1
Edição nº 160 - Ano XII - Rua Samuel Heusi, 463 - Sala 205. The Office Business Center - Itajaí/SC 88301-320
Novo pacote prevê R$ 54 bilhões para os portos até 2017 Programa lançado pelo governo federal também altera as regras do setor e abre a exploração dos portos para empresas privadas
Rússia acaba com suspensão das exportações de frigoríficos de três estados
Exportações catarinenses crescem quase 200% em uma década
2
Fazendo a diferença para sempre fazer melhor!
Alta Produtividade
Agilidade e eficiência
383 navios operados
63 de média geral de MPH
em 14 meses de operação.
(movimentos por hora).
Alta Performance
Acesso dedicado
160.832
35,5Km de acessos
contêineres movimentados em 14 meses de operação.
rodoviários pavimentados. Acesso direto à BR 101.
www.portoitapoa.com.br
EDITORIAL O anúncio do Programa de Investimento em Logística para Portos, feito pelo governo federal, não somente lança novas perspectivas de investimentos aos portos brasileiros como muda radicalmente a forma de gerir terminais portuários no Brasil. Serão R$ 54 bilhões para o setor portuário, a serem bancados pelo governo com parceria privada, até 2017, com o objetivo de atingir maior movimentação de cargas ao menor custo possível. As novas regras do setor abrem a exploração dos portos para empresas privadas. A partir de agora, companhias de qualquer segmento podem investir em terminais portuários, sob o argumento de dinamizar uma área que se transformou num dos maiores gargalos da economia, enquanto ficou basicamente sob controle do setor público. O pacote também visa à regulação do serviço de praticagem e a abertura de novas chamadas públicas para construção de Terminais de Uso Privativo (TUPs), além da aceleração de processos de arrendamento de áreas para prestação de serviços e licenciamento ambiental. Novas mudanças ainda vêm por aí, já que a presidente Dilma Rousseff anunciou que deve lançar até o final do ano um pacote voltado aos aeroportos Uma matéria sobre as exportações catarinenses mostra que as vendas de Santa Catarina para o mercado internacional cresceram nada menos que 199% na última década, segundo estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). No entanto, em valores exportados, a participação no total das exportações brasileiras caiu 5,2% em 2001 para 3,54% em 2011. Com isso, o estado passou de quinto maior exportador do país para a décima posição. Quer saber mais sobre o setor? Esta edição vem recheada de novidades. Boa leitura e um excelente final de ano para você!
Publicação: Perfil Editora Diretora : Elisabete Coutinho Diretora Administrativa: Luciana Coutinho Jornalista responsável: Luciana Zonta (SC 01317 JP) Reportagem: Adão Pinheiro e Luciana Zonta Foto da capa: Ronaldo Silva Jr./Divulgação Arte e Diagramação: Willian Domingues e Elaine Mafra (Serviço terceirizado) 47. 3046-6156 Fone / Fax: (47) 3348.9998 / (47) 3344.5017 www.informativodosportos.com.br informativodosportos@informativodosportos.com.br
ÍNDICE
04 e 06. Novo pacote prevê investimentos de R$ 54 bilhões nos portos até 2017 08 e 10. Exportações catarinenses crescem 199% em uma década 20 e 21. Duplicação do trecho Sul da BR-101 será concluído só em 2017 24 e 25. Rússia acaba com suspensão das exportações de frigoríficos de três estados 32 a 33
Ciência e Tecnologia
35 a 38
Suplemento SEP
41 a 44. Suplemento de Itajaí
4
PACOTE FEDERAL PACOTE FEDERAL
Novo pacote dede R$R$ 5454 bilhões pacoteprevê prevêinvestimentos investimentos bilhões nos portos portosaté até2017 2017
O
Do montante total, os portos de Santa Catarina (Itajaí, Imbituba e São Francisco do Sul) devem receber R$ 2,12 bilhões em investimentos da União e iniciativa privada até 2017, cerca de 4% do valor total anunciado. Estão previstos R$ 1,34 bilhão para os anos de 2014 e 2015 e R$ 781 milhões para os anos de 2016 e 2017. Também já estão alocados recursos na ordem de R$ 447 milhões para obras de dragagens de manutenção e aprofundamento nos portos catarinenses, por meio do Plano Nacional de Dragagem II, da Secretaria de Portos (SEP). Os serviços serão licitados em 2013 e, segundo o ministro Leônidas Cristino, com o diferencial de que esses serviços também englobarão a dragagem dos berços de atracação, além da dragagem dos canais de acesso e bacia de evolução. Dos R$ 54,2 bilhões de reais de investimento anunciados, a região Sudeste é a que mais receberá recursos. A região terá investimentos de R$ 16,509 bilhões nos dois primeiros anos e de R$ 12,146 bilhões em 2016 e 2017. Os investimentos na região Sul serão de R$ 3,363 bilhões em 2014 e 2015 e de R$ 4,250 bilhões nos dois
Edsom Leite
governo federal acaba de lançar o Programa de Investimento em Logística para Portos, um pacote de mais de R$ 54 bilhões para o setor portuário, a ser bancado pelo governo com parceria privada. Os investimentos serão aplicados até 2017. Destes, R$ 31 bilhões deverão ser investidos até 2015. De acordo com a presidenta Dilma Rousseff, o objetivo do programa é levar à maior movimentação de cargas com o menor custo possível aos terminais brasileiros.
anos posteriores. A região Norte receberá R$ 4,37 bilhões em investimentos em 2014 e 2015 e R$ 1,59 bilhão nos dois anos seguintes. A Nordeste ficará com R$ 6,775 bilhões em 2014 e 2015 e com R$ 5,159 bilhões em 2016 e 2017.
Pacote
dos maiores gargalos da economia, enquanto ficou basicamente sob controle do setor público. Anunciado em dezembro no Palácio do Planalto pela presidente Dilma Rousseff e o ministro Leônidas Cristino, da Secretaria dos Portos, o novo pacote de medidas é ambicioso do ponto de vista regulatório.
O governo federal alterou radicalmente as regras do setor portuário, abrindo a exploração dos portos para empresas privadas. A partir de agora, companhias de qualquer segmento podem investir em terminais portuários. O objetivo é dinamizar uma área que se transformou num
O pacote visa permitir a regulação do serviço de praticagem, eliminação de barreiras à entrada de novas empresas no setor, a abertura de novas chamadas públicas para construção de Terminais de Uso Privativo (TUPs), além da aceleração de processos de arrendamento de áreas para
5
Divulgação
6
O ministro dos Portos anunciou que serão feitas concessões de cinco portos públicos. Em Manaus (AM), Porto Sul (Bahia) e Águas Profundas (ES), a concessão prevê a construção de novos portos. Em Ilhéus (BA) e Imbituba (SC), os portos já existem. De acordo com Cristino, o processo para concessão desses portos começa em 2013. A construção dos portos de Manaus, Porto Sul e Águas Profundas vai custar, respectivamente, R$ 401,3 milhões, R$ 1 bilhão e R$ 2,9 bilhões, segundo estimativas do governo. Ilhéus e Imbituba devem receber, cada um, R$ 100 milhões em melhorias. O governo anunciou ainda que todos os 54 terminais arrendados até 1993 serão relicitados já no ano que vem. As regras de licitação para novos portos e terminais também são novas. Para vencer o leilão não será preciso apresentar a maior proposta financeira à União, mas sim, oferecer a maior movimentação de carga prevista para o empreendimento e a menor tarifa que será praticada no terminal.
Estrutura O governo apresentou também uma nova estrutura organizacional para o sistema de portos, com a vinculação da Agência Nacional de Trans-
Divulgação
prestação de serviços e licenciamento ambiental. “Queremos a promoção da competitividade e desenvolvimento da economia brasileira. E para isso temos que por fim nas barreiras à entrada do setor”, afirmou Cristino durante anúncio do plano em cerimônia no Palácio do Planalto.
portes Aquaviários (Antaq), que antes era ligada ao Ministério dos Transportes. Foi criada ainda a Comissão Nacional das Autoridades Portuárias (Conaportos) e a Comissão Nacional para Assuntos de Praticagem (Conap), cujos decretos a presidenta assinou no anúncio do pacote. Com essas medidas, o governo aumenta a ingerência federal sobre os portos. “Estamos convictos de que, com esse novo marco, o setor portuário terá cada vez mais capacidade para cumprir seu papel de maneira sustentada para o desenvolvimento e o crescimento da economia brasileira”, explicou o ministro. A Conaportos será a coordenação em nível federal das autoridades portuárias. O objetivo do órgão será diminuir a burocratização e a busca da agilização para re-
duzir o tempo de espera para a embarcação dos navios nos terminais brasileiros. Por ela, serão concentrados, por exemplo, todas as exigências de Receita Federal, Polícia Federal, Vigilância Sanitária, entre outros órgãos intervenientes. Ao anunciar as mudanças nas regras do setor de portos, a presidente Dilma Rousseff aproveitou para reforçar que, até o fim do mês, mais um pacote será lançado, desta vez voltado aos aeroportos. Segundo o ministro Wagner Bittencourt, da Secretaria de Aviação Civil (SAC), o governo prepara medidas para construir até o fim de 2015 cerca de 70 novos aeroportos regionais, a fim de levar a malha nacional a pouco mais de 200 terminais. Hoje, são 136 regionais.
7
8
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Guilherme Ternes
Exportações catarinenses crescem 199% em uma década
A
s exportações catarinenses cresceram 199% entre 2001 e 2011, e 34 dos 50 principais produtos exportados pelo estado tiveram um incremento superior a essa média. Os maiores crescimentos foram observados em produtos das categorias de bens de consumo não duráveis (principalmente alimentos e derivados), insumos industriais e bens de capitais. Santa Catarina conseguiu manter um saldo superavitário entre 2001 e 2005. De 2006 a 2008 o saldo continuou
positivo, mas em declínio. A partir de 2009, a balança comercial catarinense passou a ser deficitária. Essas foram as principais conclusões do estudo “Análise do Comércio Internacional Catarinense 2012”, que a Federação das Indústrias (Fiesc) lançou recentemente em Florianópolis. Em um década, as importações catarinenses cresceram 1.600%. No período, o estado registrou um salto de 53% no núme-
ro de importadoras, passando de 1.567 importadoras para 2.411. De acordo com o diretor de Relações Industriais da Fiesc, Henry Uliano Quaresma, isso ocorreu, principalmente, pelo crescimento da demanda interna e por um câmbio mais favorável. “Ampliação da infraestrutura portuária e o programa de incentivos fiscais criado em 2007 pelo governo estadual, o Pró-Emprego, que concedeu redução da alíquota de ICMS para produtos importados via portos catarinenses, foram
9
importantes para esse desenvolvimento”, acrescentou.
anos para atender o mercado brasileiro”, avaliou Henry Quaresma.
Santa Catarina conquistou espaço nos mercados de alimentos, máquinas e equipamentos elétricos, móveis, papel e celulose, cerâmica de revestimento e na indústria têxtil. No caso do frango, principal item da pauta de exportação catarinense, o estado é responsável por 14% de todas vendas externas do produto no mundo.
Exportações
Em valores exportados, a participação de Santa Catarina no total das exportações brasileiras caiu 5,2% em 2001 para 3,54% em 2011. Com isso o Estado passou de quinto maior exportador do país para a décima posição. Já nas importações o estado passou de uma contribuição de 1,55% em 2001 para 6,57% em 2011. A maioria dos produtos importados pelo estado são manufaturados utilizados pela indústria, mas também fazem parte da relação bens de consumo duráveis e não duráveis e alguns bens de capital. Destes, 14 tiveram importações superiores a US$ 150 milhões. Outro ponto interessante da publicação é o fato de que as importações catarinenses, que em 2001 vinham predominantemente da União Europeia (34,5%) e do Mercosul (24,7%), passaram a ser lideradas pela Ásia (43%). “A evolução das importações está em sintonia com as tendências do comércio internacional do período. As compras externas realizadas por Santa Catarina não se destinam totalmente ao estado, mas entram no Brasil pelos seus portos. Houve um grande aumento no volume de insumos para a indústria, máquinas e equipamentos, além de bens de consumo vindos de países asiáticos nos últimos
Os países com maiores quedas na participação do total exportado pelo estado na comparação entre 2001 e 2011, foram os Estados Unidos (de 23,58% em 2001 para 10,96% em 2011), a Alemanha (de 7,27% pra 4,6% no período) e a Rússia (de 6,43% para 3,17%). Nesse mesmo período os maiores incrementos na participação do total exportado por Santa Catarina foram a China (de 0,6% para 4,53%), o Japão (de 3,86% para 7,56%) e os Países Baixos (3,87% para 7,08%). O diretor de Relações Industriais da Fiesc lembra que exportar é importante, mas tem que ter valor agregado. Outro fator destacado por Quaresma é que as empresas devem manter o foco no mercado externo. Ele cita o exemplo das indústrias do setor moveleiro, que praticamente deixaram de trabalhar com o mercado internacional para focarem negócios no mercado interno. “É preciso atender esse mercado, até para manter a qualidade e a competitividade”, destacou. “Exportar para alguns setores é sobreviver”, reforça André Marcos Favero, diretor da Secex/Midc. Para ele, o Brasil precisa mudar o seu jeito de fazer negócio com os outros países.
