TFC INGRID SANTOS - REVITALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO JATOBÁ E SEU ENTORNO

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REVITALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO JATOBÁ E SEU ENTORNO

INGRID DE CÁSSIA SANTOS 2016


INGRID DE CÁSSIA SANTOS

REVITALIZAÇÃO E QUALIFICAÇÃO DO CÓRREGO JATOBÁ E SEU ENTORNO

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências para a obtenção do título de Bacharel em Arquitetura e Urbanismo sob a orientação da Profa. Dra Vera Lucia Blat Migliorini.

RIBEIRÃO PRETO 2016


RESUMO

Este TFC tem por objetivo propor um projeto de revitalização para a área do Córrego Jatobá na cidade de Barrinha. Para tanto analisar áreas degradadas e como estas influenciam tanto o contexto urbano em que estão inseridas como a vida da população ligada a elas, de modo que o trabalho está estruturado no desenvolvimento de conceitos fundamentais, quais sejam: sustentabilidade; áreas ambientalmente frágeis, espaços público urbanos, paisagem urbana, mobiliário urbano e mobilidade urbana voltada para o pedestre. Esses temas serão desenvolvidos, juntamente com os levantamentos realizados na área e análises de projetos já executados de modo a estruturar a proposta projetual.


SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO

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A CIDADE DE BARRINHA Apresentação da cidade e da área de estudo Recuperação do Rio Cheoggyecheon, Seul, Coréia do Sul

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O CÓRREGO JATOBÁ Análise da área de estudo problemáticas e potencialidades Recuperação de espaço público urbano por meio do mobiliário Aspectos morfológicos da área do Córrego Jatobá

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RECUPERAÇÃO DO CÓRREGO JATOBÁ E SEU ENTORNO Diretrizes, Conceito e Memorial Desenvolvimento da proposta Projeto

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

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REFERÊNCIAS DAS IMAGENS


APRESENTAÇÃO

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O objeto escolhido para a proposta de intervenção a ser desenvolvida neste Trabalho Final de Curso (TFC) é a área que compreende o Córrego Jatobá e seu entorno, situado em Barrinha; uma cidade pequena da região de Ribeirão Preto, com cerca de 30.000 habitantes. A área em questão está localizada próximo ao centro da cidade e trata-se de um lugar que teve importante valor para o município e seus moradores, visto que foi elemento importante nos primeiros anos do município, bem como palco para a realização de festas tradicionais da cidade, como Festa Junina e Carnaval, as quais hoje não são mais realizadas, e a anual pesca de Páscoa, um evento que ainda está no calendário da cidade e é muito esperado pelos moradores, apesar de não possuir estrutura adequada para realização. A área compreende a extensão do Córrego Jatobá, o qual corta a cidade, abrangendo também a lagoa próxima a ele, bem como o seu entorno. Esse espaço hoje se encontra sem manutenção, à mercê de depredação e sem uso específico, sendo apenas um lugar de passagem, um espaço alheio à vida urbana, de modo que não fornece benefício e lazer aos moradores da região. O córrego recebe despejo de esgoto e todo esse espaço sofre com o hábito dos moradores em descartar lixo na região. Trata-se de um espaço ambientalmente degradado, sem usos específicos ou atrativos que estimulem a sua utilização, fato este que somente reforça o sentimento de insegurança

na população em relação a essa área, que embora esteja inserida em um bairro consolidado e populoso, é um ambiente que não transmite confiança, principalmente nas horas noturnas, corroborando o estigma conferido para os poucos usuários do local. Propostas para recuperar e qualificar áreas degradadas, trazendo-as de volta à dinâmica urbana e ao cotidiano dos moradores, é algo que vem sendo discutido com ênfase em grandes cidades, para as quais surgem os mais diversos projetos visando atender as necessidades distintas de cada situação, para tanto Bezerra e Chaves (2014, p. 14 – 15) reforçam a importância dos projetos de intervenção urbana, analisando que Com o crescimento das cidades, com constantes por

elas,

transformações diferentes

áreas

sofridas perdem

visibilidades, são degradadas pelo mau uso ou pela má administração pública. E com um mundo cada vez mais preocupado com o bem estar das pessoas no futuro, atrelado a questões ambientais, fazer com que todas as áreas possam ser aproveitadas, a requalificação urbana é cada vez mais exigida.

Contextualizando de modo geral, as áreas urbanas que necessitam de recuperação são resultantes em sua maioria do crescimento e industrialização das cidades, segundo Benévolo (1997 apud JANUZZI; RAZENTE, 2007), portanto trazer essas áreas de volta à malha urbana e à vida da cidade, bem

como ao cotidiano dos seus habitantes é um esforço na tentativa de minimizar os impactos e danos gerados pela degradação do meio urbano. Áreas degradadas e subutilizadas são recorrentes no cenário de diversas cidades, tanto no âmbito nacional como internacional esta realidade está tão próxima de nós quanto possamos perceber, faz parte de nosso cotidiano e possivelmente passa despercebida, até o momento que paramos para olhar com outros olhos, e assim percebemos o quão influente esses espaços esquecidos podem ser não só na vida da cidade como também para aqueles que precisam conviver com eles. Uma proposta para recuperar e qualificar essas áreas, trazendo-as de volta à dinâmica urbana e ao cotidiano dos moradores, é algo que vem sendo discutido com ênfase em grandes cidades, para as quais surgem os mais diversos projetos visando atender as necessidades distintas de cada situação.

“Os projetos de revitalização urbana têm como objetivos a renovação e/ ou ampliação de espaços coletivos com infraestrutura e embelezamento;”

segundo Portas (1998, apud JANUZZI; RAZENTE, 2007, p. 148), e ainda de acordo com Januzzi e Razente (2007, p.148) “Uma intervenção bem estruturada pode ter impacto no crescimento socioeconômico da cidade ou de uma região”. Outro

aspecto que deve ser observado ao se propor uma intervenção é a relação 07


existente entre o ambiente urbano e os indivíduos que ali vivem, pois segundo Hardt (2000 apud HARDT; HARDT, 2007, p. 102) com as preocupações sobre

diretas com condições de qualidade

os aspectos qualitativos dos cenários

socioeconômico e psicológico.

urbanos

estabelecendo

relações

diretas com condições de qualidade de vida das populações envolvidas, a gestão da paisagem assume caráter multidimensional – ecológico, cultural, socioeconômico e psicológico.

No entanto, para que seja possível propor um projeto que supra adequadamente a todas as exigências que se possa verificar em determinado espaço, é indispensável averiguar quais as possibilidades projetuais e as tecnologias disponíveis para a concepção e execução do projeto. Ademais, verificar, entender e inserir na proposta as necessidades e anseios percebidos ao analisar a área e seus usuários. Essas questões podem ser constatadas a partir de averiguações e pesquisas feitas diretamente no local, através de um contato expresso com o ambiente em questão e as pessoas que interagem com ele, tornando o projeto não apenas um meio de recuperar meramente uma área, mas sim uma proposta humana, que leve em consideração o ser humano e o lugar que este habita. Neste sentido, Hardt (2000 apud HARDT; HARDT, 2007, p. 102) reforça que com as preocupações sobre os aspectos urbanos 08

qualitativos

dos

estabelecendo

cenários relações

de vida das populações envolvidas, a gestão da paisagem assume caráter multidimensional – ecológico, cultural,

O espaço pede um projeto que lhe confira características de lazer e bem estar, assim como de qualificação ambiental e o insira novamente no contexto urbano. Portanto, o objetivo principal deste TFC é desenvolver um projeto que integre a área no cotidiano dos usuários e da própria cidade, bem como conferirlhe uso adequado, recuperando sua importância para o município e qualidade ambiental. Portanto, é necessário reunir métodos e definir diretrizes que auxiliem o desenvolvimento de um projeto de intervenção de acordo com as características ambientais e urbanas da área em questão, buscando então os seguintes objetivos específicos: qualificar o espaço e atender as necessidades de seus usuários; identificar como áreas degradadas ou subutilizadas podem impactar o contexto geral da cidade; verificar o impacto direto que uma área revitalizada causa nos indivíduos que nela convivem; analisar as principais necessidades da área em questão; definir quais os melhores métodos para propor um projeto que garanta sua requalificação de maneira eficiente; e demonstrar que a intervenção urbana é um instrumento capaz de trazer de volta ao convívio humano e à malha urbana áreas antes desvalorizadas.

Assim, é possível destacar a relevâncias social e acadêmica deste TFC. No caso da primeira, a recuperação da área agregará valor tanto socioeconômico quanto ambiental para o espaço, dando prioridade ao usuário do local e enfatizando a importância cultural e social da área para a cidade e seus moradores, enquanto que no âmbito acadêmico a importância do trabalho verifica-se no levantamento de dados importantes da área, bem como de fatos relacionados à população, que estarão assim disponíveis como subsídio para futuras pesquisas e uma base de informações que até então é inexistente.

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A CIDADE DE BARRINHA

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11


Apresentação da cidade e da área de estudo

12

Uma estação da companhia Paulista de Estrada de Ferro inaugurada em 1903 deu início a cidade de Barrinha, cujo nome teve origem em virtude da Estação de Barrinha, o qual se dá em razão de uma antiga barragem entre o Rio Mogi Guaçu e Rio da Onça. Próximo à Estação havia um porto as margens do Rio Mogi Guaçu, onde era feito o desembarque de passageiros que chegava em barcos a vapor e se destinavam a Ribeirão Preto ou Jaboticabal, havia também uma balsa que fazia a travessia do Rio, este porto era conhecido como Porto Barrinha. A Cia. Agrícola São Martinho possuía uma extensa propriedade produtora de café próxima à ferrovia, a qual em consequência da geada de 1918 sofreu uma queda na produção de grãos, em razão desse evento a produção e o valor do produto diminuíram progressivamente, tanto que entre 1925 e 1929 houve o loteamento dessas terras com o intuito de transformá-las em uma futura vila ou cidade e a partir de 1930, o loteamento foi aos poucos se tornando um povoado. Em 1.933 a empresa Beviláqua, começou com a linha regular de ônibus, que em conjunto com os trens, contribuiu para o rápido progresso do pequeno povoado, que em 1936 foi levado a distrito paz. A fertilidade da terra roxa e a imensa reserva de argila propiciou a instalação de olarias que ajudaram no desenvolvimento do distrito ao ponto deste ser elevado a município. Em 1953 a Cerâmica São Francisco surge com maquinaria especial e fabricação de

diversos tipos de tijolos, intensificando a produção e elevando o crescimento local, organizando-se para obter autonomia municipal. Foi pela lei N.º 2.456, que em 30 de dezembro de 1.953 surgiu o município de Barrinha, sendo oficializado em 1º de janeiro de 1.955, com a posse do seu primeiro prefeito Sr. Reinaldo Silvério e Câmara. Em Janeiro de 1.958 é instalada a Paróquia de Barrinha e em 1.959 houve a inauguração da sede da associação Nipo Brasileira, a qual era representada pelas famílias japonesas responsáveis pelo crescimento da cidade. Na lavoura, as décadas de 60 e 70 marcaram a passagem do café para a cana-de-açúcar e surgiram diversas outras atividades, como a instalação da cooperativa dos produtores de álcool (Copacesp). Logo é iniciado o progresso de asfaltamento, começando pela Praça Antônio Prado. Em 1974 é inaugurado o colégio Estadual de Barrinha dando início ao curso colegial na cidade. Em 16 de março de 1.973 é inaugurada a Caixa Econômica, o segundo estabelecimento bancário do município, o primeiro foi o Banco do Bradesco, em 1967. No ano de 1981, é inaugurado o primeiro conjunto habitacional de Barrinha, desde então a cidade continua expandindo sua malha urbana. Com a desativação permanente da estrada ferro, as

