Multiplicando saberes

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Multi pli can do Sabe res

Capacitação das instituições participantes do PAN MAMAC para mobilização financeira

DESAFIOS e APRENDIZADOS

www.ipe.org.br


Multi pli can do Sabe res

Capacitação das instituições participantes do PAN MAMAC para mobilização financeira

DESAFIOS e APRENDIZADOS


O IPÊ - Instituto de Pesquisas Ecológicas é uma organização não

O Fundo Brasileiro para a Biodiversidade, Funbio, é uma associação

governamental brasileira que trabalha pela conservação da biodiversidade

civil sem fins lucrativos, com título de OSCIP, que iniciou sua operação

do País, por meio de ciência, educação e negócios sustentáveis.

em 1996. É um mecanismo financeiro inovador, criado para desenvolver estratégias que contribuam para a implementação da Convenção sobre

Fundado em 1992, possui título de Oscip – Organização da Sociedade Civil

Diversidade Biológica (CDB) no Brasil.

de Interesse Público e tem sua sede em Nazaré Paulista (São Paulo). Presente na Mata Atlântica, Amazônia e Pantanal, o Instituto realiza

Ao longo dos seus 17 anos de operação, o Funbio atua como parceiro

cerca de 40 projetos que incluem pesquisa científica de espécies da

estratégico do setor privado, de diferentes órgãos públicos estaduais e

fauna e flora, ações de educação ambiental e envolvimento comunitário,

federais e da sociedade civil organizada. Essas parcerias viabilizam os

além de intervenções em paisagens e apoio à construção de políticas

investimentos socioambientais das empresas e a redução e mitigação de

públicas relacionadas com a conservação socioambiental.

seus impactos, bem como o cumprimento de suas obrigações legais.

As atividades de educação ambiental e iniciativas conservacionistas Na esfera pública, visa consolidar políticas de conservação e viabilizar

alcançam cerca de 10 mil pessoas por ano.

programas de financiamento ambiental. O IPÊ também é criador da ESCAS – Escola Superior de Conservação Ambiental e Sustentabilidade, que oferece cursos de curta duração, MBA e Mestrado Profissional em meio ambiente e sustentabilidade. O Tropical Forest Conservation Act – TFCA – foi aprovado pelo senado norte-americano em 1998 com o intuito de substituir dívidas externas por ações de conservação de florestas tropicais. O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade e dos Recursos Naturais (ICMBio) é uma autarquia em regime especial,

Até dezembro de 2010, 14 países assinaram 17 acordos TFCA (países

criado em 2007 pela Lei 11.516.

das Américas Central e do Sul, da Ásia e da África), envolvendo mais de

Este Instituto é vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA)

US$266 milhões. O acordo bilateral assinado em agosto de 2010 entre

e integra o Sistema Nacional do Meio Ambiente (Sisnama).

o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo dos Estados Unidos da América é o 16º acordo utilizando essa lei, que engloba

Cabe ao ICMBio executar as ações do Sistema Nacional de Unidades

US$20,8 milhões para apoiar a conservação dos biomas Mata Atlântica,

de Conservação (SNUC), podendo propor, implantar, gerir, proteger,

Caatinga e Cerrado, e tem duração de cinco anos.

fiscalizar e monitorar as UCs federais. Também compete a este Instituto fomentar e executar programas de pesquisa, preservação e conservação da biodiversidade. O ICMBio coordena a elaboração e implementação de Planos de Ação Nacionais (PAN) para a conservação de espécies ameaçadas de extinção e ambientes sensíveis por meio de seus 15 Centros Nacionais de Pesquisa e Conservação.

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ipê • descrição das instituições.

ipê • multiplicando saberes

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Agradecimentos

Sumário

Esta publicação é fruto do projeto “Multiplicando

Universidade Federal de Goiás (UFG),

Saberes: Capacitação das Instituições Participantes

Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

do PAN MAMAC para Mobilização Financeira”,

e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

O Desafio da Mobilização de Recursos....................................................................... 08

executado pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas em parceria com o Instituto Chico

Aos instrutores do curso: Adriana Sagiani, Danilo

Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Pisani, Laury Cullen Jr, Suzana Machado Padua,

e com financiamento do Funbio por meio do Tropical

João Paulo Vergueiro, Paula Piccin que, com sua

Forest Conservation Act (TFCA).

experiência no tema, didática e disponibilidade em trocar experiências, contribuíram imensamente

Capacitação em Mobilização de Recursos para Projetos Ambientais: O Cenário Brasileiro.................................................................................................... 12 Perfil das OSCs do Pan Mamac................................................................................... 14

Agradecemos primeiramente ao Funbio e ao – TFCA

com o desenvolvimento das instituições através

que acreditaram no projeto apresentado pelo IPÊ

da participação de seus pesquisadores.

Mobilização de Recursos: Diferentes Possibilidades e Perspectivas...................... 19

parceiro institucional nesta proposta, especialmente

Aos profissionais convidados que formaram

Tutoria e Construção Colaborativa de Propostas . ................................................... 22

ao Ugo Eichler Vercillo, Coordenador Geral da

a banca avaliadora da Oficina de Avaliação das

Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento

Propostas: Rodrigo Alvarez, Cinthia Kogeyama,

da Biodiversidade, que confiou na proposta

Filipe Mosqueira, Veridyana Cesar, João Paulo

de parceria, desde a sua concepção; ao Leandro

Vergueiro, Fabrício Escarlate, Leandro Jerusalinsk,

Jerusalinsk, coordenador do Centro Nacional

Laury Cullen Jr, Danilo Pisani e Paula Piccin pelas

e viabilizaram sua implementação. Ao ICMBio, nosso

Oficina de Avaliação: Diferentes Visões..................................................................... 25 Panorama: A construção de comunidades de apoio para Organizações da Sociedade Civil........................................................................................................ 30

de Pesquisa e Conservação dos Primatas Brasileiros contribuições que possibilitaram a construção de (CPB) e Gabriela Ludwig , também do CPB,

propostas mais consistentes. As dicas dadas por

incentivadores do projeto, sempre muito disponíveis

vocês, e que integram esta publicação, são preciosas

a nos auxiliar, estimulando a participação das

e poderão contribuir com futuras propostas

instituições integrantes do PAN MAMAC.

de outras organizações.

O Conselho e a Mobilização de Recursos................................................................... 34 Dicas para uma Proposta de Sucesso........................................................................ 36

Às organizações participantes do processo de

À equipe executora: Eduardo Badialli,

capacitação e seus pesquisadores:

Hercules Quelu, Fernanda Pereira, Paula Piccin

Associação Amigos de Iracambi, Associação Mico-

e Sergio Augusto de Almeida Góes.

Abordagem Técnica. ....................................................................................................... 36 Abordagem Financeira.................................................................................................... 39 Abordagem para Empresas............................................................................................. 42 Abordagem da Comunicação........................................................................................... 43

Obrigada pelo compromisso e empenho!

Financiadores............................................................................................................... 46

Leão-Dourado, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (CENAP), Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia (IESB), Instituto Primatas, Instituto Pró-Carnívoros, IPÊ Instituto de Pesquisas Ecológicas, Instituto Itapoty, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), -

ipê • multiplicando saberes

Andrea Imperador Peçanha Travassos

ipê • multiplicando saberes


O DESAFIO DA MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS

Atuar dentro de uma Organização da Sociedade Civil (OSC), no Brasil, independentemente do seu campo de ação, seja ele ambiental, social, educacional, saúde, direitos humanos, entre outros, é sempre um desafio. As demandas são tão necessárias e, na maior parte das vezes, urgentes. Apesar disso, a pergunta que sempre fica no ar é – quem financia, ou melhor, quem deveria financiar projetos realizados por essas organizações? Acredito que a melhor resposta para esta pergunta seria – todos! Dentro deste cenário, se focarmos nas questões ambientais ou socioambientais, especialmente no que diz respeito à conservação de espécies ameaçadas, veremos que as perspectivas de financiamento para projetos de longo prazo, se modificaram muito ao longo dos anos. Há duas ou três décadas, as principais fontes de financiamento para projetos desta natureza se concentravam em organizações não governamentais - ONGs ambientalistas da Europa e dos EUA, parceiras de objetivos e ideais, ou então governos, por meio de editais que selecionavam organizações com grande capacidade de realizar ações que fizessem jus aos recursos provenientes de acordos internacionais. Porém, este panorama tem se modificado drasticamente nos últimos anos, o que obriga as OSCs a buscarem outras formas de apoio financeiro para o desenvolvimento de seus projetos. Esta mudança de percurso gera, muitas vezes, desconforto pelo fato do novo formato não ser familiar à maioria dos integrantes das organizações.

Arquivo IPÊ

Como proceder diante deste desafio?