Mudanças Entre 2001 e 2011 o volume de exportações globais triplicou, saindo da casa de US$ 6 bilhões para US$ 18 trilhões. Nesse contexto, os países em desenvolvimento, liderados pelo chamado BRIC ( Brasil, Rússia, Índia e China) ganharam peso econômico global. Entre 1995 e 2010, a partici-
Guilherme Ternes
10
Diretor de Relações Industriais da Fiesc, Henry Quaresma pação do conjunto dos países emergentes no volume do comércio mundial aumentou de 28,5% para 41.2%. No caso específico do BRIC, o Brasil se afirmou como um importante fornecedor mundial de alimentos, a Rússia de fontes de energia, a Índia de bens intensivos em mão de obra e a China de bens de alta tecnologia. Importando e exportando mais, o grupo de países elevou sua riqueza absoluta e relativa. Em 2010, os países do grupo BRIC eram responsáveis por 16 % da riqueza gerada no mundo, com uma participação no PIB global de 8% na década. Nesse ritmo, a China passou de quinto maior exportador do mundo para a primeira posição, deixando os Estados Unidos para trás. Já o Brasil terminou 2011 como o 22º maior exportador mundial. Em 2011, o país elevou suas exportações para US$ 256 bilhões.
11
12
A força que move o porto
N
A natureza em muito colaborou, mas é a força de Luiz, Daniel, Diogo, Sílvia, Flávio, João, Harlan, Ellen e de muitos outros trabalhadores da Emap, que dedicam diariamente suas competências e habilidades para administrar o porto, que faz o Itaqui direcionar esforços para alcançar a meta de, em 20 anos, tornar-se um dos 10 mais importantes portos do mundo, sendo elevado à categoria world class. Para alcançar esse objetivo, a atual gestão da Emap, sob a presidência do engenheiro Luiz Carlos Fossati, trouxe equilíbrio econômico, social e ambiental para
Fotos: Rodrigo Corrêa
a Baía de São Marcos, no Maranhão, desponta um dos portos mais promissores do Brasil. A força da natureza moldou uma área propícia para o recebimento de grandes navios. E pela sua rota estratégica no globo — é o porto brasileiro mais próximo da América do Norte, da Europa e da Ásia —, os olhos do mundo se voltam para essa região. As águas profundas e a localização privilegiada, aliadas aos investimentos e à gestão da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), conferem ao Porto do Itaqui a condição de um dos principais indutores do crescimento econômico do estado e de uma grande área de influência no país. Presidente da EMAP, Luiz Carlos Fossati, e equipe uma empresa pública que busca lucratividade, mas também assumiu a responsabilidade de propiciar desenvolvimento socioeconômico para o Maranhão e para as comunidades do entorno de suas instalações. E é o investimento nas pessoas que permite à Emap traçar uma rota de crescimento competitivo no mercado portuário mundial. “São os profissionais que trabalham aqui que permitem ao porto do Itaqui ter um diferencial”, afirma o presidente. Ellen Brissac, gerente de Contratos e Arrendamentos, percebe que o porto está passando por um momento único em que há crescimento do interesse das empresas em investir na região, e isso se deve aos projetos desafiadores que passam diariamente pela equipe responsável por administrar contratos já existentes e a receber novos clientes, a exemplo do Terminal de Grãos do Maranhão (Tegram). “Os grandes investimentos que chegam ao Maranhão passam pelo porto. Nosso desafio é ter agilidade para que os processos sejam conduzidos e as implantações aconteçam em tempo hábil, considerando sempre todo o aspecto legal”, afirma Ellen Brissac. Gerente de Logística, Silvia Gomes
Já pelas mãos de Sílvia Gomes, gerente de Logística, passam as cargas que chegam dos navios e precisam ser ar-
mazenadas. Trabalhando na Emap desde 2006, ela desenvolveu trabalhos na área de qualidade e mais recentemente aceitou o desafio de administrar a demanda crescente de cargas (granéis sólidos e líquidos, contêineres e carga geral). Aumento expressivo foi registrado também na movimentação de grandes cargas de projetos que estão sendo instalados no Maranhão, como os da Suzano Celulose, da MPX, da Vale, OGX, Gusa Nordeste e UTE Parnaíba. Sílvia argumenta que as atividades de logística na área portuária possuem um diferencial em relação ao que é usual no mercado, já que o profissional da área interage diretamente com o setor de Planejamento.
Liderando talentos Administrar uma empresa vai além do gerenciamento correto dos recursos financeiros, prazos e metas. Estar à frente de um empreendimento é ter uma visão humana daqueles profissionais que ajudam a edificar a organização. São os talentos internos que garantem a inovação, o crescimento e a solidez da empresa. E Fossati lidera atualmente uma equipe de empregados que sabe que o trabalho deles exerce impacto significativo na sociedade.
13
O principal desafio da atual gestão é transformar o perfil da Emap, permitindo que a empresa esteja focada em resultados, para que seja competitiva no mercado, tornando-a eficiente e agregando competência aos seus processos. E essas qualidades vêm por meio dos profissionais que trabalham na empresa. Um dos jovens talentos que a Emap possui em seu quadro funcional é o coordenador de Projetos, Flávio Pestana, formado em Arquitetura pela Universidade Estadual do Maranhão. Mas o que um arquiteto faz no Porto do Itaqui? “O arquiteto nessa área acompanha obras, documentos técnicos, relatórios dos projetos que são desenvolvidos internamente, tendo principalmente o foco nas condições de sustentabilidade e na utilização de materiais que não agridam o meio ambiente”, responde Flávio. Para o gerente de Planejamento, Harlan Allen, por nunca ter trabalhado com gestão portuária na área de planejamento, desde o início foi um desafio trabalhar na Emap. “Não dá para ficar entediado aqui, já que são muitas as demandas e aqui temos um dinamismo muito grande”, complementa Harlan. Investimento em capital humano A tecnologia não é suficiente para resolver todos os problemas, pois não substitui a competência das pessoas. Atualmente a Emap possui profissionais capacitados e
Gerente de Tecnologia da Informação, João Menegazzo,
Coordenador de Obras , Flávio Pestana altamente treinados para usar as ferramentas tecnológicas que ajudam no gerenciamento e no ganho em produtividade. São essas pessoas que permitem que a empresa seja ainda mais competitiva. E é nesse cenário que o gerente de Tecnologia da Informação, João Menegazzo, lidera a equipe responsável por informatizar todos os sistemas que funcionam na Emap, garantindo que a empresa tenha desde serviço de e-mail até o controle de todas as operações portuárias em tempo real. A Emap investe atualmente na implantação de um sistema de gestão informatizado, sem a utilização de papel e integrado com a comunidade portuária local e, mais tarde, com todos os órgãos intervenientes com os quais a empresa se relaciona. O projeto contribuirá para que as operações portuárias sejam ainda mais ágeis e seguras, além de proporcionar ferramentas para a organização de um banco de dados completo do Itaqui. “Atualmente fazemos o monitoramento em tempo real do percurso dos navios desde sua chegada até a saída do porto. Além disso, temos acesso às informações em tempo real, via tablet ou Iphone, o que permite que o processo de tomada de decisões seja mais rápido e eficiente”, afirma João. Daniel Aroucha, coordenador de Meio
Ambiente, acredita que investimentos em pesquisas científicas, educação ambiental e o monitoramento e fiscalização constante dos indicadores ambientais no porto, que hoje ocupa quarta posição no país no Índice de Desempenho Ambiental da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), sejam caminhos para diminuir o impacto no meio ambiente. O investimento em tecnologia também está ancorado no contínuo aperfeiçoamento do capital humano da empresa. A Emap investe em pessoas com potencial de crescimento e que estão engajadas nessa missão. O intuito é desenvolver pessoas através de treinamento, participação em cursos e com a oferta de benefícios que atraiam e mantenham os bons profissionais na empresa. “Depois de quase dois anos, devido a todos esses investimentos, tanto em tecnologia quanto em pessoas, o porto hoje tem mais credibilidade e um grupo de profissionais mais engajados a resultados, que possui motivação para atingir os nossos objetivos, dentro do tempo hábil e com grande competência. Esse é o grande desafio, manter essa máquina funcionando com os profissionais certos e motivados”, enfatiza Fossati. Texto: Asmynne Bárbara
14
LOGÍSTICA EFICIENTE
Divulgação / Hellmann
Hellmann comemora um ano de atividades em Itajaí e Curitiba
Angel Santana (President & CEO Brasil), Jost Hellmann (proprietário da Hellmann) e Gerhard Allgaeuer (presidente e CEO LATAM)
A
s comemorações do primeiro ano de atividades da Hellmann Worldwide Logistics em Itajaí (SC) e Curitiba (PR) contou com um evento especial e a participação do proprietário do Grupo Hellmann, Jost Hellmann. O evento foi realizado no Espaço Cultural David Carneiro, no Hotel Pestana, no dia 13 de novembro, sob a coordenação do gerente regional de vendas da Hellmann, Daniel Oldakoski. Um ano depois da abertura das duas novas unidades em Santa Catarina e Paraná, a empresa prevê um crescimento de 70% nos três estados do Sul em 2013.
euros por ano. Ao todo são mais de 22 milhões de embarques ao ano, ou 60.401 diários. Em todos os países onde atua, a Hellmann desenvolve programas de responsabilidade ambiental e desenvolvimento sustentável. Tanto que a empresa estruturou um departamento de gestão
ambiental com métodos de orientação nos mais diversos campos de atuação. Entre as metas deste trabalho está a redução e a reciclagem dos resíduos, a diminuição da emissão de gases do efeito estufa e a redução no consumo de energia elétrica nos locais de trabalho.
Fundada em 1871 no norte da Alemanha e com 443 escritórios em 157 países do mundo, a Hellmann Worldwide Logistics oferece serviços nos diversos modais logísticos, através de acordos de cooperação com companhias aéreas e marítimas de diversas partes do mundo. A gama de serviços prestados ainda inclui opções como frete rodoviário, desembaraço aduaneiro, e-commerce e soluções para a indústria, com pacotes feitos sob medida e de acordo com a necessidade de cada cliente. A Hellmann conta hoje com 10.003 funcionários em todo o mundo, com volume de negócios que chega a 2,65 bilhões de
Daniel Oldakoski e parte da equipe Hellmann Curitiba
15
16
ARTIGO
SDAPRSC garante a representação da categoria em Santa Catarina
D
epois de intensa luta judicial para garantir a representatividade da sua categoria em Santa Catarina, a diretoria do Sindicato dos Despachantes Aduaneiros dos Estados do Paraná e Santa Catarina (gestão 2010/2014), tem a responsabilidade de informar, aos seus associados e ao público em geral, que foi publicado, em 06 de julho de 2012, o despacho do chefe de gabinete do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), referente ao processo judicial, o qual tramitava na 20ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região, em Brasília. Trata-se do sobrestamento ao Ato de Criação do SDAASC - Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina. Vale lembrar que hoje o sindicato denomina-se SINDAESC. Como presidente do SDAPRSC, em direito às minhas funções, tenho como objetivo informar que, por decisão do MTE, o sindicato constituiu-se vitorioso na demanda, de forma que por maioria decidiram os desembargadores em determinar o imediato sobrestamento do Registro Sindical concedido ao SDAASC, sem que se aguarde o trânsito em julgado da presente decisão. Isto significa não se poder mais recorrer da sentença ou acórdão, seja porque já se passou por todos os recursos possíveis, seja porque o prazo para recorrer terminou. Desde 2008, o SDAPRSC travava uma batalha judicial para manter a representatividade da categoria dos despachantes residentes em Santa Catarina. Entretanto, a suposta defesa dos interesses dos despachantes catarinenses foi então reivindicada pelo Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina (SINDAESC), presidido por Marcelo Petrelli.
