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Transporte rodoviário, ferroviário ou aquário do percurso final
NOVO DIRETOR DE GESTÃO PORTUÁRIA DA CDRJ VISITA PORTO DE ITAGUAÍ
Mario Povia fez sua primeira visita ao Porto de Itaguaí como diretor de Gestão Portuária da Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ). O objetivo foi conhecer melhor as instalações do porto, que é um dos mais importantes do país. Acompanhado do assessor Abdalla Mansur e do membro do Conselho Administrativo (Consad), Carlos Eduardo Collares Moreira Portella, o diretor recém-empossado foi recepcionado pelo superintendente de Gestão Portuária de Itaguaí e Angra dos Reis, Alexandre Neves, pelos gerentes do Porto de Itaguaí e pelos representantes dos terminais arrendados – CSN, Sepetiba Tecon e CPBS. Segundo Mário Povia, “é fundamental uma maior aproximação junto aos operadores portuários visando estabelecer uma agenda positiva e um canal de diálogo”.
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BRF É HABILITADA PARA EXPORTAR AO VIENÃ
A planta de Concórdia (SC) da BRF, uma das maiores companhias de alimentos do mundo, foi habilitada pelo Departamento de Saúde Animal do Vietnã (Department of Animal Health – DAH – em inglês) para exportar cortes de suínos para o país do sudeste asiático. A autorização foi publicada no site do DAH, órgão das autoridades sanitárias local. O adido agrícola da embaixada do Brasil em Hanoi, Tiago Charão de Oliveira, enviou o comunicado para o Ministério da Agricultura, que deve publicar a habilitação da unidade catarinense nos sites oficiais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O vice-presidente de Relações Institucionais, Jurídico e Compliance da BRF, Bruno Ferla, afirma que essa habilitação tem importância estratégica por conta do mercado vietnamita, onde o consumo de proteína animal vem crescendo em maior ritmo entre os países da região.
ARGENTINA REDUZ IMPOSTOS DE EXPORTAÇÃO
A Argentina informou que vai reduzir os impostos sobre exportações de produtos industriais, minerais e agropecuários, com o objetivo de fomentar os embarques e gerar mais divisas em meio a uma prolongada crise econômica agravada pela pandemia de coronavírus. O país, que vive uma recessão com alta inflação desde 2018, reduzirá até o final do ano os impostos sobre a soja e derivados da oleaginosa para 30%, ante 33% atualmente, e as tarifas sobre bens minerais para 8%, versus 12% no momento. A redução para as exportações industriais será escalonada de acordo com o tipo do produto, chegando a ser eliminada para muitos bens finais, na tentativa de acelerar a entrada de dólares e estabilizar um mercado de câmbio que passa por turbulências há semanas.
UM NOVO MOMENTO PARA O TRANSPORTE FERROVIÁRIO DO PAÍS
O que sempre foi um caminho mal resolvido na história do transporte no Brasil começa, literalmente, a entrar nos trilhos. Investimentos privados bilionários em ferrovias prometem dar um novo fôlego à malha federal de um país ávido por logística eficiente. Pelo menos três projetos somam R$ 13,1 bilhões de investimento 100% privado, ao longo de cinco anos, com injeção direta na economia já a partir de 2021.
Em Mato Grosso, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) acaba de emitir licença para a construção da Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico) no trecho entre Mara Rosa (GO) e Água Boa (MT). O documento, emitido em nome da Valec Engenharia, Construções e Ferrovias S/A – empresa pública vinculada ao Ministério da Infraestrutura e responsável pela construção e exploração de infraestrutura ferroviária no país – é requisito para o início das obras, em 2021.
O trecho tem 383 quilômetros de extensão e vai facilitar o escoamento da produção de grãos dos estados de Goiás, Mato Grosso e Rondônia – sobretudo soja e milho – pelos portos de Santos (SP), Itaqui (MA) e, futuramente, Ilhéus (BA). Os investimentos para a construção do trecho são estimados em R$ 2,73 bilhões e serão realizados pela Valec como contrapartida da empresa ao pagamento do valor de outorga pela prorrogação antecipada do contrato de concessão da Estrada de Ferro Vitória-Minas. As obras começarão no primeiro trimestre de 2021, com prazo de quatro anos para conclusão.
Na Bahia, mais R$ 410 milhões deste mesmo acordo com a Vale já foram reservados pelo Ministério da Infraestrutura para a compra de trilhos, material que vai ser usado para conclusão do trecho central de 485 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre as cidades de Barreiras e Caetité. A aquisição dos lingotes será feita no início do ano que vem. O traçado inicial de 537 quilômetros da Fiol, entre Caetité e o porto de Ilhéus (BA), tem leilão de concessão marcado para o primeiro trimestre do ano que vem, com investimento de mais R$ 1,6 bilhão para sua conclusão. O porto que será destino final dessa malha começou a ser construído no mês passado pela Bahia Mineração (Bamin), que confirmou participação na disputa pela concessão da ferrovia.
Ainda no primeiro trimestre de 2021, vai a leilão o projeto mais ambicioso de todo o setor: a Ferrogrão. Com seus 933 quilômetros entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), a ferrovia tem investimentos previstos de R$ 8,4 bilhões somente em sua construção.
RENOVAÇÃO ANTECIPADA
dança específica: a permissão para que as atuais concessionárias de ferrovias do país façam a renovação antecipada de seus contratos. Essas concessões realizadas na década de 1990 – e que só venceriam entre 2026 e 2028 – começaram a ser renovadas agora, por mais 30 anos.
As negociações firmadas ajudam a aliviar situação crítica encarada pelo investimento público. “A restrição fiscal e a falta de recurso da União não podem ser desculpa para não buscarmos as soluções que precisamos para expandir a participação do modo ferroviário em nossa matriz de transportes”, diz Tarcísio Gomes de Freitas, ministro da Infraestrutura.
Sem a renovação antecipada das concessões, as empresas têm planos de injetar R$ 24,4 bilhões em suas operações nesse período. É o que elas dispõem para ficarem à frente dos trechos onde operam, até o fim de suas concessões, e isso já é muito dinheiro. No cenário em que os acordos são firmados antecipadamente, porém, esse investimento privado salta para R$ 43,6 bilhões, ou seja, são R$ 19,2 bilhões a mais para serem aplicados na ampliação de ferrovias em todo o país.
RUMO TAMBÉM ANTECIPA
Com o bom momento para as commodities agrícolas brasileiras, a empresa de logística Rumo também anunciou a antecipação de R$ 5,1 bilhões em outorgas de suas subsidiárias Malha Paulista e Rumo Malha Central. O movimento era esperado pelo mercado, mas foi visto como positivo por analistas. A antecipação se refere a pagamentos que seriam feitos até 2038.
O presidente da Rumo, João Alberto de Abreu, disse que a operação confirma o compromisso da Rumo com os contratos. “Houve época em que existia débito de outorga. Isso foi sanado na renovação da Malha Paulista. Hoje, fazemos antecipação”, disse. O executivo lembrou a economia de R$ 650 milhões que a antecipação vai trazer por ano à empresa, com o abatimento de juros. A companhia levantou R$ 6,4 bilhões com uma oferta subsequente de ações, em agosto, o que deu sustentação para a antecipação.
É esse o cenário que leva o diretor-executivo da Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF), Fernando Paes, a classificar o momento atual como o mais favorável desde o processo de privatização da antiga estatal RFFSA, concluído entre 1996 e 1998. A materialização desses novos projetos também pode ajudar a pavimentar o caminho para que as ferrovias, que respondem por cerca de 15% do transporte de cargas do Brasil, alcancem a meta do Plano Nacional de Logística e cheguem a 30% até 2025.
CONVÊNIO PARA PROJETOS FERROVIÁRIOS
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Ministério da Infraestrutura (Minfra) assinaram convênio de Cooperação Técnica para apoiar o desenvolvimento de projetos ferroviários. Serão desenvolvidos instrumentos para a análise preliminar de projetos com o objetivo de estimular a otimização e melhorias no sistema de transporte ferroviário. Com a modernização dos ativos, espera-se atrair ainda mais a atenção dos investidores. “A cooperação técnica firmada com o BID nos ajudará muito na melhoria regulatória das concessões ferroviárias e, mais uma vez, demonstra o nível de confiança do mercado na atual gestão do governo federal, através do Ministério da Infraestrutura”, afirmou a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias do Minfra, Natália Marcassa. “A partir dessa parceria e dos recursos
que receberemos, será dado mais um importante passo para o fortalecimento do modal ferroviário. Essa é uma iniciativa fundamental para avançar com o equilíbrio da nossa matriz de transportes”, destaca.
Serão desembolsados US$ 450 mil para a iniciativa, que também envolve a análise de instrumentos financeiros alternativos para fomentar projetos ferroviários de infraestrutura greenfield (aqueles nos quais não se conta com estruturas préexistentes) e brownfield (projetos que se somam a algo já existente e podem envolver a reforma ou demolição de estruturas). Além disso, abrange análise de estudos de demanda existentes e avaliação de riscos para a sustentabilidade socioeconômica dos sistemas existentes, estudos de impacto de projetos ferroviários de cargas ou passageiros, revisão da regulamentação federal, bem como workshops e eventos para promover a troca de experiências.
“Queremos ajudar o Brasil a fazer mais com menos e sabemos que o setor ferroviário pode não somente impulsionar a economia, gerando empregos e reduzindo custos logísticos, mas também contribuir para a redução da emissão de gases de efeito estufa”, avalia o representante do BID no Brasil, Morgan Doyle.
