Informe Abimde Setembro 2016

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INFORME Setembro, 2016 - Edição 10

Revista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

Parceria Dualidade SOBERANIA Globalização TECNOLOGIA Inovação Segurança DEFESA

TRAJETÓRIA

VERDE AMARELAS

TÚNEL DO TEMPO

Brasil avança no Programa Nuclear com a Amazul

Ministro Raul Jungmann fala sobre projetos estratégicos e espaços para a BID

Agrale: mais de 50 anos de história no setor automotivo


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INFORME Ano 03 – Número 10

EXPEDIENTE CONSELHO DIRETOR DA ABIMDE Presidente Carlos Frederico Q. de Aguiar 1o Vice-Presidente Antonio Marcos Moraes Barros

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ÍNDICE 04 | EDITORIAL Parceria e prontidão. Indústria Nacional lado a lado com as forças de segurança

24 | POLO DE DEFESA Santa Maria se consolida na produção de soluções inovadoras em defesa e segurança

05 | MERCADO Rockwell Collins do Brasil expande seu Centro de Serviços

26 | TRAJETÓRIA Amazul alavanca projetos de programa nuclear

Vice-Presidentes Francisco Antonio de Magalhães Laranjeira André Amaro da Silveira Celso José Tiago Sérgio Dias da Costa Aita

06 | VERDE AMARELAS Ministro da Defesa, Raul Jungmann, fala sobre como apoiar a BID

Diretores Wilson José Romão Tarcísio Takashi Muta Wagner Campos do Amaral Silva Astor Vasquez Lopes Júnior Leonardo Mendes Nogueira

08 | POR DENTRO DA ABIMDE Parceria estratégica com o Governo

Vice-presidente Executivo Carlos Afonso Pierantoni Gambôa Diretora Administrativa Heloísa Helena dos Santos Diretor Técnico Armando Lemos Diretor de Projetos Paulo José de Albuquerque Campos CONSELHO EDITORIAL Jornalista Responsável e Diretora de Redação Valéria Rossi | MTB: 0280207 Editora Claudia Pereira | MTB: 29.849 Diretora de Arte Luciana Ferraz Repórter Especial Karen Gobbatto Editora de Fotografia Carla Dias Assistente Administrativa Cássia Ruivo INFORME ABIMDE é uma publicação da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) Avenida Paulista, 460, 17o andar, conjunto B, Bela Vista, CEP 01310-000 Tel./Fax: (11) 3170-1860 Escritório Brasília:(61) 8183-0034 | Lourenço Drummond Lemos Produção Editorial Rossi Comunicação Correspondência: Rua Carlos Sampaio, 157, Mezanino, Bela Vista, São Paulo, SP | CEP 01333-021 Tel.: (11) 3262-0884 informeabimde@rossicomunicacao.com.br Foto capa: Reprodução Gráfica: Duograf

09 | ALTA PERFORMANCE DuPont é referência em tecnologia para defesa 10 | RIO 2016 Indústria de Defesa Nacional participou da Olimpíada 14 | GESTÃO Fundação Ezute melhorando a produtividade e eficiência de organizações públicas 16 | NOTÍCIAS DO SETOR Euronaval 2016, Concurso de Engenharia de Defesa e Aniversário da ABIMDE 17 | FORÇAS ARMADAS Comandantes das Forças falam sobre as estratégias de apoio às empresas nacionais 20 | TECNOLOGIA NACIONAL Iacit lança RCIEDBLOCKER Sistema de contramedida eletrônica contra explosivos

28 | MUNIÇÕES Mercado nacional terá granadas de alta velocidade 30 | TÚNEL DO TEMPO Agrale, 54 anos de desenvolvimento no mercado automotivo 32 | PROJETOS ESTRATÉGICOS AEL Sistemas: um centro de excelência tecnológica de defesa no Brasil 34 | MAIS LEVE QUE O AR Airship no Brasil marca presença na Rio 2016 37 | CYBER Tecnologia de hardware e software como estratégia de defesa e segurança 38 | ATECH A casa de sistemas brasileira 43 | PARCERIA Parceria Abimde-Apex-Brasil. Projeção internacional 47 | ROTEIRO BID Saiba quais empresas estão participando da 4ª Mostra BID Brasil

INFORME Setembro, 2016 - Edição 10

23 | INDÚSTRIA NACIONAL Technicae apresenta soluções integradas para o setor de defesa

Revista Oficial da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

ParCEria DualiDaDE SobEraNia Globalização TECNoloGia iNovação SEGuraNça DEFESa

45 | CAPA Brasil chega à quarta edição da Mostra BID Brasil e reforça o potencial da indústria nacional de defesa

TRAJETÓRIA

VERDE AMARELAS

TÚNEL DO TEMPO

Brasil avança no Programa Nuclear com a Amazul

Ministro Raul Jungmann fala sobre projetos estratégicos e espaços para a BID

Agrale: mais de 50 anos de história no setor automotivo


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EDITORIAL

Parceria e Prontidão

indústria nacional lado a lado com as forças de segurança

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Divulgação

untamente com a melhor classificação do Brasil em uma Olimpíada no quadro de medalhas, o País faz um balanço extremamente positivo após sediar o maior evento esportivo mundial. Todos os setores da economia se beneficiaram com a realização dos Jogos Olímpicos Rio 2016. E não foi diferente para as áreas de defesa e segurança, que aproveitaram esse momento para apresentar ao mundo o que vem sendo desenvolvido localmente e o quanto a indústria nacional está alinhada com as melhores diretrizes e tecnologias mais avançadas internacionalmente. A Olimpíada teve um papel fundamental na exposição de nossas soluções, de nossas expertises e de nossa capacidade de resposta a situações potencialmente adversas. E, nesse sentido, temos que reverenciar a importante sinergia das forças policiais e das Forças Armadas, bem como dos entes governamentais envolvidos como prefeituras, Estados e ministérios, que souberam enfrentar todas as situações com agilidade e destreza. Nesse enfrentamento, o Brasil amadureceu em nível de governança e de planejamento e soube mostrar a força de suas instituições. Para isso, contou com o apoio do empresariado, que esteve atento às necessidades prementes e mostrou-se, mais uma vez, parceiro. A Base Industrial de Defesa (BID) atuou lado a lado com as forças de segurança para garantir o sucesso do evento ao suprir as necessidades de equipamentos, serviços e pessoal qualificado, além de atender as demandas com agilidade surpreendente. Isso só foi possível

CarlosYoussef Frederico Aguiar Sami Hassuani Presidente da ABIMDE Presidente da ABIMDE

porque sempre atuamos em conjunto com as forças de segurança do País, mantendo a indústria nacional a serviço da soberania. Esta Olimpíada reforçou ainda mais o papel de nossa indústria junto aos órgãos, no tocante à disponibilidade para se chegar às soluções necessárias com rapidez e agilidade. O sucesso da Olimpíada no Rio de Janeiro fortalece todo o setor, dando ainda mais credibilidade às nossas soluções e chancelando nosso papel em prol do crescimento do País. Após balanço tão positivo da Rio 2016, entramos na reta final da organização da 4ª Mostra BID Brasil, que ocorre de 27 a 29 de setembro, em Brasília (DF). A ABIMDE, que há 31 anos atua na consolidação das indústrias do setor, promove este importante evento que tem na diplomacia comercial militar o seu foco principal. A Mostra tem um caráter único ao promover o encontro entre a indústria nacional e os representantes governamentais nacionais e internacionais em todas as esferas – ministérios, polícias, adidos militares e chancelarias. O foco central é expandirmos nossa atuação internamente e levarmos as nossas soluções para o mercado externo. Esse contato direto é o primeiro passo para que a indústria amplie sua fatia no mercado global de defesa e segurança, e essa estratégia tem se mostrado muito exitosa à medida que consolida tal relacionamento direto entre indústria e mercado. A indústria nacional está preparada para ser competitiva e atender as demandas mundiais com soluções inovadoras. Mostramos isso durante a Olimpíada e convidamos todos a conhecerem mais sobre tal capacidade durante a 4ª Mostra BID Brasil. As Forças Armadas e as Forças Policiais poderão constatar o estado da arte das tecnologias, e, principalmente, a prontidão das empresas que operam no Brasil para o alcance das metas comuns aos empresários do setor e as forças da lei. As empresas estão prontas para garantir que as missões sejam executadas sem intercorrência e que a segurança almejada pela sociedade, e tutelada pelo Estado, seja alcançada por todos.


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MERCADO

Rockwell Collins do Brasil expande seu Centro de Serviços

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Outros projetos Além da ampliação do centro de serviços, a Rockwell Collins segue apoiando a Embraer no desenvolvimento do KC-390, seu mais importante projeto no Brasil. A plataforma do Pro Line Fusion é o que há de mais moderno hoje

na empresa, e representou a primeira aplicação da linha de aviônicos Pro Line Fusion em uma plataforma militar. O sistema aviônico tem apresentado um bom desempenho na campanha de ensaios, e tem sido muito elogiado pelos pilotos que tiveram a oportunidade de conhecer a aeronave. A empresa segue também fornecendo rádios V/UHF para a aviação do Exército, que permitem comunicação segura entre os helicópteros e as tropas em solo. Outro projeto de destaque é o fornecimento de sistemas inerciais de navegação para o novo helicóptero não tripulado da FT Sistemas, o FT-200FH. Outra área de interesse da empresa é em soluções para vigilância de fronteiras e projetos como o SISFRON (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) e SiSGAAz (Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul), onde a empresa possui soluções de comunicação de longa distância como o HF Cellular, que amplia a capacidade dos rádios HF existentes nas Forças Armadas, e também sensores para detecção passiva de ameaças. “Temos muito trabalho pela frente, seguimos firmes acreditando no Brasil. Vemos muito potencial de crescimento, e seguiremos trabalhando firme para apoiar os projetos das Forças Armadas e de nossos clientes das aviações comercial e executiva” conclui Macelo Vaz.

Divulgação

Rockwell Collins do Brasil prossegue com a ampliação de suas instalações no Brasil. No final de 2015, a empresa inaugurou seus novos escritórios em São José dos Campos e, agora, finaliza a renovação e a expansão do seu centro de serviços na mesma localidade. “Os nossos novos escritórios seguem um novo padrão mundial da Rockwell Collins de espaços abertos e colaborativos e, agora, nosso centro de serviços está renovado, utilizando o mesmo conceito que busca promover maior colaboração e trazer maior produtividade para nossas atividades. Buscamos, assim, servir melhor os nossos clientes locais”, comenta Marcelo Vaz, Diretor Presidente da Rockwell Collins do Brasil. Instalado em São José dos Campos desde a década de 1980, o centro provê serviços de reparo e manutenção para os clientes civis e militares no Brasil nas áreas de aviônicos, displays, equipamentos de comunicação, navegação e vigilância (CNS) e sistemas de cabine, incluindo suporte para a linha Pro Line Fusion, a mais moderna da empresa e que equipa as aeronaves KC-390 e Legacy 500, da Embraer. Segundo Marcelo, o centro de serviços é uma importante parte da operação da Rockwell Collins. “Consideramos a capacidade de apoio local aos nossos clientes um dos grandes diferenciais da Rockwell Collins no Brasil. Temos aqui técnicos altamente capacitados, bancadas de teste e componentes de reposição tanto para equipamentos legado quanto para os mais modernos da nossa linha de produtos, e certificações ANAC, FAA e EASA. Isso faz com que possamos prestar um serviço de qualidade, com custo competitivo e com muita rapidez, atendendo as demandas dos mais diversos clientes.” O centro de serviços possui, hoje, capacidade para suporte de mais de 500 itens, e a empresa tem buscado diversificar não apenas a base de clientes, mas também os serviços oferecidos, com programas de suporte completo para aeronaves executivas, e programas de reparo e disponibilidade de peças à base de troca.

Marcelo Vaz Diretor Presidente da Rockwell Collins do Brasil.