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ipê • multiplicando saberes


O PAN Mamac, por sua vez, foi aprovado em 23 de

Nesse contexto, o IPÊ - Instituto de Pesquisas

O desenvolvimento de novos projetos sob a

da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com outras

dezembro de 2010, por meio da Portaria nº 134 do

Ecológicas, em parceria com o ICMBio e

orientação de especialistas na área, atuando

15 instituições, elaborou o Plano de Ação Nacional

ICMBio, com objetivo, seis metas, 33 indicadores

financiamento do Funbio, dentro do programa

como tutores, deu segurança e motivação aos

para Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica

do alcance destas metas e mais de 100 ações

Tropical Forest Conservation Act (TFCA), se

participantes, que foram descobrindo, ao longo do

Central – PAN Mamac. Esses Planos de Ação para

para a conservação de 23 espécies de mamíferos

comprometeu a buscar um novo formato de

processo, novas fortalezas institucionais a serem

conservação da biodiversidade são parte de uma

ameaçadas de extinção. Para implementar essas

capacitação de profissionais de instituições que

exploradas em uma nova perspectiva. Ao final

estratégia global recomendada e apoiada pela União

ações, as instituições que participam da iniciativa

atuam na área de conservação de mamíferos

da capacitação, as propostas elaboradas pelos

Internacional para a Conservação da Natureza

têm necessidade de concentrar esforços para

ameaçados de extinção na Mata Atlântica Central

participantes foram apresentadas a uma banca

(UICN), e nacionalmente, foi adotada também pelo

alavancar recursos financeiros, o que nem sempre

para a mobilização de recursos financeiros. Na

formada por seis especialistas das mais diferentes

governo brasileiro, através da Resolução CONABIO

é fácil em função de especificidades que certas

verdade, o processo de capacitação implica na

áreas (governo, empresas e ONGs). Este processo

e portaria 316/2009 do Ministério do Meio Ambiente.

entidades apresentam, ou mesmo por conta da

apresentação de um novo olhar para este processo,

foi enriquecedor e rendeu excelentes comentários a

Os Planos de Ação identificam medidas estratégicas

complexidade do projeto ou questões relacionadas

essencial para a sobrevivência das OSCs. Nesta

serem incorporados em cada uma delas.

para combater as ameaças que levam espécies

ao seu período de realização. Ou seja, existe uma

nova abordagem, as antigas fontes financiadoras,

Desta forma, vimos que algo tão desafiador como

a entrarem em risco de extinção, promovendo a

relação quase direta entre mobilização de recursos

como organizações internacionais e governos, não

é a mobilização de recursos pode vir a ser uma

melhoria no seu estado de conservação.

por parte destas organizações e o êxito do PAN

foram deixadas de lado, mas colocou-se luz em

grande oportunidade para novos aprendizados se

Mamac, uma vez que as ações delineadas neste

outros aspectos até então pouco explorados por

encararmos essa tarefa com um olhar abrangente!

documento são parte integrante dos planejamentos

essas organizações, como a captação de recursos

destas instituições.

financeiros junto a indivíduos e a empresas.

Arquivo IPÊ / Rolex Awards / Tomas Bertelsen

Em 2009 o Instituto Chico Mendes de Conservação


CAPACITAÇÃO EM MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS PARA PROJETOS AMBIENTAIS: O CENÁRIO BRASILEIRO Diante da necessidade de implementar as ações previstas no PAN Mamac e das possíveis limitações dessas organizações em identificar e mobilizar recursos, este projeto levantou os principais desafios encontrados para mobilização de recursos nas instituições participantes. O trabalho começou em 2013 com uma pesquisa via internet, e-mail e telefonemas para mapear as principais iniciativas já disponíveis no Brasil em capacitação para mobilização de recursos. Este primeiro passo foi fundamental para identificar o perfil das ações oferecidas, principalmente, das iniciativas direcionadas às organizações conservacionistas/ambientalistas. A pesquisa verificou que o cenário brasileiro relacionado à capacitação dessas organizações em mobilização de recursos era bastante escasso, visto que, de maneira geral, as iniciativas existentes no país estavam direcionadas ao público geral (estudantes, professores, trabalhadores, gestores de organizações, entre outros), não contemplando as especificidades de organizações que trabalham com meio ambiente e conservação da biodiversidade. O levantamento também identificou que as iniciativas de capacitação estavam disponíveis em diferentes formatos: cursos longos e de curta duração; palestras; simpósios; seminários; especializações; programas de pós-graduação e de mestrado; e, encontros periódicos. Nestes, discutiam-se elaboração, execução, gerenciamento e monitoramento de projetos e fundamentos, princípios e técnicas para mobilização de recursos. Os investimentos financeiros aportados nessas capacitações oscilavam entre R$ 89,00 a R$ 27.390,00. Ademais, as iniciativas existentes estavam concentradas na região Sudeste do País, sendo oferecidas, principalmente, no município de São Paulo. A pesquisa identificou que as iniciativas de capacitação disponibilizadas no cenário brasileiro trazem pontos positivos, já que possibilitam um primeiro contato ou contemplam as especificidades, desafios e avanços inerentes a cada área de atuação das Organizações da Sociedade Civil, indicando que este poderia ser um modelo superficial de abordagem do assunto.

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ipê • multiplicando saberes

Marina Bueno

o aprofundamento do conhecimento do participante sobre o tema. Porém, não


PERFIL DAS OSCs DO PAN MAMAC

Tabela 1 – Comparação entre as fontes de recursos acessadas para manutenção da organização e para conservação de mamíferos

A pouca disponibilidade de iniciativas para a capacitação de organizações conservacionistas/ambientalistas em mobilização de recursos, associada a uma demanda por ações específicas e direcionadas para esse tipo de instituição, reforçou a importância e a necessidade da elaboração de um curso de capacitação que atendesse a esse nicho. Para que a construção desse processo obtivesse êxito, o projeto contou com o auxílio do ICMBio, que indicou 20 organizações integrantes do PAN Mamac para participar da capacitação em mobilização de recursos. A partir da identificação dos representantes dessas organizações, foi aplicada uma pesquisa para compreender o perfil dessas instituições e identificar as suas principais dificuldades e demandas para que o processo de mobilização alcançasse sucesso. A pesquisa foi disponibilizada às instituições pela internet e teve a participação de16 organizações participantes do PAN Mamac.

As fontes de financiamento acessadas pelas organizações participantes do PAN Mamac são similares à maior parte das Organizações da Sociedade Civil

Destas, foi constatado que a maioria possui um número inferior

brasileiras, o que as torna semelhante às demais instituições, no que se refere

a 10 colaboradores, movimenta menos de R$ 300.000,00 por ano e o seu

ao processo de mobilização de recurso. Por outro lado, expõe uma fragilidade

orçamento anual é composto por recursos provenientes do governo, empresas,

em suas respectivas estratégias de financiamento, visto que os recursos

fundações e organizações internacionais. Já os recursos direcionados

oriundos de fontes internacionais estão cada vez mais escassos no cenário

especificamente para conservação de mamíferos são captados junto

brasileiro, e as fontes governamentais são altamente burocráticas

a fundações e organizações internacionais, governos e empresas.

e com complexos processos de gestão, inviabilizando o seu acesso.

Veja ao lado a tabela em que demonstra essas fontes de recursos:

Atualmente, há também uma ampliação dos financiamentos empresariais, alavancado pelo fortalecimento do discurso da “Responsabilidade Social Empresarial e Sustentabilidade” no país. Porém, a mais nova tendência são os processos de mobilização de recursos junto a pessoas físicas que, apesar de pouco usual no Brasil, podem trazer grandes benefícios à instituição recebedora, pela possibilidade de investir em novos projetos de conservação e, principalmente, pela disseminação da causa e ampliação da base social da instituição.

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ipê • multiplicando saberes

ipê • multiplicando saberes

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Esse novo desenho ganha forma no cenário nacional e traz à tona a necessidade

Como se pode observar, as organizações reconhecem a sua capacidade técnica

das organizações inovarem e arriscarem novas formas de captação de recursos,

e a competência das suas equipes como ativos importantes e facilitadores para

que sejam diferentes das convencionalmente realizadas.

o desenvolvimento de propostas de financiamento para seus projetos. No entanto, a elaboração da parte financeira e o melhor formato a ser

Por essa razão, foi necessário identificar as principais dificuldades apresentadas

apresentado ao potencial financiador foram apontados como as maiores

pelas organizações do PAN Mamac, a fim de buscar minimizá-las por meio

fragilidades. Associado a essas características, a pesquisa também identificou

da capacitação e para que a nova empreitada encampada por elas para a

que grande parte das organizações não possui um plano de ação ou uma

mobilização de recursos pudesse ter êxito. A tabela abaixo mostra as

estratégia pré-definida para a realização do processo de mobilização de

principais dificuldades destacadas por essas organizações:

recursos. Essa constatação é apresentada na tabela abaixo:

Tabela 2 – Principais dificuldades identificadas pelas organizações do PAN

Tabela 3 – Estratégias das organizações do PAN Mamac para mobilização de

Mamac para mobilização de recursos

recursos

realiza ações em prol da captação de recursos quando necessário

2

6 4

todos os profissionais da organização estão dedicados a captação não possui estratégia

A ausência de um plano de ação ou de um processo pré-definido para a mobilização de recurso chama atenção, visto que não evidencia o papel central desta atividade para uma organização sem fins lucrativos, movida por uma missão. Uma visão estratégica desse processo é vital para a manutenção da organização e, consequentemente, para a efetivação de seu objetivo. Embora pouco realizado nessas organizações, o planejamento, quando elaborado, muitas vezes não é executado e o principal motivo apontado pelas instituições foi a “falta de tempo” para a pesquisa sobre potenciais financiadores, conforme nos mostra a tabela seguinte:

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ipê • PERFIL DAS OSCs DO PAN MAMAC

ipê • multiplicando saberes

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MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS: DIFERENTES POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS

Tabela 4 – Dificuldades identificadas para colocar as estratégias para mobilização de recursos em prática:

falta de qualificação técnica da equipe

3

falta de compromisso com a equipe

3

O curso de capacitação em mobilização de recurso aconteceu no período de 01 a 05 de julho de 2013 e contou com a participação de 17 representantes de

3 10

3 3

falta de tempo para pesquisas sobre potenciais financiadores

instituições diretamente participantes do PAN Mamac e outros 2 profissionais

projetos mal elaborados

ação nacional para a conservação da biodiversidade.

falta de experiência da equipe

Os temas abordados ao longo do curso foram bastante abrangentes, porém,

de duas instituições convidadas, cujas ações estão alinhadas a outros planos de

alinhados às especificidades e às demandas apontadas por essas organizações: Outro (especifique)

• Planejamento para a captação de recursos - João Paulo Vergueiro (gerente de comunicação do IDIS e presidente da ABCR – Associação Brasileira de Captadores de Recursos) • Captação de Recursos Institucionais - Suzana Machado Padua (co-fundadora e presidente do IPÊ)

Os resultados iniciais nos permitiram identificar algumas especificidades das

• Captação de Recursos para espécies - Laury Cullen Jr.

organizações do PAN Mamac. Essas informações foram apresentadas a um

(engenheiro florestal e coordenador de projetos de pesquisa do IPÊ)

grupo de profissionais com o objetivo de servirem de base para a definição do

• Captação de Recursos e Parcerias com o Setor Privado - Andrea Peçanha

conteúdo programático do curso de capacitação, direcionado especificamente

Travassos (coordenadora da Unidade de Negócios Sustentáveis do IPÊ)

a essas instituições. Assim, o curso oferecido em julho de 2013 foi construído

• Aspectos Jurídicos: Convênios e Parcerias com o Setor Público - Adriana

de forma que estivesse diretamente alinhado às principais especificidades e

Sagiani (advogada especializada em Direito Ambiental e Gestão Estratégica da

demandas das organizações do PAN Mamac.