LOCOMOTIVA ELÉTRICA
A Vale (VALE3) e a Progress Rail, empresa da norte-americana Caterpillar (CATP34), estão desenvolvendo uma locomotiva de pátio de manobra 100% elétrica, movida a bateria. A companhia anunciou que a locomotiva
deve entrar em fase-piloto de testes ainda neste semestre na Unidade Tubarão, em Vitória (ES). A construção, ainda segundo a Vale, acontece na fábrica da Progress Rail em Sete Lagoas (MG). n
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MILHARES DE REVISÃO ADUANEIRA E OPERAÇÃO NO PORTO CARGUEIROS CLASSIFICAÇÃO FISCAL DE IMBITUBA INAUGURA
PRECISARÃO por Wagner Antônio Coelho Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão NOVA FASE DO SISTEMA enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos ENTREGAR VACINAS aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regularidade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco PORTUÁRIO DE SC atribuídos no âmbito do Mercosul. No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à DA COVID 19 EM anos contados da data do registro da declaração de importação. Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A grande maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse procedimento nos casos em que a mercadoria foi parametrizada para os canais TODO O MUNDO fiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento Navio RIK Oldendorff deixou o terminal catarinense com 104,9 mil de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a autoridade aduaneira analisa a documentação fiscal e a verificação física da própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as informações prestadas pelo importador. administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação. toneladas de minério de ferro em Iata pediu aos governos que No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídidireção ao Porto de Tianjin, na China Ocorre que, em recentes julgados do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento consistiu na possibilidade de reanálise da classificação fiscal, mesmo nos casos comecem a planejar a logísitica cas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco reviside distribuição das vacinas ao Mercadorias, celebrada em Bruxelas. O maior embarque de granel sólido já realizado no Sul do Brasil, te todos os atos celeremente praticados no primeiro procedimento – conferência redor do planeta O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de merconforme dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), inaugura uma nova era nas operações aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipótese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN. cadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual do Porto de Imbituba. O navio RIK Oldendorff deixou o terminal Um estudo da Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata) estima que, para fornecer a cada pessoa na Terra uma única dose da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) serão necessários cerca de 8 mil cargueiros Boeing 747. O diretor geral e CEO da entidade, Alexandre de Juianc, disse em um comunicado que “a entrega segura das vacinas Covid-19 será a missão do século para a indústria global de carga aérea”. Atualmente, 29 vacinas entraram nos ensaios clínicos de fase segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Regras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Convenção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH). No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e aprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oito dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, catarinense com 104,9 mil toneladas de minério de ferro em direção ao Porto de Tianjin, na China. É a segunda vez em 2020 que Imbituba atinge uma marca histórica. Em janeiro, um embarque de 89,5 mil toneladas se tornou o recorde local, até ser superado por este novo carregamento. O minério de ferro embarcado é de Imbituba, a partir de um processo industrial de uma extinta indústria carboquímica da cidade. O produto é utilizado na produção de aço, tintas, entre outras aplicações. Este é o terceiro navio de um projeto de exportação que No entanto, encontrar os cargueiros certos não é fácil, pois a vacina deve ser mantida em determinadas temperaturas durante todo o processo de entrega. O problema é que nem todos os cargueiros podem realizar a tarefa, pois é necessário instalar equipamentos especiais a bordo do avião. E se isso não bastasse, dada a proibição prolongada de voos internacionais, muitas empresas desativaram grande parte de suas frotas. Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáticas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do atual comércio exterior brasileiro. Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema extremamente importante para os importadores brasileiros.g recebimento e envio de navios com maior capacidade de cargas. O governador Carlos Moisés considera o bom momento da atividade portuária uma demonstração do potencial que Santa Catarina tem para explorar esse modal. “Estamos qualificando a gestão dos portos catarinenses e os resultados já aparecem. Trabalhamos para marcas importantes como esse recorde de Imbituba e, principalmente, fazer dos terminais portuários um instrumento para o desenvolvimento local”, diz. O diretor presidente da SCPAR Porto de Imbituba, Jamazi Alfre3, o que significa que estão sendo testadas em humanos. Uma vez liberadas para uso e iniciada a produção em série, Outro aspecto que pode representar um problema é a questão da segurança. Dada a sensibilidade da carga, as cadeias de Wagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e reiniciou em dezembro do ano passado. A embarcação RIK Oldendorff foi atendida pela agência marítima Friendship e a operação do Ziegler, diz que o terminal está alinhado para propiciar o desenvolvimento econômico sustentável, buscando constantemenserá apenas uma questão de tempo até que os jatos de carga suprimento de vacinas podem ser suscetíveis a roubo ou ten-Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão foi realizada pela empresa Imbituba Logística Portuária (ILP). te melhores condições comerciais para o mercado. “Diante de comecem a voar para fornecer socorro aos países mais afetados. tativas de apreensão forçada. Qualquer que seja a solução, a IATA enfrentará um pesadelo logístico enquanto tenta orquesPortuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário. FACILIDADE DE ACESSO conquistas como estas que estamos registrando juntamente à comunidade portuária, vemos dia a dia o cumprimento de nossa trar a maior operação de transporte aéreo da história. missão enquanto estatal de qualificar o Porto de Imbituba para Até agora, muitas empresas de logística que operam frotas Há oito anos, o Porto de Imbituba é administrado pelo governo operações cada vez mais eficientes”, destaca. de aeronaves confiaram principalmente no carro-chefe da catarinense, através da SCPAR Porto de Imbituba, estatal sub- A entidade pediu que os governos comecem a planejar cuidaBoeing, o 747. A versão maior e mais recente do avião, em sidiária da holding SCPAR, braço empreendedor do estado. Ca- dosamente para garantir que estarão devidamente prepara-Aflexibilidade operacional e o baixo tempo de espera para atracomparação com seus antecessores, está equipada com noracterísticas como a facilidade de acesso, com uma ampla bacia dos assim que as vacinas forem aprovadas e disponíveis para cação são alguns dos excelentes diferenciais de Imbituba no vos motores e sistemas aerodinâmicos. de manobras e a profundidade nos cais têm contribuído para o distribuição.n atendimento às necessidades do mercado.n
AMPLIAÇÃO DE BERÇO AUMENTA CAPACIDADE OPERACIONAL DO PORTO DE PARANAGUÁ
A ampliação do berço 201 do cais do Porto de Paranaguá deve aumentar a capacidade de movimentação do sistema portuário local em 140%. A obra permitirá que o terminal receba navios maiores, que comportem até 80 mil toneladas de carga bruta, na categoria Post-Panamax, de grande porte. Com investimentos que somam R$ 201,7 milhões, a obra conta com a modernização do berço 201 e prolongação em 100 metros do cais de atracação.
O berço 201 recebeu também nova estrutura eletromecânica, incluindo dois novos carregadores de navios de 2.000 toneladas/hora, aumentando a capacidade anual de movimentação de 2 milhões para 6 milhões de toneladas de grão por ano. Além dos investimentos anunciados durante a inauguração, o governador do Paraná Carlos Massa Ratinho Junior, assinou a contratação das obras de derrocagem para aumentar a profundidade do calado, além de autorizar investimentos privados da Paraná Operações Portuárias (Pasa) de R$ 117,7 milhões para ampliação da exportação de açúcar do estado.
Ratinho Júnior acredita que as obras trarão mais eficiência ao porto, que se manteve com altas exportações mesmo durante o período de pandemia. “O aumento da capacidade é um ganho para o porto, que se consolida como um dos mais eficientes do Brasil e atende a forte produção do agronegócio paranaense, que tem crescido muito”, garante. “A ideia é fazer com que o Porto de Paranaguá, que já é um dos maiores terminais graneleiros da América do Sul, tenha mais agilidade e eficiência para a exportação da produção paranaense”, afirma.
COMPETITIVIDADE
Além disso, a derrocagem permite que os navios que chegam ao porto saiam mais carregados. “Junto a outros projetos de modernização, como a expansão do corredor de exportação de grãos, vamos ampliar a capacidade dos próximos 30 anos, para atender a demanda de crescimento do agronegócio brasileiro”, afirma. Esse aumento na capacidade pode vir atrelado a mais competitividade frente a outros portos. “Investimentos como a extensão do berço, que amplia a carga, garante que empresas que aqui operam ganhem em qualidade e preço competitivo, explica o diretor-presidente da Portos do Paranaguá, Luiz Fernando Garcia.
“A competição entre os portos é muito forte. Estamos a 200 quilômetros dos portos de Santa Catarina e a 400 quilômetros de Santos. Se não for mais competitivo operar por Paranaguá, as empresas migram para outros portos, por isso é necessário in-
vestimento constante”, finaliza.
O secretário estadual da Infraestrutura e Logística, Sandro Alex, diz: “O nosso compromisso para manter a competitividade da produção paranaense é fazer com que as cargas cheguem ao porto com custos reduzidos, resultado de uma logística eficiente em todos os níveis, incluindo os ramais rodoviários e ferroviários”.
Entre janeiro e agosto de 2020, 11,15 milhões de toneladas de soja foram embarcadas pelo Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá, volume 5,1% superior à soja escoada no ano anterior. Além de beneficiar o Paraná, a obra favorece a exportação agrícola do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Santa Catarina e até do Paraguai. n
DRONES REVOLUCIONAM NEGÓCIOS EM PROJETO DO MAPA E TODO O MUNDO APM TERMINALS REDUZ
TEMPO DE VISTORIA DE EMBALAGENS DE MADEIRA No Brasil, o uso de drones vem ganhando espaço em diferentes setores, em especial na agricultura para detectar falhas no plantio, pragas e doenças
O que no início era considerado um passatempo, hoje virou oportunidade de negócio. O uso de drones vem crescendo em diferentes setores da economia nos últimos anos, sobretudo pela capacidade que os equipamentos têm em apoiar a tomada de decisão com precisão, por meio da geração precisa de dados. No Brasil, o uso de drones na agricultura – em especial para detectar Os procedimentos devem agregar agilidade no falhas no plantio, pragas e doenças – ganha cada vez mais espaço. processo de fiscalização, reduzindo o tempo De acordo com o relatório “Criação de valor na rede digital de agronegócios”, de espera para a liberação das cargas 80% do mercado potencial de drones no curto prazo deverá estar na agricultura. Ao acoplar câmeras para monitoramento, implementar softwares que contribuem para reunir dados a partir do mapeamento e ajudar na aplicação Um dos maiores entraves para eficiência logística no sistema porde produtos nas áreas de cultivo, os equipamentos elevam o padrão do setor tuário brasileiro – a demora para a liberação de cargas que depen agrícola e oferecem mais segurança para o produtor. dem de vistoria do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) – pode estar com os dias contados. O Ministério e A Arpac, startup brasileira voltada para serviços e tecnologias agrícolas, acaba APM Terminals Itajaí acabam de lançar o novo Sistema Informatiza-de iniciar suas operações nos Estados Unidos. A primeira foi realizada em terdo de Fiscalização – Suportes e Embalagens de Madeira. ras norte-americanas em agosto. A iniciativa é fruto de uma parceria com a Taranis, startup israelense de tecnologia de monitoramento agrícola de precisão. Ambas uniram seus know-hows de operação de drones e uso de inteligência artificial para detecção de anomalias.
Na prática, trata-se de uma série de procedimentos com relação O emprego dos veículos aéreos não tripulados inclui ainda a possibilidade de à vistoria das embalagens de madeira usadas nas operações de monitorar fronteiras e plataformas de petróleo. Já a vistoria de vagões e trilhos importação de cargas conteinerizadas que vai agregar agilidade no na Serra do Mar, no Paraná, que antes levava uma hora ou mais para ser feiprocesso de fiscalização, reduzindo o tempo de espera para a libeta, agora tem sido realizada em poucos minutos após a concessionária Rumo ração das cargas. A estimativa é que este tempo de fiscalização, passar a usar drone em substituição ao deslocamento de empregados até o que hoje é de sete a 14 dias, possa chegar a zero, dependendo da ponto a ser checado. “Escolhemos a região de Curitiba por causa da serra de origem da carga. Outra vantagem do novo sistema é que vai reduzir Paranaguá, que tem locais com mais risco de segurança. O foco é aumento de o uso de papel em até 95%, com um ganho ambiental e ecológico. segurança do colaborador”, explica Rodrigo de Souza, coordenador de pesquisa e desenvolvimento da Rumo. Segundo Luiz Gustavo Balena Pinto, auditor federal agropecuário e chefe da Unidade Descentralizada de Vigilância Agropecuária In FRONTEIRAS E PLATAFORMA DE PETRÓLEO ternacional de Itajaí (Vigi-Itajaí), desde 2013 vem sendo estudado Recentemente, a empresa brasileira Stella Tecnologia lançou oficialmente no
junto à APM Terminals o desenvolvimento de um sistema mais eficiente para a vistoria das embalagens de madeira usadas na importação de cargas. Com a utilização dos novos procedimentos, o Mapa será informado com relação às unidades que contêm madeiras (pallets, entre outros tipos de embalagens), de cinco a sete dias antes da atracação do navio por meio de sistema totalmente informatizado.
De posse dessas informações, o Mapa informará quais contêineres deverão ser vistoriados antes do desembarque e o terminal fará o posicionamento dos contêineres, facilitando a vistoria e agilizando os processos. O sistema utilizado até então também limitava o agendamento a determinados dias da semana, fazendo com que as vistorias fossem adiadas para o próximo dia disponível. O novo processo vai eliminar essas limitações, visando à vistoria das unidades conforme a ordem de descarga no pátio do terminal. Isso fará com que o número de dias entre a descarga da unidade e a vistoria seja reduzido.