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VERDE AMARELAS

Ministro quer assegurar continuidade de projetos para preservar BID por Valéria Rossi

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ssumir a pasta de De- to difícil da economia do País, volvimento, será preciso volfesa num momento quais as perspectivas para o fu- tar os esforços para o mercado econômico tão difícil turo do setor? internacional. Para isso, o mipara o País não é ta- Ministro da Defesa Raul nistério da Defesa estuda uma refa fácil. Em meio à Jungmann - No atual momen- série de ações com o objetivo crise fiscal do governo, to, precisamos, em primeiro de ampliar os instrumentos volo setor vem sofrendo com su- lugar, assegurar a manutenção tados para o comércio internacessivos cortes de investimen- dos projetos prioritários, garan- cional, e também precisamos tos. Projetos estratégicos foram tindo recursos na lei orçamen- aumentar a efetividade da insuspensos. Para sobreviverem, tária para que esses projetos teligência comercial, com uma empresas enxugam seus qua- possam lograr êxito, com au- política de Estado capaz de imdros de funcionários formados, mento da capacidade produti- pulsionar as exportações brasiem sua maioria, por mão de va e operacional do Brasil. Em leiras e que venha possibilitar a obra altamente especializada. segundo lugar, precisamos fazer busca de novos parceiros, perNeste cenário obscuro, a Olimpí- um grande esforço para aumen- mitindo a entrada dos produtos ada surge como um alento e vira tar as exportações, buscando brasileiros em novos mercados. vitrine para mostrar ao mundo o espaços ainda não alcançados Estamos buscando mecanismos quão importante e capacitada é pelo Brasil no mercado interna- mais robustos de financiamento a indústria de defesa brasileira. cional, com inteligência comer- e de garantias, e estamos ana Com teclisando a legisnologia, equipalação tributária mentos e serpara reduzir as O Brasil sempre produziu produtos viços de ponta, distorções de de Defesa em estado da arte, que não deicarga tributáxam a desejar ria que existem com elevado grau de tecnologia. a qualquer país entre o bem do mundo, as doméstico e o empresas mostraram o quanto cial e com o desenvolvimento bem importado. Precisamos, ao contribuem para o desenvolvi- de mecanismos mais robus- menos, equilibrar o jogo entre mento, a segurança e a sobera- tos, capazes de ampliar as ex- as empresas nacionais e as emnia da nação. portações. presas estrangeiras. Diante desse turbilhão, o ministro da Defesa Raul Jung- IA – Como o MD pode contri- IA - As indústrias desse setor mann, que assumiu a pasta em buir nesse momento com as dependem quase que fundamaio deste ano, fala à revista empresas? mentalmente das vendas interINFORME ABIMDE sobre suas Raul Jungmann - Além de nas para as Forças Armadas, perspectivas para o futuro do assegurar o pleno seguimento como o MD pode contribuir para setor. Reconhece o momento dos projetos estratégicos, ga- que essa relação se mantenha e complicado, mas reafirma que rantindo os necessários recur- seja fortalecida? irá trabalhar para garantir a ma- sos orçamentários, temos pleno Raul Jungmann - As vendas nutenção dos projetos prioritá- conhecimento de que analisar para as Forças Armadas consrios, buscar novos espaços para o presente contexto somente tituem uma parte importante BID (Base Industrial de Defe- sob a ótica do orçamento não da receita do setor, mas essas sa), principalmente no merca- será suficiente para aumentar aquisições não são suficientes do externo, além de incentivar a capacidade de produção das para assegurar escala induso consumo interno pelas Forças empresas. Para que possamos trial capaz de sustentá-lo. NesArmadas. ter um desenvolvimento efeti- se sentido, é importante que os vo do setor, e para que de fato nossos esforços sejam direcioInforme Abimde – O senhor sejamos capazes de conferir o nados para o mercado externo. assumiu a Defesa num momen- necessário salto para o desen- Contudo, não podemos perder


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de vista que, para que tenhamos o desejado sucesso no mercado internacional, precisamos, da mesma forma, assegurar capacidade de consumo por parte das nossas Forças Armadas. Isto porque as aquisições das Forças Armadas funcionam como uma vitrine para o produto brasileiro. Neste mercado, a primeira pergunta que o comprador faz é se as nossas Forças utilizam o produto. Por melhor que seja o produto nacional, o mercado externo não irá adquirir os produtos brasileiros se as nossas próprias Forças não os utilizarem. Nesse sentido, é importante assegurar a continuidade dos projetos estratégicos para que o retorno alcançado possa dar origem a um novo ciclo sustentável.

oportunidades para que importantes parceiros comerciais busquem mais informações sobre a base industrial de defesa do Brasil e permitam a potencialização das nossas exportações, com a maior inserção dos nossos produtos nesses mercados globais. Precisamos ressaltar algo pouco conhecido da população, que é o fato de que grande parte dos equipamentos utilizados para garantir a segurança dos eventos foi produzida pela nossa Base Industrial de Defesa. Esse resultado mostra que o trabalho conjunto da indústria com o Governo alcança, de fato, os resultados esperados.

Felipe Barra/Ascom/MD

IA – Como o MD avalia a atuação da BID nos Jogos Olímpicos? Raul Jungmann - O Brasil sempre produziu produtos de Defesa em estado da arte, com elevado grau de tecnologia. Essa é uma realidade da indústria brasileira. O nosso maior desafio, não tem sido no desenvolvimento tecnológico, mas, sim, em manter essa elevada tecnologia em escala industrial. Para isso, o tamanho do mercado importa. Com efeito, esse desafio é sempre maior porque passa pela capacidade de obtenção das Forças Armadas, limitada pelas restrições fiscais, e pela possibilidade de exportar e de inserção nos mercados internacionais. Por isso, estamos nos valendo de importantes

esforços para dar o suporte necessário para que o setor supere esses desafios. Em relação aos Jogos Olímpicos, não temos dúvidas de que a indústria de defesa foi fundamental para reestabelecer a confiança do brasileiro na nossa capacidade de realizar grandes eventos. O sucesso dos Jogos Olímpicos nos orgulha muito e mostra a efetividade do trabalho conjunto das Forças Armadas, das forças de segurança, dos diversos órgãos de governo e do apoio efetivo da nossa indústria. Eventos como esse abrem uma janela de

Ministro da Defesa Raul Jungmann


POR DENTRO DA ABIMDE

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atual conjuntura econômica ampliou os desafios para o setor, e a ABIMDE reforçou, ainda mais, sua atuação com o objetivo de garantir condições mais igualitárias de negociação e de perenidade das políticas e dos projetos estratégicos do País. Nesses últimos meses, a ABIMDE vem trabalhando diretamente com a Secretaria de Produtos de Defesa (Seprod) na reformulação e atualização das políticas em prol do fortalecimento da Base Industrial de Defesa. Entre as políticas que estão sendo analisadas e revisadas pelo Ministério da Defesa (MD), estão: Política Nacional da Indústria de Defesa; Política Nacional de Exportação de Produtos de Defesa; Política de Compras e Contratações de Produtos de Defesa; e Política Nacional de Compensação Tecnológica, Industrial e Comercial. Nesse processo, vale destacar o esforço conjunto do MD, do Ministério das Relações Exteriores e da Apex-Brasil para a definição de políticas para ampliar as exportações, bem como a revisão da estrutura de designação de produtos de defesa. Em relação às exportações, há ainda as tratativas visando revogar a resolução 17 da CAMEX (Câmara de Comércio Exterior), que dispõe a respeito da sobretaxa na venda de armas e munições para países da América Latina. O objetivo é baratear as importações e facilitar as exportações. No último mês de agosto, foi lançado pelo MRE o programa EXPRODEF (Sistema de Exportação de Produtos de Defesa), que dará mais celeridade e transparência aos processos de exportação. Outra medida de apoio à BID tem sido o estudo para a entrada do setor na CAMEX, com a criação de um processo diferenciado para os produtos de defesa. Isso porque o setor não está sujeito às normas da OMC (Organização Mundial do Comércio) e, consequentemente, merece um tratamento diferenciado. No quesito financiamentos e garantias, as negociações ocorrem junto ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e a FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) para viabilizar linhas de crédito específicas para o setor. Como podem ver, as frentes de atuação são muitas e as listadas acima são apenas algumas delas que, certamente, renderão bons frutos no médio e longo prazos. Além de apontar os projetos nos quais a ABIMDE vem centrando esforços nesses últimos meses, a entidade reforça a importância da proximidade e da parceria com o Governo Federal por meio, principalmente, dos Ministérios da Defesa, Relações Exteriores, Justiça e Desenvolvimento Indústria Comércio e Serviços. Temos encontrado um ambiente promissor para a proposição de ideias que beneficiam o setor e reforçam nosso papel de parceiro do Governo. O caminho ainda é longo, mas as perspectivas estão mais positivas e vamos prosperar!

Carla Dias

Ambiente promissor e parceria estratégica com o Governo

Carlos Afonso Pierantoni Gambôa Vice-Presidente Executivo

ABIMDE

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ABIMDE

ALTA PERFORMANCE

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DuPont é referência em tecnologia para defesa e segurança

Inventora das marcas Kevlar® e Tensylon®, empresa atua em diferentes frentes de blindagem, desde capacetes até equipamentos resistentes a explosões

rovavelmente você já ouviu falar na marca DuPont. A empresa norte-americana atua em diversos segmentos e talvez você já tenha até utilizado alguns de seus produtos sem saber. A companhia está presente em setores como alimentos e bebidas, embalagem e impressão, mineração, passando por agrícultura, eletrônicos, entre outros. A organização também possui forte atuação na área de defesa e segurança com a chancela DuPont Protection Solutions. Dois de seus maiores produtos neste segmento são a fibra aramida DuPont™ Kevlar® e DuPont™ Tensylon®, material de polietileno de alta performance e ultra-alto peso molecular (UHMWPE). A fibra Kevlar® é usada na fabricação de diversos artigos de vestuário, acessórios e equipamentos seguros e resistentes a cortes, explosões e projéteis de armas de fogo. Inventada pela DuPont há mais de 50 anos, é leve, durável, muito forte e conhecida por seu uso em coletes resistentes a balas e armas perfurantes. Também é utilizada em capacetes balísticos, escudos, veículos (reforço da carroceria para ameaças balísticas - viaturas militares em terra, ar e mar). Tem utilização desde jipes até tanques de guerra, incluindo blindagem de veículo civil. O DuPont Tensylon® também oferece soluções para uso em aplicações de blindagem marítima, aeroespacial e arquitetônica. O produto apresenta benefícios em aplicações de sobrevivência e, diferentemente da maioria dos

por Claudia Pereira

materiais de polietileno gel-fiado, tem menor variação de performance em aplicações de alta e de baixa pressão, apresentando mínima ou nenhuma alteração da performance balística em temperaturas extremas. Segundo Marcelo Fonseca, Líder estratégico de negócios para proteção balística da DuPont na América Latina, a empresa está positiva em relação ao segmento em que atua. Dos quatro laboratórios de pesquisa que a companhia possui no mundo, um deles está localizado em Paulínia (SP). “O Brasil é um importante mercado para nós. Estamos lançando produtos e temos a expectativa de crescer acima da inflação em dois dígitos, anualmente. Em termos de América Latina, temos países com crescimento interessante e também esperamos crescer acima da inflação nessas localidades”, comenta o executivo. Além de Brasil, a DuPont mantém escritórios físicos na Argentina, Colômbia, México, Chile e Peru. Uma das empresas participantes da 4ª Mostra BID Brasil, a empresa levará para o evento um mostruário com alguns de seus materiais que já foram transformados em coletes, capacetes e blindagem rígida. “Na BID Brasil estaremos com um estande mostrando nossas soluções de proteção balística para colete flexível, para blindagem rígida, amostra de produto que protege veículos contra fuzis, entre outros. A DuPont não fabrica coletes, blindagem, capacetes, entre outros, mas possui a matéria-prima, o know-how”, finaliza Fonseca.

Divulgação


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RIO 2016

Indústria de defesa nacional é destaque na Olimpíada

Fotos: Acervo Fundação Ezute/FT Sistemas

por Karen Gobbatto


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s indústrias nacionais que atuam no setor de defesa e segurança se destacaram na Olimpíada no Rio de Janeiro, oferecendo soluções tecnológicas de ponta para as Forças Armadas. Além de conquistar importantes contratos, o evento esportivo contribuiu com a indústria nacional ao promover a exposição internacional das soluções empregadas na segurança dos Jogos Olímpicos. “Diretamente, tivemos a conquista de importantes contratos para o fornecimento de equipamentos, mas a Olimpíada no Rio de Janeiro foi uma importante vitrine para a indústria nacional, pois mostramos como o País está preparado para oferecer produtos e serviços de qualidade”, destaca o presidente da ABIMDE, Carlos Frederico Queiroz de Aguiar. Esse resultado é fruto de investimentos em pesquisa e desenvolvimento, impactando na produção de soluções inovadoras, algumas delas inéditas no País, além de sistemas de gerenciamento de tráfego aéreo, VANTs (veículos aéreos não tripulados), sistemas de monitoramento e vigilância, armamento não letal e muito mais. Os turistas, atletas e delegações utilizaram dessa estrutura de segurança já na chegada ao País, nos aeroportos. Os Centros de Controle de Área (ACC) e os Centros de Controle de Aproximação (APP) contam com o SAGITARIO (Sistema de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional). Desenvolvido pela Atech, empresa do Grupo Embraer, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), o SAGITARIO é uma nova solução na comunicação, navegação e vigilância para o comando e o controle do espaço aéreo brasileiro. Disponibiliza um conjunto de ferramentas operacionais de apoio à tomada de decisão mais objetiva e ágil, seguindo as melhores práticas e recomendações no mercado internacional, dentre elas os sistemas especificados pela Eurocontrol (Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea). Outro aliado no espaço aéreo brasileiro, também desenvolvido pela Atech, é o Sigma (Sistema Integrado de Gestão de Movimentos Aéreos), solução desenvolvida para maximizar a eficiência do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. O sistema já está em operação no País e contribui para reduzir os atrasos, principalmente em momentos como os dos Jogos Olímpicos, quando os aeroportos recebem um volume maior de usuários. O sistema possibilita atuar estrategicamente na fase de planejamento dos voos regulares e taticamente durante a operação diária no gerenciamento de tráfego aéreo, minimizando impactos decorrentes do eventual desequilíbrio entre capacidade e demanda, a fim de garantir a segurança das operações, a regularidade e a pontualidade dos voos. Monitoramento Para garantir a segurança do público, as forças de segurança apostaram em diversas tecnologias para o monitoramento e vigilância das instalações olímpicas e regiões próximas, com o uso de equipamentos e sistemas desenvolvidos por empresas nacionais. Um dos suportes para tal monitoramento foi com os helicópteros Esquilo, da Helibras, que estão sendo usados nas operações de segurança pública, além dos novos EC145 adquiridos pelo Estado do Rio de Janeiro para uso da Polícia Militar. As Forças Armadas utilizaram os VANT’s (Veículos Aéreos Não Tripulados), fornecidos pela empresa nacional FT Sistemas, pioneira no segmento. O VANT FT100 pode ser empregado em missões de vigilância, monitoramento, detecção de alvos e levantamento de informações, bem como para ações especiais que demandem grande mobilidade e agilidade. Os VANTs contam com sistemas de monitoramento embarcados, transmitindo imagens em tempo real - tecnologia essencial no apoio à segurança dos Jogos. Além disso, a Altave forneceu quatro balões com 13 câmeras embarcadas. Os equipamentos ficaram a 200 metros de altura, monitorando a área ao redor das instalações onde ocorreram as competições olímpicas.