instalações sofreram ao longo do tempo degradação devido ao abandono e subutilização. Outra área que sentiu os impactos da urbanização foi a do Córrego Jatobá, o qual antes era parte da vida da população, pois oferecia abastecimento de água, com o crescimento do município passou a receber despejo de esgoto, e tanto o córrego como o seu entorno foram impactados pelo mau uso dos recursos naturais e modificações constantes na paisagem. Por ser um elemento natural e estar sujeito às ações humanas a região do córrego qualificase como área ambientalmente frágil. Segundo Gomes e Pereira, 2011, caracterizam-se por áreas ambientalmente frágeis espaços suscetíveis a qualquer tipo de deterioração, submetidos a diversos tipos de impactos ambientais, com dificuldade para amenizar os danos ou mesmo regenerar-se; podem-se considerar também as áreas sujeitas a influências humanas inadequadas, determinadas pelos tipos de usos ali aplicados, de modo que este ambiente tem dificuldades em restabelecer seu equilíbrio natural. O novo Código Florestal Brasileiro, sancionado em 25 de maio de 2012, manteve as categorias de áreas ambientalmente protegidas previstas pela Lei Nº 4771/1965, a qual prevê como áreas ambientalmente frágeis as Áreas de Preservação Permanente (APP) e as Áreas de Reserva Legal;

Estas referidas áreas também são protegidas pela Lei Nº 6766/1979, a qual dispõe sobre parcelamento do solo urbano. (MELO, SANTOS e MAGALHÃES, 2012.) As áreas denominadas como ambientalmente frágeis estão passíveis a desgastes e interferências humanas, principalmente as que se encontram em meio à malha urbana; esses espaços inseridos no meio urbano e sujeitos à dinâmica das cidades acabam muitas vezes por serem ocupados de forma errônea, principalmente por famílias de baixa renda, realidade que atinge várias cidades brasileiras. Como explicam Melo, Santos e Magalhães (2012), a ocupação dessas regiões frágeis acarreta tanto problemas sociais quanto ambientais, pois além dessas pessoas estarem expostas a perigos como enchentes e deslizamento, os impactos ambientais gerados nessa área podem ser irreversíveis. As influências humanas sobre esses espaços vão além de assentamentos humanos irregulares, e envolvem também fenômenos como a canalização e retificação dos leitos, a impermeabilização do solo, o aterramento de áreas alagadas e o parcelamento e uso do solo de forma irregular. Estas ações perturbam o ciclo natural do ambiente em questão, interferindo na ordem biológica natural do lugar, bem 13


como causam assoreamento e erosão do solo, e diminuição do volume natural de água das bacias, repercutindo, portanto em perdas tanto humanas quanto ambientais. (MELO, SANTOS e MAGALHÃES, 2012.)

caracteriza a realidade do espaço urbano onde está inserido o Córrego Jatobá, visto que esse elemento natural foi adequado ao desenho viário da cidade, tendo seu físico restruturado para receber a malha viária.

Portanto, segundo Ackermann e Bitar (2005, apud MELO, SANTOS e MAGALHÃES, 2012, p. 07) “a preservação

A rede hidrográfica das cidades brasileiras não recebe o mesmo tratamento que os sistemas viário, de transporte ou abastecimento, portanto não é coerente chamar de sistema as áreas verdes e espaços livres públicos ligados à hidrografia, visto que por não receberem planejamento adequado e poucas estarem verdadeiramente interligadas, não constituem um sistema (BARTALINI, 2004).

destas áreas tem por objetivo manter certas funções ambientais, como a preservação dos recursos hídricos, a proteção do solo, dentre outras”.

Ao se falar de áreas ambientalmente frágeis inseridas na zona urbana, temse como exemplo os córregos e seu entorno, visto que esse elemento natural se faz presente em grande parte, pra não dizer a maioria, das cidades brasileiras, assim como na cidade de Barrinha. Na cultura urbana, normalmente os córregos tendem a ser submetidos a grandes interferências humanas, como canalização ou retificação de seus leitos. Sendo assim, são raras as vezes em que os córregos desempenham seu papel natural no contexto urbano, compondo a paisagem da cidade, como explica Bartalini (2004, p. 82) salvo poucos casos,

a permeabilidade do solo e a proteção das margens a custos baixos. Do ponto de vista da recreação pública, áreas verdes situadas em cursos d’água, por serem lineares, oferecem maiores possibilidades de acesso à rede de espaços equipados para o lazer, pois

vinculada a parques ou, genericamente

tecido urbano do que grandes superfícies

falando, às áreas verdes. A regra, até

concentradas.

sistema viário ao sistema hidrográfico.

15

marginais garantiriam, a um só tempo,

se intrometem com maior eficiência no

sem a intermediação de áreas verdes, do

14

são óbvios, porquanto as áreas verdes

a hidrografia de nossas cidades não está

hoje, é a sobreposição pura e simples,

01 - Vista da Estação Ferroviária de Barrinha, S/D

Assim, Bartalini (2004, p. 84) reforça a importância da chamada rede hídrica estrutural, pois os benefícios ambientais

A situação apresentada anteriormente

O sistema viário urbano se sobrepõe à rede hídrica presente nas cidades, subjugando-as e forçando-as se comportarem do modo distinto do que

seria natural, visto que para ganhar espaço e implantar a complexa rede viária, os elementos naturais tiveram que se adaptar à nova realidade, o que não é um acontecimento recente, mas um fato que se estende “ao longo de nossa história, as calhas e as planícies de nossos principais rios foram comprometidas pela

monofuncionalidade

avenidas,

em

obediência

as a

uma

visão pragmática (...) das vias nelas implantadas”. (BARTALINI, 2004, p. 84)

Portanto verifica-se a necessidade de se debater sobre sustentabilidade urbana, a qual surge como um instrumento para compreender os problemas da cidade e os efeitos sobre a qualidade de vida da população e do meio ambiente como um todo. O tema vem sendo discutido já há algum tempo; no ano de 1972 o assunto foi discutido em uma reunião de intelectuais preocupados com questões políticas, sociais e ambientais, o grupo era conhecido como Clube de Roma. Mais tarde, em 1987, o conceito de desenvolvimento sustentável tornouse mais popular ao ser publicado no Relatório de Brundtland intitulado de Nosso Futuro Comum, o qual trazia uma discussão sobre os problemas mundiais e possíveis soluções para eles. No Brasil a discussão se intensificou durante a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (CNUCED), conhecida como Rio-92, na qual foram debatidas


questões sobre o meio ambiente e uma linha de desenvolvimento mundial mais sustentável. (SAMPAIO, 2009) Segundo Sampaio (2009, p. 05) “A sustentabilidade não está relacionada apenas as questões ambientais, o termo abrange questões econômicas, sociais e políticas e devem promover a integração de todas as dimensões para embasar uma discussão”. Miranda (2003, apud SAMPAIO, 2009) reforça que sustentabilidade abrange mais que apenas a preocupação com fatores ambientais, integrando a economia, a sociedade e a política, de modo a garantir às futuras gerações a possibilidade de usufruir dos recursos naturais disponíveis. Braga, Brito, Freitas e Marques (2004, p. 02) salientam que uma cidade é considerada

sustentável

na

medida

em que é capaz de evitar a degradação e manter a saúde de seu sistema ambiental, reduzir a desigualdade social, prover seus habitantes de um ambiente construído saudável e seguro, bem como construir pactos políticos e ações de cidadania que permitam enfrentar desafios presentes e futuros.

O desenvolvimento sustentável urbano é um instrumento capaz de verificar as relações entre o homem e o meio que ele vive, relacionando as ações antrópicas sobre este espaço e a capacidade deste em absorver os impactos e se recuperar, além de promover diretrizes para a concepção de espaços urbanos que respeitem 16

o meio natural e a população. Para a promoção de uma cidade sustentável é necessário recorrer às políticas públicas, visto que são conjunto de processos que culmina na escolha racional e coletiva de prioridades, (...). Entre os interesses públicos reconhecidos pelo direito encontra-se o direito de todos ao

meio

ambiente

ecologicamente

equilibrado, englobando o meio ambiente urbano. (SILVA, S/D, p. 06)

O emprego de políticas públicas idealizando uma cidade sustentável requer a revisão do modo como a cidade está se desenvolvendo, repensar os vínculos sociais e econômicos, gerindo de maneira sustentável o espaço urbano, garantindo inclusão social, acesso aos recursos ambientais deforma igualitária e a prática da justiça ambiental. O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado de ser encarado como um fator de gestão à longo prazo, de modo a garantir uma cidade sustentável para as gerações futuras. (SILVA, S/D).O direito a uma cidade sustentável é garantido pelo Estatuto da Cidade, conforme o inciso I do art. 2º do Estatuto da Cidade – Lei n. 10.257, de 10 de julho de 2001 , por exemplo, consagra entre as diretrizes gerais da política urbana a garantia do direito a cidades sustentáveis. (SILVA S/D, P. 08)

Portanto é um direito da população viver em uma cidade sustentável, na qual tenha condição digna de vida urbana e acesso aos equipamentos

públicos bem como a um meio ambiente equilibrado, para garantir tais direitos é necessário o planejamento da cidade respeitando as condições ambientais para que esta seja sustentável e o meio natural preservado, garantindo assim, o equilíbrio da sociedade e do meio ambiente. (SILVA S/D) Visando a garantia de proteção e qualificação dos ambientes naturais, Barrinha conta com estratégias previstas no Plano Diretor, vigente desde Outubro de 2006, no qual são previstas leis e diretrizes que garantem à gestão e preservação destes espaços, com diretrizes que visam à preservação, a proteção e a recuperação do meio ambiente, de modo que ao tratar o espaço natural, a qualidade de vida da população seja melhorada. O Plano Diretor conta também com seções que tratam dos edifícios que não representam nenhum benefício para o município, por estarem degradados ou sem uso específico, de modo o poder público dispõe de instrumentos para recuperar estes espaços e devolvê-los à malha urbana e à população. Além do Plano Diretor, a cidade conta com outra lei que respalda a gestão do meio ambiente, sendo aplicada diretamente no saneamento básico do município, em especial ao que se refere ao tratamento e destino adequado para o esgoto da cidade. 02 - Vista da Primeira olaria de Barrinha, dias atuais. 17


Recuperação do Rio Cheonggyecheon, Seul, Coréia do Sul

A recuperação do Rio Cheonggyecheon é um exemplo de revitalização urbana bem sucedida, pois se destaca pela complexidade do projeto, assim como a transformação drástica do espaço, o qual antes era tomado pela malha viária, que sobrepunha o rio, veio a ser um espaço destinado ao pedestre e ao meio ambiente. O rio tomou seu lugar na cidade e voltou a aparecer, e os espaços de convívio criados se tornaram pontos de encontro e de estar para a população. Inicialmente o rio foi criado com a função de drenagem para a cidade na época da Dinastia Joseon (1392-1410), e durante o crescimento de Seul houve a necessidade de expansão da malha urbana e viária o que resultou no quase desaparecimento do rio em meio às vias, as quais foram a causa da degradação do rio e seu entorno. Por iniciativa do prefeito de Seul, foi implantada a premissa para a retirada das vias e trazer o rio de volta a vida da cidade, e assim, juntamente com arquitetos e urbanistas, a via foi removida, o córrego recuperado e seu entorno qualificado, a cidade ganhou uma área de convívio ambientalmente renovada e a população um espaço de lazer e descanso.

das vias, retirando os veículos motores de cena e valorizando a paisagem natural, alargamento das margens do rio a fim de que seja uma barreira natural para a prevenção contra inundações e representatividade cultural através de um mural cerâmico que retrata a procissão do Rei Jeongjo. São estas as características essenciais do projeto a serem analisadas como referência para a proposta do projeto do TFC. As imagens 00 e 00 mostram a dinâmica na área em horário distintos, de modo que é visível como os visitantes ocupam esse espaço seja durante o dia ou à noite, configurando o modo como eles se sentem seguros ao frequentar o local. Nas imagens 00 e 00 vemos os recursos utilizados para promover o acesso ao local. Foram utilizadas passarelas, rampas e escadas, as quais estão presentes em todo o percurso do córrego, permitindo a circulação e comtemplação da paisagem. Uma característica a ser destacada nesse elementos, principalmente as passarelas é a forma como promovem o contato direto do visitante com o espaço, vide como as pessoas podem ter um contato mais direto com a água.

