, que permite identificar quais cobranças pertencem a qual app. A documentação é completa, de fácil compreensão e pode ser acessada na sessão “Desenvolvedores” do site gerencianet.com.br


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iMasters Planrockr Por Elton Minetto, co-fundador da Coderockr e iMasters Planrockr

A área de tecnologia e desenvolvimento de software está constantemente evoluindo. A cada ano, novas metodologias e ferramentas são criadas para melhorar os processos. Pode parecer loucura, mas um projeto é muito semelhante ao funcionamento do corpo humano, onde cada órgão tem as suas responsabilidades. No desenvolvimento de software não é diferente, cada ferramenta tem uma função específica. Diversas tentativas já foram testadas para fazer uma ferramenta única que cuidasse de todas as funções necessárias, porém a realidade é que as melhores ferramentas no mercado são as que focam em apenas uma ou duas funções. Por esta razão e devido à volatilidade da tecnologia, em um projeto de desenvolvimento de software geralmente se utilizam diversas ferramentas. Vamos analisar um cenário bem típico, o de uma equipe desenvolvendo um sistema para o ambiente web. Essa equipe precisa gerenciar uma série de aspectos do seu trabalho e, para cada uma delas, geralmente usa-se uma ferramenta diferente. Por exemplo: • Para o gerenciamento de códigos as ferramentas mais populares são o Github, Bitbucket ou Gitlab • Para a realização de integrações contínuas existem Jenkins, Codeship, e Buildkite • Para a análise de qualidade de código se utilizam ferramentas como o Codeclimate e Codacy

• Para a compilação do software ferramentas como ant, grunt, e Deploybot podem ser utilizadas. • Para o acompanhamento da performance dos servidores o Newrelic ou ferramentas do fornecedor de cloud como Amazon são as opções mais utilizadas. A lista pode se estender para várias outras ferramentas, dependendo das funcionalidades específicas do projeto em desenvolvimento. É neste aspecto que um projeto se assemelha a um corpo humano, mais especificamente ao de um atleta de alta performance (estamos em ano olímpico, eu não podia perder a chance).

Criamos uma aplicação que se integra com as ferramentas mais populares do mercado e que pode ser atualizada conforme novas ferramentas e demandas vão surgindo Imagine que você seja um treinador e queira desenvolver o próximo Usain Bolt. Você vai monitorar todos os aspectos do corpo do atleta, usando diversos sensores e equipamentos para determinar formas de treinamentos que ajudem a aprimorar os aspectos mais importantes e decisivos para otimizar a performance do atleta. Em um projeto de software não é muito diferente, utilizamos ferramentas para medir a performance do


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sistema, determinar a qualidade do código que está sendo desenvolvido, gerar testes para avaliar o funcionamento do software, e monitorar o comportamento da equipe. A observação contínua desses aspectos durante o desenvolvimento do software permite que possíveis problemas sejam identificados antecipadamente, e que melhores e mais ágeis decisões sejam tomadas para que o projeto atinja os níveis mais altos de qualidade.

Porque não vemos nossos projetos como um organismo (ou uma máquina) que pode ser monitorado e aprimorado constantemente? Vivemos numa realidade tecnológica que nos permite coletar, armazenar e processar quantidades obscenas de informação, tudo graças ao barateamento do espaço e dos serviços de armazenamento de dados na nuvem e teorias abraçadas pelo jargão da Big Data. Então porque não vemos nossos projetos como um organismo (ou uma máquina) que pode ser monitorado e aprimorado constantemente? Podemos coletar informações de todas estas fontes de dados, armazená-las, processá-las e tirar imenso conhecimento disto tudo. Esta é a ideia que move o iMasters Planrockr. Criamos uma aplicação que se integra com as ferramentas mais populares do mercado e que pode ser atualizada conforme novas ferramentas e demandas vão surgindo. • Com o iMasters Planrockr o gerente de projetos vai poder facilmente responder aquelas questões que tomam seu tempo e seu sono, como: • Vamos conseguir entregar as tarefas no prazo estimado?

• Como está a performance da equipe? Estamos entregando tarefas em qual velocidade? • Qual é a qualidade do código que está sendo desenvolvido? • Algum dos membros da equipe está com problemas de performance? Suas tarefas estão demorando mais do que a média? A sua qualidade está caindo? Posso alocar mais tarefas para alguém? A equipe também se beneficia, recebendo informações mais precisas sobre a sua performance e a de seus colegas, vendo o projeto como um todo e acompanhando a sua evolução e conhecendo novas maneiras e ferramentas para melhorar o seu trabalho. Essa é a nossa missão, gerar informações relevantes sobre os projetos para otimizar a tomada de decisões e centralizar os dados de diversas ferramentas essenciais para o desenvolvimento de software em um único lugar. Convidamos você a se inscrever e acompanhar a evolução do iMasters Planrockr. Acesse: planrockr.com Com a colaboração de Julia Braga Pfeifer Possamai

Elton Minetto é co-fundador da Coderockr e iMasters Planrockr. Possui graduação em Ciência de Computação pela UnoChapecó e especialização em Ciência da Computação pela UFSC/UNOESC. É autor do livro Frameworks para Desenvolvimento em PHP, da editora Novatec, co-autor do livro Grid Computing in Research and Education, publicado pela IBM/Redbooks (EUA) e autor dos e-books Zend Framework na prática, Zend Framework 2 na prática, Iniciando com o Zend Framework 2 e Doctrine na Prática.

eltonminetto.net | @eminetto | planrockr.com


52 > Bussiness Inteligence

Big Data, o aliado na retenção de clientes Por Clayton da Silva, Diretor de Soluções e Conquistas para América Latina da Zendesk

