Até 2015, a comunidade internacional estará envolvida num processo de avaliação dos
progressos nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio (ODM) e de definição de uma agenda
global para o desenvolvimento no período pós-2015. Muito mudou desde a altura em que estes
objetivos foram aprovados: os equilíbrios de poder no sistema mundial estão em mutação
acelerada, a geografia mundial da pobreza alterou-se substancialmente, a dicotomia Norte-Sul está descaracterizada, há uma maior consciencialização sobre a interdependência dos desafios
globais e sobre a persistência de desigualdades estruturais. A nova agenda global deverá assumir
a centralidade das pessoas e dos direitos humanos nos processos de desenvolvimento e o
imperativo de responder às crescentes desigualdades nas suas variadas dimensões, indo para
além da ajuda ao desenvolvimento e dos próprios ODM.