03 e 04 - Imagens mostrando contraste em como era o espaço urbano antes da intervenção e a drástica mudança na paisagem após a implantação do projeto.

A proposta abrangeu várias diretrizes tais como a prioridade para a mobilidade do pedestre, para a qual foram projetados acessos para caminhada e passeio e outas estruturas para cruzar o rio, a fim de garantir o uso do espaço e interação do usuário com o ambiente, a demolição 18

19


05 e 06 - Vista da área sendo utilizada em horários opostos, mostrando a relação do usuário com o espaço.

20

07 e 08 - Nas imagens estão em destaque os recursos utilizados para promover a mobilidade dos usuários ao percorrerem a área.

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O CÓRREGO JATOBÁ


Análise da área de estudo problemáticas e potencialidades

A área para a proposta do projeto compreende o Córrego Jatobá e seu entorno. É um espaço que se estende por áreas verdes, a lagoa, pequenas praças fragmentadas, espaços públicos ociosos e o leito do córrego, o qual tem cerca de 4,50 km de extensão e passa no meio da cidade, separando o centro dos demais bairros. A configuração atual do espaço é de degradação e abandono, situação essa que afeta não somente os aspectos ambientais da área, como também o comportamento e a relação do usuário com o espaço. No início da fundação da cidade, o Córrego era utilizado pelos moradores para lavar roupas e mesmo a água era utilizada para consumo, no entanto essa situação mudou quando o Córrego passou a receber despejo de esgoto. Hoje esse elemento natural nada mais é do que um esgoto exposto, que modificou completamente a paisagem urbana do seu entorno, e também a vida da população local. Em alguns pontos há um forte odor desagradável e também acúmulo de lixo e sujeira, visto que os moradores costumam descartar todo tipo de lixo seja diretamente no córrego ou em suas margens. A cidade não conta com uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) embora haja um projeto para tal, assim, o esgoto bruto é lançado diretamente no Córrego afim de que seja levado embora até alcançar as águas do Rio Mogi. Essa situação já rendeu àcidade a nota mais

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baixa no Ranking Ambental realizado pela Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo no ano de 2009, posição essa que não obteve melhoras até a última avaliação realizada no ano de 2015. Segundo esta avaliação, Barrinha apresenta graves problemas quanto ao tratamento de esgoto e as matas ciliaresdos cursos d’água (FOLHA DE SÃO PAULO, 2009) O efeito nocivo do esgoto chega a incomodar pelo mau cheiro notável ao longo do Córrego, bem como na lagoa, visto que essa serve de vazão para o Jatobá, situação que prejudica a proliferação de peixes e plantas aquáticas. Atualmente a área tem uso de passagem, pois é uma ligação entre os bairros, porém alguns pontos do lugar são evitados, visto que são utilizados por marginais e há o sentimento de insegurança. Os poucos espaços destinados ao lazer, como a quadra de areia e o play ground estão degradados e quase não são utilizados. Os moradores próximos às praças costumam utiliza-las com certa frequência, no entanto nenhuma possui mobiliário adequado, e quando há este está degradado. Nas horas noturnas pouco se vê uso deste espaço, a população evita, pois não há iluminação adequada e é forte o sentimento de insegurança. No mês de abril a lagoa é utilizada para a realização da Pesca da Páscoa, o evento mobiliza a população e confere movimento e lazer para o espaço. A área passa a ser

frequentada constantemente por dias até que o evento passe. Logo, a rotina volta ao normal e a área torna ao uso ocioso e esporádico. Há diversos equipamentos próximos à área, como o Hotel Park do Lago, a Escola Estadual José Luís de Siqueira, três igrejas, um Auto Posto, comércios de roupas e lanchonete, os quais promovem um fluxo de pessoas e veículos nas ruas, porém em horários e dias diversos, e este movimento é passageiro, pois como já dito antes, a população apenas passa pelo local, mas não permanece. A dinâmica da área é constante grande parte dos dias: nos dias da semana, durante a manhã o fluxo se dá pelos moradores fazendo passeio com os cachorros e os alunos indo pra escola, logo só é possível verificar algumas pessoas por ali; no decorrer do dia o cenário não se modifica muito, apenas por algum tempo quando os alunos saem da escola, e no fim da tarde esse fluxo cai consideravelmente, até que a noite quase não se vê pessoas caminhando por lá, a não ser alguns moradores próximos e pessoas em veículos. O fluxo maior se dá próximo a Avenida Costa e Silva, pois tem concentração de comércio. No final de semana o fluxo tende a cair devido ao fechamento do comércio do entorno e pelo fato de não ter aula, como é apenas uma área de passagem vê-se apenas os moradores locais realizando algumas atividades; durante a parte da manhã no domingo o movimento na área é um 25


pouco maior devido à feira que acontece na Avenida Jamil Said Saleh, que por encontrar-se com a Avenida Júlio Marcari acaba conferindo um aumento de pessoas circulando na área. Assim é possível concluir que a área possui frequência de pessoas pelo fato de ser um local de passagem e esse uso se dá de maneira esporádica e previsível, ocorrendo mudanças apenas por situações específicas como a pesca e a feira. Como espaço público, que deveria ser desfrutado pela população, não há infraestrutura que estimule a frequência ou mesmo a permanência das pessoas no local. Os espaços públicos são áreas fundamentais das cidades, locais onde se desenvolvem diversas atividades humanas e a relação do homem com a cidade, assim como a relação do homem com o homem. Caracterizamse por serem ambientes marcantes, que de forma positiva ou não, compõem a paisagem urbana. No caso da área em questão, ali se desenvolvem atividades importantes para a cidade, como a pesca da páscoa, na qual a população tem um momento de lazer, embora não haja estrutura adequada para tal, é um evento bastante aguardado pelos moradores, porém há também fatores negativos vinculados à área, como a presença de grupos de usuários de drogas, que denotam insegurança e, portanto desuso do 26

espaço pela população no geral; a falta de infraestrutura urbana, como por exemplo, a mobilidade desconfortável do pedestre também contribui para a subutilização desse espaço. A situação atual da área do Córrego Jatobá é diverge da definição de espaço público defendida por Castro, (2002, p. 54-55) “Uma definição alargada de espaço público coloca, assim, como princípio a sua acessibilidade a todos, o lugar onde qualquer indivíduo pode circular livremente (...)”.

A função do espaço público vai além do cotidiano urbano, tem influências marcantes na relação social desenvolvida em determinado lugar; as conexões interpessoais que ocorrem nesses espaços são tão importantes quanto as presentes em lugares privativos, como o espaço da casa por exemplo. O espaço público carrega fatores sociais, culturais e políticos, como explica Borja (2000, p.84 apud CASTRO, 2002, p. 55) o fato,

09 e 10 - Imagens mostrando a dinâmica da área no mesmo horário, porém em épocas distintas, acima a área em um dia comum, abaixo, o espaço está sendo utilizado para a realização da Festa da Páscoa.

do espaço público, independentemente da escala do projeto urbano, dever organizar um território capaz de suportar diferentes usos e funções e não se ignorar que ele é também espaço de expressão coletiva, da vida comunitária, do encontro.

O espaço público tem uma discussão bastante recente no âmbito sociológico, principalmente no campo da sociologia urbana, o qual lhe confere uma grande quantidade de sentidos, devido sua complexidade. 27


11 - Vista de uma parte da área em um dia tipico durante o dia, onde pode-se perceber o quão tranquila e sem pessoas utilizando-a ela é. 28

12 - Nessa imagem a mesma parcela da área durante o dia, porém aqui esta acontecendo a Pesca da Páscoa. 29


Para tal é necessário compreender a dinâmica que ocorre nesses espaços, a conexão do homem com a cidade, e a correlação humana ali desenvolvida. Os espaços públicos são elementos estruturadores da forma urbana e importante instrumento social. (CASTRO, 2002). Castro (2002, p. 54) define a noção de público não é, pois, uma qualidade intrínseca

a

um

espaço,

mas

sim

uma construção social e política que resulta

da

fatores, aí

combinação

nomeadamente

confinados;

do

de dos

sentido

vários usos que

é

atribuído por um determinado grupo social; da acessibilidade; da tensão entre

o

estrangeiro/anónimo

e

o

reconhecimento/ reencontro; da dialética entre proximidade e distância física e social. Os espaços públicos podem

reforçar os laços sociais ou dividir a comunidade, portanto, ao propor uma área de uso coletivo é vital considerar que esta será utilizada por pessoas e grupos distintos, assim, esse espaço deverá ter a capacidade e a qualidade essenciais para abraçar as atividades e os públicos diversos que ali estarão possibilitando a coexistências de todos. (CASTRO, 2002, P. 58). Além do caráter social e político, os espaços públicos também carregam características ambientais, como as áreas verdes públicas, de modo que ambos estão essencialmente ligados. O papel das áreas verdes ao longo da história esteve inserido em diversos contextos, da estética marcante dos jardins franceses às 30

praças e largos representativos do poder real durante a colonização brasileira, hoje os espaços verdes tornaram-se um símbolo da defesa ambiental (LOBODA e DE ANGELIS, 2005). “Dentre as inúmeras vantagens das áreas verdes, Guzzo (1999, p. 1 – 2 apud

LOBODA e DE ANGELIS, 2005, p. 133) considera três principais: ecológica, estética e social.” Para Loboda e De

Angelis (2005) a contribuição ecológica ocorre por minimizar os impactos gerados pela industrialização do espaço urbano, a estética integra os espaços naturais e artificiais e o aspecto social é reforçado pela oferta de espaços públicos de lazer para a população. Do ponto de vista estético, as áreas verdes conferem ao espaço urbano conforto ambiental e beleza visual e compõem a paisagem urbana, por outro lado a qualidade de vida urbana está diretamente atrelada a vários fatores que estão reunidos na infraestrutura, no desenvolvimento econômico-social e aqueles ligados à questão ambiental. No caso do ambiente, as áreas verdes públicas

constituem-se

elementos

imprescindíveis para o bem estar da população, pois influencia diretamente a saúde física e mental da população. (LOBODA e DE ANGELIS, 2005, p. 131.