Divulgação
Izabel M. do Carmo
Esta decisão de chamar para o estado os interesses da categoria partiu do Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina, em 2006, que fez o pedido do registro sindical junto ao MTE visando sua representação. Entretanto, o SDAPRSC ajuizou junto ao Ministério pedido de impugnação contra o registro sindical. O pedido foi contestado pelo MTE que concedeu o registro sindical e determinou a exclusão da representatividade do Sindicato do Paraná aos despachantes aduaneiros catarinenses. Com isso, no dia 4 de agosto de 2008, o registro sindical concedido pelo Ministério do Trabalho ao Sindicato dos Despachantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina foi publicado no Diário Oficial da União e, dias após, o então ministro Carlos Lupi assinou a certidão que incluiu o sindicato no Cadastro Nacional de Entidades Sindicais (CNES). O sindicato recorreu contra a decisão do Ministério do Trabalho e Emprego e seguiu a luta pela manutenção da representação dos catarinenses na entidade. Esta batalha iniciada na gestão anterior foi incorporada pela atual presidente, que tomando posse em 2010, acreditou numa reviravolta e assertiva de uma posterior decisão judicial. Frente a esta decisão, publicada em julho, e face aos problemas gerados pelo SINDAESC, que pretendeu de forma avessa ao direito de se arvorar da representação já exercida por nossa entidade, continuaremos na defesa dos interesses de nossos associados, que confiaram na ideologia desta entidade que existe há 56 anos. A autora é presidente do SDAAPR (Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Estado do Paraná)
Veja a íntegra da decisão Despacho do chefe de gabinete Em 6 de julho de 2012 Sobrestamento O Chefe de Gabinete do Ministério do Trabalho e Emprego, no uso de suas atribuições legais, com fundamento nas Portarias Ministeriais nº 43/2009 e nº 186/2008 e na forma sugerida pela Nota Técnica nº 176/2012/AIP/ SRT/MTE, resolve SOBRESTAR o registro sindical outrora concedido ao Sindicato dos Despachantes e Ajudantes Aduaneiros do Estado de Santa Catarina (entidade sindical inscrita no CNPJ sob o nº 08.345.560/000190) no processo administrativo nº 46220.003163/2010-31, na forma determinada nos autos do processo nº 01920-51.2009.5.10.0020, em trâmite perante a 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 10ª Região. FERNANDO JOSÉ NOGUEIRA BRITO
MELHOR DO QUE TODOS OS PRESENTES POR BAIXO DA ÁRVORE DE NATAL É A PRESENÇA DO ESPÍRITO NATALINO.
www.egasolutions.com.br
CONTATE comercial@egasolutions.com.br
oficinadeidéias
17
18
PORTO DE FORTALEZA
Obra do Terminal de Passageiros ultrapassa os 40% de execução
A
Divulgação
construção do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza ultrapassou os 40% de execução, avançando nas três frentes de serviço: construção de um novo cais de atracação de navios, um novo pátio de armazenagem e uma nova estação de passageiros. A obra foi visitada por um grupo de técnicos portuários que participaram do VII Seminário SEP de Logística, realizado de 21 a 23 de novembro, em Fortaleza. Coordenada pela Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP/PR), a obra está orçada em R$ 149 milhões, incluindo construções físicas, aquisição de equipamentos (escada rolante, elevadores, defensas e scaners) e apoio à fiscalização. O empreendimento ficará pronto em dezembro de 2013 para operar durante a Copa do Mundo de 2014. Dados da Fundação Getúlio Vargas (FGV) indicam que Fortaleza deverá receber 717.892 turistas por ocasião do evento, o que vai movimentar a economia local pela geração de emprego e arrecadação. De acordo com Paulo André
Holanda, presidente da Companhia Docas do Ceará, empresa que administra o Porto de Fortaleza, o novo empreendimento garante a oferta de um espaço
adequado para atracação e desembarque/embarque de passageiros de cruzeiros marítimos. “O equipamento atende às demandas de expansão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento do Porto de Fortaleza (PDZ) para os próximos 30 anos, na medida que o novo terminal será de múltiplo uso. Nos períodos de baixa estação será utilizado para atracação de navios de contêiner. Isso garantiu a viabilidade econômica do empreendimento”, destaca Paulo André.
Visitação Além de fomentar a vocação turística da cidade de Fortaleza, o Novo Terminal Marítimo de Passageiros de Fortaleza vai estar aberto aos moradores da cidade para visitação, garantindo a melhoria da relação Porto x Cidade. Além disso, por iniciativa da própria Companhia Docas, seu Centro Vocacional Tecnológico Portuário Manuel Dias Branco está capacitando moradores do entorno do porto para as demandas de emprego que surgirão no empreendimento.
19
OPERAÇÃO ESPECIAL
Comboio leva carga especial de Santos ao Mato Grossodo Sul
U
m comboio de 22 contêineres alinhados realizou uma operação especial entre o Porto de Santos e Aparecida do Taboado (MS). A operação foi comandada pela DC Logistics Brasil, com sede em Itajaí (SC), para entrega de um maquinário que será utilizado na nova linha de produção de coberturas isotérmicas. Este é considerado atualmente o mais moderno equipamento do Brasil nesse segmento. A operação porta-a-porta teve origem em Gênova, na Itália. O volume total de 22 contêineres especiais veio num lote único. A carga é um investimento para aumentar um parque fabril com alto impacto na geração de empregos na região do entorno da cidade sul-mato-grossense. “Por ser embarque de uma máquina (e não de suas partes e peças), foi importante o embarque único. Além disso, fizemos a entrega em comboio desde Santos até Aparecida do Taboado,
uma vez que, para o cliente, esta necessidade era fundamental”, salienta o managing director da DC Logistics Brasil, Ivo Mafra.
Serviço De gigantescos brinquedos de parques de diversões a animais de grande porte, uma série de transportes desse tipo é realizada com fre-
quência pela empresa de Santa Catarina, cuja estrutura mantém uma equipe especializada há sete anos. Como diferencial de mercado, o quadro conta com profissionais altamente experientes, com conhecimento diferenciado em Carga Projeto. As cargas envolvendo máquinas pesadas, máquinas de grande porte, plantas industriais, guindastes e iates estão entre os principais tipos transportados.
20
LOGÍSTICA CATARINENSE
Duplicação do trecho Sul da BR-101 será concluído só em 2017
O
trecho sul da duplicação da BR-101, inicialmente previsto para ser entregue em 2008, só deve ficar pronto nove anos depois, em 2017, aponta estudo da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). O relatório de 2011 já apontava que a obra não seria concluída antes de 2016. “O novo estudo traz informações importantes, como a de que em 2012 houve consistente melhoria no ritmo das obras em lotes que estavam em situação extremamente crítica até então. O grande volume de investimentos necessários para as obras de arte ainda não executadas é um alerta e mostra que precisamos seguir acompanhando de perto o andamento dos trabalhos para que não constituam graves gargalos para a logística do Sul de Santa Catarina”, afirma o presidente da Fiesc, Glauco José Côrte. O levantamento, que tem o apoio do Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia de Santa Catarina (Crea/SC), foi realizado em outubro pela Saporiti Engenharia, que percorreu o trecho entre Palhoça e a divisa com o Rio Grande do Sul. Para a conclusão completa da obra falta duplicar 26,2 quilômetros, o que equivale a 11% dos 238,3 quilômetros do trecho, além de investimentos de R$ 1,22 bilhão, valor que corresponde a 67% do total aplicado até o momento, estimado em R$ 1,82 bilhão. O trabalho constatou que houve evolução significativa no ritmo das obras dos lotes 25 (Bananal-Rio Capivari) e 29 (Araranguá-Sombrio). Das obras e serviços já contratados, ainda falta concluir obras de arte como oito viadutos e passagens veiculares inferiores; três novas pontes; cinco alargamentos e reforços de pontes antigas, 45 passarelas, além dos 26,2 quilômetros de duplicações e restaurações de
pavimentos. O término desse conjunto de obras preocupa pela grandiosidade das construções, segundo mostra o estudo.
Atraso O trabalho também destaca as obras ainda não contratadas como a transposição do Morro dos Cavalos, composta por dois túneis e viadutos (3,3 mil metros), que aguarda análise do estudo de impacto ambiental (EIA) e do relatório de impacto ambiental (Rima) pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) desde fevereiro de 2011. Depois dessa fase, será elaborado o projeto executivo para posteriormente iniciar o processo licitatório. Outros projetos importantes ainda não contratados são a travessia urbana de Laguna (5,1 quilômetros), o reforço e alargamento da ponte sobre o rio Tubarão (ponte Cavalcanti), que aguardam processo li-
21
A análise também relata as obras e serviços já contratados que ainda não foram concluídos como a implantação, pavimentação e construção de viadutos do lote 25; a construção de duas pontes sobre o rio Araranguá; a construção do viaduto de acesso a Sombrio e a implantação e pavimentação do contorno de Araranguá. Nos últimos relatórios do andamento das obras de duplicação, disponibilizados pela superintendência regional do Departamento Nacional de Infraestrutura do Transporte (DNIT), está prevista a conclusão das obras contratadas, exceto a ponte estaiada, de Laguna, para dezembro de 2012. No entanto, a consultoria contratada pela Fiesc considera que será difícil o cumprimento do prazo, pois há obras que não foram iniciadas, como os reforços e alargamentos das pontes antigas sobre os rios Paulo Lopes, Penha, Araçatuba, Cova Triste e Capivari. Para realizar esses serviços, será necessária a interdição do trânsito nas pistas, o que deve causar transtornos para os usuários.
DNIT
citatório, e a construção do túnel sob o Morro do Formigão, em Tubarão, que está em processo de conclusão da licitação.
Obras do lote 29 (Araranguá-Sombrio)
Faça Parte Do Melhor e Maior Complexo De Armazéns Logísticos Do Vale Do Itajaí. LOCALIZAÇÃO: 500metros da 101, 6km do porto de ITAJAÍ, 19km do porto de NAVEGANTES. COMPLEXO LOGÍSTICO: Com mais de 300.000 metros quadrados de terreno e aproximadamente 100.000 metros quadrados de área construída entre SALAS e ARMAZÉNS. Salas de 25 à 1000m2 com toda infra estrutura. Armazéns de 1.500 à 15.000 com piso para cinco toneladas por metro quadrado, pé direito de 8 metros e/ou 12 metros.
VANTAGENS & SERVIÇOS: Oferece monitoramento com acesso online, vigilância e segurança armada 24 horas por dia, balança para até 90 toneladas, restaurante, bem como outros serviços de manutenção, conservação, limpeza, jardinagem.
www.amplogistica.com.br
AMP ARMAZÉNS // SALAS SALAS COMERCIAIS COMERCIAIS ARMAZÉNS
22
PORTO DE IMBITUBA
Governo do Estado pode assumir administração por dois anos
O
governo catarinense pode ter dificuldades para assumir a administração do Porto de Imbituba, no sul do Estado, previsto para dezembro deste ano. A Companhia Docas de Imbituba (CDI), empresa privada que administra o porto, obteve decisão liminar da 8ª Vara da Justiça Federal, no Distrito Federal, que reconhece a vigência do contrato de concessão de Imbituba, celebrado entre a CDI e a União, até 26 de julho de 2016. A Secretaria dos Portos (SEP) assinou em novembro um convênio com o estado, transferindo a administração do porto ao governo catarinense para os próximos dois anos. O entendimento da SEP é que o convênio da gestora atual, formalizado em 1942, encerrou no dia 15 de novembro. A Companhia Docas busca a restituição de um período de cerca de três anos e dez meses que foi suprimido do contrato original de concessão por ato do ex-presidente Getúlio Vargas, na II Guerra
Mundial. A decisão da Secretaria dos Portos chegou a ser comemorada pelo governador Raimundo Colombo. “É um momento de virada para o Sul. Queremos levar para o município e à região o mesmo desenvolvimento observado em Itajaí com o porto municipal”, disse o governador.
