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DIÁRIO DE BORDO
LIMPEZA DA BAÍA DA BABITONGA
Quatorze embarcações, 18 condutores habilitados e aproximadamente 65 passageiros participaram da 2ª Ação de Limpeza nas Ilhas da Babitonga, em São Francisco do Sul. A equipe foi dividida em grupos para retirar o lixo das ilhas centrais da baía da Babitonga, Mandigituba, Mandigitubinha, Herdeiros e Grande. A iniciativa faz parte do Programa de Educação Ambiental da SCPAR Porto de São Francisco do Sul, que integra o Projeto SOS Oceanos, executado pela empresa Acquaplan Tecnologia e Consultoria Ambiental. O SOS Oceanos incentiva a limpeza do mar e da baía pelas comunidades pesqueiras da Babitonga, promovendo a entrega de brindes pela retirada de resíduos encontrados durante a pesca. Conheça o projeto pelo Instagram @projetososoceanos.
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STARTUPS DO AGRONEGÓCIO NO AGROBIT BRASIL
Das 43 startups selecionadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), 12 participaram da final da Smart Farm Mapa Conecta AgroBIT 2021. As agritechs (startups voltadas ao agro) tiveram a oportunidade de apresentar seus projetos para uma banca de especialistas, potenciais investidores e para o público do evento. De acordo com a diretora de Apoio à Inovação para a Agropecuária do Mapa, Sibelle Silva, a chamada busca conectar boas ideias e startups do agro com potenciais investidores privados para promoção de negócios inovadores.
PARCERIA ENTRE AZUL CARGO E FEDEX EXPRESS
A Azul Cargo Express, empresa especializada no transporte de cargas dentro do Brasil, e a norte-americana FedEx Express, subsidiária da FedEx Corp., maior empresa de transporte expresso do mundo, anunciaram aliança para usufruir de duas das principais expertises de suas operações: o alcance nacional de lojas da Azul Cargo Express e a estrutura de envios internacionais da FedEx Express. A sinergia entre as duas empresas permitirá que a rede varejista da Azul Cargo se torne, também, Centros de Envio Autorizados da FedEx (FASCs). Utilizando a abrangência nacional de lojas da empresa brasileira, os interessados em fazer remessas para fora do país poderão usar os serviços da FedEx Express.
DIÁRIO DE BORDO
DESESTATIZAÇÃO DO PORTO DE ITAJAÍ
A Superintendência do Porto de Itajaí oficializou a entrega formal de documentos da Análise Técnica sobre o pedido de prorrogação do Convênio de Delegação do Porto de Itajaí aos representantes do governo federal. Os documentos foram entregues durante Audiência Pública promovida na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc), e no protocolo eletrônico dos órgãos federais em Brasília. A audiência pública, convocada pelo presidente da Comissão Mista, deputado estadual Volnei Weber, teve como objetivo debater, com a sociedade civil, o processo de estudo da desestatização dos portos de Santa Catarina.
CRESCIMENTO DO PORTO DE IMBITUBA
O Porto de Imbituba tem alta na movimentação pelo 4º mês consecutivo, com o registro de 694,4 mil toneladas em outubro. Em relação ao mesmo período do ano passado, representa uma alta de 84,4%, sendo o melhor mês de outubro que se tem relatado na história do Porto. Ao todo, o Porto de Imbituba recebeu 36 atracações em outubro. As principais cargas movimentadas foram o coque (140,8 mil t), o minério de ferro (124,8 mil t), a ureia (87 mil t) e o sal (74,4 mil t). Vale destacar os volumes de milho, farelo de soja, toras de madeira, celulose, malte/ cevada e barrilha. As importações lideraram as operações (52,9%), seguidas das exportações (33,1%) e da cabotagem (14%).
CANAL DE SUEZ BATE RECORDE DE CARGA
O chefe da Autoridade do Canal de Suez, Osama Rabie, anunciou que um volume recorde de carga passou pelo canal no mês de outubro, atingindo a marca histórica de 112,1 milhões de toneladas. Os dados apontam que a via recebeu 1.847 navios, acréscimo de 14% em relação aos 1.620 navios recebidos no mesmo mês do ano passado. Em tonelagem, a alta foi de 11,4% sobre as 100,6 milhões de toneladas de outubro de 2020. Rabie destacou o crescimento significativo de 12,4% no faturamento do Canal de Suez em outubro, após ter conseguido aumentar suas receitas do mês de US$ 490,2 milhões em 2020 para US$ 551,1 milhões em 2021.
FRETE AÉREO: ALTA DEMANDA DE FIM DE ANO GERA PICO NA MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
A alta demanda por produtos e insumos originários do mercado asiático às vésperas do final de ano e o congestionamento do transporte marítimo ao redor do mundo têm gerado uma reação incomum: o crescimento acima da média do transporte aéreo como alternativa para movimentar produtos de alto valor agregado.