O termo Big Data existe desde a década de 1990, quando a NASA o utilizava para se referir a dados complexos que desafiavam os limites tecnológicos. Popularizado nos últimos dez anos, trouxe uma nova agenda às empresas, que se reestruturaram para realizar a análise de todo o volume de dados vindos de diversos meios, o que nem sempre é tão eficaz e acaba não proporcionando os resultados positivos esperados pelas companhias. Isso acontece porque muitas delas ainda não sabem qual é o seu real papel e como os dados bem apurados trazem benefícios para todos os setores, principalmente o de relacionamento com o cliente, que é fundamental para o funcionamento de uma empresa. Por meio de diversos canais, é possível adquirir informações significativas para não somente aperfeiçoar o processo de atendimento, como melhorar os resultados e avaliações por parte dos clientes. A partir do momento em que esses dados são absorvidos e compreendidos, geram-se insights que orientam as estratégias de operação. Quem sabe combinar as informações fornecidas a seu favor torna não apenas o negócio mais eficaz, como fideliza esse cliente. Entretanto, não se deve esquecer de considerar três pontos importantes: compreender o que acontece em seu negócio, o impacto dos interesses no serviço de atendimento e a antecipação dos desejos do cliente.

Ferramentas de captação e análise de dados Por meio de uma única plataforma baseada na nuvem, é possível absorver os dados coletados durante o contato e medir, em diversos níveis, o grau de satisfação dos clientes, além da eficiência e classificação de cada atendimento. Ferramentas que realizam todo esse processo já estão disponíveis no mercado. Elas examinam, medem, analisam e combinam os dados coletados da maneira que cada empresa precisa. O gerenciamento é feito por meio de painéis interativos, nos quais se escolhem as métricas desejadas, que são filtradas, analisadas e rapidamente transformadas em relatórios para diversos setores da empresa. Outro fator de análise muito relevante para a retenção de clientes é a obtenção de resultados positivos ou negativos do histórico interativo com esse consumidor. O software analisa os sinais emitidos pelo consumidor durante o contato – estes são ranqueados de 0 a 100 pontos, no qual 0 é a menor e 100 a maior satisfação. Com isso, é possível realizar a previsão e a construção de um cenário de insatisfação antes mesmo que aconteça, e as empresas passam a adotar um diálogo mais cuidadoso com seus clientes.


Bussiness Inteligence < 53

Por meio de diversos canais, é possível adquirir informações significativas para não somente aperfeiçoar o processo de atendimento, como melhorar os resultados e avaliações por parte dos clientes Uma vez que a companhia utiliza um sistema integrado de atendimento (e-mail, chat, web, telefone e redes sociais), cria-se um banco de dados único e, a partir do cruzamento das informações geradas em todos eles, os gestores conseguem medir as dúvidas mais frequentes e criar canais para respostas rápidas, o que aperfeiçoa a operação da equipe de atendimento. Os clientes, por sua vez, também passam a interagir melhor com a companhia em todos os canais. Os dispositivos móveis são outros aliados dessa comunicação mais prática e ágil. Por

meio deles, os clientes têm suas solicitações respondidas de todos os lugares com muito mais eficiência, e as requisições urgentes não esperam muito tempo. Além disso, a interface do software pode ser personalizada de acordo com a necessidade da marca, com a possibilidade de destacar e classificar os chamados em grau de urgência e travar um diálogo em tempo real por meio de uma aba criada no hot site. Dessa forma, otimiza-se a forma de fornecer apoio, há redução de esforço dos clientes e melhor experiência para ambos os lados.

Clayton da Silva é Diretor de Soluções e Sucesso do Cliente para América Latina e está na Zendesk desde 2012. É formado em Administração de Empresas pela Universidade Paulista, em São Paulo, e possui certificações nas áreas de Liderança e Empreendedorismo e Experiência do Cliente. Já atuou em diversas companhias ao redor do mundo, como CCI Channel Management Solutions e NSI Marketing Services, nas quais desenhou, implementou e coordenou programas de marketing. cdasilva@zendesk.com | zendesk.com


54 > Inspirada na Computação

Computação e tecnologia são para mulheres? Por Lidiane Monteiro, Fundadora do Blog Inspirada na Computação e acadêmica de Licenciatura em Computação na UFRPE Incluir efetivamente as mulheres na tecnologia, computação e engenharia é uma necessidade que tem sido muito comentada ultimamente. Pensando nisso, lembrei-me do que foi publicado na mídia ano passado, informando que existe um déficit de profissionais para atender à demanda de Tecnologia da Informação até 2020: aproximadamente 1,2 milhão de vagas estarão disponíveis, mas a estimativa é de que apenas 400 mil sejam ocupadas no total. Será que poucas mulheres se profissionalizando em TI seria um dos motivos da imensa sobra de vagas? Relacionando com outras fontes questionei: “computação e tecnologia são para mulheres?”. Vejamos. O índice de mulheres que ingressaram em cursos superiores de Computação no Brasil é desproporcional à população feminina (metade da população mundial) e, com o passar do tempo, ficou ainda pior: de 34,89% em 1991 para 15,53% em 2013. No mercado de trabalho, a disparidade não é diferente - na década de 1980, as mulheres representavam 40% das principais empresas de Computação do mundo; em 2008, o número caiu para 18%. Os motivos da pequena representação feminina são complexos, mas alguns exemplos reais podem nos dizer alguma coisa: o baixo índice de ingresso das mulheres em cursos superior de Computação, os salários 30% menores em iguais funções desempenhadas