Enquanto os espaços públicos verdes contribuem significativamente para o bem estar físico e mental do homem, durante o planejamento do espaço urbano essas áreas por muitas vezes não

são consideradas ou concebidas com a devida qualidade, em alguns casos pela falta de interesse do poder público. Há também o inegável desinteresse por parte da população em frequentar assiduamente esses espaços seja por falta de estímulos ou infraestrutura adequada. Caracterizando esse cenário de maneira específica, Pereira Leite (1997, p.141, apud LOBODA e DE ANGELIS, 2005, p. 136) ressalta que a renúncia ao espaço público da cidade fica caracterizada por uma série de procedimentos diferentes: nas camadas mais altas de renda, pelo desenvolvimento privado de atividades culturais e de lazer; nas de baixo poder aquisitivo pela impossibilidade de participar de atividades públicas ou culturais, seja pelo temor de sair de casa após o anoitecer. Pois não há garantia de segurança. Seja por sua marginalização do processo de desenvolvimento cultural; a atuação

deteriorados.

A paisagem urbana da área de estudo é bastante afetada pela situação degradante em que o córrego e seu entorno se encontram, impactando tanto a percepção do usuário como o cenário ambiental. Pode-se entender por paisagem a percepção do homem sobre o lugar que este habita e como ele vê e sente o espaço físico à sua volta, seja este ambiente dotado de características naturais, sociais, políticas ou culturais, ele reflete o próprio homem. Segundo Maderuelo (2010, apud SANTOS, HARDT, HARDT, SANTOS, FRANCO, 2013, p. 02) “a paisagem não consiste em um objeto, mas compreende um constructo mental elaborado por determinado observador a partir de sensações e percepções apreendidas durante a contemplação de dado lugar (...)”.

segurança gerada pela permanência, nas

A paisagem urbana pode ser entendida como uma relação entre os elementos naturais e antrópicos, ou seja, é constituída tanto pelo ambiente ecológico quanto pelo produzido pelo homem. Segundo Mercante (1992, apud ROCHA 2013), a paisagem urbana é o

praças, parques e jardins desocupados

resultado das mudanças do meio físico

ou

condições

provocadas pelo homem, sendo uma

intelectuais para a participação em

paisagem natural modificada em sua

atividades culturais. A cidade responde

dinâmica, ligada aos sistemas políticos

a essa rejeição recíproca entre as classes

e econômicos dominantes ao longo

sociais e o poder público, exibindo uma

do processo histórico. Ao analisar a

paisagem fragmentada e desorganizada:

paisagem urbana verificamos a relação da estrutura natural com a antrópica, o meio reflete como o homem se relaciona

do poder público agrava essa situação pelos

procedimentos

intimidatórios.

Dos espaços públicos de uso coletivo, visando atender as alegações de caráter essencialmente discriminatórias: falta de

suspeitos,

falta

de

espaços privados fortemente defendidos e espaços públicos abandonados e

com o espaço, assim o comportamento humano perante o espaço que este habita varia de acordo com as conexões existentes entre eles. O homem percebe o ambiente e compreende sua estrutura a partir de contextos sociais, culturais e históricos. No caso da área estudada, a paisagem natural foi submetida às ações humanas, visto que o córrego e todo o seu entorno natural ficaram sujeitos à malha viária e urbana, passando por mudanças transformadoras, como a interferência no percurso natural do córrego para que este se adequasse à estrutura viária. Contudo, paisagem urbana é o contexto em que estrutura natural e antrópica se complementam, assim, Cullen (1983, apud ADAM, 2008, p. 63) acrescenta que “paisagem urbana é a arte de tornar coerente e organizado, visualmente, o emaranhado de edifícios, ruas e espaços que constituem o ambiente urbano”.

Um aspecto importante a ser levado em conta é como o usuário percebe o espaço a sua volta e como se comporta nesse dado ambiente, de modo que se faz necessário analisar a paisagem e como o homem se comporta nela. Para tanto, Del Rio (1990) explica que a análise e a percepção da paisagem constituem-se basicamente como o modo que se percebe o espaço e como esta interação e entendimento com o meio tem efeitos sobre as nossas emoções. Para tal, exemplifica como Cullen categoriza em três tópicos o modo como o meio pode influenciar nossos sentidos a partir da análise visual 31


da paisagem. A Ótica, através da qual considera nossas experiências por meio das percepções visuais e estéticas que temos dos lugares que frequentamos, apresenta também o conceito de “visão serial” pela qual compreendemos o espaço enquanto caminhamos; O Lugar, pelo qual se considera nossa posição perante os elementos da paisagem, ou seja, a postura tomada perante o espaço que dominamos, bem como o sentido de pertencer a algum lugar; e por fim o Conteúdo, que são os significados absorvidos e percebidos durante as experiências nos espaços por meios dos elementos que ali estão podendo ser as cores ou texturas do ambiente, por exemplo. A percepção do meio ambiente é uma análise que parte de princípios e métodos psicológicos, pela qual é possível afirmar que o homem se comunica através daquilo que sente e percebe do espaço, ao construir sentimentos relacionados a ele. Pode-se classificar este processo em três fases, sendo percepção, seleção e atribuição de significados, dos quais o que se destaca é a percepção visto que é um processo seletivo, visto que só percebemos o que nossa mente nos preparou para perceber. Kohlsdorf (1985, p.51 apud DEL RIO, 1990, p. 92) reforça “... a percepção como instrumento mediador importante entre o homem e o meio

(DEL RIO, 1990) Del Rio, (1990, p.97) descreve como o comportamento do homem é influenciado pelo espaço em que ele

ambiente urbano”.

32

vive, ao afirmar que “o ambiente sugere, facilita, inibe ou define comportamentos, ou seja, que ele age como catalisador (positivo ou negativo)”. Assim, Del Rio

(1990) defende que a verificação de como o homem se relaciona com o meio é um importante instrumento para propor um projeto e este deve ser satisfatório quanto aos quesitos visual, funcional e comportamental, bem como Moore (1977, p. 63 apud DEL RIO, 1990, p. 99) afirma que “as questões básicas a serem respondidas são: como as pessoas se relacionam com o meio ambiente construído, quais são suas necessidades, e como aplicar tais respostas no processo de projeto”.

Por fim é verificada a importância de perceber e reconhecer como o homem se comporta no espaço e como este o influencia, de modo que ao propor um projeto, este deverá ser compatível com o meio a ser inserido e levar em conta seus usuários, como Del Rio (19990, p. 99) afirma que “nunca é demais frisar a importância dos estudos de

comportamento

(...),

pois,

sem

usuários, o espaço público é de pouco

N Mapa 1

No mapa está localizado a lagoa e as duas praças próximas à ela, este foi o primeiro ponto da área a ser observado a fim de verificar a relação do usuário com o espaço. Para melhor ilustrar essa situação, a imagem mostra a relação entre os três espaços destacados juntamente com o córrego.

significado e importância”, questão essa

a ser considerada durante a proposta do projeto para a área do Córrego Jatobá. Ao analisar a área de estudo por algum tempo é possível verificar como os usuários se comportam no ambiente e as relações ali desenvolvidas. As observações realizadas na área servem de embasamento para justificar o fato de se considerar o espaço como local de passagem apenas.

13 e 14 - A primeira imagem é um croqui das áreas analisadas, enquanto que a segunda demonstra a relação entre as praças, a lagoa e o córrego. 33


Mobiliários Percurso realizado com mais frequên cia, principalemente pelos moradores do entorno; durante a observação notou-se que há presença dos moradores locais utilizando o espaço para caminhada com seus cachorros. Menor fluxo de passagem.

Nesta praça há maior presença de bancos e, portanto maior permanência dos usuários; Fluxo de pedestres, principalmente pelos moradores do entorno, devido a presença do mobiliário, as pessoas costumam permanecer por mais tempo no local; Baixo fluxo de pedestres, os que por ali passam é temporariamente, visto que é um eixo de ligação entre os bairros e o centro.

Há a presença de bancos nessa margem da lagoa, de modo que são utilizados pelos frequentadores, embora não estejam em boas condições; Essa margem da lagoa é a que mais apresenta fluxo de pessoas, pois é nessa região que permanecem quem vai pescar ou quem está de passagem; Fluxo esporádico, ticando algum

pois só exercício,

passam como

por ali corrida

quem ou

está pracaminhada;

Nesta margem o fluxo de pedestre tende a ser um pouco maior, visto que as vias adjacentes são ligação para o centro e também é o caminho pelo qual passam os alunos da escola Siqueira, seja para ir ou vir.

N

Mapa 2

Ao longo do percurso, é possível verificar que há variação no fluxo de pessoas pela área;Próxio a Av. Costa e Silva o fluxo é mais intenso nos dias de semana, visto que essa avenida é um acesso para o centro da cidade;

Imagens 15 à 22

O fluxo é moderado nesse segmento do Córrego, o que se dá por ser um caminho de passagem, seja pelos moradores do bairro para o centro, seja dos alunos da escola local; É o trecho com menor fluxo, por ser uma área predominatemente residencial, é um espaço tranquilo, sem fluxo de pedestres ou veículos constante. Não há a presença relevante de mobiliário nesse trajeto. O Playground existente na área está deteriorado e abandonado, não se vê crianças utilizando esse equipamento devido as péssimas condições que ele está, assim sendo, esse espaço está esquecido pela população, à mercê de depredação e desuso. 34

35


Quanto à mobilidade na área, principalmente a do pedestre, esta se apresenta sem qualidade tanto no aspecto físico, visto que os passeios não são existentes em diversos pontos e quando há são inadequados, além de não haver acessos apropriados para pessoas com mobilidade reduzida, quanto ao conforto, pois alguns pontos não possuem mobiliário para paradas e descanso, nem sombreamento arbóreo. A cidade atual é composta por espaços públicos distintos, como ruas, avenidas, praças, parques e calçadas, nos quais ocorrem diversas atividades urbanas e humanas, portanto é vital que estes sejam democráticos e acessíveis para todo o público. A acessibilidade deve ser levada em conta nesses espaços de modo que o pedestre esteja livre e seguro para ir e vir e usufruir das diversas áreas urbanas. Deffune (2013) analisa as discussões em torno da mobilidade urbana e como este assunto tem sido tema para diversas discussões no que diz respeito à circulação nas cidades. É notável a infraestrutura necessária para circulação de veículos motores, e o espaço público e custo financeiro que estes requerem além de serem geradores de poluentes para o meio ambiente. Enquanto que para o pedestre caminhar, uma prática saudável e não poluente, a infraestrutura requerida tem baixo custo e necessita de espaços públicos menores. Perante essa análise, Gold (2010, p. 01, apud 36

DEFFUNE, 2013, p. 128) observa que

as rodas vieram depois dos pés e, mesmo assim, damos mais importância para a primeira. Todos os planejamentos urbanos são pensados para os veículos. No entanto, somos pedestres em qualquer deslocamento que fazemos. E as falhas da mobilidade são muitas: problemas nas calçadas, falta de sinalização, intervenções que prejudicam os trajetos a pé e outros. Não são pequenos detalhes, são questões que atrapalham todo o fluxo. Dentro da sustentabilidade, a mobilidade urbana se destaca em duas vertentes: a oferta de diversificados meios de transportes e a qualidade ambiental. O primeiro impacta o meio ambiente através do consumo de energia, poluição do ar e poluição sonora, enquanto a qualidade do ambiente está sujeita a alterações visuais e a presença de áreas verdes (CAMPOS, 2010). Gehl (1936) defende que a cidade deve ser voltada para a escala humana, pois é um espaço que deve ser destinado às pessoas e, portanto adequada a elas; o autor analisa a estreita relação existente entre as pessoas e o uso dos espaços urbanos, alegando que somente há a ocupação de determinado espaço de acordo com o grau de qualidade que este representa e, portanto, as cidades tendem a ser ou não convidativas para os seus usuários, e, portanto “há muitos

23 e 24 - As imagens mostram as condições precárias que se encontram as rampas e vias na área.

