Edição nº 9

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Ano 3 | Edição 09 | Novembro 2016

Por um tratamento customizado. CUIDADO ÚNICO A utilização da 4ª geração dos folatos na suplementação individualizada.

BELEZA AVANÇADA Nova abordagem terapêutica de Epicor™ beneficia a saúde da microbiota intestinal.

EM MOVIMENTO Move™ opção para a estabilização da dor, sem efeitos colaterais.


POTENTE INIBIDOR DA CITRATO-LIASE

(ENZIMA QUE FORNECE O SUBSTRATO PARA A PRODUÇÃO DE GORDURA)

• REDUZ OS NÍVEIS DE COLESTEROL TOTAL E LDL; • NÃO ESTIMULA O SISTEMA NERVOSO CENTRAL; • REDUZ O ÍNDICE DE MASSA CORPÓREA (IMC). 2


INSTITUCIONAL

PHARMA NOSTRA®, REFERÊNCIA NA PREVENÇÃO E INOVAÇÃO DO TRATAMENTO CUSTOMIZADO.

A Pharma Nostra® faz parte de uma multinacional holandesa, que está presente em mais de 30 países, oferecendo produtos, serviços e conceitos para profissionais e instituições da área da saúde. Durante sua trajetória, a empresa construiu uma reputação baseada em inovar o setor magistral. Dessa forma, consolidou-se como especialista em tratamento customizado, ao trabalhar com produtos desenvolvidos com a mais alta tecnologia. Atualmente, com o objetivo de oferecer mais do que um método terapêutico para doenças, a Pharma Nostra® acredita que está na prevenção, a chave para melhorar a qualidade de vida como um todo, evolvendo as suas três áreas de atuação: Pele, Metabolismo Funcional e Articulação.

E é assim, pensando no futuro, que a empresa consegue expandir ainda mais as suas atividades e contribuir para a evolução do setor no Brasil, apostando em um conceito atual e tendo como base a qualidade. Esse alicerce é que sustenta e garante a credibilidade dos seus produtos, começando desde a compra do insumo, fracionamento até a aquisição de equipamentos e manutenção de infraestrutura adequada. Portanto, essa característica confirma a constante busca da Pharma Nostra® por excelência técnica, o que atribui a ela a reputação de empresa científica, voltada para a pesquisa e desenvolvimento. Fator que colabora ainda mais para qualificar os seus produtos e destacá-los como referência no mercado.

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COLABORADORES Dra. Bruna Possebon Graduada em Ciências Farmacêuticas pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Atualmente trabalha como farmacêutica no Departamento de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) da Pharma Nostra®.

Dra. Lia Kubelka de Carlos Back Farmacêutica e bioquímica, mestre em Biotecnologia e doutora em Biologia Celular e do Desenvolvimento na área de Genética Humana. Lia também é colunista do portal EuAtleta e diretora técnica do Biogenetika, Centro de Medicina Individualizada.

Dr. Samuel Henrique Mandelbaum Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital Universitário de Taubaté – UNITAU. Professor Assistente responsável pela disciplina de Dermatologia do Departamento de Medicina da Universidade de Taubaté. Chefe do Serviço de Dermatologia do Hospital viValle e também do Serviço de Dermatologia da Santa Casa de Misericórdia, ambos em São José dos Campos. E coordenador do Projeto Dermacamp - Integração e Qualidade de Vida para as crianças com problemas severos de pele.

Dra. Denise de Carvalho Formada em 1998 pela Faculdade de Ciências Médicas da PUC-Campinas. Possui especialização em Gastroenterologia, pelo Hospital Clínic da Universidade de Barcelona, na Espanha, além de residência médica em Cirurgia Geral e Digestiva, no Hospital Ana Costa de Santos, e em Endoscopia Digestiva, no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo. É pós-graduanda do curso de Nutriendocrinologia Funcional, da Universidade de Maringá, sob comando do Dr. Lair Ribeiro.

Dr. Marcelo Bonanza Formado pela Faculdade de Medicina da Universidade Bahiana de Medicina e Saúde Pública, com residência em Ortopedia e Traumatologia pela CATO/SBOT, em Salvador, e pós-graduação em Medicina Ortomolecular, na UVA. Habilitado em Medicina Integrativa para autismos, Special Needs Med Maps, Los Angeles. Recentemente realizou o Curso REAC (RadioElectric Asymmtric Conveyer) Terapia Transcraniana, no Instituto Rinaldi Fontani, na Itália. Atualmente é diretor técnico da Jovial Clínica e se dedica ao projeto CINTRAF (Centro de Investigação e Tratamento da Fisiopatologia da Fibromialgia e Artrite), núcleo em São Paulo, no Instituto Dr.Barakat.

Dr. Victor Sorrentino Médico graduado pela Universidade Luterana do Brasil, pós-graduado em Nutriendocrinologia, pela Faculdade de Ciências de São Paulo, e também em Prática Ortomolecular e em Nutrologia, pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN). É integrante de instituições como International Hormone Society, Fuctional Medicine Institute e membro diretor da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (SOBRAF).

EXPEDIENTE

A Revista Única é uma publicação da PHARMA NOSTRA®, distribuída gratuitamente a prescritores e farmacêuticos magistrais. Gerente Geral: Ivan Maróstica Coordenadora Editorial: Ana Carolina Barros Coordenadora Técnica: Ana Paula Fidélis Jornalista Responsável: Ana Carolina Barros – MTB 58.939/SP Projeto gráfico: Triunfo Sudler Brasil Diagramação: Victor Augusto Rodrigues Contato: revistaunica@pharmanostra.com.br Endereço: Av. Pierre Simon de Laplace, 751 - Lote 08 - Condomínio Tech Point - Techno Park Campinas - CEP 13069-320 - Campinas/SP

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As opiniões dos artigos assinados e dos entrevistados são de responsabilidade de seus autores. Não é permitida a cópia ou a reprodução total ou parcial do conteúdo sem prévia autorização. As sugestões de fórmulas devem ser testadas previamente e utilizadas sob orientação médica. Este material fornece informação técnica adequada à tomada de decisão exclusiva do profissional de saúde, médico, nutricionista e farmacêutico magistral. As substâncias (ingredientes em sua forma isolada, necessitando prescrição e formulação magistral personalizada para serem utilizados) são de total propriedade e responsabilidade de seus fabricantes.


EDITORIAL

COM CONHECIMENTO E TECNOLOGIA, PODEMOS IR ALÉM. Fechamos a edição de 2016 da Revista Única com a sensação de “dever cumprido”. Durante este ano aprofundamos ainda mais nossos conhecimentos nas áreas de Pele, Metabolismo e Articulação, conhecemos novos parceiros, além de trazer mais produtos da alta tecnologia e que proporcionam benefício e qualidade para a saúde em geral. Nos encantamos e nos apaixonamos pelos nossos ativos e, principalmente, com os resultados que eles demonstram. Por este motivo, nesta publicação, você leitor, pode encontrar textos de especialistas compartilhando a sua experiência com novos produtos como o Quatrefolic®, na suplementação para as pessoas que possuem uma variação genética que impossibilita a absorção do folato de maneira convencional, um desequilíbrio pode ser identificado por um teste genético que identifica esses indivíduos. E o KSM-66, que regula os níveis de testosterona, com eficácia comprovada na melhora do desempenho sexual (feminino e masculino), promoção de massa magra, recuperação muscular, aumento de energia e disposição.

A prevenção e tratamento da diabetes voltam a ser destaque com a combinação de dois produtos: DM-II™25% e Insea2®. Bem como o uso de Epicor™, que além de auxiliar no equilíbrio do sistema imunológico, ainda possui ação que beneficia a saúde da microbiota intestinal. E o lançamento de 2016, o anti-inflamatório Move™, que compõe uma nova abordagem terapêutica para a estabilização da dor. E para completar, nas nossas páginas, você conhecerá o projeto Dermacamp, que visa a integração social de jovens e crianças, que possuem doenças raras de pele. Uma aproximação que só foi possível, devido às ações que a Pharma Nostra® promoveu, relacionadas ao nosso EPIfactor®. Por isso e muito mais, encerramos 2016 confiantes que 2017, será mais um ano de desafios e realizações. Boa Leitura!

Ivan Maróstica Gerente G eral

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ÍNDICE

RELATOS MÉDICOS

PELE

Conheça o Dermacamp, um projeto de integração social para crianças e jovens que possuem doenças raras de pele.

VIDA SAUDÁVEL

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METABOLISMO FUNCIONAL

KSM-66 e sua ação que influencia na produção de testosterona.

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VIDA SAUDÁVEL Estudos promissores comprovam a atuação de Epicor™ também na microbiota intestinal.

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FORMULAÇÕES PARA PRESCRITORES Pág. Central

Opções customizadas.

EM DESTAQUE Estudo recente mostrou os efeitos benéficos com a suplementação de dinicocisteinato de cromo em pacientes com diabetes tipo 2.

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CUIDADO ÚNICO A farmacêutica e bioquímica, Dra. Lia Back, destaca a importância do uso do folato na suplementação individualizada.

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ENTRE ASPAS Em entrevista, a farmacêutica da Pharma Nostra®, Dra. Bruna Possebon, fala sobre a combinação de DM-II™25% e Insea2® na prevenção e tratamento da diabetes. EM MOVIMENTO

ARTICULAÇÃO

Move™ é a nova opção terapêutica para o tratamento da dor.

