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Sessão Cinética
Com curadoria da revista Cinética, a sessão de agosto contará com a presença da cineasta e atriz Helena Ignez para conversar sobre os filmes A mulher de todos, pelo qual recebeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Brasília em 1969 e que será exibido em cópia 35 mm, e seu curtametragem A miss e o dinossauro, que documenta os bastidores de duas produções da Belair, produtora que fundou junto a Rogério Sganzerla e Julio Bressane.
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
A mulher de todos
Rogério Sganzerla | Brasil | 1969, 87’, 35 mm (Cinemateca Brasileira)
Ângela Carne e Osso é uma ninfomaníaca insaciável, casada com Dr. Plirtz, ex-carrasco nazista e dono do truste das histórias em quadrinhos no Brasil. Entediada com sua vida doméstica, passa seu tempo colecionando homens no retiro idílico da Ilha dos Prazeres.
Na edição de 1969 do Festival de Brasília, Helena Ignez recebeu o prêmio de Melhor Atriz, e o filme levou ainda o troféu de Melhor Montagem. O elenco conta com as interpretações de Jô Soares, Stênio Garcia, Paulo Villaça e Antonio Pitanga. Em fevereiro de 1970, a seção “O filme em questão”, do Jornal do Brasil, dedicou ao filme uma série de críticas e também um texto de Sganzerla, em que além de dizer que o filme é mais inteligente que as críticas, declara:
“Jamais transmitirei ideias limpas, discursos eloquentes ou imagens plásticas diante do lixo – apenas revelarei, através do som livre e do ritmo fúnebre, nossa condição de colonizados mal-comportados. Dentro do lixo, é preciso ser radical. Daí o amor pelo cinema brasileiro tal como ele é: malfeito, pretensioso e sem pretensões e ilusões estéticas. Esmagado e explorado, o colonizado só pode inventar seu próprio sufocamento: o grito do protesto vem da mise en scène abortada. Ninguém pensa de forma limpa e estética de barriga vazia.”
“Continuo realizando um cinema subdesenvolvido por condição e vocação, bárbaro e nosso, anticulturalista, buscando aquilo que o povo brasileiro espera de nós desde o tempo da chanchada: fazer do cinema brasileiro o pior cinema do mundo! Ah, como isso seria maravilhoso e sensato!”
[O texto completo pode ser lido na revista Contracampo: bit.ly/sganzerlacc]
A miss e o dinossauro
Helena Ignez | Brasil | 2005, 18’, Arquivo digital (Mercúrio Produções)
Ao registrar em super-8 o making-of de Cuidado, madame e Sem essa, aranha, duas produções simultâneas da Belair, Helena Ignez tinha o projeto de fazer este documentário à época do lançamento dos filmes da produtora, o que não foi possível. Em 2005, ela dá forma final ao ensaio, narrando em primeira pessoa sua experiência com o grupo.
Sobre A miss e o dinossauro, o crítico Leonardo
Levis escreveu para a revista Contracampo: “Em toda a construção do filme, existe a tentativa de criar uma ponte entre um momento importante e em parte esquecido de nossa história cinematográfica e os dias atuais, ainda que essa ponte não seja feita de forma óbvia. As imagens dos filmes de Sganzerla e Bressane colocadas na tela, o churrasco filmado em uma super-8 desorientadora, as músicas entrando e saindo da narrativa, as sentenças de um Sganzerla jovem e extrema- mente lúcido que acompanham a obra servem não apenas ao início dos anos 70, mas principalmente ao início do século 21, momento no qual o terceiro mundo parece que nunca vai explodir e os sapatos continuam a sobrar. A miss e o dinossauro serve, sobretudo, a boa parte do cinema de nossa retomada, que, em busca de uma perfeição, se esqueceu de ser livre ao mesmo tempo.”
O filme recebeu o prêmio de Melhor Direção no Recine – Festival Internacional de Cinema de arquivo, em 2007.
[Íntegra do texto em: bit.ly/amisscc]
Especial terror
O homem de palha
The Wicker Man
Robin Hardy | Reino Unido | 1973, 93’, restauração em DCP 4k (Tamasa)
Quando uma jovem desaparece misteriosamente, o sargento da polícia Howie viaja para uma remota ilha escocesa para investigar. Mas essa comunidade pastoral, liderada pelo estranho Lorde Summerisle, não é o que parece, pois o detetive devotamente religioso logo descobre uma sociedade secreta pagã.
Apontado pela revisa Time Out e pelo British Film Institute em suas listas dos melhores filmes britânicos de todos os tempos, O homem de palha deixou uma série de marcas na cultura pop, referência direta, por exemplo, para o videoclipe em stopmotion da canção “Burn the Witch”, do grupo Radiohead. Em seu 50º aniversário, o filme recebeu uma nova restauração em 4K a partir do negativo original.