A assinatura do convênio de delegação do Porto de Imbituba pela União para o Estado aconteceu durante reunião entre o governador e o ministro dos Portos, Leônidas Cristino, na Secretaria de Portos. Se assumir o Porto de Imbituba, na prática, a máquina estadual passa a ter o controle de um dos terminais com maior potencial de
23
crescimento e com uma das melhores condições naturais do país, gestão a ser realizada pela SC Participações e Parcerias SCPar. A nova estrutura que o estado pretende assumir soma-se ao Porto de São Francisco, no Norte do Estado, que já é administrado pelo governo catarinense e teve seu período de gestão estadual prorrogado por um ano. O convênio atual venceria no dia 30 de novembro. “Temos dois braços para fomentar o desenvolvimento de Santa Catarina. No estado são cinco portos, em uma concorrência importante e saudável entre privados, municipais e estaduais”, explicou Colombo. O governador também afirmou que o estado tem interesse em manter a administração desses portos após o término dos convênios. “Já deixamos claro nas conversas que queremos manter a administração desses portos por mais tempo.” A Praia do Porto, onde está localizado o Porto de Imbituba, tem seus limites protegidos por dois costões rochosos, além de um molhe de abrigo de 845 metros, o que mantém as águas tranquilas. A enseada de mar aberto possui profundidade natural de 10,8 metros e permi-
te que navios atraquem a qualquer hora do dia ou da noite, mesmo com condições meteorológicas adversas. Com a conclusão das obras de dragagem, que estão sendo realizadas pelo governo federal e estão previstas para acabar até meados de 2013, o calado passará a ser de 14,5 metros nos cais 1 e 2 e a profundidade no acesso à bacia será de 17 metros.
Potencial Hoje o porto movimenta menos do que o seu potencial. As movimentações de janeiro a dezembro de 2011 foram de 2,4 milhões de toneladas de cargas, a melhor movimentação dos últimos 23 anos. A capacidade atual, no entanto, é de 5 milhões de toneladas (300 mil contêineres e outras cargas), além de possuir uma capacidade potencial que pode ser obtida com melhorias na infraestrutura, de 15 milhões de toneladas (900 mil contêineres e outras cargas). O porto foi administrado durante 70 anos pela Companhia Docas de Imbituba. Era, portanto, o único porto público do país administrado por uma empresa privada. Como concessionária e na
função de Autoridade Portuária, a Companhia Docas de Imbituba tinha como atribuições principais gerenciar e fiscalizar todas as atividades e operações portuárias, funções que passariam agora a ser responsabilidade do estado, exercidas por meio da SC Parcerias. “Agora, a instituição passaria a executar uma de suas atividades mais importantes: ser agente direta para a promoção do desenvolvimento”, explica o presidente da SCPar, Paulo César da Costa. O Porto de Imbituba tem à sua disposição 229 quilômetros de linhas ferroviárias que compõem a malha da Ferrovia Dona Tereza Cristina, interligando-o aos municípios de Tubarão, Siderópolis e Criciúma. O governo federal contratou um projeto executivo para implantação da Ferrovia Litorânea, que interligará Imbituba aos demais portos catarinenses e à malha ferroviária nacional. As instalações de acostagem são constituídas por quatro berços de atracação com operações todos os dias do ano. As cotas dos cais de atracação em Imbituba possuem 6,5 metros de altura acima do nível do mar, alguns metros acima da maioria dos portos brasileiros, o que evita alagamentos por marés atípicas.
24
CARNE SUINA
Rússia acaba com suspensão das exportações de frigoríficos de três estados
A decisão de suspender o embargo às carnes dos três estados foi comunicada ao embaixador brasileiro em Moscou e ao secretário de Defesa Agropecuária, Ênio Marques, durante encontro com o chefe do serviço sanitário russo (Rosselkhoznadzor), Sergey Dankvert. Com isso, as 85 plantas industriais que foram afetadas, conforme lista do Servi-
ço Sanitário russo, poderão retomar os embarques para o país do leste europeu. Iniciado oficialmente em 15 de junho de 2011, o embargo russo às carnes brasileiras afetou principalmente as exportações de suínos. O prejuízo para o Rio Grande do Sul, por exemplo, foi de US$ 454,3 milhões de perdas em negócios do período do início da paralisação das exportações até setembro deste ano, conforme levantamento da Fundação de Economia e Estatística do Rio Grande do Sul (FEE). Apesar do crescimento de mercados compradores como a Ucrânia, o valor pago pelo produto ainda não compensou a perda de arrecadação dos russos. De janeiro a setembro, o setor de suínos gaúcho teve receita de US$ 283,32 milhões, bem abaixo dos US$ 378,93 milhões do
Divulgação
D
epois de 17 meses de embargo às carnes do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso, a Rússia deve acabar com a suspensão das exportações dos frigoríficos dos três estados. Segundo o governo brasileiro, a retomada das exportações para o mercado russo ainda depende da emissão de comunicado oficial pelo Serviço Sanitário daquele país e da habilitação específica por estabelecimento exportador.
Presidente da União Braisileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra
25
mesmo período de 2011.
Plano Para retomar as exportações de carnes para a Rússia, frigoríficos de Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul que estão habilitados terão de cumprir um plano de ação e assumir o termo de responsabilidade sobre exigências do Serviço Sanitário russo. Apesar das restrições, o volume das exportações brasileiras de carnes até outubro cresceu 4,7% em relação a igual período do ano passado, enquanto o valor teve leve aumento de 0,5%. No acumulado do ano, as exportações brasileiras de carne bovina para o mercado russo aumentaram 5,9% em volume e 0,5% em valor. Mesmo com apenas quatro plantas liberadas pelos russos, as exportações de carne suína recuaram apenas 9,34%, enquanto a receita teve queda de 16,5%. O presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra, disse
que a decisão do governo russo de reverter o embargo “segue a lógica e demonstra o reconhecimento do Leste Europeu à capacidade do setor exportador brasileiro de proteína animal”. Segundo ele, houve um envolvimento grande do
Ministério da Agricultura e das entidades exportadoras de proteínas: a Ubabef, a Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carnes Suína (Abipecs) e a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec).
26
RESPONSABILIDADE AMBIENTAL
Conexão Marítima desenvolve projeto sustentável de reciclagem de pallets
U
Segundo os diretores da empresa, Rafael Coutinho e Alessandro Coelho, o Recicla Pallets surgiu da preocupação da equipe de recursos humanos com a necessidade em dar o destino correto aos pallets quebrados, que não teriam mais conserto para retornar à operação na empresa. Como os descartes estavam indo para o lixo comum, a Conexão Marítima fez contato com a ONG Reci3e, de Itajaí, que já desenvolvia um trabalho de reciclagem de
Divulgação
m projeto especial de sustentabilidade foi lançado pela Conexão Marítima durante a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho (Sipat). A empresa inaugurou uma sala de descanso para funcionários com materiais reciclados, ação que integra o programa Recicla Pallets. A Sipat contou com uma programação de quatro dias de palestras sobre temas como prevenção a acidentes de trânsito, qualidade de vida, cuidados com a pressão arterial e o coração e prevenção do câncer de mama.
lixo eletrônico, para firmar a parceria. Com a parceria estabelecida, a Conexão Marítima está patrocinando a construção de uma oficina junto à sede da ONG. No local, um colaborador da Reci3e dará aulas de montagem de móveis e objetos de decoração a partir dos restos de madeira
oferecidos pela Conexão Maritima. O material será comercializado através de parcerias e o valor, revertido para manutenção do projeto.
Espaço A sala de descanso especialmente criada para os
27
funcionários da Conexão Marítima foi parte inicial deste trabalho. “Queríamos primeiramente vender a ideia aos nossos colaboradores, que ajudaram a construir todos os móveis e objetos”, comenta Alessandro Coelho. A equipe criou artigos como sofás, poltronas, lixeiras, mesa de centro, estante para revistas, vasos decorativos, floreiras, biombo e mesa de cafezinho. A linha de decoração sustentável ainda foi complementada com pufes e floreiras de parede elaboradas a partir de pneus. A proposta de criar o espaço de descanso aos funcionários partiu da intenção de proporcionar um lugar agradável, bonito, que integrasse as pessoas e que refletisse também a preocupação da empresa com o crescimento sustentável. “O aumento de nossas operações e do quadro de colaboradores nos leva também à preocupação de crescermos com responsabilidade, o que deve ser refletido em nossas ações e na qualidade de vida dos nossos funcionários”, completa Rafael Coutinho. “O objetivo foi atingido e copiado por muitos colaboradores, que chegaram a fotografar para mostrar para as esposas em casa”, concluem os diretores.
28
PORTO DE SALVADOR
O
terminal de contêinres do Porto de Salvador, operado pelo Grupo Wilson Sons, passou a contar com um calado de 13,9 metros no Cais de Água de Meninos, que opera navios de longo curso, e de 12 metros para o Cais de Ligação, preferencial para navios de cabotagem. A Companhia das Docas do Estado da Bahia comemorou a homologação e prevê novas oportunidades para a comunidade portuária e aos interessados no comércio marítimo com o Brasil. “É uma ótima notícia e que interessa a todos, porque representa fretes mais baratos e um expressivo ganho de competitividade para a Bahia”, avalia o presidente da Companhia, José Muniz Rebouças. O diretor executivo do Tecon Salvador, Demir Lourenço Júnior, informa que o terminal já está preparado para operar navios comerciais que chegam a até 170 mil toneladas de deslo-
camento, o equivalente a navios porta-contêineres de 11 mil TEUS, como o super-post panamax. “O novo calado faz parte de uma série de intervenções que elevam a nossa capacidade operacional”, observa o diretor executivo. O homologação coincide com a inauguração do novo terminal de contêineres do porto. O novo Terminal de Contêiner de Salvador recebeu investimentos de R$ 160 milhões nas obras de ampliação, modernização, dragagem e aquisição de novos equipamentos. A capacidade de movimentação do novo terminal passa a ser de aproximadamente 530 mil TEUs por ano, o que equivale a mais do dobro dos 250 mil TEUs/ano de antes da ampliação. Na configuração atual, o Tecon conta com três novos portêineres super-post panamax capazes de atender às maiores embarcações em operação no mundo, e seis novos RTGs, os primeiros totalmente elétricos da América Latina.
Divulgação
Novo calado permite operação de navios super-post panamax
29
RANKING DA COMPETITIVIDADE
Brasil aparece entre países de competitividade baixa
O
Brasil subiu uma posição no ranking de competitividade em 2011. Segundo dados divulgados pela Federação das Industrias do Estado de São Paulo (Fiesp), no final de novembro o país passou do 38º lugar em 2010 para o 37° lugar em 2011 com alta de 0,1 na nota que forma a classificação, obtendo 22,5 de um limite máximo de 100. O levantamento compara 43 países no ano de 2011, a partir do desempenho de oito fatores: economia doméstica, abertura econômica, eficiência de governo, facilidade na obtenção de capital, infraestrutura, tecnologia, produtividade e capital humano. O Brasil figura no grupo de competitividade baixa, estando abaixo de países como México, que aparece no ranking em 34º lugar, com 28,3 pontos, e Tailândia, em 35º lugar, com 26,3 pontos. “No Brasil, elevados juros e spread [diferença entre a taxa de captação do dinheiro pelo banco e a taxa cobrada do cliente] limitam o crédito, o que, combinado com a alta e crescente carga tributária, desestimulam o investimento”, oficializou em nota a entidade. Os Estados Unidos ficaram em primeiro
lugar na classificação, com 91,8 pontos; Hong Kong, na segunda colocação, ficou com 75,3 pontos. A China foi classificada em 22º lugar (53,9 pontos); a Rússia, em 24º (50 pontos); a África do Sul, 36º (24 pontos) e a Índia, 43º (8,9 pontos). “O Brasil não mostra um desempenho competitivo em seus resultados comerciais, principalmente por causa do déficit em manufatura, explicado, em grande parte, pelo custo Brasil e pelo comportamento do câmbio”, acentua o presidente da Fiesp, Paulo Skaf. O desempenho do Brasil, no entanto, melhorou. Entre 2000 e 2011, o índice de competitividade do país passou de 17,4 pontos para 22,5 pontos, um aumento de 5,1 pontos e subida de três posições no ranking. A Coreia do Sul apresentou crescimento de nove posições no mesmo período, enquanto a China mostrou aumento de competitividade de oito posições, seguida pela Irlanda, com ganho de sete posições. De acordo com o ranking, a Suécia, a Finlândia e o Japão foram os países que mais perderam competitividade entre 2000 e 2011, com decréscimos de 9, 8 e 7 posições, respectivamente.