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PELE

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RELATOS MÉDICOS Dr. Samuel Henrique Mandelbaum

MAIS PROFUNDO QUE A PELE DERMACAMP, UM PROJETO DE TRANSFORMAÇÃO Todos sabemos que a nossa pele é o maior órgão do corpo humano, que representa funções vitais e que sem ela não podemos viver. O que poucos sabem é como os problemas na pele podem influenciar nossas vidas. Na pele, eles se tornam visíveis e transferem todas as nossas apreensões para quem está ao nosso lado. No início era um sonho. E depois de atender muitas crianças com problemas de pele, muitos deles severos, como por exemplo, psoríase, ictiose e epidermólise bolhosa, nasceu o Dermacamp. Ficávamos preocupados com o fato de que, mesmo tratados de maneira correta por outros colegas, esses garotos tinham dificuldade em melhorar. Conversando com os pais, percebemos que a maioria deles não tinha a mínima ideia sobre a doença de seus filhos. Além do mais, desconheciam o curso da doença e, incrível, não conheciam outras pessoas com problemas parecidos. E ainda nos contavam que seus filhos sofriam preconceito e discriminação nas escolas e nas ruas. Dessa experiência, surgiu a intenção de reunir essas crianças e seus pais para conversar juntos. E mais ainda, em um segundo momento de levar esses meninos e meninas, sem os seus pais, para um ambiente onde elas pudessem conhecer outras crianças com problemas de pele, conversar e brincar e, através de atividades lúdicas, com alegria, diversão, carinho e amor, promover a integração social e melhorar a qualidade de vida delas e de suas famílias. Assim, foi reunido 8

um grupo de voluntários: médicos, enfermeiros, estudantes, todos oferecendo um pouco de si para essas crianças com problemas severos de pele. Em 2001 aconteceu o primeiro Acampamento Dermacamp. Reunidas oito crianças e dezesseis voluntários, passamos três dias na Fazenda Flamboiã, em Pindamonhangaba, brincando e conversando. À volta, ninguém mais era o mesmo. Uma enorme transformação acontecia na vida de todos os que participaram da experiência pioneira. As crianças aprenderam que existiam outras em situações semelhantes, piores ou melhores que elas e que, sim, poderiam e deveriam lutar por melhores condições. Os voluntários levavam para a casa a consciência de que, com pequenos gestos e com pequenas ações poderiam fazer a diferença na vida de outras pessoas. O grupo cresceu e se multiplicou. Nossas crianças participantes do acampamento, de oito a 12 anos, cresceram e pediram um novo acampamento, o DermaTeenCamp, agora de 14 a 17 anos. Estes também cresceram e aos dezoito anos se tornaram nossos companheiros, que cuidam dos pequenos. Desta forma, aos 21 anos, eles podem se tornar monitores e dirigir as atividades de todo o grupo. Foram instituídos os Encontros Dermacamp, que acontecem a cada dois meses e reúnem pais, crianças e todos os voluntários em preparação para o acampamento, que acontece no final de cada ano. Todos trabalham de


maneira voluntária e as crianças participam de maneira gratuitamente das atividades. A Sociedade Brasileira de Dermatologia - Regional do Estado de São Paulo (SBD-SP) apoia e patrocina o projeto institucional e empresas (como a Pharma Nostra®) e pessoas físicas colaboram com doações espontâneas. Passados 15 anos, depois de 20 acampamentos para crianças e jovens, mais de 500 participantes e com a participação de mais de 100 voluntários, o Dermacamp entra na adolescência como um dos mais importantes projetos mundiais na Dermatologia. O reconhecimento internacional veio com a conquista dos mais renomados prêmios da Dermatologia Mundial. Em 2004, a American Academy of Dermatology concedeu ao Dermacamp o “Members Making a Difference Award”, prêmio aos sócios que fazem a diferença com trabalhos voluntários, e eu tive o privilégio de ser o primeiro médico não americano e o primeiro brasileiro, a receber esta honraria. Em 2011, a International League of Dermatological Societies (tradução: Liga

Internacional das Sociedades de Dermatologia) de todo o mundo, conferiu ao projeto o primeiro International Award for Social Responsibility in Dermatology (tradução: Prêmio Internacional para Responsabilidade Social em Dermatologia), durante o Congresso Mundial de Dermatologia em Seul, Coreia do Sul. A Câmara Municipal de São Paulo e a Associação Comercial de São Paulo concederam, em 2012, seu reconhecimento ao Dermacamp como ação social e de voluntariado. Em 2013 a SBD–SP também premiou o projeto pelo trabalho voluntário em prol das crianças com problemas severos de pele. Tudo isso nos estimula a continuar o nosso trabalho, com a vontade de receber cada vez mais esses meninos e meninas e, sim, fazer a diferença na vida deles. Serviço: O próximo Acampamento Dermacamp acontece de 08 a 11 de Dezembro de 2016. Informações e inscrições: www.dermacamp.org.br Imagens fornecidas pelo Dermacamp

Em agosto, o Dr. Samuel Mandelbaum visitou a EB-Haus, a Casa da Epidermólise Bolhosa, em Salzburgo, na Áustria. Este é o maior centro de referência para pesquisa, tratamento e divulgação da doença na Europa. Na foto, o médico está com o pequeno Alex (uma criança da Romênia), que faz tratamento no local e sua mãe. 9


Imagens fornecidas pelo Dermacamp

DAIANE DIAS, ATUAL MONITORA DO DERMACAMP Extraordinário e transformador: este é o Dermacamp para mim. Possuo duas experiências, valiosíssimas, no projeto: a de ex-acampante, cuja visão era absolutamente extasiada (em 2002, aos 10 anos de idade, e em uma ativa rotina de tratamento hospitalar pude pela primeira vez experimentar uma realidade com pessoas que por completo compreendiam meus maiores medos e dificuldades) e a atual de voluntária (que me proporciona a dádiva de ser parte ativa no planejamento e execução do projeto). Minha história foi escrita em paralelo ao Dermacamp, pois ele está presente em mais da metade da minha vida. Foi em uma atividade que descobri minha habilidade de oratória, foi pensando em aplicar os conhecimentos obtidos no projeto que me formei em turismo, conheci alguns dos meus melhores, e mais antigos, amigos lá, tenho algumas das mais doces memórias vividas adivinhe: no Dermacamp! Ser voluntária é, sem duvida, algo que aquece minha alma e meu coração de forma sem igual, “fazer aquela mágica que senti acontecer” é tão gratificante, que me pego contando os dias para as reuniões e, muitas vezes, em profundos questionamentos, após conversas com os participantes, pois sim, há a manutenção dos laços criados e este, acredito é o maior legado que o Dermacamp pode deixar na vida de cada um que por ali passou, pois em muitos momentos a vida faz com que as famílias se afastem depois de um certo tempo, mas essa marca de empoderamento, afeto e acolhimento são eternas e absolutamente transformadoras. 10

Passados 15 anos, depois de 20 acampamentos para crianças e jovens, mais de 500 participantes e com a participação de mais de 100 voluntários, o Dermacamp entra na adolescência como um dos mais importantes projetos mundiais na Dermatologia.

MÁRCIO GONÇALVES, VOLUNTÁRIO NO PROJETO DERMACAMP Considero o Projeto Dermacamp como meu “lar”, pois para mim, lar não é apenas nossa casa, onde vivemos ou onde dormimos, mas sim, onde nos sentimos seguros, protegidos e em paz. Minha primeira participação foi como acampante, em 2002. Lembro nitidamente como se fosse ontem, o momento em que desci do ônibus e pela primeira vez me senti acolhido por pessoas que não eram meus pais. Senti a paz em cada um dos voluntários que não me conheciam, mas mesmo assim, me recebiam com um forte abraço apertado, transferindo para mim toda a confiança que eu precisava para aceitar a mim mesmo. Hoje, quase 15 anos depois, ainda continuo no projeto, porém, como voluntário. Do outro lado do abraço, hoje sou eu que busco transferir todo o amor e carinho para as crianças que já estão lá e também para as que ainda chegarão. Sinto que aquele primeiro abraço que recebi foi tão grande e tão importante para definir quem sou hoje, que tenho o dever de dividir com todas as outras crianças na intenção de fazê-las sentir-se em seu lar.


METABOLISMO FUNCIONAL

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VIDA SAUDÁVEL Dr. Victor Sorrentino

KSM66, SUA INFLUÊNCIA NA ADRENAL E NOS NÍVEIS DE PRODUÇÃO DE TESTOSTERONA Vivemos uma época em que grande parte da população mundial se encontra exposta ao que já foi chamado “o mal do século”, o estresse. Termo físico que representa resumidamente pressão, o estresse vem despertando especial atenção devido à grande dificuldade de lidar com seus terríveis efeitos sobre a saúde humana. Se por um lado a modernidade trouxe-nos mais acesso a todos os tipos de conforto e tecnologia para melhorar nossa qualidade de vida, por outro, o excesso de trabalho, preocupações e doenças, acabaram provocando uma necessidade constante de utilização do corpo humano. Não há mais dia ou noite, não há mais horário de trabalho ou descanso. Para a maior parte das pessoas, os limites foram ultrapassados. E o pior disso, é que modificar o curso desse tipo de vida não é simples, pois envolve um instinto básico e vital do ser humano: a sobrevivência. E é a partir desse ponto que começamos este artigo, falando de sobrevivência. Nosso corpo foi dotado de um sistema que tem preferência na fila de todo e qualquer evento metabólico. Este sistema, gerenciado pela glândula adrenal, faz com que a qualquer momento, se em situação de risco de vida ou apenas sobrevivência, haja todo um ajuste 12

metabólico e fisiológico. No entanto, o problema começa quando pensamos no que deveria ser realmente fisiológico, em termos de ativação e priorização dessa glândula. Naturalmente, biologicamente, sempre que o ser humano acorda, levanta de sua cama ou de onde dormia antes da civilização, inicia um pico de produção adrenal, para que pela manhã este pico seja mais intenso, momento de produzir, caçar e sobreviver, passando por um segundo momento no período da tarde de desaceleração progressiva desta curva de produção adrenal, até que o anoitecer chegue e possamos estar já prontos a dar um descanso merecido aos nossos sistemas corporais e, enfim, dormir um bom e essencial sono reparador. Essa glândula, entretanto, não descansa por completo nem mesmo durante o sono, visto que caso haja qualquer ameaça à vida durante à noite, precisamos estar sempre prontos a reagir. Por exemplo, se por acaso um animal chegasse ou um bandido invadisse nossa casa ou até mesmo quando roncamos e o cérebro fica desprovido de boa fonte de oxigênio. Sim, qualquer que seja a ameaça a homeostase, ameaça à vida, a repercussão é naturalmente acelerar este sistema adrenal.


