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ANO IV - NO 372 - 19 DE ABRIL DE 2016

Maioria do PSD aprova processo de impeachment Com o apoio da maioria dos parlamentares do PSD, a Câmara dos Deputados aprovou, no último domingo (17), a admissibilidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). No PSD, 28 deputados votaram a favor do impedimento e outros oito deputados, todos das regiões norte e nordeste, apoiaram a petista. O líder do PSD, Rogério Rosso (DF), disse que é preciso unificar o país por uma agenda positiva. “O Brasil amanhecerá diferente. O relatório aprovado é cristalino e está sob a luz do direito. Fizemos nossa parte na comissão especial e no plenário, e agora cabe ao Senado Federal investigar e julgar a presidente Dilma”, afirmou. A votação do impeachment começou às 17h46 e somente às 11h07 foi possível alcançar os 342 votos necessários para dar seguimento ao processo. Dos 511 deputados que parti-

ciparam da sessão, 367 votaram pela admissibilidade do processo e outros 146 – incluindo sete abstenções e duas faltas – se posicionaram contra o impeachment. Agora cabe ao Senado Federal dar o parecer final. Sessão mais longa A sessão de debates que antecedeu a votação da admissibilidade do impeachment da presidente Dilma teve a maior duração dos últimos 25 anos. Deputados debateram a

matéria por quase 43 horas, numa sessão que começou às 8h55 da última sexta-feira (15) e se arrastou até às 3h40 deste domingo (17). Na comissão especial, presidida por Rogério Rosso, os números também foram bem maiores do que o observado no impeachment do presidente Fernando Collor, em 92. Ao todo foram 11 reuniões do colegiado e mais de 50 horas de debate. “Jamais ficaria de bem com a minha consciência se não tivesse feito desta forma”, lembrou Rosso.

Rosso: STF chancelou o rito do impeachment O deputado Rogério Rosso (DF) utilizou o tempo de líder para falar sobre o processo. Presidente da comissão especial que aprovou o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO), Rosso fez questão de divulgar números e exaltar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que chancelou todo o processo adotado no colegiado. “Não foi eu quem ratificou os trabalhos da comissão, e sim o Supremo. Todos os mandados de segurança não tiveram provimento. Estamos tomando uma decisão importante, de longo alcance político, econômico e social, amparados e absolutamente legitimados”, disse.

Deputado Rogério Rosso (DF)

Rogério Rosso também afirmou que, logo no início dos trabalhos

da comissão, foi aconselhado a seguir o mesmo rito do impeachment do ex-presidente Fernando Collor, mas não concordou. “Tivemos cautela constitucional e jurídica e obedecemos as questões de ordenamento regimental. Fizemos 11 reuniões com mais de 50 horas de debate. Jamais ficaria bem com a minha consciência se não tivesse feito desta forma”, disse Rosso. O pessedista se baseou em estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para lembrar que, somado os votos dos 513 parlamentares, a representatividade chega a 96 milhões de eleitores.


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Evandro Roman: impeachment é resultado da indignação popular “Não há ódio, raiva ou qualquer sentimento parecido. O que existe é uma grande indignação do povo com um governo que não tem mais condições de ficar à frente do país.” Com estas palavras, o deputado Evandro Roman (PR) definiu, neste domingo (17), a sensação pela qual ele acredita que a maioria dos cidadãos brasileiros está passando. Para ele, o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) é o resultado de um conjunto de fatores e há um descontentamento popular muito grande manifestado nas ruas do país.

“A minha indignação é também a do povo paraense que me cobra para tomar uma posição favorável ao impeachment.” O parlamentar também disse, em plenário, que ‘deputados que negociarem seus votos não serão perdoados’. E citou uma fala do ditador Hitler: “O voto é como um rifle. Sua utilidade depende do caráter de quem o usa. Se você negocia o seu voto, se o vende, não será perdoado pelo povo.” A votação do impeachment tem previsão de início para as duas horas da tarde de hoje (17).