36 30
PORTO DE PARANAGUÁ
Nájla Furlan - APPA
Pátio de triagem terá novo acesso
O
Porto de Paranaguá terá um novo acesso para caminhões que se dirigem ao Pátio de Triagem. O governador Beto Richa autorizou a realização da licitação para contratar o serviço. Orçado em R$ 2,4 milhões, o projeto prevê a construção de 1,2 km de via marginal que irá ordenar o fluxo de caminhões ao pátio, promovendo a segurança no tráfego e mais agilidade no acesso. A solução que será adotada prevê implantação de um canteiro central e delimitação do acesso ao pátio de triagem por via marginal, desde a rotatória da avenida senador Atílio Fontana até a marginal de acesso. Com a implantação do canteiro central, o fluxo de veículos vindos da Estrada Velha de Alexandra – que dá acesso ao Pátio – em direção à Rua 13 será impedido, evitando o cruzamento na BR 277. A obra de construção do novo acesso ao Pátio de Triagem integra um Programa de Recuperação e Ampliação da Capacidade do Pátio de Triagem do Porto de Paranaguá. De acordo com o superintendente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, o objetivo do programa é melhorar o nível de atendimento dos serviços nos portos paranaenses. “O
pátio foi construído na década de 1970 e, de lá para cá, não passou por reformulações. Com as soluções que iremos implantar, acabaremos com o problema das filas de caminhões que se repetem a cada safra”, explica. Além do novo acesso, o Programa de Recuperação do Pátio prevê melhorias na iluminação, sinalização, sonorização, recuperação da pavimentação, nova estrutura para recepção de caminhoneiros e ampliação de área para recebimento de caminhões. A Appa já concluiu a pavimentação e concretagem de algumas vias internas do pátio. A diretoria técnica também está finalizando ajustes no prédio recém-construído, que vai dar lugar ao receptivo de caminhoneiros. O lugar servirá como apoio enquanto os motoristas aguardam para fazer a descarga dos caminhões. O local terá bancos, balcão de informação, sala de espera e banheiros. O programa prevê ainda a ampliação do pátio, através da aquisição de uma nova área suficiente para dobrar a atual capacidade do local. A previsão é de que a obra leve cerca de 120 dias para ser concluída, a partir da assinatura do contrato com a empresa ganhadora da licitação.
31
SEGURANÇA MARÍTIMA
Sâmar Razzak - ASSCOM
Capitania dos Portos estabelece nova margem para navegação
O
Porto de Paranaguá acaba de ser autorizado a operar navios de até 335 metros de comprimento, no período diurno, e de até 306 metros de comprimento no período noturno. As novas margens de navegação foram determinadas pela Capitania dos Portos do Paraná. Foi a segunda vez que a Capitania expandiu as condições de navegação pelo Canal da Galheta em apenas um mês.
Nos últimos anos, a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa) realizou várias intervenções, como o estabelecimento de contratos de manutenção da sinalização náutica e campanhas de sondagens batimétricas. Agora, está finalizando a dragagem no principal trecho de navegação do porto. O superintendente Appa, Luiz Henrique Dividino, explica que a dragagem de manutenção está concluída no canal principal. A obra já restabeleceu a profundidade de 15 metros e a largura de 200 metros do Canal da Galheta. Agora o porto realiza a dragagem no ponto mais crítico do trecho, elevando os níveis de segurança e reduzindo as incertezas principalmente em anos em que poderão ocorrer eventos climáti-
cos que acelerem o assoreamento. São 1.650 metros que passarão de 200 para 225 metros de largura.
Contêineres De acordo com o Departamento de Operações da Appa, a ampliação trazida pela Portaria 080/12, da Capitania dos Portos, vai melhorar a produtividade do Terminal de Contêineres de Paranaguá. Os navios de contêineres com até 306 metros passam a entrar e sair do canal a qualquer hora, mesmo à noite. Os navios com até 335 metros passam a acessar o Porto de Paranaguá durante o dia, possibilitando que o terminal passe a atender aos chamados super navios. Segundo o diretor comercial do porto, Lourenço Fregonese, com as novas condições de navegação e operação do Terminal de Contêineres, o porto de Paranaguá se tornará ainda mais competitivo, permitindo operações mais eficientes. Um navio de 335 metros tem capacidade para mais de oito mil contêineres (TEUs). Em média, os navios que operam em Paranaguá têm até 290 metros de comprimento e capacidade de cinco mil contêineres.
32
ciência & tecnologia PACOTE FEDERAL
Novo pacote prevê investimentos R$ 54 bilhões As novas tecnologias ambientais e ode Petróleo nos portos até 2017
J
á é de conhecimento de todos que hoje nosso papel na preservação do planeta é fundamental. Tanto as gerações futuras quanto a nossa própria geração já sofrem com a agressão ao meio ambiente em que estamos inseridos.
mais complexas em moléculas mais simples; em seguida age como um “catalisador” para a atividade microbiana/bacteriana e, finalmente graças a um recurso exclusivo chamado “eco-ativador”, acelera o processo de biodegradação.
A preocupação com os danos causados ao nosso ecossistema tem proporcionado uma série de investimentos em inúmeras pesquisas e desenvolvimento tecnológico. Existe uma frequente busca de soluções que possam tratar de forma mais efetiva os problemas que afetam e debilitam nossos recursos naturais.
O eco-ativador reduz drasticamente o tempo de operação e ao mesmo tempo ajuda a preservar os recursos de água, uma vez que requer menos água do que os métodos convencionais.
Dentre os danos causados à natureza, em especial os mares, temos como mais preocupantes as contaminações por produtos químicos não biodegradáveis e os poluentes que provêm de hidrocarbonetos (derivados de petróleo). Uma nova tecnologia líquida ambiental à base de extratos vegetais foi desenvolvida para solucionar e prevenir grande parte desses danos. Trata-se de uma tecnologia líquida que facilita a biodegradação dos poluentes, atuando em primeiro lugar na quebra das cadeias moleculares, ou seja, converte moléculas
Esta nova solução foi testada e aplicada com sucesso em várias situações de limpeza industrial, usinagem, tratamento de água, redução de odor e até em emergências de recuperação e ambiental no âmbito da cooperação com empresas de todo o mundo nos campos da indústria, petróleo e meio ambiente. Com a nova tecnologia disponível, hoje já é possível reverter o quadro preocupante de um vazamento de petróleo, através de um tratamento que em prática irá desfazer o petróleo contido na área contaminada, e que por si só não afeta a vida marinha ou os mares de forma agressiva.
É um grande avanço da ciência”, pois os “reagentes tradicionais” utilizados em óleos e gorduras agem como diluentes, ou seja, o óleo não deixa de existir; ele apenas é diluído e transferido. Já com esta nova tecnologia, a molécula do óleo é desfeita e ele simplesmente deixa de existir, através do processo de desagregação, quebrando em partes simples as moléculas mais complexas como as do hidrocarboneto.
33
A solução com o Eco-ativador não se aplica unicamente a limpeza industrial ou a danos na natureza, pois com a popularização da tecnologia esperamos que este tipo de solução esteja em breve nas prateleiras do consumidor comum, que vai utilizar uma versão do mesmo líquido em sua casa, para as limpezas do cotidiano. “Com detergente feito com base nesta tecnologia, não existiria mais a necessidade de limpar uma caixa de gordura, por exemplo, pois ele naturalmente desagregará as moléculas de gordura contidas na caixa e encanamentos.”
O processo de desenvolvimento desta nova técnica para chegar a uma solução de limpeza e tratamento ambiental/industrial, vem de estudos laboratoriais realizados a mais de 40 anos na Itália para a produção de um líquido capaz de tratar sem poluir. A distribuição desta solução já chegou ao Brasil. Empresas brasileiras já vêm aderindo à nova técnica de tratamento pelo fato de ser muito mais eficiente além de ser não poluente, tornando o custo/ benefício da aplicação muito menor por conta dos resultados altamente satisfatórios comprovados pelos órgãos fiscalizadores estudiosos e ambientalistas locais.
34
NAVEGAÇÃO DE CABOTAGEM
Pesquisa aponta crescimento no número de navios para o setor
O
Para o diretor de Desenvolvimento de Negócios do Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), João Guilherme Araújo, o cenário é animador. “A demanda está colocada. O que devemos fazer é avançar pela perspectiva de como fazer os marcos do setor avançarem e perceber o que o cliente está precisando”, diz. A cabotagem, contudo, responde por apenas 9,6% da matriz brasileira de transporte, enquanto o modal rodoviário representa 65,6%. Para efeito de comparação, na União Europeia a cabotagem significa 37% da matriz de transporte do bloco e na China, 48%, relata o estudo. A pesquisa consultou 100 das 500 maiores empresas do país e mostrou que 68% têm a expectativa de aumentar o volume de produtos transportados por cabotagem nos próximos dois anos. O crescimento médio verificado é de 36%. Apenas 9% das companhias responderam esperar
Santos Brasil
número de embarcações disponíveis para cabotagem no Brasil deve saltar de 156 para 231 até 2017, um aumento de 48%, mostra pesquisa nacional. O volume de produtos transportados por meio de cabotagem cresceu, em média, 4% nos últimos oito anos. No período, o transporte de carga geral subiu 15%. No perfil da carga transportada pela cabotagem, a maior parte é constituída por granel líquido (79%), por conta de combustíveis e óleos minerais, que representam 77% do total de mercadorias que utilizam a operação no Brasil.
queda no uso desse transporte.
Entraves Entre os entraves para o desenvolvimento do setor, segundo Araújo, estão as amarrações burocráticas como a parametrização das cargas, as dificuldades de gerar conhecimentos de carga multimodais – que exigem cobertura de todo circuito, do embarque à entrega, incluindo até as placas do caminhões participantes, se houver – e os problemas históricos de infraestrutura. Sem contar custos operacionais, visto que a cabotagem não recebe os mesmos incentivos de tributação da navegação internacional.
Para João Guilherme Araújo, o que tem impulsionado o crescimento é a melhoria econômica do Nordeste e até as mudanças geradas no modal rodoviário pela lei 12.619, que regulamenta a profissão de motorista. Além disso, a cabotagem é menos poluente e mais segura para cargas de alto valor agregado, tanto sob a perspectiva patrimonial quanto de acidentes. O Porto de Santos é visto pelas empresas entrevistadas como o principal ponto de saída de carga por cabotagem, seguido por Paranaguá (PR) e Manaus (AM). Manaus e Suape (PE) são os portos com maior potencial de receber carga por cabotagem, seguidos por Santos.
35
SEMINÁRIO SEP
Ministro defende melhoria do nível de serviços nos portos
O
Durante o discurso de abertura, Cristino falou que o governo federal tem trabalhado arduamente para melhorar a gestão dos portos brasileiros, assim como o nível de serviços prestados. O ministro disse ainda que é preciso dar condições para que o país possa crescer, principalmente a partir de 2013. “Se o país vai crescer de 4% a 5%, a exportação de cargas crescerá exponencialmente. Temos que trabalhar para conseguir preparar os portos para isso. E este crescimento vai gerar emprego e renda, melhorando as condições de vida da população”, disse. A integração do governo federal e empresas na matriz brasileira de transportes foi um dos temaS das discussões do seminário. Os debatedores foram unânimes em afirmar que já ocorreu uma grande evolução, mas que muito ainda pre-
Divulgação /SEP
7º Seminário de Logística realizado pela Secretaria de Portos (SEP) reuniu, de 21 a 23 de novembro em Fortaleza (CE), representantes dos principais portos brasileiros e internacionais e especialistas do setor. O encontro teve como objetivo discutir as necessidades do sistema portuário e debater alternativas de melhorias e crescimento. O evento contou com a presença dos presidentes das Companhias Docas, portos delegados e empresários do setor. O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, realizou a abertura do evento, no Hotel Gran Marquise.
