Roteiro Municipal de Monção

Page 1

3 História e Património 4 Cultura e Tradições 16 Natureza e Actividades de Lazer 26 MAPAS e Roteiros 36 Introdução

MONÇÃO

1


Convento dos Capuchos

2 3

Roteiros Vale do Minho


Monção é um concelho na fronteira norte de Portugal com uma superfície de cerca de 211 quilómetros quadrados, que tem a Norte o rio Minho e nos outros quadrantes as serras da Peneda e do Extremo, que aconchegam a ocupação humana das várzeas agrícolas e terrenos fluviais junto ao Rio Minho. O concelho tem uma ortografia acidentada, que varia entre as zonas baixas com altitudes abaixo dos 100 metros e as áreas de montanha, onde atinge a cota de 1114 metros no limite sudoeste do concelho, na freguesia de Riba de Mouro. Isto quer dizer que as populações de Monção se dividiam entre pastores (nas terras altas), agricultores e pescadores (nas terras baixas e no rio). A sua principal riqueza agrícola consta de vinhos verdes, brancos e tintos, de que se destaca o famoso Alvarinho. Mas também produz cereais, legumes, hortaliças e frutas. Faz fronteira a Norte com Espanha (concelhos de Salvaterra e As Neves), a Sul com o concelho de Arcos de Valdevez, a Este com Melgaço e a Oeste com Valença. De acordo com os Censos de 2001, residiam no concelho de Monção cerca de 20.000 pessoas. A sua praça fortificada, com a vila de raiz medieval muito enriquecida nos sécs. XVII/XVIII, no seu interior, atesta a sua história de relevo que se enleia na formação e defesa da nacionalidade. Monção não se revela com um olhar fugaz: desencobre-se com surpresa e saboreia-se com gosto. De bens preciosos e distintos se faz uma herança cultural que orgulha Monção, como: Um vinho feito pelos homens e apreciado pelos deuses: o Alvarinho; Uma história de uma mulher corajosa ao comando de um punhado de gente valente: Deu-la-Deu Martins; Uma lenda de um combate mortal entre um dragão e um cavaleiro: A Coca. E um rio que, no acontecer da História, sempre esteve presente, vezes de mais tingido de vermelho, correndo agora tranquilo e cristalino lá em baixo, como quem diz: não fui eu!: o Minho, que o Gadanha e o Mouro engrandecem.

INTRODUÇÃO | MONÇÃO

3


MONÇÃO

HISTÓRIA E PATRIMÓNIO Da criação de Monção pouco se sabe. Existem, no entanto, no território que actualmente corresponde ao concelho de Monção, numerosos vestígios de ocupações pré-históricas, evidenciados em achados arqueológicos que nos revelaram instrumentos de pedra e metal, inscrições rupestres (como uma gravura em forma de serpente no Petróglifo de Cambeses) 4 5

Roteiros Vale do Minho


Santuário de Nossa Senhora dos Milagres

e povoados da Idade do Ferro, como o Castro de São Caetano Longos Vales, o Castro da Senhora da Assunção

7

1

em

, em Barbeita. Des-

taca-se ainda o Castro da Sra. da Graça 5 , em Badim, sítio visitável onde se reconhecem algumas estruturas circulares, local muito provavelmente ocupado desde o Bronze Final à romanização plena (entre séc. II a.C. ao séc. I d.C., segundo Maia Marques). Este castro, conjuntamente com os de S. Caetano, Sra. da Assunção e Sra. da Vista, dominava completamente o curso médio do rio Minho, fonte importante para a sua subsistência. Segundo a tradição, foi em Cortes que, inicialmente, se terá estabelecido a vila de Monção, quando os Romanos ali edificaram um acampamento fortificado, para quartel-general das suas “coortes”. HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

5


Capela de S. Martinho da Penha

Nos séculos VIII e IX, sabe-se que árabes e normandos subiram o Minho, atacando Tui e outras localidades. Na Idade Média, este território seria possivelmente uma terra reguenga, ou seja uma propriedade régia, que não teria grande ocupação aquando da formação do país. A cabeça do território era, nessa altura, o Castelo da Penha da Rainha 12 , na freguesia de Abedim. Mas logo com D. Sancho I, o nosso segundo rei, Monção adquiriu importância militar. Uma terra agrícola fértil, especialmente adaptada ao cultivo do milho e da vinha, com uma localização estratégica de fronteira. Torna-se, por isso, fácil perceber que “Monção necessitou de empunhar numa mão a enxada e na outra o arcabuz” (Figueiredo Guerra): a 6 7

Castro de Nossa Senhora da Assunção Roteiros Vale do Minho


Portas de Salvaterra

história de Monção está marcada por inúmeros episódios bélicos, de cercos que sofreu e batalhas que travou. O nome de Monção terá surgido no reinado de D. Afonso III, por referência a um monte grande ou forte (era já fortificada nesta altura). No mesmo reinado, em 1261, recebe foral idêntico ao de outras vilas fronteiriças (Contrasta, Pena da Rainha, Caminha), que se destinavam a incentivar o povoamento e a defesa destas terras das tentativas de anexação ou pilhagem. As condições favoráveis em matéria de impostos devidos pelo comércio e circulação de gados, a possibilidade do amanho das terras pertencentes à coroa, os rendimentos da pesca no rio Minho, que era abundante na altura, permitiram um rápido crescimento de Monção. É com D. Dinis que as muralhas