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VANT FT100, da FT Sistemas

As imagens produzidas pelas câmeras instaladas nos balões foram enviadas, em tempo real, para o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CNDEN). No mercado brasileiro, a Altave é a única empresa que produz balões para múltiplas aplicações, em especial telecomunicação e monitoramento urbano. Já a SAVIS-BRADAR, empresa do Grupo Embraer, esteve presente com o radar SABER M60, desenvolvido em parceria com o Centro de Tecnologia do Exército (CTEx). O radar de vigilância aérea auxiliou na proteção de instalações governamentais e esportivas. Além disso, a SAVIS-BRADAR, em parceria com a Trópico e a Harris, apoiou a implantação de uma rede de banda larga móvel 4G/LTE para uso exclusivo do Exército Brasileiro, na capital federal, cobrindo as regiões do Estádio Mané Garrincha e dos hotéis onde os atletas ficaram hospedados. Tal sistema permitiu acesso a serviços de voz e dados georreferenciados, consciência situacional e videomonitoramento, visando a segurança do evento. Bloqueio de ameaças Para evitar a aproximação de VANTs não autorizados nas instalações esportivas, as Forças Armadas empregaram uma tecnologia inovadora, recentemente lançada no Brasil – sistema de contramedida eletrônica (JAMMER) SCE0100, da empresa nacional IACIT. O JAMMER bloqueia o sinal de drones, celulares, rádios e outros sinais de radiofrequência. Com aplicação dual, o SCE0100 pode ser usado em diversas situações e devido à expansão do uso de drones, o equipamento da IACIT surge para suprir um mercado vulnerável pela ação de bandidos, espiões e até mesmo terroristas. Outra empresa que contribuiu para evitar as ameaças foi a BCA, fornecendo componentes de proteção balística e placas de proteção pessoal dos militares brasileiros da Força Tarefa, que estavam nas Vilas Olímpicas. As placas balísticas são peças rígidas em formato anatômico, utilizadas para garantir a integridade dos órgãos vitais do tronco dos usuários contra armas de fogo, inclusive de fuzis. Em alguns países, suas forças de segurança e defesa chegam a utilizar essas placas em cerâmica ou aço, mas o peso e o calor prejudicam a operação ao afetar o desempenho e o bem-estar dos

soldados em missões táticas. A BCA compreende a necessidade de conforto, segurança e mobilidade, por isso utiliza alta tecnologia para desenvolver suas placas que se diferenciam por garantir o nível de proteção necessário com um peso muito inferior, além de permitir o formato anatômico. Contra possíveis ameaças cibernéticas, o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI), ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações, e a Kryptus S/A (ambos em Campinas/SP), em conjunto com a Israel Aerospace Industries (IAI) e a LeadSpotting (ambas em Israel) implementaram uma solução cibernética de coleta de informações de inteligência para uso nos Jogos Olímpicos Rio 2016. A solução Cyber Threat Intelligence foi utilizada no evento para melhorar a identificação no ambiente cibernético de ameaças aos jogos olímpicos, de forma a ajudar os organizadores, forças da lei e unidades de inteligência a detectar e mitigar ataques cibernéticos e a evolução de manifestações não pacíficas. A solução combina tecnologias de ponta israelenses e brasileiras para a coleta de informação via Web e o know-how de inteligência, com o profundo entendimento de operações no domínio cibernético. Gestão pública Com a definição da cidade-sede, toda uma estrutura passou a ser preparada para os Jogos Olímpicos. Uma das primeiras empresas nacionais a se envolver nos preparativos foi a Fundação Ezute, que tem atuado em parceria com o Ministério dos Esportes desde 2012 para garantir mais eficiência, transparência e a correta aplicação dos recursos federais destinados para as instalações esportivas e não esportivas dos Jogos Olímpicos Rio 2016, sobretudo as situadas nos complexos da Barra e de Deodoro. O apoio da Fundação Ezute garantiu a conformidade com orçamento, prazos, requisitos olímpicos e parâmetros legais. Para isso, foram analisados mais de 10.000 requisitos olímpicos e monitorados processos em 35 instalações. A Ezute contribuiu para viabilizar a criação de estruturas de gestão na SNEAR (Secretaria Nacional de Esporte de Alto Rendimento/ Ministério do Esporte) com vistas à execução e entrega de todas as ações de responsabilidade do governo federal para a realização dos Jogos. Para isso, foram aplicadas várias disciplinas e conceitos de gestão ao longo do projeto. Além disso, a Fundação Ezute também adaptou e customizou uma Plataforma de Gestão Integrada e criou o Guia de Monitoramento de Projetos e Obras. Outras empresas associadas que participaram dos Jogos Olímpicos Rio 2016 foram: Aeromot; Avibras, CBC, CEPPE; Condor; Taurus; Glágio do Brasil; IMBEL; Iveco; Maligan; Megatech; Motorola Solutions; Módulo Solutions for GRC; Poly Defensor; Powerpack; RJC; Truckvan; Ultramar; VMI; Amsterdam; DGS.


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Fundação Ezute

melhorando A produtividade e A eficiência DE organizações públicas

om 19 anos de atuação, a Fundação Ezute é uma organização privada sem fins lucrativos que busca transformar organizações públicas, melhorando a produtividade e a eficiência das instituições. Para isso, a Ezute aplica toda sua expertise no desenvolvimento de soluções de inteligência, sistemas analíticos e serviços intensivos em conhecimento. Os projetos desenvolvidos para o setor de defesa e segurança serão apresentados durante a 4ª Mostra BID Brasil. Buscando ser reconhecida como a instituição transformadora e parceira das organizações públicas no Brasil, a Fundação Ezute se respalda em seu extenso histórico na formulação e implantação de projetos estratégicos no setor de defesa e segurança. Dentre os projetos já desenvolvidos pela Ezute para atender à defesa vale destacar: o Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM); a concepção do Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz); a gestão complementar e engenharia de sistemas do projeto de míssil antinavio (MAN-SUP); e o programa de absorção de conhecimento e tecnologia do sistema de combate de submarinos do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), todos projetos complexos da Marinha do Brasil. A organização também foi responsável por antecipar os primeiros passos do sistema que deu origem ao Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron). Para o setor de Segurança Pública, a Ezute já desenvolveu soluções como o INFOPOL, sistema de análise criminal para as Secretarias de Segurança Pública de Pernambuco, Acre, Ceará, Amazonas e Mato Grosso, além de ter apoiado a Polícia Militar de São Paulo na modernização da radiocomunicação digital. Para a Polícia Federal desenvolveu o SIPROQUIM, um sistema de controle de movimentação de produtos químicos usados na elaboração ilícita de drogas. Desde sua fundação, a Ezute trabalha em parceria com seus clientes e adota o conceito de systems engineering, visão sistêmica e abordagem multidisciplinar em todas as etapas do processo de desenvolvimento de um projeto. Com esse objetivo, a Fundação Ezute atua em cinco áreas: Engenharia de Sistemas, na concepção de sistemas complexos, empregando tecnologia para solucionar problemas e desafios; Engenha-

ria de Processos, tirando melhor proveito dos recursos tecnológicos e das competências humanas; Gestão de Projetos Complexos, para auxiliar na busca pelo alto desempenho, por meio da operação complementar em atividades específicas, disponibilizando sistemas analíticos que fornecem indicadores para dar suporte à tomada de decisão; Desenvolvimento de Conhecimento, para sustentar os ganhos de longo prazo, oferecendo treinamentos e investindo em pesquisa e desenvolvimento com experiência na transferência e absorção de conhecimento por meio de contratos de offset; Formulação e Planejamento, para ajudar na definição do caminho estratégico do cliente com o objetivo de orientar os investimentos e esforços de transformação e evolução a serem empreendidos. Nessa caminhada, a Fundação Ezute consolidou-se como uma organização integradora, com capacidade de desenvolver soluções inovadoras em diversos setores da área civil, tais como científica, engenharia, integração de sistemas, entre outras. Atua de maneira similar à da Mitre Corporation, dos Estados Unidos. A Mitre é uma organização privada norte-americana sem fins lucrativos que surgiu nos laboratórios do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachussets), durante a Segunda Guerra Mundial, com a encomenda de desenvolver o primeiro computador digital em grande escala para atender à demanda do governo norte-americano. Parceria do Governo Federal americano contribui, de forma decisiva, para o desenvolvimento dos Estados Unidos, atuando com desenvolvimento de engenharia de sistemas, processos e aquisição e no desenvolvimento de soluções para segurança cibernética, tecnologia móvel e softwares. No Brasil, a Fundação Ezute atua como parceira do governo nas áreas de defesa, segurança e inteligência, participando de projetos estratégicos para a soberania nacional. Isso lhe permite agregar valor nas ofertas de soluções para seus clientes, para que possam tomar as melhores decisões para desafios complexos de importância nacional e global. “O exemplo da Mitre Corporation mostra o quanto a Fundação Ezute está alinhada com as melhores diretrizes de desenvolvimento mundial e o quanto a integração entre os diversos atores nacionais pode contribuir para o crescimento sustentável de um país”, explica o diretor presidente da Fundação Ezute, Tarcísio Takashi Muta.


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Visite o estande da Ezute na BID Brasil e saiba mais sobre os sistemas, em especial:

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e coordenado pela Agência Espacial Brasileira (AEB).

SisGAAz – Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul Vai contribuir para a segurança e o controle da navegação marítima por meio de observação contínua, com o propósito de assegurar a presença do Estado no monitoramento, na proteção e na preservação dos recursos da costa marítima brasileira e hidrovias. A concepção de todos os sistemas e a integração aos demais órgãos formam uma rede de sensores terrestres e marítimos, centros de controle, monitoramento aéreo e ambiental, além de procedimentos de pronta resposta que permitem a vigilância e a proteção da riqueza marítima, incluindo o pré-sal.

SIVAM/SIPAM – Sistema de Vigilância e Proteção da Amazônia Empreendimento pioneiro em termos mundiais. Dotado de alta complexidade tecnológica e desafiador pelas suas dimensões geográficas, foi executado com visão de futuro para possibilitar o total controle sobre o patrimônio amazônico. Possibilitou a integração de ações para controlar e defender o território, o espaço aéreo e o meio ambiente, pela disponibilização de conhecimento e inteligência sobre a região, oferecendo bases relevantes para o suporte ao seu desenvolvimento sustentável. Também viabilizou as aeronaves de reconhecimento e alerta antecipado, um produto para exportação que permitiu à Força Aérea Brasileira modernizar seus planos e doutrinas operacionais e, ao Brasil, dispor de um instrumento estratégico em geopolítica.

MANSUP - Gerenciamento complementar e engenharia de sistemas do projeto de míssil antinavio Apoio à Marinha do Brasil na nacionalização do Míssil Antinavio de superfície, do qual participam várias empresas brasileiras da Base Industrial de Defesa. Envolveu o desenvolvimento de uma plataforma de gestão dedicada e a responsabilidade de apoiar o cliente na definição e implementação da metodologia para gerenciar o desenvolvimento do projeto e nas atividades de engenharia de sistemas correspondentes, passando pela consolidação e gestão dos requisitos técnicos do míssil, da interface entre todos os subsistemas e das atividades de validação dos componentes do projeto. Sistema Espacial Brasileiro Estudo de viabilidade e especificação do satélite geoestacionário brasileiro de comunicação, além do projeto para o desenvolvimento do sítio de lançamento do Cyclone 4. Participação no gerenciamento do projeto Plataforma Multimissão para Lançamento de Satélites, sob responsabilidade do

PROSUB – Programa de Desenvolvimento de Submarinos A Fundação Ezute atua no Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), da Marinha do Brasil, com foco na absorção de tecnologia, com objetivo de apoiar a Marinha na manutenção e evolução do sistema de combate dos submarinos. Segundo o acordo entre a Directions de Construction Navales et Services (DCNS) e a Marinha do Brasil, a DCNS é responsável por fornecer o Sistema de Combate para os quatro submarinos convencionais (propulsão diesel-elétrica) (SBR) e também para o primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear (SNBR). A Fundação Ezute foi selecionada para receber treinamento da DCNS referente ao Sistema de Combate dos submarinos convencionais do PROSUB e, atualmente, apoia a Marinha no projeto preliminar do Sistema de Combate do SNBR.