Sustentabilidade) • Gerenciamento Financeiro e Elaboração de Orçamentos - Danilo Pisani (especialista em gerenciamento financeiro de projetos governamentais financiados por organismos internacionais de desenvolvimento) • Comunicação para Projetos: como elaborar um plano de comunicação -

Paula Piccin (jornalista e coordenadora de comunicação do IPÊ) • Fidelização de Doadores - Andrea Peçanha Travassos.

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ipê • PERFIL DAS OSCs DO PAN MAMAC

ipê • multiplicando saberes

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Cabe destacar que o curso destinou uma carga horária maior ao tema Finanças, já que este foi o assunto apontado como de maior dificuldade pelas instituições participantes para o desenho de suas propostas de financiamento/parceria.

“O curso ´Multiplicando Saberes´ nos possibilitou conhecer, através

O processo de elaboração das propostas foi realizado em diversas etapas,

das aulas/apresentações de especialistas, formas de captação até então

mas, os participantes tiveram como desafio prático a atividade de preparar

desconhecidas pela instituição. Uma parte importante do curso foram as

uma proposta de projeto a ser levada a possíveis financiadores. A elaboração

informações e instruções repassadas na aula de planejamento e montagem

da proposta foi acompanhada de perto por tutores - orientadores que também

do cronograma orçamentário e também a aula sobre como a comunicação

foram palestrantes nos dias de curso - para ser apresentada a uma banca de

é importante para a captação de recursos.

especialistas, cuja missão era avaliar o produto final e ainda melhorá-lo,

A diminuição dos recursos aportados para esta área e o aumento da

na segunda etapa do projeto.

concorrência por estes recursos são algumas das principais dificuldades A fase de preparação da proposta com acompanhamento de profissionais

para a captação, mas não podemos deixar de relacionar também

e sua apresentação para comentários de especialistas acabou se tornando

os problemas na estrutura institucional, como o quadro administrativo

o principal desdobramento e complemento para o curso, além de ser

e diretivo das organizações do terceiro setor.

considerado como fundamental pelos participantes. Assim, no último dia do curso foram acordados os prazos para entrega das atividades e apresentada

A proposta apresentada pelo Instituto Pró-Carnívoros [no segundo módulo]

a plataforma on-line onde essas ações deveriam ser postadas.

está inserida nas ações de outros PANs (Plano de Ação Nacional), que são

De maneira geral, o curso foi bastante participativo e 100% dos profissionais

o PAN para a Conservação da Onça-pintada e o PAN para a Conservação

envolvidos relataram que as expectativas foram cumpridas e alguns ajustes

da Onça-parda, e com certeza estes documentos oficiais agregam força

foram sugeridos, tais como a adequação do tempo, ampliação dos temas

na proposta institucional. Hoje muitos editais tanto governamentais como

e inclusão de exercícios práticos.

privados solicitam que as propostas contenham ações previstas pelos PANs.”

Ricardo Boulhosa, coordenador executivo do Instituto

Arquivo IPÊ

Pró-Carnívoros.

ipê • multiplicando saberes

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TUTORIA: CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE PROPOSTAS Após o curso, os representantes das organizações participantes se comprometeram a desenvolver uma proposta para a captação de recurso junto a um financiador a ser definido pela sua própria instituição. A elaboração dessa proposta foi tutorada por especialistas – que também foram facilitadores no curso – pelo período de seis meses (de julho a dezembro de 2013), quando foram entregues sete diferentes atividades pelos participantes do curso aos tutores. Essas atividades consistiram na definição geral do escopo do projeto e dos possíveis financiadores e parceiros, no desenvolvimento da proposta (contextualização, justificativa, objetivos, metas, resultados esperados, atividades, orçamento, plano de comunicação) e na elaboração da apresentação para o financiador, dentro do formato mais indicado àquele perfil. Assim que entregues, essas atividades eram encaminhadas ao tutor daquele processo, que dava suas contribuições e elas eram devolvidas ao participante e proponente da proposta. Em todas as etapas, a maioria dos processos de tutoria aconteceu dessa maneira, mas houve também momentos em que alguns dos proponentes diretamente, o que foi extremamente enriquecedor. Vale ressaltar que a cada etapa um tutor assumia a frente do processo, em função do seu conhecimento e experiência no tema. A tutoria foi fundamental para o aprimoramento do aprendizado iniciado no curso e, sobretudo, para o desenvolvimento de propostas mais robustas e adequadas ao financiador escolhido.

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ipê • multiplicando saberes

Banco de Imagens CPB – ICMBio / Mauricio Talebi

puderam se reunir pessoalmente com o seu tutor ou trocar e-mails


“Eu não tinha muita experiência com captação, então a minha expectativa

OFICINA DE AVALIAÇÃO: DIFERENTES VISÕES

era aprender como se escreve um projeto. E depois de todas as atividades, sinto que mudou para melhor a minha ideia sobre como as propostas podem ser escritas. Vi que dá para fazer algo mais fora do tradicional (linguagem científica) que eu costumava fazer. As palestras foram muito boas e eu fui retomando uma a uma no momento de escrever a proposta, o que foi muito importante. Outro ponto positivo foi essa ideia de fazer os trabalhos e o tutor

A oficina para avaliação das propostas desenvolvidas pelas instituições foi a

ir corrigindo, o que dá mais segurança”.

última etapa deste projeto. Este momento aconteceu durante os dias 15, 16 e 17 do mês janeiro de 2014, e teve como objetivo a apresentação das propostas elaboradas pelas instituições e a avaliação de cada uma delas por um grupo de pessoas com ampla experiência em mobilização de recursos. Os profissionais convidados para esta avaliação foram:

Marina Galvão Bueno, Instituto Pri-Matas.

Rodrigo Alvarez (IDIS), Filipe Mosqueira (Funbio), Leandro Jerusalinski (ICMBio), Fabrício Escarlate (ICMBio), Danilo Pisani (Consultor especialista em gerenciamento financeiro), Laury Cullen Jr. (IPÊ), Cintia Kogeyama (FICAS), Veridyana Cesar (Danone), João Paulo Vergueiro (IDIS e ABCR) e Paula Piccin (IPÊ). Esse processo de avaliação permitiu uma importante troca de experiências e, consequentemente, o aprimoramento das propostas apresentadas. Isso porque as sugestões de melhoria a cada participante foram pertinentes e diversificadas, vindo, num primeiro momento, da banca de especialistas e, posteriormente, da própria plateia presente, formada pelas demais organizações do PAN Mamac. Essa integração possibilitou uma ampla troca de informações sobre o processo de mobilização de recursos e uma maior assimilação do tema e da sua relevância para a execução da proposta apresentada.

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ipê • TUTORIA: CONSTRUÇÃO COLABORATIVA DE PROPOSTAS

ipê • multiplicando saberes

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Além da apresentação e da avaliação das propostas, a oficina também trouxe em sua programação três debates fundamentais para o aprimoramento da discussão em torno do tema da mobilização de recursos. Esses debates tiveram como eixo central os seguintes assuntos: • Panorama do investimento social privado no Brasil - Rodrigo Alvarez (IDIS) • Envolvimento dos Conselhos das Organizações da Sociedade Civil na

mobilização de recursos - Andrea Peçanha Travassos (IPÊ) • Mobilização de recursos com pessoas físicas - João Paulo Vergueiro (IDIS e ABCR) Com este formato, a oficina fechou o ciclo do modelo de capacitação oferecido neste projeto. Apontar qual etapa do processo de formação foi o mais importante é uma tarefa difícil, já que acreditamos que o sucesso deste modelo está na realização sequencial de cada uma dessas fases. É importante ressaltar que foi fundamental ter como ponto de partida uma análise externa das iniciativas disponíveis no país para capacitação em mobilização de recursos e, a partir daí, direcionar as atividades de acordo com as especificidades e reais necessidades das organizações beneficiadas, de modo que atendesse aos anseios e demandas dessas instituições. Este processo se mostrou adequado às demandas apresentadas pelos profissionais que atuam com conservação de espécies e, em nossa visão, poderia ser replicado para outras

Arquivo IPÊ

Arquivo IPÊ

instituições com atuação semelhante.