Deputado Evandro Roman (PR)

Passarinho diz que impeachment não divide o Brasil O deputado Joaquim Passarinho (PA), vice-líder do PSD, utilizou a tribuna na última sexta-feira (15) para reafirmar o seu posicionamento diante do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). O parlamentar disse que o impeachment é ‘o caminho constitucional correto’ para fazer a troca de um governo que, segundo ele, não se sustenta mais. “Não estamos felizes de estar aqui, mas temos de desempenhar a função para qual fomos eleitos. Viemos defender o

Deputado Joaquim Passarinho (PA)

povo brasileiro, a moral, a ética do cidadão”, discursou. Passarinho disse também que o país atravessa uma de suas piores crises financeiras, e que o desemprego e a falta de oferta de trabalho afetou diretamente a vida do brasileiro. “Não é possível continuar vendo o que estamos vendo, passar por ruas e ver tantas lojas com placas de aluga-se e vendese. A economia não reage mais, e o povo exige uma resposta. Não podemos frustrá-los, e o impeachment é a resposta.”

Catarinenses querem impeachment Em sessão de debates que precedeu a votação do impedimento da presidente da República, o deputado João Rodrigues (SC) subiu à tribuna para criticar o aumento dos preços do combustível, energia e alimento. “O governo roubou o equivalente a duas Petrobras. O trabalhador brasileiro paga um dos com combustíveis mais caros do mundo. A energia elétrica aumentou e a cesta básica também. A inflação é galopante", disse. Já o deputado César Souza (SC) informou que se afastou do cargo de secretário de Assuntos Estratégicos de Santa Catarina para vir registrar seu voto favorável. “Cerca de 80% da população ca-

Deputado João Rodrigues (SC)

tarinense apoia o impeachment do governo atual. Cidades como Blumenau, Florianópolis e Balneário Camboriú fizeram grandes manifestações.

Deputado César Souza (SC)

Então, em nome do povo catarinense, da nossa gente, de um estado que é orgulho para este país, estaremos juntos para votarmos sim.”


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Herculano defende retorno da credibilidade do país

Deputado Herculano Passos (SP)

Durante os debates sobre o impeachment, o deputado Herculano Passos (SP) tornou a defender que a mudança de governo vai trazer de volta a credibilidade no mercado e, por consequência, a melhoria de vida da população. “As propostas de governabilidade e combate à crise que a presidente fez em campanha não foi cumprida. O país está à deriva sem comando. Sabemos que para governar o país tem que ter um diá-

logo com o parlamento e com a sociedade e, isto, a presidente não tem. Precisamos de um novo governo para que isso possa acontecer”, justificou. Herculano acrescentou ainda, que “o impeachment está previsto na Constituição e é necessário para renovar as esperanças do povo e atrair mais investimentos para que a qualidade de vida da sociedade melhore. O impeachment é por um futuro melhor”.

Sandro Alex: o impeachment foi legitimado pelo STF e não há golpe Sob o argumento de que o Supremo Tribunal Federal (STF) validou todo o processo de impeachment, o deputado Sandro Alex (PR) manifestou voto favorável ao impeachment. Em sessão de debates no Plenário da Câmara, o parlamentar disse que não existe qualquer possibilidade de o país estar vivenciando um golpe contra a Constituição. “Como disse a ministra Carmem Lúcia: processo legítimo de impeachment não configura

ameaça à democracia.” O pessedista disse também que pouco tem ouvido, durante os mais de dois dias de debates, sobre respostas convincentes que descaracterizem os supostos crimes de responsabilidade cometidos pela presidente da República. “O que vejo são ataques à instituições, ao Ministério Público, à Polícia Federal, à OAB [Ordem dos Advogados do Brasil] e ao juiz Sérgio Moro. Isso é uma inversão de valores”, defendeu.

Deputado Sandro Alex (PR)

Na madrugada, pessedistas reforçam discurso pelo impedimento Os deputados Jefferson Campos (SP) e Stefano Aguiar (MG) declararam seus votos favoráveis à admissibilidade do processo de impeachment. Os discursos foram proferidos na tribuna durante sessão de debates sobre o processo. Jefferson Campos defendeu que a destituição de Dilma Rousseff equivale ao resgate da credibilidade do país. “O Brasil passa por este momento pela falta de discernimento na administração do dinheiro público e por esta corrupção desenfreada. Votarei a favor do impeachment pelo crime de responsabilidade, mas também como forma de expressar meu repúdio à esta política perversa. Venceremos mais essa

Deputados Jefferson Campos (SP) e Stefano Aguiar (MG)

batalha e vamos trabalhar para que nosso país se coloque novamente em uma posição de destaque mundial”, pontuou Campos. Já Stefano disse que o voto dele a favor do impedimento é desprovido do sentimento de vingança ou

ódio. Ele justifica que seu posicionamento é pelo desejo de responsabilidade e justiça. “Justiça não é vingança, é reparação. Voto é pelo impeachment por um Brasil verde e amarelo e para sairmos do vermelho”, concluiu.


