Projeto de Ciência Tecnologia e Inovação do Parque Científico da Unicamp

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Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Parque Científico da Unicamp

Organização Domenico Feliciello Eduardo Gurgel do Amaral Caracterização das Potencialidades, fragilidades e desafios da UNICAMP e, recomendações para a implementação do seu Parque Cientifico

Agência de Inovação da Universidade Estadual de Campinas Março 2011


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Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP

Reitor Fernando Ferreira Costa

Vice-Reitor Edgar Salvadori de Decca

Pró-Reitor de Desenvolvimento Universitário Paulo Eduardo Moreira Rodrigues da Silva

Pró-Reitor de Graduação Marcelo Knobel

Pró-Reitor de Pós-Graduação Euclides de Mesquita Neto

Pró-Reitor de Extensão e Assuntos Comunitários Mohamed Ezz Din Mostafa Habib

Pró-Reitor de Pesquisa Ronaldo Aloise Pilli

Agência de Inovação - Inova UNICAMP Diretor Executivo Roberto de Alencar Lotufo 3


EQUIPE TÉCNICA DE PESQUISA Coordenação Geral Roberto de Alencar Lotufo Coordenação Executiva Eduardo Gurgel do Amaral Coordenação Técnica Domenico Feliciello Bolsistas Adalberto Mantovani Azevedo Allan Vieira Quadros Denísia Araujo Tavares Josiane Fachini Falvo Rafael Borovik Pesquisadores Colaboradores Mauro Zackiewicz - Coordenador André Drummond Carolina Rio Eduardo Urias João Furtado Mariana Zanatta Thays Murakami Assessoria Especializada Gian Calvi Lucila Martínez Sérgio Salles

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SUMÁRIO SUMÁRIO APRESENTAÇÃO

1.

INTRODUÇÃO

2.

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E PARQUES TECNOLÓGICOS

5 6 8 11

3.

PARQUES TECNOLÓGICOS NO BRASIL E EM SÃO PAULO

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4.

A UNICAMP E O PARQUE CIENTÍFICO

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4.1 POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DA UNICAMP 4.2 O PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE CIENTÍFICO DA UNICAMP Componente 1 - Infraestrutura urbanística e ambiental Componente 2 - Sistema de parcerias e condominial Componente 3 - Projeto de ciência, tecnologia e inovação Componente 4 - Estudo de Viabilidade Econômica Componente 5 - Gestão do Parque Científico 5. RECOMENDAÇÕES 6. BIBLIOGRAFIA

20 40 40 41 43 49 49 52 54

7.

55 55 65

ANEXOS Anexo 1 - Plano Urbanístico Do Parque Anexo 2 - Prédio Da Sede Do Parque E Incubadora De Empresas De Base Tecnológica

Figuras FIGURA 1 - DIAGRAMA DE CÍRCULOS REPRESENTATIVOS DO NÚMERO DE DOUTORES TITULADOS NO PERÍODO 1996-2008 NAS CINCO UNIVERSIDADES E UNIDADES DA FEDERAÇÃO QUE MAIS TITULARAM DOUTORES, E NAS CINCO GRANDES REGIÕES BRASILEIRAS

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Gráficos GRÁFICO 1 - PUBLICAÇÕES INDEXADAS DA UNICAMP NO INSTITUTE OF SCIENTIFIC INFORMATION - WEB OF SCIENCE (SOMENTE ARTIGOS) GRÁFICO 2 - REQUISIÇÃO DE PATENTES PELA UNICAMP - PERÍODO DE 1997 A 2010 GRÁFICO 3 - UNICAMP FONTES DE FINANCIAMENTO À PESQUISA 2001 A 2009 GRÁFICO 4 - PERFIL DE ESPECIALIZAÇÃO LOCAL POR ATIVIDADES ECONÔMICAS DA RAC

22 27 30 44

Quadros QUADRO 1 - GRUPOS DE PESQUISA DA UNICAMP QUE INDICARAM RELACIONAMENTO COM EMPRESAS NO CENSO CNPQ 2008 QUADRO 2 - EMPRESAS INDICADAS PELOS GRUPOS DE PESQUISA DA UNICAMP COM AS QUAIS FORAM REALIZADAS PARCERIAS Tabelas TABELA 1 - REGIÕES DO BRASIL COM PARQUES TECNOLÓGICOS EM OPERAÇÃO, EM IMPLANTAÇÃO E NA FASE DE PROJETO, EM 2008 TABELA 2 - GRUPOS DE PESQUISA E RECURSOS HUMANOS DEDICADOS À PESQUISA POR INSTITUIÇÃO PRESENTE NA RAC. TABELA 3 - POSIÇÃO RELATIVA DO BRASIL FRENTE AOS BRICS NAS 25 PRINCIPAIS DISCIPLINAS ACADÊMICAS BRASILEIRAS EM QUANTIDADE DE PUBLICAÇÕES INDEXADAS TABELA 4 - POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE MUNICÍPIOS SELECIONADOS NAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NO BRASIL TABELA 5 - POSIÇÃO RELATIVA DA RAC E DE MUNICÍPIOS SELECIONADOS EM OUTRAS DISCIPLINAS IMPORTANTES NA RAC TABELA 6 - ÍNDICES H MÉDIOS E INSTITUCIONAIS PARA INSTITUIÇÕES DE PESQUISA DA RAC TABELA 7 - UNICAMP - FINANCIAMENTO À PESQUISA EM R$ DURANTE OS ÚLTIMOS ANOS TABELA 8 - CONVÊNIOS FIRMADOS PELA UNICAMP ENTRE 2006 E 2008 TABELA 9 - TIPOS DE ORGANIZAÇÃO COM CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008) TABELA 10 - NÚMERO E VALORES DE CONVÊNIOS DE PESQUISA COM UNICAMP (2006 A 2008), POR SETORES ECONÔMICOS TABELA 11 - COMPARATIVO DE GASTOS EM INOVAÇÃO E P&D DAS EMPRESAS NO BRASIL, NO ESTADO DE SÃO PAULO E RAC

33 35

15 21 23 24 25 26 29 30 31 32 46

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APRESENTAÇÃO O presente relatório foi elaborado a partir de um conjunto de dados e informações, referentes à Unicamp, que foram levantados, sistematizados e analisados no âmbito do Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Pesquisa e Inovação da Unicamp e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas, realizado em parceria com a Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo. O referido projeto realizou um conjunto de estudos incluindo pesquisa documental e de bancos de dados disponíveis, bem como de pesquisa de campo e da realização de encontros e oficinas de trabalho com os atores relevantes da Região de Campinas, que buscaram detectar as potencialidades e gargalos da Região de Campinas em termos de empresas de base tecnológica, bem como das instituições de ciência e tecnologia da região e as formas de relacionamento entre estes dois setores, visando a transferência de tecnologia para o desenvolvimento econômico e social sustentável. A partir deste conjunto de dados, buscou-se realizar um recorte focando a Unicamp com o intuito de ressaltar as suas principais potencialidades, fragilidades e desafios que devem ser equacionados para a implantação do seu Parque Científico, de acordo com a política do Governo do Estado de São Paulo1. Entretanto, considerando as especificidades da Unicamp, enquanto uma instituição pública universitária houve a necessidade de buscar novas conceituações que permitissem adaptar o seu Projeto de Parque Científico com a missão, os objetivos e as estratégias institucionais, conforme estabelecidos no seu planejamento estratégico. Além disso, considerou-se a necessidade do projeto da Unicamp potencializar a implantação de Parques Tecnológicos na Região de Campinas, contribuindo assim com uma das principais estratégias do Governo do Estado de São Paulo, no que se refere ao desenvolvimento econômico e social do Estado. Portanto, o presente documento tem como base o amplo estudo realizado e busca indicar elementos e recomendações que possam ser utilizados pela Unicamp para a implantação do seu

1 Estado de São Paulo, Diário Oficial. Decreto No 50.504 de 6 de fevereiro de 2006. Volume 116, número 25, seção 01, define Parques Tecnológicos como empreendimentos criados e geridos com o objetivo permanente de promover a pesquisa e a inovação tecnológicas e dar suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais intensivas em conhecimento.

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Parque Científico. Nesse aspecto, inclui elementos que se referem a: •

Articulação do Projeto de Parque Científico da Unicamp com o Planejamento Estratégico Institucional (Planes);

Caracterização das principais fortalezas e fragilidades da Unicamp, quanto à produção e transferência de tecnologia, frente às potencialidades regionais;

Indicação de estratégias para a implantação do Parque Científico da Unicamp.

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1. INTRODUÇÃO O presente projeto vem ao encontro do Planejamento Estratégico Institucional da Unicamp, especialmente no que se refere às estratégias e programas da área de Extensão e Cooperação Técnica - Científica - Cultural e, em especial, com o objetivo de expandir as ações de pesquisa colaborativa, garantindo a relação da universidade com a sociedade na solução de problemas regionais e nacionais, colocando à disposição da sociedade tecnologias e serviços alinhados à necessidade de redução das desigualdades sociais2. Pretende contribuir ainda para a concretização das estratégias de: implementação de ações que facilitem o desenvolvimento e a transferência de tecnologias e conhecimento; incentivo e apoio institucional aos grupos existentes através do fomento às iniciativas inovadoras de pesquisas e à implantação de programas interunidades e interinstituições; criação de infraestrutura de apoio que facilite a obtenção de informações, a elaboração de projetos e a gestão dos mesmos, permitindo uma maior agilidade e um melhor aproveitamento de oportunidades de financiamento à pesquisa. Nesse sentido, o projeto original do Polo Pesquisa e Inovação da Unicamp e dos Parques Tecnológicos da Região de Campinas, apresentado à Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo em 2008, estabeleceu como objetivo geral: Formular, viabilizar e implementar proposta de implantação do referido polo, visando ampliar as oportunidades de: formação de alunos, valorizar a pesquisa; criar projetos de empresas inovadoras; e, contribuir na produção e transferência de conhecimentos, tecnologias e inovação aos setores públicos e privados, na perspectiva de apoiar o desenvolvimento socioeconômico da Região de Campinas e do Estado de São Paulo. Definiu ainda como objetivos específicos: •

Ampliar a interação da Universidade com os demais atores do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação por meio da criação de interfaces com a sociedade que estimulem a emergência de pesquisa colaborativa e multidisciplinar com organizações públicas e privadas interessadas no desenvolvimento científico e tecnológico e na promoção da inovação;

2 Unicamp - Planes, Planejamento estratégico: missão, princípios, valores, visão, estratégias. Coordenadoria Geral da Universidade. Campinas - SP: Unicamp / CGU, 2008.

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Auxiliar na promoção da interação entre a Universidade e organizações públicas e privadas como forma de ampliação das oportunidades de formação de alunos, de valorização da pesquisa e de empreendimentos nascentes inovadores a partir dos recursos humanos formado na Universidade;

Propiciar a emergência de projetos selecionados e inovadores, a serem desenvolvidos por empresas brasileiras em parceria com grupos de pesquisa e pesquisadores de unidades da Unicamp e, em colaboração com organizações públicas e privadas que ofereçam oportunidades de participação, por meio de bolsas e estágios, a alunos de graduação e de pós-graduação da Unicamp;

Efetivar a infraestrutura adequada para a residência temporária, em suas instalações, de projetos inovadores, desenvolvidos em parcerias com organizações públicas e privadas;

Apoiar os projetos pré-residentes selecionados de negócios inovadores.

Para a sua efetivação, reconhecia-se que a Unicamp conta com um conjunto de estruturas e projetos, incluindo importantes áreas e grupos de pesquisa, bem como inúmeros projetos de parcerias na produção de conhecimentos, tecnologias e inovação em desenvolvimento, que lhe propiciava o alcance destes objetivos. No entanto, levantava-se a necessidade de criar novos estímulos e maior apoio institucional visando não só a transferência de tecnologia e a colaboração aos setores públicos e privados, mas também o aumento de oportunidades de atuação de seus professores e alunos no campo da ciência, tecnologia e inovação. Indicava-se também a necessidade de definir e implementar diretrizes e incentivos que permitissem que pesquisadores e alunos, da Universidade, viessem a participar de projetos de parcerias com setores produtivos, privados e públicos. Nesse aspecto, o projeto proposto pela Unicamp buscou avaliar as potencialidades institucionais, mas também as potencialidades regionais e do Estado de São Paulo, de modo a possibilitar a elaboração de um Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação, por parte da Universidade, que fosse coerente com a realidade locorregional e, que pudesse efetivamente contribuir para o desenvolvimento científico e socioeconômico.

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Essa perspectiva requeria a realização de estudos técnicos em profundidade, sobre: o perfil local das competências científicas e suas perspectivas; as áreas e linhas de pesquisa de maior potencial de geração de parcerias e/ou de atração de investimentos; as atividades produtivas intensivas em tecnologia da região e sua evolução esperada; e, as necessidades de infraestrutura tecnológica e de serviços de apoio, de forma a orientar os perfis do Parque Científico da Unicamp e dos Parques Científicos e Tecnológicos de Campinas e região. O referido estudo foi planejado de modo a atingir estes vários objetivos específicos, sendo produzido um extenso material bem como inúmeras recomendações de políticas e áreas de ciência e tecnologias com potenciais de desenvolvimento na região de Campinas. Portanto as indicações a seguir estão embasadas neste estudo aprofundado e buscam indicar recomendações que possam efetivamente orientar o desenvolvimento científico e tecnológico do Parque Científico da Unicamp, no âmbito do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, do Governo do Estado de São Paulo.

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2.

CIÊNCIA, TECNOLOGIA E PARQUES TECNOLÓGICOS Nas duas últimas décadas do século XX assiste-se a um crescente esforço de formulação

e implantação de políticas públicas e de movimentos, planos e projetos que buscam desenvolver novos arranjos, conhecimentos e processos no sentido de potencializar o desenvolvimento econômico-social a partir do uso intensivo do conhecimento, da ciência e da tecnologia. Nesse cenário, os Parques Tecnológicos ganham destaque como empreendimentos que possibilitam concretizar esses esforços. Nessa perspectiva, as Instituições de Ensino Superior (IES) são cada vez mais solicitadas para contribuírem com o desenvolvimento da sociedade do conhecimento, na medida em que se reconhece que pesquisa e inovação estão fortemente relacionadas com a função dos docentes na universidade moderna3. Essa legitimidade foi alcançada através da utilização dos novos conhecimentos para o desenvolvimento econômico e social e o emprego de pessoal de nível superior em posições estratégicas, nos setores públicos e privados. Por outro lado, observa-se uma crescente diferenciação do mercado de trabalho dos profissionais de nível universitário e dos acadêmicos, na medida em que esses profissionais, treinados em pesquisa, passam a ser requisitados por diferentes setores e não apenas pelas IES, cujo mercado de trabalho encontra-se saturado, principalmente nos grandes centros urbanos. Os recursos governamentais têm sido os principais financiadores da pesquisa acadêmica, cujo crescimento ocorreu junto com a educação superior, mas entidades privadas de pesquisa também apresentaram uma evolução importante. As fronteiras entre pesquisa acadêmica e aplicada tornaram-se mais imbricadas, levando os pesquisadores da universidade a desenvolver relações mais próximas e interdependentes com a indústria. A chamada “triple helix”, resultante da integração entre universidade, governos e indústrias, originou importantes mudanças organizacionais no interior das IES, especialmente no que se refere ao empreendedorismo e ao suporte à criação de incubadoras de empresas. Nesse cenário, o ensino superior e a pesquisa assumiram diferentes configurações nas IES. Em algumas se busca integrar o ensino e a pesquisa, em outras o ensino e a pesquisa são desenvolvidos de modo independente, com diferentes graus de importância. Além disso, as IES

3 As observações sobre as tendências atuais do ensino superior na sociedade do conhecimento estão embasadas em: Unesco, Trends in Global Higher Education: Tracking an Academic Revolution. A Report Prepared for the Unesco 2009 World Conference on Higher Education. Unesco 2009, Printed in France.