por homens e a relativa falta de identificação das mulheres com ciência, tecnologia e engenharia. Outro ponto que não passa despercebido é que precisamos imprimir esforços maiores para sermos reconhecidas e ganhar a confiança dos outros por nossas habilidades técnicas. É muito comum ouvir questionamentos como: “Foi você que fez isso?”, “Você vai ser palestrante? É sério?!”, “Tem como saber se o código foi feito por uma mulher?”, “Não é bem assim que funciona a lógica” (mas era), “Melhor você cuidar da documentação”. Já ouvi essas frases algumas vezes e presenciei outras situações “interessantes”. A boa recordação é que, contrariando as estatísticas atuais, as mulheres já foram maioria na computação. Ainda que existam poucos registros da história, possuímos um papel destacado no avanço tecnológico: todos os dias, utilizamos ferramentas que poderiam não existir sem o trabalho de mulheres como Ada Lovelace, Grace Hopper, Jean Jennings Bartik, Frances Bilas, Margaret Hamilton, Hedy Lamarr, Shirley Ann Jackson, Shon Harris e Joan Clarke. O estereótipo do Cientista da Computação como sendo um homem jovem, nerd e anti-social alimenta o senso comum de que mulheres, tecnologia e computação não combinam. Por outro lado, a visibilidade de mulheres na profissão e as contribuições na computação servem de modelos femininos


Inspirada na Computação < 55

que ajudam a quebrar barreiras faladas e não faladas que desencorajam o ingresso das mulheres no setor. No Brasil, existem várias iniciativas e comunidades nas quais profissionais (programadoras, jornalistas, designers) e demais interessadas por tecnologia compartilham suas experiências, ensinam a programar e ajudam outras mulheres a fazer o mesmo.

Mulheres na tecnologia: iniciativas no Brasil Em encontros que organizamos, já ouvi coisas do tipo: “Estou quase me formando e esse é meu primeiro evento de tecnologia”, “Na minha cidade não tem eventos, nem tantas mulheres na área”, “Desgostei de programação na faculdade e nunca aprendi, mas acho que agora quero programar”, “Minha família não apoiava a escolha do meu curso, cursei outros, mas não me realizei. Discuti bastante e só agora consegui convencê-los de que minha área é tecnologia”, “Estou feliz e empolgada por ter aprendido a fazer meu primeiro código”. Os encontros são incríveis e ajudam muito no empoderamento feminino. Você sai outra pessoa a cada vez: muita motivação, novos conhecimentos e ideias, ampliação imensa de networking e até propostas de trabalho surgem. Não é raro empresas, universidades e hackerspaces apoiarem e se disporem a receber um evento.

“Ainda que existam poucos registros da história, possuímos um papel destacado no avanço tecnológico: todos os dias, utilizamos ferramentas que poderiam não existir sem o trabalho de mulheres como Ada Lovelace, Grace Hopper, Jean Jennings Bartik, Frances Bilas, Margaret Hamilton, Hedy Lamarr, Shirley Ann Jackson, Shon Harris e Joan Clarke” Algumas conferências de tecnologia e de linguagens de programação estão adotando um modelo em que mulheres recebem bolsa de apoio financeiro para custear a participação em eventos. Mulheres também são minoria entre palestrantes e nem sempre há um esforço de quem organiza em convidar especialistas mulheres para estarem no palco. É muito comum, por falta de condições financeiras ou por insegurança, deixarmos de submeter palestras ou adiar a participação em eventos. Além disso, como a maioria tem público masculino, é normal a intimidação em ambiente dominado pelo gênero oposto e/ou que não parece inclusivo. Na Campus Party Recife de 2015, por exemplo, deixei de submeter uma palestra mesmo já tendo palestrado em outros eventos. A síndrome do impostor me fez acreditar que o conteúdo não seria relevante ou que eu não tinha bagagem suficiente. O evento me mostrou justamente o contrário: em mais de uma palestra, as perguntas do público eram sobre o que eu pretendia abordar.


56 > Inspirada na Computação

Não há dúvidas de que as iniciativas de empoderamento feminino são fundamentais para aumentar a participação das mulheres, incentivar que elas palestrem e acreditem no próprio potencial. A diversidade na tecnologia, inclusive, tem sido considerada por empresas e universidades como estratégica para a inovação, por permitir ambientes e times mais criativos, propícios ao desenvolvimento de soluções e produtos ainda melhores. Porém, as empresas têm dificuldades para encontrar mulheres para cargos técnicos e reter talentos. As empresas do Vale do Silício perceberem a baixa porcentagem de mulheres entre seu capital humano técnico. Nesse caminho, projetos da área de tecnologia surgiram para despertar o interesse de meninas ainda na escola, e incentivam mulheres a reconhecerem seu potencial para computação. Como resultado, diversas ações que promovem capacitação técnica para mulheres cresceram nos últimos anos, fortemente sob influência de comunidades como PyLadies, Women Who Code, Code Girls, Django Girls, Technovation Challenge e Women Techmakers. Outras ações que seguem esse caminho são a mídia impressa e digital e, como resultado, temos esta coluna, na qual irei falar sobre mulheres na computação e tecnologia de maneira que possamos aproximar o público e diminuir a diferença de tratamento entre os gêneros. Espero que, por meio desta coluna, as vozes femininas sejam representadas, haja visibilidade às profissionais da área e que seja exposto, de maneira concreta, que as mulheres devem, sim, conhecer, questionar, produzir e protagonizar seu futuro com tecnologia e o que mais elas quiserem. Dessa maneira, tanto as comunidades de tecnologia como o setor corporativo têm buscado aumentar a participação das mu-