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Raquel Muniz: a corrupção é uma ferrugem que impede o desenvolvimento “Quero dar aos brasileiros a esperança de novos tempos. Meu voto é contra o golpe, sim, mas contra o golpe das pedaladas. O país vive uma crise econômica e política sem precedentes. E, isto, tem deixado pais de família sem emprego, sem poder colocar na mesa o pão de cada dia. Votarei a favor do impeachment, porque quero o Brasil de volta aos trilhos do desenvolvimento”, disse Raquel Muniz (MG). De acordo com o discurso da parlamentar, a indignação dos brasileiros

é pela falta de emprego, de estudo e da sensação de ter as esperanças de melhores condições roubadas. “A corrupção que assola o nosso país é a ferrugem que impede o desenvolvimento. Não podemos mais permitir essa situação. Por isso, neste momento, estou ao lado do povo, para, juntamente com ele, lutar pelo desenvolvimento deste país. Defenderei o Brasil com garra e consciente da responsabilidade de garantir um país digno às futuras gerações.”

Deputada Raquel Muniz (MG)

Rômulo Gouveia: “pelo impeachment e pelo povo” O deputado Rômulo Gouveia (PB) declarou seu voto a favor do prosseguimento do processo. Segundo Gouveia, o Artigo 85 da Constituição – que versa sobre os crimes de responsabilidade de um presidente da República – e a voz das ruas balizaram o posicionamento dele. “Venho aqui me associar ao meu partido, à minha bancada e me posicionar pelo afastamento da senhora presidente. Minha de-

Deputado Rômulo Gouveia (PB)

cisão teve como base meus eleitores que por meio de e-mails, redes sociais, abordagens e manifestações em meu estado me pediram esta postura.” Ele considerou lamentável o “desrespeito à Carta Magna a caracterização do afastamento da presidente como golpe”. Reforçou ainda, que, caso Michel Temer venha a assumir o governo, “ele terá a obrigação de assumir um governo de coalizão e união de forças”.

Indio: há uma sociedade desassistida precisando de apoio

Deputado Indio da Costa (RJ)

“O Artigo 1º da Constituição diz com muita clareza: Todo poder emana do povo, que o exerce por meio de representantes eleitos ou diretamente. Assim definiu nossa Carta Magna e a maioria da população

quer ver o Partido dos Trabalhadores (PT) fora do poder. Não há golpe! Há, sim, uma sociedade desassistida, perdendo emprego, precisando de apoio. E é por isso que o meu voto será a favor do impeachment.” O posicionamento do deputado Indio da Costa (RJ) foi declarado durante a sessão de debate, da última sexta-feira (15), sobre a admissão do processo contra a presidente Dilma Rousseff. “A peça que inicia o processo de impeachment é densa e tem como base o Artigo 85 da Constituição [que versa sobre os crimes de responsabilidade de um presidente da República]. O PT vendeu ilusões à população dizendo que estava tudo muito bem, mas esconderam a realidade. Os servidores públicos estão

sem receber os seus salários, os aposentados também na fila esperando receber as suas aposentadorias, os pensionistas, que dependem desse dinheiro para viver, também estão na mesma situação. Isto sem contar os hospitais, escolas, segurança pública que refletem um verdadeiro caos”, disse o parlamentar. Ainda sobre o crime denunciado no processo, Indio exemplificou como a falta de responsabilidade fiscal se aplica à realidade carioca. “São mais de R$ 26 bilhões que a cidade do Rio de Janeiro está devendo até o ano de 2054. Durante esse período a cidade vai ter que pagar impostos para compensar os gastos com as obras das Olimpíadas. Então, não é uma situação simples”, considerou.


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José Nunes diz que impeachment não solucionará os problemas do país

Deputado José Nunes (BA)

“Há uma expectativa muito grande para que o Brasil possa continuar a andar. É necessário uma resposta, mas também não podemos deixar que as coisas parem por mais quatro ou cinco meses”, disse o deputado José Nunes (BA) ao fazer referência ao possível afastamento da presidente até que o impeachment seja julgado pelo Senado. Na visão do parlamentar, ainda que sejam comprovadas as pedaladas fiscais, não existe motivo para depor um governo. “Se for assim teríamos que adotar o mesmo procedimento para governadores e prefeitos. A democracia é mais forte. Vamos à luta, votaremos não a esse impeachment.”