5

são reforçadas com couraça defen-

siva, barbacãs e se constrói uma passagem parcialmente enterrada para aceder ao porto fluvial, que era defendido por uma torre. Este sistema defensivo está ilustrado num desenho já do início do séc. XVI, no Livro das Fortalezas de Duarte d’Armas - escudeiro e debuxador real - que foi encarregue por D. Manuel I de levantar o estado das fortificações da fronteira com Castela. O recinto amuralhado com duas cercas tinha duas portas em extremos opostos: uma era ladeada pela torre de menagem e abria para o terreiro que é hoje a praça Deu-la-Deu Martins; a outra abria-se para o lado das termas. As duas eram unidas pela rua Direita. Se há história de que Monção tem o maior orgulho é a de Deu-la-Deu HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

7


Muralhas de Monção

Martins, a heroína que salvou o burgo distribuindo pão aos castelhanos. Corria o ano de 1369 e Portugal e Castela estavam em guerra. D. Fernando (1383-1385) ambicionava assumir a Coroa Espanhola. Os nossos exércitos faziam incursões por terras galegas e, em resposta, um exército castelhano pôs cerco a Monção. Muitas vezes as batalhas travavam-se entre sitiantes e sitiados e não em campo aberto. A população refugiava-se no interior das muralhas dos castelos e fortalezas e aí se protegia dos ataques dos invasores. Os castelos, como o de Monção, foram sendo aperfeiçoados e as muralhas reforçadas, sendo cada vez mais difícil destruilos ou ultrapassar as suas defesas. Então faziam-se cercos, e os assaltantes não deixavam ninguém entrar e sair e ali ficavam à espera que 8 9

Ponte do Mouro Roteiros Vale do Minho


Ponte do Mouro

os sitiados ficassem à míngua de água e de comida. Conta-se então que Deu-la-Deu, mulher do Alcaide-Mor e governador da praça, num gesto de grande esperteza e audácia, mandou cozer pão com os restos de farinha que havia no castelo e mandou-os ao comandante do exército inimigo, dizendo que se quisesse mais era só dizer. Este ficou surpreendido porque achava que os que estavam cercados já não tinham nada que comer e ordenou que se levantasse o acampamento e se retirassem dali. A vida concentrava-se no interior das muralhas: os ofícios ‘arruavam-se’, quer dizer organizavam-se por ruas, e as casas dos artesãos compreendiam loja e oficina no piso térreo e habitação em cima; a feira quinzenal, que D. Dinis instituiu em 1305, realizava-se no Largo do Terreiro e aqui se trocavam produtos agrícolas por alfaias, têxteis e sal. Para esta actividade muito contribuiu uma comunidade judaica de artífices e comerciantes que existia em Monção no séc. XV. Um outro factor de animação do burgo era devido à localização geográfica de Monção, que a colocava no caminho de uma das mais frequentadas vias medievais: o Caminho de peregrinação a Santiago de Compostela. Aqui, os romeiros que vinham de Braga e outras localidades no enfiamento do caminho encontravam guarida e protecção e isso animava o comércio e a economia local. Cabe aqui uma referência a uma história da História que está ligada a 19 uma ponte sobre o rio Mouro que dá nome à ponte - Ponte do Mouro---

. Fazia ela parte da Estrada Real e deu passagem a muitos peregrinos, HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

9


Torre da Lapela

almocreves, exércitos, mas não foi apenas por isso que ficou na História de Portugal: foi que aqui se encontraram o nosso rei D. João I (a seguir à batalha de Aljubarrota) com o Duque de Lencastre, pai de D. Filipa de Lencastre, sua futura mulher. Este era um acordo político: após a vitória portuguesa de Aljubarrota sobre os Castelhanos, em 1385, o rei D. João I tratou de renovar os tratados de amizade e apoio mútuo (1373) entre Portugal e a Inglaterra, para defender o reino no caso de um eventual conflito armado com o reino vizinho. Este acordo é selado com o casamento de D. João I com a princesa D. Filipa, filha de D. João de Gant, duque de Lencastre. Agora, imagine-se neste lugar cheio de cavalos com 10 11

Igreja Matriz de Monção Roteiros Vale do Minho


Igreja da Misericórdia

panos coloridos a cobri-los e muitos cavaleiros de cotas de malha e elmos, empunhando lanças e estandartes, com tendas montadas para os séquitos descansarem e assinarem o acordo do casamento. A vegetação de carvalhos nem seria sequer muito diferente na altura. D. Manuel outorgou um foral novo a Monção em 1512. Nesta altura, o imposto régio exigido a Monção era superior ao de Caminha e ao de V.N. de Cerveira, o que indiciava uma maior capacidade económica, fosse devido aos rendimentos agrícolas, manufactureiros ou comerciais. No século XVI, já a produção e o comércio do vinho eram importantes em Monção. O vinho desta região era exportado para o Brasil, os Países Baixos e a Inglaterra. Nas Guerras da Restauração verificam-se em toda a Ribeira-Minho ataques, cercos, tomadas de posições e fortalezas. Em 1658, Monção é sitiada depois dos espanhóis terem tomado o Castelo da Lapela

11

.