CONHECIMENTO BRASILEIRO

SN-BR

SN-BR

Reprodução

S-BR

PROPULSÃO NUCLEAR

S-BR PROPULSÃO ELETRO-DIESEL

GERENCIAMENTO DA SITUAÇÃO TÁTICA E CONTROLE DE ARMAMENTOS

SENSORES

COMUNICAÇÕES

NAVEGACÃO

CONSOLES

  

WWW.EZUTE.ORG.BR

MESA TÁTICA

TORPEDO

CONTRAMEDIDAS

MÍSSIL


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NOTÍCIAS DO SETOR

Empresas brasileiras na Euronaval 2016

Empresas brasileiras do setor de defesa e segurança participam da Euronaval 2016, que ocorre entre os dias 17 e 21 de outubro, em Paris, na França. Coordenado pela ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), com apoio da Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), o pavilhão brasileiro contará com a presença de 11 empresas associadas, que vão apresentar as novidades tecnológicas nacionais. Realizada a cada dois anos, a Euronaval é considerada um dos principais eventos mundiais para

o setor de defesa naval e de segurança marinha. As empresas brasileiras já confirmadas são: Altave; Ares; Atech; Atrasorb; DGS Defense; Emgepron; Fundação Ezute; Indios; Logsub Defense; Omnisys; RF COM. A Clarion Events também acompanhará a comitiva brasileira para divulgar a LAAD Security 2017. Quem for ao estande da ABIMDE poderá conhecer as soluções desenvolvidas pelas empresas nas áreas de monitoramento, sistemas de controle e combate, radares, sonares, embarcações e muito mais.

Concurso de Engenharia de Defesa e Segurança A Altave foi a empresa vencedora do Concurso de Engenharia de Defesa e Segurança, promovido pela ABIMDE, em parceria com a ANE (Academia Nacional de Engenharia). A entrega do prêmio será realizada durante a 4ª Mostra BID Brasil, que ocorre entre os dias 27 e 29 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). O concurso destaca e premia as melhores soluções de engenharia implantadas nas empresas e nas instituições associadas durante o ano de 2015. Os trabalhos foram avaliados nas categorias “Criatividade” e “Conteúdo Científico e Tecnológico”. Seis organizações se inscreveram para essa edição:

ALTAVE: Aeróstato de Monitoramento Persistente; BCA: ainel Balístico Autoadesivo “Neoplex Tape”; COLUMBUS: Substituição do motor da viatura Urutu; FIEMG: Desenvolvimento e qualificação de fornecedores: HELIBRAS: Sistema Aerotransportado para Operações de C2I; IACIT: Detecção de Anomalias Ionosféricas Nocivas ao GNSS.

ABIMDE comemora 31 anos Os 31 anos de fundação da ABIMDE foram comemorados no dia 02 de agosto, durante a reunião mensal de diretoria da entidade. Congregando as principais empresas de defesa e segurança do País, a Associação pauta suas ações com o objetivo de promover e defender os interesses do setor junto ao mercado e entidades. Uma história que começou em 1985, com a união de nove empresários em torno do ide-

al de lutar por políticas públicas e fiscais mais justas e que contribuíssem para o desenvolvimento do setor, hoje, se concretiza em uma das entidades mais fortes e representativas do País. Atualmente, são mais de 220 empresas associadas congregando toda a cadeia produtiva e sendo responsáveis pelo desenvolvimento tecnológico do Brasil como polo econômico e social, além de contribuírem com a soberania nacional.

Fotos: Divulgação


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FORÇAS ARMADAS

COMANDANTES FALAM SOBRE PARCERIA COM EMPRESAS BRASILEIRAS

A

indústria nacional de defesa tem nas Forças Armadas seus principais clientes. A chancela da Marinha, Aeronáutica e Exército é fundamental para que os produtos sejam creditados no mercado interno e externo. Mesmo diante do atual cenário de crise econômica, as Forças Armadas ressaltam o esforço para dar continuidade aos programas e aquisições de equipamentos e serviços da BID (Base Industrial de Defesa). Nessa edição, os comandantes da Marinha, Almirante de Esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira; do Exército, General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas; e da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato falaram à revista INFORME ABIMDE sobre a parceria com as empresas brasileiras e as perspectivas para o futuro.

FAB INFORME ABIMDE – Como o senhor avalia a participação da FAB no desenvolvimento e na manutenção da BID? Comandante da FAB, Tenente-Brigadeiro-do-Ar Nivaldo Luiz Rossato: A FAB tem o incentivo à Base Industrial de Defesa como prioridade há mais de 70 anos, praticamente desde o seu surgimento. Já em 1946, foi criada a Comissão de Organização do Centro Técnico de Aeronáutica, o embrião do que hoje é Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial. A primeira grande indústria do setor aeroespacial brasileiro, a Embraer, nasceu no âmbito da FAB e tem a sua história marcada por projetos de grande impacto para o desenvolvimento da tecnologia e da economia nacionais, como o C-95 Bandeirante, o AT-26 Xavante, o T-27 Tucano, o A-1 AMX, o A-29 Super Tucano e, agora, o KC-390 e o F-39 Gripen NG. São iniciativas que representaram não apenas uma evolução operacional para a FAB, mas também um engrandecimento do parque industrial brasileiro, com benefícios no mercado militar, bem como em aplicações civis.

Da redação

Além disso, a FAB ajudou no desenvolvimento de projetos de outras indústrias ligadas a setores como armamentos, equipamentos militares e até fardamentos. IA – O que a FAB pode fazer para apoiar a BID neste momento em que o País atravessa uma crise? Comandante da FAB: Hoje, apesar do complexo cenário econômico, a FAB mantém os contratos de aquisição dos jatos F-39 e KC-390, que envolvem diversas indústrias do parque aeroespacial brasileiro. Tais aeronaves são uma necessidade não apenas da Força Aérea, mas do País, com inúmeros ganhos. Além disso, iniciamos um amplo programa de reformulação de nossa estrutura organizacional, além de planejarmos modificações na política de recursos humanos. O objetivo é centralizar as nossas capacidades no cumprimento da atividade-fim, além de buscar dispor de uma dotação orçamentária suficiente para manter o fluxo financeiro necessário aos grandes projetos de reequipamento em curso. Há duas prioridades claras: o F-39 e o KC390. O primeiro está seguindo conforme o cronograma previsto e o segundo passa por ajustes no calendário, por conta de restrições financeiras. Os demais projetos estão em variadas fases de renegociação. Assim, a FAB está se adequando ao orçamento existente, tentando minimizar os impactos decorrentes.


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Exército INFORME ABIMDE - Como o senhor avalia a participação do Exército no desenvolvimento e manutenção da BID? General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante do Exército: O Exército Brasileiro (EB) tem dado prioridade na contribuição para o desenvolvimento e manutenção da BID, privilegiando-a para desenvolver e fornecer Sistemas e Materiais de Emprego Militar (SMEM), seja pelas ações de fomento do Sistema de Ciência, Tecnologia e Inovação (SCTIEx), seja pelas contratações decorrentes dos Projetos Estratégicos do Exército. Desta forma, demonstra confiança na base instalada e no capital intelectual nacional. O Planejamento Estratégico do Exército de médio e de longo prazo (2016 - 2035) traduz, efetivamente, o investimento da Força com o Plano de Articulação e Equipamento de Defesa (PAED). Insere o Exército na política de compras governamentais no setor de defesa, organizando a demanda, fomentando a cadeia produtiva de bens industriais e de serviços, beneficiando a BID. Ressalte-se que a tendência é aumentar essa participação, haja vista que a visão de futuro do Exército preconiza que o processo de trans-

formação, ora em execução, propiciará uma nova doutrina com o emprego de produtos de defesa tecnologicamente avançados, profissionais altamente capacitados e motivados para que o Exército enfrente, com os meios adequados, os desafios do século XXI, respaldando as decisões soberanas do Brasil no cenário internacional. Por fim, cabe salientar que, ao considerar os históricos orçamentários e de compras das Forças Armadas Brasileiras, bem como os consequentes ciclos de apogeu e declínio da BID no Brasil, torna-se necessário implementar soluções que blindem a BID em relação a essas sazonalidades. IA – Como o Exército pode apoiar a BID neste momento de restrições orçamentárias? Comandante do Exército: No cenário de restrição econômica, o principal apoio que o EB pode prestar à BID é manter um volume mínimo de encomendas que permitam a manutenção em operação das linhas de montagens dos produtos de interesse de defesa, inclusive com o apoio na divulgação desses SMEM/MEM no cenário internacional, complementando as encomendas à BID. O Exército tem trabalhado na capacitação dos adidos militares em assuntos comerciais relativos a SMEM nacionais para a divulgação no exterior. Dentre os projetos que melhor se enquadram nesse cenário podemos citar o Astros 2020 e o Guarani. É fundamental a assimilação do modelo denominado por Hélice Tríplice, concepção que promove uma franca aproximação e sinergia entre a universidade, a indústria e o Governo. A proximidade entre as duas primeiras permite que cresça exponencialmente o número das invenções científicas que são apresentados aos empresários da indústria, incorporando parte deles aos produtos e, com isso, possibilitando um maior número de inovações nacionais. O processo de transformação da Força, particularmente em relação ao SCTIEx, tem buscado reforçar ações de fomento que não demandem recursos imediatos como, por exemplo, a criação da Agência de Gestão e Inovação Tecnológica (AGITEC) e os trabalhos iniciais de implantação do Programa Polo de Ciência e Tecnologia do Exército em Guaratiba (PCTEG). Além disso, verifica-se que atrair investidores do setor privado para essa estrutura, passando de três pilares para quatro, é outro ponto muito forte. Esses investidores compõem fundos de investimentos. Isso traz muito mais que o necessário capital à empresa. Portanto, por meio desses vetores, pretende-se apoiar a BID, qualificando seus produtos e processos em um patamar significativamente superior ao atual.


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Marinha INFORME ABIMDE - Como o senhor avalia a participação da Marinha no desenvolvimento e na manutenção da BID? Comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Eduardo Barcellar Leal Ferreira: Para incentivar uma maior autonomia da BID e fomentar a inovação tecnológica e industrial, a Marinha priorizou diversos projetos estratégicos, que se encontram relacionados no Plano de Articulação e Equipamentos de Defesa e no Livro Branco de Defesa Nacional. No entanto, somente se recebermos recursos orçamentários contínuos, poderemos buscar, junto aos parceiros da indústria nacional, a concretização de tais projetos. Em consequência da crise econômica, foi necessário renegociar alguns contratos e readequar os cronogramas físico-financeiros. A Marinha não só depende da plena capacidade de operação da BID, como também vem contribuindo fortemente para seu desenvolvimento. Nossos Programas Estratégicos, principalmente o Programa Nuclear da Marinha e o Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB), que culminarão com a construção e

operação do submarino com propulsão nuclear, já produzem reflexos positivos para o setor e representam grandes perspectivas para desenvolvimento da BID. Além disso, há uma permanente demanda por equipamentos específicos para emprego militar, como sistemas de armas, mísseis, munições e sistemas de comando e controle. O setor de CT&I da Marinha procura estimular a pesquisa e o desenvolvimento de projetos de interesse da Força que possam se transformar em produtos da BID e que tragam também a inovação ao setor produtivo. IA –Como a Marinha pode apoiar a BID neste momento de restrições orçamentárias? Comandante da Marinha: Em decorrência da crise econômica, a Marinha vem buscando alternativas, em conjunto com instituições civis, que promovam a inovação, a pesquisa e a capacitação de pessoal. Essas parcerias estratégicas podem ser exemplificadas de diversas formas: - O Memorando de Entendimento assinado entre a Diretoria de Gestão de Programas Estratégicos da Marinha (DGePEM) e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI), cujo objetivo é ampliar e cooperar com a condução de projetos estratégicos e a criação de oportunidades de agregar novas tecnologias, além de fortalecer o conhecimento acadêmico sobre offset; - O estreitamento do relacionamento estratégico com as diversas associações e federações de indústria dos estados, tais como a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas (ABIMAQ), a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (FIRJAN). É necessário também apoiar ações de promoção comercial da BID junto ao mercado externo. A Força presta esse apoio por meio da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPRON), empresa pública vinculada ao Ministério da Defesa por intermédio da Marinha, que promove produtos e serviços da BID em feiras e exposições internacionais, propagandas e catálogos técnicos. A Marinha do Brasil procura obter materiais desenvolvidos pela BID a fim de empregá-los em diversas operações navais e, assim, colabora com sua aceitação no mercado internacional. Os grandes programas estão sendo reavaliados e existe um grande esforço no sentido de mitigar os impactos da crise sem interromper totalmente o andamento dos projetos. Também estão sendo avaliadas as prioridades operativas da Força, para que os recursos destinados à manutenção da capacidade operacional sejam bem empregados.