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Corrida com o diabo
Race with the Devil
Jack Starett | EUA | 1975, 88’, DCP (Park Circus)
Clássico cult – uma das três parcerias entre Warren Oates e Peter Fonda –, é um misto de filme de terror, filme de estrada e filme de “férias que deram errado”. Oates e Fonda aparecem como Roger e Frank, coproprietários de uma concessionária de motocicletas em San Antonio, Texas, que viajam em um trailer com suas esposas para passar as férias esquiando em Aspen, Colorado. No entanto, quando fazem uma parada no meio do nada para correr com suas motos, eles presenciam um ritual satânico terrível e passam a ser perseguidos por um pequeno exército de membros de um culto sanguinário.
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Em 11 de maio deste ano, o cineasta Eduardo Coutinho, nome fundamental no cinema de não ficção no mundo, completaria 90 anos. Por onde passou, Coutinho tensionou os limites da representação e do assim chamado “documentário”. Em homenagem a sua trajetória, o Cinema do IMS exibirá uma seleção de obras do cineasta ao longo do ano. Na programação de agosto, exibimos quatro dos seis episódios do Globo Repórter dirigidos pelo cineasta. Coutinho começou a trabalhar na TV Globo em 1975. Foi lá que, em suas próprias palavras, retomou o diálogo com o Nordeste e concluiu seu primeiro documentário, Seis dias de Ouricuri. Em entrevista de 1977 a José Marinho de Oliveira, ele declara: “O drama é o seguinte: a Globo te dá todas as condições para se preparar rapidamente, preparar uma equipe, ter um bom equipamento, ter uma boa equipe, dinheiro para filmar, para viajar. E tem a limitação de ser televisão: há um tempo preciso, há censura etc. Então eu tenho uma coisa e não tenho a outra. Porque, se eu fosse independente, teria toda a liberdade de fazer o filme, mas não teria de nenhum jeito a capacidade que tem esse equipamento na Globo, teria que pagar equipamento, pagar a viagem. [...] Então a contradição é esta: eu estou na Globo, aprendendo… Não só fazendo os filmes que eu acho que são filmes importantes… Além de tudo, cada coisa que faço, além daquilo que não vai para o ar, seja por censura, seja porque não consegui filmar, me enriquece profundamente em relação à realidade do Nordeste, que é a que mais me interessa.”
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Seis dias de Ouricuri
Eduardo Coutinho | Brasil | 1976, 46’, Arquivo digital (Globo)
Seis dias foi o período que o diretor Eduardo Coutinho e sua equipe passaram na cidade de Ouricuri, no interior de Pernambuco, para documentar a crise socioeconômica local causada pela seca e as frentes de trabalho organizadas para a população, de cerca de 200 mil habitantes. “O primeiro documentário que eu fiz no Globo Repórter foi sobre uma seca no Nordeste, Seis dias de Ouricuri”, conta Coutinho, em uma longa entrevista concedida a José Carlos Avellar e publicada no número 22 da revista Cinemais, em 2000. “O Armando Nogueira mandou cortar para dez minutos. O Globo Repórter ia ter naquele dia três filmezinhos de dez minutos; eu fiquei louco. Daí insistiram para que ele fosse lá ver, porque não dava para cortar para dez minutos. Ele foi ver, sentou 40 minutos na moviola. Ele foi lá duas vezes nos seis anos em que trabalhei naquela casa, que ficava a 200 metros da sede, essa foi uma das vezes. Sentou, viu – justiça seja feita, o Armando é jornalista – e disse: ‘Tem que ir para o ar sem cortar’. Mandou uma garrafa de uísque para a equipe… Foi realmente incrível… Aliás, eu acho que foi aí que realmente vi que só queria fazer documentário, entende? Janeiro de 1976, Ouricuri, Pernambuco, feito em filme reversível, o fotógrafo foi Edson Santos… Agora o genial –e esse é o assunto central aqui –, Ouricuri não iria para o ar hoje. O Armando disse que ia para o ar, depois passou pela Censura, não cortaram e foi para o ar. Veja a diferença: nessa altura, nesse filme, nesse caso, a televisão era uma aliada; ela também cortava, mas era uma aliada, inclusive pela coisa prática – tinha um horário a ser preenchido, entende? De 1979 em diante, mudou; deixou de ter o inimigo externo… Aí é dentro, entende? Por que Seis dias de Ouricuri não iria para o ar hoje? É claro, ele envelheceu; muitas coisas desse documentário envelheceram; mas ele tem um plano de três minutos e dez. Um plano de três minutos e dez e um cara – que tem uma voz extraordinária, parece um locutor –, um camponês que conta… Tem quatro raízes na frente dele, ele conta as raízes e diz de cada uma delas o que se pode comer e o que ele comeu, mucunã, batata de mandacaru… três minutos e dez; ele fica bordando sobre esse tema: ‘Isso pra porco; isso é ruim, isso não é tão ruim’. É só isso. Não ia para o ar, hoje não ia para o ar porque – sabe? – ele está tecnicamente, como um professor, dizendo as raízes horríveis que ele come na seca. E todas as raízes têm uma história, a seca de 1958, a de 1968: ‘Isso a gente come porque tem precisão de comer, mas nenhum de nós quer comer isso aí”. Três minutos e dez; não é um plano fixo, porque o cara está mostrando raízes desse tamanho, bem pequenas, delicadas diferenças de quadro com o zoom. Está certo, o plano muda, mas é um plano de três minutos e dez, sem cortes. E depois tem mais um plano longo de uns caras que, enfim: comida não tem, aquela fome desgraçada. Um velho – 60, 70 anos – faz um discurso sobre a fome que é absolutamente extraordinário como dor; ele começa a contar, e as pessoas consolam com humor, só vendo. É um plano praticamente fixo; fixo. O cara lá, dois minutos. Dois minutos e pouco. Um plano só. Você consegue isso? Você acha possível que uma televisão aberta ponha um plano de dois ou de três minutos de um cara falando? Não põe! Não põe nem um cara falando num gabinete, imagine um plano em que, além do tempo, um cara fala de fome. O plano é lancinante. O problema é que dura dois, três minutos. Questão estética mesmo… Mas o que é estética? O que é a fome? É a forma de dizer também, entende? Que é política. Esse é o problema. É isso que me mata, há anos, dizer isso aí.”