A defesa da vila foi de uma tal valentia que o exército inimigo antes de franquear as muralhas e tomar posse da vila de Monção, prestou honras à capitulação dos portugueses. A artilharia fez enormes estragos no burgo abrigado no interior da muralha. A Igreja Matriz de Monção

1

,

por exemplo, foi seriamente danificada, o que levou a que tivesse sido solicitada ao rei a concessão do dinheiro do imposto sobre o sal e do vinho por três anos, para a reconstrução da Igreja, da Casa da Irmandade da Misericórdia e dos Paços do Concelho. HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

11


Palácio da Brejoeira

Nos séculos XVII e XVIII o burgo reanimou-se e enriqueceu com o comércio e as explorações agrícolas. Construíram-se residências senhoriais que ainda hoje marcam a paisagem urbana: a Casa do Curro

3

, a Casa dos

Condes de S. Martinho, a Casa dos Almadas e a Casa dos Palhares. Também se fizeram novas fortificações para proteger uma vila que crescia. A fortaleza segue o risco de Michel de L’Escole e já no final do século XVII terá sido iniciada a sua construção, conforme o que se passou no resto do vale do Minho, pois em 1670 já estava estabilizada a fronteira e havia terminado a Guerra. As relações com Espanha foram-se normalizando progressivamente, à medida que as fron12 13

Casa do Curro Roteiros Vale do Minho


Mosteiro de Merufe

teiras foram estabilizando, e a vida tomou o rumo pacífico das trocas comerciais, que se mantiveram vinculadas aos centros urbanos antigos, tornados agora cruzamento de vias de comunicação. A administração da produção dos bens agrícolas fazia-se cada vez mais junto aos locais onde esses trabalhos se realizavam: o Palácio da Brejoeira

13

, a Casa da Amiosa e a Casa do Rosal são

magníficos exemplares da arquitectura senhorial associada a terras agrícolas ricas e a um produto de excepção, de seu nome Alvarinho, que vai à mesa de reis. Mas algumas explorações agrícolas de Monção são de génese monástica. Aqui se instalaram grandes mosteiros, desde os primórdios da formação de Portugal e das suas fronteiras até que as reformas liberais lhes puseram cobro: o Mosteiro de Longos Vales

16

, da

Ordem dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho, em que os primeiros reis de Portugal se apoiaram enquanto povoadores e deles receberam apoio político, monetário e espiritual, é de visita obrigatória - em particular a cabeceira da igreja do mosteiro, uma obra-prima do estilo românico português; o Mosteiro de Merufe

17

, que está na

base da criação desta povoação, de que existe uma igreja de estrutura românica, acolhia e prestava assistência aos romeiros de Santiago; e, por último, embora de implantação mais urbana, o Conventos dos Capuchos

8

e dos Padres Néris. HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

13


Palรกcio da Brejoeira

14

Roteiros Vale do Minho


Mosteiro de Longos Vales HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

15


MONÇÃO

CULTURA E TRADIÇÕES Povo sujeito a inúmeras lutas e conflitos, protagonista de histórias de conquistas e de bravura na resistência aos ataques, as gentes de Monção desenvolveram ao longo dos séculos inúmeras formas de expressão popular, artes e ofícios que traduziam os modos de vida e os costumes, frequentemente associados aos próprios rituais agrícolas e pastoris. 16 17

Roteiros Vale do Minho


Festa da Coca

A presença do rio Minho influenciou não apenas a evolução histórica do concelho de Monção, mas também a sua cultura, nas mais variadas formas, quer pelos recursos que proporcionava, e que permitiram o desenvolvimento de uma riquíssima gastronomia, quer pelos condicionalismos e benefícios que impunha ao território, e que foram demarcando grande parte das suas histórias e tradições. Com efeito, a gastronomia local é um reflexo da riqueza dos recursos naturais do concelho e da forma tão sábia como as gentes se souberam apropriar desses recursos, transformando-os em deliciosas iguarias! Seja o arroz de lampreia, ou o sável e o salmão (geralmente servidos em caldeirada ou grelhados), ou ainda o cabrito assado à moda de Monção, qualquer CULTURA E TRADIÇÕES | MONÇÃO