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TECNOLOGIA NACIONAL

IACIT lança RCIEDBlocker

sistema de contramedida eletrônica contra explosivos

Sistema será lançado durante a quarta edição da Mostra BID Brasil

A

de uma banda pré-definida, a fim de garantir a potência máxima em cada uma das frequências usadas. Com isso, é possível bloquear/interferir em diferentes meios de comunicação ao longo das faixas de frequência destes canais, cobrindo grande parte dos sistemas de comunicação como rádios, celulares, bluetooth, wireless, controles remotos, entre outros. “Essa solução foi desenvolvida pela IACIT com o objetivo de atender um mercado carente de soluções para se antecipar às ações de criminosos e, até mesmo, terroristas. Explosivos acionados remotamente são uma grande ameaça e o objetivo desta solução é combatê-la”, comenta o presidente da IACIT, Luiz Teixeira. Segundo ele, tal tecnologia pode ser empregada em diversos segmentos de defesa e de segurança pública e privada como proteção de comboio de soldados, policias e chefes de estados; operações táticas para bloqueio das comunicações em

Divulgação

guerra contra ações criminosas e ataques terroristas ganhou um novo aliado com o lançamento da IACIT. A empresa brasileira é a primeira a desenvolver um sistema que opera no bloqueio da comunicação de explosivos acionados remotamente por dispositivos eletrônicos. O novo equipamento – RCIEDBlocker, conta com tecnologia 100% nacional e lançamento oficial programado na 4ª Mostra BID Brasil. O novo equipamento integra uma família de sistemas de contramedida eletrônica, também conhecidos por JAMMER (leia mais abaixo). O primeiro “membro” dessa série apresentado ao mercado foi o bloqueador de drones, que operou nos Jogos Olímpicos Rio 2016. Seguindo a mesma linha de atuação, o RCIEDBlocker é composto por um equipamento SCE 0100-R embarcado em módulos robustos com alta flexibilidade de instalação, podendo ser utilizado em plataformas fixas ou móveis como viaturas, maletas e mochilas, conforme a versão de configuração de canais e de potências. Dessa forma, o RCIEDBlocker pode ser operado em qualquer local para o bloqueio de diferentes sinais de RF. O sistema da IACIT tem a capacidade de bloquear ou interferir nas comunicações de RCIED e sistemas de comunicação devido às várias configurações possíveis. Isso porque a ação do sistema é vinculada à potência e à faixa de frequência de operação, de acordo com a missão a ser realizada. Entre as características, o RCIEDBlocker pode operar, simultaneamente, em diversos canais independentes sem a necessidade de “saltar” entre bandas. Cada canal tem a habilidade de varrer rapidamente ao longo


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Família de bloqueadores Com mais de três décadas de atuação no mercado, a IACIT, certificada pelo Ministério da Defesa como EED (Empresa Estratégica de Defesa), é uma importante instituição de desenvolvimento para a conquista de autonomia tecnológica para o Brasil. A empresa é a pioneira no desenvolvimento de uma família completa de sistemas de contramedida eletrônica. Além do RCIEDBlocker, a IACIT conta com tecnologia para bloqueio de drones, celulares, rádios e outros sinais de radiofrequência. Os novos equipamentos SCE0100 somam-se às soluções integradas já existentes no portfólio da companhia, entre eles sistemas eletro-ópticos e de segurança eletrônica patrimonial, soluções de SW associados a Redes Neurais Artificiais (RNA) e LPR, processamento de imagens e de Comando Controle Inteligência (C2I), auxílios à radionavegação aérea, Radar Oceânico e Radar para Vigilância Marítima – OTH, e as soluções de Telemetria e Telecomando RCS-0400 e RCS-0500. “Nos preocupamos dia a dia em pesquisar e desenvolver produtos e serviços que agreguem valor ao Brasil. Nosso objetivo é sermos uma empresa parceira na busca e consolidação de um país mais soberano”, destaca o presidente da IACIT, Luiz Teixeira.

A sofisticada família de sistemas de contramedida eletrônica, batizada de SCE0100, pode ser operada em qualquer local para o bloqueio de diferentes sinais de RF, isso porque o sistema é embarcado em um gabinete robusto e portátil. A família SCE0100 possui as seguintes configurações: DroneBlocker: Aplicação contra Drones/SARP (micro e mini); ComBlocker: Aplicação contra comunicação Celular e Rádios; RCIEDBlocker: Aplicação contra dispositivos remotos de acionamento de explosivos; SafeRoom: Aplicação contra comunicação Celular indoor; e MobileBlocker: Aplicação contra Celular/ Rádio/ RCIED na configuração portátil. Com aplicação dual, o SCE0100 da IACIT pode ser usado em diversas situações como proteção de estabelecimentos governamentais e militares, refinarias de petróleo e gás, prisões e centros de detenção, grandes eventos, comboios, controle fronteiriço e criação de salas seguras, entre outras. “Os sistemas da IACIT surgem para suprir um mercado vulnerável pela ação de bandidos, espiões e, até mesmo, terroristas. Durante as demonstrações já realizadas, pudemos apresentar a versatilidade dos produtos, o que chamou muito a atenção dos possíveis clientes”, comenta Teixeira.

missões estratégicas e críticas; operações de resgate e salvamento em cenários de sequestros; operações de desarmamento de bombas; entre outras missões. “Com essa nova solução, mais uma vez a IACIT inova e oferece ao mercado um

produto nacional, customizado às necessidades da atualidade e com grande potencial para ser empregado para oferecer segurança e reduzir os riscos das missões”, conclui Teixeira.

EXPORTAÇÃO Ampliar a participação no mercado externo é uma das principais metas da IACIT para os próximos anos. E a família SCE0100 foi eleita pela empresa como carro-chefe para essa expansão. Até o momento, as negociações passam por, pelo menos, 10 países, compreendendo a América do Norte, América do Sul e Europa. Teixeira afirma que o objetivo é atuar em todos os continentes. Para isso, pretende firmar acordos de parcerias para promoção, distribuição e revenda da

solução. “Também estamos capacitando nossos parceiros para prestar suporte local de nossos produtos, a fim de entregar a melhor solução em todo o seu ciclo de vida”. Teixeira se diz muito otimista e garante que as perspectivas são boas. “Nosso JAMMER reúne as melhores funcionalidades e tem surpreendido pela eficácia. Devido a isso, já firmamos acordos para exportação para mais de dez países. E não pretendemos parar por aqui, temos metas de ampliar nossa atuação no mercado global”, destaca o executivo.


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INDÚSTRIA NACIONAL

Technicae apresenta soluções integradas para o setor de defesa Subsidiária da ST Kinetics atua na manutenção, revitalização, modernização e fabricação de viaturas e equipamentos civis e militares

Lançador de granadas STK 40 AGL Mk2: oferece grande potência de fogo contra inimigos e veículos blindados leves. Está preparado para disparar todas as munições 40mm com classificação tipo normalizada EEUU e Otan. Lançador de granada GL 40mm: dispara munições de baixa velocidade e de grande alcance. Pode ser acoplado a outro armamento ou utilizado independente. Morteiro SRAMS 120mm: amortecimento de recuo com menos de 26 tons, dispara até 10 tiros por minuto; sistema de controle de tiro autônomo; difusor de explosão que reduz o excesso de pressão em detonações. TERREX 2: tração 8X8, possui avançada mobilidade e proteção. O veículo é resistente em missões terrestres ou anfíbias.

Fotos: Divulgação

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echnicae é uma empresa multiplataforma. Subsidiária brasileira da STK (Singapore Technologies Kinetics), atua em diferentes frentes no desenvolvimento de soluções integradas ao mercado de defesa. A companhia oferece projetos de manutenção, revitalização, modernização e fabricação de viaturas e equipamentos civis e militares, além de fornecer suporte à cadeia logística de suprimentos e capacitação de pessoal por meio da expertise de seus profissionais. Apresenta destaque para os projetos de revitalização e modernização de viaturas militares. São incorporadas modernas tecnologias capazes de prover às viaturas, simultaneamente, potência, torque, economia de combustível e modernização dos processos da cadeia logística de manutenção e suprimentos, além de um significativo ganho de vida útil e sustentabilidade ambiental. Outra expertise da empresa é o desenvolvimento de postos operacionais que atendam a infraestrutura e adaptações específicas para emprego em ações de guerra eletrônica. O projeto consiste na implementação de equipamentos e sistemas a partir de uma plataforma veicular. Por ser uma subsidiária da STK, conta também com o benefício da transferência de tecnologia para o território nacional onde destacam-se produtos como:

Da redação

Veículo para comando e controle desenvolvido pela empresa

Modernização de viatura EE-11 Urutu

Revitalização de viatura EE-9 Cascavel


Fotos: Divulgação/APL

Brasília 1.984Km

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POLO DE DEFESA

Paraguai

Chile

Antofagasta 3.627Km

Rio de Janeiro 1.764Km São Paulo 1.407Km

Assunción 1.480Km

Santa Maria Santiago

Porto Aleggre 290Km

Argentina

2.102Km

Uruguai

Buenos Aires 1.250Km

Porto de Rio Grande 345Km

Montevidéo 850Km

Santa Maria se consolida na produção de soluções inovadoras em Defesa e Segurança

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por Giulia Pozzobon e Marielle Flôres, especial para a Informe Abimde

om uma vocação histórica no Setor de Defesa e a maior concentração militar do interior do Brasil, Santa Maria se consolida como uma referência no desenvolvimento articulado entre civis e militares, empresas e instituições, implementando o conceito da tríplice hélice. Com cerca de 300 mil habitantes, é o 5º mais populoso Município do Rio Grande do Sul, sede da 3ª Divisão de Exército e da Base Aérea de Santa Maria, abriga: 21 organizações militares do Exército Brasileiro, dentre elas o Centro de Instrução de Blindados e o Centro de Adestramento e Avaliação Sul, referências no emprego de simuladores para treinamento militar; 05 esquadrões da Força Aérea Brasileira, sendo o Esquadrão Hórus o único de Aeronaves Remotamente Pilotadas do Brasil; 01 Universidade Federal e 07 Instituições de Ensino Superior Privadas; o Centro Regional Sul de Pesquisas Espaciais do INPE; a Santa Maria Design House; 03 Incubadoras Tecnológicas; 01 Parque Tecnológico; e 03 Arranjos Produtivos Locais (APL).

O APL Polo de Defesa de Santa Maria reúne empresários do setor, representantes da Marinha, do Exército e da Força Aérea, de instituições de ensino e pesquisa, poder público e entidades estratégicas para desenvolver e produzir soluções inovadoras em Defesa e Segurança. Segundo o Gestor Executivo do APL, Diogo De Gregori, o objetivo do Polo de Defesa é justamente articular as relações entre militares, pesquisadores e empresários que têm potencial para inovar no setor. “Para que essa articulação efetivamente aconteça, o nosso foco como APL tem sido promover o acesso a diferentes mercados para as empresas que já produzem ou têm interesse em fazer parte do Setor de Defesa”, explicou De Gregori. AS EMPRESAS Atualmente, o APL Polo de Defesa congrega 19 empresas de Santa Maria, que atuam em sete principais segmentos do Setor de Defesa e Segurança como: Desenvolvimento de Sistemas; Desenvolvimento de Simuladores; Manutenção, Reparação, Adaptação e Modernização de Veículos


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para o Setor de Defesa e Segurança; Telecomunicações; Defesa Cibernética; Microcontroladores e Aeronaves Experimentais. Dentre as indústrias do Polo está a KMW do Brasil Sistemas de Defesa, que no início de 2016 inaugurou a sua unidade fabril no Município. Para essas organizações, fazer parte do cluster possibilita a consolidação de parcerias para o desenvolvimento de projetos, produtos e serviços especializados. Para o Diretor de Desenvolvimento da Redomus, Cristiano Silveira, a participação das empresas no Polo de Defesa as aproxima de clientes potenciais que têm o APL como uma referência de qualidade e de credibilidade. “Estar no APL facilita o relacionamento e dá suporte para participar de eventos importantes como feiras, onde podemos apresentar e demonstrar o que produzimos”, avalia o executivo. AS CONQUISTAS DO POLO DE DEFESA A atuação do Polo de Defesa como um APL tem gerado retorno para as empresas por facilitar e aproximar o contato com os tomadores de decisão das Forças de Defesa e Segurança. Algumas das empresas do APL já realizaram parcerias entre si e também com organizações militares. Para o Diretor Presidente da ADESM – Agência de Desenvolvimento de Santa Maria, Vilson Serro, a importância do APL para o desenvolvimento regional é inegável. “O Polo de Defesa tem se consolidado efetivamente como um vetor de competitividade e está estimulando o crescimento das empresas de Santa Maria”, comenta. Um dos objetivos do Polo também é incentivar e fomentar projetos de pesquisa e desenvolvimento. Em 2013, foi firmado um Memorando de Entendimento (MoU) entre o Departamento de Ciência e Tecnologia (DCT) do Exército Brasileiro e a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM),

General Juarez, Chefe do DCT, no Santa Maria Tecnoparque, em visita ao Polo de Defesa que já resultou em dois projetos. Recentemente, em julho de 2016, foi assinado um MoU entre o DCT e o Santa Maria Tecnoparque, cujo propósito é promover o intercâmbio de recursos técnicos e humanos para que as empresas associadas ao Parque Tecnológico possam atender às demandas de ciência, tecnologia e inovação do Exército Brasileiro. O Polo de Defesa de Santa Maria já coordenou a realização de duas edições do Seminário Internacional de Defesa (SEMINDE), em 2014 e em 2015. O Seminário, que passou a ser bianual, reúne lideranças do Setor de Defesa para discutir oportunidades de desenvolvimento. O APL tem participado também de eventos importantes do segmento como: LAAD Defence & Security, Conferência de Simulação e Tecnologia Militar e Mostra BID Brasil.