37


exemplos de como a renovação de um único espaço, ou mesmo a mudança no mobiliário e outros detalhes podem convidar as pessoas a desenvolver um padrão de uso totalmente novo” (GEHL,

1936, p. 16). Ghel (1936) prioriza a escala humana e sustenta como essa deve ser priorizada perante um projeto urbano, visto que ultimamente as cidades são feitas para atender as necessidades dos automóveis e não das pessoas, além de que “as ideologias dominante de planejamento

relação entre eles deve ser coerente, de modo que os elementos não conflitem estética e funcionalmente.

Portanto é preciso sanar de modo eficaz as necessidades de espaços voltados para a caminhada na área, priorizando categoricamente o pedestre e meio

âmbito urbano, seja a comunicação, o

público, as áreas de pedestre e ao papel

de locomoção não motorizado, como a bicicleta, tal qual é defendido por Deffune (2013, p. 129) “temos de pensar

do espaço urbano como local de encontro

as cidades de forma diferenciada, isto

dos moradores da cidade” (GEHL, 1936,

é, humanizada, onde o uso dos carros

p. 03). Os espaços públicos servem para estimular as relações entre indivíduos e, portanto deve ter caráter democrático, sendo convidativo e acessível a todo tipo de público, a esse aspecto dá-se o conceito de Sustentabilidade Social. A diversidade de atividades que se desenvolvem nos espaços públicos e quantas pessoas são envolvidas para a realização destas somente reforçam a primazia de ambientes que dispunham de qualidade, reforçando a essência de Sustentabilidade Social (GEHL, 1936).

seria otimizado e os pedestres teriam

(...) deram baixa prioridade ao espaço

Ao analisar os conceitos de mobilidade e emprega-los na área do Córrego Jatobá, verifica-se que esse espaço necessita de diretrizes que proporcionem mobilidade adequada para quem frequenta o espaço, visto que não há acessibilidade para os pedestres no geral, não há espaços 38

de parada qualificados e ambientes agradáveis que estimulem o convívio social, a malha viária, que embora se imponha sobre o meio natural, se encontra subutilizada, como vários pontos da avenida interditados, numa tentativa frustrada de garantir espaços de caminhada para os pedestres.

mais prazer ao andar nas ruas”.

Como mencionado anteriormente, a área carece de mobiliário adequado e qualificado, que ofereça ao usuário conforto e prazer ao frequentar esse espaço. O mobiliário urbano surge como um elemento de destaque da paisagem, visto que pode contribuir significativamente para a composição do espaço, desempenhando funções variadas que facilitam o uso dos espaços públicos e tornando a experiência do usuário mais agradável, agrega também fatores estéticos, visuais e simbólicos e não passam despercebidos. Para desempenhar corretamente suas funções, o mobiliário deve ser condizente com espaço em que está inserido, a

A função do mobiliário é, segundo Souza e Gandara, (2013, p.59) oferecer ao cidadão um serviço, de utilidades e funções muito diferentes. Essas surgem segundo novas necessidades dentro do ócio, o descanso, a limpeza, os limites, entre outros.

O mobiliário está inserido no espaço público e no dia a dia dos usuários, por isso a inserção destes equipamentos deve estar de acordo com o contexto do espaço, visto que se trata de uma modificação do cenário urbano, e, portanto, da percepção das pessoas que ali frequentam, assim, Mourthé (1998, apud SOUZA e GANDARA, 2013, p. 58) enfatiza que “esses equipamentos têm funções de grande importância na qualidade de vida das cidades”.

Tinoco (2003, apud SOUZA e GANDARA, 2013), sugere que ao propor a transformação do espaço urbano por meio da instalação de mobiliário, sejam considerados três aspectos fundamentais: o significado que estes equipamentos carregam, como o visitante percebe a qualidade do lugar por meio do mobiliário e a percepção do espaço ao se colocar no lugar do usuário.

da paisagem, seu uso poderá ser caracterizado como temporário, quando é utilizado em eventos ou festas pontuais, permanente quando seu uso é frequente e não mutável, como as lixeiras e bancos, e ainda de uso particular, como elementos de publicidade. Em suma, entendese como mobiliário urbano os objetos e equipamentos de pequena escala que permitem a prestação de serviço ou que apoiam uma atividade vinculada. Estão instalados no espaço urbano, facilitando o conforto dos usuários e também possuem função simbólica. (SOUZA e

GANDARA, 2013, p. 78). Portanto, ao analisar a área do Córrego Jatobá, verificamos que o mobiliário urbano existente é precário e escasso, os que ali estão são subutilizados, insuficientes e precários, não atendendo, portanto aos usuários do espaço. Desse modo é necessária a substituição deste equipamento por um com qualidade, ambientalmente correto e que atenda ao visitante.

Visto que o mobiliário é um elemento geralmente fixo e parte integrante 39


25 e 26 - Imagens do Tori do Jardim Japonês e abaixo o Pórtico da Lagoa.

40

27 e 28 - Imagens mostrando o mobiliário disponível na área.

41


Recuperação de espaço público urbano por meio do Mobiliário

A área localizada no centro de São Paulo faz parte do Projeto Centro Aberto. A preocupação principal desse projeto foi o pedestre e os usuários dos ônibus, de modo que o espaço foi pensado em oferecer conforto e segurança para eles. O objetivo foi alcançado com a utilização de mobiliário urbano adequado ao espaço e aos usuários; o mobiliário utilizado elevou a imagem do lugar, realçando a paisagem e incentivando as pessoas que ali frequentam a usufruir do espaço com qualidade.

tos, sombra e atividades adicionais – tais como shows em espaço público e comida de rua – houve aumento significativo da permanência e do fluxo de pessoas na área, fosse pelos passageiros ou por quem estava apenas desfrutando de um momento de lazer.

O modo como o mobiliário transforma a paisagem quando este é bem pensado e bem localizado é um fator projetual a ser considerado para a proposta do TFC.

29 e 30 - Imagens mostrando o espaço antes e depois da intervenção.

A proposta que abrange a área da Av. São João e Largo Paissandú cria um ambiente seguro e confortável para pedestres e passageiros, de modo que o espaço se torna adequado para os pedestres e passegeiros do transporte público. Com o intuito de melhorar a experiência de mobilidade ao longo da rua e à espera de transporte público, foram pensados mobiliários que oferecessem a possibilidade de sentar e descansar, além de garantir ao pedestre novas travessias que interligam osdois lados da rua de forma segura e acessível. A escala da intervenção foi pequena, embora o resultado fosse imediato, pois ao proporcionar ao usuário condições de espera de alta qualidade com assen42

43


31 e 32 - Vistas do mobiliรกrio sendo utilizado.

33 - Vista do mobiliรกrio sendo utilizado. 44

45


Aspectos morfológicos da área do Córrego Jatobá

Topografia O mapa 03 representa a topografia da cidade de barrinha; ao analisar o mapa percebe-se que a cidade tem a topografia com certa declividade em direção ao córrego Jatobá, de modo que ao caminhar é possível perceber essa direfença visto que ao sair do nível do córrego pra chegar ao centro, por exemplo, o caminhante irá sentir a “subida” de um ponto ao outro. A declividade também é presente em direção à Lagoa da Área de Lazer, no bairro Vila Recreio.

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Outra diferença significativa verificada na topografia da cidade é a presença de platôs prómimos ao Córrego Jatobá e do Rio Mogi Guaçu, na zona Rural. Quanto a topografia da Área de estudo, está se encontra intimamente ligada a declividade causada pelo Córrego Jatobá, caracterizando um fundo de vale, pela qual verifica-se que a cota mais baixa é mais próxima ao Córrego.

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Mapa 3

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Mapa 4 47

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Mapa Planialtimétrico

Mapa 5

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 48 32 33 34 35

Cor 255 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 12 22 32 42 52 62 72 82 92 102 112

Cálculo de Elevações

Elevações Acima de 539,000 538,000 - 539,000 537,000 - 538,000 536,000 - 537,000 535,000 - 536,000 534,000 - 535,000 533,000 - 534,000 532,000 - 533,000 531,000 - 532,000 530,000 - 531,000 529,000 - 530,000 528,000 - 529,000 527,000 - 528,000 526,000 - 527,000 525,000 - 526,000 524,000 - 525,000 523,000 - 524,000 522,000 - 523,000 521,000 - 522,000 520,000 - 521,000 519,000 - 520,000 518,000 - 519,000 517,000 - 518,000 516,000 - 517,000 515,000 - 516,000 514,000 - 515,000 513,000 - 514,000 512,000 - 513,000 511,000 - 512,000 510,000 - 511,000 509,000 - 510,000 508,000 - 509,000 507,000 - 508,000 506,000 - 507,000 505,000 - 506,000

Area (m²) 19.941.875,036 -19.857.670,297 109.660,063 139.147,141 168.023,938 170.322,094 172.620,438 177.249,469 184.209,375 191.169,313 198.129,188 205.089,094 213.052,969 222.020,625 234.338,203 252.598,465 271.976,133 291.353,676 316.815,922 348.362,637 211.301,035 612.089,672 475.425,906 411.977,578 411.318,230 402.780,727 404.557,473 415.724,742 426.340,859 437.331,289 448.321,523 465.561,258 -851.854,398 1.837.686,293 518.917,887

Perc.(%) 100,00 -99,58 0,55 0,70 0,84 0,85 0,87 0,89 0,92 0,96 0,99 1,03 1,07 1,11 1,18 1,27 1,36 1,46 1,59 1,75 1,06 3,07 2,38 2,07 2,06 2,02 2,03 2,08 2,14 2,19 2,25 2,33 -4,27 9,22 2,60

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26 27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46

Cor 255 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 170 180 190 200 210 220 230 240 12 22 32 42 52 62 72 82 92 102 112 122 132 142 152 162 172 182 192 212 222 232