Luiz Gustavo explica que os portos do Paraná e São Paulo até utilizam um mercado o seu projeto mais ambicioso. Desenvolvido durante cinco anos com insistema informatizado de informação, mas é menos eficiente que o acaba de vestimento próprio para fins de monitoramento, segurança, defesa e inteligência, a entrar em operação na APM Terminals Itajaí. Depois do período de testes e aeronave Atobá é o maior drone do Hemisfério Sul, com 11 metros de envergaduajustes do novo sistema, a intenção do Mapa é começar a utilizar em todos os ra, 500 quilos e capaz de voar 28 horas ininterruptas. Esse produto poderá levar terminais do Complexo Portuário do Itajaí. o Brasil a se tornar um exportador de tecnologia de vigilância e segurança civil e militar de múltiplas utilidades. De acordo com diretor-superintendente da APM Terminals, Aristides Russi Junior, um dos maiores entraves do antigo sistema era a movimentação dos con O seu primeiro voo teste, realizado numa pista particular no norte do Rio de Janeiro, têineres para fiscalização. Na maioria das vezes, a empresa precisava fazer foi feito com amplo sucesso. Tanto o projeto quanto a construção do avião usou o vários movimentos com equipamentos pesados dentro do pátio para que o talento de 10 jovens estudantes de engenharia mecânica, elétrica e eletrônica da contêiner fosse fiscalizado. “Com este novo sistema nosso objetivo é melhorar Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Faculdade Estácio de Sá. a experiência do cliente da APM Terminals, a eficiência dos serviços anuentes e adequação da operação, facilitando a liberação da carga em um tempo me A aeronave obedeceu a todos os comandos e voou em várias altitudes. Seu sistenor”, dz Aristides. A estimativa é de que o novo método reduza o custo de arma ma ótico é de última geração, com câmeras com infravermelho, capazes de gerar zenagem de 40% a 50% para o importador, além do ganho de ter a mercadoria e transmitir imagens noturnas. Um produto perfeito para ser usado no monitoramais cedo em sua planta industrial. mento da Amazônia brasileira, das fronteiras, plataformas de petróleo, oleodutos e gasodutos, linhas de transmissão e na gigantesca faixa oceânica do Brasil. O Mapa atua direta ou indiretamente em 100% das cargas de importação. Somente no ano passado foram realizadas 59 interceptações de cargas com Idealizada pelos empresários Eudes de Orleans e Bragança e Gilberto Buffara Júpossível presença de embalagem e ou suportes de madeira que poderiam ter nior, a Stella Tecnologia é um centro de desenvolvimento e produção de novas tecalgum tipo de praga. Em alguns casos, conforme a legislação, o produto pode nologias relacionadas aos veículos aéreos não tripulados, conhecido como drones até mesmo ser devolvido para o país de origem. n ou VANTs. Fundada há 5 anos, tem um corpo de profissionais pioneiros na indústria de drones no Brasil com experiência de mais de 15 anos, desenvolvendo aviões de vigilância e inteligência.
Por seu custo e eficiência, diversos países têm ampliado o uso de aeronaves não tripuladas. Nos Estados Unidos, por exemplo, a Força Aérea já treina todo ano mais pilotos de drones que pilotos de aeronaves tradicionais. De acordo com uma publicação recente, o mercado de drones militares pode atingir cerca de US$ 21,8 bilhões em 2021. Caso o Brasil aprimore sua tecnologia de fabricação de aeronaves não tripuladas de alta capacidade, essa tecnologia pode ser utilizada não apenas para aplicações domésticas, mas também ser um produto comercializado para diversos países no mundo, gerando divisas e riquezas para o Brasil.
Gilberto Buffara Júnior acredita que o Atobá terá uma importante participação no mercado brasileiro e, por consequência, no mercado internacional, principalmente nos países sul-americanos e africanos. “Especificamente no setor de petróleo e gás, ele pode ser usado no controle e vigilância aérea de todo complexo de plataformas de petróleo. Não só na Bacia de Campos, mas de Santos e até o Espírito Santo. Ter uma avaliação de qualidade, ao vivo, pode ser fundamental para as estações de terra e para a segurança da própria plataforma”. n
PORTONAVE SE HABILITA PARA REDUÇÃO NA OFERTA MERCADO ISLÂMICODE CONTÊINERES
Produtos Halal devem respeitar os preceitos religiosos islâmicos em todas as suas VAZIOS DESAFIA MERCADO etapas de produção, manipulação, armazenamento e transporte A Câmara Frigorífica da Portonave (Iceport), no terminal portuário de Navegantes, em Santa Catarina, acaba de obter a certificação Halal, que atesta produtos e serviços em conformidade com a lei islâmica, podendo ser utilizados ou EXPORTADOR consumidos por muçulmanos — o termo Halal significa lícito, permitido. Com isso, a estrutura está habilitada a manipular e transportar cargas destinadas a países com essa exigência e a nações que não exigem a certificação, mas têm grupos muçulmanos em seu território, como ocorre em alguns locais do Mercosul e da Europa. Operações em todo o mundo sofreram uma queda de aproximadamente 96% no movimento de contêineres, conA habilitação conquistada pelo terminal catarinense engloba a exportação de carne bovina e de aves. “Os produtos Halal representam cerca de 80% do vo-impactos, com reflexos na distribuição forme matéria divulgado pelo portal Folha de Pernambuco”, pontua Felipe. Os desembarques, segundo ele, chegaram a cair de 50 mil unidades/dia lume total armazenado na câmara atualmente. É um mercado com melhor local dos produtos importados e um para 2 mil unidades/dia. Por consequência, operações em todo o mundo comportamento de giro. Concorrentes não habilitados perdem esse nicho, aumentando as possibilidades de negócio para a Portonave. Isso nos mantém efeito cascata também no Brasil sofreram impactos, com reflexos na distribuição local dos produtos importados e um efeito cascata também no Brasil. competitivos”, comenta Bruno Vargas, supervisor de Operações e Depot da Iceport. Com a redução no volume de importações no Brasil, em meio à pandemia e Para suprir a deficiência, armadores estão preenchendo espaços ociosos seus impactos sobre a economia global, os exportadores do país têm um desa- nas embarcações com contêineres vazios. Quem precisa deles, pode enOs produtos Halal devem respeitar os preceitos religiosos islâmicos em tofio extra a ser vencido: a redução na oferta de contêineres vazios. O problema frentar filas e deixar a carga no chão por mais tempo do que o desejado. Em, das as suas etapas de produção, fabricação, industrialização, manipulação, armazenamento e transporte. Não podem conter qualquer insumo ou matépode impactar nas exportações brasileiras, que atualmente estão em alta. Elementos Haram, proibidos último caso, até deixar de exportar. ria-prima que seja um elemento Haram (proibido pela lei islâmica) e nem ser O aumento do volume das vendas externas em velocidade muito maior do ESTRATÉGIAS segundo a lei islâmica contaminados por eles durante sua produção, armazenamento e transporte. que as importações provocou um desequilíbrio no fluxo dos contêineres Para obter a certificação, é necessário ainda que a empresa candidata seja para o Brasil. Com isso, os navios trazem menos equipamentos do que seria necessário para atender a demanda. – Carne, gordura, couro, ossos e qualquer derivado dos Mas, o que é possível fazer, neste momento, para driblar a falta de contêineres? Por meio de um alinhamento contínuo com os armadores, a Allog transparente no fornecimento de informações e reverta parte dos seus lucros suínos trabalha diariamente para entender como está funcionando o controle de para ações socioambientais em benefício da sociedade. As auditorias são feiFelipe Schmidt, assistente de operações da Allog, explica que as companhias – Carne, gordura, couro, ossos e qualquer derivado de estoque e liberações diárias para priorizar os bookings do mercado. A estas por organizações islâmicas credenciadas. MERCADO ISLÂMICO marítimas vêm enfrentando limitações logísticas, já que parte dos contêineres que foram enviados à China ficou com cargas paralisadas no país asiático em fevereiro e ainda não retornaram ao Brasil. A expectativa é de que a situação comece a mudar a partir deste mês, já que os armadores acabam de fazer freoutros animais que são permitidos, mas tenham sido abatidos fora dos preceitos religiosos do islamismo (entre as regras exigidas para o abate, está a de tratégia é um acompanhamento bastante próximo ao armador. “A meta é oferecer a melhor solução para os clientes da empresa. Trabalhamos com parcerias fortes com todos os armadores e, dessa forma, nossos bookings ganham prioridade para liberações”, observa Felipe. O mundo árabe é um dos principais destinos das exportações de frigoríficos tamento de um navio de contêineres vazios para equilibrar a oferta e a procura. mencionar o nome de Alá durante a sua realização) brasileiros. Mas o mercado Halal não se limita a ele, já que a maior parte da – Bebidas alcoólicas e álcool etílico Com um incremento a mais da prontidão de carga, a Allog também vem população islâmica do mundo não está em países árabes, ao contrário do que EFEITO CASCATA – Sangue de qualquer animal, mesmo que abatido da buscando eliminar toda carga que possa não ser cumprida dentro dos pracomumente se pensa. O maior país islâmico é a Indonésia, com cerca de 250 milhões de habitantes, 90% deles muçulmanos. Depois da Indonésia, os maioA paralisação de cargas nos portos chineses, definida pelo governo daquele forma Halal zos estabelecidos pelos armadores. “Desta forma, conseguimos eliminar junto ao armador tudo que estiver em excesso, causando um possível erro res países islâmicos são Bangladesh, Paquistão, Turquia, Irã e Egito. A populapaís, foi uma medida de contenção de transmissão do novo coronavírus. de cálculo, tanto para espaços nos navios quanto na reposição dos contêição islâmica total tem 1,6 bilhão de habitantes, cerca de 20% da mundial. n “Em três semanas de paralisação das atividades portuárias já se registrava neres”, explica. n
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PROJETO TENTA TIRAR DO PAPEL PROPOSTA DE CONSTRUÇÃO DE TÚNEL LIGANDO SANTOS A GUARUJÁ
Um grupo de companhias que atuam no Porto de Santos tenta tirar do papel o projeto de construção de um túnel ligando a cidade de Santos a Guarujá, no litoral de São Paulo. As empresas uniram no projeto “Vou de Túnel” e a expectativa é de que a proposta seja incluída no projeto de desestatização do maior porto da América Latina. O grupo defende que o túnel imerso é a melhor alternativa para a mobilidade urbana e melhoria da qualidade de vida da população das cidades, além de ser a opção mais rápida para o deslocamento e mais econômica para os cofres públicos.
O túnel Santos/Guarujá atenderá mais de 40 mil pessoas por dia e reduzirá em 25 minutos o tempo de travessia feito atualmente por ferryboats. O trajeto entre as cidades passará a ser feito em menos de cinco minutos. Com a distância de apenas 1,7 km e localização estratégica, o túnel é também uma opção mais econômica e tem menor custo do que outros projeto apresentados. lho, ex-presidente da Autoridade Portuária de Santos, o túnel aumenta o potencial de negócios do porto, maior gerador de emprego e renda da Baixada Santista. O tempo estimado de construção da obra é de dois anos, após o começo dos trabalhos e, no máximo, uma semana de interrupção nas operações portuárias durante as obras. Como já existe uma licença ambiental para um projeto anterior, os defensores da construção da ligação submersa entendem que é necessário apenas adequações no projeto para utilizar a mesma licença ambiental caso a obra venha ser realizada.
“O projeto do túnel traz mais segurança e viabiliza a passagem de navios mais altos, o que significa mais negócios para o Porto de Santos e impactos positivos na economia local. Não podemos jogar uma pá de cal no maior porto da América Latina, ao criar obstáculos para a navegabilidade e para o desenvolvimento da operação portuária”, analisa o engenheiro naval, que defende que o projeto de túnel seja incluído na desestatização do Porto de Santos que está nos planos do Governo Federal.
Eduardo Lustoza, destaca que os números apontam o projeto do túnel imerso, primeiro a ser construído no Brasil, como a forma mais eficiente, rápida e econômica de conectar os municípios. Promovendo, simultaneamente, mobilidade urbana e desenvolvimento portuário em Santos, atividade que impacta positivamente a economia de todo o país. Lustoza, que é consultor portuário há 40 anos, também argumenta que a escolha deste modal para a ligação seca entre as cidades de Santos e Guarujá promove a inclusão social e sustentabilidade ambiental e econômica.
TRAÇADO
A Autoridade Portuária de Santos atualizou o traçado, em 2019, o que permitiu reduzir a necessidade de desapropriações e baratear a obra, além de representar menor impacto no ambiente urbano. “Com a medida, 95% das desapropriações previstas pelo projeto anterior foram eliminadas”, destaca Tarcísio Barreto Celestino, mestre e doutor em Engenharia Civil pela University of California Berkeley e professor no Departamento de Geotecnia da Escola de Engenharia de São Carlos (USP).