Ministro dos Portos, Leônidas Cristino cisa ser feito e que os investimentos não devem ser limitados. O público também pôde assistir às palestras dos economistas Ciro Gomes e Gustavo Loyola. Os palestrantes trouxeram para o público um debate em relação ao panorama econômico e político da integração dos modais de transporte no Brasil e sua localização no contexto mundial.
Avanços Durante o evento, o prefeito eleito de Fortaleza, Roberto Cláudio, a convite da SEP, pôde observar os avanços da construção do Terminal Marítimo de Passageiros do Porto de Fortaleza,
que está com 40% de execução física pronta, compreendendo a construção de uma nova estação de passageiros, um novo cais de atracação de navios e um pátio de armazenagem de 40 mil m². O empreendimento está orçado em R$ 149 milhões. A obra conta com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem previsão de conclusão para dezembro de 2013. A comitiva composta por empresários e convidados do evento foi conduzida pelo secretário executivo da SEP, Mário Lima Júnior, peloo chefe de gabinete, José Carlos Martins e o presidente da Companhia Docas do Ceará (CDC), Paulo André Holanda.
36
SECRETARIA DE PORTOS
SISTEMA PORTUÁRIO
Entidades defendem interação da matriz brasileira de transportes
A
Atualmente, 90% das cargas exportadas pelo Brasil saem pelos portos. “Mas não adianta os portos estarem equipados e modernizados se os acessos são precários. Precisamos adequar urgentemente a matriz dos transportes a essa nova realidade”, disse o representante da Associação Brasileira dos Terminais e Recintos Alfandegados (Abtra), Antônio Carlos Cristino. Segundo o especialista, até os anos 2020 o Brasil tende a movimentar mais de 9 milhões de contêineres e a plataforma logística precisa estar atenta a esse crescimento. “Sempre que registramos aumento no Produto Interno Bruto (PIB), a movimentação de contêineres nos portos brasileiros cresce de 2 a 3 pontos percentuais acima do indicador. Isso serve para nós como um alerta do mercado, para
Divulgação /SEP
integração do governo e empresas na matriz brasileiras dos transportes foi um dos tema das discussões da 7ª edição do Seminário SEP de Logística, realizado de 21 a 24 de novembro, em Fortaleza, Ceará. “O Brasil está mudando, as operações portuárias estão crescendo significativamente e os usuários dos portos brasileiros não podem ficar à mercê apenas do transporte rodoviário. A matriz dos transportes brasileira precisa mudar, é premente a necessidade de se utilizar o trem e o transporte dutoviário, com necessidade de investimentos nesses modais. Não podemos depender apenas das rodovias, que não têm condições de acompanhar o crescimento da demanda”, disse o diretor presidente da Companhia Docas de São Paulo (Codesp), Renato Ferreira Gomes. que melhoremos nossos acessos e realizemos investimentos nos demais modais”, afirmou.
Investimentos Eliane Barbosa, que representou o presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Mello, concorda com a necessidade de maiores investimentos em outros modais, que contribuirão, inclusive, para a uma melhor integração porto/cidade. Já o presidente da Companhia Docas do Ceará, Paulo André Holanda, diz que a integração modal dos transportes, ou seja, a ligação entre rodovias, ferrovias e portos, deve proporcionar aos portos uma maior importância na dinâmica da economia brasileira. “Noventa por cento daquilo que o Brasil importa e exporta passa pelos
portos e por isso temos que investir. Mais do que isso, temos que olhar para os três meios de transporte. Agora, chegou o momento de uma remodelagem no esqueleto de nossa matriz”, explicou. O superintendente do Porto de Itajaí, engenheiro Antônio Ayres dos Santos Júnior, diz que essa integração intermodal é fundamental para garantir a competitividade dos portos brasileiros. “O país tem grande potencial de explorar também as ferrovias e hidrovias. Isso agilizará significativamente a movimentação das cargas, enxugará custos e retirará caminhões das estradas e cidades”, enfatiza Ayres. O Complexo Portuário do Itajaí participou com estande, que agrega o porto público, a APM Terminals Itajaí e Portonave S/A.
37
SECRETARIA DE PORTOS
Porto Maravilha
Projeto de revitalização é apresentado no Seminário SEP
A diretora de planejamento e relações comerciais da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Eliane Barbosa, afirmou que o cronograma de obras de infraestrutura está em dia, assim como as obras do sistema viário que seguem adiantadas, incluindo uma das mais discutidas pelos cariocas e que vai alterar a atual configuração da Avenida Rodrigues Alves, no centro da capital fluminense, importante via de acesso à área do porto. A obra significará a derrubada do elevado da Perimetral, que hoje aju-
da na distribuição do trânsito local. Outra fase importante do projeto destacada por Eliane está relacionada aos projetos nos portos de Niterói, Angra dos Reis e Itaguaí. “São iniciativas que atraem mais empresas, geram impostos”, disse. O aumento da movimentação de carga e de passageiros é também uma prioridade no projeto de revitalização do Porto do Rio. Serão mais de R$ 3 bilhões em investimentos nos próximos cinco anos, feitos em melhorias nesta que é a área de embarque e desembarque de mercadorias, além de terminal de passageiros que visitam a cidade.
Divulgação /SEP
O
projeto de reurbanização do Porto do Rio de Janeiro foi apresentado durante o VII Seminário de Logística em Fortaleza, organizado pela Secretaria dos Portos (SEP). O Porto Maravilha está orçado em R$ 7,6 bilhões e, por ser uma parceria público- privada (PPP), não tem aditivos de preço. Deste total, R$ 4,1 bilhões serão aplicados em obras e R$ 3,5 bilhões representam prestação de serviços municipais. O projeto abrange uma área de 5 milhões de metros quadrados, que tem como limites as avenidas Presidente Vargas, Rodrigues Alves, Rio Branco, e Francisco Bicalho.
Diretora de Planejamento e Relações Comerciais da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Elaine Barbosa
Terminal O projeto Porto Maravilha ainda inclui a construção do Novo Terminal Internacional de Cruzeiros, com mais de 16 mil m² de área e ampliação de 73% na linha de cais que terá capacidade de atender 3 milhões de turistas por ano. O novo terminal contará também com um píer em “Y”, que será construído pela Companhia Docas do Rio de Janeiro, e receberá investimento de R$ 300 milhões.
O Porto Maravilha também realizará ações para a valorização do patrimônio histórico da região, bem como a promoção do desenvolvimento social e econômico para a população. A implantação de projetos de grande impacto cultural, como o Museu de Arte do Rio de Janeiro (Mar), na Praça Mauá, e o Museu do Amanhã, no Píer Mauá, ambos em parceria com a Fundação Roberto Marinho, darão nova cara à entrada do porto.
Porto Maravilha: projeto mostra como ficará a região após as obras de revitalização do porto
38
SECRETARIA DE PORTOS
INFRAESTRUTURA ESTRATÉGICA
Ministro defende que Nordeste se integre ao novo contexto da economia brasileira
O
Paralelamente à entrega de um novo berço e à construção de um segundo totalmente dedicado a derivados de petróleo (ambos contam com recursos do Plano de Aceleração do Crescimento- PAC), no porto maranhense foi iniciada a construção de um terminal de grãos com capacidade para até 10 milhões de toneladas por ano. “A iniciativa privada tem papel relevante nesse processo de remodelagem da estrutura legal da área portuária e a Emap tem se destacado não apenas por isso, mas também pelo planejamento de longo prazo e no desenvolvimeto do Itaqui”, complementou o ministro. Segundo Luiz Carlos Fossati, presidente da Emap, o Tegram é um exemplo de que o poder público deve trabalhar integrado com a
ANX
Divulgação /SEP
ministro dos Portos, Leônidas Cristino, defendeu que o Nordeste se integre ao novo contexto da economia brasileira e mundial, com investimentos públicos e privados e redistribuição da carga entre os portos. O ministrou se pronunciou sobre o assunto durante o VII Seminário SEP de Logística e a IV Feira de Tendências de Logística do Norte e Nordeste, em Fortaleza. Nesse contexto, o Porto do Itaqui tem papel estratégico. Com estimativa de investimentos de R$ 250 milhões com recursos próprios da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), R$ 150 milhões do governo federal e de outros R$ 540 milhões da iniciativa privada, entre 2012 e 2016, o Itaqui está criando a infraestrutura portuária necessária para atender a demanda crescente.
Ministro dos Portos, Leônidas Cristino iniciativa privada para criar a infraestrutura de transporte da qual o Brasil precisa e com mais agilidade.
Multimodalidade Além dos investimentos e das novas regras para o setor, o governo federal quer aumentar a competitividade do país na área de transporte, promovendo a multimodalidade. Um dos projetos apresentados pela Agência Nacional de Transportes
Aquaviários (Antaq) no VII Seminário SEP de Logística foi o Plano Nacional de Integração Hidroviária (PNIH). Uma das possibilidades é integrar rodovias, ferrovias e portos com a navegação de interior. Desta forma, regiões de Mato Grosso, por exemplo, estado com a maior produção de grãos do país, seriam conectados a portos como Itaqui por vias hoje consideradas alternativas. Isso tornaria mais curto o caminho até ao Nordeste do país e a importantes mercados internacionais.
39
LOGíSTICA PORTUÁRIA
Tesc inaugura armazém para uso exclusivo dos clientes da Asia Shipping
O
Terminal Portuário Santa Catarina (Tesc), localizado no Porto de São Francisco do Sul, no Norte de Santa Catarina, inaugurou um armazém para prestar serviços exclusivamente aos clientes da Asia Shipping Transportes Internacionais, empresa multinacional de origem brasileira, especializada em agenciamento de carga. Com mil metros quadrados de capacidade estática equivalente a 50 contêineres de 40’ HC, o novo armazém vai proporcionar redução de custos para os clientes da Asia Shipping, que poderão retirar as mercadorias do contêiner e deixá-las no armazém. O armazém representa mais um investimento do Tesc, que já aplicou mais de R$ 150 milhões em novos equipamentos, obras de prolongamento, reforço, ampliação e dragagem do berço, agora com 14 metros de profundidade e calado de 12,8 metros, um dos mais profundos da região Sul. “Com essas melhorias, o terminal ampliou a sua capacidade de operação para 300 mil TEUs ao ano”, declarou o superintendente do Tesc, José Eduardo Bechara. Em função do aumento do volume de cargas para São Francisco do Sul nos modais marítimo e terrestre (por intermédio de Documentos de Trânsito Aduaneiro - DTAs), a Asia Shipping busca, por meio da nova parceria, um resultado mais eficiente e econômico para os seus clientes de cargas fracionadas, com a desova imediata das mercadorias de importação. “A
empresa passa a oferecer um atendimento operacional e comercial diferenciado, com redução dos custos de armazenagem. Outras vantagens são a agilidade no processo portuário, controle operacional, garantia de espaço físico e cumprimento de horários, janelas e agendamentos”, diz o gerente de Terminal & Trucking da Asia Shipping, Ricardo Tavares.
mil m². Além disso, o terminal conta com 8 mil m² de armazém e 1.200 plugs para contêineres refrigerados. Para as operações de exportação e armazém geral, o Tesc conta com um recinto de 82 mil m² de pátio e armazém de 13,7 mil m², além de 200 plugs adicionais.
Nas operações de importação de contêiner house, os clientes da Asia Shipping poderão contar com uma área de 122 mil m² de pátio (entre Tesc e Porto Público), com projeto de expansão de mais 19
Durante o evento que marcou a inauguração do novo armazém, o gerente comercial do Tesc, Claudio Flores, destacou que a demanda por cargas em contêiner vem crescendo mundialmente, incluindo
Contêiner
40
Já o diretor comercial da Asia Shipping, Rafael Dantas, destacou o crescimento do comércio exterior em Santa Catarina. Em 2002, o Estado importou US$ 931 milhões. Dez anos depois, entre janeiro e outubro de 2012, as compras do exterior totalizaram mais de US$ 12 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio (MDIC). O estado também tem a maior concentração de portos do Brasil. “Estes são alguns dos fatores que nos fizeram investir em Santa Catarina. Desde 2010 instalamos um escritório próprio em Itajaí e esta nova parceria representa uma aposta no potencial dos negócios aqui em Santa Catarina”, descatou Dantas.