O pistoleiro de Serra Talhada
Eduardo Coutinho | Brasil | 1977, 44’, Arquivo digital (Globo)
“Há três anos que eu queria fazer um filme sobre o coronelismo. Mas como é muito difícil, demanda muito dinheiro, muito tempo para fazer esse filme, a televisão não dá essa condição, muito menos o curta-metragista tem essa condição. Então, fiz há três meses uma reportagem sobre pistoleirismo. Mas não em geral. Porque um filme sobre pistoleirismo em Alagoas é um filme impossível. Você realmente pode morrer fazendo o filme. Ou não chega à verdade porque as pessoas não falam. Existe realmente uma máfia. [...] Ou então as pessoas que dão declarações podem morrer atacadas por outra. Então se escolheu fazer um filme sobre Vilmar Gaya, que é um pistoleiro que os jornais diziam que era o novo Lampião, pistoleiro nascido em Serra Talhada. Se dizia então que, como Lampião nasceu lá também, que era o novo Lampião etc. Então esse filme me interessava por vários motivos: primeiro porque, aprovado o tema, eu li tudo o que foi publicado em jornal sobre o Vilmar. Recolhi uma série de dados, alguns conflitantes inclusive, número de crimes, quem matou, quem não matou, quem era o prefeito, quem era o juiz, o que a polícia fez ou não fez, quem era o culpado e quem não era. Além disso, completei a minha leitura sobre tudo que fosse referente ao assunto: violência, cangaço, pistoleirismo. Aliás, não há nenhum livro sobre pistoleirismo no Brasil. Não existe nenhum livro que documente. O que me interessava nesse filme, então, e creio que tenha conseguido, não foi ficar só no Vilmar. E, ao mostrar o Vilmar dentro do contexto de violência que permanece até hoje, sem grandes mudanças, dentro de um contexto de grande diferença social e de miséria que permanece até hoje, dentro de um contexto de coronelismo que, redefinido e mudado permanece até hoje, dentro de um contexto de latifúndio que permanece até hoje, dentro de um contexto de código de honra familiar, de sistema de parentela, que permanece até hoje, mas com outra intenção também, que é demonstrar que toda tentativa da imprensa ou da polícia, até às vezes de gente mais séria, em dizer que surge um Lampião ou pode surgir, é uma absoluta tolice, porque é tão lendário como as lendas que existem sobre Lampião. Lampião como um revolucionário, um homem bonzinho. Não é aquilo nada. Aliás, não era isso. O cangaço era uma profissão. O cangaço com Lampião se torna uma profissão.”
“É uma reportagem muito forte e que esclarece dentro dos limites do tempo, embora eu tenha cortado muita coisa importante. E ainda foi censurada uma parte que fala da tortura da polícia, num cara da família Gaya. Acho que não é uma visão romântica, conta o passado de Serra Talhada, as brigas de famílias, a permanência do latifúndio… Tudo isso só através das entrevistas, só sugerindo. E depois passa para uma escalada de crimes do Vilmar Gaya, mostrando que há outros pistoleiros, que a vingança da família não acaba através do pistoleiro, e que em todo crime a polícia está metida. Seja porque ela é arbitrária, seja porque ela é conivente com uma das facções. [...] O filme mostra toda essa sujeira, tira toda a aura romântica desse tipo de coisa, até alimentada pela imprensa.”
[Depoimento de Eduardo Coutinho extraído de entrevista concedida em 1977 a José Marinho de Oliveira reproduzida no livro Eduardo Coutinho (2013), da editora Cosac Naify.]
Theodorico, o imperador do sertão
Eduardo Coutinho | Brasil | 1978, 49’, Arquivo digital (Globo)
O “major” Theodorico Bezerra, latifundiário, ex-deputado federal e vice-governador, além de presidente do Partido Social Democrático (PSD) do Rio Grande do Norte, é o foco deste episódio do Globo Repórter, que foi ao ar em 22 de agosto de 1978. Aos 75 anos, Theodorico ainda exercia total domínio sobre suas terras e as pessoas que o cercavam. Comandava seus funcionários sob um rígido contrato de comportamento e exploração econômica. Cada um deles tinha escrito na parede de casa as regras impostas pelo patrão, que proibiam, por exemplo, consumir bebidas alcoólicas e fazer compras no mercado concorrente da fazenda.