De acordo com Celestino, um dos maiores especialistas em túneis do Brasil, esta é a melhor alternativa sob o prisma da mobilidade urbana, já que permite a integração de ciclovias, conta com uma via exclusiva para o VLT (Veículo Leve sobre Trilhos), reduzindo o tempo de deslocamento com o transporte público e proporcionando menos trânsito na balsa. O especialista lembra que países desenvolvidos, como a Holanda, têm apostado na construção de túneis em detrimento de projetos considerados obsoletos e que inviabilizam a passagem de navios maiores.
Ecológico e sustentável, o projeto prevê a redução da poluição do ar e da emissão de CO² na atmosfera. Se comparado à travessia de balsa, o túnel promove a redução de 72 toneladas nas emissões de monóxido de carbono por ano. Aliadas ao pool de empresas, apoiam também a campanha ‘Vou de Túnel,’ o Comitê Brasileiro de Túneis (CBT), o Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado de São Paulo (Sindamar), a Universidade Santa Cecília (Unisanta) e o International Tunelling and Underground Space Association (ITA), entre outros.
Uma petição online em defesa do projeto do túnel imerso como a melhor solução de ligação seca para a Baixada Santista está disponível no site da campanha no link: https://bit.ly/2Ht0aPY. n
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PORTO ITAPOÁ VIRA REFERÊNCIA PARA CARGAS DE PROJETO COM OPERAÇÕES BREAK BULK
Operação mais recente do terminal catarinense contemplou a exportação de duas lanchas medindo 50 pés cada uma e durou dois dias
O Porto Itapoá está conquistando cada vez mais seus clientes com a prestação de serviços que agregam ainda mais valor nas operações de importação e exportação. É o caso das operações break bulk, onde são movimentadas cargas não conteinerizadas.
A operação break bulk mais recente contemplou a exportação de duas lanchas medindo 50 pés cada uma. A operação, de alta complexidade, durou dois dias. As lanchas chegaram via mar acompanhadas da equipe da Sea Line, foram retiradas do mar e posicionadas no cais de forma eficiente e segura onde aguardaram o embarque. Ambas foram posicionadas no navio Northern Magnum, do armador Hapag-Lloyd, com destino à Flórida, nos Estados Unidos.
Em outra operação recente, foi realizada a descarga do navio Xingang do armador BBC de 77 volumes, totalizando 715 toneladas de carga break bulk. A operação faz parte do projeto da construção de uma nova planta de painéis e serrados da empresa Berneck, na cidade de Lages, em Santa Catarina.
5 MILHÕES DE TEUS
Em pouco mais de 9 anos de operação, o Porto Itapoá chegou a marca de 5 milhões de TEUs movimentados no mês de setembro. O contêiner que deflagrou a marca saiu do navio Maersk Bermuda. O evento permitiu ainda que o comandante da embarcação recebesse uma homenagem do Porto Itapoá para registar o evento, representando todos os clientes e parceiros, firmando que essa conquista só é possível com o envolvimento, confiança e satisfação de todos os públicos envolvidos com a operação do terminal.
Caçula entre os terminais portuários catarinenses, Itapoá teve o maior incremento entre os seis maiores portos brasileiros, de 15,92%, com 735 mil TEUS movimentados em 2019, segundo a Agência Nacional de Transporte Aquaviário (Antaq). Com apenas oito anos de operação, desenvolveu uma estratégia de diferenciação frente aos demais portos brasileiros, explorando as condições favoráveis da Baía da Babitonga, no litoral norte de Santa Catarina, na operação de grandes navios.
PROJETOS VIRAM REFERÊNCIA
Entre as recentes conquistas e reconhecimentos, o Porto Itapoá foi agraciado com o Prêmio Antaq 2019. O terminal conquistou o terceiro lugar na categoria Maior Evolução Anual do Índice de Desempenho Ambiental. Em sua terceira edição, o prêmio reconhece iniciativas que contribuam para melhorar o serviço prestado pelas empresas de navegação e pelas instalações portuárias reguladas pela agência, fomentar a produção técnico-científica e disseminar as boas práticas relacionadas à operação e gestão no setor aquaviário.
O terminal também recebeu o Prêmio Fritz Müller 2019, promovido pelo IMA (Instituto de Meio Ambiente do Estado de Santa Catarina). Itapoá conquistou o primeiro lugar na categoria Educação Ambiental com o Projeto Itapoá Sempre Verde. O mesmo projeto já tinha levado o porto a ser campeão na categoria Preservação Ambiental do Prêmio Empresa Cidadã 2019, promovido pela Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing de Santa Catarina (ADVB/SC). n
PORTONAVE INVESTE MAIS DE R$ 16 MILHÕES NA COMPRA DE EQUIPAMENTOS
Manter os investimentos programados, mesmo em momentos de crise, é importante para ajudar na economia e no desenvolvimento do país. Pelo menos este é o pensamento da Portonave, terminal privado do Complexo Portuário do Itajaí, que acabou de adquirir 25 novas terminals tractors — carretas reforçadas exclusivas para a movimentação de contêineres dentro do porto — e duas empilhadeiras movidas a bateria de lítio. O investimento foi de R$ 16,6 milhões.
A aquisição visa ao aumento de eficiência, segurança e confiabilidade das operações do porto. As carretas e empilhadeiras possuem alta tecnologia, maior capacidade de carga, incluindo melhorias em ergonomia para os operadores. São equipamentos de ponta, utilizados pelos principais terminais do mundo. “Prezamos por possuir os mais modernos e eficientes equipamentos do mercado, sendo esse um dos motivos dos altos níveis de produtividade e eficiência do terminal”, diz o gerente de Operações da Portonave, Emanuel Jorge. Atualmente, são 40 terminal tractors em operação hoje e a Portonave vai substituir os 25 equipamentos mais antigos, em operação desde 2007. “A capacidade das novas carretas é 25% superior à capacidade das que serão substituídas. Elas têm estrutura robusta e reforçada, melhor amortecimento e estão preparadas para o aumento de volume da operação”, completa o gerente de Manutenção, Marcelo Diniz.
Já as duas empilhadeiras elétricas com bateria de lítio trazem melhorias quando comparadas aos equipamentos movidos a GLP. As novas empilhadeiras EFG 425K já estão trabalhando no armazém do terminal e são as primeiras movidas a eletricidade em operação de portos da região Sul do Brasil. O terminal acredita na redução do custo operacional, além de mais conforto aos profissionais que as operam, já que não produzem calor e nem ruído. Ao adotar um equipamento movido a eletricidade, a Portonave também contribui para a substituição do consumo de energias fósseis por energias limpas e renováveis, uma transformação já iniciada com a aquisição dos trânstêineres (RTGs) elétricos do terminal. n
A DIGITALIZAÇÃO DA INDÚSTRIA/IMPORTADOR
por Marcelo Vieira
Diante do atual cenário econômico, agravado pelos reflexos da Covid 19 e da mudança na característica de consumo – lojas físicas fechadas, restrições de deslocamento e risco a saúde - a indústria/importador vem repensando não só a sua forma de se relacionar com o cliente, mas em quem pode ser, de fato, este cliente.
A cadeia tradicional de venda composta por indústria/importador, distribuidor, varejista, consumidor final, vem há algum tempo se mostrando inviável em muitos seguimentos. O motivo: alimentar todas essas etapas com rentabilidade tem sido tarefa cada vez mais árdua.
A busca pelo menor custo e maior margem no produto final tem levado ao drástico encurtamento dessa cadeia, tornando a distância entre a indústria/importador e o cliente final cada vez menor (ler artigo “A morte do revendedor”, de Jean Makdissi).
Inseridos neste cenário, muitos players têm optado pelo e-commerce como forma de expansão mais rápida e de maior penetração sem a necessidade inicial de grandes investimentos em lojas físicas — chamado mercado offline. Capitaneando esss mudança está o modelo de D2C — Direct to Consumer – ou seja, a venda direta ao consumidor, seja ela por meio de site próprio ou de um parceiro de venda (marketplace).
Apesar de trazer para o vendedor, neste caso a indústria/importador, a maior fatia do bolo, uma vez que possibilita a majoração da margem inicial do processo sem um intermediador, essa modalidade exige que a empresa tenha capacidade de adaptação e estrutura para atender o cliente pessoa física, seja na mudança da quantidade de itens comprados, impactando diretamente na escala produtiva, seja na característica deste cliente, muito mais ávido e exigente com a sua compra e que espera um atendimento personalizado, diferente da pessoa jurídica, acostumada ao modelo de negócio e trato da indústria.
Em um mercado cada vez mais competitivo, encontrar novas formas de rentabilizar as operações se faz mais do que necessário. Passa a ser uma questão de sobrevivência. Nós próximos artigos, traremos dicas e os cuidados que estes novos entrantes no mundo digital precisam ter para que a jornada seja mais lucrativa e com menor risco.
O autor é diretor de Operações da R2
INTERMODAL
INFORMATIVO DOS PORTOS / MERCADO LOGÍSTICOINFORMATIVO DOS PORTOS / INFORMATIVO DOS PORTOS / SIMPORT EXPEDIENTE TRANSFORMAÇÃO DIGITAL DOMINOU PUBLICAÇÃO Perfil Editora A LOGÍSTICA DAS COISAS MONITORAMENTO DE NAVEGAÇÃO NO DEBATES DA DIRETORA Elisabete Coutinho elisabete@informativodosportos.com.br COMPLEXO DO ITAJAÍ: A indústria mundial tem passado por transformações ao longo dos últimos séculos. A cada grande mudança pela qual a indústria passa, a história PRIMEIRA EDIÇÃO ONLINE DA INTERMODAL DIRETORA ADMINISTRATIVA Luciana Coutinho luciana@informativodosportos.com.br JORNALISTA RESPONSÁVEL Luciana Zonta (SC 01317 JP) luzonta@informativodosportos.com.br REPORTAGEM Adão Pinheiro, Alessandro Padin, Érica Amores e Luciana Zonta FOTOS denomina de Revolução Industrial. A Internet das Coisas, que viabiliza, cada vez mais, as trocas de informações em tempo real, é uma das grandes responsáveis por essa nova revolução. Mas vale a pena destacar aqui a evolução do conceito de “fábrica inteligente”, na qual a integração em tempo real com as demandas e a flexibilidade de responder de forma ágil e eficiente marcam mais esta revolução. Estamos vivendo a era da indústria e a logística tecnológica, como bem evidência a reportagem de capa desta edição da revista Informativo dos Portos. A complexidade que muitos já não conseguem mais acompanhar, que inclui sistemas de otimização, monitoramento e simulação, ainda está limitada aos projetos ou às fábricas e armazéns, mas, no cenário da Indústria REVOLUÇÃO NA OBTENÇÃO DE DADOS METEOCEANOGRÁFICOS
Ronaldo Silva Jr./Divulgação 4.0, esses limites serão ampliados para a cadeia de suprimentos e
Flávio Roberto Berger/Fotoimagem acontecerá provavelmente mais uma revolução: a integração total. Definitivamente, a tecnologia faz os negócios caminharem em um ritmo REVISÃO Izabel Mendes Após implantação do SIMPORT, Itajaí inédito.
Evento contou com conteúdos exclusivos, oportunidades para networking qualificado e novas COMERCIAL Thaísa Michelle Santos comercial@informativodosportos.com.br PROJETO GRÁFICO Elaine Mafra |Magic Arte avalia positivamente operações, que contam com dados em tempo real sobre as condições de navegação
No Brasil, o mercado de Internet Industrial das Coisas movimentou US$ 1,35 bilhão em 2016, sendo que a indústria automotiva e manufatura foram as mais relevantes, de acordo com um estudo da Frost & Sullivan. Com grande potencial de transformação, especialistas estimam que esse mercado movimentará cerca de US$ 15 trilhões nos próximos 15 anos, promovendo ganhos consideráveis de eficiência e produtividade, atuando também na
parcerias de negócios DIAGRAMAÇÃO E CAPA
redução de custos, consumo energético e uso de materiais.