Jaime Martins: a sociedade chegou ao limite de sua contribuição O deputado Jaime Martins (MG) avaliou que, talvez, a atual crise política e econômica possa ser a maior de toda a história do país. Ele atribui à situação ao descrédito nas instituições, às denúncias de corrupção e às dificuldades em realizar o ajuste fiscal. “Cada um desses fatores influencia os demais e agrava a crise. O sentimento da sociedade é de que os cofres públicos estão sendo assaltados e a sociedade chegou ao limite da sua contribuição”, justificou. Ele também considera como fatores agravantes duas situações

Deputado Jaime Martins (MG)

que ele chamou de ‘guerras’: uma entre os deputados (de situação e oposição) e a outra nas ruas com a população também com dois posicionamentos. “Nesta luta todos estão perdendo: os trabalhadores o emprego e, os empresários seus mercados e as condições de operar seus negócios. Na batalha das ruas, ficarei ao lado daqueles que me delegaram este mandato. Estou com os eleitores de Divinópolis, de Nova Serrana e de Formiga. Meu voto também acompanha a maioria do meu partido. Voto sim por um novo rumo para o Brasil”, declarou Martins.

Júlio César relata rombo nas contas da União e voto favorável ao impeachment

Deputado Júlio César (PI)

O desequilíbrio nas contas da União pesou na escolha do deputado Júlio César (PI) para votar o processo de impeachment. O parlamentar afirmou que analisou minuciosamente tanto a saúde financeira do país quanto os autos de acusação e de defesa da presidente para chegar à conclusão. “Vou votar a favor. Li todas as peças para que não façamos nenhuma acusação leviana. Analisei também as contas públicas, e constatei que somente na Previdência Social existe um rombode mais de R$ 86 bilhões. Entre 2014 e 2015, o valor aumentou em R$ 30 bilhões”, disse.

Segundo o parlamentar, a União também tem mais de R$ 100 bilhões em restos a pagar. “Estou realmente muito preocupado. Não tenho nada contra a presidente Dilma, mas tenho um compromisso com o povo e com o Piauí. Para restabelecer a confiança, a credibilidade, ou pelo menos uma remota confiança, decidi votar a favor do impeachment”, afirmou. Júlio César reconheceu, no entanto, que passado o processo de impeachment será a hora de juntar forças pela retomada do crescimento no Brasil. “Se não tivermos mão de ferro, será difícil consertar o país.”


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Marcos Montes diz que impeachment criará alternativas de segurança no país “O Brasil se tornou campeão mundial da corrupção. Fazemos parte de uma história que ninguém gostaria de participar. O impeachment criará uma alternativa de segurança para o nosso povo.”A manifestação é do deputado Marcos Montes (MG), vice-líder do PSD. O parlamentar subiu à tribuna do Plenário para reafirmar sua posição favorável ao impedimento da presidente Dilma. “Instalou-se no Brasil uma desordem sem fim, com invasão de terras crescente e sem respeito ao

direito de propriedade, o que gerou danos a toda a área produtiva. Há um sentimento de insegurança muito grande”, disse Montes, que é presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). O pessedista disse também que, para ele, ficou claro que a presidente Dilma infringiu a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e defendeu punição igual à aplicada para prefeitos e governadores.“Prefeitos que cometeram o mesmo crime tiveram seus mandatos cassados. O trata-

Deputado Marcos Montes (MG)

mento não pode ser diferente por se tratar da presidente da República.”

Contra o impeachment, Domingos Neto defende plebiscito popular

Deputado Domingos Neto (CE)

O deputado Domingos Neto (CE) voltou a defender em Plenário a convocação de um plebiscito popular para antecipar as eleições presidenciais. O parlamentar manifestou voto contrário ao impeachment e disse que é contra eleições indiretas pelo Congresso Nacional. O parlamentar admitiu, no entanto, que a economia do país está cada vez mais delicada e que o governo atual não teve capacidade de levar o país ao desenvolvimento. “A mudança também tem que acontecer na forma de governar.

Este presidencialismo trouxe a relação espúria entre os partidos e isso reafirma a corrupção como meio de sobrevivência na política.” Domingos Neto também disse que, se for para punir uma pessoa, que se puna o governo como um todo. “É justo afastar a presidente por pedalada fiscal sem afastar o vice-presidente?”, indagou o parlamentar. “A alternativa pra crise não pode ser o impeachment. Só a democracia pode escolher, e é por isso que defendo o plebiscito.”