Agora transportemos esta situação para os dias atuais e tentemos enxergar o quanto esse sistema vital está sobrecarregado. E sabendo do jogo fisiológico hormonal, enzimático, bioquímico metabólico, que ocorre quando o corpo está sob pressão, fica simples de compreender que o desgaste é intenso e estamos sempre predispostos a um verdadeiro “colapso” adrenal, cientificamente chamado de síndrome da fadiga crônica. Portanto, todas as formas que temos para atenuar esses danos, tanto de “dentro para fora”, como de “fora para dentro”, devem ser sistematizados e priorizados, se quisermos ter saúde. O RESGATE DAS TÉCNICAS MILENARES A natureza nos oferece muitas das respostas e das soluções para problemas de saúde e nossos ancestrais, tiveram que aprender a fazer bom uso disso. Conseguiam tratar tudo o que era possível com a “farmácia de Deus”, e isto se seguiu por milhares de anos. Com a evolução e a imposição da Medicina Moderna, infelizmente muitas dessas soluções naturais praticamente se perderam, principalmente no Ocidente, em função do paradigma químico. No entanto, aos poucos, um movimento racional de resgate ao que nossos antepassados usavam, a sabedoria antiga aliada às modernas formas de se estudar ativos e natureza biológica, veio se desenhando e ganhando força. Pelo simples fato da evolução, das pessoas começarem a enxergar que a questão da saúde não deve ser apenas levada em consideração quando a doença se instala e através de medicamentos. Havia e há de fato muito mais a se fazer para manter a saúde e o inteligente é a realização da prevenção. E não há como se realizar boa prevenção, sem pensar em mudança de hábitos e utilização daquilo que sempre a natureza nos ofereceu: os nutrientes.

Dentre os ativos naturais mais antigos utilizados para a saúde do ser humano, temos dados da Ashwagandha, uma erva milenar com utilização em “larga escala” pela Medicina mais antiga do nosso mundo, a Medicina Ayurvedica. Mas por que desta utilização tão ampla? Hoje em dia os estudos demonstram que sua principal atuação é na modulação, ou seja, adequação da glândula adrenal. Sendo um adaptógeno, esta substância consequentemente auxilia a produção e manutenção de bons níveis de diversos outros hormônios. Vamos compreender melhor. Quando o corpo está sob ameaça, sob estresse, demais funções como sono, sexualidade, construção de tecidos, solução de danos celulares e digestão de nutrientes, ficam sempre em segundo plano. Estar, portanto, com excesso de necessidade de produção adrenal, causa fisiologicamente o desequilíbrio em hormônios, que têm picos durante uma boa noite de sono reparador, como melatonina, hGh, testosterona, progesterona, bem como desequilíbrios na produção de hormônios produzidos ao longo do dia. Isto significa que o corpo passa a não ter mais prioridade em reprodução, sexualidade, manutenção de massa muscular, utilização de gordura corporal como substrato energético (quebra, queima de gordura), aceleração e gasto energético, atenção etc. E o mais importante é notar que tudo isso acontece em situações naturais, fisiológicas, sem falar especificamente em doença. Na realidade, o que acontece é que boa parte das pessoas que têm excesso de ativação adrenal, acaba tendo sintomas como impotência e falta de desejo sexual, dificuldade em manter atividades físicas, desmotivação, insônia, depressão e muito mais, devido não ao fato de estarem doentes, mas ao fato de que esta glândula está indevidamente sendo exigida. E, muitas vezes, esses indivíduos são tratados somente nos sintomas, nas consequências de uma má adaptação da glân13


O nome deste adaptógeno, que extrai somente a melhor qualidade da Ashwagandha é KSM-66, um ativo encontrado nas farmácias de manipulação. Estudos atuais comprovam que o produto suporta a hipótese de melhora hormonal global, ou seja, evidenciam não somente melhoras sintomáticas e subjetivas em qualidade de vida, bem como melhora em parâmetros sanguíneos comprovados e seriados.

dula adrenal, com remédios para fome, para depressão, para dormir, para sexualidade, para isto e aquilo, sem, no entanto, estarem atuando na causa do problema. Atualmente, com a utilização de ativos naturais e a democratização do conhecimento feito pela internet, têm possibilitado às pessoas interessadas em saúde compreender melhor essas circunstâncias e procurarem auxílio diferenciado. Mas voltando àquela erva milenar chamada Ashwagandha, vamos um pouco além. Já existem formas de extrair somente o extrato de maior qualidade deste tipo de fitoterápico, afim de que tenhamos menos necessidade de volume de uso, com mais eficácia, menos também possibilidade de toxicidade, afinal de

HIPOTÁLAMO

CRH ACTH GLÂNDULA PITUITÁRIA

CORTISOL GLÂNDULA ADRENAL

REGULA OS NÍVEIS DE GLICOSE AUMENTA A GORDURA NO CORPO AJUDA A DEFENDER O CORPO DE INFECÇÕES AJUDA O CORPO A RESPONDER AO ESTRESSE

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contas, não é porque algo vem da natureza que não possa também apresentar toxicidade. KSM-66, O EFEITO DA ASHWAGANDHA NOS NÍVEIS DE TESTOSTERONA O nome deste adaptógeno, que extrai somente a melhor qualidade da Ashwagandha é KSM-66, um ativo encontrado nas farmácias de manipulação. Estudos atuais comprovam que o produto suporta a hipótese de melhora hormonal global, ou seja, evidenciam não somente melhoras sintomáticas e subjetivas em qualidade de vida, bem como melhora em parâmetros sanguíneos comprovados e seriados. Um dos pontos mais estudados recentemente é o efeito desse adaptógeno nos níveis de testosterona. Obviamente, quando em excesso de produção de cortisol, por exemplo, fisiologicamente o corpo passa a produzir menos testosterona, seguindo toda lógica já apresentada e explicada neste artigo. Sendo assim, quando esta glândula adrenal tem maior adaptação e melhora de seu funcionamento, sem que fique tão exposta a picos desnecessários, o corpo pode ajustar-se a produzir melhores níveis de seus outros hormônios construtores. Temos então disponível um suplemento importantíssimo, principalmente nos dias atuais, para que consigamos manter um equilíbrio hormonal adequado, atuando neste importante hormônio, o cortisol, possibilitando aumentos significativos de outros como a testosterona e trazendo consequentemente os benefícios da produção adequada deste segundo, tal como aumento no vigor físico, melhora na composição corporal com aumento de massa magra, diminuição de massa gorda, melhora na libido e sexualidade, melhora na capacidade física e resposta aos esforços, melhora na fadiga física e mental, além de efeitos protetores metabólicos ao sistema cardíaco, musculoesquelético e cerebral.


VIDA SAUDÁVEL Dra. Denise de Carvalho

EPICOR™ AÇÃO NA MICROBIOTA INTESTINAL DESPERTA A ATENÇÃO DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL A flora intestinal é componente primordial na saúde do corpo. Todos os dias são publicados novos estudos relacionando à microbiota intestinal as mais diversas condições de saúde: desde o autismo até doenças crônicas, como diabetes, artrite reumatoide e câncer, além das doenças psiquiátricas (a exemplo da depressão e da bipolaridade). E esses microrganismos presentes na microbiota intestinal influenciam nossa saúde de

(...) após o uso do Epicor™, observou-se também aumento da população bacteriana de lactobaccilus e bifidobactérias, também participantes da flora saudável do intestino. Ainda não se sabe ao certo através de qual mecanismo o Epicor™ exerce essa potente atividade prebiótica, mas isso responde, em parte, pelos excelentes efeitos na imunidade e diversos componentes presentes na composição do nutracêutico.

várias formas, mas, principalmente, através de algumas substâncias que eles produzem derivadas de seu metabolismo e da modulação de nossa expressão genética, com seu próprio código genético. Como essa população é extremamente numerosa (pode girar em torno de 100 trilhões), seu código genético se relaciona com o nosso intimamente, modulando como manifestamos nossas características herdadas, num fenômeno hoje chamado de Epigenética. As substâncias que podem auxiliar na manutenção de uma microbiota saudável são os prebióticos e os probióticos. Os prebióticos são alimento para nossa população de microrganismos e podem vir da alimentação (fibras alimentares presentes principalmente nos vegetais como folhas, verduras e aspargo e em carboidratos não digeríveis, como o amido resistente da banana verde) ou serem suplementados. São importantes porque são o substrato energético que esses microrganismos usam para a geração das substâncias que serão importantes para nossa saúde, como os ácidos graxos

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de cadeia curta. Essas fibras asseguram, também, um hábito intestinal saudável, favorecendo a formação do bolo fecal e evitando a constipação. Já os probióticos representam a suplementação dos próprios microrganismos, conhecidamente saudáveis. Também podem ser suplementados ou estar em alguns alimentos que sejam fermentados, como kefir, chucrute, missô, kombucha, os quais, infelizmente, não são da cultura do nosso país. Nesse sentido, as diversas especialidades médicas têm usado cada vez mais alimentos e produtos enriquecidos com essas substâncias, entendendo que o equilíbrio da microbiota intestinal é um dos fatores de atenção para a saúde de cada indivíduo. A Medicina todos os dias se aproxima novamente dos tratamentos realizados no passado quando o médico era parte atuante da família, conhecia a todos e sabia todas as nuances também emocionais de seus pacientes. Essa reaproximação entre o médico e o paciente no exercício de uma Medicina que integra várias abordagens simultâneas torna o tratamento mais individualizado e mais efetivo. Sem um padrão específico, cada tratamento é único, assim como cada paciente e suas particularidades. Com base nas minhas pesquisas para tornar o tratamento dos meus pacientes cada vez mais promissores, estou vivenciando a experiência com o nutracêutico Epicor™,

EpiCor™

Inulina

FOS

Acetato (%)

48

57

64

Propionato (%)

30

30

26

Butirato (%)

21

14

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Efeito de Epicor™ em ácidos graxos de cadeia curta (AGCC) comparado à inulia e FOS. Referência: Possemiers, S.; Pinheiro, I.; Verhelst, A.; Van den Abbeele, P.; Maignien, L.; Laukens, D.; Reeves, S. G.; Robinson, L. E.; Raas, T.; Schneider, Y. J.; Van de Wiele, T.; Marzorati, M., A Dried Yeast Fermentate Selectively Modulates both the Luminal and Mucosal Gut Microbiota and Protects against Inflammation, As Studied in an Integrated in Vitro Approach. J Agric Food Chem 2013, 61 (39), 9380-9392.