“Busquei avaliar as propostas me colocando no lugar de um possível financiador e também levando um olhar de um técnico que trabalha na área, então foram dois tipos de avaliação que eu fiz. Mas o mais importante dessa experiência, e deste projeto do IPÊ como um todo, é que ela toca em um ponto chave que é a viabilização de projetos para a execução dos PANs [Planos de Ação nacionais para conservação de espécies]. E um dos maiores gargalos disso está justamente na viabilização financeira para as instituições poderem formar equipe, estruturar o projeto e tudo o que se refere ao desenvolvimento de uma pesquisa de conservação”

“Na área do 3º setor voltada para elaboração e execução de projetos socioambientais, é notória a carência por captadores de recursos, capazes de formularem bons projetos, adequados a “linguagem” do seu potencial parceiro, por exemplo. Na maior parte das vezes, essas instituições são repletas de qualidade técnica e muita vontade de trabalhar. Lapidar este conhecimento a essa “linguagem” de captação de recursos, torna-se fundamental para sustentabilidade das instituições e das atividades executadas por elas. Participar de um momento que retrata um pouco o exposto acima foi muito interessante e o TFCA fica muito satisfeito com os resultados provenientes das ações apoiadas por ele. Aliás, com

Leandro Jerusalinsky

um bom aproveitamento e execução do conhecimento passado ao longo do

(componente da banca),

curso, o Funbio pode inclusive ser um dos beneficiados indiretamente, pois

coordenador do CPB – Centro Nacional de Pesquisa e

em possíveis futuros editais, os projetos chegariam mais adequados e com

Conservação de Primatas Brasileiros (ICMBio).

maior poder de disputa. A participação na banca de avaliação dos projetos elaborados pelos alunos ao longo do curso, foi muito enriquecedora e com o conhecimento de quem trabalha em uma instituição que capta e gerencia

“O encontro em si foi muito legal, junto com a troca de experiências de cada

recursos voltados para conservação, acredito que pude contribuir de alguma

um, as soluções que cada um traz de maneira diferente para os mesmos

forma em relação a estrutura dos projetos e adequação ao diferentes

problemas. As palestras foram muito boas e abriu para uma percepção

modelos de chamadas.”

melhor sobre o panorama da captação no terceiro setor, sobre a importância da comunicação nos projetos e também da parte de orçamento. Uma grande lição que ficou para mim foi justamente a necessidade de

Filipe Mosqueira

diversificação das fontes de recursos financeiros para projetos e as formas

Fundo Brasileiro para a Biodiversidade – Funbio.

de captação. Os seminários também nos apontaram para a necessidade de estruturação e fortalecimento institucional das organizações de terceiro setor, o que é uma coisa necessária nesse processo e que faz diferença para conquistar apoio”.

Juliana Griese diretora executiva do Instituto Itapoty.

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ipê • OFICINA DE AVALIAÇÃO: DIFERENTES VISÕES

ipê • multiplicando saberes

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PANORAMA: A construção de comunidades de apoio para Organizações da Sociedade Civil Rodrigo Alvarez e João Paulo Vergueiro

problemas sociais ou ambientais e não em captar recursos), o fato é que as OSCs brasileiras, em geral, não valorizam a atividade de captação de recursos como uma atividade tão importante quanto realizar seu trabalho fim. Organizações, afinal, atuam para resolver algum problema ou necessidade da sociedade, melhorando, complementando, pressionando e fiscalizando o trabalho feito pela esfera pública governamental. Nesse sentido, atendem a uma determinada comunidade, seja uma comunidade geográfica (no caso de uma entidade de base comunitária, por exemplo) seja uma comunidade de interesses (no caso de uma entidade que defende os interesses de um grupo

Apesar de sermos 290 mil Organizações e representarmos 1,8% do PIB nacional , a importância das organizações da sociedade civil (OSCs) ainda é pouco conhecida – e reconhecida - por grande parte da população brasileira. Contribui para isso o fato do setor passar por uma crise de credibilidade nos últimos anos, com o termo ONG (organização não governamental) se transformando, em muitos casos, sinônimo de desvio de recursos públicos e ineficiência.

abrangente (como uma entidade nacional que defende o meio ambiente, por exemplo e que, em última análise, responde à comunidade brasileira e até internacional). Chamaremos esse grupo como comunidade de atendimento. Quanto mais interessada e antenada às reais necessidades e problemas vividos por sua comunidade de atendimento, mais relevante será o trabalho prestado por essa organização.

Isto se reflete na pesquisa realizada pelo IDIS e Ipsos Public Affairs, e publicada em fevereiro deste ano, que mostra que 30% dos brasileiros doam para pedintes de rua, 30% doam para igrejas e apenas 14% doam para ONGs. Os que não doam alegam: em 1º. lugar (58%) a falta de dinheiro e em 2º. Lugar (18%) por não terem sido solicitados a doar. Um outro número da pesquisa indicou que 85% das pessoas não recebeu, nos últimos doze meses, nenhum pedido de doação vindo de organização da sociedade civil. De fato, poucas OSCs brasileiras têm um departamento de captação de recursos profissional. A ABCR - Associação Brasileira de Captadores de Recursos fechou o ano de 2013 com 665 membros, dos quais menos de 30% dizem atuar exclusivamente como captadores de recursos.

Mas nem sempre (ou quase nunca) a comunidade de atendimento é capaz de “pagar” pelo “serviço prestado”. A lógica de mercado, onde o cliente paga pelo serviço, nem sempre se manifesta no caso das OSCs. Em geral, a comunidade atendida não paga ou paga parte dos “serviços” prestados. Por esse motivo, a organização necessita desenvolver outra comunidade, sua comunidade de apoio. Em geral, pessoas que fazem parte da comunidade de atendimento podem, em algum momento, também se tornar parte da comunidade de apoio. É o caso de ex pacientes de determinado hospital ou ex alunos de determinada universidade, que se sentem gratos pelos serviços prestados de forma subsidiada e, num outro momento da vida, passam a ser doadores desse

Seja porque não precisaram necessariamente criar uma área para ter acesso a recursos, seja porque a atividade de captação de recursos não é uma preocupação natural para a equipe que criou determinada organização (normalmente as equipes são formadas por pessoas engajadas em resolver

33

de determinada doença, por exemplo), seja uma comunidade no sentido mais

ipê • multiplicando saberes

hospital ou universidade. Vale a pena enfatizar o termo de comunidade de apoio, que traz em si algumas referências que são fundamentais quando estamos falando de captação de recursos:

ipê • PANORAMA: A construção de comunidades de apoio para Organizações da Sociedade Civil

34


Em primeiro lugar, desenvolver comunidades de apoio não significa apenas solicitar recursos. Isso é apenas parte de um percurso que envolver pelo menos as seguintes etapas: 1. Identificação do potencial doador 2. Cultivo do potencial doador 3. Pedido 4. Retenção 5. Relacionamento Quando pensamos em captação de recursos, costumamos colocar nosso foco na Etapa 3 (O PEDIDO) quando as etapas anteriores e posteriores são tão ou mais relevantes do que a etapa do PEDIDO. Em segundo lugar e para finalizar, estudos recentes nos EUA , mostram que a oxitocina, hormônio considerado fundamental para a construção de laços familiares, como as relações maternais e maritais, também está presente no ato de doar, a ponto de se poder dizer que doar é como participar de uma “família sintética”. Em outras palavras, construir uma comunidade de apoio não deve ser considerado um ato similar ao de conquistar novos clientes, mas de construir

Marina Bueno

laços de amizade, solidariedade e fraternidade.

35

ipê • PANORAMA: A construção de comunidades de apoio para Organizações da Sociedade Civil


O CONSELHO E A MOBILIZAÇÃO DE RECURSOS As organizações ambientalistas brasileiras apesar de terem se espelhado em organizações internacionais, especialmente as norte americanas, no seu momento de criação, ainda não reconhecem o caráter estratégico do Conselho de suas instituições no processo de mobilização de recursos, fator crucial para a existência das organizações sem fins lucrativos. Os integrantes do Conselho dessas organizações sem dúvida trazem notoriedade para a causa e credibilidade à instituição. Eles também devem zelar pela qualidade das ações executadas, transparência e compromisso com a missão. Quando o tema é mobilização de recursos, muitas vezes a participação dos membros do Conselho restringe-se em fazer doações pessoais à instituição, sinalizando que acreditam na causa e nos projetos desenvolvidos. Logicamente que isso é extremamente válido e importante, mas o papel de um conselheiro para uma organização pode ir muito além caso ele seja considerado parte integrante da estratégia de mobilização de recursos traçada pela organização. Solicitar recursos a potenciais doadores sejam eles pessoas físicas ou jurídicas, organizar eventos e campanhas, conquistar novos associados e voluntários, agradecer pelas doações recebidas, são atitudes esperadas de todos os conselheiros. Tais ações podem contribuir fortemente não apenas da causa e da organização. Além do mais, por meio de sua rede de relacionamentos, um conselheiro possui o importante papel de “abrir portas”, por exemplo, para novos modelos de financiamento ou potenciais financiadores, criando novas oportunidades para que a organização possa ampliar o seu impacto. Nesta nova perspectiva de atuação dos Conselhos, muito mais ativa e alinhada com as expectativas do staff, que inclui uma ação mais integrada no processo de mobilização de recursos, as organizações deverão estar mais atentas ao perfil das pessoas que o compõe e ao processo de seleção e atração de novos integrantes.

37

ipê • multiplicando saberes

Banco de Imagens CPB – ICMBio / Leonardo Gomes Neves

para a saúde financeira da instituição, mas também para a disseminação


DICAS PARA UMA PROPOSTA DE SUCESSO

• Busque títulos criativos para nomear as propostas. Um bom nome já é um bom começo! • Tenha objetividade na sua proposta. Contextualize a questão e vá direto ao ponto. Seja claro naquilo que o projeto propõe executar.

Abordagem técnica

• A proposta deve ter um conjunto de ideias inovadoras alinhadas com • Faça a sua “lição de casa” antes mesmo de começar a escrever a sua proposta: pesquise o perfil do seu doador, organizações já financiadas, tipos de projetos, valores de financiamento, etc;

• Coloque foco central nos objetivos e alinhe os métodos, equipes e orçamento com a realização destes objetivos. Projetos subdimensionados

• Faça uma pesquisa constante sobre potenciais financiadores em sua respectiva área de atuação;

ou superdimensionados tendem a ter uma execução precária. Quanto mais sucinta, clara e objetiva for a estruturação do projeto, maior será sua confiabilidade.

• Identifique políticas públicas que envolvam o objeto do projeto, tais como programas de governo, acordos e convenções internacionais das quais o Brasil é signatário (por exemplo: CDB, CITES), planos de ação, etc. • Valorize a proposta apresentada à luz dessas iniciativas, inserindo o projeto no contexto das referidas políticas públicas, identificando e destacando em que o projeto contribui para a efetivação das diretrizes estabelecidas.