Vantagens Um dos principais atrativos do Tesc é a taxa de armazenagem do terminal, que chega a ser até 40% inferior aos valores praticados pelo mercado. Além disso, o terminal tem localização estratégica na região Sul do país, já que o porto de São Francisco do Sul está em uma baía de águas tranquilas o ano inteiro, o que proporciona segurança na navegação e nas manobras. “O Tesc hoje não tem restrição de janela de atracação e de volume”, afirma Cláudio Flores. Ao operar em São Francisco do Sul, o cliente também conta com vantagens ope-
Divulgação/Tesc
cargas como milho e soja. “Hoje 35% da soja que sai dos Estados Unidos é em contêiner”, diz. Prova desta tendência é que o Tesc já tem uma demanda programada para 2013 de 300 mil toneladas, entre março e outubro, o que representa 2.600 TEUs/mês.
Roberto Nunes Lunardelli (Tesc), Cláudio Flores (Tesc), Paulo Corsi (Porto de São Francisco), José Eduardo Bechara (Tesc), Enrique Arteaga (CSAV), Rafael Dantas (Asia Shipping) e Ricardo Tavares (Asia Shipping) racionais. No início de novembro, o porto francisquense foi apontado como o melhor no ranking composto por 12 terminais brasileiros, que foi elaborado pelo (Instituto de Logística e Supply Chain (Ilos), especializado em estudos sobre o setor logístico. A pesquisa levou em conta a opinião de 157 profissionais de grandes empresas do país que contratam serviços de movimentação de carga e que avaliaram itens como calado, acesso e modais de transporte. Desde o ano passado, o Tesc passou a contar com a operação de transporte ferroviário de contêineres, por intermédio da parceria com a Brado Logística, e é o único terminal catarinense que oferece o modal ferroviário. Além disso, o
porto recebeu em 2011 recursos de R$ 100 milhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para ampliação do calado. Para completar, em meados de outubro, os terminais do Complexo Portuário da Babitonga (onde está o Tesc) foram autorizados pela Marinha do Brasil a receber embarcações no período noturno. A portaria 48 da Capitania dos Portos de Santa Catariana autoriza a realização de manobras noturnas por um período de 60 dias, permitindo a operação de navios com até 286 metros de comprimento e 40 metros de largura. Após esse período experimental, a Autoridade Portuária deverá apresentar relatório técnico com aspectos observados para subsidiar a homologação dos parâmetros de navegação.
Desembaraço Aduaneiro | Importação e Exportação | Assessoria | Consultoria Aduaneira
o mundo ao seu alcance SEGURANÇA E AGILIDADE NAS SUAS OPERAÇÕES
Telefone: 47 3083-9001 | 47 3344-1326 www. gomesebeltrao.com
41
RANKING PORTUÁRIO
Pesquisa aponta a viabilidade para navios com mais de 300 metros
Desde fevereiro deste ano, só a APM Terminals investiu 160 mil euros em pesquisas com o objetivo de manter Itajaí na rota dos grandes armadores até que a nova bacia de evolução seja finalizada. A meta é mostrar que o complexo tem condições
de atender embarcações de grande porte, tendência global dos armadores em suas rotas de navegação. A primeira operação de teste com uma embarcação com 300 metros no complexo ocorreu em outubro. A mobilização para assegurar a operação de navios com mais de 300 metros demonstra a preocupação conjunta das empresas que atuam no complexo portuário para aumentar a movimentação de cargas no Porto de Itajaí, segundo maior terminal do Brasil em movimentação de contêineres. “E que poderá crescer ainda mais nos próximos anos se houver um comprometimento mútuo para o desenvolvimento da atividade portuária na região”, diz o superintendente da APM Terminals, Ricardo Arten. Com a confirmação de que o complexo oferece condições de operar navios com mais de 300 metros em segurança, a Marinha homologou em 304 metros o comprimento das embarcações que podem manobrar no Rio Itajaí-Açu. Paralelamen-
Divulgação/APMT
E
studos que estão sendo realizados por uma empresa holandesa evidenciam a segurança da operação de navios com mais de 300 metros de comprimento no Complexo Portuário do Rio Itajaí-Açu, em Santa Catarina. Os primeiros resultados das pesquisas foram apresentados a uma comitiva formada por práticos e representantes da APM Terminals, Portonave e Porto de Itajaí que acaba de retornar da Holanda. Os integrantes da comitiva viajaram à Europa para acompanhar de perto simulações e prática de testes de navegação com equipamentos de última geração, que asseguram a realização de manobras com navios post-panamax no complexo portuário.
te, a Autoridade Portuária segue com os estudos para a implementação de uma nova bacia de evolução para o Complexo do Itajaí, com 450 metros de largura e que possibilitará operações com navios com até 336 metros de comprimento.
42
SUPLEMENTO NEWS - Porto de Itajaí
FERROVIA DO FRANGO
Associação lança mobilização pelo traçado original de ferrovia
E
mpresários e poder público de Itajaí e região defendem a implantação da Ferrovia do Frango como fator decisivo para fortalecer o desenvolvimento sócioeconômico e assegurar a movimentação de cargas do Complexo Portuário, respeitando o projeto inicial, cujo traçado ligará Chapecó a Itajaí. A adesão e o engajamento pela causa foi o resultado da reunião ocorrida entre representantes da Associação Empresarial de Itajaí (ACII), coordenada pela presidente da entidade, Maria Izabel Pinheiro Sandri. A associação deu início à mobilização quando, numa reunião em Brasília, levantou-se a hipótese da mudança de traçado da Ferrovia do Frango, passando pelo Planalto Norte em direção ao Porto de São Francisco do Sul. A principal pauta da reunião foi a luta pela permanência do traçado inicial da ferrovia, que prevê a ligação entre Chapecó e Itajaí, passando pelos municípios de Campos Novos, Curitibanos, Rio do Sul e Blumenau. “O resultado deste encontro foi muito bom, pois definimos algumas linhas de trabalho e estamos unidos e articulados para defender este projeto com seu traçado inicial”, diz Maria Izabel. Os representantes de Itajaí querem uma audiência com o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, para apresentar a argumentação do município e garantir a viabilização das obras da ferrovia. A ACII entende a importância da luta da outra região para seu desenvolvimento econômico, mas acentua que em hipótese al-
guma Itajaí deve abrir mão na luta pela Ferrovia do Frango. O modal será responsável pelo escoamento de toda a produção agrícola, mas principalmente do frango, que totaliza cerca de 100 mil toneladas exportadas mês pelo Porto de Itajaí.
Carta A Associação Empresarial de Itajaí enviou, em setembro, aos presidentes das Frentes
Parlamentares Nacional e Estadual das Ferrovias, respectivamente Pedro Uczai e Dirceu Dresch, a “Carta de Itajaí” com pontos acordados em seminário sobre ferrovias e desenvolvimento ocorrido na ACII. Entre estes pontos está o transporte de passageiros por via ferroviária e de transporte de equipamentos de alta tonelagem, em razão das indústrias petrolífera e naval que por aqui se instalam, estimuladas pelas descobertas do pré-sal.
43
SUPLEMENTO NEWS - Porto de Itajaí
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS
Portonave vai receber R$ 150 milhões de investimentos
A
estrutura portuária da Portonave, em Navegantes (SC), vai receber R$ 150 milhões em investimentos. O objetivo é aumentar em 50% a produtividade já no próximo ano. Do total, R$ 80 milhões serão destinados à duplicação do parque de equipamentos e R$ 70 milhões à expansão física. A nova frota de máquinas deve chegar até junho de 2013 e permitirá à Portonave alcançar produtividade média de 100 movimentos de contêineres por hora, considerada elevada no Brasil. Hoje, esse número está em 68. Serão três novos guindastes do tipo portêiner (que embarcam e desembarcam o contêiner dao navio) aptos a atender embarcações super-pós panamax, e cinco RTGs (que ma-
nuseiam as pilhas de contêineres no pátio). A aquisição integra a segunda fase de construção do terminal, inaugurado em 2007.
trutora Triunfo foi a vencedora. A Portonave comprará a draga e, posteriormente, alugará à construtora do grupo que vai realizar o serviço.
Além dos equipamentos, a Portonave está expandindo a retaguarda do cais em 140 mil metros quadrados. Somada à metragem atual, a área pavimentada chegará a 410 mil. Ao fim do projeto, quando o terminal estiver completamente pronto, a retroarea terá 600 mil metros quadrados. Além das obras, a companhia pretende investir na infraestrutura do Complexo Portuário de Itajaí, ampliando a capacidade para recepção de embarcações.
Destaque
A Autoridade Portuária fez o processo licitatório para contratar a dragagem do canal e a cons-
A Portonave é a quarta maior empresa do Sul do país no setor de transporte e logística, considerando a receita bruta, de acordo com o ranking realizado pela Revista Amanhã, em parceria com a PwC – PricewaterhouseCoopers. A pesquisa aponta as 500 maiores empresas do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Na classificação geral, o Terminal Portuário ocupa o 13º lugar entra as 100 maiores empresas do estado e a 73ª posição entre as 500 maiores do Sul.
44
SUPLEMENTO NEWS - Porto de Itajaí
ECONOMIA BRASILEIRA
Portos precisam estar preparados para acompanhar crescimento
O
Ronaldo da Silva Jr.
s portos brasileiros precisam estar preparados para acompanhar o crescimento da economia brasileira que deve girar entre 4% a 5% em 2013. A afirmação é do ministro chefe da Secretaria de Portos da Presidência da República (SEP), José Leônidas de Menezes Cristino. “Junto com o crescimento econômico, vem um avanço exponencial da movimentação de contêineres em nossos portos e terminais”, afirmou o ministro na abertura do VII Seminário SEP de Logística, realizado em Fortaleza. O Complexo Portuário do Itajaí esteve representado pelo diretor comercial do Porto de Itajaí, Marcelo Sodré; pelo superintendente administrativo da Portonave Terminais Portuários Navegantes, Osmari de Castilho Ribas; além de Paulo Simões, da APM Terminals Itajaí. Leônidas Cristino também traçou um breve perfil da realidade portuária brasileira, que vem recebendo significativos investimentos da União nos últimos anos e, consequentemente, ampliando suas operações e aprimorando sua infraestrutura. “E dentro desta realidade nós precisamos garantir investimentos ainda maiores em nossos portos. Para isso, precisaremos contar com aportes da iniciativa privada”, disse o ministro, sem antecipar detalhes do novo pacote para os portos, que estava em elaboração no Palácio do Planalto. “Já demos importantes passos com investimentos do governo em infraestrutura, tecnologia da informação, inteligência logística, segurança e meio ambiente. Entretanto, precisamos remodelar o arcabouço legal do sistema portuário brasileiro, já que a última lei específica para o setor – Lei de Modernização dos Portos – é de 1993.
Precisamos adaptar o sistema à nova realidade e, para isso, agregar esforços da iniciativa privada, governo e gestores, para que possamos acompanhar o crescimento do país”, acrescentou. Além da apresentação do ministro da SEP, o primeiro dia do Seminário contou com palestras do secretário executivo da Associação Brasileira de
Recintos e Terminais Alfandegados (ABTRA), Matheus Muller; do presidente da Empresa Brasileira de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo; com o palestrante internacional Pedro Afonso Garcia Nuñez, da ZEAL y Gestión Logistica; com o diretor presidente da Companhia Docas do Ceará, Marcos Chiorboli, e com o presidente da ABTRA, Paulo André Holanda.