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que além da sua convencional atuação no equilíbrio do sistema imunológico, possui estudos promissores sobre sua ação na microbiota intestinal.

AÇÃO PREBIÓTICA DE EPICOR™ A ação prebiótica de Epicor™ foi descoberta, após um estudo conduzido em 2013, quando foi analisado um ambiente simulado do trato gastrointestinal, chamado SHIME. Neste estudo, observou-se que o nutracêutico aumentava o butirato, ácido graxo de cadeia curta que deriva da fermentação bacteriana intestinal, com vários benefícios para a saúde. Esse aumento foi ainda maior do que as fibras comumente usadas, inulina e FOS (fruto-oligossacarídeos). Além disso, após o uso do Epicor™, observou-se também aumento da população bacteriana de lactobaccilus e bifidobactérias, também participantes da flora saudável do intestino. Ainda não se sabe ao certo através de qual mecanismo o Epicor™ exerce essa potente atividade prebiótica, mas isso responde, em parte, pelos excelentes efeitos na imunidade e diversos componentes presentes na composição do nutracêutico. Por isso, Epicor™ pode ser usado em todas as patologias em que o equilíbrio intestinal passa a ser de vital importância, principalmente naqueles que têm patologias intestinais, doenças autoimunes e para quem sofre de alergias e crises frequentes de infecções virais, como a herpes. O equilíbrio da ecologia intestinal promovido por ações conjugadas com o Epicor™ (como dieta equilibrada, menos uso de produtos industrializados na alimentação, diminuição do excesso de carboidratos, retirada de fatores como antibióticos e anticoncepcionais orais) promove também um melhor controle dessas patologias. Portanto, é possível com Epicor™ realizar uma abordagem do indivíduo como um todo, com várias frentes de atuação.


FORMULAÇÕES PARA PRESCRITORES OPÇÕES CUSTOMIZADAS

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CUIDADOS COM AS ARTICULAÇÕES

ANTI-INFLAMATÓRIO ARTICULAR NATURAL PLUS Atividade anti-inflamatória, potencializada para pacientes com problemas articulares.

MOVE™

100mg

Anti-inflamatório natural, com ação rápida e livre de efeitos colaterais.

Curcumin C3 Complex®

300mg

Anti-inflamatório e antioxidante natural.

Excipiente qsp

Qsp 01 cáp.

Posologia: Tomar uma cápsula, uma vez ao dia.

TRIPLA PROTEÇÃO PARA AS ARTICULAÇÕES Manutenção das articulações saudáveis e prevenção de artropatias.

UC-II®

40mg

Promove a saúde e a mobilidade das articulações, diminuindo a degradação da cartilagem.

Magnésio Quelato 30%

50mg

Mineral fundamental para a formação de colágeno.

Vitamina C

50mg

Antioxidante e precursora de colágeno.

Excipiente qsp

Qsp 01 cáp.

Posologia: Tomar uma cápsula, uma vez ao dia.

SAÚDE OSSEA E ARTICULAR Manutenção das funções da cartilagem, prevenção de inflamações e correta utilização de cálcio pelo organismo, fortalecendo os ossos.

Move™

50mg

Anti-inflamatório natural, com ação rápida e livre de efeitos colaterais.

Sulfato de Glucosamina

500mg

Manutenção da estrutura e função da cartilagem.

Vitamina K2 – MK7

50mcg

Vitamina fundamental para correta utilização do cálcio pelo organismo e fortalecimento ósseo.

Excipiente qsp

Qsp 01 cáp.

Posologia: Tomar uma cápsula, duas vezes ao dia.

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CUIDADOS COM O METABOLISMO

POTENTE EMAGRECEDOR Diminui a absorção de carboidratos, aumenta a saciedade e diminui a produção de gordura.

Citrimax®

750mg

Emagrecedor patenteado em ácido hidroxicítrico, complexado ao cálcio e ao potássio, que age como potente inibidor da ATP citrato-liase.

InSea2®

250mg

Bloqueador de carboidratos.

Excipiente

Qsp 01 cáp.

Posologia: Tomar uma cápsula, duas vezes ao dia, 30 minutos antes do almoço e do jantar.

REDUTOR DOS NÍVEIS DE GLICOSE Bloqueio da digestão de carboidratos, redução da resistência à insulina e diminuição dos níveis de glicose no sangue. Prevenção de diabetes tipo II e coadjuvante no tratamento.

InSea2®

250mg

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19


Imagem meramente ilustrativa.

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20

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EM DESTAQUE Manuscrito aceito - Food & Nutrition (08122016)

O IMPACTO DA SUPLEMENTAÇÃO DE DINICOCISTEINATO DE CROMO SOBRE A INFLAMAÇÃO, O ESTRESSE OXIDATIVO E A RESISTÊNCIA À INSULINA EM INDIVÍDUOS COM DIABETES TIPO 2: UMA ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE UM ESTUDO RANDOMIZADO, DUPLO-CEGO, CONTROLADO POR PLACEBO RESUMO Contexto: o dinicocisteinato de cromo (CDNC) é um complexo de cromo diferenciado que consiste em cromo, niacina e L-cisteína. Estudos pré-clínicos e clínicos anteriores reforçam a segurança e a eficácia do cdnc na modulação do estresse oxidativo, inflamação vascular e glicemia na diabetes tipo 2. Objetivo: neste ensaio, são relatados os resultados de várias análises exploratórias realizadas em indivíduos com diabetes tipo 2, que já participaram de um teste randomizado, duplo-cego, controlado por placebo de três meses e foram tratados apenas com metformina em tratamento padrão para diabetes, além de receber a suplementação em teste. Elaboração: os resultados de 43 usuários de metformina, que foram aleatoriamente designados para receber placebo (p, n = 13), picolinato de cromo (PC, 400µg elemental cr3+/dia, n = 12) ou CDNC (400µg elemental cr3+/dia, n = 18) tiveram marcadores de inflamação vascular, resistência à insulina e estresse oxidativo analisados no início e no terceiro mês de suplementação. Resultados: nos 3 meses, foi observada uma diminuição estatisticamente significativa na resistência à insulina no grupo suplementado com CDNC em comparação ao placebo (p = 0,01). O grupo CDNC também demonstrou uma redução significativa nos níveis de insulina (p = 0,03), carbonila de proteína (p = 0,02) e TNF-α (p = 0,03), em com-

paração ao grupo placebo. O grupo PC (picolinato de cromo) mostrou uma redução significativa apenas nos níveis de carbonila de proteína (p = 0,03) em relação ao placebo. Conclusões: no controle de medicação de diabetes, a suplementação de CDNC mostrou efeitos benéficos em marcadores de inflamação vascular, resistência à insulina e estresse oxidativo, quando comparada com a de placebo. Os resultados sugerem que a suplementação CDNC tem potencial como terapia adjunta para indivíduos com diabetes tipo 2. INTRODUÇÃO O teste de controle e complicações da diabetes mostrou que o controle rigoroso de glicose no sangue reduz consideravelmente o aparecimento e a progressão de complicações associadas à diabetes (1,2). No entanto, muitos pacientes diabéticos lutam para controlar os seus níveis de glicose no sangue com regimes de tratamento existentes. A evidência experimental sugere que os pacientes diabéticos com uma deficiência subclínica de cromo estão relacionados a níveis elevados de glicose no sangue, insulina e lipídios, o que pode interferir no controle da diabetes. Estudos pré-clínicos e clínicos sugerem que o cromo trivalente tem um papel importante na melhoria da glicose e do metabolismo lipídico. As estimativas indicam que cerca de 17 21


10 milhões de americanos utilizam suplementos de cromo diariamente para prevenção ou tratamento de diabetes. O dinicocisteinato de cromo (CDNC), um complexo de cromo, niacina e L-cisteína, tem se mostrado capaz de exercer efeitos benéficos na diminuição dos níveis de glicemia em jejum, insulina, hemoglobina glicada e marcadores de inflamação vascular em ratos Zucker gordos diabéticos (ZDF). Foi realizado um estudo clínico randomizado, duplo-cego, controlado por placebo para avaliar a segurança e a eficácia do CDNC na redução do estresse oxidativo, da inflamação vascular e da resistência à insulina na diabetes tipo 2. Os resultados deste estudo mostraram uma diminuição significativa na resistência à insulina, na oxidação da proteína e nos níveis de TNF-α de insulina em indivíduos suplementados com CDNC no terceiro mês, em comparação aos valores iniciais. Aqui, nós relatamos os resultados de várias análises exploratórias, a partir deste estudo inicial, que avaliou o impacto da suplementação com CDNC em indivíduos com diabetes tipo 2 tratados apenas com metformina. MÉTODOS Objetos de estudo Indivíduos com diabetes tipo 2, com idades entre 30 e 55 anos, foram recrutados para este estudo. Indivíduos com histórico de doença cardiovascular, anemia falciforme, tratamento com insulina ou distúrbios metabólicos, incluindo hipertensão não controlada, hipotireoidismo, ou hipertireoidismo foram excluídos. Critérios detalhados de inclusão e exclusão foram descritos anteriormente. O protocolo de estudo foi aprovado pelo Conselho Institucional de Revisão (Institutional Review Board, IRB), do Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Estado da Louisiana (Health Sciences Center, Louisiana State University). Elaboração do estudo As análises exploratórias foram realizadas utilizando dados do estudo. Os indivíduos foram estratificados de acordo com o tratamento médico recebido para controlar a diabetes no início do estudo. A maioria dos indivíduos foi tratada com metformina (ver tabela 1). O estudo consistiu em uma fase experimental de 1 mês de administração de placebo seguido de atribuição aleatória a um dos três grupos: placebo (p), picolinato de cromo (PC, 400 µg cr3+/dia), ou CDNC (400 µg cr3+/ dia) durante 3 meses. Os indivíduos continuaram a receber tratamento médico padrão para a diabetes durante o estudo. Medição de biomarcadores no plasma