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têm sido classificadas como instituições voltadas para o ensino e instituições voltadas para a pesquisa, numa clara alusão à importância dada a cada uma destas atividades. Na América Latina, a pesquisa é desenvolvida tanto em instituições independentes, quanto em poucas e elitizadas universidades públicas. Mesmo nestas IES, a pesquisa é realizada em centros específicos, separados das atividades educativas, que dão suporte ao ciclo básico e ao ensino profissionalizante. Desse modo, a pesquisa está concentrada em poucas instituições o que se reflete na sua grande participação na produção científica do país. Globalmente as universidades de pesquisa são consideradas o topo das IES, concentrando recursos e poder e possuindo grande influência no sistema educacional, traduzindo-se em prestígio para suas faculdades e graduados. Os recursos governamentais geralmente contribuem com este status ao concentrar seus investimentos nessas instituições, que historicamente lideram a produção científica internacional e nacional. Entretanto, os fundos de apoio à pesquisa têm mostrado mudanças importantes na última década, na medida em que o financiamento aos projetos passa a exigir mais eficiência no alcance de metas claras, especialmente voltadas à resolução de problemas ou orientadas ao desenvolvimento industrial. Nesse sentido, os fundos têm buscado financiar pesquisa nos departamentos mais produtivos. No Brasil esses movimentos podem ser ilustrados pela importância dos institutos isolados de pesquisa, pela concentração da pesquisa universitária em meia dúzia de IES, pela criação de fundos específicos direcionados para financiar a pesquisa em setores considerados estratégicos, assim como pela implantação de programas que buscam estimular a integração universidade - empresa e o desenvolvimento de pesquisa e inovação pelos setores produtivos. Nesse processo, as IES passaram e desenvolver um papel ativo ou muito requisitado para a implantação de Parques Tecnológicos em inúmeros países. Estes empreendimentos tornaram-se mais frequentes especialmente a partir de meados do século XX, na medida em que a ciência, a tecnologia e a inovação mostraram-se centrais para alcançar novos patamares de desenvolvimento em bases sustentáveis. Caberia assinalar que a evolução dos Parques Científicos e Tecnológicos já possui uma trajetória de várias décadas, em numerosos países desenvolvidos e emergentes, nos quais é possível observar experiências exitosas, bem como elementos que tem conferido resultados positivos a esse tipo de empreendimento.

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Realizando uma observação detalhada destas experiências na Comunidade Europeia, especialmente Espanha e Portugal, em alguns países do oriente, como a Coreia do Sul, nos EUA e as experiências brasileiras nas diferentes regiões, é possível assinalar algumas características de sucesso que incluem: 1.

Integração de um conjunto de políticas, não somente da área econômica, mas

especialmente de políticas públicas relacionadas à ciência e tecnologia e, educação e formação de pessoal técnico de alto nível, articuladas com os potenciais e as necessidades locorregionais; 2.

Formulação de políticas na área de ciência, tecnologia e inovação pelas dife-

rentes esferas governamentais, principalmente dos governos locais e regionais, que fomentem estes complexos empreendimentos, inclusive ofertando estímulos financeiros; 3.

Articulação entre atores e instituições de pesquisa e desenvolvimento, governos

e setores produtivos, que propicie recursos financeiros, bem como a implementação de projetos e ações coletivas, que possam efetivamente contribuir para o desenvolvimento do conhecimento e a transferência de tecnologia, visando o desenvolvimento econômico e social sustentável; 4.

Mudanças institucionais e culturais nas IES, Institutos de Pesquisas, Órgãos Go-

vernamentais e Empresas que propicie o diálogo permanente, o estabelecimento de prioridades acerca da transferência de tecnologia e, a concretização de projetos de parceria; 5.

Desenvolvimento de formas inovadoras de governança autônoma, colaborativa,

compartilhada e gestão sem fins lucrativos dos Parques Tecnológicos, de modo que sejam implementados os objetivos e as metas pactuadas entre os setores de ciência e tecnologia, governamentais e empresariais. Considerando ainda estas experiências é possível também assinalar algumas características que se mostraram limitantes, para a realização desses empreendimentos. A principal diz respeito à falta de articulação e integração das IES e dos Institutos de Pesquisa e Desenvolvimento, na medida em que eles são os principais responsáveis pela evolução do conhecimento, da tecnologia e pela formação de pessoal técnico de alto nível. Ou seja, a não participação destas instituições praticamente impossibilita a evolução dos Parques Científicos e Tecnológicos. Outra questão central refere-se à participação dos órgãos governamentais, na medida em que esses empreendimentos necessitam realizar inúmeras ações complexas relacionadas a pro-

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jetos urbanísticos e ambientais, transporte e mobilidade das pessoas, oferta de serviços públicos qualificados, além da própria ação dos governos locais quanto ao fomento da integração entre setores. Do mesmo modo, possui grande importância a compreensão e o interesse dos setores produtivos e sociais, tanto públicos quanto privados, no que se refere à intensificação do uso do conhecimento, da tecnologia e da inovação para o alcance de novos patamares de eficiência e eficácia, assim como para a criação de novas organizações que possibilitem o aumento de oportunidades de emprego e renda, elevando assim a competitividade nacional. Quanto a governança dos Parques Científicos e Tecnológicos, a experiência internacional e nacional tem demonstrado que organizações privadas com fins lucrativos se tornaram inadequadas, na medida em que concentraram seus esforços nos aspectos imobiliários dos empreendimentos, deixando de lado o conjunto de elementos acima mencionados. Da mesma forma, a não participação dos três seguimentos - instituições de pesquisa, governos e empresas - na governança desses empreendimentos tem levado a uma série de desvios, uma vez que cada setor possui seus próprios objetivos e nem sempre consideram os demais como parceiros no desenvolvimento sustentável. Em resumo pode-se afirmar que o principal desafio dos Parques Tecnológicos é a criação de ambientes colaborativos, entre os três segmentos assinalados, que propicie mudanças nas respectivas organizações de modo que estas passem a considerar objetivos e metas compartilhadas em prol do desenvolvimento sustentável, locorregional.

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3.

3$548(6 7(&12/Ă?*,&26 12 %5$6,/ ( (0 6­2 3$8/2 PARQUES TECNOLĂ“GICOS NO BRASIL E EM SĂƒO PAULO

2EVHUYDQGR HVSHFLILFDPHQWH R TXH YHP RFRUUHQGR QR %UDVLO p SRVVtYHO

DVVLQDODU DYDQoRV HP WHUPRV GH SROtWLFDV FLHQWtILFDV H WHFQROyJLFDV QD PHGLGD TXH Observando especificamente o que vem ocorrendo no Brasil ĂŠ possĂ­vel assinalar avanços WDQWR QD HVIHUD IHGHUDO TXDQWR QR *RYHUQR GR (VWDGR GH 6mR 3DXOR Mi H[LVWHP em termos de polĂ­ticas cientĂ­ficas e tecnolĂłgicas na medida que tanto na esfera federal, quanto GLUHWUL]HV H SURJUDPD GH DSRLR H IRPHQWR D HVWH WLSR GH HPSUHHQGLPHQWR EHP FRPR no Governo do Estado de SĂŁo Paulo, jĂĄ existem diretrizes e programa de apoio e fomento a este SDUD D LQWHJUDomR HQWUH LQVWLWXLo}HV GH HQVLQR H SHVTXLVD H VHWRUHV JRYHUQDPHQWDLV H tipo de empreendimento, bem como para a integração entre instituiçþes de ensino e pesquisa e HPSUHVDULDLV setores governamentais e empresariais4. 'H DFRUGR FRP R 3DQRUDPD GD $VVRFLDomR 1DFLRQDO GH (QWLGDGHV De acordo com Panorama da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empre3URPRWRUDV GH o(PSUHHQGLPHQWRV ,QRYDGRUHV $QSURWHF H[LVWLDP QR %UDVLO Âł endimentos Inovadores (Anprotec) existiam Brasil “42 parques em 2005, sendo SDUTXHV WHFQROyJLFRV HP VHQGR no TXH HVWDYDP HP tecnolĂłgicos IDVH GH SURMHWRV HP 5 2008 jĂĄ eram que 14 estavam em 13 em implantação 15 em operaçãoâ€? LPSODQWDomR H fase de HP projetos, RSHUDomR´ (P Mi eHUDP SDUTXHV . Em WHFQROyJLFRV 73 parques tecnolĂłgicos, concentrados nas regiĂľes Sul e Sudeste, sendo 25 em operação, 17 FRQFHQWUDGRV QDV UHJL}HV 6XO H 6XGHVWH VHQGR HP RSHUDomR HP LPSODQWDomR H em implantação e 32 em fase de projeto (Tabela 1), mostrando uma forte concentração nas re HP IDVH GH SURMHWR 7DEHOD PRVWUDQGR XPD IRUWH FRQFHQWUDomR QDV UHJL}HV 6XO H giĂľes6XGHVWH Sul e Sudeste.

7DEHOD 5HJL}HV GR %UDVLO FRP 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV HP RSHUDomR HP LPSODQWDomR H QD IDVH GH SURMHWR HP

6WDWXV

6XO

6XGHVWH

1RUGHVWH

1RUWH

2SHUDomR

&HQWUR 2HVWH

,PSODQWDomR

3URMHWR

)RQWH $QSURWHF (ODERUDomR ,129$ 8QLFDPS

GR *RYHUQR GH 6mR 3DXOR SRGH VH XP VDOWR com No caso1R do FDVR Governo do EstadoGR de(VWDGR São Paulo pode-se observar umREVHUYDU salto importante LPSRUWDQWH FRP D de IRUPXODomR HGLomR GH criando OHJLVODomR HVSHFtILFD FULDQGR R 6LVWHPD a formulação e edição legislaçãoH específica, o Sistema Paulista de Parques Tecno3DXOLVWD GH 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV D SDUWLU GH 0DLV UHFHQWHPHQWH HVWD OHJLVODomR lógicos a partir de 2006. Mais recentemente, esta legislação foi regulamentada pelo Decreto no R IRL UHJXODPHQWDGD SHOR 'HFUHWR Q GH GH DEULO GH 54.196, de 2 de abril de 2009.

2 *RYHUQR GR (VWDGR LQVWLWXLX R 6LVWHPD 3DXOLVWD GH 3DUTXHV 7HFQROyJLFRV O Governo do Estado instituiu o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos como instruFRPR LQVWUXPHQWR GH DUWLFXODomR HQWUH RV SDUTXHV H[LVWHQWHV QR HVWDGR H FRP R mento de articulação entre os parques existentes no estado e com o objetivo de fomentar, apoiar REMHWLYR GH IRPHQWDU DSRLDU H LPSXOVLRQDU DV LQLFLDWLYDV GH FULDomR H LPSODQWDomR GRV e impulsionar as iniciativas de criação e implantação dos mesmos. PHVPRV

1HVWHV DVSHFWRV SRGHP VHU REVHUYDGRV 3ODQR 1DFLRQDO GH &LrQFLD 7HFQRORJLD H ,QRYDomR 3$&7, GR 0LQLVWpULR GD &LrQFLD H 7HFQRORJLD 'HFUHWRV H 3RUWDULDV ODQoDGDV SHOR *RYHUQR GR (VWDGR GH 6mR 3DXOR H VXD 6HFUHWDULD GH 'HVHQYROYLPHQWR D SDUWLU GH EHP FRPR XP FRQMXQWR GH SURJUDPDV GH IRPHQWR WDQWR GD )LQHS Nestes aspectos podem ser observados: Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) 2007 TXDQWR GR &13T H GD )DSHVS

4 - 2010 do MinistÊrio da Ciência e Tecnologia; Decretos e Portarias lançadas pelo Governo do Estado de São Paulo =28$1 (7 $/ 3DUTXH 7HFQROyJLFR GH 6mR 3DXOR DV HVSHFLILFDo}HV GR SURMHWR QR FRQWH[WR GH XPD 3ROtWLFD e sua Secretaria de Desenvolvimento a partir de 2006; bem como um conjunto de programas de fomento tanto da YRO Q S Finep,3~EOLFD /RFDO /RFXV &LHQWtILFR quanto do CNPq e da Fapesp. 5 ZOUAN, ET AL. - Parque Tecnológico de São Paulo: as especificaçþes do projeto no contexto de uma Política Pública Local. Locus Científico, vol. 1, n. 1 (2006) p. 4-09.

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Segundo o decreto, os Parques Tecnológicos consistem em empreendimentos criados e geridos com o objetivo permanente de promover a pesquisa e a inovação tecnológicas e dar suporte ao desenvolvimento de atividades empresariais intensivas em conhecimento. Nesse sentido, a sua implantação deve ser realizada na forma de projetos urbanos e imobiliários que prevejam a utilização de áreas específicas para localização de empresas, instituições de pesquisa e serviços de apoio. Os Parques Tecnológicos para integrarem o Sistema Paulista de Parques Tecnológicos (SPTec), deverão contemplar um conjunto de objetivos, incluindo: I.

estimular, no âmbito estadual, o surgimento, o desenvolvimento, a competitivi-

dade e o aumento da produtividade de empresas cujas atividades estejam fundadas no conhecimento e na inovação tecnológica; II.

incentivar a interação entre instituições de pesquisa, universidades e empresas

com atividades intensivas em conhecimento e inovação tecnológica; III.

apoiar as atividades de pesquisa, desenvolvimento e engenharia não rotineira no

âmbito estadual; IV.

propiciar o desenvolvimento do estado de São Paulo, por meio da atração de in-

vestimentos em atividades intensivas em conhecimento e inovação tecnológica. Os parques tecnológicos integrantes do SPTec poderão ser constituídos por entidades que se enquadrem na seguinte classificação, segundo o artigo 4o do decreto: I - Entidades de apoio: a) unidades de ensino e pesquisa, Núcleos de Inovação Tecnológica - NITs e Agências de Inovação e Competitividade de instituições científicas e tecnológicas, bem como entidades de intercâmbio com o setor produtivo; b) laboratórios de ensaios; c) organismos de certificação e laboratórios acreditados para certificação de produtos e processos; II - Incubadoras e pós-incubadoras de empresas de base tecnológica; III - Empresas de base tecnológica:

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a) centros de pesquisa, desenvolvimento e inovação, laboratórios de desenvolvimento ou órgãos de intercâmbio com instituições de ensino e pesquisa; b) empresas graduadas nas incubadoras e pós incubadoras sediadas em parques tecnológicos ou integrantes da Rede Paulista de Incubadoras de Empresas de Base Tecnológica, que mantenham atividades de desenvolvimento ou engenharia não rotineira; c) microempresas e empresas de pequeno porte definidas pela Lei Complementar federal no 123, de 14 de dezembro de 2006, que mantenham convênios de pesquisa, desenvolvimento e inovação com instituições de ensino e pesquisa instaladas em parques integrantes do SPTec. Poderão, ainda, participar de parque tecnológico integrante do SPTec, empresas consideradas adequadas pela gestora, com a devida justificativa, que mantenham convênio de pesquisa com unidades de ensino e pesquisa instaladas em parques integrantes do SPTec; e, prestadoras de serviços complementares para o bom funcionamento do parque. Os requisitos exigidos para a inclusão de parque tecnológico no SPTec, segundo o artigo 6o do decreto incluem: I - existência de pessoa jurídica encarregada da gestão do parque tecnológico, que será a gestora; II - apresentação de requerimento pela gestora de que conste justificativa do pleito e caracterização detalhada do empreendimento; III - apresentação do ato constitutivo da gestora, que demonstre: a) tratar-se de entidade sem fins lucrativos; b) ter objetivos compatíveis com os arrolados no artigo 3o deste decreto; c) a existência de órgão colegiado superior responsável pela direção técnico-científica, podendo este contar com representantes do Governo do Estado de São Paulo, do Município onde instalado o empreendimento, de instituição de ensino e pesquisa presente no parque e de entidade privada representativa do setor produtivo; d) a existência de órgão técnico com a atribuição de zelar pelo cumprimento do objeto social da entidade;

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e) ter modelo de gestão adequado à realização de seus objetivos; IV - comprovação de que a entidade a que alude o inciso I deste artigo, por força de contrato celebrado com o proprietário do bem imóvel onde será instalado o parque e com as entidades que apoiam sua instalação, é responsável pela gestão do empreendimento; V - comprovação de que a gestora possui capacidade técnica e idoneidade financeira para gerir o parque tecnológico; VI - comprovação da viabilidade técnica do empreendimento, mediante a juntada de: a) documento comprobatório da propriedade do bem imóvel a que alude o inciso IV deste artigo, com área medindo no mínimo 200.000 m² (duzentos mil metros quadrados), destinada à instalação do parque tecnológico, situada em local cujo uso, segundo a respectiva legislação municipal, seja compatível com as finalidades do empreendimento; b) projeto urbanístico-imobiliário básico de ocupação da área, devidamente aprovado pelo órgão colegiado superior da gestora; c) projeto de ciência, tecnologia e inovação do qual constem as áreas de atuação inicial, os serviços disponíveis (laboratórios, consultoria de pesquisadores, projeto-piloto de pesquisa, sistema de royalties, dentre outros) e a indicação do instrumento jurídico que garanta a integridade do parque; d) estudo de viabilidade econômica, financeira e ambiental do empreendimento, incluindo, se necessário, projetos associados, plano de atração de empresas e demonstração de disponibilidade de recursos próprios ou oriundos de instituições financeiras, de fomento ou de apoio às atividades empresariais; e) instrumento jurídico que assegure a cooperação técnica entre a gestora, centros de pesquisa reconhecidos pela comunidade científica e por órgãos de fomento e instituições de ensino e pesquisa credenciadas para ministrar cursos de pós-graduação, com boa avaliação pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Capes, instaladas no Município ou na Região de Governo respectiva, nos termos do Decreto no 22.592, de 22 de agosto de 1984; f) legislação municipal de incentivo às entidades que venham a se instalar nos parques tecnológicos;

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VII - compatibilidade com as políticas definidas pelo Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia - Concite. A partir destas diretrizes cerca de quinze iniciativas vem sendo apoiadas no estado de São Paulo, incluindo o Parque Científico da Unicamp, que se constitui no único empreendimento, vinculado a uma universidade, que o governo aprovou considerando o seu potencial em auxiliar na implementação de demais iniciativas na região.