Thiago Peixoto reassume mandato e vota pelo impeachment O deputado Thiago Peixoto (GO) defendeu posição favorável ao impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). O parlamentar deixou temporariamente a Secretaria de Gestão e Planejamento de Goiás para votar pelo impedimento. “Em tempos de grandes crises, especificamente de crises morais, a pior posição é a neutralidade. Não é o meu caso, não é o caso do PSD. Retomo o mandato como deputado federal para votar a favor do impeachment da presidente Dilma”, declarou. Para ele, está claro que a presidente cometeu crimes de responsabilidade fiscal e não consultou o Congresso para despachar decretos

que remanejaram as despesas da União. “Que as pedaladas fiscais ocorreram isso é indiscutível. Infração à lei orçamentária é crime de responsabilidade.” Peixoto disse também que as chamadas pedaladas fiscais se tornaram uma “política de governo” e que as manobras foram cruciais para o descompasso das finanças da economia brasileira. “A presidente não tem condições e nem força para tirar o país do atoleiro. Prova disso é a redução dos investimentos sociais, a alta do desemprego e a inflação que sobe.” O parlamentar afirmou ainda que o estado de Goiás o apoia na

Deputado Thiago Peixoto (GO)

decisão de votar sim ao processo de impeachment. “O país quer emergir, sair deste turbilhão e a nação não aguenta mais esperar.”


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Para Kleinubing o impeachment pode ser um recomeço para o país Primeiro pessedista a falar, no último sábado (16), o deputado João Paulo Kleinubing (SC) afirmou que os supostos crimes de responsabilidade fiscal cometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT) são apenas um dos motivos que justificariam o afastamento da petista. Para ele, votar favorável ao impeachment é atitude de quem tem responsabilidade e compromisso com o país. “Não há dúvidas de que a presidente não tem mais condições de continuar governando o Brasil. Seja pelos crimes de responsabilidade, ou seja pela falta de credibilidade e de apoio popular.”

O parlamentar disse também que o voto sim ao impeachment atende o anseio do seu povo de Santa Catarina. “Há uma insatisfação geral, assim como em Blumenau e em todo o meu estado. Por isso votaremos pelo afastamento.” Kleinubing afirmou que depor um presidente da República que não tem o apoio da maioria da população pode abrir um novo leque de oportunidades e de crescimento. “Não é o fim. Temos muito a fazer do ponto de vista de colocar o Brasil novamente na rota do crescimento e da inclusão. Mas é seguramente um passo importante e necessário

Deputado João Paulo Kleinubing (SC)

para a recuperação da boa política do nosso país.”

Cruvinel: pedaladas movimentaram mais de R$ 40 bilhões “Poucas vezes, vivemos dias tão difíceis e crises tão agudas neste país. O país está prisioneiro das circunstâncias de um governo incapaz de tomar decisões, sem credibilidade e sem inspirar a mínima confiança. Ocupo essa tribuna movido por um sentimento de mudanças que está fincado. Em favor do Brasil e população de Rio Verde (GO), dizemos, sim, ao impeachment”, declarou o deputado Heuler Cruvinel (GO). O parlamentar proferiu o discurso durante sessão de debates sobre o processo de admissibilidade do impedimento da presidente

Deputado Heuler Cruvinel (GO)

Dilma Rousseff. Heuler disse estar “absolutamente convencido de que a presidente cometeu crime de

responsabilidade nas chamadas pedaladas fiscais. Pedaladas as quais, movimentaram em beneficio nefasto, mais de R$ 40 bilhões”. Heuler disse ainda, que a falta de propostas para ajustar o desequilíbrio orçamentário diminui as chances de o país superar a crise. “As reformas previdenciária, econômica e política, tão necessárias, não são postas na mesa e já são rechaçadas pelo próprio partido da presidente. O governo não demonstra a mínima coesão nos temas mais relevantes à nossa nação. Diante de tudo isso, há um consenso hoje no país: impeachment já”.

Delegado Éder Mauro: pedaladas fiscais foram comprovadas O deputado Delegado Éder Mauro (PA) afirmou, na sexta-feira (15), no Plenário da Câmara, que as pedaladas fiscais e a abertura de créditos suplementares sem o aval do Congresso Nacional fazem parte de um contexto “muito maior” na avaliação do impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). “É um conjunto de fatores que passa pelos escândalos envolvendo a Petrobras, o desemprego que não para de crescer, a saúde pública que está um caos e os próprios crimes de responsabilidade. A presidente Dilma não tem mais condições de

governar e a resposta será o impeachment no domingo”, discursou. Para ele, a aprovação do relatório pela Câmara dá a possibilidade de pensar num futuro melhor para o país. “Votaremos pelos nossos filhos, pelos nossos netos e pelas futuras gerações que vão depender da nossa escolha. A juventude precisa de esperança e oportunidade de ver seus sonhos virarem realidade.” O parlamentar também fez questão de enfatizar a decisão dos dirigentes do PSD, que consultaram cada um dos deputados até chegar

Deputado Delegado Éder Mauro (PA)

à decisão de votar pela aprovação do impeachment.