Eduardo Coutinho viajou para a fazenda de Irapuru, a 100 quilômetros de Natal, para traçar o perfil de Theodorico. Destoando do padrão geral da Globo, o filme tinha muitos planos longos, e a narração era do próprio Theodorico, falando diretamente para a câmera e comandando as entrevistas. Eduardo Coutinho tinha ficado incomodado com as intervenções do “major” durante os primeiros depoimentos dos empregados e decidiu dar de vez a ele o posto de entrevistador, um recurso que serviu para expor as relações de poder e explicitar o autoritarismo, mas também para contornar a necessidade formal de um repórter fazer a locução. Em entrevista de 2008 a Felipe Bragança, o cineasta comenta:
“A grande luta estética era não ter um locutor. E eu consegui no Theodorico. No Theodorico, eu só pensava como conseguiria eliminar o locutor; eu precisava criar um jeito de justificar lá dentro essa opção. Aí eu fiz ele fazer o começo e o final, apresentando o filme. E consegui botar no [Sergio] Chapelin, nas apresentações de estúdio, na cabeça, como se diz, todos os dados que tinham que ser passados. Digamos que a grande vitória ali era de não ter o locutor, que era o negócio da informação, e que ficou cada vez mais obrigatório. Ou o repórter que fala ou o locutor com script Então eu só queria fazer coisas que realmente tivesse vontade de fazer e que fossem assim, sem essa vontade de informação.”
[Trecho de entrevista extraído do volume dedicado a Eduardo Coutinho da série de livros Encontros, da editora Azougue.]
Exu, uma tragédia sertaneja
Eduardo Coutinho | Brasil | 1979, 39’, Arquivo digital (Globo)
Programa levado ao ar em 16 de janeiro de 1979, retratou a briga das famílias Sampaio e Alencar, na cidade pernambucana de Exu, que se arrastava desde 1949, com mortes violentas de lado a lado. Exibido como um Globo Repórter Documento, com direção de Eduardo Coutinho, contou com depoimentos do cantor e compositor Luiz Gonzaga, natural de Exu, e de membros das duas famílias. Até uma intervenção federal foi sugerida para dar fim ao conflito.
Arquivos, vídeos e feminismos: o acervo do Centro Audiovisual
Simone de Beauvoir
Impulsionados pela emergência de equipamentos portáteis para captação de som e imagens no final da década de 1960, coletivos feministas franceses adotaram a produção de filmes e materiais audiovisuais como ferramenta de mobilização, difusão e aprofundamento de pautas. Fundado em 1982 pelas cineastas e militantes Delphine Seyrig, Carole Roussopoulos e Ioana Wieder, o Centro Audiovisual Simone de Beauvoir (CaSdB) é um arquivo audiovisual que reúne e preserva parte expressiva da produção realizada nesse contexto de ebulição social.
Nessa, que é a maior retrospectiva desse acervo já realizada no Brasil, serão apresentadas obras que buscaram registrar e intervir na realidade não apenas da França, mas de outros países, com uma seleção de filmes históricos e contemporâneos preservados no Centro. São imagens que apresentam conferências feministas, manifestos, greves e movimentos de trabalhadoras, reivindicações por diversidade sexual, retratos de personalidades, como Simone de Beauvoir, Angela Davis e Flo Kennedy, além de abordar temas densos e ainda urgentes, como guerra, democracia, estereótipos televisivos, aborto, abuso, prostituição.
Com curadoria de Barbara Alves Rangel, ex-programadora do Cinema do IMS e atual diretora-geral do Centro, a mostra tem início em julho e agosto, com uma grande seleção de filmes, e segue até janeiro de 2024, exibindo novos programas mensais. Em texto publicado no blog do Cinema do IMS, a curadora faz um panorama inicial da trajetória do Centro e de suas fundadoras: bit.ly/br-casdb
Ingressos: R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).
Trate de parir!
Accouche!
Ioana Wieder | França | 1977, 49’, Arquivo digital (CaSdB)
As mulheres gritam enquanto Frédéric Leboyer advoga pelo parto sem dor. A partir do testemunho de diversas mulheres, o filme tece uma crítica e uma análise das práticas médicohospitalares e a ideia de “instinto maternal” é posta em xeque.
Restauração feita no Laboratório de Restauro Digital do Serviço Audiovisual da Biblioteca Nacional da França.