APL de Defesa realizou o I e o II Seminário Internacional de Defesa, em Santa Maria


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TRAJETÓRIA

Amazul alavanca projetos do programa nuclear

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Amazul - Amazônia Azul Tecnologias de Defesa S.A., que completou seu terceiro aniversário em agosto, está driblando as dificuldades decorrentes do momento e avança na execução de projetos voltados ao Programa Nuclear da Marinha (PNM), ao Programa Nuclear Brasileiro (PNB) e ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (ProSub). A empresa, vinculada ao Ministério da Defesa por meio do Comando da Marinha, tem como objetivo promover, desenvolver, transferir e manter tecnologias sensíveis às atividades destes programas estratégicos, além de fazer a gestão do conhecimento. A missão primordial da organização é desenvolver e aplicar tecnologias, além de gerenciar projetos e processos necessários ao desenvolvimento do submarino com propulsão nuclear (SN-BR) sob a coordenação da Marinha do Brasil. “A área de atuação da Amazul vai muito além, como evidencia a nossa participação no Reator Multipropósito Brasileiro, voltado para pesquisas e para a produção de radiofármacos”, afirma Ney Zanella dos Santos, diretor-presidente da empresa. “Vamos ter uma atuação destacada no projeto que está sendo desenvolvido sob a responsabilidade da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em cooperação com o Centro Tecnológico da Marinha em São Paulo (CTMSP)”, completa. Uma das razões da criação da Amazul foi conter a evasão de talentos por questões sala-

riais, que tanto prejudicou o PNM e o PNB. Em princípio, a nova companhia pública herdou cerca de 1.200 empregados da Empresa Gerencial de Projetos Navais (Emgepron). Esses profissionais já trabalham há anos, às vezes há décadas, no Programa Nuclear da Marinha, que vem sendo executado desde 1979, no CTMSP. “O primeiro passo da empresa foi a implantação de um Plano de Cargos, Remuneração e Carreira (PCRC), que equiparou a remuneração dos colaboradores aos valores praticados no mercado e, mais do que isso, criou um plano que permite o desenvolvimento da carreira do profissional”, destaca Zanella. Outra iniciativa relevante foi a realização de concursos públicos para contratar mão de obra para os projetos do PNB, PNM e ProSub. Segundo Zanella, a Amazul tem uma estrutura enxuta, com apenas 120 pessoas na gestão, e cerca de 1.600 empregados voltados para a atividade-fim da organização. Mas para atender aos projetos de grande complexidade tecnológica, o número de empregados deverá atingir 2.500 nos próximos cinco anos. “Sem dúvida alguma, só a construção do submarino com propulsão nuclear é o maior projeto estratégico em andamento no Brasil, tanto pelos valores envolvidos e pela complexidade tecnológica, quanto pelo arrasto para a base industrial de defesa que proporcionará.” A Amazul participa do Programa Nuclear da Marinha, que capacitou o Brasil no domínio do ciclo do combustível nuclear, e no desenvolvimento de uma planta nuclear de geração de energia elétrica, incluindo a construção de um submari-


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no nuclear. No CTMSP, os empregados da Amazul atuam em projetos como a construção do chamado Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene), um protótipo de reator construído em terra, cujo propósito é desenvolver a capacidade tecnológica nacional para reatores pequenos de até 100 MW. O Programa Nuclear da Marinha é a superação de um grande desafio tecnológico. E a Amazul é a maior parceira na gestão e otimização de talentos e na alavancagem dos potenciais do CTMSP”, salienta o contra-almirante Ferreira Marques, diretor da instituição. Atividades nucleares A empresa executa outros projetos para o ProSub, como o projeto conceitual e básico do Complexo Radiológico do Estaleiro e a Base Naval de Itaguaí, onde será construído o primeiro submarino com propulsão nuclear. Com a INB – Indústrias Nucleares Brasileiras, a Amazul assinou contrato que tem por objeto a elaboração dos projetos conceitual e básico da UTT - Unidade de Testes e Preparação de Equipamentos Críticos e de Treinamento, de sua fábrica de Combustível Nuclear, bem como a prestação de serviços de consultoria de engenharia para suporte técnico à implantação e licenciamento da UTT. No futuro, a Amazul poderá participar de outros empreendimentos na área nuclear como o Depósito Complementar de Armazenamento de Combustível Usado, a Central Nuclear Álvaro Alberto, o Repositório para Armazenamento de Rejeitos de Baixo e Médio Níveis de Radiação (RBMN), o Laboratório de Fusão Nuclear (LFNe), entre outros. Para cumprir estes objetivos, a empresa

pode atuar no desenvolvimento de novas tecnologias, comercialização de produtos, prestação de serviços técnicos, gerenciamento de projetos, implantação e gestão de empreendimentos e operação de instalações. Gestão do Conhecimento “A fixação do conhecimento é um desafio inerente à atividade das empresas de alta tecnologia, principalmente aquelas que, como a Amazul, lidam com tecnologia estratégica, que está em constante evolução e é dominada por poucos países no mundo”, observa o comandante da Marinha, Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacelar Leal Ferreira. Daí a importância da Amazul, cuja criação deve-se a uma decisão estratégica da Marinha de dar uma estrutura independente ao grupo dedicado aos programas da área nuclear, de forma a atender suas necessidades e garantir uma gestão mais específica de recursos humanos. A gestão de conhecimento é, portanto, outra atividade importante da Amazul, com o objetivo de implantar um modelo para reter na empresa o conhecimento das pessoas envolvidas no programa nuclear. Com isso, a companhia terá condições de entregar à Nação conhecimento, tecnologias e profissionais qualificados nas áreas nuclear e de desenvolvimento de submarinos. A estratégia de preservação do conhecimento da Amazul, segundo seu diretor-presidente, Ney Zanella, é baseada em três vertentes. “A primeira medida, voltada para a retenção dos talentos, foi a criação de um plano de cargos e salários. A segunda foi a captação de novos talentos, com a contratação de cerca de 600 novos profissionais nos últimos três anos. Completando, a empresa investe em treinamento, tanto de nível superior como de nível médio, por meio de convênios com instituições como a Universidade de São Paulo (USP) e o Senai, entre outros.


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MUNIÇÕES

Mercado nacional terá MUNIÇÕES CALIBRE 40X53MM DE ALTA VELOCIDADE PRODUZIDAS PELA CBC Lançamento do produto está previsto para início de 2017

Fotos: Divulgação

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ideia de armar um soldado de infantaria com armas mais capazes e versáteis não é nova. A granada de mão foi usada pela primeira vez no século VIII por soldados do Império Bizantino. Compostas por recipientes cerâmicos, recheados com uma mistura incendiária e um pequeno pavio, não tinham uma fração do poder de uma granada moderna. Ainda assim, as bombas bizantinas eram arremessadas manualmente e tinham como objetivo destruir alvos inimigos, tal como as granadas de mão modernas. Muito se mudou desde então. As granadas ganharam explosivos de alto desempenho, corpos de fragmentação projetados para maiores raios de letalidade e até explosivos insensíveis a disparos diretos sobre a arma. Foram criadas também granadas com outras aplicações como as de sinalização, iluminação, fulmígenas, incendiárias, menos letais, entre outras. A granada moderna se tornou uma arma extremamente versátil, embora ainda dependesse, fundamentalmente, de alguém para arremessá-la. Ao final da década de 1950, com as lições aprendidas pelos norte-americanos durante a Segunda Guerra e os primeiros confrontos durante a Guerra do Vietnã, ficou clara a necessidade de um lançador de granadas leve e de uso individual, especialmente desenvolvido para a infantaria e que pudesse preencher o gap operacional entre o alcance máximo de uma granada de mão e o mínimo de um morteiro. É nesse período que se dá o desenvolvimento das granadas de baixa velocidade 40x46mm e, na sequência, das granadas de alta velocidade, 40x53mm. O lançador de granadas de baixa velocidade M79 foi usado intensivamente na Guerra do Vietnã a partir de 1965, quando forças norte-americanas entraram formalmente em combate terrestre contra tropas vietnamitas. Com granadas calibre 40x46mm explosivas com efeito de fragmentação que garantiam um raio de letalidade de 5 metros e alcance de até 350 metros, o M79 proporcionou versatilidade de combate e poder de fogo nunca antes alcançado por pequenas unidades de infantaria. Rapidamente, em 1969, militares norte-americanos já haviam comprovado a eficácia das granadas 40mm e aplicado o conceito do M79 em um lançador de granadas mais leve e que pudesse ser montado nos fuzis M16A1. Surge, então, o M203. No mesmo período em que o exército norte-americano introduzia o M79 e as granadas de baixa velocidade, em 1962, a marinha norte-americana incorporava o primeiro lançador automático de granadas, o Mk18 Mod. 0. A cadência de tiro era tão alta quanto o operador pudesse girar a manivela, e a munição ainda era de baixa velocidade, 40x46mm. Entre 1965 e 1968, mais de 1.200 unidades do Mk18 Mod. 0 foram produzidas e embarcadas em navios de


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patrulha ribeirinha utilizados no Vietnã. O Mk18, ainda que de design rudimentar, representou o primeiro passo em direção ao que viria a culminar no lançador Mk19 e outros modernos lançadores automáticos de granadas, bem como as granadas de alta velocidade calibre 40x53mm, com alcance máximo de 2.200 metros, comparados aos 400 metros da versão de baixa velocidade 40x46mm. No início da década de 1960, o exército americano também trabalhava no desenvolvimento das granadas de alta velocidade 40x53mm para aplicação em aeronaves, em função do seu maior alcance comparada às de baixa velocidade. O primeiro lançador surgiu em 1961, o M75, e logo foi substituído por uma versão melhorada, o M129, em 1966. Com cadência de até 400 tiros por minuto, o M129 foi utilizado em diversos helicópteros durante a Guerra do Vietnã, notadamente nos modelos UH-1 Huey e AH-1 Cobra. Mais de 1.600 unidades do M129 foram fabricadas. Procurando por um lançador automático de granadas que pudesse operar sem uma fonte de energia externa, ao contrário dos M75 e M129, e que se aproveitasse do maior alcance das granadas de alta velocidade, a marinha norte americana iniciou, em 1966, o desenvolvimento de um

novo lançador automático. Após sucessivas modificações e melhorias de design e segurança, em 1981 o lançador automático de granadas de alta velocidade Mk19 Mod3 foi lançado. Hoje, estima-se que mais de 50 mil Mk19 Mod3 estão em emprego nas forças armadas americanas e muitos outros milhares de unidades em outras forças por todo o mundo. O Mk19 e demais lançadores de granadas de alta velocidade modernos podem disparar uma grande variedade de granadas a distâncias de até 2200 metros e cadência de tiro de 350 a 450 disparos por minuto. Dada a versatilidade de emprego, mobilidade, poder de fogo superior e baixo custo do armamento, comparado a canhões de médios calibres, o mercado de armas e munições no calibre 40x53mm tem crescido ano após ano. Mesmo no presente cenário de cortes de orçamento governamentais para o setor de defesa, especialmente na América do Norte e Europa, o 40x53mm continua a ser adotado por diferentes forças armadas ao redor do mundo. Seu desempenho nos combates recentes nas guerras do Iraque e Afeganistão provaram que as granadas 40mm são eficientes e atendem aos requisitos dos combates modernos.

Projeto 40x53mm CBC

A Companhia Brasileira de Cartuchos, Empresa Estratégica de Defesa (EED), em seu compromisso constante de contribuir com as operações das Forças Armadas Brasileiras e para a manutenção da Soberania Nacional, está desenvolvendo no Brasil uma família completa de munições de alta velocidade calibre 40x53mm, compatível com os Lançadores Automáticos de Granadas (LAGs) mais modernos existentes no mundo. Participa do projeto também o Comando de Fuzileiros Navais, órgão da Marinha do Brasil que utiliza lançadores automáticos de granadas desde os anos 1980. A família de munições calibre 40x53mm conterá, inicialmente, cinco produtos, sendo três de treinamento e dois de operação, entre elas a versão Alto Explosiva com Duplo Propósito (HEDP), que apresenta efeito de fragmentação e capacidade de perfuração de blindagens pesadas. A munição utilizará uma espoleta de ogiva de ação por impacto e conta ainda com a função autodestruição, garantindo total segurança de emprego. As munições 40x53mm CBC estão sendo desenvolvidas e serão fabricadas no Brasil segundo os requisitos de desempenho e padrões de qualidade estabelecidos pela OTAN e deverão ser lançadas mercado militar já no início de 2017.


