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REVITALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO JATOBÁ E SEU ENTORNO

INGRID DE CÁSSIA SANTOS ORIENTADORA: VERA LÚCIA B. MIGLIORINI

CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

O objeto escolhido para a proposta de intervenção a ser desenvolvida neste Trabalho Final de Curso (TFC) é a área que compreende o Córrego Jatobá e seu entorno, situado em Barrinha; A área em questão está localizada próximo ao centro da cidade e trata-se de um lugar que teve importante valor para o município e seus moradores. Esse espaço hoje se encontra sem manutenção, à mercê de depredação e sem uso específico, sendo apenas um lugar de passagem, um espaço alheio à vida urbana, de modo que não fornece benefício e lazer aos moradores da região A implantação da proposta se dá primeiramente pela definição das áreas verdes permeáveis, e logo pelo piso que integra os espaços e indica o caminho a ser percorrido pelo usuário. O desenho orgânico pensado de modo a quebrar o sistema ortogonal presente no traçado urbano, bem como para remeter à ideia de fluidez, sentimento esse que a água acarreta. A água é característica marcante da área, seja na forma de lagoa ou do Córrego, portanto vale ressaltar a importância desse elemento na proposta.Tendo como elementos integradores de espaços, o piso, o deck e a marquise, as atividades à serem estabelecidas são orientadas conforme esses elementos vão denotando identidade ao espaço. Assim, pode-se setorizar a área para melhor entender a dinâmica estabelecida pela proposta. O projeto visa área de lazer contemplativo e lazer ativo. O primeiro se dá em toda a área,

demarcado pelos decks com mobiliário espalhados em diversos pontos, os quais convidam o usuário a parar e contemplar a paisagem. O segundo é possivelmente o mais marcante pois este é quem define o fluxo da área. O lazer ativo, composto pelas quadras esportivas, pista de skate e academia ao ar livre, convidam o usuário a estar permanecer na área em variados horários, garantindo o fluxo constante desse espaço. As ilhas de vegetação espalhadas pela área garantem que as áreas de vegetação estejam presentes em todo o parque, acompanhadas por mobiliário, essas ilhas fornecem pontos de parada aos usuários, além de contribuir para a composição da paisagem. A implantação da marquise sobre o deck busca a criação de espaços de sobra e proteção, dinamizando o espaço, em momentos cobrindo ou descobrindo o deck. Em alguns pontos do desenho o deck e a marquise se sobrepõem, em outros estão totalmente separados, provocando o usuário a perceber o seu entorno. O conceito da proposta é a integração dos espaços, de modo que o piso, o deck e a implantação de uma marquise - passarela reforcem essa ideia. O piso, se entendendo por toda a área confere unidade, interligando os diversos espaços e compondo a paisagem; Para a mar-

quise foi pensado uma mancha que cubra a área a fim de proporcionar a composição dos espaços além de promover mobilidade e acesso para os pedestres, assim o visitante poderá acessar a área com facilidade e conforto. Além de funcionar como elemento de ligação e passagem, a marquise terá outras duas funções: cobertura, criando áreas sombreadas ao longo do espaço e parque suspenso, de modo que os três pontos de interseção sejam arborizados e com mobiliário dispostos afim de promover descanso e contemplação da paisagem para o passante. O deck, em madeirea ecológica, disposto às margens da lagoa e do Córrego funciona como outro elemento de ligação, aproximando o pedestre da água e promovendo a transição entre os espaços; disposto nas duas margens opostas da lagoa, o deck será um apoio para os usários que frequentam a área durante a Pesca da Páscoa. As vias no entorno da área serão convertidas em vias compartilhadas, de modo que o piso diferenciado indique a preferência para a circulação dos pedestres com acesso reduzido e com velocidade controlada para os veículos, de modo que garanta aos passantes mobilidade com conforto e segurança, reforçando a diretriz de priorizar a acessibilidade e locomoção dos pedestres. O piso das vias compartilhadas, assim como o piso do parque servirá para compor a paisagem e denotar unidade e característica próprias à área. O partido projetual está embasado em trazer de volta

ao contexto urbano o Córrego Jatobá bem como a integração dos espaços ociosos dispostos na área, a fim de compor uma paisagem urbana harmoniosa e que ofereça aos moradores de Barrinha um espaço com infraestrutura para o desenvolvimento de atividades físicas, e que permita a formação de laços sociais e conceda uma identidade ao local. Para a proposta foram considerados os seguintes locais: 5 pequenas praças existentes, dois terrenos públicos vazios, 30 edificações as quais em sua maioria edículas, duas igrejas, uma área ocupada por uma torre de telefone e o prédio do grupo Rotary, mais 19 lotes privados não edificados, totalizando juntamente com o córrego e a lagoa uma área de aproximadamente 111.340,06 m².


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