lheres na produção de tecnologia e inovação, o que pode resultar em uma nova geração de mulheres com potencial para serem reconhecidas e inspirarem sua profissão na computação, tecnologia e engenharia. Iniciativas brasileiras para mulheres na Tecnologia - PyLadies Brasil (vários estados) - Women Who Code – Recife - MariaLab - PrograMaria - InspirAda na Computação - Django Girls Brasil (vários estados) - Mulheres na Computação - Meninas também jogam - Code Girl - Natal - Byte Girl – Fortaleza - Meninas Digitais - Cunhantã Digital - Women Makers - Mulheres na Tecnologia - JS4Girls (vários estados) - .NET Coders Ladies - Women Techmakers Brasil - Rails Girls - InsideOut Project - Girls in Tech - Brazil - RodAda Hacker - Garotas CPBR - Minas Programam - WoMoz Brasil - Technovation Challenge Brasil

Lidiane Monteiro é fundadora do Blog do InspirAda na Computação, padawan de Desenvolvimento de Software e Mãe de Teddy, um cachorro com mais de 5 apelidos. Além disso, cursa Licenciatura em Computação na UFRPE e faz estágio na FUNDAJ. Como rata de comunidade de TI, contribuiu para a fundação de algumas em Recife para incentivar mulheres: Women Who Code, PyLadies, Django Girls, JS4Girls. É 99% Computação e Educação, mas alguns outros % em Jornalismo. Não escreve bem (nem códigos, nem textos), mas acredita que pode chegar lá compartilhando o que aprender e com Jornalismo de Dados. Curte ativismo social, programação, bolo de rolo e cerveja. @lidy_monteiro | inspiradanacomputacao.com | contato.lidymonteiro@gmail.com


Especial 15 anos < 57

Qual a sua historia com o iMasters? “Sinto que influencio muita gente a ter uma perspectiva mais ampla a respeito da vida digital com minhas contribuições no InterCon, o que, para um professor, não poderia ser mais importante. Por causa de tantos eventos, muita gente associa a minha imagem à do iMasters, o que não poderia significar honra maior”. Luli Radfahrer – Professor Doutor da USP

“O iMasters é responsável por algumas das minhas primeiras vezes: minha primeira vez trabalhando como programador de verdade. minha primeira vez usando ferramentas de controle de versão. minha primeira vez em uma viagem de avião. minha primeira vez visitando São Paulo. minha primeira vez visitando Belo Horizonte. E tantas outras primeiras vezes, que me ajudaram a construir a minha carreira hoje” André Tagliati/ líder técnico de frontend Dafiti

“A comunidade do iMasters é riquíssima em conteúdo e é um excelente hub de networking para toda comunidade de profissionais de TI. Estar conectado ao iMasters, seja nos eventos, no portal ou nos cursos é a melhor maneira de se manter atualizado, o que é essencial numa área que está em constante movimento” André Metzen - Fundador da Conceptho

“Minhas grandes conquistas profissionais tiveram a influência do iMasters. Vários cursos lançados, a conquista de ser uma referência no mercado, artigo publicado em livro e palestras em grandes eventos. Os desconhecidos ficaram próximos, viraram amigos. O meu lado profissional se consolidou com o pessoal harmoniosamente e serão minhas conquistas para sempre” Leandro Vieira - Fundador da Apiki

“É normal encontrarmos um profissional no mercado brasileiro e ele dizer que aprendeu o que sabe por meio do iMasters. Quando temos uma comunidade tão receptiva, os novos desenvolvedores se sentem acolhidos e começam a aprender sobre desenvolvimento pela troca de experiência com outros profissionais. Isso é fantástico!” João Neto - Administrador do fórum iMasters e iMasters Code


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Drops do mercado

Site Blindado lança Selo Flutuante Com o objetivo de gerar ainda mais valor para os clientes de Blindagens II e III – serviços que envolvem análises de vulnerabilidade, mini pentest e suporte para correção das brechas de segurança nas lojas virtuais – a Site Blindado desenvolveu o Selo Flutuante. Ao contrário da outra versão do selo, que fica estática, posicionada no topo ou parte inferior da home, a nova versão acompanha a navegação do usuário durante toda a experiência de compra. Sua implementação é muito próxima à da versão atual, por meio de um comando HTML inserido no código fonte do site. Sem custo adicional, essa nova versão permite que o selo seja exposto durante todo o processo de compra, potencializando as chances de conversão de um cliente – pesquisas recentes da Conecta/Ibope indicam que 56% dos consumidores não finalizam uma compra online se não se sentirem seguros. O novo selo já está disponível no portal de clientes da Site Blindado – siteblindado.com/selo-flutuante