• Procure usar uma linguagem direta ao descrever a metodologia a ser utilizada, para que o interlocutor possa antever a execução do projeto e a geração dos produtos, e se imaginar, por exemplo, nas atividades de campo. • Os custos devem estar claros e plenamente alinhados à proposta apresentada. Todos os gastos devem estar claramente justificados, especialmente quando envolver a necessidade de equipamentos específicos.

• Se o projeto enfocar espécies ameaçadas de extinção, não deixe de mencionar a Meta 12 da Convenção sobre Diversidade Biológica (Metas de Aichi/CDB), o Programa Nacional de Conservação das Espécies Ameaçadas de Extinção (Pró-Espécies – Portaria n° 43/2014 do MMA) e os correspondentes Planos de Ação Nacionais para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção, preferencialmente explicitando com quais objetivos específicos ou ações a proposta contribuirá.

• Dimensione o projeto para aquilo que a equipe será capaz de realizar no período definido para sua execução. Se necessário e cabível, indique possibilidades de desdobramentos da proposta para novos financiamentos a partir dos resultados a serem alcançados. • Destaque os produtos a serem entregues e sua contribuição não apenas para o objeto do projeto, mas também para as políticas públicas instituídas

• Land Marks / Reservas da Biosfera / Áreas Prioritárias são referências importantes para potenciais financiadores do seu projeto;

às quais está relacionado. Ressalte, também, todas as espécies ameaçadas, ecossistemas, áreas protegidas ou comunidades humanas que poderão ser beneficiadas pela execução do projeto e como se dará esse impacto positivo.

• Leve em consideração os diferentes aspectos de sua proposta: Social, Ambiental, Econômico, Políticas Públicas;

39

um bom marco teórico;

• Lembre-se a proposta deve estar suportada por uma chancela institucional e acadêmica;

ipê • multiplicando saberes

ipê • DICAS PARA UMA PROPOSTA DE SUCESSO

40


• O formato da proposta e linguagem deverá estar adequado ao tipo de financiamento solicitado;

• Tenha cuidado ao preparar slides e outros materiais gráficos, estabelecendo uma identidade visual para o projeto (ou instituição), explorando adequadamente imagens relacionadas ao projeto, e utilizando textos

• O projeto deve estar claramente alinhado ao edital a que for submetido.

com moderação e correção.

Faça um check list dos requisitos exigidos pelo edital. • Ao apresentar o projeto, lembre-se que provavelmente seja a primeira vez • Estabelecer metas, indicadores e outras variáveis que permitam mensurar o grau de execução do projeto também pode ser oportuno em alguns editais.

que o interlocutor entra em contato com a proposta, com você e sua equipe/ instituição, portanto procure transmitir a relevância do projeto e a capacidade e entusiasmo de sua equipe/instituição para executá-lo.

• Demonstre domínio sobre a questão a ser tratada, explicitando as alternativas avaliadas para abordá-la, porque algumas foram descartadas (custos, questões técnicas, etc.) e porque foi escolhida a proposta apresentada. • Uma análise de risco também contribui positivamente para seu projeto,

• Elabore relatórios de avaliação e monitoramento no formato mais adequado para o seu financiador; • Preste atenção aos prazos de entrega das propostas e relatórios

pois demonstra que você conhece bem o que está propondo e, inclusive, as alternativas para sua execução.

Abordagem financeira • Destaque produtos já obtidos por outros projetos conduzidos por você ou sua equipe.

Estas dicas visam atender à maioria dos projetos, entendendo que as instituições estão em busca de um financiador cujas regras de financiamento

• Valorize sua instituição e também seus parceiros.

podem não ser conhecidas. Ao elaborar um Quadro Orçamentário de um projeto

• A organização deve prezar pela “presença” institucional, o que requer a existência de conselheiros influentes e atuantes;

é desejável que ele possa se adequar a diversos tipos de financiadores. Diante desta possibilidade, as orientações a seguir visam disponibilizar

• Valorize resultados preliminares ou anteriores obtidos pela equipe/instituição, especialmente aqueles diretamente relacionados à proposta apresentada. • Utilize boas fotos das espécies-alvo, das paisagens nas quais estão inseridas e/ou das comunidades humanas junto às quais será desenvolvido o projeto, visando sensibilizar os financiadores, além de oferecer-lhes um cardápio de imagens às quais poderão associar a sua própria imagem.

informações para que qualquer financiador possa entender a memória de cálculo, desde o pragmático ao mais exigente e que também possa vir a enxergar a razoabilidade dos custos junto às necessidades de execução do projeto. Auxilia também o proponente a ter a possibilidade de ajustar o projeto ou o orçamento, facilmente, caso o financiador disponibilize parte dos recursos ou tenha restrições a qualquer tipo de despesa a financiar ou em função de uma alteração relevante no mercado fornecedor (aumento dos combustíveis, de impostos sobre serviços, do câmbio e outros).

41

ipê • DICAS PARA UMA PROPOSTA DE SUCESSO

ipê • multiplicando saberes

42


Para tanto, é recomendável que o orçamento do projeto contenha pelo menos

5) Lista de Bens

três quadros: um “Quadro Resumo do Orçamento”, um “Quadro Detalhado do

a. Uma lista dos itens de Capital (equipamentos e veículos) é recomendável, pois

Orçamento” e um “Quadro do Cronograma de Aplicação”, também conhecido como de “Gastos” ou de “Desembolso”. Os dois últimos não necessitam estar no texto principal do projeto e podem vir em anexo.

o financiador pode ter restrições de financiar este tipo de despesa. b. Caso seja imprescindível que se utilize uma marca específica de um item ou que seja um serviço de um fornecedor específico é recomendado que se justifique esta preferência, pois alguns financiamentos não permitem

1) O Quadro Resumo

preferência por marca, sem que haja esta justificativa.

a. Consolidado por atividades do projeto b. Por fontes de financiamento (do proponente, do financiador e

6) Custos Acessórios

de outras fontes)

a. Despesas de IPVA, licenciamento, manutenção, lavagem, pneus, troca de óleo

c. Por categorias de despesas (material de consumo, material permanente, deslocamentos, pessoal, e outros)

e seguros quando for adquirir automóveis. b. Despesas de impostos patronais (INSS principalmente) e seguros pessoais quando for contratar pessoal temporário ou consultorias individuais.

2) O Quadro Detalhado do Orçamento

c. Despesas patronais trabalhistas (INSS, seguros, exames admissional e

a. Por atividade,

demissional, 13º, férias e outros) quando for contratar pessoal por longo

b. Por linhas de despesas/insumos, com colunas para a memória de cálculo

período que integrem o quadro da proponente.

(a natureza da despesa, descrição, quantidade necessária e unidade de

d. Despesas com seguros de equipamentos.

medida, valor unitário e o valor total)

e. Despesas alfandegárias e com despachante na importação de bens ou

c. Pode conter ainda colunas sobre as fontes (do financiador/outras e da

materiais diversos

contrapartida, quando houver). d. Conter subtotais por despesas de Capital e Custeio.

7) Revisão financeira a. Busque uma revisão rápida do pessoal administrativo, de compras ou da

3) Quadro do Cronograma de Aplicação/Gastos/Desembolso

contabilidade da instituição proponente.

a. Pode ser semestral, trimestral ou mensal, dependendo do tempo de execução do projeto.

8) Taxa de Administração

b. Detalhado por fontes de financiamento.

a. Alguns financiadores permitem taxa de administração. b. Este cálculo pode vir consolidado em um percentual (até 15%, sendo 10% o

4) Contrapartida

mais comum) ou detalhar em um quadro estes custos.

a. Indicar se há recursos de contrapartida disponíveis, ou não. b. O termo “Contrapartida” não é muito conhecido quando o financiador é do meio privado empresarial, portanto busque esclarecer no texto do que se trata, ou indicando termos mais adequados quando for este tipo de financiador, tais como recursos do proponente, recursos próprios.

9) Energia elétrica, água, telefone a. Custos com energia elétrica, água, telefone da proponente para atividades administrativas (atividade meio) tem aceitabilidade baixa pelos financiadores. b. Deve-se dispor estes custos quando forem relevantes para a finalidade do objeto do projeto. c. Caso estes custos administrativos aumentem consideravelmente, inclua-os na taxa de administração.

43

ipê • DICAS PARA UMA PROPOSTA DE SUCESSO

ipê • multiplicando saberes

44


10) Reserva de contingência

• É importante destacar na proposta e na apresentação o quanto o projeto

a. Para projetos de longa duração (acima de um ano), quando o financiador

se alinha ao negócio e/ou missão da empresa. Mesmo que o projeto traga

permitir financiar, pode-se prever um percentual do projeto para

bastante visibilidade, para empresa o importante é o alinhamento entre as

contingências de preços, aplicando-se um índice referencial (IGPM, IPCA ou

ações; • Apresentar resultados claros e mensuráveis;

outros). b. Quando o financiador não permitir, no Quadro Detalhado incremente o valor

• Ao apresentar o impacto esperado com o projeto procure evidenciar

unitário das linhas de despesas sensíveis a variação de preços, a partir do

claramente esse processo. Por exemplo, o empresário irá tomar sua decisão

segundo ano com o índice escolhido.

embasado na importância de uma determinada espécie para ecossistema mas também no entendimento que ele obtiver na relevância que sua empresa

11) Câmbio e preços

tem para a conservação desta espécie. • Evidencie quais serão os ganhos para cada uma das partes envolvidas na

a. Informar as taxas de câmbio utilizadas ao orçar itens a importar b. Realizar um orçamento realista, calcado em dados fidedignos, uma vez

execução do projeto

que o valor estimado terá influência direta de exame dessa atividade pelo financiador.