Cálculo de Elevações

Elevações Acima de 539,000 538,000 - 539,000 537,000 - 538,000 536,000 - 537,000 535,000 - 536,000 534,000 - 535,000 533,000 - 534,000 532,000 - 533,000 531,000 - 532,000 530,000 - 531,000 529,000 - 530,000 528,000 - 529,000 527,000 - 528,000 526,000 - 527,000 525,000 - 526,000 524,000 - 525,000 523,000 - 524,000 522,000 - 523,000 521,000 - 522,000 520,000 - 521,000 519,000 - 520,000 518,000 - 519,000 517,000 - 518,000 516,000 - 517,000 515,000 - 516,000 514,000 - 515,000 513,000 - 514,000 512,000 - 513,000 511,000 - 512,000 510,000 - 511,000 509,000 - 510,000 508,000 - 509,000 507,000 - 508,000 506,000 - 507,000 505,000 - 506,000 504,000 - 505,000 503,000 - 504,000 502,000 - 503,000 501,000 - 502,000 500,000 - 501,000 499,000 - 500,000 498,000 - 499,000 496,000 - 497,000 495,000 - 496,000 494,000 - 495,000 Abaixo de 494,000 Total

Area (m²) 19.941.875,036 -19.857.670,297 109.660,063 139.147,141 168.023,938 170.322,094 172.620,438 177.249,469 184.209,375 191.169,313 198.129,188 205.089,094 213.052,969 222.020,625 234.338,203 252.598,465 271.976,133 291.353,676 316.815,922 348.362,637 211.301,035 612.089,672 475.425,906 411.977,578 411.318,230 402.780,727 404.557,473 415.724,742 426.340,859 437.331,289 448.321,523 465.561,258 -851.854,398 1.837.686,293 518.917,887 545.155,324 610.602,125 743.472,836 746.483,566 382.779,172 1.413.908,068 2.319.236,943 -17.975.303,338 19.781.236,014 905.753,738 -109.272,968 19.941.875,036

Perc.(%) 100,00 -99,58 0,55 0,70 0,84 0,85 0,87 0,89 0,92 0,96 0,99 1,03 1,07 1,11 1,18 1,27 1,36 1,46 1,59 1,75 1,06 3,07 2,38 2,07 2,06 2,02 2,03 2,08 2,14 2,19 2,25 2,33 -4,27 9,22 2,60 2,73 3,06 3,73 3,74 1,92 7,09 11,63 -90,14 99,19 4,54 -0,55

O mapa planialtimétrico representa a elevação do terreno através da gradação das cores, assim, as cores frias representam as cotas mais baixas, enquanto as cores quentes demonstram quais são as cotas mais altas. Dessa maneira ao analisar o mapa 05, vemos que quanto mais próximo se está da rede hidrográfica, mais baixa é a cota e portanto mais fria a cor que a representa, e quanto mais distante do rio ou do córrego, mais alta são as curvas de nível e consequentemente é representada por cores mais quentes. Ao verificar a área do Córrego Jatobá, nota-se que não há uma variação de cor muito acentuada, de modo que a gradação das cores se dá por tons de verde no leito do córrego e ao se afastar cerca de duas quadras o tom passa para amarelo, indicando uma inclinação maior do terreno.

N 0 10

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50

100

Mapa 6 49


Mapa de Declividade O mapa de declividade caracteriza os desníveis predominantes a cada 1000 metros, de acordo com a quantidade de curvas que por ali passam, sendo possível verificar por meio das cores os pontos da área que mais possuem curvas de nível e consequentemente uma maior declividade, medida por meio de porcentagem, como consta na tabela. Assim verifica-se através do mapa 07 que na cidade de Barrinha a declividade topografica é predominante em torno de 2 a 6 %, com variação em algumas áreas de 0 a 2%. Ao observar o mapa 08 verifica-se que a Área do Córrego Jatobá tem declividade de 2 a 6%, com variação para 0 a 2% próximo à linha do trem. Mapa 7

Cor De (%) 50 0% 40 2% 30 6% 20 12% 10 20% 14 45% Total Total

Até (%) 2% 6% 12% 20% 45% 100% Total

Mapa de Declividade Área m² 12.408.970,485m² 6.473.427,498m² 903.463,234m² 149.042,607m² 5.944,777m² 0,000m² 19.940.848,601m²

% m² 62,23% 32,46% 4,53% 0,75% 0,03% 0,00%

Superfície m² 12.410.255,583m² 6.477.001,336m² 907.435,674m² 150.907,230m² 6.112,617m² 0,000m²

% Sup 62,20% 32,46% 4,55% 0,76% 0,03% 0,00% 0 10

20

50

100

N

Mapa 8 50

51


Mapa de Inundação O mapa de inudanção caracteriza a área do entorno do leito de córregos e rios passíveis de inundação; no mapa 09 vê-se que a área de inundação da cidade de Barrinha corresponde ao entorno do Rio Mogi Guaçu e do Córrego Jatobá a partir da linha do trem, correspondente a quase nove milhões de metros quadrados em função da cota 504, como verificado na tabela.

Mapa 09

Cálculo de Inundação

Cor Cota Inundação Volume Inund.(m³) Área Inund.(m²) Perc.(%) Área Seca (m²) Perc.(%) Total (m²) 1 5 504,000 46.020.066,822 8.818.896,160 44,22 11.122.978,876 55,777 19.941.875,036

Ao aproximar para a área do Córrego, no mapa 10, verifica-se que há uma área de inundação prevista assim que se atravessa a linha ferroviária, entrando em parte do bairro e abrangendo uma parcela da Av. Júlio Marcari, pela qual passa o Córrego Jatobá até ele cruzar com a linha férrea. Vale ressaltar que há alguns anos, final da década de 80, começo de 90, antes do córrego ser devidamente canalizado, durante os períodos de chuva, este tranbordava e inundava a casa dos moradores, causando diversos transtornos. Atualmente não há enchentes devido a canalização do Córrego.

N 0 10

52

20

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Mapa 10 53


Mapa de Direção do Fluxo da Chuva Os mapas indicam o fluxo de água da chuva, por meio das cores e das setas é possível visualizar como a água se comporta na topografia. No mapa 12 verifica-se que a água tem caída direta no Córrego e deste vai para o Rio Mogi Guaçu. As cores indicam a altitude das cotas de modo que as cores quentes são as cotas mais altas em relação as cores frias, as quais são cotas mais baixas.

0 10

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Mapa 11

N

0 10

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Mapa 12 55


Uso do Solo

Hierarquia Viária Física

A predominância de usos na área é residencial. Há concentração de comércio no Centro, região esta que se encontra boa parte do comércio da cidade. Há também vários edifícios institucionais próximos à área como a Escola Estadual José Luiz de Siqueira, igrejas, Cozinha Piloto e uma grande área verde próxima à lagoa. A concentração de serviço é baixa e há dois edifícios sem uso, um próximo ao Córrego, o qual pertence aos associados do Rotary, o outro fica as margens da Av. Costa e Silva, onde era o antigo Supermercado Gimenes, hoje está abandonado.

A área conta uma via caracterizada como Arterial, a Avenida Costa e Silva. A Avenida Júlio Marcari, por onde passa o Córrego, é uma via Coletora, há outras duas vias com essas característica na área. As demais vias tem caráter local.

Mapa 14

Via Arterial

Via Coletora Residência Comércio

0 10

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Hierarquia Viária Física

Serviço

Institucional 0 10

0 10

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100

100

Via Local

Na área as principais vias de alto fluxo são a Avenida Costa e Silva, Avenida Jamil Said Saleh e um pequena parte da Avenida Júlio Marcari, quando esta se encontra com a Avenida Costa e Silva. A Avenida Júlio Marcari recebe um fluxo médio enquanto as demais são de baixo fluxo.

Sem uso

Vazio

Mapa 13

Mapa 15

Alto Fluxo

Médio Fluxo 0 10

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20

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Baixo Fluxo 57


Expansão Urbana

35 - Vista da Praça da Matriz em Barrinha na década de 60, onde é possível perceber o crescimento e desenvolvimento da cidade, nessa época a área central do município já contava com pavimentação das vias e modalidades comerciais. Ao fundo é possível perceber os vazios urbanos bastante presente na cidade. Ferrovia Década 30 córrego jatobá

Década 40

Década 50 Década 60 Década 70 Década 80

Década 90 Ano 2000 Ano 2005 Mapa 16

Ano 2010

34- Vista aérea de Barrinha na década de 50, na qual vê-se que a concentração de edificações se dá nas proximidades da Estação Ferroviária e das instalações da Olaria. 58

36 - Vista da área central na década de 70, na qual vê-se a consolidação urbana da cidade, ao fundo é possível identificar a urbanização do munícipio, já com seu território bastante ocupado.

37 - Vista aérea do Conjunto Habitacional Jardim José Bombonato em meados dos anos 80, o qual contribuiu para o crescimento da cidade. 59


RECUPERAÇÃO DO CÓRREGO JATOBÁ E SEU ENTORNO

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Diretrizes, Conceito e Memorial

Ao analisar todo levantamento realizado, é possível verificar as potencialidades e problemáticas presentes no lugar, sendo possível assim, definir as diretrizes e ações necessárias para resolver as questões e qualificar a área. O conceito adotado para o projeto será de qualificação da paisagem e prioridade para a mobilidade do pedestre por meio da integração dos espaços Para tanto, verifica-se as problemáticas como: Falta de infraestrutura para a realização da Pesca da Páscoa, iluminação precária, mobiliário urbano praticamente inexistente; falta de mobilidade e acessibilidade para o pedestre e para pessoas portadoras de necessidades especiais; abandono dos equipamentos de lazer como o play ground e a quadra de esporte; presença do Clube municipal, um equipamento urbano que deveria oferecer lazer e recreação para a população, se encontra hoje abandonado e degradado, gerando acúmulo de lixo e proliferação de animais e insetos nocivos à população;Poluição do Córrego Jatobá e da lagoa, de modo que esses elementos se tornaram secundários na paisagem, alheios à dinâmica urbana e sujeitos à malha viária; espaços verdes ociosos e sem uso pela população. As potencialidades verificadas são: Possiblidade de integração das áreas verde, equipamentos de lazer presentes na área; possibilidade de criar paisagens

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de contemplação; espaço de lazer, ócio e recreação constante; a pesca da Páscoa como potencial de lazer e recreação sazonal. Verifica-se, portanto, que as diretrizes e ações necessárias são: Gerais: Setorizar a área em 2 seções, de modo que a primeira compreenda Lagoa e o Córrego Jatobá, e todos os espaços até o play ground, sendo este setor o principal da proposta projetual, e o qual será detalhado, para o qual serão enfatizados o lazer, prática de esportes, cultura e recreação. A segunda seção será a extensão do Córrego até o encontro deste com a ferrovia, sendo a diretriz principal a garantia de mobilidade qualificada para o pedestre com ênfase na criação de espaços de parada com arborização e mobiliário adequados, de modo a garantir conforto aos usuários, assim a requalificação ambiental para a segunda etapa promoverá uma paisagem urbana para contemplação e que componha o contexto urbano já existente; Promover a interação social e lazer através dos espaços; Integrar os espaços fragmentados, como as praças e lotes vazios, criando um ambiente dinâmico, priorizando o pedestre e a paisagem; Garantir espaços acessíveis ao pedestre e pessoas com mobilidade reduzida; Implantação de mobiliário urbano

adequado e ambientalmente correto; Incorporar a Pesca da Páscoa no projeto, com a elaboração de espaços adequados que sejam parte permanente do projeto; Específicas: Eliminar o esgoto que é lançado no córrego, visto que há um projeto municipal para a implantação de uma ETE, a qual irá coletar e tratar o esgoto da cidade; Implantar o Jardim Japonês, visto que já há um espaço predestinado na área para tal, onde há somente um pórtico; esse jardim será uma referência cultural para a população japonesa de Barrinha, a qual está presente na cidade desde sua fundação; Recuperar o play ground Josana Carla, destinando esse espaço para o lazer e recreação infantil; Incorporar o espaço próximo ao início do córrego no projeto; esta área é pertencente aos sócios do Rotary, inicialmente a proposta para este espaço era transformá-lo em um clube para a população, porém o projeto foi interrompido apenas com a quadra de esportes concluída e a estrutura do prédio de apoio ao clube, assim a proposta é resgatar o esse espaço, mantendo a ideia inicial de um espaço para a prática de esportes. O embasamento teórico, a história do município, os dados morfológicos levantados e as análises realizadas na área de estudo contribuíram para o entendimento da dinâmica

local e a compreensão das relações estabelecidas entre o indivíduo e o espaço em questão, de modo a fornecer meios para perceber as potencialidades e problemáticas da área, bem como para fundamentar a as diretrizes gerais e específicas, e ainda o desenvolvimento da proposta Assim, considera-se que a intervenção proposta para essa área suprindo as necessidades vigentes, mudará de forma significativa o modo como os moradores interagem com ela, assim como esse espaço passará a ser parte importante e ativa na vida da cidade e seus moradores.