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TÚNEL DO TEMPO

Fotos: Divulgação

Agrale:

54 anos de desenvolvimento no mercado automotivo

Empresa fabricante do Marruá atua na produção de tratores, caminhões, chassis para ônibus, utilitários 4x4 e motores por Claudia Pereira

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história da Agrale começa em 1962, em Porto Alegre (RS). Batizada inicialmente com o nome de Agrisa - Indústria Gaúcha de Implementos Agrícolas S.A., produzia motocultivadores e seus motores diesel. Ao ser adquirida, em 1965, pelo Grupo Francisco Stedile, é transferida para Caxias do Sul, recebendo a denominação Agrale S.A Tratores e Motores. De lá para cá, muita coisa ocorreu em 54 anos de história. Grandes investimentos, desenvolvimento de produtos que marcaram época, reestruturação do modelo de negócio e a entrada no setor de defesa e segurança. Mas o maior desafio, segundo Hugo Zattera, presidente da companhia, é a empresa subsistir, considerando o meio em que atua - liderado por grandes corporações globais - e, especialmente, “se desenvolver e manter seu lugar no mercado automotivo”. Marca conhecida da maioria dos brasileiros,

popularizou-se, de acordo com Zattera, por conta de um produto que já não é mais fabricado pela empresa: motocicletas. “As características que, na época, elas apresentavam, de esportividade, aventura e uso em todo terreno, conquistaram uma geração de jovens ousados e competitivos. Ainda hoje, essa fase e a marca são lembradas com carinho”. Dentre os principais momentos da organização, em mais de meio século de operação, o executivo destaca aqueles que marcaram grande mudança de rumo nas atividades da empresa. Ele cita como exemplos a entrada da companhia, em 1982, na fabricação de caminhões leves, inicialmente visando a área agrícola; o acordo com a italiana Cagiva para a produção de motocicletas, em 1983; o ingresso, nos anos 1990, na produção de chassis específicos para o encarroçamento de ônibus, e não caminhão sem cabina, que deu à Agrale uma liderança que já dura quase duas décadas no segmento de chassis leves no País; em 2004, inicia a produção


dos utilitários Agrale Marruá. Zattera também enfatiza as alianças formadas com empresas internacionais como Hatz, Deutz, Renault, Navistar e Volare. Em 2006, lança o primeiro trator brasileiro a admitir o uso de biodiesel. Três anos depois, em 2009, apresenta ao mercado um ônibus hibrido (diesel/elétrico), o Agrale “Hybridus”, que oferecia uma redução de até 20% na emissão de poluentes. E, mais recentemente, em 2015, lançou o trator 4233, primeiro modelo isodiamétrico (rodados do mesmo tamanho) produzido no Brasil. O veículo é ideal para trabalhos em culturas baixas e estreitas, que exigem equipamentos de dimensões reduzidas, como na viticultura (uva latada), fruticultura, avicultura, entre outras. No que se refere ao modelo de negócio, a empresa passou por uma reestruturação no ano de 1996. Zattera diz que a década de 1990 “foi traumática para todos os fabricantes de maquinário agrícola no País, e não foi diferente para a Agrale. Ele relembra que a reestruturação resultou numa clara opção pelo tipo de empresa que a Agrale deveria ser em seu meio dali por diante. “Uma empresa de nichos e, para isso, ser muito criativa e ágil nas tomadas de decisões e na execução, pois operar no sistema tradicional frente aos competidores seria inviável para a continuidade da companhia”. Zattera conta que o ingresso na área de defesa e segurança se deu por vias indiretas. No final da década de 1990, o Exército Brasileiro tinha um projeto para o desenvolvimento de uma família de blindados denominada “FT90”. A companhia gaúcha foi procurada na ocasião por diversas fabricantes mundiais de viaturas militares, dentre elas a KMW, da Alemanha, Duro, da Suíça, Otokar, da Turquia, entre outras. “Elas nos queriam como parceiros na produção local e no pós-vendas daqueles produtos no Brasil”, comenta. Esse projeto do Exército Brasileiro não foi adiante, mas as conexões da Agrale, sim. “Nossas andanças e relacionamentos com os potenciais parceiros nos permitiram a percepção da existência de outro importante nicho, não de blindados pesados, mas de viaturas leves de transporte de pessoal e suas variações: ambulâncias, reconhecimento, comunicações, etc”. O projeto foi pensado e desenvolvido para aplicação dual (militar e civil). A divisão da Agrale responsável pelo tema conta com uma equipe própria de engenharia de desenvolvimento e experimental, que permite à companhia aprovar todas as viaturas nos rigorosos testes do Centro de Avaliações do Exército (CAEx). “Hoje, essa família contempla viaturas de ½, ¾, 1 ½ e 2 1/2 toneladas, 4x4, que estão presentes em todas as nossas Forças Armadas e também nas de diversos outros países”, explica Zattera. Atualmente, a Agrale e suas subsidiárias (Agrale Montadora, Agrale Argentina, Agrale Comercial e Lintec) produzem modernas linhas de tratores, caminhões, chassis para ônibus, utilitários 4x4, motores e grupos geradores.

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Francisco Stedile no 1º trator

Exercício Militar Agulhas Negras

Veículos ONU

Tratores linha atual


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PROJETOS ESTRATÉGICOS

Fotos: Divulgação

AEL Sistemas:

um centro de excelência tecnológica de Defesa no Brasil

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AEL Sistemas é uma empresa brasileira que há mais de 30 anos se dedica a projetos, desenvolvimento, gestão de programas, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas de avançada tecnologia para os segmentos aeronáutico, espacial e de defesa. Fundada em 1983, em Porto Alegre, a Aeroeletrônica, que deu origem à AEL Sistemas, teve relevante participação em importantes projetos da indústria aeronáutica brasileira, através do fornecimento de diversos equipamentos eletrônicos produzidos para o avião de treinamento T-27 Tucano e para o caça subsônico AMX da Força Aérea Brasileira (FAB). Posteriormente, a AEL se consolidou como referência em aviônica no Brasil ao se tornar o principal provedor da suíte aviônica dos aviões A-29 Super Tucano, F-5M, A-1M e C/P-95M Bandeirante para a FAB, e do AF-1 para a Marinha do Brasil.

Atualmente, a empresa fornece avançados sistemas eletrônicos para os principais projetos estratégicos da FAB, tais como o programa KC390, no qual fornece os sistemas HUD (Head Up Display), EVS (Enhanced Vision System), computador de missão, sistemas de auto-proteção e direcional infravermelho de contramedida, e o programa Gripen NG, no qual está desenvolvendo o WAD (display panorâmico inteligente), o HUD e o display de capacete (HMD). Para o Exército Brasileiro a AEL trabalhou na integração da aviônica dos helicópteros Esquilo, fornece a eletrônica das torretas não-tripuladas para o blindado Guarani e atualmente é

Equipamento WAD (Wide Area Display)


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responsável pelo fornecimento de todos os sistemas eletro-ópticos para o programa SISFRON. Sua entrada no segmento espacial ocorreu na década de 1980 através da participação no programa MECB (Missão Espacial Completa Brasileira) e, desde então, vem desenvolvendo e produzindo equipamentos eletrônicos para os subsistemas de suprimento de energia de satélites do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Recentemente, desenvolveu e fabricou o computador de bordo (OBC) do Programa de Sistemas Inerciais do INPE/DCTA. Na área de suporte logístico, há mais de dez anos, a AEL é responsável por um programa de CLS (Suporte Logístico Contratado) com a Força Aérea Brasileira, cobrindo diversas de suas aeronaves e sendo responsável pela rápida reposição de equipamentos em pane, pelo gerenciamento otimizado de estoques e pela redução dos custos operacionais. Sistemas de guerra eletrônica, treinamento e simulação, aeronaves remotamente pilotadas, sistemas de comando e controle, e de comunicação são também fortes áreas de atuação da AEL Sistemas. A partir de 2001, a empresa passa a fazer parte da Elbit Systems, um grupo multi-doméstico com presença em todos os continentes. Como contrapartida industrial (offset) pela contratação do programa F-5M pela FAB, houve transferência da produção e da capacidade de manutenção no Brasil de centenas de unidades eletrônicas dos caças F-5M, dentre os quais telas multifuncionais de bordo e computadores de missão. Posteriormente, deu-se início à produção e manutenção local de unidades da aviônica do A-29. Neste período, a empresa se beneficiou de um efetivo programa de transferência de tec-

nologia através da absorção do conhecimento e sua aplicação em novos desenvolvimentos. Esse programa iniciou há cerca de 10 anos, com as primeiras turmas de jovens e promissores engenheiros brasileiros, que trabalharam em projetos de desenvolvimento na área de aviônicos e de integração de sistemas em Israel. No regresso ao Brasil, disseminaram o conhecimento adquirido que possibilitou o desenvolvimento de novos programas, iniciando com a modernização e integração da aviônica do C/P-95M, passando pelo desenvolvimento – com o apoio da FINEP (Financiadora de Estudos e Projetos) – de sistemas de navegação inercial giro estabilizado para plataformas embarcadas, e de acompanhamento de relevo, ao módulo computacional X-86, desenvolvido especialmente para o computador de missão do KC-390, até o atual desenvolvimento do novo display panorâmico para o Gripen NG. Com uma força de trabalho de quase 300 colaboradores, um terço deles dedicado a atividades de pesquisa e desenvolvimento, a AEL Sistemas é uma das mais importantes e relevantes empresas de defesa do Brasil, um centro de excelência tecnológica, composta por cientistas e engenheiros brasileiros que desenvolvem tecnologia no País, gerando conhecimento e contribuindo para o domínio de tecnologias críticas. A empresa produz soluções confiáveis, inovadoras e de alto valor agregado, com a qualidade de seus produtos e serviços reconhecidos tanto no Brasil quanto no exterior, e esse reconhecimento é demostrado através de recentes premiações, tais como o Prêmio Exportação RS, Campeã da Inovação da Revista Amanhã, e também como uma das melhores empresas para se trabalhar no Rio Grande do Sul de acordo com o “Great Place to Work”.


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MAIS LEVE QUE O AR

Divulgação

Skybus 138S, em processo de nacionalização, tornar-se-á o ADB 3-3

Airship do Brasil marca presença na Rio 2016 Empresa nascida entre o EB e companhias privadas trabalha em novos projetos de dirigíveis e aeróstatos

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irship do Brasil (ADB) é uma empresa aeronáutica especializada em desenvolver, fabricar, comercializar e operar soluções utilizando aeronaves e tecnologias mais leves que o ar - MLA (lighter than air – LTA), que podem ser classificados, segundo suas especificidades, em dirigíveis, aeróstatos, bolas transportadoras (tipo hiflyer) e balões comuns. Este ano, a companhia teve um grande momento ao participar diretamente dos Jogos Olímpicos Rio 2016, apoiando a Força Aérea Brasileira, no Campo dos Afonsos, utilizando um aeróstato ADB-A-150 equipado com câmeras de vigilância. O Sistema mostrou-se altamente eficiente, sobretudo à noite e em dias nublados e com vento forte, tendo sido a única aeronave do gênero a se manter em voo nos dias de mau tempo ocorridos durante as competições. A tecnologia LTA vem se tornando muito competitiva para uma série de aplicações em função, principalmente, da evolução dos materiais e na possibilidade de realização de mode-

lagens computacionais. Estudos para avaliar as viabilidades técnica e comercial do dirigível de carga (principal projeto da empresa) foram realizados pela ADB, sendo comprovado que se trata de uma tecnologia plenamente viável em ambos os aspectos. Além disso, como parte dos estudos realizados, foram realizadas diversas visitas técnicas internacionais em polos pioneiros na tecnologia LTA, assim como a prospecção de mercados internacionais. O escopo de atuação da ADB abrange produtos LTA como: Aeróstatos: balões “fusiformes” (não tripulados) que ficam ancorados por meio de um cabo especial que permite a alimentação elétrica dos equipamentos embarcados, bem como o tráfego de dados coletados pelos sensores instalados na aeronave. São normalmente utilizados em tarefas de monitoramento e vigilância que demandem longos períodos de permanência.


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Dirigíveis (de carga e/ou outras aplicações): aeronave LTA tripulada, que possui propulsão com a possibilidade de realização de longos deslocamentos e uma ampla gama de serviços. Bolas transportadoras: balões esféricos, cativos e não tripulados, desenvolvidos para içar e mover grandes cargas, peças e equipamentos a distâncias relativamente curtas (grandes obras, refinarias, entre outros exemplos). Os projetos em desenvolvimento, conduzidos atualmente pela empresa, são: Dirigível com capacidade para até 30 ton de carga (ADB-3-30EP), a ser utilizado em serviços de logística e operação de linhas de transmissão elétrica; Aeróstato com aplicações em vigilância e telecomunicações. Primeiro modelo possui volume de 150 m3 e carga paga de até 20 kg (ADB-A-150); Nacionalização de um modelo do dirigível Skybus 138S, (que tomará a designação de ADB-3-3, com 49 m de comprimento), com capacidade para até 2 pilotos e 6 passageiros (ou 1,5 ton de carga), a ser fabricado no Brasil a partir de meados de 2017. Aplicações em vigilância, patrulha de linhas de alta tensão e publicidade. Mercado Os produtos e soluções da Airship do Brasil possuem aplicações em variados setores da economia, com o potencial de elevar substancialmente sua competitividade e quebrar paradigmas, tanto no País como internacionalmente, em países com o mesmo nível de desenvolvimento e problemas logísticos semelhantes aos do Brasil. Os mercados visualizados de imediato são: Logística: a introdução de dirigíveis na matriz de transportes poderá trazer impacto positivo à logística nacional, pois esse tipo de aeronave tem potencial para mitigar os gargalos que abrangem os atuais modais de transporte de cargas indivisíveis e/ou de alto valor agregado, sobretudo em regiões de difícil acesso. Segurança pública: os dirigíveis e aeróstatos poderão servir como plataformas para instalação de sensores a serem utilizados para levantar dados para segurança pública, a custos reduzidos quando comparados aos atuais meios utilizados.