Abordagem da comunicação

12) Erros mais comuns a. Solicitação de recursos para despesas não apoiáveis pelo financiador. b. Informações insuficientes sobre a especificação e finalidade de bens e

• A comunicação é uma atividade estratégica para um projeto. Por isso é fundamental pensá-la desde a formatação de uma proposta, calculando todos

serviços e sua vinculação às metas.

os investimentos necessários para a sua realização (pessoal, ferramentas,

c. Valores solicitados incompatíveis com os praticados no mercado

materiais, etc)

d. Itens de despesas incoerentes com o plano de execução do projeto

• Antes de pensar nas ferramentas para a comunicação (banner, folder, site, blog, redes sociais), estabeleça quais são os objetivos do seu projeto e quais os públicos que ele deseja alcançar. Muitas vezes, gastam-se tempo

Abordagem para empresas

e recursos com ferramentas inadequadas para o objetivo do projeto. Um planejamento de comunicação é um excelente passo para evitar isso. Ao

• As empresas buscam organizações idôneas, que tenham credibilidade e

planejar, é possível traçar metas, estabelecer quais são os públicos de

boa reputação. Neste sentido, é importante ter uma breve apresentação

interesse, quais ferramentas de comunicação serão utilizadas para isso e

institucional, mostrando que a organização tem um histórico de atuação e

ainda estabelecer um cronograma de ação. E lembre-se: comunicação de um

reconhecimento na área;

projeto não é só “o folder”. Pense em outras formas criativas de passar sua

• Muitas empresas possuem programas de voluntariado empresarial, diante disso, procure conhecer este tipo de programa a fim de verificar a

mensagem e alcançar seu público de interesse. • Identifique quem é o seu público de interesse, os seus stakeholders. A partir disso, estabeleça qual é o objetivo do projeto para cada um deles. Pergunte-

possibilidade de desenvolverem ações conjuntas; • Ao apresentar a proposta, busque utilizar vídeos, fotos e outros formatos que

se sempre: Quem influencia o projeto direta ou indiretamente?; Que tipo de relação este stakeholder tem com o projeto?; Quais são os públicos

facilitem e enriqueçam a sua apresentação;

importantes para fazer o projeto acontecer?

45

ipê • DICAS PARA UMA PROPOSTA DE SUCESSO

ipê • multiplicando saberes

46


• Os públicos enxergam a sua organização ou projeto como um todo. Por

• Invista em alguma comunicação online para facilitar o contato com possíveis

isso, todas as áreas da organização são importantes na comunicação. Tudo

interessados em seus projetos. Mas lembre-se de estabelecer critérios de

comunica: desde o modo com o qual você atua no campo, a identidade visual

utilização dessas ferramentas de acordo com os objetivos do projeto, além de

da equipe (camisetas, bonés, carro), até a maneira como o telefone é atendido

designar responsáveis pela atualização seja do website, blogs, redes sociais,

na instituição.

etc.

• Organize seus materiais de comunicação. É importante ter fotos em boa

• Perceba suas limitações de recursos, sejam eles de pessoal ou de

resolução, que possam representar o seu projeto, vídeos, textos base

orçamento. De nada adianta criar inúmeras ferramentas de comunicação

com informações sobre “Quem somos”, “Nossos Objetivos”, “Principais

e não ter um profissional da equipe responsável pelo seu desenvolvimento

Realizações”. Não se esqueça de ter as devidas autorizações e dar os créditos

ou não conseguir dar continuidade a ele. Por exemplo, um website deve ser

dos profissionais que trabalharam para desenvolver os materiais.

atualizado, assim como uma página em redes sociais sugere interatividade

• A imprensa é sempre um público importante. Portanto, esteja pronto para

com os seus seguidores. Se não estabelecer periodicidade de publicação

divulgar o projeto: organize minimamente seus dados e o histórico do seu

e responsáveis pela atualização, é muito provável que essas ferramentas

projeto ou organização, tenha fotos, vídeos, imagens, gráficos, mapas e sons

acabem no esquecimento por conta das inúmeras atividades que um projeto

para oferecer como apoio à informação encaminhada às redações de jornais,

demanda no dia-a-dia.

revistas, rádio, TV e internet. Imagens exclusivas do dia-a-dia no campo quando se estudam espécies de fauna, por exemplo, podem render matérias de destaque. Portanto, registre suas saídas a campo com fotos, vídeos, sons. • Atenção para a linguagem utilizada com cada um de seus públicos. Uma linguagem científica demais na sua informação pode atrapalhar o entendimento de quem não está habituado com ela e criar desinteresse pelo conteúdo que está sendo divulgado. Ao invés disso, aproxime o público do seu assunto, desperte o diálogo, olhar crítico e participação. • Aproveite os elementos positivos do seu projeto. Por exemplo, em pesquisas de fauna, diversas espécies são carismáticas ou têm comportamentos curiosos, que despertam atenção e podem ser aproveitados em peças de comunicação, por exemplo, tornando-se personagens de uma cartilha ou história em quadrinhos. Procure também destacar a importância da sua pesquisa em um nível mais amplo. Por exemplo, como ele contribui para a conservação da biodiversidade do Brasil ou do mundo, para o desenvolvimento socioeconômico de uma comunidade, etc.

47

ipê • DICAS PARA UMA PROPOSTA DE SUCESSO

ipê • multiplicando saberes

48


FINANCIADORES QUEM FINANCIA: Greenvolved O QUE FINANCIA: Projetos relacionados às áreas de

QUEM FINANCIA: Fundação Grupo Boticário O QUE FINANCIA: Projetos direcionados a ações

QUEM FINANCIA: Convenção das Nações Unidas para QUEM FINANCIA: Conservation, Leadership Combater a Diversificação (UNCCD)

and Programme

habitats naturais, vida selvagem, recursos naturais,

e pesquisas para a conservação de espécies

O QUE FINANCIA: O objetivo desta premiação é

O QUE FINANCIA: Premiar equipes de alto potencial

energia, educação e poluição.

e comunidades silvestres em ecossistemas

reconhecer a excelência em gestão sustentável

que pretendem desenvolver suas habilidades através

ENDEREÇO WEB: http://captacao.org/recursos/

naturais; para implementação de políticas

da terra, ampliar a conscientização das pessoas

de projetos práticos de conservação.

editais-abertos/845-greenvolved-recebe-propostas-

voltadas à conservação de ecossistemas naturais

em relação aos benefícios globais da geração

ENDEREÇO WEB: http://www.

em-pre-selecao-para-financiamento-ambiental

e sua restauração; para prevenção ou controle

e preservação do solo e dar visibilidade aos

conservationleadershipprogramme.org/Apply.asp

VALOR: De R$ 140.000,00 a R$ 950.000,00 PERIODO FREQUENTE: Março

de espécies invasoras; para a criação ou manejo

vencedores para ampliarem o seu trabalho.

de unidades de conservação; e pesquisas sobre

ENDEREÇO WEB: http://www.unccd.int/en/about-

VALOR: Até US$ 15.000,00 PERIODO FREQUENTE: Abril

vulnerabilidade, impacto e adaptação de espécies e

the-convention/history/Pages/default.aspx

ecossistemas às mudanças climáticas

VALOR: Distribuição total de U$ 100.000 (R$200.000) PERIODO FREQUENTE: Março

QUEM FINANCIA: A União Internacional para

QUEM FINANCIA: Fies (Fundo Itaú Excelência Social) O QUE FINANCIA: Projetos que visam colaborar

Conservação da Natureza (IUCN)

ENDEREÇO WEB: http://www.fundacao

O QUE FINANCIA: Projetos de extensões territoriais

grupoboticario.org.br/pt/O%20Que%20Fazemos/

de florestas para conservação e manejo sustentável

Editais/Pages/apoio-projetos-linhas.aspx

QUEM FINANCIA: Fundação Luterana de

brasileiras.

de áreas ameaçadas.

Diaconia - FLD

ENDEREÇO WEB: http://www1.folha.uol.com.br/

ENDEREÇO WEB: http://captacao.org/recursos/

VALOR: Não apresenta PERIODO FREQUENTE: Janeiro a Março ou

editais-abertos/881-financiamento-para-projetos-

Julho a Agosto

Norte, nos biomas da Mata Atlântica e do Pampa, ou

fies-abre-inscricoes-para-ongs-interessadas-em-

na área da defesa de direitos humanos.

financiamento.shtml

QUEM FINANCIA: Coordenadoria Ecumênica de

ENDEREÇO WEB: http://fld.com.br VALOR: Até R$10.000 PERIODO FREQUENTE: Março

VALOR: R$ 120.000,00 PERIODO FREQUENTE: Julho

de-aquisicao-de-terras-e-preservacao-da-natureza

VALOR: Máximo de US$ 85.000,00 (R$ 210.000,00) PERIODO FREQUENTE: Março

Serviço (CESE)

O QUE FINANCIA: Projetos direcionados a QUEM FINANCIA: Instituto Alcoa O QUE FINANCIA: Projetos direcionados as áreas

para a manutenção de iniciativas socioambientais

O QUE FINANCIA: Projetos sociais com foco na região empreendedorsocial/entrelinhassociais/1144008-

em todo o país.

QUEM FINANCIA: Instituto Sociedade, População e

QUEM FINANCIA: SOS - Save Our Species O QUE FINANCIA: Conceder subvenções que podem

consideradas prioritárias pelo diagnóstico social

ENDEREÇO WEB: http://www.cese.org.br/site/

Natureza - ISPN

ser aplicadas salvar espécies ameaçadas e seus

desenvolvido pelo Instituto e que envolvam ações de

conheca-a-cese/sobre-a-cese/

O QUE FINANCIA: Apoiar projetos localizados na

habitats.

educação, saúde, meio ambiente, trabalho e renda,

VALOR: Máximo de R$ 10.000,00 PERIODO FREQUENTE: Março

região do arco do desmatamento que tenham por

ENDEREÇO WEB: http://www.sospecies.org/sos_

objetivo evitar ou reduzir o desmatamento, além de

projects/apply_for_a_grant/

VALOR: De US$ 25.000,00 a US$ 800.000,00. PERIODO FREQUENTE: Contínuo

segurança e governança.

sustentabilidade de organizações populares

ENDEREÇO WEB: http://www.alcoa.com/brasil/pt/

se inserir nas modalidades de atividades produtivas

info_page/apoio_projetos_locais.asp

sustentáveis ou gestão de serviços ambientais.