17


Barriga de Freira

destes pratos fará com que as suas refeições tenham um sabor mais autêntico! Não poderá deixar de provar as doçarias típicas, também elas testemunhas da influência conventual e da forte presença do Clero na região! As barriguinhas de freira recomendam-se e vão provavelmente deixá-lo com água na boca e desejos de repetir… Para além destas, não pode deixar de provar os papudos e as roscas, que poderá levar consigo, como recordação de tão saborosos repastos! Contudo, é talvez ao nível dos vinhos que Monção é mais afamada, ou não fosse o concelho conhecido como o ‘Berço do Alvarinho’. Juntamente

com

Melgaço,

Monção pertence à Região Demarcada dos Vinhos Verdes, uma das regiões vitivinícolas mais antigas de Portugal, cujas características 18 19

Vinho Alvarinho Roteiros Vale do Minho


Cabrito Assado

naturais e geográficas lhe concederam condições únicas para a produção de vinhos da casta Alvarinho. O vinho Alvarinho é um vinho ímpar e distingue-se dos demais pela sua cor citrina, paladar leve e fresco, aroma frutado, sendo considerado um dos melhores vinhos do mundo pela sua originalidade. Se quiser aproveitar a sua estadia para se deliciar com este magnífico vinho, deverá bebê-lo fresco, a acompanhar os pratos de peixe típicos da região, como aperitivo, ou como acompanhamento de uns petiscos do fumeiro tradicional! Mas Monção é também terra de festas e romarias! As suas raízes históricas, a celebração das conquistas de outros tempos que urge preservar, ou a justa homenagem às diferentes personagens que, ao longo dos tempos, se tornaram fonte de orgulho para o concelho, são motivos mais do que suficientes para que esta seja efectivamente uma terra marcada pela alegria do seu povo! A Primavera e a Páscoa trazem o perfume da festa. Os estrépitos dos foguetes e os enfeites coloridos dos tapetes de flores e dos arcos de festa, das colchas nas varandas e dos trajes dos figurantes nas procissões, as fanfarras e as bandas de música serão a alegria e a azáfama das aldeias até que o Outono traga as primeiras chuvas e a recolha ao sossego do lar e ao quotidiano dos dias comuns. Muitas vezes, o ritmo individual e colectivo cruzam-se: casa-se pelas festas, o emigrante programa as suas férias na terra natal para coincidirem com a festa da santa padroeira. Em Monção, destaca-se a Festa em Honra CULTURA E TRADIÇÕES | MONÇÃO

19


A NÃO PERDER: PAÇO DO ALVARINHO O Paço do Alvarinho, instalado na Casa do Curro, bem no centro de Monção, é um espaço dedicado à promoção, comercialização e degustação do vinho Alvarinho. Para além de informação sobre a origem, a evolução e os produtores deste vinho, poderá mesmo aproveitar a oportunidade para fazer algumas provas e levar consigo algumas garrafas! De Segunda-feira a Sábado 9h30 – 12h30 / 14h00 - 18h00 Domingos e Feriados 10h00 – 12h00 / 15h00 – 18h00 tel.: 251 653 215 20

Roteiros Vale do Minho


HISTÓRIA E PATRIMÓNIO | MONÇÃO

21


Combate entre São Jorge e a Coca

à Virgem das Dores, com a presença de muitos emigrantes que, regra geral, acontece no terceiro fim-de-semana de Agosto. Também a Festa do Corpo de Deus, que coincide com as festas municipais, tem grande estima popular em todo o concelho e fora dele. Tal como na Idade Média, seguem em cortejo: S. Jorge, fulgurante cavaleiro medieval e que personificava o padroeiro do reino; e a Coca, animal fabuloso, com corpo esverdeado e escamudo que parece surgido de um lago encantado,

simbolizando

tradicional-

mente o mal, mas tendo também os seus adeptos na contenda com o cavaleiro S. Jorge. Em momento de reformas litúrgicas, estas personagens foram retiradas da procissão de que faziam parte integrante mas, dada a adesão popular, foram recuperadas para uma representação 22 23

Roteiros Vale do Minho


Festa do Corpo de Deus

autónoma que ganhou esplendor cénico. Depois da procissão, no anfiteatro do Baluarte do Souto, S. Jorge defronta a Coca num renhido torneio, cujas peripécias entusiasmam a multidão. A procissão do Corpus Christi (consagração do Corpo de Cristo no pão da eucaristia) remonta em Portugal ao séc. XIV e foi sempre uma das maiores manifestações populares de consagração das confrarias dos ofícios, das vereações camarárias, das paróquias do arciprestado. Se visitar Monção por esta altura do ano, não deixe de assistir a esta celebração religiosa e popular, que encontra neste concelho uma particular expressão! No Verão, decorrem também manifestações que pretendem fazer renascer o interesse pelas tradições em vias de desaparecimento, como a Festa do Linho do Vale do Gadanha, em Moreira, a Feira do Alvarinho, na sede do concelho, além de vários festivais folclóricos. As artes e os ofícios tradicionais são hoje reconhecidamente um importantíssimo património cultural imaterial dos locais, pela sua capacidade de representação da identidade e reconhecimento simbólico da cultura que está na sua origem: produção material mas também criação cultural, arte mas também emprego, tradição mas também construção de novas identidades. Rendas e bordados, objectos em cerâmica, tecelagem, trabalhos em madeira, artes decorativas, nas suas expressões mais tradicionais e mais contemporâneas correspondem às exigências da modernidade, que se centram no desenvolvimento sustentado, no equilíbrio ecológico, na atenção às vulnerabilidades sociais, designadamente na prevenção das crises CULTURA E TRADIÇÕES | MONÇÃO

23


Espigueiro de Pedro Macau

de emprego.