ARTIGO
Para não voltar ao tempo do pau-brasil Mauro Lourenço Dias
Q
uem analisa os números da balança comercial sabe que as exportações dependem hoje de um número reduzido de commodities e, especialmente, do mercado chinês. Se no antigo sistema colonial o Brasil dependia exclusivamente de Portugal, no século XX essa dependência no comércio exterior passou a ser em relação aos Estados Unidos e, agora, no século XXI, à China. O ideal seria que houvesse maior equilíbrio nas contas e o Brasil não dependesse de nenhuma outra nação para fechar em azul as suas contas externas, negociando com o maior número possível de parceiros. Por isso, é bem-vinda a iniciativa do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) de promover rodadas de negócios de empresas brasileiras com compradores da China, Taiwan, Hong Kong e Cingapura, como aquelas que ocorreram em novembro, em Pequim, durante o evento Flavours from Brazil (Sabores do Brasil). Os setores contemplados foram os de carne bovina, de frango e suína, cafés
especiais, vinho e mel, que despertaram o interesse de 45 compradores, proporcionando uma expectativa de US$ 55 milhões em negócios para 2013. O que se espera é que a iniciativa contemple outros setores, especialmente o de produtos manufaturados. Afinal, cinco commodities (minério de ferro, petróleo bruto, soja, açúcar e carne) representam cerca de 50% do total das exportações brasileiras, compradas principalmente pela China. Em outras palavras: o Brasil é hoje um grande exportador de commodities. N a d a contra a exportação desses produtos. Pelo contrário. Mas isso indica que caiu por terra todo o esforço de governos anteriores para criar uma indústria capaz de substituir os produtos manufaturados importados, que tinha por objetivo eliminar ou reduzir a dependência do Brasil de nações industrializadas. Até porque a situação atual é instável e,
portanto, perigosa para os destinos do País. Basta ver a questão do minério: hoje esse produto é o grande responsável pela evolução das commodities na pauta de exportação brasileira, mas nada garante que o será por muito tempo. A China continua a comprar minas de minério de ferro em todo o mundo para assegurar o seu abastecimento. Assim, quando tiver acumulado um bom estoque, com certeza, vai forçar uma queda nos preços desse produto. É do mercado. Com o desleixo dado nos últimos anos à política de substituição das importações de produtos manufaturados, a produção industrial brasileira estagnou-se, ao mesmo tempo em que crescem os componentes importados na sua produção. Isso mostra que está na hora de o MDIC e a Apex-Brasil fazerem igualmente esforços para abrir o mercado asiático para o produto manufaturado brasileiro, convencendo os consumidores daquela região de que o Brasil também é fornecedor de produtos diversificados, confiáveis e de qualidade. Afinal, o comércio exterior brasileiro não pode continuar a depender apenas de commodities – e muito menos de cinco ou seis produtos. Do contrário, o País pode voltar ao tempo do pau-brasil. O autor é vice-presidente da Fiorde Logística Internacional e professor de pós-gradução em Transportes e Logística do Departamento de Engenharia da Unicamp
46
NÍVEL DE DESENVOLVIMENTO
Santa catarina tem 96% dos municípios com
S
anta Catarina tem 96% dos municípios, 283 deles, que apresentaram nível de desenvolvimento moderado a alto conforme índice da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) de Desenvolvimento Municipal (IFDM) que acaba de ser divulgado. Das 293 cidades do estado, 26 alcançaram alto grau de desenvolvimento, sendo que cinco delas integram a lista dos 100 melhores desempenhos do país: Blumenau, Brusque, Florianópolis, Joinville e Chapecó. O estudo foi criado pelo Sistema Firjan para acompanhar a evolução socioeconômica dos 5.565 municípios brasileiros. No ranking do IFDM 2010, Blumenau manteve a liderança em Santa Catarina, principalmente por conta do crescimento na vertente emprego e renda. Brusque assumiu a segunda colocação, impulsionado sobretudo pelo desenvolvimento da vertente saúde. A capital Florianópolis perdeu uma posição no ranking estadual e também no ranking de capitais, ficando atrás de Curitiba, São Paulo, Vitória e Belo Horizonte. Entre os 10 maiores índices catarinenses, três são novos integrantes no ranking de 2010: Jaraguá do Sul (que cresceu 3,4%); Tubarão (+ 2,4%) e Concórdia (+ 8,7%). Os três municípios galgaram posições impulsionados por bons desempenhos na vertente emprego e renda. Também influenciada pela melhora na área de saúde, Concórdia foi o único município entre os 10 maiores IFDMs catarinenses a apresentar crescimento (8,7%) superior à média nacional (3,9%). Todos os municípios do Top 10 catarinense possuem alto desenvolvimento
Top dez catarinense Blumenau (0,8849) Brusque (0,8739) Florianópolis (0,8737) Joinville (0,8727) Chapecó (0,8607) Pomerode (0,8559) Jaguará do Sul (0,8541) Concórdia (0,8462) Tubarão (0,8451) Balneário Camboriú (0,8433)
47
m desenvolvimento entre moderado e alto na nota consolidada do IFDM (pontuação acima de 0,8).
Desenvolvimento Na outra ponta do ranking estadual, metade dos dez últimos colocados de 2009 permaneceu em 2010, apenas trocando posições: São Cristóvão do Sul (0,6010); Timbó Grande (0,5965); Brunópolis (0,5961); Monte Carlo (0,5953) e Painel (0,5738), que assumiu o último posto. Os novos integrantes da parte inferior do ranking catarinense foram os municípios de Bela Vista do Toldo (0,6044), Urubici (0,5976), Bom Jardim da Serra (0,5974), Balneário Arroio do Silva (0,5965) e Vargem (0,5960). Importante notar que oito municípios do estado ainda não ultrapassaram a barreira dos 0,6 pontos, ou seja, apresentam desenvolvimento regular. Em uma análise da década, entre 2000 e 2010, é importante destacar os municípios que mais avançaram em termos socioeconômicos. O maior crescimento foi de Santa Terezinha, cidade com conquistas importantes nas três vertentes e que ganhou 29 colocações no ranking. O município saltou do estágio de baixo desenvolvimento (abaixo de 0,4 pontos) em 2000 para o de desenvolvimento moderado (acima de 0,6) em 2010. O mesmo aconteceu com Cerro Negro no período. Entre os dez municípios que apresentaram maior incremento na pontuação, destaque para Tijucas e Saudades, que saltaram do estágio de desenvolvimento regular (abaixo de 0,6) para o grupo de municípios com alto desenvolvimento (acima de 0,8). Em comum, esses municípios apresentaram
forte evolução da vertente emprego e renda.
Recuperação A média brasileira do IFDM atingiu 0,7899 pontos em 2010, um crescimento de 3,9% em relação a 2009, mantendo-se na faixa de classificação de desenvolvimento moderado. Os dados refletem não só a recuperação da economia brasileira frente à crise mundial de 2008 e 2009, mas também avanços nas áreas de emprego, renda e educação. A principal contribuição para a média brasileira partiu da vertente emprego e renda. O indicador manteve-se na faixa moderada, mas aumentou 8,6% em apenas um ano, passando de 0,7286 para 0,7914 pontos, como resultado da geração recorde de mais de dois milhões de empregos em 2010. Com periodicidade anual, recorte municipal e abrangência nacional, o IFDM considera três áreas de desenvolvimento - emprego & renda, educação e saúde - e utiliza-se de estatísticas oficiais divulgadas pelos Ministérios do Trabalho, Educação e Saúde. Em 2012, os dados oficiais mais recentes disponíveis são de 2010, o que possibilitou uma análise detalhada das transformações sociais que marcaram o Brasil na primeira década dos anos 2000. O estudo começou em 2008, comparando os anos de 2005 e 2000, e permite determinar com precisão se a melhora ocorrida em determinado município foi decorrente de medidas políticas ou apenas reflexo da queda de outro município. O índice varia de 0 (mínimo) a 1 ponto (máximo) para classificar o nível de cada localidade em quatro categorias: baixo (de 0 a 0,4), regular (0,4001 a 0,6), moderado (de 0,6001 a 0,8) e alto (0,8001 a 1) desenvolvimento.
48
Diário de Bordo
Gestão Socioambiental
A América Latina Logística (ALL) conquistou o troféu Chico Mendes em Gestão Socioambiental Responsável. É o segundo ano consecutivo que a empresa é premiada pelo conjunto de trabalhos sociais e de meio ambiente realizados em parceria com o Instituto ALL, que contribui para o desenvolvimento sustentável e a preservação ambiental do planeta. O Instituto Chico Mendes avalia critérios como ineditismo, potencial transformador da ação ou produto, problema solucionado, racionalização, nível de investimento, praticidade para possíveis replicações, análises de certidões negativas e déficit socioambiental, criatividade, eficácia e articulação com potencial de integração, relações da empresa com os colaboradores e comunidades próximas, entre outros fatores como saúde e segurança do trabalhador.
Golden Cargo
A Golden Cargo, empresa especializada no gerenciamento e operação da cadeia
logística de mercadorias especiais, como defensivos agrícolas e produtos químicos embalados, foi agraciada no com o Prêmio BASF de Excelência – Fornecedores, na categoria “Operador Logístico”. Esta foi a 5ª edição do troféu e contou com a participação de 113 empresas, que competiram em 15 categorias. Para a escolha dos vencedores na categoria “Operador Logístico” foi analisado o status de cada uma das quatro empresas concorrentes com relação aos programas Olho Vivo, Segurança no Transporte e SASSMAQ (Saúde, Segurança, Meio Ambiente e Qualidade).
Café brasileiro
A safra brasileira de café deve passar das 50 milhões de sacas, uma marca histórica. Cada brasileiro está consumindo, em média, quase cinco quilos de café ao ano, o que equivale a 81 litros da bebida. Os maiores bebedores do mundo de café são os países escandinavos, com quase 13 quilos de café por pessoa ao ano. Nas quatro mil cafeterias espalhadas pelo
Brasil, o brasileiro vem aprimorando o paladar com cafés especiais, produzidos, colhidos e tratados com mais cuidado. Alguns podem chegar a até R$ 10 a xícara.
Guia da indústria
O Centro das Indústrias (Ciesc), entidade do Sistema Fiesc,lançou o Guia da Indústria 2012/2013, o mais completo cadastro do setor industrial de Santa Catarina, com informações de mais de 6,5 mil empresas. Esta é a quinta edição do trabalho, que também está disponível nas versões impressa, em CD-ROM e on-line. Por meio do guia, é possível obter informações das empresas por tipo de produto, porte, município e ramo de atividade. O documento, disponível em inglês, português e espanhol, também fornece dados como o mapa dos complexos industriais, endereço, telefone, e-mail e o número de funcionários de todas as companhias cadastradas. Ainda há uma relação com 600 fornecedores e prestadores de serviços para a indústria.
Feira e Conferência sobre Tecnologia e Equipamentos para Portos e Terminais
22 - 24 Outubro 2013 SOUTH AMERICA Acesso direto aos tomadores de decisão dos portos, terminais, EADIs e operadores logísticos de todo o Brasil Área externa interativa para demonstração de equipamentos de alta tecnologia para infraestrutura portuária e movimentação de cargas
Das 13h às 20h Mendes Convention Center Santos - SP - Brasil
O GRANDE ENCONTRO DE NEGÓCIOS PARA O SETOR PORTUÁRIO Aproveite as oportunidades neste momento de altos investimentos no setor
BENEFÍCIOS DE EXPOR • Oportunidades de novos negócios • Posicionamento de marca • Fidelização da carteira de clientes • Visibilidade da marca • Destaque para os diferenciais de seus produtos
www.infraportos.com.br Realização
RESERVE JÁ SEU ESTANDE! ESPAÇOS LIMITADOS. Sandro Bamonte • Tel.: 11 4878 5926 • info@infraportos.com.br
ENTIDADES APOIADORAS
MÍDIAS PARCEIRAS
52
AGILIDADE, SEGURANÇA, FLEXIBILIDADE E CONFIANÇA.
TO DO S A B ORDO E EM DIREÇÃO A M E L H OR E S R E SULTA D OS PA R A SUA E M P R E SA . O TESC – Terminal Portuário Santa Catarina – oferece qualidade em seus serviços e infraestrutura adequada para atender à demanda de seus clientes com experiência, agilidade e segurança, seja na descarga, armazenagem, manuseio, nacionalização ou operações de distribuição de cargas.
Modal rodoferroviário O TESC é o único terminal em Santa Catarina que dispõe de acesso ferroviário para contêineres, reduzindo custos de transporte e proporcionando ainda mais segurança para as cargas.
TESC Redex Recinto especial para despacho aduaneiro de exportação que realiza serviços de armazenagem geral e torna as operações mais rápidas e práticas.
Agilidade Além da agilidade na liberação de cargas de importação, oferece as melhores tarifas da região.
Sala de Inspeção Sanitária Espaço adequado para verificação aduaneira de cargas refrigeradas.
.
.
.
.
. .
Av. Engenheiro Leite Ribeiro, 99 Centro CEP 89240-000 Fone: +55 47 3471-2121 Fax: +55 47 3471-2141 São Francisco do Sul SC Brasil
www.terminalsc.com.br