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4.

A UNICAMP E O PARQUE CIENTÍFICO No caso da Unicamp, considerando que se constitui numa instituição pública estatal, sem

fins lucrativos e com atuação no ensino, na pesquisa e extensão, buscou-se detectar experiências nacionais e internacionais de parques gerenciados por instituições similares. As experiências estudadas, inclusive com visitas em loco6 mostram o forte protagonismo das Universidades nesses empreendimentos, sem prescindir, entretanto da participação dos setores públicos e empresariais. Além disso, a governança e a gestão dos projetos tem sido realizada através de organizações sem fins lucrativos, no formato de fundações, institutos ou associações, com participação dos três segmentos para estabelecer as grandes diretrizes e estratégias do empreendimento. Outra questão essencial diz respeito às áreas que se pretende abrigar nos parques, o que está relacionado não apenas com os potenciais das instituições de pesquisa e tecnologia, mas também aos potenciais da região no que se refere às características dos diferentes setores econômicos locais, bem como ao projeto de desenvolvimento pretendido pelos governantes e a sociedade. Ou seja, em que direção a região pretende evoluir e em quais áreas busca ser competente, eficiente e competitiva. Essas são questões que a Unicamp não pode resolver de modo solitário, mas sim através da integração com os governos locais e os diferentes setores produtivos. Nesse aspecto, para a implantação do Parque Científico da Unicamp deve-se, necessariamente, criar mecanismos de integração entre os três setores que propiciem suporte adequado ao empreendimento. Considerando esses aspectos essenciais, apresentam-se a seguir dados e informações, sobre a Unicamp e a região de Campinas, que foram utilizados como suporte às recomendações para viabilização do Parque Científico da Universidade.

4.1

POTENCIALIDADES E FRAGILIDADES DA UNICAMP Dados da Unicamp sobre produção científica e tecnológica indicam a sua importância na

6 Neste aspecto ressaltam-se as experiências do Tecnopuc da PUC-RS e os parques científicos de Portugal ( ) e Espanha ( ).

20


medida em que se situa as cinco principais PaĂ­s em termos de grupos e 5$& linhas de JUXSRV H OLQKDV GH entre SHVTXLVD 1D 5HJLmR do $GPLQLVWUDWLYD GH &DPSLQDV 7 . Na RegiĂŁo Administrativa de Campinas (RAC), o nĂşmero de grupos pesquisa FRQVLGHUDQGR R Q~PHUR GH JUXSRV GH SHVTXLVD GH considerando SHVTXLVDGRUHV H HVWXGDQWHV

de pesquisa, de pesquisadores estudantes, nesses grupos, a Unicamp Ê a instituição que se QHVVHV JUXSRV D 8QLFDPS e p D LQVWLWXLomR TXH VH GHVWDFD FRP FHUFD GH GRV destaca comGH cerca de 60%9DOH dos grupos deTXH pesquisa. Vale salientar estão presentes região JUXSRV SHVTXLVD VDOLHQWDU HVWmR SUHVHQWHV QD que UHJLmR XQLGDGHV GDV na WUrV unidades das três principais IES paulistas alÊm de inúmeras unidades privadas. SULQFLSDLV ,(6 SDXOLVWDV DOpP GH LQ~PHUDV XQLGDGHV SULYDGDV

7DEHOD *UXSRV GH 3HVTXLVD H UHFXUVRV KXPDQRV GHGLFDGRV j SHVTXLVD SRU LQVWLWXLomR SUHVHQWH QD 5$&

)RQWH &13T FHQVR

Os cinco principais temas dos grupos de pesquisa da RAC, medidos pela quantidade de 2V FLQFR SULQFLSDLV WHPDV GRV JUXSRV GH SHVTXLVD GD 5$& PHGLGRV SHOD pesquisadores e estudantes envolvidos, nĂşmero queHQYROYLGRV melhor reflete “capacidade trabalhoâ€? TXDQWLGDGH GH SHVTXLVDGRUHV H oHVWXGDQWHV R aQ~PHUR TXH de PHOKRU dedicada Ă pesquisa, sĂŁo Agronomia, Educação, Medicina,j Engenharia e CiĂŞncia e TecUHIOHWH D ÂłFDSDFLGDGH GH WUDEDOKR´ GHGLFDGD SHVTXLVD ElĂŠtrica VmR $JURQRPLD nologia de Alimentos. (GXFDomR 0HGLFLQD (QJHQKDULD (OpWULFD H &LrQFLD H 7HFQRORJLD GH $OLPHQWRV

GD &RPSXWDomR DSDUHFH HP Parte QRQR importante OXJDU 3DUWH GDV TICs Ciência&LrQFLD da Computação aparece em nono lugar. das LPSRUWDQWH pesquisas com SHVTXLVDV FRP 7,&V p FREHUWD SHORV JUXSRV GH (QJHQKDULD (OpWULFD H SDUWH RFRUUH Ê coberta pelos grupos de Engenharia ElÊtrica e parte ocorre em instituiçþes que não participam HP LQVWLWXLo}HV TXH QmR SDUWLFLSDP GR 'LUHWyULR GH *UXSRV GH 3HVTXLVD GR &13T do Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, mas mesmo assim, a percepção Ê que o peso PDV PHVPR D na SHUFHSomR p Ê TXH R SHVR GR VHWRU GH 7,&V QD econômico do setorDVVLP de TICs região não o mesmo doHFRQ{PLFR lado da pesquisa acadêmica. UHJLmR QmR p R PHVPR GR ODGR GD SHVTXLVD DFDGrPLFD Estudo recente sobre a demografia tÊcnico-científica brasileira mostra que a Unicamp Ê a (VWXGR UHFHQWH VREUH D GHPRJUDILD WpFQLFR FLHQWtILFD EUDVLOHLUD PRVWUD segunda IES brasileira que mais titulou doutores (Figura 1), ficando atrås apenas da USP e a TXH D 8QLFDPS p D VHJXQGD ,(6 EUDVLOHLUD TXH PDLV WLWXORX GRXWRUHV )LJXUD frente da UFRJ, Unesp e UFRGS. ILFDQGR DWUiV DSHQDV GD 863 H D IUHQWH GD 8)5- 8QHVS H 8)5*6

7 Dados detalhados sobre a produção científica e tecnológica da Unicamp podem ser consultados via site: http://www.prp.rei.unicamp.br/portal/ProducaoCientificaCultural.php, acessado em 20.06,2008. 'DGRV GHWDOKDGRV VREUH D SURGXomR FLHQWtILFD H WHFQROyJLFD GD 8QLFDPS SRGHP VHU FRQVXOWDGRV YLD VLWH KWWS ZZZ SUS UHL XQLFDPS EU SRUWDO 3URGXFDR&LHQWLILFD&XOWXUDO SKS DFHVVDGR HP

21


Com relação às publicações em periódicos internacionais indexados no ISI “Institute of Scientific Information”, a Unicamp é responsável por aproximadamente 10% da produção nacional, como mostrado no gráfico abaixo.

22


1R SODQR ORFDO D XQLYHUVLGDGH UHVSRQGH SRU FHUFD GH GD LQYHVWLJDomR FLHQWtILFD EUDVLOHLUD H SRU DOJR HP WRUQR GH GDV WHVHV GH GRXWRUDGR H PHVWUDGR No plano local, a universidade responde por cerca de 15% da investigação científica braJHUDGDV SHOD SyV JUDGXDomR QDFLRQDO sileira e por algo em torno de 12% das teses de doutorado e mestrado geradas pela pós-gradu8 . ação nacional3DUD HVWXGDU R SHUILO WHPiWLFR GRV DUWLJRV LQGH[DGRV SURGX]LGRV QD 5$& H QR

PXQLFtSLR GH &DPSLQDV R SULPHLUR SDVVR IRL VLWXDU HVVD SURGXomR HP UHODomR DR Para estudar o perfil temåtico dos artigos indexados produzidos na RAC e no município de %UDVLO H DR PXQGR Campinas, o primeiro passo foi situar essa produção em relação ao Brasil e ao mundo. $V SULQFLSDLV GLVFLSOLQDV HP TXDQWLGDGH GH SURGXomR QR %UDVLO DR VHUHP

RUGHQDGDV SRU VXD SDUWLFLSDomR QR WRWDO GH deWUDEDOKRV SHORV As 25 principais disciplinas em quantidade produçãoFLHQWtILFRV no Brasil,SURGX]LGRV ao serem ordenadas SDtVHV %5,&V PRVWUDP D IRUoD GR %UDVLO HP WHPDV OLJDGRV j DJULFXOWXUD H j VD~GH H D por sua participação no total de trabalhos científicos produzidos pelos países BRICs, mostram UHODWLYD GHIDVDJHP HP UHODomR D GLVFLSOLQDV FRPR e)tVLFD %LRTXtPLFD 4XtPLFD H a a força do Brasil em temas ligados à agricultura e à saúde a relativa defasagem em relação &LrQFLD GRV 0DWHULDLV TXH PHVPR FRP PXLWDV SXEOLFDo}HV QR FRQWH[WR EUDVLOHLUR VmR disciplinas como Física, Bioquímica, Química e Ciência dos Materiais, que mesmo com muitas SRXFR UHSUHVHQWDWLYDV VH FRPSDUDGDV DR YROXPH GRV RXWURV SDtVHV HPHUJHQWHV publicaçþes no contexto brasileiro, são pouco representativas se WUrV comparadas ao volume dos TXH IRUPDP RV %5,&V outros três países emergentes que formam os BRICs. 7DEHOD 3RVLomR UHODWLYD GR %UDVLO IUHQWH DRV %5,&V QDV SULQFLSDLV GLVFLSOLQDV DFDGrPLFDV EUDVLOHLUDV HP TXDQWLGDGH GH SXEOLFDo}HV LQGH[DGDV

)RQWH :HE RI 6FLHQFH

([DPLQDQGR R GHVHPSHQKR GH VHXV municípios SULQFLSDLV no PXQLFtSLRV QR Examinando o desempenho da RAC eGD de5$& seusH principais mesmo conjunto PHVPR FRQMXQWR GH GLVFLSOLQDV D UHJLmR VH GHVWDFD HP UHODomR DR UHVWDQWH GR SDtV HP de disciplinas, a região se destaca em relação ao restante do país em Odontologia, Física da Ma0DWpULD &RQGHQVDGD H 7HFQRORJLD GH $OLPHQWRV tÊria2GRQWRORJLD Condensada,)tVLFD CiênciaGD e Tecnologia de Alimentos,&LrQFLD Físico-Química e Química Geral. Como a

8QLFDPS $QXiULR (VWDWtVWLFR HP

KWWS ZZZ XQLFDPS EU DQXDULR 8QLFDPS EUHYHBGHVFULFDR KWPO DFHVVDGR HP 8 Unicamp - AnuĂĄrio EstatĂ­stico 2007, em http://www.unicamp.br/anuario/2007/Unicamp/breve_descricao. html, acessado em: 06.06.2008.

23


)tVLFR 4XtPLFD H 4XtPLFD *HUDO &RPR D SDUWLFLSDomR JHUDO GD 5$& QDV SXEOLFDo}HV participação geral da RAC nas publicaçþes brasileiras fica em torno de 12%, todas as disciplinas EUDVLOHLUDV ILFD HP WRUQR GH WRGDV DV GLVFLSOLQDV FRP SDUWLFLSDomR DEDL[R GHVVH com participação abaixo desse valor são relativamente menos expressivas na RAC. YDORU VmR UHODWLYDPHQWH PHQRV H[SUHVVLYDV QD 5$& 7DEHOD 3RVLomR UHODWLYD GD 5$& H GH PXQLFtSLRV VHOHFLRQDGRV QDV GLVFLSOLQDV LPSRUWDQWHV QR %UDVLO

)RQWH :HE RI 6FLHQFH

3RU RXWUR ODGR Ki GLYHUVDV GLVFLSOLQDV TXH QmR HVWmR HQWUH DV SULQFLSDLV GR Por outro lado, hå diversas disciplinas que não estão entre as 25 principais do Brasil, em %UDVLO HP TXH D 5$& SDUWLFLSD FRP PDLV GH GDV SXEOLFDo}HV (QWUH que a RAC participa com mais de 15% das publicaçþes indexadas. Entre LQGH[DGDV elas, destaque para as-

HODV que GHVWDTXH SDUD DVVXQWRV TXH WDPEpP DSDUHFHP HQIDWL]DGRV JUXSRV GH suntos tambÊm aparecem enfatizados nos grupos de pesquisa, comoQRV Engenharia ElÊtrica, SHVTXLVD FRPR (QJHQKDULD (OpWULFD (QJHQKDULD 4XtPLFD )tVLFD H &RPSXWDomR Engenharia Química, Física e Computação. $ FRPSDUDomR HQWUH &DPSLQDV 3LUDFLFDED H RXWURV PXQLFtSLRV LPSRUWDQWHV A comparação entre Campinas, Piracicaba e outros municípios importantes do estado de GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR UHYHOD HP GHWDOKHV RV SRQWRV PDLV IRUWHV GH FDGD FLGDGH São Paulo revela em detalhes os pontos mais fortes de cada cidade. 1HVVH TXDGUR FRQVLGHUDQGR TXH D SURGXomR GD 8QLFDPS SRVVXL XP JUDQGH Nesse quadro, considerando que a H produção da Unicamp possuip um grandeFRQFOXLU peso na proSHVR QD SURGXomR QDFLRQDO UHJLRQDO SULQFLSDOPHQWH PXQLFLSDO SRVVtYHO dução nacional, regional e principalmente municipal Ê possível concluir que as åreas mais exTXH DV iUHDV PDLV H[SUHVVLYDV HP SURGXomR VmR UHVXOWDQWHV WDPEpP GD DOWD SURGXomR pressivas em produção são resultantes tambÊm da alta produção acadêmica da Unicamp. DFDGrPLFD GD 8QLFDPS