24 25

cação, divulgação e preservação

O município de Monção tem

das tradições, bem como o desen-

apostado na revitalização dos ofí-

volvimento e aperfeiçoamento de

cios tradicionais, impulsionando

técnicas inovadoras.

iniciativas e acções formativas,

A sugestão dos ofícios tradi-

disponibilizando espaços de pro-

cionais leva-nos a uma história

moção, e apoiando as colectivi-

que se conta em Monção: a

dades etnográficas e culturais nos

história de Pedro Macau

esforços de conhecimento, valori-

capataz galego que tratava mui-

zação, divulgação dos saberes e

to mal os seus empregados nas

dos ofícios.

obras que dirigia. Conta-se que

6

, um

Na sequência desse esforço

gostava de rãs assadas e, certa

colectivo, foi criada a Associação

vez, pediu a um trabalhador que

de Artesãos de Monção “Post’Art”

lhe apanhasse rãs para o almoço.

que agrupa a maioria dos artesãos

Este rapaz, de vingança, apanhou

do concelho e tem por objectivo

um sapo que meteu no meio das

garantir a transmissão de sabe-

rãs, que acabou fazendo muito

res e conhecimentos às novas

mal ao capataz. Pedro Macau veio

gerações. Além da promoção e

a descobrir quem lhe tinha prega-

comercialização

produtos

do a partida, despediu os empre-

manufacturados, esta associação

dos

gados portugueses e obrigou-os a

representativa dos artesãos locais

devolver-lhe o dinheiro que já lhes

tem por missão assegurar a dignifi-

tinha pago pelo trabalho feito. Roteiros Vale do Minho


Branda de Santo António

Francisco Barreiros, um mestre canteiro que trabalhava para o galego, com a ajuda dos filhos, fez uma escultura satírica daquele homem, que nunca mais voltou a trabalhar nesta região, e para a inaugurar organizou uma grande festa com foguetes e bandas de música. E fez também uns versos que gozavam com tão malvado sujeito e que poderá ver na Casa do Macau:

“Ó Macau, lobo-cerval Anda ver o teu retrato Aqui em riba do portal! Tens a cara dum mulato E, sendo assim tão guapo, Comeste por rã um sapo”

CULTURA E TRADIÇÕES | MONÇÃO

25


MONÇÃO

NATUREZA E ACTIVIDADES DE LAZER A paisagem de Monção é, desde logo, marcada pelo contraste entre as zonas montanhosas e as zonas de várzea e terrenos fluviais junto ao rio Minho. Não é por isso de estranhar que a agricultura e a pastorícia tenham sido, desde os primórdios dos tempos, as principais actividades económicas desenvolvidas na região, complementadas pelas artes da pesca 26

Roteiros Vale do Minho


Zona de Lazer de Tangil

artesanal. Desde sempre que o Homem procurou terras férteis, onde as suas necessidades de sobrevivência pudessem ser satisfeitas, e locais que fossem simultaneamente espaços seguros, recatados, onde fosse possível levar uma existência tranquila, saudável! Apesar de nem sempre ter sido fácil, a presença do rio e o abrigo da montanha constituíram um atractivo para os diversos povos que por aqui foram passando e estabelecendo as suas raízes. Graças a este contraste de relevo, ao percorrer o território de Monção poderá contemplar belíssimos cenários a partir dos pontos mais altos, bem como repousar nas diversas zonas de lazer junto aos NATUREZA E ACTIVIDADES DE LAZER | MONÇÃO

27


Zona de Lazer do Senhor do Rio

cursos de água, e ainda apreciar inúmeras espécies da fauna e flora autóctones, cuja existência e preservação se devem em grande parte à presença do rio Minho e dos seus afluentes. O rio Minho assume aqui, efectivamente,

um

papel

de

destaque, não apenas pela sua beleza cénica, mas também pela sua riqueza ecológica e pelo inestimável contributo para a cultura e tradições deste povo. Ao longo dos tempos, o rio tornou-se um companheiro, um aliado na luta pela sobrevivência, testemunha de inúmeras histórias de amores e desamores, parceiro na defesa contra os invasores. Mais do que um cúmplice, um elemento chave da história deste território! O rio Minho é igualmente de extrema importância para a con28