VALOR: Não apresenta PERIODO FREQUENTE: Fevereiro a Abril

ENDEREÇO WEB: http://www.ispn.org.br VALOR: De R$ 60.000,00 a R$ 90.000,00 PERIODO FREQUENTE: Abril

49

ipê • multiplicando saberes

ipê • FINANCIADORES

50


QUEM FINANCIA: Toyota do Brasil Ltda O QUE FINANCIA: Apoiar projetos de revitalização

QUEM FINANCIA: Chicago Zoological Society O QUE FINANCIA: Projetos que irão ajudar

QUEM FINANCIA: Primate Conservation Inc O QUE FINANCIA: Tem por objetivo subsidiar projetos

QUEM FINANCIA: American Society of Primatologists O QUE FINANCIA: Reconhecer profissionais que

ambiental e ações de conservação com foco no

diretamente na proteção de populações de

que estudem espécies raras e mais ameaçadas de

desenvolvem estudos sobre primatas.

desenvolvimento sustentável.

espécies ameaçadas e em perigo , ou um habitat

extinção em seu habitat natural. O envolvimento dos

ENDEREÇO WEB: https://www.asp.org/grants/

ENDEREÇO WEB: http://www.fundacaotoyotadobrasil. específico, que é de alto valor biológico , ou que é

cidadãos do país nos projetos é visto como um plus,

conservation/index.cfm

org.br/noticias/?not=673

substancialmente ameaçado

não sendo uma prioridade.

VALOR: Não apresenta PERIODO FREQUENTE: Maio

( Lista Vermelha da IUCN )

ENDEREÇO WEB: http://www.primate.org/grant_

VALOR: De US$750,00 a US$1.500,00 PERIODO FREQUENTE: Março e Agosto

ENDEREÇO WEB: http://www.czs.org/czs/cbotgrant.

in.htm

aspx

VALOR: De US$ 2.000,00 a US$ 5.000,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro e Setembro

QUEM FINANCIA: GlobalGiving Crowdfunding O QUE FINANCIA: Cadastra organizações que

VALOR: US$ 5.000,00 PERIODO FREQUENTE: Agosto

realizações concretas na proteção de espécies de

queiram disponibilizar seus projetos para captação

QUEM FINANCIA: Mohamed bin Zayed Species

plantas e animais silvestres.

ENDEREÇO WEB: http://futurefornature.org/award/ VALOR: € 50.000,00 PERIODO FREQUENTE: Setembro

em escala mundial.

QUEM FINANCIA: UNESCO - Sultan Qaboos Prize for

Conservation Fund

ENDEREÇO WEB: http://captacao.org/recursos/

Environment Preservation

O QUE FINANCIA: O Fundo não faz discriminação de

editais-abertos/980-edicao-2013-do-desafio-

O QUE FINANCIA: Reconhecer as contribuições dos

região ou espécies a serem selecionadas.

aberto-globalgiving-recebe-inscricao-de-ongs-

indivíduos, grupos de indivíduos , instituições ou

ENDEREÇO WEB: http://www.speciesconservation.

interessadas-em-captar-globalmente

organizações na gestão ou preservação do meio

org/grants/

VALOR: 4 semanas para captar US$ 5.000,00

ambiente , em consonância com as políticas , metas

VALOR: Até US$ 25.000,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro, Junho e Outubro

(R$ 10.000,0).

e objetivos da UNESCO

PERIODO FREQUENTE: Julho

ENDEREÇO WEB: http://www.unesco.org/new/en/ natural-sciences/environment/ecological-sciences/

QUEM FINANCIA: Whitley Fund for Nature O QUE FINANCIA: Projetos focados com conservação

man-and-biosphere-programme/awards-and-

Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ))

prizes/sultan-qaboos/

da natureza e vida selvagem.

O QUE FINANCIA: Identificar e apoiar iniciativas,

VALOR: US$ 70.000,00 PERIODO FREQUENTE: Setembro

ENDEREÇO WEB: http://whitleyaward.org/apply-forconservation-funding/how-to-apply/

VALOR: £ 35.000,00 para sete projetos premiados PERIODO FREQUENTE: Outubro

que contribuam para um mundo mais verde

QUEM FINANCIA: The Rufford Foundation O QUE FINANCIA: Financiar projetos de conservação da biodiversidade de pequeno porte e programaspiloto em países em desenvolvimento.

QUEM FINANCIA: Ministério Alemão para a

inclusive de organizações da sociedade civil,

QUEM FINANCIA: Future for Nature Foundation O QUE FINANCIA: Prêmio internacional que celebra

ENDEREÇO WEB: https:/apply.ruffordsmallgrants.org VALOR: De £ 6.000,00 a £ 25.000,00 PERIODO FREQUENTE: Processo contínuo QUEM FINANCIA: Foudation Veolia O QUE FINANCIA: Apoiar projetos orientados para

e mais inclusivo.

QUEM FINANCIA: Conservation Leadership

ENDEREÇO WEB: http://www.gife.org.br/edital-

Programme - Future Conservationist Awards

changing-markets-reconhece-iniciativas-que-

O QUE FINANCIA: Oferecer prêmios para equipes

ambiental e proteção da biodiversidade.

contribuem-para-um-pais-mais-verde-e-

de alto potencial que pretendam desenvolver

ENDEREÇO WEB: http://fondation.veolia.com/en/

inclusivo-15225.asp

suas habilidades através de projetos práticos de

applying-for-grant.htm

VALOR: 5000,00 euros (R$ 15.000,00) PERIODO FREQUENTE: Setembro

conservação.

VALOR: Até 150.000,00 euros PERIODO FREQUENTE: Janeiro, Junho e Setembro

crises humanitárias e de ajuda ao desenvolvimento, coesão social e orientação profissional, conservação

ENDEREÇO WEB: http://www. conservationleadershipprogramme.org/ FutureConservationistAward.asp

VALOR: US$ 15000,00 PERIODO FREQUENTE: Setembro

51

ipê • FINANCIADORES

ipê • multiplicando saberes

52


QUEM FINANCIA: Phoenix Zoo O QUE FINANCIA: Apoiar projetos de conservação

QUEM FINANCIA: Morris Animal Foundation O QUE FINANCIA: Propostas sobre temas relevantes

Food & Health Foundation

QUEM FINANCIA: The Conservation,

QUEM FINANCIA: Invepar O QUE FINANCIA: Apoiar iniciativas de organizações

com envolvimento das comunidades locais.

para a vida selvagem/exóticas saúde e bem-estar.

O QUE FINANCIA: Projetos de conservação,

da sociedade civil nas áreas de educação, do meio

ENDEREÇO WEB: http://phoenixzoo.org/

ENDEREÇO WEB: http://www.morrisanimal

agricultura sustentável e saúde nos países em

ambiente, da cultura e do esporte.

conservation/global-conservation/

foundation.org/researchers/wildlife-exotics/

VALOR: Até US$ 3.000,00 PERIODO FREQUENTE: Novembro

VALOR: Não especifica valores PERIODO FREQUENTE: Novembro

desenvolvimento. ENDEREÇO WEB: http://cfhfoundation.

br/pages/ii-edital-de-selecao-de-projetos-

grantsmanagement08.com/

socioambientais-2014/#.UoDKTfmko_6

VALOR: De US$ 15.000,00 a US$ 30.000,00 PERIODO FREQUENTE: Janeiro e Julho

VALOR: Até R$ 130.000,00 PERIODO FREQUENTE: Abril

Conservation Fund

QUEM FINANCIA: Disney Worldwide

QUEM FINANCIA: International Primatological Society O QUE FINANCIA: Apoiar projetos de conservação de

O QUE FINANCIA: Apoiar organizações de

primatas no campo, com cuidados de primatas em

conservação focadas em impactos positivos e

cativeiro; educação para a conservação e formação

QUEM FINANCIA: Funbio O QUE FINANCIA: Identificar iniciativas, projetos e

ENDEREÇO WEB: http://www.invepar.com.

de longo prazo para a vida selvagem e habitats.

em conservação.

atividades em execução, que necessitam de novos

QUEM FINANCIA: SeaWorld & Busch Garden Conservation Fund O QUE FINANCIA: Apoiar projetos nas categorias:

ENDEREÇO WEB: http://thewaltdisneycompany.com/

ENDEREÇO WEB: http://www.international

aportes financeiros, ou projetos já estruturados,

pesquisa de espécies; reabilitação e resgate de

content/conservation-funding

primatologicalsociety.org/conservation.cfm

mas que ainda não têm apoio financeiro para sua

animais; proteção do habitat e educação para a

VALOR: Até R$ 25.000,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro

VALOR: De US$ 1.500,00 a US$ 2.500,00 PERIODO FREQUENTE: Março

execução.

conservação.

(Netherlands)

QUEM FINANCIA: Prince Bernhard Nature Fund

QUEM FINANCIA: John Ball Zoological Society O QUE FINANCIA: Projeto que possuem a educação

O QUE FINANCIA: Projetos de conservação de flora

como mecanismo para ajudar para ajudar as

e fauna criticamente ameaçada de extinção em

comunidades a aprender sobre a vida selvagem

ENDEREÇO WEB: http://bancoprojeto.funbio.org.br/

ENDEREÇO WEB: http://www.swbg-conservationfund.

projeto/ChamadaProjetos.aspx

org/grantInfoA.htm

VALOR: De R$ 50.000,00 a R$ 250.000,00 PERIODO FREQUENTE: Contínuo

VALOR: De US$ 5.000,00 a US$ 25.000,00 PERIODO FREQUENTE: Dezembro QUEM FINANCIA: Idea Wild O QUE FINANCIA: Apoiar projetos relacionado com a conservação da biodiversidade, pesquisa e educação

regiões tropicais e subtropicais da África, Ásia e

e a conservá-la.

QUEM FINANCIA: Chester Zoo O QUE FINANCIA: Financiar projetos para o

América Latina..