8 | INFORMATIVO DA LIDERANÇA DO PSD - ESPECIAL IMPEACHMENT

Goulart: somos a representação da expressão popular “Minha voz não é só minha, nós (deputados) somos a representação da expressão popular, da vontade do povo, das ruas, sobretudo, dos eleitores que depositaram sua confiança em nosso trabalho. Tenho convicção que com trabalho e dedicação vamos ‘dar a volta por cima’. Não há outra opção senão a mudança para colocar o país nos trilhos, valorizar nossa democracia e recuperar a credibilidade política. Essa mudança é o impeachment.” A declaração do deputado Goulart (SP), favorável à admissibilidade do processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff foi proclamada, na tribuna, na sexta-feira (15), durante os debates sobre o

tema. O parlamentar citou alguns indícios que o levaram a se posicionar pró-impeachment, como, por exemplo, o descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), no que diz respeito aos pedidos de empréstimos aos bancos públicos para evitar saldo negativo ao Tesouro Nacional. Em uma análise social, o parlamentar pontuou que no último ano mais de quatro mil empresas fecharam suas portas, “o que representa fortes indícios de gravíssimas incompetência por parte do governo”. Goulart atribuiu o alto índice de desemprego também à irresponsabilidade econômica. Goulart agradeceu o apoio de

Deputado Goulart (SP)

seus eleitores e de diversas entidades nacionais dos mais variados setores e, otimista concluiu: vamos iniciar uma nova fase de desenvolvimento para nosso país.

Passarinho e Expedito declaram voto contra a corrupção Os deputados Expedito Netto (RO) e Joaquim Passarinho (PA) utilizaram o tempo de liderança, no último sábado (16), na sessão de debate sobre a admissão do processo de impeachment da presidente Dilma. Os parlamentares favoráveis ao prosseguimento da matéria declararam que os posicionamentos deles foi por um Brasil melhor e pelo fim da corrupção. Expedito Netto criticou supostas compras de votos, por parte do governo, para mudar o resultado do placar na votação. “É inaceitável que continuemos seguindo por este caminho. Não aceito propostas! Digo a todos que querem comprar pessoas decentes: eu não vendo minha dignidade e tenho certeza que outros deputados também não. Vamos contra este governo, contra a corrupção. Vou representar

Deputados Expedito Netto (RO) e Joaquim Passarinho (PA)

meu Estado e meu país como merecem. Amanhã o PT [Partido dos Trabalhadores] encerra sua carreira e o país vai voltar a florescer. Esse momento vai passar e daremos voz a um novo futuro.” Passarinho criticou os investimentos feitos pelo governo em portos de extração de petróleo fora do país, em detrimento da construção e revitalização das rodovias brasileiras. “Estão rouban-

do os bancos estatais e o povo brasileiro passa fome. Roubam a Petrobras e financiam portos em outros lugares enquanto nossas estradas estão esburacadas. Estamos aqui para honrar as pessoas que estão nas ruas neste momento. Vamos passar esse país a limpo, construir um novo futuro trazer mais honraria e respeito com o dinheiro público, com nossas estradas. Impeachment já!”.

EXPEDIENTE PSD - Partido Social Democrático Líder do PSD: Rogério Rosso (DF) Chefe de Gabinete: Fábio Almeida Editora-Chefe: Danielle Arouche Redatora: Manu Nunes Diagramação: Jorge Ribeiro @psdcamara

@PSDCamara

Revisão: Rogério Oliveira Fotografia: Heleno Rezende e Cláudio Araújo Reportagens: Bruna Marques, Carola Ribeiro, Demétrius Crispim, Diane Lourenço e Renan Bortoletto Liderança do PSD na Câmara dos Deputados - Anexo II Assessoria de Imprensa - Sala 150B - Fone: 3215-9073 @TVPSDCamara

@PSDCamara

Acompanhe as matérias de áudio e vídeo no nosso site: www.psdcamara.org.br


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