24


7DEHOD 3RVLomR UHODWLYD GD 5$& H GH PXQLFtSLRV VHOHFLRQDGRV HP RXWUDV GLVFLSOLQDV LPSRUWDQWHV QD 5$&

)RQWH :HE RI 6FLHQFH

Para estimar a importância da produção acadĂŞmica o Ă?ndice h ĂŠ considerado uma das me3DUD HVWLPDU D LPSRUWkQFLD GD SURGXomR DFDGrPLFD R Ă‹QGLFH K p FRQVLGHUDGR lhores medidas. Para um cientista, ou um grupo de cientistas, seu Ă?ndice h ĂŠ o nĂşmero h de suas XPD GDV PHOKRUHV PHGLGDV 3DUD XP FLHQWLVWD RX XP JUXSR GH FLHQWLVWDV VHX Ă‹QGLFH K publicaçþes com pelo menos h citaçþes cada. p R Q~PHUR K GH VXDV SXEOLFDo}HV FRP SHOR PHQRV K FLWDo}HV FDGD

8P SHVTXLVDGRU WHUi R Ă‹QGLFH K LJXDO D FDVR SRVVXD GH] SXEOLFDo}HV FRP Um pesquisador terĂĄ o Ă?ndice h igual a 10, caso possua dez publicaçþes com pelo menos PHQRV GH] FLWDo}HV FDGD permite (VVD FRUUHODomR D FRUUHomR GH GLVWRUo}HV 9 . Essa correlação a correção SHUPLWH de distorçþes causadas por publicaçþes dezSHOR citaçþes cada FDXVDGDV SRU SXEOLFDo}HV VLQJXODUHV PXLWR H YDORUL]D R HTXLOtEULR HQWUH singulares muito citadas e valoriza o equilĂ­brio entreFLWDGDV quantidade e qualidade. TXDQWLGDGH H TXDOLGDGH AtravĂŠs do Ă?ndice h ĂŠ possĂ­vel analisar o impacto da produção acadĂŞmica dos grupos de $WUDYpV GR Ă‹QGLFH K p SRVVtYHO DQDOLVDU R LPSDFWR GD SURGXomR DFDGrPLFD GRV pesquisa, das instituiçþes, dos municĂ­pios, entre outros. JUXSRV GH SHVTXLVD GDV LQVWLWXLo}HV GRV PXQLFtSLRV HQWUH RXWURV Nesse1HVVH DVSHFWR IRL HVWXGDGR R Ă‹QGLFH K PpGLR GRV JUXSRV aspecto foi estudado o Ă?ndice h mĂŠdio dos grupos de pesquisa e das instituiçþes GH SHVTXLVD H GDV presentes na RegiĂŁo Administrativa de Campinas (RAC), conforme tabela a seguir, ressaltando LQVWLWXLo}HV SUHVHQWHV QD 5HJLmR $GPLQLVWUDWLYD GH &DPSLQDV 5$& FRQIRUPH WDEHOD o alto Ă­ndice da Unicamp, em relação Ă sGD demais instituiçþes. Observa-se, entretanto, que o Ă?ndiD VHJXLU UHVVDOWDQGR R DOWR tQGLFH 8QLFDPS HP UHODomR jV GHPDLV LQVWLWXLo}HV ce h2EVHUYD VH mĂŠdio dos grupos de pesquisas da Unicamp abaixo da mĂŠdia dos grupos de HQWUHWDQWR TXH R Ă‹QGLFH K PpGLR apresenta-se GRV JUXSRV GH SHVTXLVDV GD 8QLFDPS vĂĄrias instituiçþes da RAC. DSUHVHQWD VH DEDL[R GD PpGLD GRV JUXSRV GH YiULDV LQVWLWXLo}HV GD 5$&

9 O mÊtodo empregado para calcular o índice h consistiu nos seguintes passos: - Identificação de todos os artigos publicados em revistas arbitradas, segundo o declarado nos CVs Lattes dos 20.640 pesquisadores e estudantes que participam dos grupos de pesquisa da região, um universo de 238.996 2 PpWRGR HPSUHJDGR SDUD FDOFXODU R tQGLFH K FRQVLVWLX QRV VHJXLQWHV SDVVRV ,GHQWLILFDomR GH WRGRV RV DUWLJRV SXEOLFDGRV HP UHYLVWDV DUELWUDGDV VHJXQGR R GHFODUDGR QRV &9V /DWWHV GRV artigos; SHVTXLVDGRUHV H HVWXGDQWHV TXH SDUWLFLSDP GRV JUXSRV GH SHVTXLVD GD UHJLmR XP XQLYHUVR GH DUWLJRV - Eliminação de redundância de informação devido ao alto índice de coautoria dentro dos grupos, definindo um domí (OLPLQDomR GH UHGXQGkQFLD GH LQIRUPDomR GHYLGR DR DOWR tQGLFH GH FRDXWRULD GHQWUR GRV JUXSRV GHILQLQGR XP GRPtQLR nio de 137.110 artigos; GH DUWLJRV - Busca do número de citaçþes por artigo no Google Scholar; %XVFD GR Q~PHUR GH FLWDo}HV SRU DUWLJR QR *RRJOH 6FKRODU - Cålculo do índice hGS para cada grupo da região. &iOFXOR GR tQGLFH K*6 SDUD FDGD JUXSR GD UHJLmR

25


7DEHOD Ă‹QGLFHV K PpGLRV H LQVWLWXFLRQDLV SDUD LQVWLWXLo}HV GH SHVTXLVD GD 5$&

)RQWHV &13T H *RRJOH 6FKRODU

2V FHQVRV GH H VREUH JUXSRV GH SHVTXLVD PRVWUDP Os censos de 2002, 2004, 2006 e 2008, sobre grupos de pesquisa, mostram que as princiDV SULQFLSDLV JUDQGHV iUHDV na GH FRQKHFLPHQWRV QD 8QLFDPS VmR DV iUHDV paisTXH grandes åreas de conhecimentos Unicamp são as åreas de humanidades, saúde,GH exatas e daKXPDQLGDGHV VD~GH H[DWDV H GD WHUUD H HQJHQKDULDV H FRPSXWDomR terra e, engenharias e computação.

$V XQLGDGHV GD iUHD GH +XPDQDV H $UWHV HVWmR HQYROYLGDV FRP DV SULQFLSDLV As unidades da årea de Humanas e Artes estão envolvidas com as principais temåticas WHPiWLFDV HGXFDFLRQDLV VRFLDLV DUWtVWLFDV H HFRQ{PLFDV GR 3DtV H p QRWiYHO D VXD educacionais, sociais, artísticas e econômicas do País e Ê notåvel a sua relação com amplos UHODomR FRP DPSORV VHWRUHV GD VRFLHGDGH HP WHUPRV UHJLRQDLV RX QDFLRQDLV setores da sociedade, em termos regionais ou nacionais. 1D iUHD GD 6D~GH DV DWLYLGDGHV GH SHVTXLVD WrP UHOHYDQWHV FRQVHTXrQFLDV VRFLDLV YLVWR TXH D DVVLVWrQFLD QDV têm GLYHUVDV XQLGDGHV GH DWHQGLPHQWR p visNa årea da Saúde, as atividadesSUHVWDGD de pesquisa relevantes consequências sociais, to que a assistência prestada nas diversas GH unidades de KHPDWROyJLFDV atendimento Ê indissociåvel delas. As LQGLVVRFLiYHO GHODV $V LQYHVWLJDo}HV GRHQoDV FDUGLRYDVFXODUHV investigaçþes doenças hematológicas, cardiovasculares, diabetes, doenças genÊticas GLDEHWHV de GRHQoDV JHQpWLFDV H KHUHGLWiULDV LPXQROyJLFDV PLFURELROyJLFDV H GDV e hereditårias, imunológicas, microbiológicas e das neurociências, conduzidas por pesquisadores QHXURFLrQFLDV FRQGX]LGDV SRU SHVTXLVDGRUHV GD )DFXOGDGH GH &LrQFLDV 0pGLFDV da Faculdade de Ciências MÊdicas ,% (FCM) Instituto deSDSHO Biologia (IB), têm importante papel )&0 H ,QVWLWXWR GH %LRORJLD WrP eLPSRUWDQWH QR DWHQGLPHQWR j VD~GH GD no atendimento à saúde da população. Igualmente importantes, pontoVmR de vista social, sãoGH as atiSRSXODomR ,JXDOPHQWH LPSRUWDQWHV GR SRQWR GH YLVWD do VRFLDO DV DWLYLGDGHV vidades de pesquisa desenvolvidas na Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP), visto que SHVTXLVD GHVHQYROYLGDV QD )DFXOGDGH GH 2GRQWRORJLD GH 3LUDFLFDED )23 YLVWR TXH os avanços obtidos são aplicados diretamente nas tÊcnicas odontológicas, materiais dentårios e RV DYDQoRV REWLGRV VmR DSOLFDGRV GLUHWDPHQWH QDV WpFQLFDV RGRQWROyJLFDV PDWHULDLV saúde bucal dos pacientes atendidos na própria Faculdade. GHQWiULRV H VD~GH EXFDO GRV SDFLHQWHV DWHQGLGRV QD SUySULD )DFXOGDGH

$V DWLYLGDGHV GHVHQYROYLGDV QD )DFXOGDGH GH (GXFDomR )tVLFD H QR As atividades desenvolvidas na Faculdade de Educação FĂ­sica (FEF) e no )() Instituto de BioGH %LRORJLD Ă ,% j tambĂŠm ĂˆUHD GH tĂŞm %LRTXtPLFD WDPEpP WrP LPSDFWR logia,QVWLWXWR (IB), relativamente Ă reaUHODWLYDPHQWH de BioquĂ­mica, impacto social destacado. Diversos VRFLDO de GHVWDFDGR 'LYHUVRV UHVXOWDGRV GH diretamente SHVTXLVD na DOL melhoria REWLGRV da VmR DSOLFDGRV resultados pesquisa ali obtidos sĂŁo aplicados qualidade de vida GLUHWDPHQWH QD PHOKRULD GD TXDOLGDGH GH YLGD H VD~GH GD SRSXODomR e saĂşde da população.

26


3HVTXLVDV GHVHQYROYLGDV SHOD )DFXOGDGH GH (QJHQKDULD $JUtFROD )($*5, )DFXOGDGH (QJHQKDULD pela GH Faculdade $OLPHQWRV de )($ H ,QVWLWXWR GH (FEAGRI), %LRORJLD ,% WrP de PesquisasGH desenvolvidas Engenharia AgrĂ­cola Faculdade LPSRUWDQWH LPSDFWR VRFLDO QD ĂˆUHD GH $JURQHJyFLRV 0HLR DPELHQWH H %LRGLYHUVLGDGH Engenharia de Alimentos (FEA) e Instituto de Biologia (IB) tĂŞm importante impacto social na Ă rea de AgronegĂłcios, Meio ambiente e Biodiversidade. (P WHUPRV GH WHFQRORJLD H LQRYDomR D 8QLFDPS FRQVWLWXL VH QXPD GDV

XQLYHUVLGDGHV FRP R PDLRU Q~PHUR GH SDWHQWHV FRQFHGLGDV WRWDO GH SDWHQWHV QR Em termos de tecnologia e inovação, a Unicamp constitui-se numa das universidades com SHUtRGR GH D UHVXOWDQWH GR GHSyVLWR GH SDWHQWHV QDFLRQDLV UHTXHULGDV o maior número de patentes concedidas (total de 66 patentes no período de 2000 a 2010), resulDWp *UiILFR tante do depósito de 567 patentes nacionais requeridas atÊ 2010 (Gråfico 2). &RPR RXWUR H[HPSOR GR LPSDFWR VRFLDO GDV DWLYLGDGHV GH SHVTXLVDV Como outro exemplo do impacto social das atividades de pesquisas desenvolvidas GHVHQYROYLGDV QD 8QLFDPS SRGH VH PHQFLRQDU R FDUiWHU HPSUHHQGHGRU GRV na Unicamp, pode-se mencionar o caråter empreendedor dosHVSDOKDGDV estudantesSHOR ligados às diversas HVWXGDQWHV OLJDGRV jV GLYHUVDV (PSUHVDV -XQLRUHV FDPSXV FXMR Empresas Juniores espalhadas pelo campus, cujo objetivo Ê desenvolver projetos de9iULRV pesquisas REMHWLYR p GHVHQYROYHU SURMHWRV GH SHVTXLVDV GH LQWHUHVVH GR VHWRU SURGXWLYR de GHVVHV interesse do setor produtivo. Vårios desses GH estudantes empresårios de sucesso, HVWXGDQWHV WRUQDP VH HPSUHViULRV VXFHVVR tornam-se JHUDQGR ULTXH]D HPSUHJR H gerando riqueza, emprego, e ajudando o desenvolvimento do País. DMXGDQGR R GHVHQYROYLPHQWR GR 3DtV *UiILFR 5HTXLVLomR GH 3DWHQWHV SHOD 8QLFDPS SHUtRGR GH D

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)RQWH ,QRYD 8QLFDPS

$OpP GLVVR D 8QLFDPS p UHVSRQViYHO SRU FHQWHQDV GH FRQYrQLRV H FRQWUDWRV AlĂŠm disso, a Unicamp ĂŠ responsĂĄvel por centenas de convĂŞnios e contratos com o setor FRP R VHWRU SURGXWLYR S~EOLFR H SULYDGR &RPR UHVXOWDGR GHVVDV LQWHUDo}HV H[LVWH QD produtivo, pĂşblico e privado. Como resultado dessas interaçþes, existe na regiĂŁo de Campinas UHJLmR GH &DPSLQDV PDLV GH HPSUHVDV IRUPDGDV SRU SHVTXLVDGRUHV RULXQGRV GD mais de 150 empresas formadas por pesquisadores oriundos da Unicamp. As CiĂŞncias Exatas e 8QLFDPS $V ([DWDV H 7HFQROyJLFDV DV PDLRUHV UHVSRQViYHLV SRU de HVWH TecnolĂłgicas sĂŁo&LrQFLDV as maiores responsĂĄveis por esteVmR impacto, com empresas na ĂĄrea ComuLPSDFWR FRP HPSUHVDV QD iUHD GH &RPXQLFDo}HV Ă?SWLFDV H )RW{QLFD 7HFQRORJLDV GD nicaçþes Ă“pticas e FotĂ´nica, Tecnologias da Informação, Alimentos, Biotecnologia, Engenharias etc.,QIRUPDomR $OLPHQWRV %LRWHFQRORJLD (QJHQKDULDV HWF

27


Para exemplificar a relação da Universidade com o setor produtivo a tabela e o gráfico a seguir ilustram a origem dos recursos para pesquisa na Unicamp, onde pode-se observar, além da preponderância de recursos de fundos públicos (Fapesp, CNPq e Capes perfazem cerca de 70% dos recursos), que os recursos advindos de empresas públicas e privadas tem se elevado no período de 2001 a 2009, partido de um patamar de cerca de 11% do total de recursos investidos em pesquisa, para um patamar próximo de 17% nos últimos anos do período

28


29

,167,78,d®(6 ,17(51$&,21$,6

G

G

G

G

E

132.046.928 143.895.213 120.205.316 154.404.534 218.267.029 186.257.698 218.186.888 219.254.547 248.140.431

)RQWH $QXiULR (VWDWtVWLFR 8QLFDPS 2EVHUYDo}HV D 9DORUHV OLEHUDGRV QDV GLYHUVDV PRGDOLGDGHV GH DX[tOLR E 9DORUHV OLEHUDGRV QDV GLYHUVDV PRGDOLGDGHV ILQDQFLDGDV EROVDV SDLV H H[WHULRU DX[tOLRV j SHVTXLVD LQGLYLGXDLV H WHPiWLFRV F 9DORUHV FRQVLGHUDQGR EROVDV GH PHVWUDGR GRXWRUDGR WD[DV GH EDQFDGD H RXWURV SURJUDPDV G YDORUHV OLEHUDGRV H 9DORUHV UHYLVDGRV MXQWR D &$3(6 HP