Elaine Mafra |Magic Arte - @magicartedigital Ainda temos muito a evoluir, mas existe um ambiente favorável aoEm 2019, o Complexo Portuário de Itajaí e Navegantes ganhou O SIMPORT já opera com sucesso na baía da Babitonga e no Porto Automação, transformação digital e sustentabilidade permearam boa parte dos temas abordados na Intermodal Xperience 2020, primeira edição na versão digital da Intermodal South America. A experiência online atingiu o objetivo de conectar, na plataforma virtual Xperience, por três dias consecutivos, profissionais dos setores logístico, de transporte de cargas e comércio exterior. O conteúdo da versão online do evento contou com a participação do conselheiro e coordenador do comitê de e-commerce da Associação Brasileira de Logística (Abralog), Roberto Lyra, e do diretor de Assuntos Tributários da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm), Guilherme Martins Santos, para falar sobre o projeto de Lei Complementar (PLP) 148/19 que prevê a incidência e o creditamento do ICMS (Imposto sobre elaine@informativodosportos.com.br PERFIL EDITORA Fone: (47) 3348.9998 | (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br *Os artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores e não representam a opinião da revista. fortalecimento da economia para, quem sabe, finalmente o Brasil seja o país do futuro. Boa leitura! Edição nº 227 - Ano XVIII - Av. Coronel Marcos Konder, 805 – 5º andar - sl 509 - Centro Empresarial Marcos Konder - Centro - Itajaí/SC - 88301-303 NOVOS TEMPOS a indústria e a logística tecnológica A adoção da internet das coisas pela indústria brasileira está mais acelerada. Soluções ajudam o setor logístico a ser mais eficiente e com menor custo 20 18 ANUÁRIO BILÍNGUE BILINGUAL YEARBOOK adequações e melhorias na sinalização náutica, que serviram de bases para a instalação de um moderno sistema de monitoramento meteorológico e oceanográfico do canal de acesso aos portos. O propósito da licitação aberta pela Superintendência do Porto de Itajaí na ocasião era, entre outras perspectivas, o de modernizar suas operações, além de obter dados sobre os ecossistemas de seu entorno. de Imbituba, em Santa Catarina, no Terminal Portuário de Paranaguá (TCP), no Paraná, e no Complexo do Porto-Açu, em São João da Barra, no Rio de Janeiro. Ele monitora e informa os usuários em tempo real sobre as condições meteorológicas e oceanográficas que afetam diretamente a navegação. “Monitorar essas variações tem importância fundamental no planejamento e na execução das manobras portuárias (atracação, desatracação e navegabilidade), auxiliando a praticagem local na navegação e manobras de navios”, explica o oceanógrafo EmiQuase um ano após a implantação do SIMPORT (Sistema de OceaCirculação de Mercadorias e Serviços) nas vendas multicanais. Movimentação deve chegar a 5 milhões de toneladas em Imbituba Empresas catarinenses apostam no aumento das exportações vv INFORMATIVO DOS PORTOS 1 lio Dolichney, sócio da Acquaplan, empresa responsável pelo sistema. “A nova dinâmica digital mostrou-se uma ferramenta extrema-nografia Operacional em Áreas Portuárias), os resultados são conmente eficiente e inovadora ao oferecer ao público da Intermodal siderados positivos pelo Porto de Itajaí. “O sistema tem sido muito A estratégia da multicanalidade ficou ainda mais em evidência Segundo o engenheiro André, anteriormente à implantação do SIMconteúdos exclusivos para manter a comunidade conectada e inbem utilizado pela Autoridade Portuária, Marinha e Praticagem no em razão da pandemia da Covid-19, que forçou uma reinvenção PORT, a obtenção dos dados hoje dispostos pelo sistema era diferenformada sobre as tendências e os assuntos que estão em pauta gerenciamento das manobras. Essa transmissão dos dados em dentro das empresas para acelerar a digitalização e melhorar a te. “Tudo era muito empírico: ligava-se para o navio para saber como no setor. A plataforma também cumpriu o papel de incentivar um experiência do consumidor. “A omnicanalidade já é uma realida- aSegurança e monitoramento 24h tempo real é um excelente instrumento gerenciador de risco, por- estava o tempo lá fora, a correnteza era medida pela praticagem, mas networking assertivo e promover a oportunidade de geração de de que está em consolidação no país, com a integração cada vez aLocalização estratégia a 8km da Portonave que, juntamente com batimetrias, dragagens e sinalização náuti- hoje gerenciamos a abertura e o fechamento de barra com dados técnegócios. Sem dúvida, a versão online será uma novidade permanente neste novo momento que estamos vivendo dos eventos maior entre online e o offline”, disse Lyra. aArmazenagem de cargas soltas e conteinerizadasca, é mais um braço que vem auxiliar na segurança da navegação”, explica o engenheiro Andre Luiz Pimentel Leite da Silva Junior, dinicos mais precisos e com maior agilidade, tendo certeza de que as condições ambientais estão propícias para a realização das manobras B2B”, destacou o diretor do evento, Hermano Pinto Júnior. retor técnico do Porto de Itajaí. Ele pontuou que a aceleração nas vendas do varejo aumentou o com segurança”. www.flarmazenagem.com.br - BR 470 - km 7 - Volta Grande - Navegantes/SC - (47) 3319-6400
Para batizar o “Aliança Levante”, a companhia escolheu Rosilene Carvalho de Senna como madrinha. Rosi, como é carinhosamente chamada por todos, ingressou na Aliança em 1986 como programadora. Passou pelos departamentos Financeiro, Documentação e Controladoria, até chegar à gerência da área de Recursos Humanos, na qual atua desde 2012. Para celebrar o momento, ela foi à cerimônia acompanhada do marido, Luís, e dos filhos Lucas e Clara. g
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O “Levante é uma homenagem a um tipo de vento que sopra do leste, próprio das ilhas Baleares, um arquipélago do Mediterrâneo ocidental, e do sudeste da Península Ibérica. Caracteriza-se por ser úmido e suave. Além do “Aliança Levante, outros quatro rebocadores já foram batizados. São eles: “Aliança Minuano”, “Aliança Aracati”, “Aliança Pampeiro” e “Aliança Mistral”.
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nível de exigência do consumidor e evidenciou a necessidade de E não somente o e-commerce, mas outras ferramentas ganharam ampliação dos modelos de entrega de produtos, em especial no espaço em meio a esta situação, lembrou Rubinato. “O WhatsAtrajeto da last mile. Santos, da Abcomm, destacou que há um pp acabou se tornando uma ferramenta de vendas, os meios dievidente gargalo entre o formato com o qual as pessoas querem gitais de pagamento se expandiram, entre outras mudanças no AGENDA DE EVENTOS AGENDA DE EVENTOS se relacionar comercialmente e como a lei prevê essas relações comerciais. “Vivemos em um mundo digital em que se aplica uma lei analógica”, disse. TRANSFORMAÇÃO DIGITAL A omnicanalidade também foi assunto entre o vice-presidente de perfil de consumo que obrigaram as companhias logísticas e de transporte de cargas a se reinventar. Na verdade, essa situação trouxe uma variedade de tendências que vieram para ficar, além da transformação digital que deve permanecer cada vez mais. Algumas delas que emergem ainda mais com a pandemia são: uma maior diversificação de fornecedores, a descentralização da cadeia de produção, a colaboração em rede, uma maior preooperações logísticas do Mercado Livre, Leandro Bassoi, e o dire- cupação com a sustentabilidade e com os propósitos da comtor executivo de supply chain do Grupo Pão de Açúcar, Marcelo panhia, além de abrir espaço para uma maior segmentação e
Arantes, que também participaram do último painel do Intermo- multicanalidade”. dal Xperience, em conversa com o diretor de supply chain para
América Latina da Cargill, João Paes de Almeida, e o presidente SUSTENTABILIDADE AGENDA DE EVENTOS INFORMATIVO DOS PORTOS / GUIA DE SERVIÇOS Evento: Intermodal South America Data: 17 a 19 de Março, 2020 Local: São Paulo Mais informações: https://www.intermodal.com.br Evento: Meeting Comex 2020 Data: 14 e 15 de Abril de 2020 Local: Centro de convenções e Exposições Expoville - Joinville/SC Mais informações: meeting@acij.com.br Evento: XXVI Fórum Internacional Supply Chain - Expo.Logística 2020. 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Bassoi ressaltou que a omnicanalidade é o futuro da logística. “Não há outro caminho, as empresas que estão no mundo físico terão que começar a pensar em como migrar também para o digital, assim como as companhias integralmente digitais, que também precisarão avaliar como começar a atuar no mundo físico. Ou seja, todas elas deverão analisar como atender seus clientes através de um único canal integrado”. Arantes acrescentou. “O mundo físico não irá acabar, as empresas não precisam se preocupar com isso, pois é no modo presencial que você tem a capilaridade da entrega, em que cada loja Sustentabilidade foi o foco da apresentação do executivo Bernardo Adão, Sustainability & Procurement Manager da Ambev, que destacou o tema: “Green Supply Chain - Utilização de Veículos Elétricos na Distribuição Urbana”. “Mas por que uma cervejaria está falando de logística? Porque o nosso compromisso, primeiro, é com a comunidade em que estamos inseridos e nosso propósito é unir as pessoas por um mundo melhor. Pensando nisso, desde 1995 nossa empresa vem trabalhando forte na questão da sustentabilidade. Mas agora resolvemos intensificar nosso compromisso com o meio ambiente. Em 2018, lançamos, junto com nossa parceira Volkswagen, um Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística Data: 13 e 14 Setembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.agileprocess.com.br Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística Data: 18 a 20 de setembro Local: São Paulo/SP Mais informações: www.forum.ilos.com.br HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.br Evento: Missões Técnicas Internacionais Data: 19 a 24 de julho Local: Estados Unidos - Reno/NV e Silicon Valley/CA Evento: Logistique Data: 01 a 03 de Setembro, 2020 Local: Joinville Mais informações: http://www.logistique.com.br Evento: AAPA - Congresso Latino Americano de Portos Data: 18 a 20 de Novembro de 2020 Local: Cartagena de Indias - Colombia Mais Informações: www,aapalatinoamerica.com/ Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística Data: 13 e 14 Setembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística Data: 18 a 20 de setembro Local: São Paulo/SP Mais informações: HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.br Evento: Missões Técnicas Internacionais Data: 19 a 24 de julho Local: Estados Unidos - Reno/NV e Silicon Valley/CA Evento: Logistique Data: 01 a 03 de Setembro, 2020 Local: Joinville Mais informações: http://www.logistique.com.br Evento: AAPA - Congresso Latino Americano de Portos Data: 18 a 20 de Novembro de 2020 Local: Cartagena de Indias - Colombia Mais Informações: www,aapalatinoamerica.com/ pode atuar como um centro de distribuição ou ponto de coleta de mercadorias. Isso sempre vai existir, mas como se integra isto ao digital e se potencializa os resultados com o auxílio da tecnologia é a questão”. SUPPLY CHAIN Os principais impactos da transformação digital no supply chain também foram destaques na Intermodal Xperience. O assunto foi evidenciado pelo diretor de supply chain e transformação digital da Unilever, Leonardo Rubinato. Para ele, não tem CEO e nem executivo que está causando uma maior transformação digital projeto ambicioso que visa utilizar 1,6 mil caminhões elétricos em nossa frota até 2023”. O executivo contou, inclusive, sobre o primeiro modelo em operação. “Já temos um modelo piloto em testes há um ano, no qual avaliamos todas as características e vantagens desse tipo de veículo. Neste período, percorremos mais de 15 mil km, economizamos mais de 11 toneladas de CO² e mais de 3.300 litros de combustível. Ou seja, com esse tipo de veículo, visamos reduzir muito a emissão de CO² e a poluição sonora por parte de nossa marca, e melhorar a experiência do motorista em nossos caminhões”.