Young Lord
Young Lord
Carole Roussopoulos | França | c. 1970-1975, 15’, Arquivo digital (CaSdB)
Os “young lords” são porto-riquenhos que moram nos Estados Unidos, mas não possuem os diplomas necessários para encontrar trabalho. O filme narra de forma breve a história do movimento, criado em 1969, inspirado nas lutas dos negros americanos. Aborda também um espaço de acolhimento dentro do movimento para os toxicômanos: as difíceis condições de vida das minorias, os problemas com as drogas e os auxílios criados para tentar fazer com que se livrem da dependência. Os entrevistados denunciam um plano do governo que teria como objetivo aniquilar os negros e os porto-riquenhos através da droga: o programa de substituição por metadona, substância legal e disponibilizada pelo governo, que mantém os toxicômanos numa espécie de dependência mental e pode conduzi-los à morte. Falam, ainda, de todo o sistema de propaganda e de condicionamento mental da sociedade.
Genet fala de Angela Davis
Genet parle d’Angela Davis
Carole Roussopoulos | França |1970, 7’, Arquivo digital (CaSdB)
No dia 16 de outubro de 1970, no Hotel Cecil, em Paris, o grupo Video Out (Carole e Paul Roussopoulos) filma a declaração do escritor
Jean Genet gravada após o anúncio da prisão de Angela Davis, ativista do Partido dos Panteras Negras e professora de filosofia nos Estados Unidos.
Jean Genet denuncia com veemência a política racista dos Estados Unidos e manifesta seu apoio a Angela Davis e aos Panteras Negras. A pedido do diretor do ORTF (Office de Radiodiffusion
Télévision Française), ele retoma duas vezes a leitura do discurso, empenhando-se em transmitir na tela mais o caráter político de seu texto do que sua personalidade. A transmissão acabou sendo censurada.
A diretora imprime à cena um olhar irônico. Aponta a diferença de atitude entre Jean Genet, consciente de seu engajamento, e a equipe de TV, ansiosa para encerrar a gravação. O ritmo e a fragmentação das tomadas de TV se opõem à fluidez do olhar de Carole Roussopoulos e à proximidade que ela tem de seu personagem. De um lado, uma câmera de televisão que busca fornecer uma visão “objetiva”, e de outro, uma câmera no ombro, em total empatia com seu personagem e seu discurso político.
Os veteranos do Vietnã
Les Vétérans du Vietnam
Carole Roussopoulos | França |1972, 12’, Arquivo digital (CaSdB)
“Veteranos de guerra americanos e indochineses contra o inimigo comum: o imperialismo dos EUA”, diz o letreiro que abre o filme.
Em uma coletiva de imprensa em junho de 1972, um homem afirma que os veteranos americanos expressam sua solidariedade aos veteranos do Vietnã e lutam agora contra o mesmo inimigo. Em off, uma mulher comenta as imagens de veteranos do Camboja, do Laos e do Vietnã.
Em uma coletiva de imprensa em Paris, um detrator de Nixon demonstra que o governo é a favor da continuação da guerra, do genocídio e da devastação das terras. Um vietnamita intervém em francês.
Em outra conferência, um veterano de cabelo comprido denuncia a política de Nixon, bem como o controle da mídia, que só reproduz a política oficial, e as bombas antipessoais lançadas pelos Estados Unidos. Outros veteranos tomam a palavra e traçam um paralelo entre o racismo contra os vietnamitas e o racismo contra os negros nos Estados Unidos. Também mencionam uma espécie de motim que ocorreu no exército para que as bombas fossem lançadas no mar, e não nas aldeias. Há, ainda, a leitura de uma declaração contra a guerra.
Greve na Jeune Afrique
Grève à Jeune Afrique
Carole Roussopoulos e Paul Roussopoulos | França | 1972, 21’, Arquivo digital (CaSdB)
Um filme em torno das denúncias à revista Jeune Afrique durante uma greve de seus funcionários. Entre as críticas reportadas, está a ideia de que a revista não se interessa pelos seus trabalhadores e que não é suficientemente política a ponto de que os próprios funcionários desejem lê-la.
O letreiro do documentário diz: “Dois meses depois de uma greve duríssima, seguida de uma ocupação das instalações, dia e noite, os funcionários da Jeune Afrique são vítimas de um decreto do tribunal a partir de um requerimento de urgência que autoriza seu diretor-executivo, Bechir Ben Yahmed, a expulsá-los com a ajuda da polícia. Em caso de resistência, eles corriam o risco de se sujeitar à lei pela manutenção da ordem pública. Para evitar que os camaradas africanos fossem expulsos do território francês, os grevistas decidem ir embora. Mas, antes de dei- xar as instalações, organizam uma manifestação de solidariedade com centenas de jornalistas da imprensa tradicional e da imprensa revolucionária. Aqui estão essas imagens. A manifestação terminou com a ocupação temporária das instalações provisórias em que Ben Yahmed tinha se refugiado com os fura-greves. O filme narra essa greve exemplar que foi traída por um sindicato.”
A marcha do retorno das mulheres no Chipre
La Marche du retour des femmes à Chypre
Carole Roussopoulos | França | 1975, 36’, Arquivo digital (CaSdB)
Em maio de 1975, com o apoio de delegações de mulheres do mundo inteiro, as cipriotas se esforçam para conseguir, por meio de uma marcha pacífica, a aplicação da resolução da ONU que obriga a Turquia a permitir que os cipriotas gregos retornem a suas casas.