ENDEREÇO WEB: http://www.johnballzoosociety.org/

monitoramento de espécies ameaçadas em todo

ENDEREÇO WEB: http://www.pbnf.nl/project-support VALOR: Até 25.000,00 euros PERIODO FREQUENTE: Março e Setembro

conservation.php

mundo e proteção do habitat com o objetivo de

- Investimento em equipamentos.

VALOR: Até US$ 2.500,00 PERIODO FREQUENTE: Março

fortalecer a formação e educação para alcançar

ENDEREÇO WEB: http://www.ideawild.org/

essa conservação.

apply.html

ENDEREÇO WEB: http://www.chesterzoo.org/

VALOR: Até US$ 1.000,00 PERIODO FREQUENTE: Contínuo

QUEM FINANCIA: Fundação Nando Peretti O QUE FINANCIA: Financiar uma ampla gama de

QUEM FINANCIA: Mitsubishi Corporation Foundation O QUE FINANCIA: Projetos com foco em conservação

conservation-and-research/field-conservation/

causas beneficentes, incluindo a conservação da

da biodiversidade, desenvolvimento sustentável,

natureza, com foco em aves e animais selvagens.

justiça ambiental e educação ambiental.

VALOR: Não apresenta PERIODO FREQUENTE: Março, Junho e Outubro

field-projects

QUEM FINANCIA: Lion Tamarin Brazil Fund O QUE FINANCIA: Apoiar atividades que facilitem a

ENDEREÇO WEB: http://www.nandoperettifound.org/

ENDEREÇO WEB: http://www.mitsubishicorp.com/us/

implementação das recomendações do

en/page.php?project=0&page=1&cat=6&con=8

en/csr/foundation.html#mission

Mico-Leão 2005 PHVA

VALOR: Não especifica valores. PERIODO FREQUENTE: Novembro

VALOR: De U$ 30.000,00 a US$ 1.000.000,00. PERIODO FREQUENTE: Março

(População Habitat Análise de Viabilidade )

ENDEREÇO WEB: http://www.ltbf.org/04_how.html VALOR: De US$ 5.000,00 a US$ 20.000,00 PERIODO FREQUENTE: Não informa aparentemente contínuo

53

ipê • FINANCIADORES

ipê • multiplicando saberes

54


QUEM FINANCIA: FNMA - Fundo Nacional de Meio

QUEM FINANCIA: Weeden Foundation O QUE FINANCIA: Apoiar projetos que visam

Ambiente Global

O QUE FINANCIA: Para a Linha Temática

conservar a biodiversidade

O QUE FINANCIA: Trabalhar com problemas

QUEM FINANCIA: IPS Research Grant O QUE FINANCIA: Apoiar pesquisas com primatas ENDEREÇO WEB: http://www.

“Conservação e Manejo da Biodiversidade”, insira

ENDEREÇO WEB: http://www.weedenfoundation.org/

ambientais que afetam o planeta em escala

internationalprimatologicalsociety.org/research.cfm

sua proposta no programa: Conservação e Manejo

Weeden-Foundation-Applications.htm

global: aquecimento global, destruição da camada

da Biodiversidade

VALOR: Até US$ 20.000,00 PERIODO FREQUENTE: Janeiro

de ozônio e destruição das florestas tropicais.

VALOR: PERIODO FREQUENTE:

ENDEREÇO WEB: http://www.erca.go.jp/jfge/english/ VALOR: De R$ 11.800,00 a R$ 141.600,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro

QUEM FINANCIA: IPS Conservation Grant O QUE FINANCIA: Apoiar o desenvolvimento

Ambiente

ENDEREÇO WEB: http://www.mma.gov.br/apoio-aprojetos/fundo-nacional-do-meio-ambiente/comoobter-recursos/item/8857

VALOR: De R$ 100.000,00 a R$ 300.000,00 PERIODO FREQUENTE: Janeiro

QUEM FINANCIA: Wildlife Without Borders USFWS O QUE FINANCIA: Apoiar projetos de formação

de programas de campo para conservação

que fortaleçam a capacidade das pessoas e das

QUEM FINANCIA: The Nacey Maggioncalda

de primatas.ENDEREÇO WEB: http://www.

organizações que buscam implementar programas

Foundation

internationalprimatologicalsociety.org/

O QUE FINANCIA: ENDEREÇO WEB: http://www.naceymagg.org/

conservation.cfm

QUEM FINANCIA: WCN Wildlife Conservation Network de conservação de forma que a cultura e a economia O QUE FINANCIA: Apoiar organizações independentes local sejam levadas em consideração. ENDEREÇO WEB: http://www.fws.gov/international/ que atuam com a conservação da vida selvagem. ENDEREÇO WEB: http://wildnet.org/become-partner grants-and-reporting/how-to-apply.html VALOR: Mínimo de US$ 20.000,00 VALOR: Não define o valor máximo e mínimo. PERIODO FREQUENTE: Janeiro PERIODO FREQUENTE: Abril

grantsforresearchers.html

VALOR: Até US$ 10.000,00 PERIODO FREQUENTE: Janeiro e Setembro

endangered species

da vida selvagem, pesquisas e educação

secure/Conservation-Award/

O QUE FINANCIA: Premiar com 10 mil dólares por

ENDEREÇO WEB: http://www.swbg-conservationfund. VALOR: De £500 a £2 mil PERIODO FREQUENTE: Setembro org/grantPolicies.htm VALOR: De US$ 5.000,00 a US$ 25.000,00 PERIODO FREQUENTE: Janeiro QUEM FINANCIA: Fondation Ensemble O QUE FINANCIA: Projetos que buscam promover um QUEM FINANCIA: JWH Initiative to Promote desenvolvimento humano sustentável e proteção ao

endangered species

O QUE FINANCIA: Oferecer uma série de pequenas doações para projetos de conservação e pesquisa de

ano aos projetos de conservação de jaguar.

curto prazo.

ENDEREÇO WEB: http://www.zoo.org/page.

ENDEREÇO WEB: http://www.ptes.org/index.

aspx?pid=1754#.Uq9KS_RDu6N

php?cat=2

VALOR: Até US$ 10.000,00 PERIODO FREQUENTE: Janeiro

meio ambiente.

ENDEREÇO WEB: http://www.fondationensemble.org VALOR: De £3.000,00 a £15.000,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro

QUEM FINANCIA: FAPESP (Fundação de Amparo à

O QUE FINANCIA: Projetos que buscam promover um

Pesquisa do Estado de São Paulo) e Grupo Boticário

desenvolvimento humano sustentável e proteção ao

Biology Fund

O QUE FINANCIA: Monitorar habitats e espécies

meio ambiente.

O QUE FINANCIA: Apoiar estudos de campo e outros

do Lagamar, incluindo ambientes continentais e

projetos que demonstrem uma abordagem multi-

marinhos, considerando variáveis climáticas ou

disciplinar para a biodiversidade e ecossistema

pesquisas que visem estudar os cenários climáticos

ENDEREÇO WEB: http://www.fondationensemble.org VALOR: De € 3.000,00 a € 15.000,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro

conservação.

futuros e seus impactos sobre a biota.

ENDEREÇO WEB: https://rwpzoo.org/142/sophie-

ENDEREÇO WEB: http://www.fapesp.br/8395 VALOR: Não define PERIODO FREQUENTE: Abril

na carreira como um biólogo de conservação.

Leadership of Young Environmentalists

QUEM FINANCIA: Sophie Danforth Conservation

application-process

QUEM FINANCIA: Durrell Conservation Award O QUE FINANCIA: Apoiar o indivíduo a se desenvolver ENDEREÇO WEB: http://www.durrell.org/network/

QUEM FINANCIA: Woodland Park Zoo

danforth-conservation-biology-fund-grant-

VALOR: US$ 1.500,00 PERIODO FREQUENTE: Março

QUEM FINANCIA: SeaWorld and Busch Gardens O QUE FINANCIA: Projetos que visam a conservação

QUEM FINANCIA: People Trust for

VALOR: De £ 2.000,00 a £ 8.000,00 PERIODO FREQUENTE: Fevereiro

QUEM FINANCIA: Fundo Japonês para o

VALOR: Até US$ 1.000,00 PERIODO FREQUENTE: Junho e Setembro

55

ipê • FINANCIADORES

ipê • multiplicando saberes

56


QUEM FINANCIA: Oklahoma City Zoo & Botanical

QUEM FINANCIA: Whitley Fund for Nature

Garden - Conservation Grants 2013

(award/continuation)

O QUE FINANCIA: Pequenas bolsas de educação para O QUE FINANCIA: Projetos focados em vida selvagem a conservação, pesquisa científica e preservação das

e conservação da natureza

espécies

ENDEREÇO WEB: http://whitleyaward.org/apply-for-

ENDEREÇO WEB: http://www.okczoo.com/

conservation-funding/how-to-apply/

conservation/can-grant-program/

VALOR: Até £35.000,00 PERIODO FREQUENTE: Abril e Outubro

VALOR: US$ 2.500,00 PERIODO FREQUENTE: Outubro

QUEM FINANCIA: National Geographic QUEM FINANCIA: Pittsburgh Zoo & PPG Aquarium O QUE FINANCIA: Estudos de campo e abordagens

Conservation Trust Grant

interdisciplinares para a conservação

significativamente para a preservação e o uso

ENDEREÇO WEB: http://pittsburghzoo.org/

sustentável dos recursos biológicos, culturais e

O QUE FINANCIA: Projetos que contribuem

Conservation/PPGConservationFund

históricos da Terra.

VALOR: US$ 1.000,00 a US$ 3.000,00 PERIODO FREQUENTE: Outubro

ENDEREÇO WEB: http://www.nationalgeographic. com/explorers/grants-programs/conservationtrust-application/

VALOR: De US$ 15.000,00 a US$ 20.000,00 PERIODO FREQUENTE: Processo contínuo

57

ipê • FINANCIADORES


www.ipe.org.br


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