18 22

Os níveis de TNF-α e insulina foram determinados utilizando Kits Elisa, da Fisher Thermo Scientific Co. (Rockford, IL). A oxidação de proteínas foi avaliada por determinação dos níveis de carbonila de proteína utilizando um Kit Elisa, da Enzo Life Sciences International Inc. (Plymouth Meeting, PA). Os níveis de glicose foram estimados utilizando um glicosímetro Accu-Check Advantage (Boehringer Mannheim, Indianapolis, IN, EUA). A resistência à insulina foi calculada a partir dos níveis de glicose e de insulina, utilizando o método Homa de Resistência à Insulina (HOMA-IR), tal como descrito anteriormente. Análise estatística O teste de Kruskal-Wallis foi utilizado para comparar as alterações médias entre os três grupos. O teste de soma de postos de Wilcoxon foi utilizado para determinar diferenças estatísticas aos pares nas mudanças médias entre os grupos. Para comparações intragrupo, o teste de postos sinalizados de Wilcoxon foi utilizado para determinar quaisquer alterações significativas entre a base de referência e o terceiro mês. Métodos estatísticos não paramétricos foram utilizados devido a não normalidade das diferenças observadas dentro de cada grupo. Para a análise estatística foi utilizado o Sistema de Análise Científica (Science Analysis System, SAS) versão 9.3(Cary, NC). Os valores de p ≤ 0,05 foram considerados estatisticamente significativos. As análises estatísticas foram feitas por um estatístico independente no Centro de Ciências da Saúde da Universidade do Estado da Louisiana (Health Sciences Center, Louisiana State University). RESULTADOS Características demográficas iniciais Em geral, os perfis dos indivíduos a respeito de idade, peso, Índice de Massa Corporal (IMC), níveis de glicose, insulina, TNF-α, carbonila de proteína e hba1c eram comparáveis entre os três grupos de estudo (tabela 2). Redução de insulina no plasma e nos níveis de glicose A tabela 3 resume as alterações nos níveis de insulina do início ao terceiro mês em indivíduos suplementados quer com CDNC, PC ou placebo. O grupo CDNC experimentou uma diminuição estatisticamente significativa nos níveis de insulina, em comparação com o grupo placebo (-8,80 vs 3,73 µu/ml, p = 0,03). Esta redução para o grupo CDNC, juntamente com um aumento líquido nos níveis de insulina para o grupo placebo, resultou em uma alte-


Tabela 1: Número de indivíduos estratificados com base no uso de medicação Regime de medicação Metformina Metformina + Januvia Metformina + Glipizida Metformina + Gliburida Metformina + Januvia + Gliburida Avandia Nenhuma medicação

Placebo (N=25) (% de indivíduos) 13 (52) 2 (8) 6 (24) 2 (8)

CDNC (N=24) (% de indivíduos) 18 (75) Nenhum 2 (8,3) 4 (16,7)

CP (N=25) (% de indivíduos) 12 (48) Nenhum 5 (20) 4 (16)

Nenhum

Nenhum

1 (4)

Nenhum 2 (8)

Nenhum Nenhum

1 (4) 2 (8)

Tabela 2: Características demográficas e iniciais dos indivíduos usuários de metformina Idade (anos) Peso (kg) Glicemia em jejum (mg/dL) HbA1C (%) Insulina (μU/mL) TNF-α (pg/mL) Carbonila de proteína (OD/plasma) Resistência à insulina (HOMA)

Placebo (n=13) 46,9 ± 3,2 99,9 ± 8,5 138,8 ± 21,2 7,6 ± 0,6 25,5 ± 4,6 6,5 ± 1,1 0,38 ± 0,03

CDNC (n=18) 49,3 ± 2,1 101,1 ± 8,0 130,2 ± 11,7 7,5 ± 0,4 32,5 ± 5,2 5,9 ± 0,3 0,40 ± 0,02

CP (n=12) 50,6 ± 3,3 103,9 ± 7,2 110,8 ± 6,9 6,9 ± 0,3 25,8 ± 4,2 5,9 ± 0,8 0,39 ± 0,04

Valor p 0,461 0,638 0,497 0,595 0,684 0,869 0,819

7,9 ± 1,6

9,9 ± 1,7

7,0 ± 1,1

0,674

Os valores são expressos como média ± EPM. Os valores p foram obtidos por comparação dos valores médios entre os três grupos, utilizando o teste de Kruskal-Wallis. Nenhuma significância diferença significativa foi observada entre os grupos.

ração líquida significativa de 12,53 µu/ml na conclusão do estudo. Em contraste, nenhuma diferença significativa nos níveis de insulina foi observada no grupo placebo ou no grupo PC. Uma redução significativa no nível de glicemia sanguínea em jejum foi observada no grupo CDNC (- 10,50 mg/dl, p = 0,02), em comparação ao valor inicial (tabela 3). Por outro lado, nenhuma alteração significativa foi observada em indivíduos suplementados com placebo ou PC. Após 3 meses de suplementação de CDNC, os valores médios de glicemia em jejum diminuíram para um intervalo pré-diabetes (130,2 vs 119,7 mg/dl, p = 0,02, tabela 3). Não foi observada diminuição como essa na coorte de PC ou na de placebo. Redução de resistência à insulina

Como mostrado na tabela 3, foi observada uma diminuição estatisticamente significativa na resistência à insulina nos indivíduos que consumiram CDNC em comparação ao placebo (-3,52 vs 1,35 homa, p = 0,01). Uma forte tendência à significância estatística foi vista na coorte suplementada com CDNC em relação ao grupo de PC (-3,52 vs 0,65 homa, p = 0,0515). Nenhuma mudança significativa na resistência à insulina foi observada nas coortes placebo e PC. Modulação dos níveis de TNF-α no plasma e de carbonila de proteína As alterações nos níveis de TNF-α e carbonila de proteína nos usuários exclusivos de metformina estão resumidas na tabela 4. Os resultados mostram que a suplementação CDNC duran19 23


Tabela 3: Alterações médias na glicemia em jejum e nos níveis de insulina mais resistência à insulina, desde o início até o terceiro mês, entre indivíduos usuários de metformina Variável

Glicose (mg/dL)

Insulina (μU/mL) Resistência à insulina (HOMA)

Grupos de estudo (n)

Alteração média

Placebo (13) CDNC (18) CP (12) Placebo (13) CDNC (18) CP (12) Placebo (13) CDNC (18) CP (12)

-6,62 ± 12,65 -10,50 ± 3,81 6,75 ± 13,81 3,73 ± 3,21 -8,80 ± 3,49 -1,93 ± 2,57 1,35 ± 1,22 -3,52 ± 1,20 0,65 ± 1,53

Valor p Geral$ 0,20

0,08

0,02*

Dentro do vs. placebo¶ grupo# 0,66 0,02* 0,92 0,31 0,04* 0,73 0,30 0,01* 0,73

0,10 0,66 0,03* 0,30 0,01* 0,38

vs. CP¶ 0,20 0,20 0,0515 -

Os valores são expressos como média ± EPM $ O valor-p geral foi obtido comparando as alterações médias entre os três grupos utilizando o teste de Kruskal-Wallis # O teste de postos sinalizados de Wilcoxon foi utilizado para determinar as alterações entre o início e o terceiro mês ¶ O teste de soma de postos de Wilcoxon foi utilizado para determinar a diferença aos pares sobre as mudanças médias entre os grupos * Significativo no nível de 5% (p≤0,05)

te 3 meses produziu uma redução estatisticamente significativa dos níveis de TNF-α, em comparação ao placebo (-1,04 vs 0,77 pg/ml, p = 0,03). Nenhuma alteração significativa nos níveis de TNF-α foi observada depois da suplementação com placebo ou PC. O grupo suplementado com CDNC também exibiu uma diminuição estatisticamente significativa nos níveis de carbonila de proteína em comparação ao grupo placebo (-0,03 vs 0,03 od, p = 0,02). Da mesma forma, a suplementação com CP resultou numa redução significativa dos níveis de carbonila de proteína, em comparação ao placebo (-0,05 vs 0,03 od, p = 0,03) (tabela 4). A comparação aos pares não mostrou diferença significativa nos níveis de TNF-α e carbonila de proteína entre os grupos CDNC e PC. DISCUSSÃO O objetivo da presente análise foi examinar o efeito da suplementação com CDNC sobre o estresse oxidativo, a resistência à insulina e os marcadores de inflamação vascular em indivíduos com diabetes tipo 2, que foram tratados com metformina como atendimento padrão. A lógica por trás dessa abordagem é centrada na ideia de que à me20 24

dida que a diabetes progride os indivíduos necessitam de diversas medicações para manter o controle de açúcar no sangue devido a uma capacidade de resposta cada vez menor à intervenção. Por isso, nós estratificamos os indivíduos do estudo para incluir apenas aqueles medicados com metformina, a fim de controlar esta variável confusa. Nestas análises exploratórias, os dados demonstram que a suplementação com CDNC reduziu acentuadamente a insulina (27,1%) e a resistência à insulina (35,4%), em comparação com os níveis iniciais. O grupo tratado com CDNC alcançou significância estatística em relação ao placebo e mostrou uma forte tendência estatística em relação ao PC na resistência à insulina. Um fator que contribui para a alteração da resistência à insulina no grupo CDNC foi o decréscimo significativo nos níveis de glicose no sangue (8,1%) em relação ao valor inicial. Este desfecho contrasta fortemente com a coorte PC, que apresentou a conclusão do estudo com um aumento líquido nos níveis de glicose no sangue e resistência à insulina de 6,1% e 9,3%, respectivamente. Os estudos relatam que os níveis sanguíneos de TNF-α e estresse oxidativo são mais elevados em indivíduos diabéticos e são indicativos de uma resposta inflama-