Les Racistes ne sont pas nos potes, les violeurs non plus Anne Faisandier, Ioana Wieder e Claire Atherton | França | 1986, 23’, Arquivo digital (CaSdB)
Após uma série de estupros cometidos em plena luz do dia em 1985, organiza-se uma manifestação em setembro. Os panfletos acusam “a corja criminosa dos imigrantes”. Imigrantes e muçulmanos são acusados. Oito feministas – Claire Atherton (montagem), Claire Auzias, Marie-Jo Dhavernas, Catherine Deudon, Anne Faisandier (imagem), Liliane Kandel, Nadja Ringart e Ioana Wieder – querem dar seu depoimento e lutar contra o sexismo, o estupro e o racismo, seja qual for sua origem e quaisquer que sejam seus perpetradores. Elas decidem fazer um documentário. Encontram Souad Benani e Malika Bennabi, ativistas do grupo Les Nanas Beurs, e depois Fatima e Rosa, ativistas do SOS Racisme. Encontram ainda três ativistas antirracistas, Harlem Désir, Adil Jazouli e Sami Naïr, para discutir o assunto.
A conferência sobre a mulher –Nairóbi 85
La Conférence des femmes – Nairobi 85 Françoise Dasques | França | 1985, 60’, Arquivo digital (CaSdB)
Depois do México, em 1975, e de Copenhague, em 1980, as Nações Unidas escolhem o continente africano para sediar a terceira Conferência Mundial sobre a Mulher. Em paralelo à Conferência Oficial dos Estados, ocorre o Fórum das Organizações Não Governamentais (ONGs), do qual participam 14.000 mulheres. Ao longo de dez dias, no campus da universidade, elas se reúnem para debater questões de política geral e feminista, como paz, desenvolvimento, apartheid, islã, lesbianismo, violências e mutilações sexuais e o conflito entre Israel e Palestina.
Où est-ce qu’on se mai?
Où est-ce qu’on se mai?
Iona Wieder, Delphine Seyrig | França | 1976, 55’, DCP (CaSdB)
Este documentário é dedicado às manifestações de Primeiro de Maio de 1976. Sequências que mostram o cortejo feminista se alternam às entrevistas com mulheres, que falam principalmente dos embates com a CGT (Confederação Geral do Trabalho). Além disso, Delphine Seyrig lê um artigo do jornal L’Humanité e uma carta da CGT.
O título do filme faz um trocadilho com duas palavras que, em francês, têm a mesma sonoridade: “mai”, que designa o mês de maio, e “met”, do verbo “mettre”, que pode ser traduzido como colocar, pôr, inserir. Uma tradução possível seria “Qual é o nosso lugar?” ou “Onde é que a gente se enfia?”.
Maso e Miso vão de barco
Maso et Miso vont en bateau
Carole Roussopoulos, Ioana Wieder, Delphine Seyrig e Nadja Ringart | França | 1976, 55’, restauração em DCP (CaSdB)
No dia 30 de dezembro de 1975, após assistirem, no canal Antenne 2, ao programa misógino de Bernard Pivot intitulado Mais um dia e o ano da mulher... Ufa! Acabou, que tinha como convidada Françoise Giroud, quatro feministas subvertem o programa por meio de intervenções humorísticas e irreverentes, chegando à conclusão de que “a Secretaria de Estado da Condição da Mulher é uma mistificação”. A secretaria em questão foi coordenada por Giraud entre 1974 e 76, durante o governo de Jacques Chirac.
Maso e Miso vão de barco foi restaurado pelo ZKM Karlsruhe, em parceria com o Centre Pompidou.
Flo Kennedy, retrato de uma feminista americana
Flo Kennedy, portrait d’une féministe américaine
Carole Roussopoulos e Ioana Wieder | França | 1982, 59’, Arquivo digital (CaSdB)
Margo Jefferson, professora de jornalismo em Nova York, e Ti-Grace Atkinson, escritora e teórica feminista, conversam com Flo Kennedy, advogada americana negra, sobre racismo, direito das minorias e sobre a ERA, Equal Rights Amendment (emenda constitucional para garantir os direitos das mulheres).
A morte não quis saber de mim: retrato de Lotte Eisner
La Mort n’a pas voulu de moi: portrait de Lotte Eisner
Carole Roussopoulos, Carine Varène, Michel Celemski | França | 1983, 26’, Arquivo digital (CaSdB)
Crítica de cinema na Alemanha do entreguerras, Lotte Eisner se refugia na França após a chegada de Hitler ao poder e funda a Cinemateca Francesa junto com Henri Langlois e Georges Franju. O filme revela o regozijo profissional de uma mulher com olhar sensível e político. Em uma entrevista filmada alguns meses antes de sua morte, Lotte Eisner faz referência a Louise Brooks, Fritz Lang, Murnau, bem como ao jovem cinema alemão, de Herzog e Fassbinder.
