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Um passeio pelo estilo da escrita de fanfics

Oque escrever numa matéria sobre fanfiction? Talvez, como qualquer jornalista que quer escrever histórias com os melhores finais possíveis, o bom seria encontrar uma quantidade boa de fontes, todas disponíveis, com respostas que pudessem contemplar todas as perguntas da repórter e, de quebra, que todo o relato oral fosse complementado com excelentes imagens. Essa, sem dúvida, é uma fanfic que diariamente os jornalistas criam em suas mentes ao receberem uma pauta e saírem às ruas para fazer apuração de conteúdo.

O mundo das “fics”, como pode ser chamado carinhosamente, surgiu em 1960, com “Jornada nas Estrelas”, uma série que passava na televisão e foi cancelada repentinamente. Mas foi nos anos 2000, com a internet e a geração de “Harry Potter”, que elas realmente ganharam força. Milhares de jovens e adolescentes começaram a escrever suas próprias versões das histórias e, nos dias de hoje, é possível encontrar aplicativos com Wattapad, Spirit, FanFiction, além de sites voltados para essa comunidade, que têm crescido cada vez mais a ponto de ser possível encontrar fanfiqueiros em toda região e lugar.

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Atualmente, o seguimento da fanfiction tem crescido bastante apesar do Governo não investir nesse tipo de produção literária.

Segundo o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), durante a pandemia, o Brasil teve uma alta de 48,5% nas vendas de livros.

Além disso, mais de 70 milhões de histórias foram adaptadas pelos fãs, muitos deles adolescentes, jovens e até adultos, que criaram sua própria versão de histórias famosas e foram publicadas em editoras. “After” e “50 tons de cinza” são exemplos de histórias que começaram como uma fanfic e hoje já ocupam até mesmo as telas de cinema em todo o mundo.

Apesar de muitos jovens assumirem que gostam de criar sua própria fanfic na cabeça, o processo de escrita não é nada fácil. Muitas vezes são criados outros personagens ou alguns personagens da história original são deixados de lado. Tudo vai depender do gosto e da criatividade de quem escreve. O fanfiqueiro tem autonomia para fazer a sua versão da história. Então, já que tudo depende da imaginação, não é preciso se preocupar com a escrita? Precisa sim, pois a escrita é uma parte fundamental!

Para Deivanira Vasconcelos

Soares, professora e doutoranda em Letras, que já orientou um Trabalho

Editoras Independentes

OMaranhão, por conta do comércio de algodão, era bastante próspero durante o Império e foi um dos primeiros estados a possuir uma tipografia. Durante o lançamento dos primeiros poemas de Gonçalves Dias, em 1840, e a ida de Aluísio de Azevedo para o Rio de Janeiro, pode-se dizer que o Maranhão passava por seu período de ouro literário. Neste período, havia muitos desafios para publicar uma obra. Primeiro que ela necessitava atender um grande público e segundo, que durante muito tempo as editoras prendiam-se a publicar grandes sucessos e, preferencialmente, de autores já renomados. Mas esse cenário mudou e, atualmente, no Brasil, tem surgido várias editoras independentes.

Com um celular na mão e uma ideia na cabeça, várias histórias são criadas ra”. Tem uma grande preocupação com os escritores, isso porque a dona é uma escritora, Nicoly Pacheco, que conseguiu publicar sua história Ele é “Como Rheya - Do R ao A”, com a ajuda dos seus fãs, que já acompanhavam como fanfic. Mas antes de uma fanfic tornar-se livro é necessário mudar algumas coisas: nome dos personagens, local ou até mesmo o enredo. Qualquer coisa que remeta a obra original deve ser tirada ou alterada para evitar a prática do plágio e respeitar a lei n.º 9.610/98, que afirma que a obra derivada “constitui criação intelectual nova, resulta da transformação de obra originária” (artigo 5º, VIII, g). de Conclusão de Curso (TCC) na Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UEMASUL), em 2018, sobre “A influência das Fanfics nas produções de texto no Ensino Médio”, esse gênero possibilita uma escrita mais dinâmica, “livre e sem muita cobrança da figura professoral”. Para ela, a escrita de fanfic também é uma forma de alimentar a criatividade. Então, em aula com o público da Educação Básica, propôs para seus alunos/as a produção de textos sobre assuntos que gostavam:: “a proposta foi que fizessem uma fic a partir de algo do gosto deles.”. No final, trazer esse gênero para dentro da sala de aula é uma ótima forma de desenvolver e envolver os alunos, além de ser possível observar a particularidade de cada um diante da imaginação, elemento fundamental quando falamos de fanfics.

Muitas editoras independentes nascem com a proposta de publicar histórias vindas do mundo das fanfics. Exemplo dessa realidade são as editoras Violeta e Euphoria. A editoria Violeta, por exemplo, se apresenta como “uma editora de livros nova e sonhado-

A editora Violeta já publicou alguns livros que antes eram fanfics. Como por exemplo, “Eros à primeira vista”, de Ruth Oliveira. O livro conta com 568 páginas, um romance com drama, que trata da história do encontro de HaruGoo e Juno. É uma história que tem muita influência da mitologia grega.

Hist Rias De Fic O

A fanfic é uma produção literária de ficção que estimula a troca e o compartilhamento de um fã para o outro. O universo tem construído suas próprias lógicas e regras de escrita

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