INFORMATIVO DOS PORTOS / do que a pandemia. “O que se viu nos últimos seis meses foi uma Evento: 107ª Convenção Anual da AAPA
GUIA DE SERVIÇOS AGENDA DE EVENTOS INFORMATIVO DOS PORTOS / GUIA DE SERVIÇOS Evento: 107ª Convenção Anual da AAPA Data: 7 a 10 de outubro Local: Valparaiso - Chile Mais informações: www.aapavalparaiso2018.com Evento: Logistique – Feira de Logística e Negócios Multimodal Data: 23 a 25 de outubro Local: Joinville/SC Mais informações: www.logistique.com.br ITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS ADUANEIROS LTDA. Rua: Gil Stein Ferreira, 100 - Sala 602 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 www.itacex.com.br edson@itacex.com.brGUIA DE SERVIÇOS AGENDA DE EVENTOS GUIA DE SERVIÇOS Data: 7 a 10 de outubro Local: Valparaiso - Chile Mais informações: Evento: Logistique – Feira de Logística e Negócios Multimodal Data: 23 a 25 de outubro Local: Joinville/SC Mais informações: ITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS ADUANEIROS LTDA. Rua: Gil Stein Ferreira, 100 - Sala 602 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 www.itacex.com.br edson@itacex.com.br aceleração muito grande em direção a isso, visto que, por conta do isolamento social, o mercado de e-commerce cresceu meteoricamente. Somente no primeiro semestre, este setor cresceu 145%, levando as empresas de supply chain a repensarem seus modelos de negócios”, afirmou. E não para por aí. “Em 2020 lançamos um novo compromisso, que é o de acabar com a poluição plástica de nossas embalagens até 2025. Também para 2025, temos outras cinco metas traçadas em questão de sustentabilidade, como a de reduzir em até 25% a emissão de carbono ao longo de nossas cadeias de valor”, concluiu. n Evento: Cidesport - Congresso Internacional de Desempenho Portuário Evento: Cidesport - Congresso Internacional de Desempenho Portuário Data: 30 de outubro a 1 de novembro Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Data: 30 de outubro a 1 de novembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.cidesport.com.br Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística Data: 13 e 14 Setembro HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 Local: Florianópolis/SC Mais informações: SUL AMÉRICA LTDA. Fone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 www.hdogerais.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.br www.hdogerais.com.br hdogerencia@hdoagerais.com.br Data: 13 e 14 Setembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.agileprocess.com.br Evento: 5º Encontro ATP Data: 8 de novembro SUL AMÉRICA LTDA. Rua: Lauro Muller, 325 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.1495 Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.agileprocess.com.br Evento: 5º Encontro ATP Data: 8 de novembro Local: Brasília/DF Rua: Lauro Muller, 325 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.1495 26 32 Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística Local: Brasília/DF Mais informações: www.portosprivados.org.br Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística Data: 18 a 20 de setembro Mais informações: Data: 18 a 20 de setembroLocal: São Paulo/SP
A extinção da cobrança do adicional do frete para a renovação da Marinha Mercante (AFRMM) está no centro dos debates da logística nacional. O tema vem sendo discutido pelo Grupo de Trabalho Econômico e a Comissão Nacional de Logística e Infraestrutura da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A proposta do Ministério da Economia é acabar com o AFRMM na importação sob a justificativa de que a medida produzirá efeitos positivos no setor de navegação, como a redução do custo marítimo e da burocracia, o aumento de competitividade e a melhoria operacional no sistema portuário. “Essa cobrança vem pesando muito na navegação e aumentando o custo Brasil. Temos que facilitar a cabotagem, pois a produção continuará crescendo e precisaremos de mais embarcações para o escoamento”, afirmou o presidente da Comissão Nacional de Infraestrutura e Logística da CNA, Mário Borba.
A proposta do Ministério da Economia é a redução gradual das alíquotas até a plena extinção após cinco anos, com diferenciação para navegação de longo curso, navegação de cabotagem e navegação fluvial e lacustre. Segundo estimativas do órgão, apenas no ano passado, a arrecadação em adubos, fertilizantes, sal, farinha de trigo, grãos de cereais e demais produtos resultou na arrecadação de R$ 4,2 bilhões. Nos casos das regiões Norte e Nordeste, o recolhimento do AFRMM está suspenso até 2022. “Somos favoráveis à redução gradual da cobrança, sobretudo de fertilizantes, pois isso reduzirá o custo do produtor. É uma demanda antiga da CNA para que a gente possa diminuir o custo-Brasil e desburocratizar a legislação”, disse Renato Conchon. O subsecretário de Política Fiscal do Ministério da Economia, Erik Figueiredo, considera o AFRMM um mecanismo complexo, que encarece as importações e o frete dentro do Brasil, além de desestimular a navegação como meio de escoar a produção. Conforme ele, a pasta já conseguiu demonstrar as razões econômicas para a retirada do imposto, seja por meio de contrapartida ou de renúncia fiscal. Agora, a decisão final depende de uma posição política. “Um estudo da CNA mostra o impacto e o encarecimento na produção agrícola com o AFRMM. A partir disso, conseguimos mostrar que a redução ou a extinção da cobrança poderá reduzir o custo da cesta básica em quase 5%”, declarou.
FOMENTO À NAVEGAÇÃO
A Confederação também apontou que, de janeiro de 2018 a junho de 2020, o Governo Federal arrecadou R$ 9 bilhões com o AFRMM, porém apenas R$ 2,1 bilhões foram aplicados, nem sempre para o fomento da navegação ou cabotagem. Na opinião de Renato Conchon, os setores produtivos estão pagando o fundo, mas o montante utilizado para o fomento da navegação e a construção de barcaças, por exemplo, está muito aquém do volume de recursos arrecadados. No dia 22 de setembro de 2020, as “disponibilidades” da AFRMM eram de mais de R$ 7 bilhões.n
CRESCEM AS AMEAÇAS CIBERNÉTICAS NO TRANSPORTE MARÍTIMO
Transporte marítimo se torna alvo estratégico para hackers. Proteger os sistemas é fundamental para a gestão de risco cibernético
Todos os anos, mais de 10 bilhões de toneladas de mercadorias são enviadas por mar no comércio global, e a tendência é crescente. A rede em tecnologia de transporte marítimo varia de sistemas de bordo, como cartas náuticas eletrônicas e sistemas de navegação por satélite, até a logística portuária. Isso torna possível um ataque cibernético a um navio, bem como a um porto ou empresa de transporte.
“Os navios porta-contêineres formam o núcleo de nosso tráfego econômico global. E agora estão totalmente integrados ao mundo digital. Isso garante um bom funcionamento da cadeia de suprimentos, mas também torna o sistema vulnerável aos cibercriminosos”, destaca o especialista em segurança cibernética da TÜV Rheinland, Wolfgang Kiener.
ECONOMIA E GEOPOLÍTICA
Dentre esses ataques, é possível distinguir alguns que são os mais frequentes. Um deles são os chamados script kiddies, que relativamente possuem pouco conhecimento, mas conseguem invadir os sistemas de computador com malwares prontos. Como utilizam scripts, código-fontes, exploits ou outros tipos de artefatos sem ter noção de como funcionam, seu uso é na base do erro/acerto (força bruta), geralmente com o propósito de invadir ou causar danos. Manter as redes e sistemas protegidos pode evitar essas vulnerabilidades. digitais. Isso também é feito para dificultar a comunicação no tráfego de mercadorias e para extorquir dinheiro com resgates.
O dano econômico causado por essa pirataria digital pode chegar rapidamente a milhões. Um exemplo disso é o ataque à empresa de navegação Maersk em 2017, quando os cibercriminosos conseguiram acessar o sistema de controle de logística da empresa global e criptografar os sistemas. Isso fez com que não fosse mais possível rastrear onde estava a carga nos navios porta-contêineres e onde diferentes mercadorias eram armazenadas.
Em apenas duas semanas, a empresa sofreu perdas de 300 milhões de dólares. “Um ataque desse tipo pode ameaçar a existência de um player global e, portanto, ter um impacto significativo na movimentação mundial de mercadorias”, enfatiza Kiener.
PROTEÇÃO DO SISTEMA
Com base nas análises de risco, é possível determinar onde estão os possíveis pontos de entrada dos invasores e quanto a empresa teria de investir para fechá-los. “A proteção dos sistemas não está acompanhando a crescente rede digital do transporte marítimo. Por isso é importante que as empresas estejam cientes de seus pontos fracos e evitem ameaças cibernéticas com gerenciamento de risco ativo”, aconselha Kiener.
A crescente ameaça de ataques cibernéticos no transporte marítimo é um dos sete tópicos do Cybersecurity Trends 2020 da TÜV Rheinland. O relatório completo de tendências está disponível para download em www.tuv.com/cybersecuritytrends2020n
Suplemento AGRO NEWS
Responsável por agregar valor ao produto originário do campo, a agroindústria é uma das parcelas mais importantes da economia brasileira. O crescimento do setor tem feito a diferença dentro e fora do Brasil, expandindo fronteiras e gerando negócios internacionais
INFORMATIVO DOS PORTOS / Suplemento
AGRO NEWS
Soja brasileira: agricultores começam a vender safra que será colhida em 2021
Produtores rurais aproveitam preços elevados do grão, em função da valorização do dólar e da demanda aquecida, tanto no Brasil como no exterior
A produção brasileira de soja na safra 2019/20 deve atingir 124, 8 milhões de toneladas e as exportações do grão, somar 82 milhões de toneladas, segundo estimativas da Companhia Nacional de Alimentos (Conab). “Com a perspectiva de o Brasil colher nova safra recorde em 2021, as exportações devem continuar crescendo, diante de uma demanda chinesa firme”, avalia o analista Luiz Fernando Gutierrez, da consultoria Safras & Mercado.