Totais

),1(3 &13T 3521(; 3$'&7 )81'26

E

(035(6$6 35,9$'$6

D

2009

(035(6$6 3Ò%/,&$6

2008

H H H H H H H H FH

2007

&$3(6

2006

2005

&13T

2004

2003

)$3(63

2002

2001

)$(3(; 81,&$03

Fonte de Financiamento

7DEHOD 8QLFDPS ILQDQFLDPHQWR j SHVTXLVD HP 5 GXUDQWH RV ~OWLPRV DQRV


*UiILFR 8QLFDPS )RQWHV GH )LQDQFLDPHQWR j 3HVTXLVD D *UiILFR 8QLFDPS )RQWHV GH )LQDQFLDPHQWR j 3HVTXLVD D UNICAMP Fontes de Financiamento à Pesquisa 2001 a 2009 UNICAMP Fontes de Financiamento à Pesquisa 2001 a 2009

250.000.000 250.000.000 200.000.000 200.000.000

Valores R$ Valores R$

150.000.000 150.000.000

100.000.000 100.000.000 50.000.000 50.000.000 0 0

FAEPEX UNICAMP CNPq FAEPEX UNICAMP EMPRESAS PÚBLICAS CNPqCNPq/PRONEX/ PADCT/FUNDOS FINEP/ EMPRESAS PÚBLICAS FINEP/ CNPq/PRONEX/ PADCT/FUNDOS )RQWH 8QLFDPS $QXiULR GH 3HVTXLVD

$QRV $QRV

FAPESP CAPES FAPESP PRIVADAS EMPRESAS CAPES INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS EMPRESAS PRIVADAS INSTITUIÇÕES INTERNACIONAIS

)RQWH 8QLFDPS $QXiULR GH 3HVTXLVD

2 H[DPH GD GRV FRQYrQLRV UHDOL]DGRV SHOD 8QLFDPS D O exame da origemRULJHP dos convênios realizados pela Unicamp mostraPRVWUD TXH que a importância 2 H[DPH GD RULJHP GRV FRQYrQLRV UHDOL]DGRV SHOD 8QLFDPS PRVWUD TXH LPSRUWkQFLD GHVVD XQLYHUVLGDGH WUDQVFHQGH HP PXLWR D LQIOXrQFLD UHJLRQDO VREUH D D nos dessa universidade transcende em muito a influência regional sobre a RAC, especialmente LPSRUWkQFLD GHVVD XQLYHUVLGDGH WUDQVFHQGH HP PXLWR D LQIOXrQFLD UHJLRQDO VREUH D 5$& HVSHFLDOPHQWH QRV FRQYrQLRV SDUD D UHDOL]DomR GH SHVTXLVDV convênios para a realização de pesquisas. 5$& HVSHFLDOPHQWH QRV FRQYrQLRV SDUD D UHDOL]DomR GH SHVTXLVDV 7DEHOD &RQYrQLRV ILUPDGRV SHOD 8QLFDPS HQWUH H 7DEHOD &RQYrQLRV ILUPDGRV SHOD 8QLFDPS HQWUH H

)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD )RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD

$ 5$& p DSHQDV D WHUFHLUD PDLRU IRQWH GH UHFXUVRV SDUD SHVTXLVD YLD $ 5$& p DSHQDV D WHUFHLUD PDLRU IRQWH GH UHFXUVRV SDUD SHVTXLVD YLD FRQYrQLRV DWUiV GR HVWDGR GR 5LR GH -DQHLUR H GR UHVWDQWH GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR FRQYrQLRV DWUiV GR HVWDGR GR 5LR GH -DQHLUR H GR UHVWDQWH GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR 30


A RAC ĂŠ apenas a terceira maior fonte de recursos para pesquisa via convĂŞnios, atrĂĄs do estado do Rio de Janeiro e do restante do estado de SĂŁo Paulo. A regiĂŁo metropolitana de SĂŁo Paulo participa com expressivos recursos, mais que o dobro dos captados para pesquisa por $ UHJLmR PHWURSROLWDQD GH 6mR 3DXOR SDUWLFLSD FRP H[SUHVVLYRV UHFXUVRV PDLV TXH R convĂŞnios na RAC.

GREUR GRV FDSWDGRV SDUD SHVTXLVD SRU FRQYrQLRV QD 5$&

Dentre os convênios de pesquisa, a grande maioria se refere a contratos de parceria com 'HQWUH RV FRQYrQLRV GH SHVTXLVD D JUDQGH PDLRULD VH UHIHUH D FRQWUDWRV GH empresas. Elas foram responsåveis por uma injeção de 67 milhþes de reais em três anos, uma SDUFHULD FRP HPSUHVDV (ODV IRUDP UHVSRQViYHLV SRU XPD LQMHomR GH PLOK}HV GH mÊdia superior a R$ 22 milhþes ao ano. UHDLV HP WUrV DQRV XPD PpGLD VXSHULRU D 5 PLOK}HV DR DQR 7DEHOD 7LSRV GH RUJDQL]DomR FRP FRQYrQLRV GH SHVTXLVD FRP 8QLFDPS D

)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD

2V WUrV VHWRUHV HFRQ{PLFRV TXH VH GHVWDFDP FRPR FRQYHQLHQWHV VmR Os trĂŞs setores econĂ´micos que se destacam como convenientes sĂŁo PetrĂłleo (devido 3HWUyOHR GHYLGR DRV LQYHVWLPHQWRV IHLWRV SHOD 3HWUREUDV )DUPiFLD FRP aos investimentos feitos pela Petrobras), FarmĂĄcia (com investimentos de diversas empresas, a LQYHVWLPHQWRV GH GLYHUVDV HPSUHVDV D JUDQGH PDLRULD GH IRUD GD 5$& H grande maioria de fora da RAC) e Eletricidade (tambĂŠm com muitas empresas de fora da RAC). (OHWULFLGDGH WDPEpP FRP PXLWDV HPSUHVDV GH IRUD GD 5$& No caso1R FDVR GH (OHWULFLGDGH D 8QLFDPS VH GHVWDFD FRPR SDUFHLUD GH GLYHUVDV de Eletricidade, a Unicamp se destaca como parceira de diversas concessionĂĄrias

de energia para a execução de projetos deH[HFXomR P&D compulsórios (segundo resolução da Aneel, cf. FRQFHVVLRQiULDV GH HQHUJLD SDUD D GH SURMHWRV GH 3 ' FRPSXOVyULRV seção 2.4.). VHJXQGR UHVROXomR GD $QHHO FI VHomR

FDVR GH predominam )iUPDFRV SUHGRPLQDP HVWXGRV SUp FOtQLFRV H FOtQLFRV No caso1R de Fårmacos, estudos prÊ-clínicos e clínicos realizados por diversas UHDOL]DGRV SRU GLYHUVDV HVSHFLDOLGDGHV GD 0HGLFLQD SDUD GLIHUHQWHV HPSUHVDV especialidades da Medicina, para diferentes empresas. $V HQJHQKDULDV PHFkQLFD H TXtPLFD IRUDP DV PDLV GHPDQGDGDV SRU As engenharias, mecânica e química, foram as mais demandadas por empresas, especialHPSUHVDV HVSHFLDOPHQWH D 3HWUREUDV *HRFLrQFLDV (QJHQKDULD GH 0DWHULDLV H mente a Petrobras. Geociências, Engenharia de Materiais e Engenharia Naval tambÊm foram (QJHQKDULD 1DYDO WDPEpP IRUDP IRUWHPHQWH GHPDQGDGDV SHOD 3HWUREUDV fortemente demandadas pela Petrobras. 3URMHWRV HP FLrQFLD GD FRPSXWDomR ILFDUDP PDLV UHVWULWRV j 5$& HQWUHWDQWR Projetos em ciência da computação ficaram mais restritos à RAC; entretanto os dois conRV GRLV FRQYrQLRV GH IRUD WLQKDP YDORUHV VLJQLILFDWLYDPHQWH PDLRUHV XP GHOHV FRP vênios de fora tinham valores significativamente maiores, um deles com a Petrobras. Jå a EngeD 3HWUREUDV -i D (QJHQKDULD (OpWULFD IRL PDLV GHPDQGDGD SRU HPSUHVDV GH IRUD GD nharia ElÊtrica foi mais demandada por empresas de fora da RAC. 5$&

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7DEHOD 1~PHUR H YDORUHV GH FRQYrQLRV GH SHVTXLVD FRP 8QLFDPS D SRU VHWRUHV HFRQ{PLFRV

)RQWHV )XQFDPS H HODERUDomR SUySULD

ĂˆUHDV Ă OLJDGDV j DJULFXOWXUD DR PHLR DPELHQWH FRPR GenĂŠtica, %RWkQLFD Engenharia *HQpWLFD SaĂ reas ligadas agricultura e ao meioH ambiente como Botânica, (QJHQKDULD 6DQLWiULD 0LFURELRORJLD %LRTXtPLFD H (QJHQKDULD $JUtFROD ILUPDUDP nitĂĄria, Microbiologia, BioquĂ­mica e Engenharia AgrĂ­cola firmaram convĂŞnios apenas com empreFRQYrQLRV DSHQDV FRP HPSUHVDV GH IRUD GD 5$& sas de fora da RAC. 'DGRV REWLGRV GD EDVH GR &13T LQGLFDP TXH GRV JUXSRV GH SHVTXLVD Dados obtidos da base do CNPq indicam que dos 739 grupos de pesquisa cadastrados FDGDVWUDGRV SHOD 8QLFDPS FHUFD GH UHIHUHP TXH PDQWLYHUDP pela Unicamp cerca de 59 (8%) referem que mantiveram relacionamento com empresas, num UHODFLRQDPHQWR FRP HPSUHVDV QXP WRWDO GH HPSUHVDV 4XDQWR jV total de 102 empresas10. Quanto Ă s caracterĂ­sticas destes relacionamentos, os dados mostram FDUDFWHUtVWLFDV GHVWHV UHODFLRQDPHQWRV RV GDGRV PRVWUDP TXH HP PDLV GH GDV que em mais de 50% das empresas foram desenvolvidas pesquisas que consideraram o uso HPSUHVDV IRUDP GHVHQYROYLGDV SHVTXLVDV TXH FRQVLGHUDUDP R XVR LPHGLDWR GRV imediato dos resultados e, em 30% das empresas foi realizada a transferĂŞncia de tecnologia do UHVXOWDGRV H HP GDV HPSUHVDV IRL UHDOL]DGD D WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD GR grupo para o parceiro. JUXSR SDUD R SDUFHLUR No que 1R se refere aos grupos deJUXSRV pesquisa indicaram relacionamento com empresas, TXH VH UHIHUH DRV GH que SHVTXLVD TXH LQGLFDUDP UHODFLRQDPHQWR pode-se observar no quadro abaixo os grupos que cadastraram informaçþes a respeito, ressalFRP HPSUHVDV SRGH VH REVHUYDU QR TXDGUR DEDL[R RV JUXSRV TXH FDGDVWUDUDP tandoLQIRUPDo}HV a maior frequĂŞncia de grupos ligadosD Ă s ĂĄreas de SaĂşde,GH JUXSRV Alimentos OLJDGRV e Agricultura, Energia, D UHVSHLWR UHVVDOWDQGR PDLRU IUHTXrQFLD jV iUHDV QuĂ­mica e Biologia. GH 6D~GH $OLPHQWRV H $JULFXOWXUD (QHUJLD 4XtPLFD H %LRORJLD 10 CNPq - Censo 2008 dos Grupos de Pesquisa. Deve-se observar que os dados referentes ao relacionamen to do grupo de pesquisa com empresas ĂŠ sub-notificado. AlĂŠm disso, o formulĂĄrio que permite inserir este tipo de &13T &HQVR GRV *UXSRV GH 3HVTXLVD 'HYH VH REVHUYDU TXH RV GDGRV UHIHUHQWHV DR UHODFLRQDPHQWR GR informação restritivo uma vez que nĂŁop possui como alternativa a indicação de TXH dados quando o grupo pesquisa JUXSR ĂŠGH SHVTXLVD FRP HPSUHVDV VXE QRWLILFDGR $OpP GLVVR R IRUPXOiULR SHUPLWH LQVHULU HVWH de WLSR GH LQIRUPDomR p UHVWULWLYR XPD YH] TXH QmR SRVVXL FRPR DOWHUQDWLYD D LQGLFDomR GH GDGRV TXDQGR R JUXSR GH SHVTXLVD manteve relacionamento com ĂłrgĂŁos governamentais ou organização sem fins lucrativos, para os quais tambĂŠm ĂŠ PDQWHYH UHODFLRQDPHQWR FRP yUJmRV JRYHUQDPHQWDLV RX RUJDQL]DomR VHP ILQV OXFUDWLYRV SDUD RV TXDLV WDPEpP p possĂ­vel realizar transferĂŞncia de tecnologia e pesquisas colaborativas. SRVVtYHO UHDOL]DU WUDQVIHUrQFLD GH WHFQRORJLD H SHVTXLVDV FRODERUDWLYDV

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Quadro 1 - Grupos de Pesquisa da Unicamp que indicaram relacionamento com empresas no Censo CNPq 2008

1.GR: AGRICULTURA DE PRECISAO - APLICACAO LOCALIZADA DE INSUMOS - LATTES REDESGP 2.GR: AMBIÊNCIA ANIMAL E ZOOTECNIA DE PRECISÃO - LATTES REDESGP 3.GR: ARQUEOLOGIA HISTÓRICA - LATTES REDESGP 4.GR: ATIVIDADE ANTIMICROBIANA DE PRODUTOS NATURAIS - LATTES REDESGP 5.GR: ATRIBUTOS DE QUALIDADE E PROCESSAMENTO DE CARNES - LATTES REDESGP 6.GR: AUTOMAÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS INDUSTRIAIS E AGROINDUSTRIAIS - LATTES REDESGP 7.GR: BIOQUÍMICA DE ALIMENTOS - BIOAROMAS, PRODUÇÃO DE ENZIMAS E INGREDIENTES POR FERMENTAÇÃO - LATTES REDESGP 8.GR: BIOTECNOLOGIA E GENÔMICA - LATTES REDESGP 9.GR: CENTRO DE ESTUDOS DE CONJUNTURA POLÍTICA ECONÔMICA - LATTES REDESGP 10.GR: CENTRO DE ESTUDOS DE OPINIÃO PÚBLICA - CESOP - LATTES REDESGP 11.GR: COLEÇÃO BRASILEIRA DE MICRORGANISMOS DE AMBIENTE E INDÚSTRIA - CBMAI - LATTES REDESGP 12.GR: DESENVOLVIMENTO DE PROCESSOS E EQUIPAMENTOS DE SECAGEM LATTES REDESGP 13.GR: DINAMICA DE SOLOS - LATTES REDESGP 14.GR: ECOLOGIA E METAGENÔMICA MICROBIANA - LATTES REDESGP 15.GR: EMBALAGENS ATIVAS - LATTES REDESGP 16.GR: EMPREGO DA FLUORESCÊNCIA DE RAIOS X NA PESQUISA AMBIENTAL E INDUSTRIAL - LATTES REDESGP 17.GR: ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS APLICADOS À MADEIRA E MATERIAIS A BASE DE MADEIRA - LATTES REDESGP 18.GR: ENSINO DE BIOLOGIA E BIOINFORMÁTICA - LATTES REDESGP 19.GR: EVOLUCÃO CRUSTAL E METALOGÊNESE - LATTES REDESGP 20.GR: EVOLUCÃO DE FAIXAS OROGÊNICAS NO NORDESTE DO CRATON SÃO FRANCISCO E SUL DA PROVINCIA BORBOREMA - LATTES REDESGP 21.GR: FISIOPATOLOGIA CARDIOVASCULAR - LATTES REDESGP 22.GR: GEMPI - GRUPO DE ESTUDOS DE EMPRESAS E INOVAÇÃO - LATTES REDESGP 23.GR: GENÔMICA E EXPRESSÃO - LATTES REDESGP 24.GR: GESTÃO E TECNOLOGIA EM EDIFICAÇÕES - LATTES REDESGP 25.GR: GRUPO DE ESTUDO DOS ASPECTOS MOLECULARES DA PERDA AUDITIVA - LATTES REDESGP 26.GR: GRUPO DE ESTUDOS EM GEOPROCESSAMENTO - LATTES REDESGP 27.GR: GRUPO DE FÍSICA E TECNOLOGIA DE PLASMA - LATTES REDESGP 28.GR: GRUPO DE INSTRUMENTAÇÃO E AUTOMAÇÃO EM QUÍMICA ANALÍTICA LATTES REDESGP 29.GR: GRUPO DE PESQUISA EM FÁRMACOS E FITOFÁRMACOS - LATTES REDESGP 30.GR: GRUPO DE PESQUISA EM IMUNOTOXICOLOGIA E IMUNOFARMACOGNOSIA - LATTES REDESGP