Tabela 4: Alterações médias nos níveis sanguíneos de TNF-α e carbonila de proteína, desde o início até o terceiro mês, entre indivíduos usuários de metformina Variável

TNF-α (pg/mL) Carbonila de proteína (OD/ plasma)

Grupos de estudo (n)

Alteração média

Placebo (13) CDNC (18) CP (12) Placebo (13) CDNC (18) CP (12)

0,77 ± 1,11 -1,04 ± 0,54 -1,19 ± 0,86 0,03 ± 0,02 -0,03 ± 0,02 -0,05 ± 0,03

Geral$ 0,15

0,033*

Valor p Dentro do vs. placebo¶ vs. CP¶ grupo# 0,99 0,005** 0,03* 0,87 0,27 0,34 0,11 0,08 0,02* 0,77 0,07 0,03* -

Os valores são expressos como média ± EPM $ O valor p geral foi obtido comparando as alterações médias entre os três grupos utilizando o teste de Kruskal-Wallis # O teste de postos sinalizados de Wilcoxon foi utilizado para determinar as alterações entre o início e o terceiro mês ¶ O teste de soma de postos de Wilcoxon foi utilizado para determinar a diferença aos pares sobre as mudanças médias entre os grupos * Significativo no nível de 5% (p≤0,05) ** Significativo ao nível de 1% (p≤0,01)

tória em curso, que no fim resulta no desenvolvimento de doença cardiovascular. A presente análise mostrou que a suplementação com CDNC reduziu significativamente os níveis sanguíneos dos marcadores de estresse oxidativo e inflamatório, em relação ao placebo. Por outro lado, a suplementação com PC levou a uma redução significativa no estresse oxidativo, quando em comparação ao placebo. O impacto da suplementação com CDNC nos biomarcadores glicêmicos, na inflamação e nos níveis de estresse oxidativo corrobora com os achados pré-clínicos de que a suplementação com CDNC, por 8 semanas, moderou significativamente os níveis de glicose, hemoglobina glicada, marcadores inflamatórios e peroxidação dos lipídios em ratos ZDF. Os resultados deste estudo animal prévio fornecem maior percepção sobre o possível mecanismo pelo qual o cdnc media seus efeitos benéficos. Ele indica que o CDNC funciona em parte pela elevação dos níveis de adiponectina no sangue e de vitamina C, além de suprimir os níveis de NF-KB, AKT e GLUT-2, e ativar o substrato receptor de insulina (irs-1) no fígado. A modulação destes marcadores é sugestiva de uma melhoria na sinalização da insulina. São necessários estudos adicionais que elucidem o mecanismo preciso pelo qual o CDNC melhora a sensibilidade à insulina. Uma limitação fundamental da presente análise é que o estudo original não foi

suficientemente impulsionado para a estratificação com base no uso de medicação. Contudo, os resultados destas análises exploratórias ressaltam uma tendência clara que indica que a suplementação com CDNC pode ser benéfica no controle da resistência à insulina. Estes resultados encorajadores sugerem que investigações futuras sobre o CDNC estão garantidas através de estudos impulsionados e maiores. CONCLUSÕES Em conclusão, as análises exploratórias indicam que no controle de medicação da diabetes, a suplementação com CDNC parece melhorar a sensibilidade à insulina, através da redução dos níveis sanguíneos de insulina e glicose, bem como o estresse oxidativo e a inflamação associados à diabetes. REFERÊNCIAS

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CUIDADO ÚNICO Dra. Lia Kubelka de Carlos Back

SUPLEMENTAÇÃO INDIVIDUALIZADA O PAPEL DOS MARCADORES GENÉTICOS NA COMPLEMENTAÇÃO ADEQUADA DO FOLATO Com a finalização do sequenciamento do genoma humano, em 2003, exatos 50 anos após a descoberta da estrutura do DNA, ocorreu uma ampla disseminação de estudos para se viabilizar a utilização dessa informação no diagnostico e, principalmente, na descoberta de novos tratamentos para as doenças mais frequentes nas diferentes populações. Uma das áreas da Genômica que mais avançou nesses últimos anos foi a Genômica Nutricional, que engloba a Nutrigenômica e a Nutrigenética. Ao longo da vida, os indivíduos são expostos a uma complexa mistura de alimentos e milhares de compostos que fazem da dieta um dos mais importantes fatores de influência ambiental e desafiador para o sistema biológico humano. A variabilidade genética de genes de vias metabólicas afeta os processos bioquímicos e celulares envolvidos na alimentação, modificando deste modo, os requisitos nutricionais e a susceptibilidade a diversas doenças. A ciência da Nutrigenômica estuda os mecanismos pelos quais os alimentos interagem com o genoma humano. Isso é realizado através do estudo das interações de compostos bioativos, presentes nos alimentos com os genes, e como esses compostos afetam fatores de transcrição (transcriptoma), a expressão de proteínas (proteoma) e o perfil metabólico individual (metaboloma). A Nutrigenética, por sua vez, analisa como as variações no genoma alteram a metabolização e absorção dos nutrientes, o que pode 22 26

aumentar o risco para desenvolvimento de determinadas condições clínicas. A análise dessas interações entre os genes e a dieta geram recomendações de riscos e benefícios de componentes específicos da dieta e permite a recomendação nutricional baseada no perfil genético individual e único. A partir dessas novas ferramentas, a nutrição individualizada torna-se possível. Seu principal objetivo é a manutenção e otimização da saúde, assim como a prevenção de diversas doenças. As diretrizes nutricionais, utilizadas até então, tinham como base parâmetros detectados baseados em grandes estudos epidemiológicos e que não levavam em consideração aspectos da individualidade bioquímica. A nutrição individualizada elimina o conceito de que “um serve para todos”. Cada pessoa possui uma composição genética única e isso irá refletir também na absorção de nutrientes e na predisposição à doenças. O entendimento das necessidades nutricionais de maneira individualizada é hoje um dos maiores desafios da prática clínica. Até recentemente, o delineamento das necessidades nutricionais era realizado, a partir da premissa de que os mecanismos são iguais para todos os indivíduos e as quantidades estipuladas também. Aproximadamente 600 enzimas já identificadas possuem micronutrientes como cofatores e cada uma delas possuem variações genéticas que irão alterar de maneira significativa a interação


Um exemplo é o Quatrefolic®, que é um produto patenteado, e trata-se de um análogo reduzido e ativo do ácido fólico ((6S)-5- methyltetrahydrofolate glucosamine salt). É considerado a 4ª geração dos folatos, forma inovadora capaz de superar as limitações de outras formas químicas, em relação à estabilidade e solubilidade, garantindo entrega imediata da forma ativa do ácido fólico para o organismo, com maior biodisponibilidade e eficácia, comprovadas por estudo clínicos.

com os micronutrientes. Por esse motivo, não é possível determinar doses recomendadas em nível populacional, mais sim, doses individualizadas, de acordo com o componente genético de cada um. Um dos principais exemplos de utilização e aplicação prática da Genômica Nutricional na individualização da conduta nutricional é em relação ao folato. FOLATO, O NUTRIENTE ESSENCIAL PARA O ORGANISMO O folato é um nutriente essencial que está envolvido nas reações de metilação e na síntese de nucleotídeos. Esse é um termo geral que se refere aos compostos com atividades semelhantes a do ácido fólico. Geralmente usa-se o termo folato para a forma de vitamina naturalmente encontrada em alimentos e ácido fólico como forma sintética do folato. A diminuição dos seus níveis no organismo está relacionada com diversas condições clínicas, como defeitos no fechamento do tubo neural, trombofilias, abortos de repetição, pré-eclâmpsia, diversos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e neurodegenerativas, autismo, enxaqueca, depressão, entre outras. Em todas essas doenças, a variabilidade genética de genes, associadas à metabolização do folato, influenciam diretamente no risco de desenvolvimento. A enzima metilenotetraidrofolato reduta-

se (MTHFR) possui um papel fundamental no ciclo do carbono único, convertendo o aminoácido homocisteína em metionina, fundamental para a produção de diversos fatores essenciais ao funcionamento dos processos de metilação e formação de ácidos nucleicos. A MTHFR regula o ciclo do folato entre a produção de nucleotídeos e o fornecimento de grupamentos metil, para a síntese de metionina, e possui importante efeito na distribuição do folato intracelular. Alguns indivíduos possuem variações no gene que codifica a MTHFR, que alteram a atividade da enzima, prejudicando esse processo. Estas alterações provocam uma diminuição nos níveis de folato, assim como um aumento considerável nos níveis de homocisteína e este desequilíbrio acarreta em diversos processos patológicos. Por sua vez, essas mudanças possuem uma alta frequência nas populações, que pode chegar a mais de 55% nas pessoas de origem europeia. As alterações mais conhecidas e estudas são a MTHFR T677C (substituição de um nucleotídeo T por um C) e a MTHFR C1298A (substituição de um nucleotídeo C por um A). Essas variantes podem reduzir a atividade da enzima em até 60%, o que faz com que os indivíduos portadores estejam expostos a um risco aumentado para as diversas doenças associadas aos níveis baixos de folato e ao aumento de homocisteína. Além de uma menor efetividade nos processos de reparo de DNA, de metilação (epigenética) e detoxificação do organismo. Para esses indivíduos, a suplementação diária de acido fólico preconizada não é efetiva, pois há uma dificuldade no processo de conversão do folato em seu produto ativo, que irá exercer a função celular. Mesmo com uma dieta adequada, rica nesse nutriente, a biodisponibilidade fica prejudicada. QUATREFOLIC®, A NOVA GERAÇÃO DO FOLATO Existem diversos estudos hoje com foco na determinação de protocolos individualizados 23 27