Zona de Lazer de Pinheiros Roteiros Vale do Minho


Rio Minho

servação de espécies piscícolas migradoras e para a preservação de alguns mamíferos associados ao meio aquático e vegetação ribeirinha, como a lontra e a toupeira de água, tendo por isso sido classificado com o estatuto de Sítio de Importância Comunitária (SIC) da Rede NATURA 2000, rede ecológica do espaço Europeu Comunitário consagrada à preservação da natureza e da biodiversidade. Simultaneamente, a sua presença tornou possível a prática da pesca fluvial, actividade que foi progressivamente assumindo uma maior expressão, e que induziu o desenvolvimento de técnicas e utensílios, actualmente considerados como uma das suas maiores valias patrimoniais. As pesqueiras do rio Minho, pequenas construções de pedra antiga onde, ainda hoje, é possível pescar lampreias, enguias, trutas ou sáveis, ou mesmo até salmão, testemunham a importância não apenas económica, mas também cultural que o rio foi assumindo ao longo da história. Habilidosos sistemas de muros construídos a partir das margens, as pesqueiras constituíam barreiras à passagem do peixe, que se via assim obrigado a fugir pelas pequenas aberturas através das quais, coagido pela força da corrente, acabava por ser apanhado em engenhosas armadilhas! Nas freguesias de Barbeita, Bela, Ceivães, Cortes, Lapela, Troporiz, Messegães, Monção e Valadares, poderá visitar algumas das pesqueiras existentes e assistir à faina dos pescadores, que ainda hoje perpetuam a NATUREZA E ACTIVIDADES DE LAZER | MONÇÃO

29


Zona de Lazer de Poco Curto

arte da pesca artesanal. Graças à extensão e prolongamento do rio por toda a fronteira norte do concelho, bem como à presença de alguns dos seus afluentes, como o rio Mouro, poderá encontrar diversas áreas de lazer, equipadas com infra-estruturas de suporte, onde poderá aproveitar para fazer pequenas pausas, contemplando as belíssimas paisagens. Se viajar com crianças, estas serão sem dúvidas áreas que irá apreciar, quer pela tranquilidade do espaço, quer pela oportunidade de fazer um piquenique, tomar banho (se o tempo assim o permitir), beber um refresco na esplanada, ou simplesmente… aproveitar o momento! As zonas de lazer do Senhor do Rio

2

, da Ponte do Curto

em Merufe, ou de Tangil

4

3

,

são ape-

nas algumas das existentes, umas 30

Zona de Lazer de Poço Curto Roteiros Vale do Minho


Ecopista

melhor equipadas do que outras, mas todas igualmente agradáveis! Mas se é, efectivamente, um adepto do contacto com a Natureza, tem à sua disposição um conjunto de percursos pedestres que lhe permitirão usufruir da paisagem e ainda aprender um pouco mais sobre as espécies que aqui habitam, ou aproveitar para visitar alguns dos monumentos e elementos históricos do concelho. Monção dispõe de cinco trilhos pedestres, devidamente sinalizados, de acordo com as normas da Federação Portuguesa de Montanhismo. Com diferentes níveis de dificuldade, estes trilhos percorrem diferentes zonas do concelho, sendo recomendável o recurso a um guia, especialmente se desejar aproveitar a oportunidade para conhecer um pouco melhor o património natural, histórico e cultural do concelho. Para o efeito, deverá contactar a Câmara Municipal ou o Turismo de Monção. A título de curiosidade, saiba que o Trilho da Cova da Moura deve o seu nome a uma fresta no granito – a Cova da Moura – que, ao longo dos tempos, foi suscitando o desenvolvimento de um magnífico imaginário de lendas e curiosidades. Como vê, mais uma vez, aqui se entrelaçam os caminhos da natureza e da imaginação popular, que foi sempre criando explicações para aquilo que doutra forma não sabia explicar, explicações que se tornaram lendas, e que farão com certeza a delícia dos mais novos, sempre tão ávidos por pequenos momentos de fantasia, mais ou menos real! Independentemente dos percursos que decida realizar, não pode deixar de percorrer a Ecopista do Minho

8

, inaugurada em 2004. Resul-

NATUREZA E ACTIVIDADES DE LAZER | MONÇÃO

31


Termas de Monção

32

Roteiros Vale do Minho


Rio Mouro NATUREZA E ACTIVIDADES DE LAZER | MONÇÃO

33


Ecopista

34

tante da transformação da antiga

derá visitar o antigo apeadeiro de

linha-férrea que ligava Monção

Nossa Senhora da Cabeça, onde

a Valença, e premiada interna-

encontrará fotografias antigas

cionalmente,

tem

e descrições sobre o percurso e

actualmente uma extensão de

a actividade ferroviária. Junto

17 km, permitindo a circulação

existe um parque de estaciona-

pedonal, ciclista ou equestre. Du-

mento, pelo que, caso se desloque

rante o percurso poderá ainda

em automóvel, poderá deixar

consultar os diversos painéis in-

aqui a sua viatura e seguir a pé.

formativos existentes, com dados

Se quiser fazer pequenas pausas,

sobre a fauna e a flora da região.