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31.GR: GRUPO DE PESQUISA EM SISTEMAS DE ENERGIA ELETRICA - LATTES REDESGP 32.GR: GRUPO DE PESQUISAS NA ÁREA DE SÍNTESE ORGÂNICA - LATTES REDESGP 33.GR: GRUPO ESTUDOS EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA E FONTES RENOVÁVEIS LATTES REDESGP 34.GR: HIDROGÊNIO - LATTES REDESGP 35.GR: IDENTIFICAÇÃO E CONTROLE DE VIBRAÇÃO E RUÍDO - LATTES REDESGP 36.GR: IMAGENOLOGIA EM ODONTOLOGIA - LATTES REDESGP 37.GR: IMUNOLOGIA CLINICA E ALERGIA - LATTES REDESGP 38.GR: LABORATORIO DE CATÁLISE POR ORGANOMETÁLICOS - LATTES REDESGP 39.GR: LALT - SERVIÇOS, LOGÍSTICA E TRANSPORTES - LATTES REDESGP 40.GR: LEIA-LABORATORIO DE EDUCACAO E INFORMATICA APLICADA - LATTES REDESGP 41.GR: MORFOLOGIA E TOPOQUIMICA DE SOLIDOS - LATTES REDESGP 42.GR: NEPP - NÚCLEO DE ESTUDOS EM POLÍTICAS PÚBLICAS - LATTES REDESGP 43.GR: NÚCLEO DE ESTUDOS EM POÉTICAS DA AÇÃO CÊNICA - LATTES REDESGP 44.GR: NÚCLEO DE PESQUISA EM ODONTOPEDIATRIA - LATTES REDESGP 45.GR: PESQUISAS EM CROMATOGRAFIA LÍQUIDA : ANÁLISES DE PESTICIDAS E FÁRMACOS - LATTES REDESGP 46.GR: PESQUISAS EM CROMATOGRAFIA LÍQUIDA: FASES ESTACIONÁRIAS - LATTES REDESGP 47.GR: PLANEJAMENTO, PROGRAMAÇÃO E DESPACHO DE GERAÇÃO EM SISTEMAS DE ENERGIA ELÉTRICA - LATTES REDESGP 48.GR: PROCESSAMENTO DIGITAL DE FALA - LATTES REDESGP 49.GR: PRODUTOS NATURAIS BIOATIVOS - LATTES REDESGP 50.GR: PROTOZOÁRIOS E METAZOÁRIOS PATOGÊNICOS - LATTES REDESGP 51.GR: REFRIGERAÇÃO EM ALIMENTOS - LATTES REDESGP 52.GR: SEGURANÇA ALIMENTAR - LATTES REDESGP 53.GR: SENSORES ELETROQUIMICOS - LATTES REDESGP 54.GR: SEPERFÍCIES SELETIVAS - LATTES REDESGP 55.GR: SINALIZAÇÃO CELULAR - LATTES REDESGP 56.GR: SISDA - SISTEMAS INTELIGENTES DE SUPORTE À DECISÃO NA AGRICULTURA - LATTES REDESGP 57.GR: TECNOLOGIA DE COLHEITA E PÓS-COLHEITA DE PRODUTOS HORTÍCOLAS - LATTES REDESGP 58.GR: TECNOLOGIA DE IRRIGAÇÃO E MEIO AMBIENTE - LATTES REDESGP 59.GR: TECNOLOGIAS DE MICRO E NANOFABRICAÇÃO - LATTES REDESGP

Fonte: Censo CNPq 2008

Quanto à caracterização das empresas com as quais os grupos realizaram parcerias, no quadro a seguir é possível observar as indicações dos grupos, entre as quais se destacam grandes empresas das áreas de energia, agricultura, fármacos, entre outras.

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Quadro 2 - Empresas indicadas pelos Grupos de Pesquisa da Unicamp com as quais foram realizadas parcerias Fonte: Censo CNPq 2008 1.Abimaq - Associação Bras. da Ind. de Máquinas e Equipamentos 2.Aché Laboratórios Farmacêuticos S/A 3.ACNB - Associação dos Criadores de Nelore do Brasil 4.Aegis Semicondutores Ltda 5.Agricef Soluções Tecnológicas para Agricultura Ltda 6.Agrologia Empresa JR de Engenharia Agrícola 7.AMZ Indústria e Comércio Ltda Me 8.Apsen Farmacêutica S/A 9.Banco de Dados de São Paulo Ltda 10.Braskem S/A 11.Bruker AXS do Brasil Ltda 12.Bunge Fertilizantes S/A 13.Carbex Indústria e Com. de Materiais para Escritório Ltda 14.CEB - Companhia Energética de Brasília 15.Celestica do Brasil Ltda 16.Cemig - Companhia Energética de Minas Gerais 17.Cepac Pesquisa e Comunicação Ltda 18.Clickideia Tecnologia Educacional Lltda EPP 19.Companhia Paulista de Força e Luz 20.Companhia Vale do Rio Doce 21.Concert Technologies S/A 22.Corning Brasil Ind. e Comércio Ltda 23 Cosan Agrícola Ltda 24.CPRM - Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais 25.Cristália Produtos Químicos Farmacêuticos Ltda 26.Croda do Brasil Ltda 27.Dalsey, Hillblom e Lynn - DHL Logistics (Brazil) LTDA 28.Diagnósticos Laboratoriais Especializados 29.DLG Automação Industrial Ltda 30.Documento Antropologia e Arqueologia 31.Duke Energy International Geração Paranapanema S/A 32.Eaton Ltda 33.Elekeiroz S.A 34.Elektro Eletricidade e Serviços S/A 35.Eletropaulo Metropolitana Eletricidade de São Paulo S/A 36.Embraer - Empresa Brasileira de Aeronáutica S/A 37.Embrapa - Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária 38.Enalta Inovações Tecnológicas para a Agricultura 39.ERIOS Representações e Comércio Ltda 40.Fabrimar S/A Indústria e Comércio 41.FBA - Franco Brasileira Agrícola Ltda 42.FEMTO - Indústria e Comércio de Instrumentos Ltda 43.Finep - Financiadora de Estudos e Projetos 44.Fissore - Consultoria e Assessoria Técnico-Científico Ltda 45.Gepea - Grupo de Estudos e Projetos em Engenharia de Alimentos 46.Gil Equipamentos Industriais Limitada

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47.Gnatus Equipamentos Médico-Odontológicos Ltda 48.Grupo Tempo 49.Hidrosolo - Indústria e Comércio Ltda 50.Holamaq Blueburner Queimadores Industriais Ltda 51.Hytron - Ind. Com. e Assessoria Tecnológica em Energia e Gases Industriais Ltda. 52.Ibope - Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística Ltda 53.Indústrias Químicas Taubaté S/A 54.Instituto Vygotskij - Centro de Estudos e Pesq. em Educação 55.International Energy Initiative Inc 56.International Paper do Brasil Ltda 57.Irrigotec Irrigação por Gotejamento Ltda 58.Johnson & Johnson do Brasil Ind. e Com. de Produtos para Saúde Ltda 59.KG Sorensen Indústria e Comércio Ltda 60.Labogen S/A Química Fina e Biotecnologia 61.Mérito Engenharia e Empreendimentos S/C Ltda 62.Metal Vibro Metalúrgica Ltda 63.Metamat - Companhia Matogrossense de Mineração 64.Metrohm Pensalab Instrumentação Analítica 65.M&G Fibras e Resinas Ltda 66.Mineração Caraiba Ltda 67.Ministério da Marinha 68.Motorola do Brasil Ltda 69.Munte Construções Industrializada Ltda 70.Natura Cosméticos S/A 71.ONS - Operador Nacional do Sistema Elétrico 72.Orbys Desenvolvimento de Tecnologia de Materiais Ltda 73.Pianowski&Pianowski Ltda ME 74.Pirelli Pneus S/A 75.Pixis Tecnologia Ltda Epp 76.Plantarium - Comércio de Prod. Cosméticos, Farmac. e Manip. de Fórmulas Ltda 77.PST Indústria Eletrônica da Amazônia Ltda 78.Quattor Petroquímica S.A. 79.Radicifibras Indústria e Comécio Ltda 80.Ripasa S/A Celulose e Papel 81.Rossi Residencial S/A 82.Sadia S/A 83.SAS Institute Brasil Ltda 84.Secretaria Municipal de Saúde de Amparo 85.Semikron Semicondutores Ltda 86.SmartTech Vibroacústica Serviços e Sistemas Ltda. 87.Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S. A. 88.Souza Cruz S/A 89.Synchrophar Asses. e Desenv. de Proj Clínicos S/S Ltda 90.Tandra Sistemas de Controle Ltda ME 91.Tech Chrom Instrumento Analíticos Ltda ME 92.TECHNALLBR - Associação Tecnologia para Todos 93.Tecumseh do Brasil Ltda 94.Thyssenkrupp Metalúrgica Campo Limpo Ltda 95.Transfrigor do Brasil - Ind. e Com. de Equip. de Refrigeração

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96.Unicamp - Universidade Estadual de Campinas 97.Unilever Bestfoods Brasil Ltda 98.VCP Florestal S/A 99.Villares Metals S/A 100.Visteon Sistemas Automotivos Ltda 101.Vocalize Soluções em Tecnologia da Fala e da Linguagem Ltda 102.Yamana Gold Inc. Fonte: Censo CNPq 2008

Além dessas características a Unicamp criou um conjunto de estruturas que a capacitam para a implementação do Parque Científico, na medida em que são consideradas importantes para o desenvolvimento de empreendimentos desta natureza. Dentre elas pode-se destacar: 1 - INCAMP - Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp, criada em 2001, conforme a Resolução GR 067/2001 e incorporada à Agência de Inovação da Unicamp (Resolução GR 051/2003), possui como objetivo a implantação de uma estrutura propícia ao surgimento de novas empresas de base tecnológica. Tem como missão: “Criar e desenvolver empresas inovadoras de base tecnológica, capacitando-as gerencial e tecnologicamente, através da interação Unicamp-empresa-rede de parceiros e contribuindo para o fortalecimento do Sistema Regional de Inovação”. Desde sua criação, 25 empresas foram incubadas. Das quais onze graduaram-se, algumas com enorme sucesso, como a Griaule, referência internacional em reconhecimento digital por biometria. 2 - INOVA UNICAMP - A Agência de Inovação da Unicamp foi criada pela Resolução GR No 51, de 23 de julho de 2003 com a missão de “fortalecer as parcerias da Unicamp com empresas, órgãos de governo e demais organizações da sociedade civil, criando oportunidades para que as atividades de ensino e pesquisa se beneficiem dessas interações e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social do País”. Possui como objetivos: a)

Estimular parcerias com empresas e órgãos públicos, dar apoio técnico na prepa-

ração de projetos cooperativos e em acordos entre a Universidade e seus parceiros e atuar na divulgação e difusão do conhecimento gerado na Unicamp; b)

Estabelecer parcerias estratégicas, orientadas para o médio e longo prazo, com

empresas e entidades públicas e privadas intensivas em inovação e conhecimento; c)

Estimular a ação conjunta da Unicamp com entidades públicas e privadas na área

de formação de recursos humanos, nas suas diversas modalidades, fortalecendo os laços da Universidade com seus parceiros; 37


d)

Coordenar as ações da Unicamp e atuar em conjunto com órgãos municipais,

estaduais e nacionais, com o objetivo de desenvolver e implantar o Parque Tecnológico de Campinas; e)

Apoiar e estimular novas empresas de base tecnológica e aprimorar o papel da

Incubadora de Empresas de Base Tecnológicas da Unicamp; f)

Implementar a política de propriedade intelectual da Unicamp, aprovada pelos

órgãos superiores, apoiando o registro, licenciamento e comercialização de resultados de pesquisas e difusão de conhecimento gerado na Universidade. A INOVA é constituída por um Conselho Superior, por uma Câmara de Acompanhamento e por uma Diretoria e passou a integrar também a Incamp, Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Unicamp. Vários resultados alcançados pela INOVA demonstram a sua eficácia e efetividade, em termos de promoção da inovação na Universidade, através de parcerias estratégicas. 3 - INOVASOFT - Através da Resolução GR No 06, de 1o de fevereiro de 2006, a Unicamp criou o Centro de Inovação em Software, junto à Agência de Inovação da Unicamp, para atuação no campo da tecnologia da informação (TI), integrando ambientes de: desenvolvimento de projetos; pré-residência de projetos de negócios; e, residência de empresas nascentes. O Inovasoft é coordenado por um Conselho de Orientação composto por: Diretor-Executivo da Agência de Inovação da Unicamp; seis representantes indicados pelo Reitor, sendo um do Instituto de Computação - IC; um da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação FEEC; um da Área de Ciências Exatas; um da Área Tecnológica; um integrante do Núcleo do Softex de Campinas; e um empresário. 4 - Centros, Núcleos e Laboratórios de Pesquisa - Os 28 Centros e Núcleos Interdisciplinares de Pesquisa da Unicamp foram criados, desde 1977, com o objetivo de propiciar investigações culturais, científicas, tecnológicas e prestação de serviços, com características interdisciplinares, em parceria com setores públicos e privados, bem como na produção de novos conhecimentos e tecnologia e, na sua transferência aos setores produtivos, que não poderiam ser conduzidas em departamentos convencionais. No entanto, apesar dessas características, o Plano Estratégico da Universidade se recente de programas, linhas e projetos estratégicos voltados à articulação da universidade com

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governos e setores produtivos, com vistas ao desenvolvimento sustentável e à transferência de tecnologia, de forma colaborativa e pró-ativa. Geralmente, considera-se que a divulgação dos conhecimentos acadêmicos produzidos e a ação isolada de pesquisadores e grupos, junto a setores, públicos ou privados, serão capazes de impulsionar estratégias de desenvolvimento e de transferência de tecnologia. Na realidade, tanto os conhecimentos quanto as tecnologias não são automaticamente utilizados, na medida em que necessitam de novos conhecimentos e novas tecnologias para que se transformem em insumos para a sociedade. Essa etapa, na realidade, acaba sendo pouco valorizada pela academia. De um modo geral observa-se que a expressiva produção acadêmica da Unicamp é divulgada e possui grande impacto acadêmico, mas apenas uma pequena parte consegue alcançar a sociedade, no sentido de se caracterizar como conhecimento que contribui efetivamente para o seu desenvolvimento econômico e social, de modo sustentável. Nesse aspecto, o Parque Científico pode vir a se constituir numa importante estrutura de suporte a projetos estratégicos que venham a contribuir com o desenvolvimento econômico e social, através da efetiva transferência de tecnologia, do desenvolvimento de novos conhecimentos e da inovação para setores públicos ou privados. Paralelamente, esse empreendimento possui potencial para se transformar num dos elementos importantes para alavancar os Parques Tecnológicos na Região de Campinas em novas bases, evitando que os mesmos se constituam apenas em empreendimentos imobiliários e passem efetivamente a colaborar com o desenvolvimento regional através da integração entre instituições de ciência e tecnologia, governos e setores produtivos. Além disso, a implantação do Parque Científico poderá capacitar a Unicamp no que se refere ao desenvolvimento de experiências inovadoras quanto à organização, evolução e gestão desse tipo de empreendimento, podendo inclusive se constituir numa nova área de conhecimento, relacionada ao estudo das formas de contribuição da ciência e da tecnologia para o desenvolvimento econômico e social, considerando as novas exigências do desenvolvimento sustentável. Com o parque é possível ainda contar com outras vantagens relacionadas a atração de novos recursos para pesquisa e bolsas de estudo, bem como para o financiamento de novos cursos (extensão e pós-graduação) mais sintonizados com as necessidades e exigências locais e regionais.