fo la t o

Ci

cl o do bio q uí m ic o

de tratamento. Em relação ao folato, existe a possibilidade de suplementação direta com o produto ativo final. Essas substâncias que já se encontram na forma biologicamente ativa, apresentam uma maior biodisponibilidade e não mascaram a deficiência de vitamina B-12. Um exemplo é o Quatrefolic®, que é um produto patenteado, e trata-se de um análogo reduzido e ativo do ácido fólico ((6S)5- methyltetrahydrofolate glucosamine salt). É considerado a 4ª geração dos folatos, forma inovadora capaz de superar as limitações de outras formas químicas, em relação à estabilidade e solubilidade, garantindo entrega imediata da forma ativa do ácido fólico para o organismo, com maior biodisponibilidade e eficácia, comprovadas por estudo clínicos. Cada vez mais a ciência oferece ferramentas e recursos para a individualização da saúde, permitindo, assim, ações preventivas muito mais efetivas, o que acarreta em uma vida mais longa e saudável. REFERÊNCIAS: Devlin, A. M., Clarke, R., Birks, J., Evans, J. G., & Halsted, C. H. (2006). Interactions among polymorphisms in folate-metabolizing genes and serum total homocysteine concentrations in a healthy elderly. The American Journal of Clinical Nutrition, 83, 708–713. Fenech, M. F. (2010). Dietary reference values of individual 24 28

micronutrients and nutriomes for genome damage prevention : current status and a road map to the. The American Journal of Clinical Nutrition, 91, 1438–1454. Hustad, S., Midttun, Ø., Schneede, J., Vollset, S. E., & Grotmol, T. (2007). The Methylenetetrahydrofolate Reductase 677C r T Polymorphism as a Modulator of a B Vitamin Network with Major Effects on Homocysteine Metabolism. The American Journal of Human Genetics, 80(May), 846–855. Joslin, A. C., Green, R., German, J. B., & Lange, M. C. (2014). Concept mapping One-Carbon Metabolism to model future ontologies for nutrient – gene – phenotype interactions. Genes & Nutrition, 9, 419–435. Pontes, J., Martin, M., & Kaput, J. (2015). The genomics of micronutrient requirements. Genes & Nutrition, 10(October 2016), 19-25. Robitaille, J., Hamner, H. C., Cogswell, M. E., & Yang, Q. (2009). Does the MTHFR 677C / T variant affect the Recommended Dietary Allowance for folate in the US population ? 1 – 4. The American Journal of Clinical Nutrition, 89(12), 1269–1273. Tsang, B. L., Devine, O. J., Cordero, A. M., Marchetta, C. M., Mulinare, J., Mersereau, P., … Hamner, H. C. (2015). Assessing the association between the methylenetetrahydrofolate reductase ( MTHFR ) 677C . T polymorphism and blood folate concentrations : a systematic review and meta-analysis of trials and observational studies 1 – 5. The American Journal of Clinical Nutrition, 101(1), 1286–1294 West, A. A., & Caudill, M. A. (2014). Applied Choline-Omics: Lessons from Human Metabolic Studies for the Integration of Genomics Research into Nutrition Practice. Jounal of the Academy of Nutrition and Dietetics, 114(8), 1242–1250.


ENTRE ASPAS Dra. Bruna Possebon

O USO DA SUPLEMENTAÇÃO NA DIETA, ASSIM COMO NO TRATAMENTO E PREVENÇÃO DA DIABETES TIPO II Como controlar a rotina agitada que não possibilita uma alimentação saudável e ainda a oferta demasiada de fast food seguida da falta de exercícios físicos? Parece uma tarefa difícil, mas o fato de aderir a estes hábitos pode causar sérios problemas de saúde, entre eles a obesidade, uma doença que é considera pela Organização Mundial da Saúde (OMS) um problema mundial de Saúde Pública. Atualmente é estimado que há cerca de 1,7 bilhão de pessoas obesas no mundo. E a preocupação aumenta com os índices crescentes entre crianças e adolescentes. Segundo pesquisa da Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) 50,8 % dos brasileiros estão acima do peso ideal e destes 17,5% são obesos. Um dado assustador, se considerar que pessoas obesas têm risco de 50% a 100% maior de mortalidade e maior probabilidade de desenvolver uma variedade de doenças como a hipertensão, diabetes, osteoartrite, apneia do sono, doença do refluxo gastroesofágico, diversos tipos de cânceres – incluindo mama, endométrio, colo do útero, próstata, pâncreas, colorretal

e fígado. Uma relação, que é determinada por vários fatores, como ambientais, genéticos e hormonais, o que pode torna o tratamento mais difícil e complexo. E como lidar com essa realidade? Com a Medicina cada vez mais evoluindo para a busca de um tratamento personalizado e que previna situações de risco, os médicos encontram na suplementação a ajuda, junto com um cuidado multidisciplinar e exercícios físicos, para auxiliar em uma vida mais saudável. No mercado magistral já são encontrados ativos que auxiliam no emagrecimento, a exemplo do InSea2®, que age como bloqueador de carboidratos, que além de ajudar na perda de peso, também contribui para o tratamento e a prevenção do diabetes tipo II, uma doença geralmente relacionada à obesidade. Para falar sobre o produto e sua influência na dieta, a equipe da Revista Única conversou com a farmacêutica, do Departamento de P&D da Pharma Nostra®, Dra. Bruna Possebon, que também é responsável pela área de Metabolismo Funcional na empresa.

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Revista Única: A obesidade é um dos grandes problemas de Saúde Pública da atualidade e para auxiliar na busca pelo emagrecimento existe a suplementação de ativos e um deles é o InSea2®. O que o torna um ativo único para atuar no emagrecimento? Bruna Possebon: O InSea2® é o primeiro bloqueador de carboidratos com ação dupla, que atua nas duas principais etapas de absorção de carboidratos presentes no organismo, o que lhe garante ainda mais sucesso em sua função desejada. Age inibindo duas enzimas: a α-glucosidase e a α-amilase (que estão ligadas à digestão dos amidos e carboidratos em monossacarídeos absorvíveis), o que o torna superior a bloqueadores simples de amido, que agem inibindo somente a α-amilase. Uma vez inibidas ambas as enzimas, não haverá degradação dos carboidratos, reduzindo a absorção em sua maioria. Portanto, os carboidratos não conseguem ser digeridos e são enviados diretamente ao intestino para sua eliminação, através das fezes. Esse mecanismo apresenta uma alternativa segura para auxiliar as dietas de emagrecimento e para diabéticos que precisam diminuir a quantidade de açúcar circulante. R.U.: O ativo é a opção para quem não consegue se adaptar a uma dieta? B.P.: Na nossa alimentação comum do dia a dia ingerimos mais de 64 kg de açúcares, por ano, enquanto a Associação Americana do Coração recomenda uma ingestão de 10 kg, por ano. Os açúcares ficam “escondidos” em produtos supostamente saudáveis como pães integrais, iogurtes naturais, sucos, cereais matinais e alimentos processados, na forma de carboidratos e amidos. Após sua ingestão, o excesso de açúcar induz a um excesso de sua concentração no sangue e à elevação nos níveis de insulina. Esse excesso ocorre todos os dias, depois de cada refeição, por períodos. A digestão é um processo que ocorre em dois passos: após a ingestão, os açúcares são divididos em oligossacarídeos menores pela α-amilase; em seguida, a α-glucosidase converte esses oligossacarídeos em monossacarídeos, que podem finalmente ser absorvidos. A inibição dessas enzimas reduz a absorção de carboidratos, contribuindo para uma melhoria do controle glicêmico e um gerenciamento de peso eficaz.

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R.U.: Qual a dosagem ideal? Em quais casos é ideal a prescrição? B.P.: A administração deve ser via oral na dosagem de 250mg a 500mg, 30 minutos antes das principais refeições. InSea2® é indicado par a gerenciamento de peso e prevenção de diabetes tipo II. R.U.: Porque a ação de InSea2® também auxilia na prevenção/tratamento da diabetes? B.P.: Através da sua capacidade de inibir a atividade das enzimas α-glucosidase e α-amilase e reduzir a digestão e assimilação de amido e açúcar, Insea2® reduz o índice glicêmico dos alimentos ingeridos e mantém o funcionamento saudável da insulina. R.U.: InSea2® também pode ser associado a outro ativo? Quais? B.P.: Insea2® pode ser associado a outros emagrecedores que agem por outras vias como Citrimax®, Meratrim® e Lowat® que potencializam seu efeito. Também pode ser associado a vitaminas e minerais para uma suplementação completa e eficaz. No caso de uma prevenção ou coadjuvante no tratamento da diabetes tipo 2, um excelente aliado é o DM-II™25%, que consiste em dinicocisteinato de cromo, a forma mais segura e eficaz de suplementar esse mineral devido a sua biodisponibilidade superior. Além disso, DM-II™25% traz o cromo complexado à vitamina B (niacina) e ao aminoácido L-cisteína, auxiliando na modulação do distúrbio metabólico. R.U.: Como InSea2® e DM-II™25% vão trabalhar a diabetes tipo 2? B.P.: A suplementação com DM-II™25% aumenta a quantidade de cromo no organismo de forma segura. O cromo é um mineral essencial na diminuição dos níveis de glicose em jejum, diminuição dos níveis de hemoglobina glicosilada, níveis de insulina, inflamação vascular e estresse oxidativo, além disso, é capaz de acelerar o metabolismo e contribuir para a perda de peso em casos de obesidade. Já o InSea2®, é capaz de inibir a digestão e assimilação de açúcar, reduzindo o índice glicêmico e mantendo os níveis saudáveis de insulina. A combinação dos ativos é uma boa escolha para prevenção em pacientes pré-diabéticos e para complementar o tratamento convencional de pacientes diabéticos.