A melhor hospedagem para sites WordPress do mundo, agora no Brasil

Sexto sentido para entender o cliente

A Bluehost nasceu em 2003 com um único objetivo: ser

A ferramenta Satisfaction Prediction (Previsão de Sa-

uma empresa de hospedagem de sites com qualidade

tisfação, em português) desenvolvida pela Zendesk,

superior. Criou e gerencia seus próprios Datacenters em

fornecedora de software em nuvem para atendimen-

Provo, Utah, Estados Unidos, com hardwares de última

to ao consumidor e gerenciamento de chamados, é

geração, onde tem total autonomia para oferecer a melhor

o primeiro sistema que estima a satisfação e fornece

performance para seus clientes. Sua tecnologia é com-

dados para a construção de uma relação duradoura

patível com as linguagens de programação, APIs e plata-

com o cliente. Por meio dos resultados positivos ou

formas baseadas em softwares livres mais populares do

negativos do histórico interativo com o consumidor,

mundo: WordPress, Magento, Drupal, Joomla, PHP, Ruby

prevê diálogos de risco e constrói um cenário de insa-

on Rails, Phyton, entre outras. Ainda, é a única no mun-

tisfação antes mesmo que ele aconteça – permitindo

do recomendada pelo WordPress.org, a maior plataforma

que as empresas mantenham um diálogo ainda mais

de gerenciamento de conteúdo da internet. Hoje é uma

cuidadoso com seus clientes. Sua base está nos si-

das líderes no mundo com +2 milhões de sites hospeda-

nais emitidos pelo consumidor durante o contato, que

dos e mais de 700 especialistas quebrando paradigmas

são ranqueados de 0 a 100 pontos, onde 0 é a menor

para levar o sonho da internet para um número cada vez

e, 100, a maior satisfação. Dessa forma, as empresas

maior de pessoas. Agora no Brasil, com equipe dedicada

melhoram a forma de fornecer apoio, há redução de

e atendimento 100% local. Venha para a empresa que é

esforço dos clientes e melhor experiência para ambos

referência no mundo.

os lados. A análise de big data prevê um modelo único e personalizado para cada cliente Zendesk.

SEO Master desenvolve ferramenta que aponta os fatores de ranqueamento para SEO Há alguns meses, a SEO Master tem trabalhado em um projeto audacioso e que será de grande ajuda para a comunidade de SEO. A ferramenta, ainda em fase de desenvolvimento e testes, dá suporte na análise dos Ranking Signals (em português, Sinais de Ranqueamento). Através desse projeto, a SEO Master busca desenvolver uma ferramenta prática para entender os possíveis sinais de ranqueamento utilizados pelo algoritmo do Google para determinar o ranqueamento nas buscas. O objetivo da SEO Master é que a ferramenta possa ser utilizada por profissionais de SEO para auxiliar na elaboração do planejamento estratégico de SEO e na mensuração de resultados. Com as constantes atualizações do Google, o Ranking Signals será atualizado constantemente para aprimorar a sua eficiência.


Drops do Mercado < 59

Cloud agora, pague depois: conheça o Cloud on Demand Locaweb

Impacta oferece conhecimento e qualquer hora e lugar

Se você precisa de mais flexibilidade e rapidez em seus projetos, essa é a hora! Quem já tem algum produto da Locaweb agora pode contratar o Cloud on Demand, que oferece economia por meio de instâncias pós-pagas e a autonomia de um IaaS. A novidade é a facilidade na contratação: direto pelo painel de controle em menos de 15 minutos. E ainda: a cobrança é feita por hora a partir do momento em que a instalação for finalizada. Da mesma forma, o término ocorre quando a opção “Desinstalar” é selecionada no painel de servidores. Isso tudo a partir de R$ 0,07 por hora. Além de todas essas vantagens, você ainda conta com: Backup, VLAN, Load balancer, Snapshots e Firewall. Além dessas vantagens, a infraestrutura da Locaweb está alocada em território nacional, o que garante menor latência de rede e segurança. Tenha mais flexibilidade e rapidez em seus projetos, contrate o Cloud on Demand.

A qualidade reconhecida da Impacta Tecnologia, que emprega 98% de seus alunos, pode ser conferida também no conforto do seu lar ou na hora que preferir. A Impacta sabe que seus alunos têm necessidades diferentes, mas todos merecem conhecimento e, por isso, ela conta com 3 modalidades de ensino nos mais de 300 cursos que oferece. Os cursos presenciais são realizados na cidade de São Paulo e são ideais para quem deseja uma formação completa com a oportunidade de networking e toda experiência de sala de aula. Porém, quem necessita de mais flexibilidade, pode contar com os cursos da modalidade Ao Vivo, nos quais é possível assistir a todo o conteúdo em tempo real, com a mesma qualidade e podendo interagir e participar mesmo estando à distância. Já os Cursos Online têm a metodologia com o selo de qualidade Impacta e são ideais para você estudar no seu ritmo, do seu jeito, no lugar e hora que quiser.

Umbler: primeiro cloud hosting por demanda do brasil Está no ar a Umbler, uma startup de Cloud Hosting por demanda 100% focada em agências e desenvolvedores. Para inovar em um mercado com tantas opções, a empresa optou por um modelo de pagamento por créditos, no qual é possível contratar hospedagem para todos os tamanhos de sites, banco de dados e e-mail separadamente, sem pacotes fechados: “o usuário paga somente pelo que utilizar e pode ter seu site e e-mails no ar em dois minutos. Além disso, pode pausar, alterar ou cancelar os recursos a qualquer momento”, explica Fábio Borges, CTO. A ideia da Umbler é oferecer o máximo de liberdade possível para os usuários, que podem começar a usar a hospedagem gratuitamente. “Ao se cadastrar no site, o usuário já ganha créditos para utilizar todos os serviços, e, fazendo algumas ações, como criar um site ou uma conta de email, vai acumulando créditos promocionais, podendo chegar a R$100,00”, conta o CTO.

Certified Agile Professional: o próximo passo Uma nova certificação focada nos fundamentos da agilidade, sua compreensão e prática chega ao mercado. A Certified Agile Professional é uma certificação da Adaptworks em participação com a ICAgile (icagil. com) e consiste de um treinamento de dois dias focado nos pilares, valores e princípios da agilidade, indo muito além de uma visão sobre um framework ou método específico. Ela aborda quais são os princípios da agilidade e como estes influenciam nas várias formas que a agilidade pode ter. A certificação também explora a importância das diferenças de contexto no caminho da adoção de agilidade. Esta nova visão sobre certificação busca preparar profissionais para os desafios reais da agilidade no dia-a-dia, oferecendo tanto conhecimento teórico quanto prático, por meio de diversas dinâmicas.