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4.2

O PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO PARQUE CIENTÍFICO DA UNICAMP O projeto para implantação do Parque Científico da Unicamp, apresentado pela Univer-

sidade à Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo, constitui-se de cinco componentes, relacionados a: • Infraestrutura urbanística e ambiental; • Sistema de parcerias e condominial; • Projeto de ciência, tecnologia e inovação; • Estudo de Viabilidade Econômica; e, • Gestão do Polo de Inovação. Componente 1 - Infraestrutura urbanística e ambiental Neste componente, a partir do conhecimento detalhado das áreas da Universidade que irão se integrar no Parque e, considerando o espaço físico para a sua instalação, foi proposta a realização de estudo para definição de infraestrutura urbanística e ambiental, incluindo locais para: I - Centro Administrativo do Parque incluindo espaço para a Agência de Inovação da Unicamp, entidade de apoio à gestão do Polo de Inovação; II - Ambiente para laboratórios de inovação que objetivam a colaboração e a parceria com empresas e outras organizações públicas ou privadas; III - Ambiente para projetos temporários de inovação financiados em colaboração e parceria com empresas e outras organizações públicas e privadas; IV - Ambiente para pré-residência de projetos de empresas inovadoras; V - Ambiente para residência e incubação de empresas inovadoras nascentes; VI - Centro de Convenções com facilidades múltiplas para atividades científicas, culturais e artísticas; VII - Centro Comercial para abrigar serviços de alimentação, serviços pessoais, transporte, estadia, entre outros.

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O referido estudo foi realizado contando com recursos do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, de acordo com as diretrizes da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo e com a participação dos setores da Unicamp envolvidos com este tipo de atividades. Como resultante deste componente pode-se apontar os projetos indicados no Anexo 01. Componente 2 - Sistema de parcerias e condominial Neste componente previa-se a definição de um conjunto de normas relativas ao crescimento, uso e manutenção do Parque Científico, por intermédio de parcerias com setores públicos e privados tendo como base o desenvolvimento de projetos que contribuam para o alcance dos seus objetivos. No que se refere à implantação do Centro Administrativo e da Incubadora de projetos e empresas, foi proposta a construção de edifícios contando com apoio financeiro do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. Demais construções e ampliações serão realizadas sempre por meio de parcerias e busca de recursos externos à Universidade. Além disso, o parque deverá ofertar um conjunto de serviços de apoios técnicos que serão pagos pelas empresas, de acordo com seus interesses, como: Assessoria Tecnológica; Assessoria de Comunicação; Assessoria de Administração; Assessoria de Marketing; Assessoria de Negócios; Apoio na realização e participação em eventos; Apoio no registro de marcas e patentes. O parque deverá oferecer também um conjunto de serviços administrativos a serem, custeados por meio de pagamento de taxa de manutenção pelas empresas que venham a utilizar a infraestrutura física. Nesses serviços poderão estar incluídos: acesso à rede; recepção; manutenção e limpeza das áreas comuns e externas; utilização de sala para reuniões; de auditório e de seus equipamentos audiovisuais; e demais serviços para realização de pequenos eventos. Ainda poderão ser ofertados, de acordo com interesse e necessidades das empresas instaladas: impressão e reprografia de documentos; limpeza interna dos módulos individuais; utilização de equipamento de fax; telefonia; serviços extras de secretaria; máquina de café; aluguel de auditórios; uso de microcomputadores. O usufruto da infraestrutura do parque pelas empresas parceiras, dos diversos Ambientes, deverá ser feito de forma onerosa, obedecendo a regimento interno do referido parque.

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Neste componente, com relação à construção do seu Centro Administrativo e da Incubadora de Empresas, pode-se assinalar que o projeto de construção da incubadora, obteve recursos da Secretaria de Desenvolvimento, cujo projeto encontra-se no Anexo 02. Quanto às formas de utilização da infraestrutura e dos serviços do Parque, foram consideradas as normas existentes e as experiências já acumuladas pela Incamp e pela Inovasof, bem como pelas diretrizes em elaboração pelo Laboratório de Biocombustíveis e, consideradas ainda a natureza do projeto de pré-residência e residência de empresas e, os projetos de parcerias com empresas externas. Nesse aspecto, deverão ser observados os seguintes elementos: •

O período de usufruto das empresas parceiras deverá ser estabelecido em con-

vênio com a duração mínima de dois anos; •

As empresas interessadas serão selecionadas por meio de Edital de Chamada

Pública de Projetos, cujas regras serão elaboradas pela gestora, em conformidade com o regimento do parque e submetidos na oportunidade ao Conselho de Orientação para aprovação e publicação •

A pré-residência de projetos de negócios hospedará grupos de potenciais empre-

endedores para desenvolvimento de projetos, sob a coordenação da Inova, de parceiro(s) da Inova ou conjuntamente de Inova e parceiros(s); •

A pré-residência de projetos de negócios será regida por diretrizes e regulamen-

tos baseados em diretrizes e regulamentos dos Ambientes de Pré-incubação de Projetos de Negócios da Inova, submetidos e aprovados pelo Conselho; •

Os potenciais empreendedores só poderão integrar grupos e usufruírem da infra-

estrutura do Ambiente de Pré-incubação se forem alunos, de graduação ou pós-graduação, professores ou funcionários da Unicamp. •

O usufruto da infraestrutura pelos grupos de potenciais empreendedores de pré-

-residência será feito de forma não onerosa, obedecendo ao regulamento e diretrizes deste ambiente; •

O período de usufruto de um grupo do Ambiente de Pré-incubação será de má-

ximo de doze podendo ocorrer o desligamento precoce do grupo em quaisquer das fases, por solicitação do próprio grupo ou por solicitação da gestora, em caso de seu desenvolvimento não atender às expectativas da gestora;

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Os projetos de pré-residência serão selecionados por meio de Edital de Chamada

de Projetos interna à Unicamp, cujas regras serão baseadas nas diretrizes e regulamento que regerão a pré-residência, em conformidade com este regimento, e o resultado da seleção será relatado ao conselho; •

O Ambiente de residência de empresas nascentes hospedará empresas nascentes

sob a gestão da Inova, de parceiro(s) da Inova ou conjuntamente de Inova e parceiros(s); •

A residência de empresas será baseada em diretrizes e regulamento submetidos

e aprovados pelo Conselho; •

Caso seja gerido por parceiro, esta parceria será estabelecida em convênios es-

pecíficos entre a Unicamp e o parceiro; •

Os empreendedores poderão ser quaisquer pessoas físicas, brasileiras ou estran-

geiras, desde que em situação regular no Brasil; •

O usufruto da infraestrutura do Parque pelas empresas do Ambiente de residência

de empresas será feito de forma onerosa, obedecendo às diretrizes e regulamento deste ambiente; •

O período de usufruto de uma empresa do Ambiente de residência de empresa é

de doze meses, renováveis por no máximo quatro períodos subsequentes, podendo ocorrer o seu desligamento precocemente, por solicitação da própria empresa ou por solicitação da gestora, em caso de seu desenvolvimento não atender às expectativas da gestora; •

As empresas residentes serão selecionadas através de Edital de Chamada Pú-

blica de Projetos, cujas regras serão baseadas em diretrizes e regulamento que regerão a residência, em conformidade com regimento e o resultado da seleção será homologado ao conselho. Componente 3 - Projeto de ciência, tecnologia e inovação Foi proposto e financiado pela Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado, a realização de projeto de Ciência e Tecnologia (C&T) que detalhasse seu perfil e as áreas onde pretende se especializar, a partir dos potenciais internos e externos e, dos desafios a serem enfrentados por esses complexos empreendimentos.

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A realização desse projeto jå foi mencionada nos itens iniciais do presente documento, sendo elaborados, alÊm de vårios estudos e documentos, dois produtos finais. Um deles se refere ao presente documento que contem indicaçþes, proposiçþes e recomendaçþes para o Parque Científico da Unicamp e, um estudo mais amplo que possa orientar a implantação de Parques Tecnológicos na Região de Campinas, no âmbito do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos. Vale ressaltar ainda, do referido estudo algumas conclusþes que são importantes para auxiliar na implantação do Parque Científico da Unicamp. Em primeiro lugar, no que se refere aos potenciais econômicos da Região Administrativa de Campinas (RAC), foi possível observar a existência de múltiplas åreas, que se destacam em relação ao país e ao estado de São Paulo. Das 285 atividades econômicas existentes na RAC, cerca de 49 delas são as mais importantes pelo volume de emprego que ofertam e pela sua participação em termos de Brasil. Dentre as atividades econômicas que apresentam concentração na região, hå destaque para a indústria automobilística, de material plåstico, cerâmica, metal-mecânica, têxtil, farmacêutica e diversos ramos da indústria química. A fabricação de componentes eletrônicos, equipamentos de comunicação, eletrodomÊsticos e maquinårio e ferramentas para a indústria e agricultura completam o quadro de atividades econômicas que se destacam na RAC.

*UiILFR 3HUILO GH HVSHFLDOL]DomR ORFDO SRU DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV GD 5$&

)RQWH 5$,6

(P DOJXPDV GDV DWLYLGDGHV HFRQ{PLFDV HVSHFLDOL]DGDV LPSRUWDQWHV SDUD D 5$& D UHJLmR FKHJD D FRQFHQWUDU PDLV GH XP TXDUWR GD IRUoD GH WUDEDOKR EUDVLOHLUD FRPR QR FDVR GH IDEULFDomR GH HTXLSDPHQWRV SDUD FRPXQLFDomR 44

IDEULFDomR GH PiTXLQDV H HTXLSDPHQWRV GH XVR QD H[WUDomR PLQHUDO H QD FRQVWUXomR


Em algumas das 49 atividades econômicas especializadas importantes para a RAC, a região chega a concentrar mais de um quarto da força de trabalho brasileira, como no caso de fabricação de equipamentos para comunicação, fabricação de máquinas e equipamentos de uso na extração mineral e na construção e fabricação de máquinas-ferramenta. Além disso, em todos esses casos, a proporção relativa de mestres e doutores empregados é ainda maior em comparação ao padrão nacional, não obstante serem números acanhados em termos absolutos, especialmente se comparados a países mais desenvolvidos. As indústrias da RAC com maior potencial para desenvolver parcerias com universidades e centros de pesquisa visando P&D para inovação incluem: •

fabricação de equipamentos de comunicação;

fabricação de produtos químicos inorgânicos;

fabricação de produtos e preparados químicos diversos;

fabricação de sabões, detergentes, produtos de limpeza, cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal;

fabricação de produtos químicos orgânicos;

fabricação de equipamentos e aparelhos elétricos não especificados anteriormente

fabricação de instrumentos e materiais para uso médico e odontológico e de artigos ópticos;

fabricação de resinas e elastômeros;

fabricação de equipamentos para distribuição e controle de energia elétrica.

Por outro lado, a situação típica na RAC é a de empresas com baixo investimento em P&D. Essas empresas, na grande maioria dos casos, são demandantes de serviços técnicos, de engenharia ou consultoria e buscam a universidade do mesmo modo que buscariam empresas especializadas de consultoria ou engenharia. Entretanto, a escassez de empresas especializadas na RAC, seu alto preço (ou baixa qualidade) e a falta de oferta de serviços tecnológicos públicos canaliza a demanda para a universidade. Uma segunda conclusão do estudo, com base na análise dos principais instrumentos de apoio à inovação nas empresas disponíveis atualmente no Brasil, permitiu compreender alguns aspectos da inovação nas empresas da RAC. Foram avaliados os programas de Subvenção Econômica da Finep, os Programas PIPE e PITE da Fapesp, a Lei do Bem, a Lei da Informática na RAC e os depósitos de patentes nos EUA.

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8PD VHJXQGD FRQFOXVmR GR HVWXGR FRP EDVH QD DQiOLVH GRV SULQFLSDLV LQVWUXPHQWRV GH DSRLR j LQRYDomR QDV HPSUHVDV GLVSRQtYHLV DWXDOPHQWH QR %UDVLO SHUPLWLX FRPSUHHQGHU DOJXQV DVSHFWRV GD LQRYDomR QDV HPSUHVDV GD 5$& )RUDP DYDOLDGRV RV SURJUDPDV GH 6XEYHQomR (FRQ{PLFD GD )LQHS RV 3URJUDPDV 3,3( H 3,7( GD )DSHVS D /HL GR %HP D /HL GD ,QIRUPiWLFD QD 5$& H RV GHSyVLWRV GH SDWHQWHV QRV (8$ (P WRGRV HVVHV LQFHQWLYRV D 5$& SRVLFLRQD VH FRPR XPD UHJLmR Em todos esses incentivos a RAC posiciona-se como uma região importante, em termos LPSRUWDQWH HP WHUPRV GR PRQWDQWH GH UHFXUVRV FDSWDGRV H D FLGDGH GH &DPSLQDV do montante de recursos captados e, a cidade de Campinas localiza-se entre as cinco primeiras ORFDOL]D VH HQWUH DV FLQFR SULPHLUDV FLGDGHV GR SDtV RX GR HVWDGR GH 6mR 3DXOR cidades do país, ou do estado de São Paulo, quanto ao volume de recursos captados. Essa situTXDQWR DR YROXPH GH UHFXUVRV FDSWDGRV (VVD VLWXDomR GHPRQVWUD R SRWHQFLDO ação demonstra o potencial existente, quanto às empresas que mais aplicam em P&D na região H[LVWHQWH TXDQWR jV HPSUHVDV TXH PDLV DSOLFDP HP 3 ' QD UHJLmR H TXH SRGHP VH e que podem se constituir em potenciais parceiras das instituiçþes de C&T. FRQVWLWXLU HP SRWHQFLDLV SDUFHLUDV GDV LQVWLWXLo}HV GH & 7 No conjunto estes dados a posiçãoD de destaque RAC, em 1R FRQMXQWR HVWHV refletem GDGRV UHIOHWHP SRVLomR GH da GHVWDTXH GD relação 5$& ao HP estado de São Paulo e Brasil, quanto ao volume de gastos em Inovação e P&D, conforme mostrado na UHODomR DR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H %UDVLO TXDQWR DR YROXPH GH JDVWRV HP ,QRYDomR tabela a seguir, calculados a partir QD de dados da participação da RAC no PIB GD industrial H 3 ' FRQIRUPH PRVWUDGR WDEHOD da D Pintec VHJXLU eFDOFXODGRV D SDUWLU GH GDGRV paulista. 3LQWHF H GD SDUWLFLSDomR GD 5$& QR 3,% LQGXVWULDO SDXOLVWD 7DEHOD &RPSDUDWLYR GH JDVWRV HP ,QRYDomR H 3 ' GDV HPSUHVDV QR %UDVLO QR HVWDGR GH 6mR 3DXOR H 5$&

)RQWH ,%*( 3LQWHF HODERUDomR SUyUSLD

Uma terceira e importante conclusão do estudo busca relacionar os potenciais detectados no setor econômico, a atuação das Instituiçþes de C&T e os atuais desafios colocados pela economia globalizada, buscando desenhar quais seriam os setores e åreas de destaque a serem observados pelos projetos de Parques Tecnológicos, uma vez que podem se constituir em åreas importantes para investimentos. Essas åreas foram organizadas segundo temas, em dois grandes grupos. Um deles se refere às åreas que jå vem sendo desenvolvidas na RAC, seja em termos econômicos, seja quanto ao desenvolvimento de C&T, mas que necessitam de especialização para continuarem a se destacar e serem competitivas para a região. Nesse grupo localizam-se os seguintes temas com as respectivas åreas de especialização: Tema 1. Redes e Serviços de Telecomunicaçþes

46

•

Infraestrutura de redes (Ăłptica, wireless)

