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Instituto Oncoguia DR. MARLUS VOLNEY DE MORAIS Gerente de Regulação da Assistência à Saúde
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Século XX O século em que nascemos, será lembrado por três grandes inovações: 1. Meios sem precedentes de salvar, prolongar e intensificar a vida 2. Meios sem precedentes de destruir a vida, inclusive pondo a nossa civilização em perigo 3. Percepções sem precedentes da natureza de nós mesmos e do universo - Sagan, Carl (cientista e astrônomo, † 1996, vítima de mielodisplasia) Fonte: Sagan, C. Bilhões e bilhões – Reflexões sobre a vida e a morte na virada do milênio. São Paulo: Cia. das Letras, 2008)
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Cenário brasileiro atual REVOLUÇÃO DEMOGRÁFICA NATALIDADE mulher trabalha, anticoncepção LONGEVIDADE
CONSUMO
URBANIZAÇÃO (85% - SP=96%)
CONSUMO
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Cenário brasileiro atual REVOLUÇÃO ECONÔMICA • • • •
PETRÓLEO PRODUÇÃO DE GRÃOS AÇO CARNE
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Cenário brasileiro atual REVOLUÇÃO POLÍTICA REDEMOCRATIZAÇÃO
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Cenário brasileiro atual - saúde EVOLUÇÃO EPIDEMIOLÓGICA • MORTALIDADE POR DOENÇAS INFECTOCONTAGIOSAS • CRONIFICAÇÃO DE DOENÇAS COMO A AIDS • VELHAS ENFERMIDADES = Dengue, Cólera, Tuberculose • DCNT [Doenças Crônicas Não Transmissíveis] = envelhecimento, violência, estilo de vida, exposição ambiental
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Cenário brasileiro atual - saúde REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA RADIOGRAFIA > ULTRASSONOGRAFIA > TOMÓGRAFO > RESSONÂNCIA > PET SCAN Tecnologias [não substitutivas]
• ROBOTIZAÇÃO • ENGENHARIA GENÉTICA
• NANOTECNOLOGIA
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Desafios demográficos, epidemiológicos e sociais A saúde de cabelos brancos •
Rápido declínio da mortalidade
•
Aumento da esperança de vida ao nascer
•
A epidemiologia marcada pela terceira idade
•
Estilos de vida insalubres (falta de atividade física, dietas inadequadas)
•
Novos fatores de risco sociais e ambientais (desigualdade, violência, acidentes, poluição)
•
Transformação do bônus demográfico em ônus demográfico
•
Aumento da informalidade laboral
•
Aumento da dependência econômica Instituto Oncoguia 24 de maio de 2013 | Hotel Ambassador
Consequências institucionais
•
Custos crescentes da saúde curativa
•
Uso e abuso de tecnologia médica
•
Os limites da solidariedade intergeracional
•
Limitação da capacidade de pagamento das empresas e das famílias por saúde
•
Regulações públicas inadequadas
•
Pressões sobre o sistema público de saúde - Medici, André, Apresentação 20º Suespar, 2012
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Como o setor de saúde brasileiro se financia? O financiamento é predominantemente privado
R$ 261,4 bilhões / ano = 8,4% do PIB
Quem financia?
R$ 114 bilhões
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R$ 147,4 bilhões
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Financiamento pĂşblico e privado por mutualismo
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Cooperativismo* Cooperativismo é um movimento, filosofia de vida e modelo socioeconômico capaz de unir desenvolvimento econômico e bem-estar social. Suas referências fundamentais são: • Participação democrática • Solidariedade • Independência e autonomia *OCB - SESCOOP
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O que é diferencial em um plano de saúde idealizado e gerenciado por médicos? • CONHECER SAÚDE • TRAÇAR PLANOS DE CUIDADOS • MEDICINA BASEADA EM EVIDENCIAS
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ENTREGAS EM SAÚDE Sobrevida com qualidade
Manter habilidade para funções Permanência dos cuidados
Reduzir desconforto e complicações Promover recuperação sustentável Harvard business review, 2011
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As dimensões do câncer e as interfaces com os segmentos que atendem ao paciente ORGANIZAÇÃO PROFISSIONAL DE SAÚDE / PCTE/BENEF DE SAÚDE DIAGNÓSTICA E TERAPEUTICA BIOLÓGICA
DOENÇA GRAVE OPÇÕES DE E TRATAMENTO PROGRESSIVA CURA
OPÇÕES DE TRATAMENTO
OPERADORA
FORNECEDOR DE INSUMOS
OPÇÕES DE TRATAMENTO
PESQUISA
PESQUISA
DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS
EPIDEMIO LOGIA
BEM COMUM
ATENÇÃO À SAÚDE
ATENÇÃO À SAÚDE
SOCIAL
COMPROMETE FAMILIA
EPIDEMIO LOGIA
PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
MUTUALISMO
HUMANA
SOFRIMENTO
CUIDADO
CUIDADO
FUNÇÃO SOCIAL
ECONÔMICA
PERDA LABORAL
SERVIÇO