60 > Por dentro do W3C

A Web invisível Por Reinaldo Ferraz, Especialista em Desenvolvimento Web do W3C Brasil

Imagine a seguinte situação: você volta para casa depois de um dia de trabalho e ao chegar à sua humilde residência percebe que as notificações do seu celular não tocaram. A luz não acende e a TV não funciona. Acabou a luz. Agora, pense no dia anterior. Será que percebemos o quanto a luz era importante antes de ficar sem ela? Isso vem acontecendo com diversos serviços e produtos. É a tal da ubiquidade, das coisas que passam despercebidas por nós. Invisíveis, mas que só percebemos quando não as temos mais disponíveis. O mesmo ocorre com a Internet há alguns anos. Tente lembrar a última vez que chegou à sua casa e disse: “Vou me conectar à Internet para ler meus e-mails e assistir a um filme online”. Hoje você simplesmente acessa seus e-mails ou assiste a um filme por streamming. Em qualquer lugar. O martírio da conexão discada e da Internet tarifada por minuto já não nos assolam mais (ou quase). As pessoas não precisam mais saber que estão conectadas. Elas simplesmente estão. Mas eu arrisco dizer que o mesmo vem acontecendo com a Web. Olhe para o seu smartphone e para todos os aplicativos instalados nele. Será que você sabe quantos deles são aplicativos nativos ou aplicações web? Eu mesmo não sei quantos dos aplicativos instalados no meu smartphone são Web se eu

não baixar o arquivo e abrir seu código para investigar. E isso é muito legal! Durante a última aula do Centro de Estudo sobre Tecnologias Web (Ceweb.br) na Escola de Governança da Internet (EGI), promovida pelo CGI.br em agosto de 2015, tivemos a oportunidade de fazer uma experiência para mexer com a percepção dos alunos sobre Internet e Web. Durante a aula, desligamos as portas 80 e 8080 (tanto em IPv4 quanto em IPv6) e pedimos aos alunos para executarem algumas tarefas. Tarefas simples, como buscar a definição de um nome de animal, localizar um endereço ou mesmo descobrir o nome das músicas de um álbum da Marisa Monte. A experiência tornou-se interessante quando os alunos perguntavam “A Internet está funcionando?”, e nós respondíamos a eles que sim, afinal ainda era possível ter acesso a FTP e SMTP, por exemplo. Mas HTTP e HTTPS não estavam disponíveis. A Internet estava funcionando, mas a Web não. Para facilitar a atividade, deixamos disponíveis alguns fascículos de enciclopédia em papel, guias de ruas e um walkman com uma fita cassete. Apesar da diversão e nostalgia, foi um martírio buscar informações sem a Web. Agora pense no seu dia a dia sem a Web. Vai fazer uma viagem de férias? Que tal pesquisar os principais destinos assistindo a progra-


Por dentro do W3C < 61

mas de viagens ou então visitando agências e comprando catálogos? E na hora de reservar um hotel ou comprar uma passagem aérea? Haja pacote de minutos no telefone para tanta ligação e cotação.

Você pode questionar: e os aplicativos?

Isso não é uma crítica aos apps, muito pelo contrário. Acho que eles estão promovendo uma evolução silenciosa pela experiência do usuário que, baseada no meu humilde ponto de vista, é causada em parte pela complexidade na entrada de dados do usuário pelo dispositivo móvel. Qual a finalidade de digitar toda vez no browser, naquele teclado horrível do smartphone, o endereço http://www.nomedomeuaplicativomatador.com.br

Pois é. Mesmo sabendo que boa parte desse tipo de aplicativo faz consulta na Web, consideraremos os que não fazem. Pense na quantidade de aplicativos para instalar em uma simples pesquisa de uma viagem de férias. Considerando que existem aplicativos que agrupam suas necessidades de viagem, como pesquisa por hotel e passagens aéreas, para outras atividades, você precisa de outro aplicativo, e assim seu smartphone vai colecionando aplicativos que serão usados de forma esporádica e ocupam uma quantidade significativa de espaço do seu telefone. No caso do desenvolvedor, ainda existe o agravante de pedir a “benção” da loja de aplicativos para cada atualização.

As pessoas não precisam mais saber que estão conectadas. Elas simplesmente estão Eu gosto de utilizar a Web via browser o máximo possível, tanto no mobile quanto no desktop/notebook. Check-in online, receitas culinárias, redes sociais, mapas, consulta de hotéis, dicas para o passeio do fim de semana, e assim por diante. O aplicativo só ganha status para ser instalado no meu smartphone quando devo usá-lo pelo menos duas vezes na semana.

se com um toque eu abro o app e soluciono meus problemas? Percebem como o tema deste artigo abordou muito mais o uso da Internet e dos apps sempre relacionados com o uso da Web? Esse era o objetivo. A Web está enraizada na nossa vida. Os serviços estão disponíveis, e nos tornamos cada vez mais dependentes deles. Quando estou trabalhando com a Web, desenvolvendo aplicações ou escrevendo um documento colaborativo, eu nem penso mais nela. Apenas faço uso de tudo que ela pode proporcionar, de forma silenciosa e ubíqua. Até que alguém derrube o disjuntor, cortea luz, a Internet e, consequentemente, a minha Web.