Com a alta dos preços, agricultores do Centro-Sul do Brasil já começaram vender a soja que só será colhida em 2021. Além disso, tem produtor fechando contrato para daqui a dois anos. Os produtores rurais estão aproveitando os preços elevados do grão, em função da valorização do dólar em relação ao real, e da demanda aquecida, tanto no Brasil como no exterior. Além disso, a oferta global de soja está prestes a ficar ainda mais restrita com a possibilidade de ocorrência do fenômeno climático La Niña, que pode prejudicar a produção da commodity. Isso contribuiria para dar maior impulso para a oleaginosa, que já teve um crescimento significativo nas cotações com o aumento da demanda da China. A venda antecipada da soja é quando uma parte do grão, que ainda não foi semeada, é comercializada a partir de um contrato com um preço já definido. Essa é uma prática comum entre os agricultores, porém, neste ano, eles colocaram o pé no acelerador. Em todo o país, mais da metade da nova safra de soja já está vendida, montante muito acima do registrado no mesmo período do ano passado. Além da alta de preços, o Brasil vive um momento de produção em níveis historicamente altos. A safra de soja 2020/2021 deve ultrapassar de 133 milhões toneladas, de acordo com a primeira estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
IMPORTAÇÕES DA CHINA
As importações globais de soja da China atingiram recorde de 98 milhões de toneladas no ano-safra 2019/2020, encerrado em agosto, e devem atingir novo recorde em 2020/21, com algumas estimativas acima de 100 milhões de toneladas. A demanda da China por produtos agrícolas no verão do Hemisfério Norte já era “incomumente grande” por causa dos pro-
INFORMATIVO DOS PORTOS / INFORMATIVO DOS PORTOS / GUIA DE SERVIÇOS
AGENDAblemas climáticos que afetaram a produção agrícola chinesa e em virtude dos esforços “agressivos” do país para reconstruir seu plantel de suínos. DE EVENTOSA China importou 54,433 milhões de toneladas de soja do Brasil de janeiro a agosto de 2020. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, o volume é 29% superior Santa Catarina Em Santa Catarina, por exemplo, a soja ocupa cada ao comprado no mesmo período de 2019. O país é o maior comprador vez mais espaço nas lavouras. Em oito anos, o estada oleaginosa brasileira. A Holanda foi o segundo maior importador no do ampliou em 43,5% a quantidade produzida e em Evento: Agille Challenges - O Futuro da Logística HDO ARMAZÉNS GERAIS Rua: Alfredo Eick Júnior, 900 - Imaruí - Itajaí/SC período, com 3,1 milhões de toneladas, 106% acima do ano passado. Em terceiro lugar, fica a Espanha, com 2,6 milhões de toneladas, 32,3% a área plantada, alcançando 2,29 milhões Data: 13 e 14 SetembroFone: (47) 3348.4518 - 3348.1436 alta de 32% ano a ano. No geral, as exportações brasileiras de soja de toneladas colhidas na última safra. Os números Local: Florianópolis/SCwww.hdogerais.com.br em grão totalizaram 75,11 milhões de toneladas de janeiro a junho de foram levantados pelo Centro de Socioeconomia e hdogerencia@hdoagerais.com.br 2020. O volume é 34% maior ano a ano. Mais informações: www.agileprocess.com.br Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). “A produção de soja é estratégica e de fundamental importância Evento: XXIII Fórum Internacional Supply Chain & Expo - Logística Data: 18 a 20 de setembro Local: São Paulo/SP Segundo especialistas no mercado agrícola, os chineses também são adeptos de comprar para seus estoques estratégicos quando os preços estão baixos. Em relação ao clima, além de contribuir para as preocupapara Santa Catarina, não só pelas exportações, mas também pelo seu papel na composição da nutrição Mais informações: www.forum.ilos.com.brções com o abastecimento mais restrito, o La Niña se desenvolve e deve animal. Devemos lembrar que a produção de suínos persistir durante o inverno do Hemisfério Norte, segundo a Administração e aves é o carro-chefe do nosso agronegócio”, destaEvento: 107ª Convenção Anual da AAPA Data: 7 a 10 de outubroITACEX COMISSÁRIA DE DESPACHOS ADUANEIROS LTDA. Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos, o que aumenta a probabilidade de interferência na produção de soja. ca o secretário adjunto da Agricultura, da Pesca e do Desenvolvimento Rural, Ricardo Miotto. Local: Valparaiso - ChileRua: Gil Stein Ferreira, 100 - Sala 602 - Centro - Itajaí/SC Schoereder, com aumento de 3,25% no número de moradores, ca o número de trabalhadores formais de Araquari ultrapassou 13 mil. Mais informações: Fone: (47) 2104.2000 - 2104.2001 Balneário Piçarras (2,97%) e Itapoá (3,23%). A que mais cresceu, SOJA PARA 1 BILHÃO DE PESSOAS www.aapavalparaiso2018.com www.itacex.com.br segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), A indústria é responsável por boa parte das vagas de empre A região de Xanxerê é a maior produtora catarinense Evento: Logistique – Feira de Logística e Negócios Multimodal Data: 23 a 25 de outubro Local: Joinville/SC Mais informações: www.logistique.com.br edson@itacex.com.br foi Araquari, que teve aumento de 4,09% na população e, segundo previsões do Instituto, chegou a 36.710 habitantes em 2018. De acordo com o último relatório divulgado em 2018 pelo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Migo. Araquari tem 4.500 empresas, incluindo algumas gigantes, como a montadora alemã BMW e a multinacional coreana Hyosung, que fabrica fios de elastano para a indústria do vestuário. Uma das fábricas do grupo Mabel Pepsico também está em Araquari, sendo fabricadas ali bolachas e waffles. Dados da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprasoja) apontam que a produção brasileira alimenta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. A soja começou a ser produzida no Brasil há mais de 100 anos por imigrantes europeus no sul do país e se tornou a principal commodity agrícola nacional, com papel relevante para a economia e um imde soja, com 502,8 mil toneladas colhidas em 150,5 mil hectares. Na safra de 2013, a região tinha 124 mil hectares plantados com soja. O aumento é percebido também em Curitibanos, que contempla o muEvento: nistério do Trabalho, Santa Catarina teve o terceiro estado com portante indutor do desenvolvimento nos últimos 30 anos. Cidesport - Congresso Internacional de Desempenho Portuário nicípio de Campos Novos. Em oito anos, as lavouras Data: 30 de outubro a 1 de novembro Local: Florianópolis/SC Mais informações: www.cidesport.com.br melhor desempenho nas contratações naquele ano. Joinville, também no norte de Santa Catarina, foi a cidade de destaque: contratou mais do que demitiu, fechando 2018 com o saldo positivo de mais de 9 mil postos de trabalho formais. Os números de 2019 foram comemorados por toda a diretoria do Porto Itapoá. “O porto nasceu do zero em um município que nos abraçou desde o princípio de nossas atividades mas que nunca havia experimentado a vocação portuária. Foi necessáA área plantada com soja no Brasil na temporada 2020/21 foi estimada em 37,9 milhões de hectares, alta de quase 1 milhão de hectares na comparação com a safra anterior, impulsionada pelos bons preços de soja passaram a ocupar 110 mil hectares – um aumento de 36 mil hectares. Mas mesmo em regiões com pequenas áreas, a soja tem avançado raEvento: 5º Encontro ATP Data: 8 de novembro SUL AMÉRICA LTDA. Rua: Lauro Muller, 325 - Centro - Itajaí/SC Fone: (47) 3348.1495 A vizinha Araquari também tem mostrado ótimos números nas contratações formais. Segundo dados divulgados pelo IBGE por meio do Cario investir em infraestrutura, formar pessoas, estabelecer cultura logística e empreendedora. Com todos esses desafios, é extremamente gratificante ver esse resultado e saber que todo obtidos pelos produtores. “Os preços firmes e o forte ritmo de comercialização antecipada, ambos puxados pela desvalorização do real diante do dólar e pela demanda aquecida, devem resultar em mais um pidamente. Um exemplo é Concórdia, que chegou a 6,2 mil hectares na última safra. Local: Brasília/DFdastro Nacional de Empresas (Sidra), em 2009, 5.432 tinham empre- o esforço empenhado levou o Porto Itapoá a ser o maior porto recorde de área plantada com soja no Brasil”, afirmou a consultoria Mais informações: www.portosprivados.org.brgos com carteira assinada. Isso representava 34% dos habitantes da de Santa Catarina na movimentação de contêineres, e terceiro AgRural, após divulgar os dados aos clientes. n cidade. O último relatório divulgado pelo Sidra foi em 2016. Nessa épo- maior do Brasil, em apenas oito anos.” n
PARANAGUÁ-PR Matriz – Unidade Comercial Rua João Eugênio, 922 Centro, CEP 83203-630 +55 (41) 3420-2300
CURITIBA-PR Unidade Comercial Av. Comendador Araújo, 143, Centro, CEP 80420-900 – Conj. 144/145 +55 (41) 3221-5600 SÃO FRANCISCO DO SUL-SC Porto Seco Rocha – EADI - Terminal de Conteineres Vazios - DEPOT Rodovia Duque de Caxias, s/n – Km 2,5 Iperoba, CEP 89240-000 Tel: 55 (47) 3471-1800
GUARUJÁ-SP Terminal Contêineres Vazios – DEPOT Rodovia Cônego Domenico Rangoni, 5525 – Km 07 Paecara Distrito Vicente Carvalho, CEP 11454-630 Tel: 55 (13) 3347-9400
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AGRO NEWS Terminal recebe certificação para atender demanda de soja RTRS
Status garante atender aos mais altos critérios ambientais e um amplo conjunto de requisitos sociais e trabalhistas
Um dos terminais no Porto do Itaqui obteve certificação da Cadeia de Custódia para atender a demanda de soja certificada RTRS (Associação Internacional de Soja Responsável). Itaqui conecta o mercado de grãos do Brasil aos principais mercados internacionais e é considerado o terceiro em exportação de soja.
Para o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago, integrar a Cadeia de Custódia RTRS por meio da certificação do terminal que atende a Cargill é resultado de um esforço coletivo de toda a cadeia produtiva de área de influência (que abrange os estados do Maranhão, Tocantins e Piauí) e do Porto do Itaqui, para permitir a exportação da soja certificada. A conquista também está em linha com o modelo de gestão, integrado por uma política do sistema de gestão ambiental. “Exemplo disso é a nossa certificação na ISO 14001:2015. Desse modo estamos contribuindo para fortalecer e ampliar o volume de produção da soja certificada em nossa área de influência, garantindo segurança para alimentar o mundo de forma sustentável”, diz.
A soja certificada, de acordo com o Padrão RTRS de Produção de Soja Responsável, garante não apenas atender aos mais altos critérios ambientais (incluindo a garantia de desmatamento e conversão zero verificada por terceiros), mas também a um amplo conjunto de requisitos sociais e trabalhistas.
A certificação Cadeia de Custódia RTRS consiste em uma série de requisitos para os diversos sistemas de rastreabilidade que uma organização deve cumprir para ter o controle dos inventários da soja certificada sob o Padrão de Produção Responsável RTRS, desmatamento zero e conversão zero. É aplicável ao longo de toda a cadeia de suprimento e é obrigatório para aquelas organizações que queiram receber, processar e comercializar soja ou produtos de soja RTRS. n
Apoio da Federação
Em recente visita às instalações da Pasa, em Paranaguá, o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Valter Martins Pedro, reafirmou seu apoio à indústria, destacando o apoio ao setor Exportação de carne bovina portuário. “Não sabia que tínhamos índices de produtividade tão expressivos no Por alcança crescimento to de Paranaguá. Acredito que temos a responsabilidade de disseminar essas informações para a mentalização do industrial paranaense em relação ao valor do nosso porto. Eu fiquei pessoalmente impressionado com a sua eficácia. Isso nos motiva a valorar os investimentos que estão sendo feitos de 12,3% em 2020 em relação à indústria do Paraná. A atividade portuária está na pauta da Fiep”, considerou o presidente da Federação. Volume embarcado para a China cresceu 145,4% Segundo Paulo Meneguetti a expectativa é grande junto à atual gestão e chegou a 529.975 toneladas no acumulado do ano da Fiep porque houve uma dinâmica na Federação consoante à retomada de crescimento nacional. “Entre as forças de defesa da indústria, a Fiep é uma trincheira muito importante para o setor industrial do Paraná. Nos As primeiras projeções para 2021 mento de 23,3% na receita em relacabe apresentar as demandas e buscar apoio para nossas necessidades, divulgadas pelo Departamento de ção ao acumulado de 2019. “A China seja nas reformas em andamento, como a trabalhista, a fiscal ou a tributá-Agricultura dos Estados Unidos segue puxando o volume exportado, ria. O Brasil precisa ser passado à limpo e a Fiep tem poder para centrali-(USDA, na sigla em inglês) relativas mas outros mercados também vêm zar esse debate no Paraná”, frisou Meneguetti. nao Brasil apontam que a produção registrando aumento na demanda de carne bovina do país deve supe- como é o caso dos Estados Unidos rar os 10,5 milhões de toneladas. As e Filipinas”, avalia o presidente da exportações, por sua vez, têm cres- Abiec, Antonio Jorge Camardelli. cimento contínuo, com aumento de quase 7% em 2020 e perto de 8% em PRINCIPAIS DESTINOS 2021, perfazendo um incremento de mais de 15% no biênio 2020/2021. O volume embarcado para a China cresceu 145,4% e chegou a “O otimismo por trás dessa pers- 529.975 toneladas, ante 215.942 pectiva reflete uma recuperação no acumulado do ano. Em agosto, da economia brasileira, atualmen- os embarques cresceram 98,1% te projetada para crescer 3,5% em em comparação a agosto de 2019 2021, com a continuação da infla- e chegaram a 78.253 toneladas. O ção em nível mais baixo, uma taxa volume de carne embarcado para os de desemprego estável e maior po- Estados Unidos em agosto de 2020 der de compra do consumidor”, diz cresceu 89,7% em relação a 2019, o adido do USDA. Por outro lado, passando de 3.733 toneladas para a agência reitera que a flutuação 7.082 toneladas. No acumulado do cambial, a frágil recuperação eco- ano a demanda dos norte-americanômica mundial e o ressurgimento nos aumentou 39,6% e chegou a do coronavírus ainda são incertezas 34.593 toneladas. para o próximo ano na indústria de proteína animal. O crescimento mostra a consolidação do país entre os principais desAs exportações brasileiras de car- tinos, após a reabertura do mercado ne bovina registraram aumento de norte-americano para as exporta12,3% no volume embarcado entre ções de carne bovina brasileira in janeiro e agosto de 2020, alcançan- natura. O embarque para as Filipido 1,294 milhão de toneladas, se- nas cresceu 23,4% entre janeiro e gundo dados divulgados pela Secre- agosto e chegou a 25.663 tonelataria de Comércio Exterior (Secex) das. Apenas no mês de agosto o voe compilados pela Associação Bra- lume embarcado para o país cresceu sileira das Indústrias Exportadoras 42,8% e chegou a 4.503 toneladas de Carnes (Abiec). O faturamento no ante 3.154 toneladas exportadas no período foi de US$ 5,46 bilhões, au- mesmo mês de 2019. n A Pasa é especializada na movimentação e embarque de granéis sólidos. Nossa empresa encontra-se preparada para atender à crescente demanda da exportação de granéis sólidos,
originados do Paraná, como também
de outros estados, executando as atividades com a mais alta tecnologia de infraestrutura portuária, segurança e responsabilidade socioambiental.