PRODUÇÃO
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GESTÃO / REGULAÇÃO
PRODUÇÃO E VENDA
MINISTÉRIO DA JUDICIÁRIO SAUDE / ANS
CONITEC
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Ações para aumentar a eficácia dos cuidados para o câncer para os segmentos envolvidos PACIENTE
BIOLÓGICA
SOCIAL
AUTO CUIDADO PREVENÇÃO
PROFISSIONAL ORGANIZAÇÃO DE SAÚDE DE SAÚDE
PESQUISA
PREVENÇÃO DE AGRAVOS
OPERADORA
FORNECEDOR DE INSUMOS
MINISTÉRIO DA SAÚDE / ANS
MEDICINA BASEADA EM EVIDENCIAS
PESQUISA
PESQUISA
PROGRAMAS COMPARTILHAR MINIMIZAÇÃO COMPARTILHAR DIAGNÓSTICO DE PROMOÇÃO CONHECIMENTO DE CUSTOS E CONHECIMENTO PRECOCE E PREVENÇÃO E EXPERIENCIA LUCROS DE AGRAVOS
HUMANA
REDUZIR SOFRIMENTO
EFICÁCIA E SEGURANÇA
CUIDADO HUMANIZADO
AGILIDADE
ECONÔMICA
MUTUALISMO
EFICÁCIA
CUSTO EFETIVIDADE
CUSTO EFETIVIDADE
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EFICÁCIA
JUDICIÁRIO
VISÃO COLETIVA MAIOR QUE A INDIVIDUAL
BEM COMUM
CUSTO CUSTO EFETIVIDADE EFETIVIDADE
EFICÁCIA
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TEMAS A DISCUTIR PARA BUSCAR CUSTO EFETIVIDADE (Causas de elevação desnecessária de custos assistenciais)
Prática assistencial acrítica em contraposição à boa prática médica; Abuso de tecnologia
Oferta e consumo de serviços desnecessários, especialmente exames complementares Judicialização da saúde Prevenção a traumas Prevenção a iatrogenia (prevenção quaternária) Instituto Oncoguia 24 de maio de 2013 | Hotel Ambassador
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Série histórica VCMH/IESS (Variação dos Custos médico assistenciais)
16,4 12,9
Data-base: Junho de 2012 | Edição: Fevereiro de 2013 Figura 1: Série Histórica VCMH/IESS. Nota: A variação do IPCA é calculado utilizando-se o índice médio de doze meses relativamente aos doze meses anteriores.
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VCMH (%)
VCMH por grupos de procedimentos
Figura 2: S茅rie hist贸rica do VCMH /IESS segundo grupos de procedimentos Instituto Oncoguia 24 de maio de 2013 | Hotel Ambassador
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Como adequar boas práticas em saúde com elevação de custos?
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REGULAÇÃO ATUAL NA SAÚDE SUPLEMENTAR [Focos de atenção da microregulação]
ANS
MÉDICO ASSISTENTE / PRESTADOR
CONTRATO Instituto Oncoguia 24 de maio de 2013 | Hotel Ambassador
BENEFICIÁRIO
OPERADORA
JUDICIÁRIO 22
REGULAÇÃO NA SAÚDE SUPLEMENTAR UMA SÓ PESSOA = PACIENTE E BENEFICIÁRIO PACIENTE (frente ao médico)
BENEFICIÁRIO (frente ao plano)
1. O médico assistente é o GESTOR CLÍNICO DO CASO
1. O GESTOR ADMINISTRATIVO DO CASO é um Médico regulador
2. ESCOLHA VOLUNTÁRIA (Referência)
2. ESCOLHA VOLUNTÁRIA OU POR ADESÃO (Empresa)
3. Relação pessoal (olho no olho)
3. Relação impessoal (contato por terceiros ou à distância) 4. Atenção médica está no coletivo
4. Atenção médica individual
SAÚDE COMO META Instituto Oncoguia 24 de maio de 2013 | Hotel Ambassador
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RECEITA X DESPESA ASSISTENCIAL (PER CAPITA)* *(Fontes: ANS / IBGE)
COMPROMETIMENTO RENDA E RESULTADOS - OPERADORAS E BENEFICIÁRIOS OPERADORAS (EM MILHOES REAIS) RECEITA 82.450,00 PERCENT DESP.ASSIST. 67.940,00 84,4% DESP. ADMINISTR 12.550,00 15,6%
BENEFICIÁRIOS RENDA MENSAL (S.M. IBGE) RECEITA PER CAPITA MENSAL COMPROMETIMENTO RENDA SOBRA POR BENEFICIÁRIO
TOTAL DESPESAS 80.490,00 SOBRAS 1.960,00
48.660.000 817,02 141,20 17,3% 3,36
2,4% 24
MEDICAÇÃO ORAL EM QUIMIOTERAPIA COTAÇÃO DE MEDICAMENTO ORAL Diferença percentual entre Diferença valor preço publicado e cotação
MEDICAMENTO
Preço CMED (ANVISA)
FEMARA
R$ 653,10
R$ 239,00
R$ 414,10
173%
ARIMIDEX
R$ 687,67
R$ 224,00
R$ 463,67
206%
TEMODAL 100MG
R$ 3.224,08
R$ 2.331,00
R$ 893,08
38%
XELODA
R$ 2.536,24
R$ 1.750,00
R$ 786,24
44%
ZYTIGA
R$ 10.797,61
R$ 8.096,00
R$ 2.701,61
33%
TARCEVA 100MG
R$ 6.752,97
R$ 5.290,00
R$ 1. 462,97
27%
TEMODAL 20MG
R$ 644,80
R$ 466,00
R$ 178,80
38%
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Valor Cotado
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Concluindo: • Somos favoráveis a incorporação da QT oral que seja efetiva e que agregue qualidade à assistência à saúde.
www.unimed.coop.br/parana
• Recomendamos e solicitamos: forte regulação na incorporação de novos medicamentos e propostas terapêuticas, tanto na comprovação da eficácia quanto na limitação dos custos de incorporação.
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Obrigado! Dr. Marlus Volney de Morais marlus@unimedpr.coop.br
www.unimed.coop.br/parana
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