63


Conceito O conceito da proposta é a integração dos espaços, de modo que o piso, o

As vias no entorno da área serão convertidas em vias compartilhadas, de modo que o piso diferenciado indique a pre-

Desenvolvimento Proposta

da

O partido projetual está embasado em trazer de volta ao contexto urbano o Córrego Jatobá bem como a integração

ferência para a circulação dos pedestres

dos espaços ociosos dispostos na área,

com acesso reduzido e com velocidade

a fim de compor uma paisagem urbana

controlada para os veículos, de modo

harmoniosa e que ofereça aos morado-

O piso, se entendendo por toda a área

que garanta aos passantes mobilidade

res de Barrinha um espaço com infraes-

confere unidade, interligando os diver-

com conforto e segurança, reforçando

trutura para o desenvolvimento de ativi-

sos espaços e compondo a paisagem;

a diretriz de priorizar a acessibilidade e

dades físicas, e que permita a formação

Para a marquise foi pensado uma man-

locomoção dos pedestres. O piso das

de laços sociais e conceda uma identida-

cha que cubra a área a fim de propor-

vias compartilhadas, assim como o piso

de ao local.

cionar a composição dos espaços além

do parque servirá para compor a paisa-

de promover mobilidade e acesso para

gem e denotar unidade e característica

os pedestres, assim o visitante poderá

próprias à área. Este piso, tanto das vias

acessar a área com facilidade e confor-

quanto da circulação interna do parque,

to. Além de funcionar como elemento

será um sistema revestido com peças in-

de ligação e passagem, a marquise terá

tertravadas de concreto poroso, possibi-

outras duas funções: cobertura, criando

litando a infiltração de água, o material

áreas sombreadas ao longo do espaço e

é resistente e permite a circulação de

parque suspenso, de modo que os três

pedestres e tráfego leve de veículos. (In-

pontos de interseção sejam arborizados

fraestrutura Urbana - Pini - Março, 2014).

deck e a implantação de uma marquise - passarela reforcem essa ideia.

e com mobiliário dispostos afim de pro-

Para a proposta foram considerados os seguintes locais: 5 pequenas praças existentes, dois terrenos públicos vazios, 30 edificações as quais em sua maioria edículas, duas igrejas, uma área ocupada por uma torre de telefone e o prédio do grupo Rotary, mais 19 lotes privados não edificados, totalizando juntamente com o córrego e a lagoa uma área de aproximadamente 111.340,06 m².

mover descanso e contemplação da pai-

Para melhor atender a dinâmica da área,

sagem para o passante.

foram realizados alguns estudos afim de

O deck, em madeirea ecológica, disposto às margens da lagoa e do Córrego funciona como outro elemento de liga-

garantir que a proposta se adeque ao espaço e atenda as necessidades previstas.

ção, aproximando o pedestre da água e

Os croquis a seguir irão representar as

promovendo a transição entre os espa-

principais fases do desenvolvimento da

ços; disposto nas duas margens opostas

implantação geral do projeto, como se

da lagoa, o deck será um apoio para os

deu a definição das áreas e acessos, os

usários que frequentam a área durante a

usos e equipamentos inseridos.

Pesca da Páscoa. 64

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N

Nesse estudo foram definidos os possíveis caminhos de circulação na área e a relação deste com as áreas verdes, até o momento os equipamentos a serem dispostos no espaço não haviam sido definidos.

20 10

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Nesse estudo as áreas verdes estruturam o projeto, bem como a circulação, a qual se torna mais concisa do que no

N

traçado anterior.

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1º Estudo com definição das áreas de permanência e áreas permeáveis.

N

Este estudo demonstra as áreas que receberão algum tipo de equipamento e as que serão destinas à vegetação, bem como a definição dos acessos e das vias compartilhadas.

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2º Estudo com definição do uso adequado de cada espaço e dos acessos.

N

Aqui é possível perceber as áreas com definição dos usos de maneira mais especifica, juntamente com a circulação e áreas verdes. Nessa fase foi pensado também um deck sobre a lagoa de modo a servir de apoio para a Pesca da Páscoa bem como caracterizar o espaço.

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3º Estudo com Espacialização de cada equipamento.

N

Nesse estudo de implantação o uso dos espaços estão melhor definidos e setorizados, cada equipamento com seu respectivo apoio, como por exemplo as quadras esportivas com os vestiários e lanchonete. O desenho do Córrego é modificado, quebrando a rigidez artifcial com novas formas orgânicas.

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4º Estudo com Espacialização de cada equipamento.

N

Nesse estudo fora repensadas algumas formas, como a do deck, afim de refinar o desenho e compor o espaço de maneira harmonica.

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Definição final da implantação

N

O desenho do deck foi redefinido, de modo a unificar a lagoa por ambos os lados, no sentido de servir como apoio para a Pesca da Páscoa, bem como de travessia; o deck se estende também por toda a extensão do Córrego, protegendo as margens e promovendo mobilidade para os pedestres.

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N

O Jardim Japonês será composto por dois ambientes, sendo o menor dedicado à casa de meditação e jardim de areia, e o segundo um restaurante de comida japonesa. O intuito é promover a cultura japonesa, visto que as famílias japonesas foram corresponsáveis pela fundação da cidade de Barrinha, portanto além de homenagem será uma lugar de contemplação.

20 10

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Desenvolvimento da marquise Tomando como referência projetual a marquise do Parque Ibirapuera do arquiteto Oscar Niemeyer, o modo como a estrutura flui pelo espaço e denota unidade e característica para a área, o desenho para a marquise da proposta visa a mobilidade e fluidez do percurso, assim como ligação dos espaços. O primeiro esboço tem três pontos de acesso e quatro paradas arborizadas, as aberturas dispostas nessas paradas permitem a ventilação e iluminação da área abaixo da cobertura; no entanto verificou-se a necessidade de acessos mais eficientes e melhor localizados além da necessidade de eliminar as pontas isoladas, as quais poderiam contribuir para uma subutilização do espaço e limitação do fluxo, de modo que o desenho evoluiu e tomou outra forma. Assim, os acessos para o usuário passaram a ser cinco, de modo que ligue as principais entradas para o parque e facilite a locomoção dos pedestres. Os três pontos de parada com suas respectivas aberturas serão constituídos por vegetação e mobiliário, sendo sua materialidade composta por concreto armado e vegetação.

38 - Vista da Marquise do Ibirapuera 82

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Primeira desenho da laje Vistas da laje sobre a รกrea

Desenho final da laje 84

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Definição do uso dos espaços A proposta do projeto é a integração dos espaços ociosos e promoção do uso adequado da área. A ênfase no lazer é uma das principais diretrizes, visto que a população de Barrinha é bastante ativa e há uma necessidade vigente na cidade por locais apropriados para a prática esportiva, assim, estão previstas na proposta três quadras, sendo uma Poliesportiva, uma de Futebol Society

ximo a praça de Food truck se encontra uma praça seca, local que visa o ócio e interação social dos usuários, um espaço aberto, com mobiliário e vegetação destinado às pessoas que desejam um local de permanência com qualidade ambiental, bem como servir também de apoio para a praça de alimentação, visto que as pessoas podem optar por fazerem a refeição em um dos pontos monbiliados da praça.

e uma de Areia. Um espaço dedicado a

Para promover um espaço adequado

uma pista de skate promoverá a intera-

para a prática da Pesca da Páscoa, será

ção entre os jovens e movimentação na

implantado um deck que promova a in-

área, visto que este é um esporte popu-

tgração dos espaços, assim como apoio

lar na cidade. Uma academia ao ar livre

adequado aos usuários. Esse deck se

com aparelhos adequados servirá para

estenderá pelas duas margens opostas

os usuários desenvolverem suas ativida-

da lagoa, se “espalhando” ao longo do

des com um contato mais próximo com

Córrego.

a natureza e um Play Ground destinado à crianças de uma faixa etária a partir dos 10 anos comporão o sistema de lazer ativo.

O deck ao longo do Córrego seguirá as cotas de nível de modo que o deck está acima da água pois ali a cota pela qual passa o córrego é mais baixa, enquanto

Uma praça de Food Truck será implan-

que, da forma como é possível perceber

tada próxima à área de Lazer Ativo, ga-

no croqui ao lado, onde a cota por onde

rantindo aos usuários uma forma dife-

o córrego passa é mais alta, há a possi-

renciada de lazer, visto que na cidade

bilidade de interação entre o usuário e o

há poucas opções de estabelecimentos

espaço.

Croqui demonstrando a relação do usuário com o novo desenho do Córrego.

para quem deseja comer fora. Assim, esse restaurante ao ar livre, além de ser uma maneira diferenciada de lazer para os moradores, promoverá um fluxo constante na área e interação social. Pró86

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Jardim de Chuva

Serão implantados nas esquinas das vias compartilhadas jardins de chuva, afim de que a água pluvial chegue ao córrego o mais limpa possível, garantindo a limpeza do mesmo. Esses Jardins estarão presentes também ao longo de todo o Córrego na base das palmeiras já existentes. Composto pelo mesmo material que o deck da lagoa, A partir do play ground Josana Carla, a extensão do Córrego receberá além do

Cortes esquemáticos demonstrando a relação entre o deck e Lagoa (acima) e o deck e o início do Córreto (abaixo).

88

Jardim de Chuva “ilhas” de transição, as quais são compostas por mobiliário e vegetação, proporcionando assim ao passante possibilidade de permanência no local, visto que atualmente trata-se de uma área com pouca vegetação que proporcione sombreamento e o mobiliário é praticamente inexistente.

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Croquis demonstrando possível desenho do Jardim de chuva nas esquinas, acima a implantação e abaixo um corte esquemático.

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Croquis demonstrando o Jardim drenante locado ao longo do córrego.