ARTICULAÇÃO

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EM MOVIMENTO Dr. Marcelo Bonanza

NOVA ABORDAGEM TERAPÊUTICA PODE POSSIBILITAR RESPOSTAS SIGNIFICATIVAS NA ESTABILIZAÇÃO DA DOR O aumento das dores crônicas articulares tem surpreendido as estatísticas, que demonstravam em 2010, que cerca de 1/3 da população acima dos 50 anos apresentaria algum tipo de dor crônica durante a vida. Atualmente esta estatística continua subindo exponencialmente e o mais curioso é que as pesquisas vêm demonstrando que os anti-inflamatórios não hormonais (AINHs), que agem como bloqueadores da Cox2 (cicloxigenase 2, cadeia fisiológica inflamatória), não vêm demonstrando bons resultados no controle do avanço destes processos, além de aumentar o desconforto gástrico e a queixa de gastrite medicamentosa. O tratamento atual em modalidades de artrites tem a intenção de produzir alívio sintomático (fármacos anti-inflamatórios não hormonais – AINHs) ou modificar o processo da doença (drogas modificadoras da doença osteoarticular: DMDOA ou SYSADOA). Embora eficaz, a sua utilização também está limitada pelos seus efeitos colaterais, incluindo úlceras e perfuração gastrointestinal, complicações cardiovasculares e surgimento de infecções oportunistas.

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Nos Estados Unidos são contabilizadas 100.000 internações hospitalares e 16.500 mortes, por ano, ligadas a úlceras e sangramento gastrointestinal, induzidos por AINHs, em pacientes artríticos, após o uso prolongado destes medicamentos. Baseados nestes dados, a comunidade cientifica, médicos e pesquisadores estão cada vez mais empenhados em utilizar produtos naturais e fitoterápicos de menor efeito gástrico e que não tenham ação na cicloxigenase 1e 2 fisiológicas. Ativos como o Move™ (derivado da Boswellia serrata), por ser de administração oral, vem demonstrando resultados através de níveis significativamente reduzidos de mediadores inflamatórios (IL-1, IL-6, TNF-α, IFN e PGE2) e aumento dos níveis de IL-10, que está ligada à resposta imunológica, bem como na capacidade de inibir citocinas pró-inflamatórias e na modulação do estado oxidativo, o que sugere um efeito protetor de Move™ sobre as articulações. O acompanhamento desta modulação do sistema imunológico e dos mediadores inflamatórios, e estudos histológicos em articulações, vêm demonstrando eficácia em trazer mudanças significativas em todos os parâmetros estudados (articular elastase, MPO, LPO, GSH, a catalase, a SOD e NO).


AÇÃO DE MOVE™ NA AR

OS HÁBITOS E OS PROCESSOS INFLAMATÓRIOS CORPORAIS

A artrite reumatoide (AR) é uma doença crônica e inflamatória, que conduz à destruição da cartilagem e do osso dentro das articulações por células inflamatórias, que migram para o líquido sinovial e tecidos periarticulares. A inflamação é a primeira resposta imune do corpo quando infectado ou irritado com agressão externa. No entanto, quando não é bem regulada, pode resultar em doenças inflamatórias. Evidências clínicas têm demonstrado que a inflamação crônica pode contribuir para certos tipos de cancros, doenças neurodegenerativas e artrites. Houve progressos na definição da etiologia e patogênese desta doença, mas o mecanismo exato ainda permanece obscuro. Nos estados de inflamação crônica como na AR, o desequilíbrio entre as citocinas pró-inflamatórias e anti-inflamatórias determina o grau e a extensão da inflamação resultante em danos celulares. Os resultados interessantes nos processos anti-inflamatórios bem tolerados de Move™, demonstram que o ativo surgiu como alternativa de excelência. O ácido boswélico AKBA (extraído da goma resina da Boswellia Serrata) presente no ativo, tem sido estudado como um anti-inflamatório natural e utilizado durante séculos para o tratamento da inflamação na Medicina Ayurvédica, tradicional na Índia. Estudos recentes em animais e em humanos demonstraram o potencial de Move™ para o tratamento de uma variedade de doenças inflamatórias, tais como doença inflamatória do intestino, artrite reumatoide e osteoartrite. Um estudo demonstrou que Move™ melhorou clinicamente e estatisticamente os níveis de dor e de função física em pacientes com osteoartrite; os resultados puderam ser observados em apenas 5 dias, após o início do tratamento. Já outro estudo, comprovou que Move™ é altamente seguro em doses elevadas, não apresentando efeitos colaterais, o que o faz muito melhor tolerado em comparação aos AINHs.

À medida que vivemos mais e com determinados comportamentos prejudiciais, como sobrecarga de trabalho, movimentos repetitivos, vícios posturais, sedentarismo, alimentação inadequada com excesso de substâncias químicas, estresse constante, excesso de tensionamento cervical pelo tempo excessivo em frente ao computador, cobranças e pressões das metas do trabalho, necessidade de sobrevivência, violência e o medo constantes, acabam resultando em um aumento da aromatase hormonal, fenômeno que acontece dentro do nosso organismo pela descarga excessiva de cortisol e insulina pelas adrenais e o pâncreas – hormônios catabólicos, que auxiliam na conversão dos “bons hormônios em maus hormônios”, como testosterona em di-hidrotestosterona, estradiol em estrona; hormônios que, em sua metabolização para fases inativas, podem favorecer os processos inflamatórios corporais, causando probabilidade de diminuição de neuroendorfinas, que promovem o alívio da dor articular e minimizam os processos de desgastes articulares. Nesse contexto, pesquisas científicas têm demonstrado que mulheres que trabalham fora de casa como comerciantes, empresárias, professoras, advogadas, médicas, entre outras profissões, e ainda são mães e donas de casa, acumulam funções, e isso leva ao excesso de uso das adrenais em tempo integral, com excesso de cortisol pelo estresse e preocupações, o que bloqueia a liberação de progesterona, hormônio responsável não só pela manutenção do endométrio uterino, mas de suma importância para controlar os canais da dor, liberação de endorfinas, controle da ansiedade e o funcionamento da paratireoide no controle e reabsorção do cálcio. Esse descontrole tem aumentado o número de mulheres com artrite e espondilose (doença degenerativa da coluna), dores que afetam todas as articulações, que por fal29 33


ta de etiologia ou de definição de diagnóstico diferencial acabam sendo classificados como síndrome miofascial. Isso, associado aos processos osteometabólicos degenerativos do próprio processo de envelhecimento, potencializam a demora da resposta do nosso corpo à dor. Entendemos que os sinais de dor aguda, quando gerados repetidamente, promovem alterações nos circuitos neurológicos, causando alterações eletroquímicas que os tornam hipersensíveis aos estímulos e mais resistentes aos mecanismos inibitórios da dor. A dor crônica é uma doença debilitante com consequências nefastas para a condição física, psicológica e comportamental. Seus portadores podem desenvolver depressão e alterações psicomotoras. Diante disso, um estudo científico tem demonstrado que a deficiência ou insuficiência de progesterona, o excesso do cortisol ou insuficiência dele, associado a altas descargas de adrenalina, com deficiência de eicosanoides (ômega 3), ácido eicosapentaenóico (EPA) e ácido docosahexaenóico (DHA), má qualidade alimentar com carência de vitamina D, zinco e cálcio, matérias-primas para a síntese dos colágenos e produção do ácido hialurônico e condroitinas, importantes na lubrificação e regeneração articular, torna o líquido articular sinovial escasso e mais denso, perdendo o efeito de amortecimento e lubrifiação articular, propiciando o atrito e, por fim, a artrose, a artrite e reações autoimunes. O modelo que vem sendo empregado para controle da dor e inflamação tem demonstrado que o uso de corticoides e anti-inflamatórios, hormonais ou não, que a princípio só bloqueariam seletivamente a cicloxigenase 2, tem confirmado que isso não é uma verdade, e que o uso crônico destes AINHs tem causado gastrites e úlceras medicamentosas, problemas cardíacos e insuficiência renal, além de reações alérgicas sistêmicas graves, propiciando má absorção dos complexos de vitami30 34

na B, precurssores do triptofano e serotonina. A falta desses aminoácidos e neurotransmissores desencadeia processos de ansiedade, depressão e pânico, levando pacientes com diagnóstico de artrite a se tornarem verdadeiros dependentes do sistema do ciclo da dor, exagerando no uso de remédios para o seu controle: acordam com antidepressivos, tomam café da manhã com remédios para aliviar a dor, depois tomam remédios para “proteger o estômago, almoçam com relaxantes tricíclicos como amitriptilina, jantam com ansiolíticos para dormir, com efeitos hepatotóxicos, que alteram o metabolismo hepático, aumentando assim o colesterol; deste modo, acabam tendo que tomar estatinas, que causarão efeitos colaterais, artralgia (dor nas articulações) e perda de memória, e então utilizam mais remédios, ou seja, ficam dependentes de drogas para o controle da dor. Portanto, o que poderia ser modificado com uma abordagem integrativa, de forma ampla e global, ajustando o funcionamento do corpo para níveis ótimos, seria avaliar intolerâncias alimentares e disbioses, corrigindo o estômago e o intestino, para voltar a produzir neurotransmissores para o cérebro; corrigir insuficiências de progesterona e níveis de cortisol, para saber se o paciente está com fadiga adrenal; reposição dos principais agentes minerais, hormonais e estimuladores de abertura dos canais de alívio da dor, levando ao controle da ansiedade, das contrações musculares e das reparações das neuropatias e, por fim, a detoxificação dos fomentadores da dor. REFERÊNCIA: Safety and toxicological evaluation of Aflapin®: A novel Boswellia-derived anti-inflammatory product, 2010. A Double Blind, Randomized, Placebo Controlled Clinical Study Evaluates the Early Efficacy of Aflapin® in Subjects with Osteoarthritis of Knee, 2011.


Saúde e Mobilidade das Articulações

APENAS 1

Sem inflamação, com movimento. Articulações livres de dor!

, AGE:

COTOVELOS

COLUNA

QUADRIL

MÃOS

JOELHOS

PÉS 31 35


Av. Pierre Simon de Laplace, 751 - Lote 08 CondomĂ­nio Tech Point - Techno Park Campinas CEP.: 13069-320 - Campinas - SP Satec: (19) 2101.4005 canalmedico@pharmanostra.com.br @pharmanostra

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