Reinaldo Ferraz é especialista em desenvolvimento web do W3C Brasil. Formado em Desenho e Computação Gráfica e pós graduado em Design de Hipermídia pela Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Trabalha há mais de 12 anos com desenvolvimento web. Coordenador do Prêmio Nacional de Acessibilidade na Web e do Grupo de Trabalho em Acessibilidade na Web e representante do W3C Brasil em plenárias técnicas do W3C. @reinaldoferraz


62 > Banco de Dados

High Availability e Disaster Recovery como seguro de vida para a empresa por Luiz Henrique Garetti, DBA SQL Server at G&P

Gostaria de iniciar este artigo com duas perguntas; a resposta a elas pode direcionar para o sucesso ou fracasso da sua empresa, do seu emprego em época de crises e desastres.

Qual a Importância dos dados para sua empresa? Qual o impacto de um dia sem informação? O ato de pensarmos nas respostas nos faz refletir sobre outras centenas de questões interligadas, gerando outros questionamentos como: qual a segurança do meu ambiente? Qual o impacto de um dia sem faturamento? Nossa empresa suportaria uma perda em massa de dados? Temos um plano para recuperação de desastres? Nosso ambiente está assegurado com alta disponibilidade? Pensar em segurança da informação e conceitos de alta disponibilidade não é mais um diferencial para o ambiente, e sim uma necessidade de se manter viva no mercado. Com a concorrência cada vez mais em alta e com a exigência em nível de excelência, qualquer falha ou indisponibilidade da sua aplicação é motivo para o concorrente bater nessa deficiência, tomar alguns de seus clientes, morder uma fatia do seu mercado, e assim por diante. Existe um caso muito interessante mencionado pelo especialista Microsoft SQL Server

Paul Randall em uma apresentação nos Estados Unidos, na qual ele menciona a corrupção de um índice no banco de dados que causou sérios problemas a uma grande instituição financeira. Esse tipo de incidente é crítico para o DBA, porém solucionável. O problema é que as ações tomadas não foram as mais adequadas para o cenário em questão, ocasionando a queda do banco de dados e paralisando aplicações core da instituição. Consequentemente, clientes não conseguiam realizar transferências financeiras, saques, depósitos, entre outras operações, gerando impactos negativos incontáveis. Tudo isso por causa de um problema (desastre em menor escala) no banco de dados. E se esse banco de dados estivesse participando de uma sessão de alta disponibilidade? Se existisse algum plano de contorno para desastres? Talvez o impacto para a instituição fosse menor e contornável. Claro, há casos e casos, e vários fatores contribuíram para o fracasso nesse incidente. A importância de um plano de Disaster Recovery vai além de investimentos em hardware e data centers de contingencia - é questão de politica aplicada dentro da empresa e de conceitos pré-estabelecidos. Outro caso sobre desastres no ambiente de banco de dados – que é extremamente triste devido à tragédia – é o atentado de 11 de setembro de 2001. Esse dia ficará na memória do mundo todo e será lembrado por décadas pela tragédia no World Trade Cen-


Banco de Dados < 63

ter (WTC), em Nova York, gerando a morte de milhares de pessoas. A história todos nós conhecemos, mas poucas pessoas conhecem o outro desastre consequente desse acidente - claro, não mais importante que a perda das vidas, mas importante para sobrevivência das empresas que ali estavam. De acordo com a University of Minnesota Twin Cities (EUA), 20% das empresas que existiam no WTC fecharam imediatamente, e 35% sofrem com problemas financeiros até hoje, devido à perda de informações. Uma parte das empresas não contava com servidores de contingência ou redundância de dados fora do complexo WTC. Outras até tinham servidores de contingência para aplicações e banco de dados, porém essa contingência estava na outra torre, que também foi atingida pelos aviões. Claro, ninguém poderia imaginar que uma torre viesse abaixo, quem diria as duas e no mesmo dia! Após essa tragédia, várias ISOs (International Organization for Standardization) de segurança foram discutidas e redefinidas, a as empresas passaram a utilizar novas normas para segurança da informação, com distribuição geográfica dos dados e afins. O assunto sobre Alta Disponibilidade e Plano de Disaster Recovery vai muito além, e exige

detalhamentos de processos e até mudança cultural dentro da área de tecnologia da empresa, aprofundando em conceitos de RPO, RTO, SLA, e assim por diante. Os dois casos mencionados representam a importância que os dados assumem dentro da corporação, e salientam a necessidade da atenção que devemos tomar quando falamos em informação, o que, em alguns casos, é sinônimo de dinheiro. Gosto da analogia entre High Availability e Disaster Recovery como apólice de seguros, pois o segundo é algo pelo qual pagamos (caro) e rezamos para não ter que utilizar. O mesmo acontece com HA e DR, investimentos pesados em redundância de hardware, profissionais qualificados, redundância de data centers, criação de processos e políticas, tudo preparado para ser utilizado em caso de desastre, mas esperamos que nunca seja preciso. Luiz Henrique Garetti é Especialista SQL Server, atuando como DBA/Consultor em projetos de diversos portes, com foco em arquiteturas de alta disponibilidade utilizando ambientes em Cluster, Mirror, Alwayson e administração de banco de dados em geral. Contribui para a comunidade com artigos técnicos publicados em grandes eventos na área de Banco de Dados com foco em alta disponibilidade e distribuição geográfica dos dados e em sites como iMasters e SQL Magazine. @LuizhGaretti | luizh.rosario@gmail.com