poderá aproveitar a passagem

a

Ecopista

Acompanhando o curso do

pelos Parques de Merendas de

rio Minho, o trajecto da Ecopista

Nossa Senhora da Cabeça ou

permite contemplar, ou mesmo

de Lapela para descansar um

visitar, alguns dos principais atrac-

pouco e recuperar energias!

tivos de Monção, como a Torre de

Mas se deseja aproveitar a es-

Menagem do Castelo de Lapela

tadia para cuidar da sua saúde, e

ou a Capela de Nossa Senhora

fazer desta viagem um momento

da Cabeça em Cortes, entre ou-

de verdadeira recuperação física,

tros. Na freguesia de Cortes po-

não pode deixar Monção sem Roteiros Vale do Minho


Rio Mouro

visitar as suas termas

9

. Afinal, para que servem as viagens e as

férias senão para nos fazer renascer e ganhar um novo alento para o trabalho que se seguirá? Situadas no Parque das Caldas, rodeadas de magníficas paisagens e com esplêndidas vistas para o rio Minho e para a Galiza, as termas de Monção dispõem, para além dos tratamentos terapêuticos tradicionais, de um conjunto de programas específicos de bem-estar termal, relaxamento, manutenção, reeducação dietética, emagrecimento e anti-stress, para que estas férias sejam efectivamente um retemperar de energia, um bálsamo para o corpo e para a mente! Dadas as suas características as águas termais são especialmente recomendadas para o tratamento de doenças do fígado, vias biliares e doenças do estômago e intestino. São ainda consideradas de extremo benefício para o tratamento de doenças da pele, respiratórias, cardiovasculares, entre outras. Entre passeios, percursos e banhos, motivos não faltam certamente para que a sua estadia em Monção seja memorável, e para que deixe este território com energias renovadas, levando na bagagem a vontade de cá voltar! NATUREZA E ACTIVIDADES DE LAZER | MONÇÃO

35


36

Roteiros Vale do Minho

Lara

12

11 Lapela

10

Abedim

Pias

11 Pinheiros

10

8

15

12

EN101

Luzio

Trute

Bela

Anhões

Lordelo

1

EN304

EN202

Messegães

3 4 Tangil

Podame

Segude

Merufe 17

2

20 21 Sá Valadares 5 Ceivães Badim

6 19 Barbeita 18 7

16 Longos Vales

Sago

EN304

Parada

Portela

Barroças e Taias

Moreira

EN101

13 Cambeses

14

Rio Minho

Troviscoso

Monção

Mazedo

EN202

Troporiz

9

Cortes

Riba de Mouro

2

22

1

0 km


Rua

R

Pe dr o

Bairro dos Padrões

u bre o de A

Sto . An R. tón Qu io arte is

ác

o Can

Pl

Cano

id

Av. 25 d e Ab ril

ro

5

4

1

Largo da Feira

7

6

Estrada

R. D ias ida r. José Luís D ven A

Largo João de Deus

b

Largo da Estação

R.

R. de

l

2

tu

he co

V

o astr aC ent m Pi

3

Praça Deu-La-Deu

Ou

Pa c

Largo da Du ar Alfândega te

D

Praça da República

a

Rua

n e r al

Rio Minho

Humberto Largo do De Hospital lgad o dos Rua Ner da ys R. C Gló onsel ria heiro Ad R. rian Sá o da M ac R. 1º Ba h de D nd ez em R. Bisp o de bro Lem os Pa lm a

Ge

R. 5 de

do

R.

ue r r s da G Álvare do Dr.

Largo do Estandarte

Al .

R.

do

Rua

Eng.

Largo do Rosal

Largo do Paiol

R. do G ene ra

Lg. do Loreto

ra ei

R. d a Ba ndeir a

o ad

Es tra da d os Arc os

8

de

das

a Avenid da Es tação

C. dos Capuchos

Ru a

MAPAS | MONÇÃO

37

60

Melgaço

30

Calda s

0m

9


Festa da Coca

Termas de Monção

MONÇÃO

ROTEIRO 1 1

Igreja Matriz de Monção

42º 4’ 43.92’’ N, 8º 28’ 48.47’’ W 2

Igreja da Misericórdia de Monção

42º 4’ 42.37’’ N, 8º 28’ 52.55’’ W 3

Casa do Curro

42º 4’ 43.38’’ N, 8º 28’ 54.17’’ W 4

Casa Museu de Monção

42º 4’ 37.1’’ N, 8º 28’ 51.23’’ W 5

Muralhas de Monção

42º 4’ 36’’ N, 8º 28’ 51.07’’ W 6

Arquivo Municipal de Monção

42º 4’ 39.76’’ N, 8º 28’ 48.49’’ W 7

Fonte da Vila

42º 4’ 38.18’’ N, 8º 28’ 48.67’’ W 8

Convento dos Capuchos

42º 4’ 38.87’’ N, 8º 28’ 38.55’’ W 9 Termas de Monção

42º 4’ 44.35’’ N, 8º 28’ 22.95’’ W 10

Ponte da Igreja de Troporiz

42º 3’ 25.62’’ N, 8º 30’ 54.96’’ W 11

Torre de Lapela

42º 3’ 23.1’’ N, 8º 32’ 16.41’’ W 38 39

Roteiros Vale do Minho


Palácio da Brejoeira

LEGENDA AUDIO

VIDEO

VISITA VIRUAL

MODELAÇÃO 3D Utilize o leitor de MP4, o software de navegação ou CD-ROM interativo para obter mais informação sobre estes pontos de interesse