•

projeto de hardware (design house)


serviços de software para redes de banda larga

conteúdos multimídia e produtos de comunicação

Tema 2. Agrotecnologias •

melhoramento genético de plantas (para alimentação, energia e materiais)

equipamentos e serviços de engenharia agrícola

equipamentos e serviços para agroindústrias

manejo avançado de culturas

serviços de rastreabilidade e certificações

Tema 3. Tecnologias para Saúde •

produtos e equipamentos odontológicos

equipamentos hospitalares

ingredientes funcionais para alimentos

• neurociência •

medicina regenerativa

terapias genéticas

Tema 4. Maquinaria e Equipamentos Especializados •

automação industrial

eletrônica embarcada (automobilística, eletrodomésticos e outros usos)

material ferroviário

soluções para logística

Um segundo grupo, portador de futuro, na medida em que já podem ser localizadas atividades econômicas na RAC, mas ainda prescindem de desenvolvimento científico e tecnológico, bem como de pioneirismo para implementar inovações bem-sucedidas, incluíram inovações ambientais e nanotecnologia. Dado seu histórico de industrialização tardia, o Brasil teve sempre pouco espaço de participar do início de novas indústrias. Hoje isso mudou, nos temas ligados a inovações visando sustentabilidade e, em menor grau, a nanotecnologia, existem chances reais de protagonismo mundial, e a região de Campinas é um dos lugares mais favoráveis para isso no País. Nesse aspecto, o estudo aponta para estes dois grandes temas:

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Tema 5. Eco-Inovações •

novas tecnologias para controle de poluição (ar, água, resíduos sólidos, reciclagem)

energias renováveis

eficiência energética

matérias-primas renováveis (substituição de petroquímicos)

mitigação de efeitos do aquecimento global

aproveitamento econômico da biodiversidade

Tema 6. Nanotecnologias •

nanomateriais e nanomáquinas

supercondutividade e computação quântica

síntese química

tecnologias de imunização e administração de drogas

Finalizando, o estudo aponta para um conjunto de políticas complementares a serem observadas para que os empreendimentos de Parques Tecnológicos tenham sucesso na região, relacionadas aos seguintes tópicos: a) Infraestrutura urbana •

Implantação de parques tecnológicos bem integrados à malha urbana

Transporte coletivo urbano de alta qualidade

Infraestrutura para lazer e esporte

b) Políticas de incentivos •

Propor benefícios adequados ao perfil das empresas que se pretende atrair

Contrabalançar incentivos similares oferecidos por outros lugares

Monitorar a demanda e divulgar sistematicamente as vantagens da região

c) Educação e recursos humanos •

Fortalecer o ensino médio e o ensino técnico, ambos defasados

Buscar nas empresas inovadoras sugestões para as especialidades técnicas a

serem priorizadas •

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Massificar o ensino do inglês


d) Rede de atores - interação •

Fortalecer formas de interação entre governos, empresas e produtores de C&T

Criar mecanismos para divulgação de demandas e produtos de C&T

Componente 4 - Estudo de Viabilidade Econômica Os componentes até o momento indicados estão fornecendo importantes informações quanto à viabilidade técnica e urbanística do empreendimento, devendo ainda alimentar o plano de negócios do parque. Entretanto, é necessário realizar um estudo específico de viabilidade econômica do empreendimento, de médio e longo prazo, com o objetivo de definir normas e critérios a serem utilizados nas parcerias, visando à sustentabilidade econômica do parque. Nesse aspecto, deverá ser realizado um conjunto de estudos que busquem definir valores financeiros a serem utilizados para as futuras construções, para a locação dos espaços, para os valores das taxas de manutenção de acordo com os serviços já especificados acima, bem como para o custeio de projetos de parcerias a serem firmados. Para realizar esses estudos vêm sendo mantidas conversações coma nova equipe da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo para obtenção de recursos, tanto para o Parque Científico da Unicamp, quanto para os Parques Tecnológicos da região. Componente 5 - Gestão do Parque Científico O projeto inicial apresentado à Secretaria de Desenvolvimento continha uma proposta preliminar para gestão do parque que se caracterizava pela integração dos vários setores internos à Universidade e pela participação de setores externos, por meio da constituição de um Conselho de Superior do Parque. O Conselho Superior foi criado pela Deliberação CAD - A-10/2010, com a seguinte formação: I - Coordenador Geral da Unicamp que presidirá o Conselho II - Pró-reitor de pesquisa da Unicamp; III - Pró-reitor de extensão da Unicamp; IV - Representantes indicados pelo Reitor da Unicamp, sendo: - Um diretor de unidade da área de Ciências Exatas; 49


- Um diretor de unidade da área de Ciências Humanas, Sociais e Artes; - Um diretor de unidade da área de Ciências Biomédicas; - Um diretor de unidade da área de Ciências da Engenharia; V - Diretor executivo da Agencia de Inovação da Unicamp; VI - Um representante da Secretaria de Indústria e Comércio da Prefeitura Municipal de Campinas; VII - Um representante da Fundação Fórum Campinas; VIII - Um representante da Secretaria de Desenvolvimento do Governo do Estado de São Paulo; IX - Representa da Fiesp no Conselho Universitário da Unicamp; X - Um representante de alunos entre os dirigentes das Empresas Juniores da Unicamp; XI - Um representante dos funcionários técnicos e administrativos do Conselho Universitário da Unicamp; Desse modo seria garantida a participação dos diferentes órgãos internos e dos diversos setores externos, públicos e privados, na orientação e desenvolvimento do parque. Compete ao Conselho Superior do Parque: I - aprovar o Regimento Interno do Parque e demais normas atinentes bem como alterá-las, sempre que necessário, zelando pelo integral cumprimento destas; II - aprovar a indicação do Secretário Executivo do Parque Científico; III - propor linhas de atuação para o alcance de seus objetivos e diretrizes para o seu funcionamento; IV - propor critérios para seleção de convênios, acordos, ajustes e contratos, envolvendo os laboratórios de inovação, projetos em parceria financiados e empresas nascentes residentes incubadas; V - avaliar o desempenho das atividades e projetos desenvolvidos no parque; IV - propor critérios para a seleção de convênios, acordos, ajustes e contratos, envolvendo os laboratórios de inovação, projetos em parceria financiados e empresas nascentes residentes incubadas; V - avaliar o desempenho das atividades e projetos desenvolvidos no parque;

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VI - orientar e aprovar os planos, programas e metas, anuais e plurianuais do parque, e outros instrumentos necessários ao seu funcionamento; VII - empenhar-se na viabilização de recursos financeiros, materiais e humanos para o suporte das atividades; VIII - aprovar a execução orçamentária, as contas, os balanços e o relatório anual, a ser submetido à Câmara de Administração. O Conselho poderá, também, deliberar sobre assuntos além dos previstos acima. Além disso, o Polo de Pesquisa e Inovação contará com a gerência da Inova Unicamp como instância de administração geral, cabendo-lhe implementar o suporte administrativo para o bom desempenho das competências, bem como das responsabilidades do Conselho Superior. Suas atribuições e competências seriam definidas no Regimento Interno. Considerando a autonomia universitária da Unicamp e os elementos já apontados sobre a gestão do Parque Científico, a primeira ação que referia-se à publicação de resolução do Reitor que define a estrutura básica, as competências e responsabilidades dos órgãos envolvidos no empreendimento, já foi realizada. O Conselho Superior que é o órgão que se responsabilizará pelo detalhamento do Regimento Interno do Parque e das demais condições para seu desenvolvimento e evolução, está em fase de implantação. Entretanto, considerando a centralidade do Conselho Superior nessa estrutura devem ser desenvolvidas ações de divulgação do presente projeto e de seus objetivos, buscando sensibilizar a comunidade interna e externa, de modo a facilitar a organização do referido conselho. Uma vez instalado o conselho, será dada continuidade à implantação do Plano Urbanístico, das normas condominiais que regerão as parcerias e, das obras da Incubadora e do Núcleo Administrativo. Devem ainda ser propostos e realizados o projeto de viabilidade econômica e a discussão, com a comunidade interna da Unicamp, das áreas, grupos e projetos de pesquisa mais adequados para a realização de parcerias no âmbito do Parque Científico da Unicamp.

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5. RECOMENDAÇÕES Considerando a complexidade do empreendimento, que envolve não apenas planos urbanísticos e construtivos do Parque Científico, mas principalmente o Projeto de Ciência e Tecnologia que orientará a sua evolução, o Plano de Negócios que apoiará a sua viabilidade financeiramente e, o modelo de governança e gestão que irá permitir o alcance dos objetivos propostos, faz-se necessário instituir um grupo condutor na implantação do projeto. Embora atualmente esta condução esteja delegada à Inova Unicamp e à sua Diretoria de Parques e Incubadoras, torna-se evidente a necessidade de envolvimento de demais setores internos da Unicamp, assim como de representantes externos, de modo a garantir a formulação de diretrizes de consenso no que se refere ao direcionamento e evolução do Parque. Nesse aspecto, a organização e o início de funcionamento do Conselho Superior do Parque Científico configura-se como uma ação estratégica central para a implantação, bem como para adquirir os elementos que permitirão seu credenciamento no âmbito do Sistema Paulista de Parques Tecnológicos, do Governo do Estado de São Paulo. Quanto às áreas de conhecimento, aos grupos e projetos de pesquisa colaborativa, transferência de tecnologia e inovação, que virão participar do Parque, é necessário desenvolver duas estratégias. Uma interna à Unicamp, com o objetivo de detectar os grupos de pesquisa com interesse em estabelecer parcerias tendo como foco a transferência de tecnologias e a inovação. Nesse aspecto, o Projeto de Ciência e Tecnologia iniciou o mapeamento dos potenciais internos existentes e as parcerias já estabelecidas nos últimos anos, sendo necessário atualizar e acompanhar permanentemente esses potenciais e interesses. Outra estratégia, externa à universidade, deve propiciar a detecção e captação constante de interesses e necessidades, junto aos setores públicos e privados, que possam vir a se constituir em parcerias, com foco na transferência de tecnologia e inovação. A implementação dessas duas estratégias pode ser efetivada através da Diretoria de Parcerias, com um reforço no seu time, fortalecendo um mecanismo de interface entre os interesses e potenciais internos e externos, contribuindo no estabelecimento de parcerias, na busca de recursos e também na observação dos objetivos estratégicos da Unicamp e do Parque Científico.

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Outra ação estratégica a ser implantada refere-se à incorporação da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica - Incamp, no Parque Científico e o Centro de Inovação em Software - InovaSoft, adequando suas administrações com o projeto do Parque. Um conjunto de instrumentos jurídicos e contratuais deve ser revisto organizado e sistematizado para dar suporte ao estabelecimento de parcerias no Parque, à utilização de sua infraestrutura física e de serviços e, aos processos de pré-incubação e incubação de empresas de base tecnológica. Com o funcionamento do Parque Científico, é esperado que novas demandas serão encaminhadas à universidade, especialmente no que diz respeito à formação de recursos humanos de nível técnico e superior, com perfis mais adequados às necessidades sociais. Parte destas necessidades já foi detectada no processo de elaboração do Projeto Científico e Tecnológico, mas que ainda não encontrou canais para se expressar. Nesse aspecto, tendo em vista a atuação da Unicamp na formação profissional é necessário alinhar as estratégias da universidade com a finalidade de adequar os perfis dos profissionais formados às novas exigências sociais, bem como formular e implantar novas formações, especialmente as de caráter tecnológico, que vem sendo muito demandadas e, hoje, encontram-se enormemente represadas. Nesse sentido, é recomendável que o Grupo de Estudos de Ensino Superior - GEES seja participativo desta do projeto do Parque Científico da Unicamp. É necessário ainda planejar uma estrutura gerencial própria para o Parque Científico, considerando o conjunto de atividades e responsabilidades que irá assumir, devendo ser definidas as áreas da Universidade que darão suporte ao empreendimento, bem como as responsabilidades de cada uma, para que a gestão do Parque seja realizada de modo eficaz e eficiente. Finalmente, deverão ser envidados esforços no sentido de colaborar com a organização dos demais Parques Tecnológicos da Região de Campinas, buscando configurar uma rede locorregional de parques, de caráter complementar e colaborativo. Estas recomendações podem ser implementadas através do Conselho Superior do Parque, na medida em que nele terão assento representantes de diferentes setores da Unicamp e da sociedade.

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6. BIBLIOGRAFIA ANPROTEC - Dados sobre parque tecnológicos no Brasil, 2008. CNPq - Censo 2008 dos Grupos de Pesquisa. FUNCAMP - Dados sobre a contratação de projetos na Unicamp, no período de 2006 a 2008. Arquivo digital. Google Scholar Governo do Estado de São Paulo, Diário Oficial. Decreto No 50.504, 06.02.2006. Vol. 116, n. 25, seção 01. IBGE - PINTEC 2005. MCT - Plano Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (PACTI) 2007 - 2010. RAIS 2008. UNESCO, Trends in Global Higher Education: Tracking an Academic Revolution. A Report Prepared for the UNESCO 2009 World Conference on Higher Education. UNESCO 2009, Printed in France. Unicamp - Anuário Estatístico 2007, em http://www.unicamp.br/anuario/2007/Unicamp/breve_descricao.html, acessado em 06.06.2008. Unicamp - Planes, Planejamento estratégico: missão, princípios, valores, visai, estratégias. Coordenadoria Geral da Universidade. Campinas - SP: Unicamp / CGU, 2008. Unicamp - Plano Urbanístico e Projetos Executivos para Implantação do Pólo de Pesquisa e Inovação da Unicamp. INOVA, Arquivo Digital, out. 2008. Unicamp - Produção científica e tecnológica - em http://www.prp.rei.unicamp.br/portal/ProducaoCientificaCultural.php, acessado em 20.06.2008. Unicamp - Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pólo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científico e Tecnológico de Campinas. INOVA, Arquivo Digital, 24.10.2008. Unicamp - Projeto do Polo de Inovação da Unicamp. INOVA, Arquivo Digital, jul. 2008. Unicamp - Relatórios parciais e final do Projeto de Ciência, Tecnologia e Inovação do Polo de Inovação da Unicamp e dos Parques Científico e Tecnológico de Campinas. INOVA, Arquivos Digitais, outubro a dezembro de 2010. Unicamp - Resolução GR No 051/2003. Unicamp - Resolução GR No 06, de 01-02-2006. Unicamp - Resolução GR No 51, de 23-7-2003. VIOTTI, E. B. - Doutores 2010 - Estudos da demografia da base técnica científica brasileira. Brasília, CAPES / MEC 2010. Web of Science. ZOUAN, ET AL. - Parque Tecnológico de São Paulo: as especificações do projeto no contexto de uma Política Pública Local. Locus Científico, vol. 1, n. 1, 2006.

54


$1(;26 7. ANEXOS $QH[R 3ODQR 8UEDQtVWLFR 'R 3DUTXH Anexo 1 - Plano Urbanístico Do Parque 6LVWHPD 9LiULR Sistema Viário

55


4XDGUDV 1RYDV

Quadras Novas

56


Urbanização

8UEDQL]DomR

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Mobiliรกrio Urbano

0RELOLiULR 8UEDQR

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0DSD GDV 2EUDV H 3URMHWRV

Mapa das Obras e Projetos

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60

ÈUHD GH 5HVWDXUDQWH H 3UDoD :LUHOOHVV

Área de Restaurante e Praça Wirelless


Assessibilidade

$VVHVVLELOLGDGH

61


Ciclovia/Valorização do Pedestre/Vivência

FORYLD 9DORUL]DomR GR 3HGHVWUH 9LYrQFLD

62


Estudo de implantação de Edifícios Modulares

VWXGR GH LPSODQWDomR GH (GLItFLRV 0RGXODUHV

63


Os Componentes do Sistema Modular

&RPSRQHQWHV GR 6LVWHPD 0RGXODU

64


Anexo 2 - Prédio Da Sede Do Parque E Incubadora De Empresas De Base Tecnológica Prédio da sede do Parque

3UpGLR 'D 6HGH 'R 3DUTXH ( ,QFXEDGRUD 'H (PSUHVDV 'H %DVH 7HFQROyJLFD 3UpGLR GD VHGH GR 3DUTXH

65


66


67



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