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Povoamento e localidades

O primeiro povoamento da Ilha do Maio terá acontecido pelo século XV, com gentes oriunda da Ilha de Santiago, com funções ligadas à pecuária (pastorícia, carnagem e chacina), extração de sal e cultivo de algodão.

O número de Europeus sempre foi limitado (possivelmente só os elementos que integravam a capitania local) em comparação com a presença de população africana - mandingas, bijagoz, jalofos, fulas e outros povos da Senegâmbia portuguesa – cujo encontro intercultural deu origem a traços distintivos da identidade cultural da Ilha do Maio.

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No Maio é possível visitar 13 localidades distribuídas por toda a ilha: Porto Inglês, Morro, Calheta, Morrinho, Cascabulho, Pedro Vaz, Praia Gonçalo, Santo António, Alcatraz, Pilão Cão, Ribeira D. João, Figueira (com Horta e Seca), Barreiro (com Lém Varela e Banda Riba).

A primeira povoação – Penoso - começou a formar-se no sopé do Monte Penoso na altura da colonização –quem sabe, o local escolhido para evitar a pilhagem dos piratas.

O Porto Inglês, inicialmente conhecido por Porto do

Guindaste (pelo imponente guindaste que existia junto ao embarcadouro) ganha influência a partir do século XVIII pelo incremento da produção de sal.

Nha Berço

Betú, filho e poeta do Maio, apresenta, Porto Inglês, a capital da Ilha, com este poema interpretado por Ildo Lobo no álbum “Nós Morna”:

Di mar, escadaria Di ar, tapeçaria Stendide na mansidão Na ressaca di um tempe ingrate Qui fazel rainha resignada

Palmanhãzinha sol é linde Ta subi mansinho na céu Ta baté na brancura di sé tchon Ta brilha na sé salina Spedjo d'alma cristalina Nha berço Porto Inglês

Luar primorose Razão di nhas sentimento Ora quel ta dormi Qui um manto amigo di céu cobril Pa manha mancheno um dia novo

As casas desta ilha são acolhedoras e a “traça” tradicional apresenta um valor histórico cultural muito significativo para Cabo Verde. O Maio é uma ilha tranquila e segura. As suas gentes recebem com a sua eterna "morabeza".

A população do Maio sempre partiu rumo a outras ilhas, à Europa e à América.

…Oh mar, oh céu ki leba Di naviu, di passaron Txeu irmon pa terra longe Oh mar, oh céu ki leba Ki ta torne traze Tud irmon di terra longe

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