12

Penha da Rainha

41º 59’ 26.19’’ N, 8º 31’ 30.21’’ W 13

Palácio da Brejoeira

42º 2’ 29.8’’ N, 8º 29’ 33.96’’ W 14

Solar de Serrade

42º 3’ 31.1’’ N, 8º 28’ 36.09’’ W 15 Sant. de N. Senhora dos Milagres

42º 2’ 45.5’’ N, 8º 28’ 13.62’’ W 16

Igreja de Longos Vales

42º 3’ 3.78’’ N, 8º 26’ 41’’ W 17

Mosteiro de Merufe

42º 1’ 2.77’’ N, 8º 23’ 19.03’’ W 18 Capela de São Tiago

42º 3’ 47.07’’ N, 8º 24’ 12.85’’ W 19

Ponte do Mouro

42º 4’ 29.36’’ N, 8º 23’ 39.51’’ W 20

Paço Velho / Igr. Miseric. de Valadares

42º 4’ 26.27’’ N, 8º 21’ 49.2’’ W 21

Igreja Paroq. de Valadares (S. Eulália)

42º 4’ 20.67’’ N, 8º 21’ 20.36’’ W 22

Branda de Santo António

41º 59’ 59.94’’ N, 8º 17’ 46.73’’ W PONTOS DE INTERESSE | MONÇÃO

39


Castro de S. Caetano

Pedro Macau e Espigueiro

MONÇÃO

ROTEIRO 2 1

Castro de São Caetano

42º 2’ 26.35’’ N, 8º 26’ 37.24’’ W 2

Zona de Lazer do Senhor do Rio

42º 2’ 50.99’’ N, 8º 23’ 18.96’’ W 3

Zona de Lazer do Poço Curto

42º 2’ 4.77’’ N, 8º 22’ 57.19’’ W 4

Zona de Lazer de Tangil

42º 1’ 35.97’’ N, 8º 21’ 36.89’’ W 5

Castro de Nossa Senhora da Graça

42º 3’ 49.91’’ N, 8º 21’ 36.22’’ W 6

Pedro Macau e Espigueiro

42º 4’ 36.31’’ N, 8º 23’ 48.56’’ W 40 41

Roteiros Vale do Minho


Ecopista

7

Zona de Lazer de Tangil

Castro de Nossa Senhora D’Assunção

42º 3’ 30.25’’ N, 8º 24’ 30.83’’ W 8

Ecopista do Rio Minho

42º 4’ 9.27’’ N, 8º 31’ 25.4’’ W 9

Zona de Lazer de Cortes

42º 4’ 36.12’’ N, 8º 31’ 0.99’’ W 10

Zona de Lazer de Mazedo

42º 2’ 51.26’’ N, 8º 30’ 8.84’’ W 11

Zona de Lazer de Pinheiros

42º 2’ 14.51’’ N, 8º 30’ 7.87’’ W 12

Zona de Lazer de Pias

42º 0’ 55.31’’ N, 8º 29’ 46.82’’ W PONTOS DE INTERESSE | MONÇÃO

41


42

Roteiros Vale do Minho


PARA SABER MAIS ALMEIDA, Álvaro Duarte de e BELO, Duarte (coord.) (2007), Portugal Património. Guia – Inventário (Volume I: Viana do Castelo, Braga e Porto), Mem Martins: Círculo de Leitores ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de (1987), Alto Minho, Lisboa: Editorial Presença MENDES, Maria Clara (coord.) (1985), Por Terras de Portugal, Lisboa: Selecções do Readers Digest NEVES, L. Quintas (1956), A Coca Monçanense (sua origem e evolução). Separata do “Arquivo do Alto Minho”. TAVARES, Antonino (1971), O Pedro Macau. Lisboa: ed. Autor. VALE DO MINHO A.M, (2002), Brochuras promocionais do Vale do Minho – Monção Websites Consultados Câmara Municipal de Monção http://www.cm-moncao.pt/ ACER – Associação Cultural e de Estudos Regionais (Inventário “Vale do Minho, Espaço Memória e Identidade”) http://acer-pt.org/vmdacer/ INSTITUTO DE CONSERVAÇÃO DA NATUREZA E BIODIVERSIDADE http://www.icnb.pt

BIBLIOGRAFIA | MONÇÃO

43


Ficha técnica_ © 2010 - Associação de MunicÌpios do Vale do Minho www.valedominho.pt Todos os Direitos Reservados Tiragem: 1.000 Exemplares 44

Roteiros Vale do Minho


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.