Delphine e Carole, insubmusas
Delphine et Carole, insoumuses
Callisto McNulty | França, Suíça | 2018, 70’, arquivo digital (Les Films de La Butte)
Como uma viagem ao âmago do “feminismo encantado” dos anos 1970, o filme narra o encontro entre a atriz Delphine Seyrig e a cineasta Carole Roussopoulos. Por trás de suas batalhas radicais, conduzidas com a câmera na mão, surge um tom impregnado de humor, insolência e intransigência.
Um documentário de Callisto McNulty, neta de Roussopoulos.
Carole Roussopoulos, uma mulher por trás das câmeras
Carole Roussopoulos, une femme à la caméra Emmanuelle de Riedmatten | Suíça | 2011, 76’, DCP (CaSdB)
O filme aborda a trajetória de vida de Carole de Kalbermatten, natural do cantão de Valais, na Suíça, que aos 21 anos chega a Paris, onde conhece Paul Roussopoulos.
O tema central é seu trabalho como pioneira na utilização de câmeras portáteis, e, como temas periféricos, surgem o casal, o amor como fonte de energia permanente, uma incessante cumplicidade criativa, a política, a descoberta dos primeiros equipamentos de vídeo, Jean Genet, a Palestina, a militância, a causa das mulheres e dos mais desamparados.
Alternam-se material de arquivo, depoimentos de pessoas próximas, trechos de seus filmes, testemunhos das lutas sociais e da emancipação das minorias.
Transformações… em Mondoubleau
Ça bouge… à Mondoubleau
Carole Roussopoulos e Catherine Valabrègue | França | 1982, 17’, Arquivo digital (CaSdB)
A partir do trabalho de reflexão conduzido pelos alunos de ensino médio de uma escola em Mondoubleau sobre os papéis femininos e masculinos e sobre igualdade de gênero, acontece um debate entre os alunos e o professor. Eles abordam os estereótipos nos manuais escolares de aprendizagem de leitura, a divisão de tarefas no ambiente familiar, a escolha profissional (pouco tempo antes, havia duas listas de profissões: rosa para as meninas, azul para os meninos), a importância da educação sexual e a diferença de atitude dos pais em relação a meninos e meninas. A música “Résiste”, de France Gall, dá o ritmo da montagem.
Os homens invisíveis
Les Hommes invisibles
Carole Roussopoulos | França | 1993, 34’, Arquivo digital (CaSdB)
Sem-tetos, pessoas em situação de rua...
Inúmeras pessoas vivem sem residência fixa, à margem dos dispositivos de acolhimento e de cuidados. O Centre d’Hébergement et d’Accueil pour les Sans Abri [Centro de Abrigo e Acolhimento para as Pessoas em Situação de Rua] do hospital de Nanterre é o primeiro centro, no serviço público, em meio hospitalar, a propor um serviço de acolhimento e cuidados para os mais desamparados.
Profissão: ostreicultora
Profession: conchylicultrice
Carole Roussopoulos e Claude Vauclaire | França | 1984, 34’, Arquivo digital (CaSdB)
Através do retrato de seis mulheres que cultivam ostras na bacia de Marennes-Oléron (Charente-Maritime), o filme aborda suas condições de vida e de trabalho, as dificuldades da profissão, a divisão de tarefas entre homens e mulheres e o status profissional das ostreicultoras. Um grupo de mulheres da bacia ostreícola se reuniu para criar uma associação profissional.
As trabalhadoras do mar
Les Travailleuses de la mer
Carole Roussopoulos | França | 1985, 26’, Arquivo digital (CaSdB)
O documentário apresenta as condições de vida e de trabalho de duas categorias de mulheres que são funcionárias do porto de pesca de Lorient, na Bretanha. Quase 800 mulheres trabalham no porto, sob condições que praticamente não mudaram ao longo de 50 anos. Trabalham no frio, em meio à umidade, ao gelo, de pé e carregando cargas pesadas. À noite, são as que fazem a triagem dos peixes, de dia, as que os preparam para serem comercializados.
Seja bela e cale a boca!
Sois belle et tais-toi!
Delphine Seyrig | França | 1976, 115’, restauração em arquivo digital (CaSdB)
Delphine Seyrig entrevista 23 atrizes de várias nacionalidades sobre suas experiências profissionais enquanto mulheres, seus papéis dramáticos e relacionamentos com diretores e equipes técnicas. Um relatório coletivo bastante negativo de 1976 sobre uma profissão que permitia apenas personagens estereotipadas e alienadas. Entre as entrevistadas, estão Jane
Fonda, Shirley MacLaine, Marie Dubois, Maria
Schneider, Juliet Berto, Patti D’Arbanville, Anne
Wiazemsky e Ellen Burstyn.
Restauração feita no Laboratório de Restauro Digital do Serviço Audiovisual da Biblioteca Nacional da França.
A FHAR – Frente Homossexual de Ação Revolucionária
Le FHAR – Front homosexuel d’action révolutionnaire
Carole Roussopoulos | França | 1971, 26’, Arquivo digital (CaSdB)
Documento sobre a primeira manifestação de rua gay e lésbica da França, em Paris. A manifestação da FHAR (Frente Homossexual de Ação Revolucionária) ocorre no âmbito da tradicional manifestação sindical de Primeiro de Maio e denuncia o racismo sexual.