64 > 7Masters

Os dois últimos 7Masters de 2015 foram marcantes! Agile e SEO são dois temas que ainda vão dar muito o que falar e os mestres arrasaram em suas talks. Confira o que aconteceu e prepare-se: 7Masters 2016 está com uma seleção de temas imperdíveis! Já pode colocar na agenda - setemasters.imasters.com.br/agenda-2016/

Agile A arte do tailoring em projetos ágeis: revisando o mindset operacional foi a talk de Vitor Massari, Sócio-Diretor e Agile Coach da Hiflex Consultoria - http://ow.ly/XZQmW

“Continuous Delivery: reflexo de uma cultura Lean” foi a talk de Diego Paris de Oliveira, Project Coordinator na UOL, no 7Masters Agile - http://ow.ly/XZQFB

Thiago Custódio falou sobre Continuous Delivery e infraestrutura ágil. Ele é Engenheiro de Software na Sciensa - http://ow.ly/XZQti

Marco Antonio da Silva é Especialista em Modelos de Negócio Inovadores, PMO e Gestor de Portfólio de Projetos. Neste 7Masters, ele falou sobre Agile PMO e seu papel no fomento de inovação no contexto atual http://ow.ly/XZQMi

Desenvolvedor na Lambda3, Raphael Molesim trouxe uma talk sobre Mudança organizacional - http://ow.ly/XZQxc Nicolás Roberts abordou o desenvolvimento de APIs tendo o cliente como Product Owner. Ele é Gerente de Integrações do MercadoPago - http://ow.ly/XZQAt

Fernando de la Riva falou sobre a implantação do modelo Spotify na Concrete Solutions, onde é CEO - http://ow.ly/XZQJ6


7Masters < 65

O 7Masters é o nosso Encontro de Especialistas. Todos os meses reunimos 7 mestres que apresentam palestras curtas sobre assuntos inovadores e diferentes, para uma plateia de profissionais. Os temas de cada encontro são definidos pelo iMasters e uma equipe de curadoria, liderada em 2015 por Edu Agni. Se quiser dar alguma sugestão, escreva para setemasters@imasters. com.br. Confira aqui como foi a edição do 7Masters OOD. Acompanhe o calendário e assista a todos os vídeos em setemasters.imasters.com.br

SEO Alex Pelati, diretor de Search Marketing na AO5, falou sobre como se Beneficiar do AdWords no Planejamento de SEO http://ow.ly/XZRoF

Reinaldo Ferraz é especialista em desenvolvimento web do W3C Brasil. Trabalha há mais de 12 anos com desenvolvimento web, é apaixonado por acessibilidade, usabilidade, padrões web, HTML, CSS, Star Wars e café sem açúcar. Neste 7Masters, sua talk foi “Atributos textuais para imagens e SEO” http://ow.ly/XZRcy

Leandro Lima: Por dentro do Schema.Org “Por dentro do Schema.Org” foi a talk de Leandro Lima. Designer, desenvolvedor front-end, fundou a PopUp Design em 2010 junto com a Dani Guerrato, trabalhando em projetos que buscam sempre usar o que existe de mais moderno em tecnologias web. Paralelo a isso, dá aulas e palestras sobre design e desenvolvimento web - http://ow.ly/XZQSE

Will Trannin é diretor executivo da SEO Master e participou do 7Masters SEO com a talk “Como analisar os Ranking Signals de uma página” - http://ow.ly/XZR56 “SEO para E-Commerce” foi a talk de Gabriel Lima. Ele é graduado em Publicidade & Propaganda pela ESPM e Mestre em Administração de Empresas pelo Insper com ênfase em estratégia. Diretor da eNext, consultoria especializada em e-commerce e professor da Business School São Paulo - http://ow.ly/XZR0q Edu Agni é consultor especialista em Experiência do Usuário. Em sua talk, falou sobre como UX pode ajudar no SEO – e vice-versa - http://ow.ly/XZR8K Daniel Imamura propôs uma análise de passado, presente e futuro do SEO em sua talk “Mindset do SEO: De onde viemos e para onde vamos” - http://ow.ly/XZRiF Quer indicar um tema ou um mestre para as próximas edições? Envie um email para 7masters@imasters.com.br


66 > Especial 15 anos

Qual a sua historia com o iMasters? “O fascínio por bits e bytes sempre foi o meu foco. Aos 15 anos, comecei a me profissionalizar como programador, saí e voltei da profissão por algumas vezes em um processo de decisão de uma idade que permite essa transição, mas sempre tive vontade de aprender mais. Foi em 2001 que conquistei minha primeira vaga como programador, em São Paulo. Estava empolgado com as possibilidades, mas faltava um canal de informações e troca de experiência entre programadores. Pesquisava informações mais detalhadas sobre a programação em ASP 2 e Java com Tomcat, e não conseguia encontrar. Até que achei pelo CADÊ o iMasters, e 15 anos depois eu só posso agradecer pelas dicas, cursos e fóruns de que participei dentro da comunidade, onde consegui tirar dúvidas de desenvolvimento, aprimorar conhecimento e chegar, hoje, a ter minha própria empresa de soluções digitais. Obrigado, pessoal, e continuem com os ótimos trabalho! O iMasters é a revista digital que todo cyber-empresário deve ler” Alexander Marra Moncks / CEO - MMSoft Soluções Digitais

“De repente eu comecei a participar do iMasters. Aprendi muito, fiz amizades e entendi que não existe uma linguagem melhor. Como consequência, aperfeiçoei — e muito — o meu português e hoje tenho o trabalho dos meus sonhos” Guilherme Oderdenge / Desenvolvedor Front-End na Chute


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