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Projeto

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O projeto proposto para a área visa atender as necessidades observadas no local, de modo que proporcione ao usuário um espaço que lhe permita se relacionar com a cidade e sua comunidade. A prática de esportes foi uma das premissas ao definir as atividades para cada espaço. Assim, a implantação de um conjunto de quadras esportivas, academia ao ar livre, pista de skate e play grounds visam proporcionar ao usuário opções diversificadas para o exercício físico atendendo à todas as faixas etárias. As quadras atendem à variadas modalidades esportivas, flexibilizando assim seu uso. São estas uma quadra poliespotiva, uma quadra de areia e uma quadra de futebol society . Próximo à elas se encontram os sanitários e uma lanchonete afim de proporcionar comodidade e apoio necessário ao público. No mesmo setor das quadras se encontra um play ground com brinquedos de escalada, destinado à um público de crianças maiores, diferentemente do playground localizado próximo ao Jardim Japonês o qual é voltado para crianças menores, com brinquedos tradicionais, como gangorra e balanço, visto que este se manteve no lugar original, em respeito ao contexto pelo qual foi instalado ali. Nesse eixo do parque há também uma pista de skate, visto que este é um público expressivo na cidade, além de tornar a dinâmica da área diferenciada e garantir circulação e ocupação do espaço em horários diversos. 94

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A proposta de inserir um estacionamento para food truck criando uma espécie de praça de alimentação se deu pelo fato da cidade contar com escassas opções de lazer gastronômico. Portanto esse espaço visa atrair diversos públicos com a finalidade de criar fluxo na área, em especial nas horas noturnas e finais de semana. Adjacente ao estacionamento de food truck há uma praça seca, a qual conta com decks de mobiliário e vegetação. A principal função deste espaço é a ligação entre o Jardim Japonês e o restante do parque, além de caracterizar-se como um espaço para descanso, parada e encontro, bem como um apoio para o food truck. A praça seca abriga também uma horta comunitária, a qual é proposta com o intuito de garantir aos moradores acesso à uma alimentação mais saudável, reforçando os laços da comunida, bem como ser uma fonte de abastecimento para o Restaurante Japonês, criando assim um sistema de trocas entre a comunidade e o comércio.

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O Jardim Japonês esta locado em duas partes, em lados opostos ao córrego. A menor área, na qual está o prédio pra meditação/yoga e o Jardim Zen ( jardim de areia) é o local original para qual a Cidade designou para este fim, mas não foi executado. O espaço deveria ser um memorial às famílias japonesas corresponsáveis pela fundação e desenvolvimento da cidade, porém ali apenas foi colocado um Tori (portão tradicional Japonês) e nada mais. A segunda e maior parte do Jardim Japonês está locada na outra margem do Córrego, onde antes havia uma torre de celular, duas igrejas e lotes vazios. O espaço proposto conta com um restaurante Japonês, o qual é circundado por vegetação típica, mobiliário e um espelho d1água, afim de compor o tradicional Jardim. A cultura japonesa é bastante especifica e complexa, para tudo há um significado, desde as pedras dispostas em todo o espaço até as lanternas, portanto cada elemento foi escolhido a fim de compor o espaço de maneira coerente. No mesmo recorte do jardim japonês está locado o playground Josana Carla, este se manteve em seu local original, sofrendo adequação no paisagismo, e paginação de piso, afim de conciliar com o restante do parque, recebendo novos brinquedos e mobiliário.

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Para o córrego e a lagoa foi pensado no deck como elemento estruturador e integrador. Na lagoa o deck cumpre a função de apoio para a Pesca da Páscoa, uma das diretrizes projetuais levantadas, bem como serve de ligação entre as margens, facilitando a mobilidade do usuário. O deck abraça o córrego a fim de proteger-lhes as margens, bem como tambem para promover a locomoção dos usuários, tornando-se um elemento caracterizador do espaço. Do ponto de vista conceitual o deck foi pensado para transparecer as características dos dois principais elementos da área: a lagoa e o córrego. Para isso a forma do deck irá remeter à duas situações impostas ao usuário do parque, a primeira é a de passagem, que assim como as águas do córrego, as linhas de circulação que o deck promove sugere movimento, instigando o usuário a percorrer os espaços, enquanto que os pontos de parada são amplos e convidam o usuário a ficar onde está, que assim como a lagoa, denota sentido de permanência e vivência, permitindo a quem ali estiver a parar e contemplar o que há à sua volta. Este conceito de mobilidade e permanência é o mesmo empregado na forma concebida para a marquise que cobre o parque. O espaço conta também com o apoio de uma lanchonete e um conjunto de sanitários, além de mobiliário adequado. 110

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Para garantir que a locomoção do pedestre seja prioritária na área, foi pensado em transformar as vias que dão acesso ao parque em vias compartilhdas, viabilizando assim a mobilidade dos usuários de forma segura e confortável. As vias compartilhadas serão compostas por um piso diferenciado, que além de indicar ao motorista que aquela é uma área prioritária aos pedestres por meio de uma cor destacada da via tradicional, servirá tambem como elemento integrador dos esspaços, visto que o piso, embora de cores distintas se estenderá por todo o parque, configurando a ligação dos espaços. Além do piso diferenciado, outro elemento de destaque das vias compartilhadas é o Jardim de chuva, o qual estará disposto nas esquinas. Estes Jardins têm as funções de filtrar as águas pluviais, tornando-as limpas antes de serem lançadas no córrego, bem como de embelezamento da paisagem. Ao serem dispostos nas esquinas contribuem também para o controle da velocidade dos veículos que por ali transitarem. Outro elemento que atua em conjunto com as vias compartilhadas é a faixa de pedestre elevada. Dispotas como ligação das caçadas, essa faixas permitem que os usuários circulem no mesmo nível, sem se depararem com degraus, facilitando também a locomoção das pessoas com mobilidade reduzida. 114

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Este mapa apresenta a área da forma como ela se encontra atualmente. As setas indicam a direção do transito na área, e as manchas cinzas escuras são a ocupação das quadras que circundam a área, enquanto que os espaços brancos são os lotes vazios, dos quais os que tem frente pra área serão incorporados no projeto.

Neste mapa está destacado em cinza claro os lotes incorporados na proposta. Devido a implantação das vias compartilhadas no entorno da área da lagoa, o fluxo de veículos sofrerá alteração, assim a situação apresentada no primeiro mapa, a qual retrata a realidade do trânsito local atualmente, passará a ser conforme especificado nesse segundo mapa.

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111.340,0650 M² 30 edificações 19 lotes vazios


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Os jardins de chuva também estarão presentes, localizados nas bases das palmeiras já existentes, contribuirão para a filtração da água pluvial, bem como para embelezamento da paisagem. As palmeiras existentes serão mantidas, devido à forte característica que exercem na área e familiaridade que os usuários possuem com elas, sendo substituídas somente as que estiverem sem condições de permanecerem na área.

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Para todo o corpo do Córrego que está fora da área do parque é proposto que seja implantado o deck nas suas margens, para proteção destas, e que estes recebam “ilhas” de transição, as quais são compostas por mobiliário e vegetação.

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CORTE 1 - ESCALA 1:50

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CORTE 2 - ESCALA 1:150

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A marquise pensada como outro elemento de ligação, promove mobilidade, pois também é uma passarela, cobertura, e identidade ao local. Como dito anteriormente, assim como o deck, o desenho da marquise é pensado para remeter à ideia de mobilidade e permanência. As formas largas recebem vegetação e mobiliário, convidando o usuário a parar e estar ali, contemplando a paisagem, enquanto que as linhas de circulação promovem movimento e conhecimento do entorno. A marquise conta com 5 pontos de entra/saída, eles foram locados de maneira a facilitar a caminhada, assim o usuário pode escolher qual percurso lhe é mais conveniente, um que o faça atravessar a área mais rapidamente, pois como visto anteriormente, essa é uma área de passagem entre bairros, e essa condição deve ser levada em conta, ou o caminho mais longo, pelo qual ele pode contemplar a paisagem e conhecer o que está a sua volta. Os pontos de acesso respeitam os percursos que os usuários fazem naturalmente ao caminharem pela área, de modo que não interfira na relação destes com o espaço, mas permita criar novas vivências.

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O mobiliário utilizado na composição dos espaços foi desenvolvido de modo que estes sejam parte da paisagem, portanto as formas orgânicas e materialidade presente em toda a proposta foram aplicadas na concepção destes elementos. Trata-se de um conjunto de bancos, dos quais alguns desempenham o papel de assento e canteiro com vegetação. São constituídos por madeira ecológica, presente em todo o parque, e vegetação, assim, ao empregá-los na composição dos espaços, a necessidade por mobiliário será sanada, bem como também servirão para denotar característica e identidade à paisagem.

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Considerações finais

O embasamento teórico, a história do município, os dados morfológicos levantados e as análises realizadas na área de estudo contribuíram para o entendimento da dinâmica local e a compreensão das relações estabelecidas entre o indivíduo e o espaço em questão, de modo a fornecer meios para perceber as potencialidades e problemáticas da área, bem como para fundamentar a as diretrizes gerais e específicas, e ainda o desenvolvimento da proposta Assim, considera-se que a intervenção proposta para essa área suprindo as necessidades vigentes, mudará de forma significativa o modo como os moradores interagem com ela, assim como esse espaço passará a ser parte importante e ativa na vida da cidade e seus moradores.

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Agradecimentos

Sou grata primeiramente à Deus, que me deu forças, sabedoria e determinação dia a pós dia, mesmo quando achei que seria impossível, sei que Ele cuidou de mim e aqui estou. Agradeço por conseguir chegar até aqui, estou finalizando o capítulo de uma história de conquista, sonhos, objetivos e realizações, mas certamente abrindo um novo horizonte, uma nova página em branco, esperando por um novo começo, um novo capítulo, a continuação da minha trajetória. Sou grata à minha mãe, que me incentivou, me deu apoio, foi, é e sempre será minha base, meu colo, meu abrigo, minha vida, que sonhou esse sonho junto à mim e não mediu esforços para que eu me tornasse a pessoa que sou hoje... Te amo mãe! Sou grata à meu namorado, que é acima de tudo meu melhor amigo, meu ombro pra chorar, minha companhia pra sorrir e meu companheiro pra seguir em frente... você é meu presente!

cheios de amor, sempre pude contar com vocês e sei que isso não vai mudar. Sentirei falta de nossas conversas, passeios e comilanças (a última em especial certamente), vocês fizeram cada dia de curso valer a pena e ser mais especial...amo vocês pra sempre! Sou grata à minha orientadora, que a cada orientação, a cada conselho e cada ensinamento, me elucidou e me permitiu desenvolver esse trabalho...obrigada por tudo! Sou grata a cada professor que tive o prazer de ser aluna, com cada um aprendi não somente os viés da profissão e a matéria tradicional, mas aprendi como ser uma pessoa melhor, vou levar os ensinamentos e as experiências de cada um, para a vida profissional e pessoal... obrigada! Por fim dedico este trabalho ao meu saudoso e amado pai, sei que onde quer que esteja, se orgulha pelas minhas conquistas...esta é pra você!

Sou grata a minha família, que sempre esteve do meu lado, me fazendo sentir que posso ir a qualquer lugar, mas que sempre vou ter um cantinho gostoso e seguro pra voltar, quando estiver cansada e precisa recarregar minhas forças...vocês são tudo! Sou grata a meus amigos, Priscila, Higor, Renata, Miriã e Marília, sem vocês meus dias não teriam sido tão coloridos, tão 134

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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