Com as viagens e voos internacionais ainda em fase de recuperação, há menos aviões de passageiros com capacidade de carga. Parte desta demanda é explicada pela falta de contêineres marítimos, modal mais barato do que o aéreo. E sinaliza que uma boa parte das empresas está retomando os negócios com mais força, passado o período mais delicado da pandemia.
Dados da Allog, empresa especializada em logística internacional, mostram que a movimentação de cargas áreas teve alta de 40% em tonelagem entre junho e setembro em comparação ao mesmo período de 2020.
TENDÊNCIA MUNDIAL
A receita das companhias aéreas brasileiras com carga neste ano já supera a registrada em 2019. De acordo com dados da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o volume de cargas movimentadas no comércio internacional pelos aeroportos brasileiros alcançou 625,7 mil toneladas até agosto. Em relação a 2019, o número representa alta de 13,5%.
Ao mesmo tempo, as taxas de carga aérea nas principais rotas de comércio começaram a aumentar em agosto, uma vez que a indústria enfrentou interrupções na cadeia de suprimentos por causa de bloqueios na China, gargalos logísticos nos Estados Unidos e a proximidade da alta temporada do setor.
Especialistas dizem que o enorme gargalo no complexo portuário da Califórnia é o resultado de uma combinação de fatores domésticos como em outros países. Entre eles, está um aumento relacionado à pandemia na demanda por bens duráveis nos Estados Unidos, um transporte doméstico desatualizado, fechamentos de fábricas em lugares como China e Vietnã e uma escassez de estivadores qualificados na Costa Oeste Americana. No início de outubro, os portos da Califórnia chegaram a registrar filas de 60 navios fundeados aguardando autorização para atracar, situação nunca vista antes nos terminais daquele país.
Bruna Rossi, gerente de produto aéreo da Allog, avalia que os gargalos da cadeia de abastecimento podem se intensificar à medida que as indústrias continuam a aumentar a produção em virtude da aproximação do final do ano e datas como Black Fri-
day, nos Estados Unidos e no Brasil. O setor também foi afetado pelos recentes bloqueios de aeroportos na China, em particular no maior centro de carga do país, Shanghai Pudong, como consequência do número crescente de casos de Covid.
O efeito reflete também nos preços do frete. O valor do frete aéreo aumentou 380% na rota Miami-São Paulo e 350% na rota Shanghai-São Paulo. ALTERNATIVAS DE MERCADO
Especialistas em transportes aéreos avaliam que, do ponto de vista da dinâmica do mercado, estes são tempos sem precedentes. De acordo com a Associação Internacional de Transportes Aéreos (em inglês International Air Transport Association - IATA), o valor do comércio internacional embarcado por via aérea este ano será US$ 7,5 trilhões, 15% maior em comparação a 2019, e aumentará mais 7,2% em 2022.
Com o aumento da demanda e a redução de aeronaves voando, a Allog tem encontrado alternativas para transportar cargas, utilizando aeronaves de companhias aéreas posicionadas em diferentes partes do globo. “Temos operado novas linhas da Ásia para Guarulhos, com um transit time excelente, de apenas um dia”, pontua Bruna Rossi. A Allog conta com um time de especialistas em transporte de cargas aérea capaz de encontrar solução para movimentar tanto cargas de importação como exportação.
BOA RECEITA EM 2021
Além de aviões cargueiros, as companhias usam as barrigas dos aviões que transportam passageiros. A Latam é a líder no mercado no transporte de encomendas internacionais no Brasil. Em agosto teve 16,4% desse mercado, somando Latam, Lan Chile, Absa e Lan Cargo, de acordo com dados da Anac. O segundo lugar é da americana Atlas, com 12,2%, seguida pela Korean Air Lines, com 5%.
A Latam tem colhido frutos da forte demanda por transporte internacional. No segundo trimestre teve crescimento de 37,5% na receita de carga global em relação a igual trimestre de 2019, para US$ 370 milhões, enquanto a de passageiros caiu 77% em igual base, para US$ 455 milhões.
A expectativa da empresa é aumentar a capacidade ofertada, sobretudo ao usar aviões da frota que estão parados ou com tempo ocioso, entre eles os Boeing 777 e 787. Atualmente, a Latam opera globalmente 50 voos cargueiros semanais em média. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Luiz Carlos Moraes, observa que o setor automobilístico tem feito todo o possível para manter a cadeia de produção ativa. “Para atender a produção temos as áreas de logística trazendo peças por aviões, acionando toda a rede de fornecedores e as matrizes para ter um menor impacto”, disse.
No Brasil, a demanda em alta por carga levou a Air France-KLM a inaugurar, no fim de junho, uma rota semanal exclusivamente cargueira (com modelo Boeing 777-200F, com capacidade de 102 toneladas) entre São Paulo e Paris. Inicialmente, a rota era um projeto-piloto; a boa demanda a manteve no mercado. Com essa novidade, a empresa tem agora seis rotas cargueiras semanais ligando o país - eram cinco antes da pandemia. n