Pela primeira vez se inserem nessa manifestação homens e mulheres que desfilam com alegria e orgulho, sem serviço de segurança, segurando simples bandeiras de tecido branco com a sigla FHAR. As vozes clamam: “Os gays estão na rua”.
SCUM Manifesto
S.C.U.M. Manifesto
Carole Roussopoulos e Delphine Seyrig | França | 1976, 27’, restauração em DCP (CaSdB)
Uma leitura encenada de trechos do SCUM Manifesto, de Valerie Solanas, editado em 1967 e rapidamente esgotado em francês. Delphine Seyrig traduz algumas passagens para Carole Roussopoulos, que as digita na máquina de escrever. Ao fundo, uma televisão transmite imagens ao vivo do telejornal, no qual ouvimos, em certos momentos, notícias apocalípticas. Assim como o livro, o filme é um panfleto contra a sociedade dominada pela imagem “masculina” e pela ação “viril”.
Restauração feita no Laboratório de Restauro Digital do Serviço Audiovisual da Biblioteca Nacional da França.
É só não trepar!
Y’à qu’à pas baiser!
Carole Roussopoulos | França | 1971, 17’, DCP (CaSdB)
Produzido no início da década de 1970, quando o aborto ainda era ilegal na França, este vídeo militante documenta o debate sobre a questão, desde a propaganda antiaborto nos meios de comunicação até a primeira grande manifestação a favor do aborto e dos direitos reprodutivos em Paris, em 20 de novembro de 1971. As imagens mostram feministas realizando um aborto a partir do método Karman.
É só não trepar!, na altura um instrumento de luta e de transmissão de uma prática, é hoje um documento histórico essencial.
Com a
as prostitutas de Lyon
Les Prostituées de Lyon parlent Carole Roussopoulos | França | 1975, 46’, Arquivo digital (CaSdB)
Em junho de 1975, as prostitutas de Lyon ocupam a igreja de Saint-Nizier. Elas falam de sua história pessoal, de suas relações com a sociedade, das condições de trabalho e de suas reivindicações.
Instituto Moreira Salles
Cinema
Curador
Kleber Mendonça Filho
Programadora
Marcia Vaz
Programador adjunto
Thiago Gallego
Produtora de programação
Quesia do Carmo
Assistente de programação
Lucas Gonçalves de Souza
Projeção
Ana Clara da Costa e Adriano Brito
Revista de Cinema IMS
Produção de textos e edição
Thiago Gallego e Marcia Vaz
Diagramação
Marcela Souza e Taiane Brito
Revisão
Flávio Cintra do Amaral e Juliana Travassos
Os filmes de agosto
O programa do mês tem o apoio do Centro Audiovisual Simone de Beauvoir, da Rede Globo, da revista Cinética, das distribuidoras
Descoloniza Filmes, Elo Studios, Filmicca, Park Circus, Tamasa, Universal Pictures, Vitrine Filmes e do projeto Sessão Vitrine.
Agradecemos a Barbara Rangel, Peggy Préau, Nicole Fernández Ferrer, Helena
Ignez, Ludmila Patricio, Silvia Galante, Júlia Noá, Hermano Callou, Juliano Gomes.
Agradecemos ainda a Marcela Antunes e Taiane Brito, responsáveis pela arte de cartaz e divulgação da mostra Arquivos, vídeos e feminismos: o acervo do Centro Audiovisual Simone de Beauvoir, e a Debora Fleck pela tradução das sinopses do francês.
Venda de ingressos
Ingressos à venda pelo site ingresso.com e na bilheteria do centro cultural, a partir das 12h, para sessões do mesmo dia. No ingresso.com, a venda é mensal, e os ingressos são liberados no primeiro dia do mês. Ingressos e senhas sujeitos à lotação da sala.
Capacidade da sala: 145 lugares.
Meia-entrada
Arquivos, vídeos e feminismos: o acervo do Centro Audiovisual Simone de Beauvoir apoio
Com apresentação de documentos comprobatórios para professores da rede pública, estudantes, crianças de 3 a 12 anos, pessoas com deficiência, portadores de Identidade Jovem, maiores de 60 anos e titulares do cartão Itaú (crédito ou débito).
Devolução de ingressos
Em casos de cancelamento de sessões por problemas técnicos e por falta de energia elétrica, os ingressos serão devolvidos. A devolução de entradas adquiridas pelo ingresso.com será feita pelo site. Programa sujeito a alterações. Eventuais mudanças serão informadas no site ims.com.br e no Instagram @imoreirasalles. Não é permitido o acesso com mochilas ou bolsas grandes, guarda-chuvas, bebidas ou alimentos. Use nosso guarda-volumes gratuito.
Confira as classificações indicativas no site do IMS.
Young Lord (Young Lord), de Carole
Roussopoulos (França | c. 1970-1975, 15’, Arquivo digital)