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DESAFIOS DA EXPORTAÇÃO AMPLIAÇÃO DO
INFORMATIVO DOS PORTOS / ARTIGOE O REINTEGRA PORTO DO ITAQUI REVISÃO ADUANEIRA E CLASSIFICAÇÃO FISCAL por Wagner Antônio Coelho O Brasil possui uma pequena participação no comércio internacional. No que tange às exportações, segundo dados da OMC/2018, o Brasil ocupa a 27ª posição, com 240 bilhões movimentados, valores abaixo de países com dimensões muito inferiores ao Brasil, tais como Vietnã, Taipei, Tailândia, Malásia, de um crédito tributário correspondente até três por cento da receita de exportação para as empresas produtoras que exportem bens e que cumulativamente (i) tenham sido industrializados no país; (ii) estejam classificados em código da Tabela de Incidência do IPI; e (iii) tenham custo total de insumos importados não supePERMITE MAIS COMÉRCIO COM ÁRABES por Wagner Antônio Coelho Cingapura, Polônia, e, muito distante dos valores movimentados rior ao limite percentual do preço de exportação. Um dos institutos específicos do Direito Aduaneiro brasileiro consiste na revisão pela China ( 2487 bilhões), Estados Unidos (1664 bilhões ), Aleenquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos aduaneira, procedimento pelo qual a Aduana brasileira realiza a apuração da regumanha (1561 bilhões). atribuídos no âmbito do Mercosul. De acordo com a lei 13.043/14, cabe ao Poder Executivo definir laridade dos pagamentos e a exatidão das informações prestadas pelo importador/ o percentual de crédito, que pode variar de 0,1% a 3%, sendo que adquirente na declaração de importação, após o desembaraço, no prazo de cinco Dentre diversas variáveis que dificultam um melhor ambiente de No entanto, verifica-se uma divergência na jurisprudência brasileira quanto à esse percentual pode ser acrescido em até 2% caso se verifique anos contados da data do registro da declaração de importação. Dentre os temas mais fiscalizados nas revisões aduaneiras está a classificação negócios, especialmente para a indústria brasileira no comércio internacional, está a alta carga tributária que incide indiretamente sobre os produtos brasileiros exportados. Obras incluem terminal de fertilizantes, produto que o Brasil importa de países possibilidade de reanálise da classificação fiscal na revisão aduaneira. A grande maioria dos julgados entende pela impossibilidade de utilização desse procedimento nos casos em que a mercadoria foi parametrizada para os canais a ocorrência de resíduo tributário que justifique a devolução adicional, comprovado por estudo ou levantamento realizado conforme critérios e parâmetros definidos em regulamento. “Estamos concluindo agora em novembro o mais moderno terminal de fertilizantes da América Latina”, disse Lago para a reportagem da Agência de Notícias Brasil-Árabe (ANBA). Atualmente, a maior parte do fertifiscal das mercadorias. A utilização da correta classificação fiscal da mercadoria é importante para determinar os tributos envolvidos nas operações de importação e exportação, e de saída de produtos industrializados, bem como, em especial no comércio exterior, para fins de controle estatístico e determinação do tratamento Isso porque, em que pese tenhamos alíquota zero no imposto de exportação, imunidade do Imposto de Produtos Industrializados (IPI) e a não-incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadoárabes, e vai expandir a possibilidade de receber contêineres refrigerados de conferência aduaneira, amarelo, vermelho ou cinza (hipóteses em que a autoridade aduaneira analisa a documentação fiscal e a verificação física da própria mercadoria), pois nesses casos a autoridade fiscal anuiu com as informações prestadas pelo importador. No entanto, com o passar dos anos, observam-se inúmeros desafios para viabilizar a utilização dos créditos previstos na Lei 13.043/14, inclusive com redução significativa em 2015 de 3% lizante importado pelo Brasil entra no país via portos de Paranaguá e Santos. As lideranças do Maranhão, porém, têm como meta mudar essa realidade. administrativo, o que inclui a necessidade ou não de licença de importação. No caso das importações de mercadorias realizadas por pessoas físicas ou jurídicas no Brasil, estas devem seguir à classificação fiscal de acordo com a Convenção Internacional sobre o Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias, celebrada em Bruxelas. rias e Serviços (ICMS), temos incidência de PIS-Cofins sobre o faturamento da indústria e incidência reflexa dos tributos internos sobre matéria prima e outros insumos utilizados pela indústria nacional. Diante desse contexto que resulta na cumulatividade de tributos não recuperáveis pelo setor produtivo e no incremento do cusIniciativas de modernização do Porto do Itaqui, no estado do Maranhão, vão propiciar o aumento das trocas comerciais via porto com os países árabes. Estão sendo feitos investimentos na área de fertilizantes, de contêineres refrigerados e há estrutura pronta para a exportação de gado vivo. O presidente da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), Ted Lago, responsável por administrar o Porto de Itaqui, desOcorre que, em recentes julgados do Superior Tribunal de Justiça, o entendimento consistiu na possibilidade de reanálise da classificação fiscal, mesmo nos casos com conferência aduaneira documental e/ou física da mercadoria realizada pela Aduana. Segundo fundamentação, a revisão aduaneira permite que o Fisco revisite todos os atos celeremente praticados no primeiro procedimento – conferência aduaneira durante o processo de despacho aduaneiro –, e, acaso verificada a hipópara 1% pelo Decreto 8.415/15 e, atualmente, a redução do percentual de 2% para 0,1% pelo Decreto 9393/18. Por outro lado, uma importante interpretação jurisprudencial inerente à utilização dos créditos previstos no Reintegra foi decidida pela Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) no sentido de que os créditos apurados no âmbito do Regime não A capacidade do Porto do Itaqui de receber fertilizantes é de 2 milhões de toneladas, o que vai passar a 3,5 milhões de toneladas com a ampliação. A localização torna o porto competitivo para abastecer com fertilizantes lavouras de estados do Centro-Oeste e Norte do Brasil. Lago acredita que o fertilizante que chega via porto é competitivo no atendimento do norte de Goiás para cima. O Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições, o qual segue às Regras Gerais para Interpretação do Sistema Harmonizado (RGI) e às Regras Gerais Complementares (RGC), que também fazem parte da referida Convento final dos produtos exportados, em 2014, o governo federal criou o Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (“Reintegra”), previsto na Lei 13.043/14. creve o porto como imbatível na competitividade para o comércio com a África em função da localização combinada com possibilidades de mercado, fornecimento e estrutura. “Com a estrutura e o perfil da região vamos ser o mais competitivo para a África”, afirma. Os países árabes tese de reclassificação, efetuará o lançamento de ofício previsto no art. 149, do CTN. Importante ressaltar que o posicionamento do STJ se baseia em situações fáticas anteriores à utilização do Siscomex, com base nas disposições do Decreto nº compõem a base de cálculo do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) mesmo antes da Medida Provisória 651/2014, que afastou do cômputo dos tributos os valores obtidos por meio do programa. Com investimentos sendo feitos em ferrovias na região, a partir do ano que vem o fertilizante também terá a possibilidade de ser transportado via trem até as regiões produtoras de grãos, o que vai facilitar ainda mais o escoamento. Até essa realidade chegar, o que deve ocorrer em julho ção Internacional. Devem ser observadas ainda as Notas Explicativas do Sistema Harmonizado (NESH). A finalidade do Programa é permitir a recuperação do resíduo tributário decorrente da cadeia de exportação e, assim, contornar Egito, Marrocos, Tunísia, Mauritânia, Sudão, Argélia, Líbia, Somália e Djibuti estão localizados no Norte da África. O porto está em região produtora de grãos e atende área com cerca de 50 milhões de consumidores. 91.030/85 - RA/85, no qual o prazo para conclusão do despacho aduaneiro era de cinco dias, em total descompasso com as realidades da fiscalização moderna do atual comércio exterior brasileiro. Apesar de boa intenção na previsão legal que criou o Reintegra, observam-se empecilhos criados administrativamente para difido próximo ano, porém, o fertilizante pode ser transportado via rodovias, como atualmente. No Brasil, a classificação fiscal de mercadorias está vinculada à Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), adotada no Mercosul desde a sua criação em 1995 e as dificuldades enfrentadas pelas empresas exportadoras e impulsionar as exportações. Para tanto, foi prevista a possibilidade O Porto do Itaqui está ampliando seu terminal de fertilizantes, produto Desse modo, observa-se ausência de um posicionamento sólido e pacífico adotado cultar sua utilização, com necessidade de discussões judiciais para viabilizar a finalidade pretendida pelo Regime. n Lago afirma que o grande crescimento hoje na produção de grãos do Brasil está se dando no Arco Norte, região que inclui o Amazonas, Amaaprovada no Brasil em 1997. A estrutura da NCM é composta por um código de oito que o Brasil importa de países árabes, e vai expandir a possibilidade de pelos Tribunais, que acompanhe a dinâmica do comércio exterior, para um tema pá, Maranhão, Roraima e Pará. O Maranhão pela primeira vez passará dígitos, dentre os quais, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, receber contêineres refrigerados, o que permite a exportação via porto extremamente importante para os importadores brasileiros.g de 1 milhão de hectares de soja plantada na safra 2020/2021. Lago de carnes, produto do qual o Brasil é um dos mais importantes fornece- conta que há uma tendência no Arco Norte de que o gado de área deWagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados AssoWagner Antonio Coelho, advogado inscrito na OAB/SC 19654, especialista em Direito Aduaneiro e Comércio Exterior, sócio do escritório Guero e Coelho Advogados Associados – OAB-SC 1042-2005, dores aos países árabes. Outro produto comprado pelo mercado árabe gradada vá para o sistema intensivo, com consumo de ração, abrindo ciados – OAB-SC 1042-2005, Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro Consultor de Tradings Companies e empresas ligadas ao Comércio Exterior, Membro fundador da Comissão de Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário da OAB/SC Itajaí-SC, Membro fundador da Comissão Estadual de Direito Portuário, Marítimo e Aduaneiro da OAB/SC, Professor da UNIVALI: no Curso de Gestão Portuária, nas disciplinas de Legislação Aduaneira e Direito Marítimo; nos Cursos de Especialização - MBA em Importação e Internacionalização de Empresas; Direito Aduaneiro e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito dos brasileiros é o gado vivo, para cujo embarque o porto maranhense já está preparado, de acordo com Ted Lago. espaço para a produção de grãos de alta eficiência nessas terras, que vão precisar de fertilizantes.n e Comércio Exterior; Direito Marítimo e Portuário; e, na Faculdade Avantis na Especialização em Direito Aduaneiro, Marítimo e Portuário.Aduaneiro, Marítimo e Portuário.