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ÚNICA, PESSOAL E INTRANSMISSÍVEL
ÚNICA, PESSOAL E INTRANSMISSÍVEL
ESPECIALISTA DA IDEMIA EXPLICA POR QUE A BIOMETRIA É UMA DAS TECNOLOGIAS MAIS EFICAZES PARA PROTEÇÃO DE DADOS
A biometria é a tecnologia que permite identificar pessoas por meio de características físicas únicas. O reconhecimento facial, por exemplo, é uma dessas modalidades, sendo capaz de mapear os pontos da face para verificar identidades.
A impressão digital, por sua vez, funciona como o mapeamento de terminações e bifurcações dos desenhos dos dedos e das palmas das mãos.
Ricardo Miralha, Regional Sales Manager Brazil and Southern Cone da IDEMIA, explica que, apesar de esse ser um dos métodos mais antigos de identificação, ainda possui segurança superior às outras modalidades mais modernas.
Nas próximas páginas, Miralha destaca como a pandemia de covid-19 impactou e impulsionou o mercado de biometria. Assim como de quais maneiras a tecnologia já é grande aliada das empresas que desejam proteger seus ativos e patrimônios, estando sempre em conformidade com a LGPD.
IM Magazine: Qual era o cenário envolvendo essas tecnologias antes da pandemia e como ele se modificou ao longo da crise sanitária?
Ricardo Miralha: Nos últimos anos, o uso da biometria experimentou crescimento exponencial em todas as suas modalidades. No início da pandemia, tivemos a redução da procura por modalidades de biometria de contato, como impressão digital por toque. Isso porque, por falta de conhecimento, se imaginava que a transmissão do vírus pela superfície era grande. Nesse contexto, houve o aumento da procura por soluções sem contato, entre elas MorphoWave e VisionPass, da IDEMIA. Hoje, com mais informação, estudos recentes mostram que a transmissão por toque em superfícies representa menos de 1%. Dessa forma, a busca por soluções de biometria de contato vem retomando gradativamente aos seus números anteriores à crise sanitária.
IM: Como a tecnologia otimizou a operação das empresas e a segurança dos clientes no período?
RM: Com a pandemia, a necessidade de controlar os acessos às áreas restritas e aos espaços fechados aumentou muito. Sem dúvida, a biometria é o melhor método para isso, especialmente se comparada com outros processos de identificação, como o crachá, que pode ser roubado ou perdido. A tecnologia resolve todas essas falhas de segurança pelo fato de ser única, pessoal e intransferível. O VisionPass, da IDEMIA, por exemplo, permite identificar os usuários até mesmo quando eles estão usando máscaras. Mais do que isso, ele pode ser configurado, inclusive, para liberar somente a entrada de pessoas de máscara.
IM: A partir disso, como a tecnologia deve seguir ajudando empresas e sociedade no cenário pós-pandemia?
RM: A tecnologia biométrica vai continuar a crescer no mundo, pois é o método mais eficiente para identificar pessoas. Mais do que isso, todos os recursos já implementados poderão ser úteis caso uma nova onda ou pandemia venha a surgir.
IM: Quais outras tecnologias podem funcionar em parceria com as de biometria e reconhecimento facial?
RM: Pensando em um projeto de segurança completo, a tendência é a integração do controle de acesso biométrico com outras tecnologias de segurança. Entre elas, CFTV, Incêndio, Analíticos e Intrusão. Quando o assunto é especificamente a autenticação biométrica, outras soluções, como cartões, senhas e credenciais mobile, podem agregar mais segurança aos processos corporativos trabalhando no “modo e” ou mais conveniência por meio do “modo ou”. Hoje, todos os terminais biométricos da IDEMIA possuem flexibilidade operacional para atender as necessidades de diferentes projetos.
IM: Quais são os setores que mais podem se beneficiar dessa tecnologia?
RM: De forma geral, todas as operações que necessitam controlar o acesso ou identificar pessoas de maneira segura e eficiente podem se beneficiar da biometria. Cito o exemplo dos clubes sociais. Atualmente, temos a solução biométrica MorphoWave implementada nos principais clubes de São Paulo. Sua tecnologia única permite identificar pessoas com uma simples passagem de mão pelo sensor, sem toque algum. O índice de falha na leitura é praticamente zero, funcionando perfeitamente em um público que vai desde crianças acima de 5 anos até idosos com mais de 90. Daí em diante, os setores de finanças, indústria, educação, governo, energia, mineração, transporte, condomínios, telecomunicações, saúde e varejo já são grandes consumidores de biometria.
IM: Quais são as expectativas para o uso de reconhecimento facial no futuro?
RM: Durante a pandemia, surgiram muitos fabricantes e produtos de soluções para reconhecimento facial, se aproveitando da grande procura por esses equipamentos. Contudo, muitas dessas empresas não têm tradição ou mesmo ‘know-how’ em biometria. Por isso, a maioria de suas soluções não atende aos requisitos mínimos de segurança e performance de privacidade. Em contrapartida, a tendência é que os clientes passem a ser mais exigentes com o desempenho desses equipamentos. Especialmente em relação a temas sensíveis, como índice de assertividade para grandes bancos de dados, segurança antifraude e regulamentações de privacidade LGPD.
IM: Como a IDEMIA ajudará empresas e governos nessa jornada?
RM: A IDEMIA, com sua tecnologia de reconhecimento facial VisionPass, está na vanguarda quando o assunto é performance de algoritmo biométrico facial reconhecido por laboratórios independentes, como o National Institute of Standards and Technology (NIST). A segurança é, ainda, validada pelos testes do laboratório iBeta nível 2. Além disso, cumprimos com as mais rigorosas regulamentações de privacidade, como GDPR e LGPD. A companhia tem mais de 40 anos de tradição em biometria, e pretende continuar investindo em novas tecnologias e melhorias para os produtos. Não é à toa que organizações como Polícia Federal, FBI e Interpol, além de indústrias diversas e as principais instituições financeiras do mundo confiam na IDEMIA como seu provedor de biometria.