Levantamento de dados: os dirigíveis são a plataforma de melhor relação custo-benefício para efetuar o levantamento de dados estratégicos, a exemplo de prospecção de minérios, inspeção de linhas de transmissão elétrica e de dutos, dentre outras aplicações. Controle de fronteiras: aeróstatos e dirigíveis podem revolucionar o controle das fronteiras nacionais, pois são plataforma de baixo custo operacional e longos tempos de permanência em operação. Telecomunicações: o uso de aeróstatos na transmissão/retransmissão de dados tem enorme potencial de aplicabilidade no Brasil. A introdução racional de aeróstatos poderá reduzir a necessidade de antenas, resultando na expansão das redes de telefonia e internet a custos atraentes. A empresa tem uma perspectiva, para os próximos dez anos, de um mercado para 25 dirigíveis e 100 aeróstatos. O Começo de Tudo A Airship do Brasil tem sua origem na década de 1990, a partir de um projeto no qual interagiram o Exército Brasileiro (EB), que buscava soluções para realizar sua logística na região amazônica, e diversas empresas públicas e privadas para as quais o dirigível também se apresentava como solução vantajosa a problemas logísticos próprios. A cultura da inovação e da pesquisa fixou-se como uma das marcas da ADB desde sua criação, pois esse tipo de interação entre o EB e empresas para desenvolverem uma solução para seus respectivos problemas logísticos já foi, por si só, algo inovador para a época. Esse estreito relacionamento entre o EB e as empresas iniciou-se em 1995, quando o grupo das Empresas Bertolini passou a se interessar pelo projeto do “Dirigível na Amazônia”. Em 2004, o EB coordenou a assinatura de um memorando de entendimento que criou uma sociedade de propósito específico (SPE), que reuniu seis grandes empresas, além do próprio Exército. Como uma evolução natural dessa SPE, em 2005, a ADB foi formalmente criada, passando a estruturar-se na cidade de Barueri, entre 2005 e 2010, ano em que se transferiu para São Carlos, por ser a cidade um polo de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de ponta, especialmente na área aeronáutica e, principalmente, em função da existência de uma faculdade de engenharia aeronáutica, integrante da Universidade de São Paulo (USP).



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nvestir em tecnologias para garantir a segurança cibernética pode ser uma importante estratégia de CYBER defesa e segurança. Segundo o especialista em cybersecurity da Radix, Lincoln Bastos, é fundamental trabalhar no desenvolvimento de tecnologias e produção de hardware e software para soluções na área. “Para minimizar as chances de ataques cibernéticos, pode-se usar tecnologias de criptografia empregadas ao ambiente financeiro, militar e de infraestrutura crítica como unidade operacional e rede de supervisão. É fundamental ter a arquitetura e as soluções apropriadas para se chegar ao nível de proteção adequado. Além disso, é imprescindível garantir acesso a tecnologias mais novas como Internet das Coisas (IoT), Big Data e aplicações em dispositivos móveis”, explica Bastos. Ainda de acordo com o especialista, há vários questionamentos a respeito da vulnerabilidade cibernética no Brasil e o País ainda carece de tecnologia suficiente para atingir um nível maior de proteção. “Precisamos fomentar a indústria de tecnologia, pois somente por meio da produção de hardwares e softwares nacionais é que conseguiremos desenvolver e difundir os conhecimentos necessários, com detalhes suficientes, para a produção de sistemas mais avançados de proteção”, avalia o profissional. Além de investir no desenvolvimento de sistemas de Radix atua no desenvolvimento de soluções para vigilância e supervisão e de cybersecurity e monitoramento de grandes áreas e distâncias defesa cibernética - tanto no âmbito da Tecnologia da Informação quanto no da Tecnologia Operacional-, empresas de Defesa também buscam automatizar seus equipamentos para tornar o controle de informações mais eficiente, como é o caso do recente projeto desenvolvido pela Radix para a Força Aérea Brasileira (FAB). Ao automatizar o forno industrial de carbonização de material compósito – que pode chegar a até mil graus e é usado para testar materiais para escapamento de foguetes, a FAB pode acompanhar os dados históricos de quando e de quem acionou o forno, e se houve algum alarme específico de temperatura acima da programada. Além disso, o operador pode controlar a temperatura e ligar e desligar o forno de qualquer lugar apenas com alguns cliques no sistema desenvolvido pela Radix. Em função de ser um equipamento de tecnologia crítica, o projeto, além de garantir o monitoramento dos usuários responsáveis por acionar o forno, também possibilita maior assertividade nas informações e liberação de profissionais para atividades mais estratégicas. A automação da operação de tratamento térmico permite a confiabilidade e garantia ao processo de manufatura de compósitos termoestruturais, evitando situações indesejáveis como falta de gás, queda de energia, dentre outras situações que interromperiam o prosseguimento da manufatura do produto. Além disso, a supervisão automática pode evitar uso intensivo de mão-de-obra durante a operação do sistema.

Reprodução

Tecnologia de hardware e software como estratégia de defesa e segurança


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TECNOLOGIA CRÍTICA

Atech

a casa de sistemas brasileira

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em pesquisa, desenvolvimento e inovação. Como empresa brasileira líder em sistemas complexos de missão crítica, a Atech atua no ciclo de vida completo dos sistemas, percorrendo desde a concepção até as instalações funcionais. Com isso, a empresa já entregou mais de 50 centros de comando e controle, em projetos nacionais e internacionais. A liderança da Atech em projetos como o SIVAM (Sistema de Vigilância da Amazônia), o LABGENE (Laboratório de Geração de Energia Núcleo-Elétrica) e o sistema de gerenciamento e defesa do espaço aéreo brasileiro é prova da excelência no histórico de entregas da empresa para as Forças Armadas, inclusive sendo certificada como Empresa Estratégica de Defesa do Brasil. O conhecimento da Atech e sua comprovada experiência no design, desenvolvimento e integração de sistemas críticos, colocam a empresa em uma posição destacada como parceira estratégica das Forças Armadas do Brasil, atuando em diversos projetos estratégicos nacionais, sempre em uma vertente de busca pela independência tecnológica brasileira e o fortalecimento do país no cenário político mundial.

FAB

econhecida como a “System House” brasileira, a Atech, empresa do Grupo Embraer, possui histórico no domínio de tecnologias de sistemas de comando e controle voltados para as áreas civil e militar. Essa história começou em 1997, quando a Atech foi fundada por um grupo de engenheiros que trabalhavam no desenvolvimento do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), programa elaborado para assegurar o controle do espaço aéreo da região amazônica. A partir desse primeiro projeto, a empresa passou a contar com uma expertise única em engenharia de sistemas e tecnologias de consciência situacional e apoio à tomada de decisão, ampliando o portfólio de projetos por meio do desenvolvimento de soluções inovadoras com aplicações nas áreas de tráfego aéreo, sistemas de comando e controle, sistemas embarcados, segurança cibernética, redes inteligentes (smart grid), cidades inteligentes, sistemas de instrumentação e controle, logística e aplicativos para smartphones e dispositivos móveis (apps). Isso porque a empresa investe anualmente cerca de 9% do faturamento

Sigma foi destaque nas Olimpíadas


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System House O SAGITARIO (Sistema Avançado de Gerenciamento de Informações de Tráfego Aéreo e Relatórios de Interesse Operacional) é um dos sistemas desenvolvidos pela Atech, em parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB), que chancelou a presença do Brasil no seleto grupo de países que dominam sistemas de controle aéreo. Esta nova solução traz avanços nas áreas de comunicação, navegação e vigilância para o comando e o controle do espaço aéreo brasileiro. O SAGITARIO foi desenvolvido com a participação dos próprios controladores e disponibiliza um conjunto de ferramentas operacionais de apoio à tomada de decisão mais objetivo e ágil, seguindo as melhores práticas e recomendações existentes no mercado internacional, dentre elas os sistemas especificados pela Eurocontrol (Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea). O SIGMA, um sistema estratégico responsável pelo planejamento da capacidade e demanda de movimentos aéreos no espaço aéreo brasileiro e aeroportos, opera em paralelo ao SAGITARIO. Com esta integração, o SIGMA permite que o centro de gerenciamento de fluxo atue para equilibrar a capacidade e a demanda de movimentos aéreos de maneira tática, a fim de garantir a segurança das operações, a regularidade e a pontualidade dos voos. O SIGMA está, hoje, em operação no Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA). A versão comercial do SIGMA chama-se Skyflow e foi contratado pela Autoridade de Aeroportos da Índia (AAI – Airports Authority of India), em 2014. O sistema está sendo adaptado à realidade da AAI para atuar dentro das condições específicas do fluxo dos voos indianos e deverá entrar em operação ainda este ano. A Atech destaca-se ainda por sua atuação no desenvolvimento do Sistema Tático de Missão Naval dos oito helicópteros adquiridos para a Marinha do Brasil, dentro do Programa H-XBR; e no programa de Transferência de Tecnologia (offset) do Governo Brasileiro para o Programa P-3AM ORION, aeronave de Patrulha Marítima da FAB, atuando na modernização dos sistemas embarcados, na integração de novos sistemas à plataforma aérea e na capacitação de pessoal para manutenção dos sistemas das aeronaves. A Atech, mais recentemente, passou a conduzir, em parceria com a FAB e com a empresa sueca SAAB, as atividades de transferência de tecnologia e desenvolvimento dos sistemas de suporte à missão, treinamento e simulação do programa F-X2. A empresa possui também grande experiência no desenvolvimento de soluções de

simulação para as Forças Armadas Brasileiras, com sistemas simulados integrados para cenários militares, compostos por diferentes módulos: alvos aéreos, terrestres e navais; detecção de sensores; comando e controle; voo; informações de guerra eletrônica; carros de combate; artilharia antiaérea; e periscópio. O Simulador de Operações Aéreas Militares (SOpM) apresenta-se como ótimo exemplo das capacidades da Atech, permitindo a geração de cenários para treinamento de Controladores de Defesa Aérea, contemplando funcionalidades como simulação de interfaces externas; preparação, armazenamento e execução dos treinamentos; registro de dados para avaliação do aluno; execução simultânea de exercícios, entre outras. Já os Sistemas de Comando e Controle C2 e C4 da Atech oferecem domínio de todas as informações disponíveis sobre o ambiente monitorado, aumentando a consciência situacional e permitindo a tomada de decisões mais assertivas e funcionais (planejamento, monitoramento). Tais sistemas atuam em centros fixos e móveis, possuindo diferentes finalidades como comando, controle, comunicação, computação, inteligência, vigilância e reconhecimento. Neste segmento, a Atech vem atuando em conjunto com a Embraer e as demais empresas do grupo para oferecer soluções completas e integradas. Pensando na melhora da qualidade de vida nas cidades para que se tornem mais sustentáveis e inteligentes, a Atech desenvolveu um sistema colaborativo com capacidade analítica, o StreetGo, permite que o gestor público tenha uma visão completa do que ocorre na cidade, baseando-se na coleta de dados gerados por agentes urbanos e cidadãos por meio do uso do aplicativo móvel do sistema. Todos estes dados são tratados, analisados e apresentados de forma georreferenciada dentro de um centro de gestão, permitindo uma rápida visualização do que está acontecendo na cidade e uma efetiva tomada de decisão. O StreetGo também pode ser utilizado como uma ferramenta de interface entre a gestão e o cidadão, além de possibilitar integração com mídias sociais. “Nossos projetos visam o domínio da tecnologia crítica em prol da soberania nacional e, em virtude disso, trabalhamos em parceria com as Forças Armadas para oferecer soluções de defesa e segurança atreladas aos objetivos nacionais. Essa motivação faz com que a Atech seja uma das principais empresas no desenvolvimento e absorção de tecnologia e que tenha um histórico de entregas bem-sucedidas”, conclui Edson Mallaco, presidente da Atech.


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PARCERIA

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Parceria ABIMDE e Apex-Brasil garante Projeção Internacional

ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança) mantém uma parceria estratégica com a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) há mais de oito anos. Tal parceria tem contribuído para o fortalecimento da BID (Base Industrial de Defesa), sendo responsável por projetar as empresas brasileiras no exterior. Anualmente, as companhias nacionais associadas ao projeto da ABIMDE com a Apex-Brasil participam de seis a oito grandes feiras internacionais. Em oito anos, a parceria já promoveu a participação de brasileiros nos mais importantes eventos do setor de Defesa e Segurança, nos quais estiveram presentes 60 diferentes empresas. Além disso, em conjunto com a Apex-Brasil e com o Ministério da Defesa, a ABIMDE criou a Mostra da Base Industrial de Defesa (BID Brasil) – uma feira bianual realizada em Brasília (DF), voltada às empresas nacionais que desejam exibir seus produtos e serviços para os Adidos Militares estrangeiros acreditados no País. Dados da área de Business Intelligence da Apex-Brasil revelam que o setor de Defesa e Segurança exportou mais de R$ 3,8 bilhões em 2014, e mais de R$ 4,7 bilhões em 2015, sendo que as empresas associadas ABIMDE, apoiadas pela parceria com a Apex-Brasil, são responsáveis por 89,7% das exportações do setor. O projeto de parceria com a Apex-Brasil contempla, atualmente, 50 empresas associadas que são responsáveis por exportar 85 produtos de Defesa e Segurança para 109 países. Os mercados prioritários do projeto são Chile, Colômbia, Peru, Arábia Saudita, Emirados Ára-

bes Unidos, Indonésia e Malásia, tendo como mercados secundários, e também importantes, Estados Unidos, Venezuela, Catar, Paquistão, Alemanha e Angola. Algumas empresas associadas relatam a importância dessa parceria para as estratégias de alcançar novos mercados: “Além de viabilizar o ingresso nesses eventos internacionais, a parceria abre ótimas perspectivas de negócios no mercado internacional, possibilitando uma conexão direta com o cliente final, além de conseguirmos contato com parceiros locais”. Reinaldo Gonçalves, Diretor de Marketing e Vendas da IACIT. “Apesar de já exportarmos de maneira mais pontual há cinco anos, agora estamos em uma fase de estruturar um departamento específico para isso. A Apex-Brasil entra com a força comercial e o aporte financeiro necessário para chegarmos nesses países de interesse, e a ABIMDE contribui para intermediar o contato com os possíveis compradores das tecnologias nacionais. Uma complementa a outra e o empresariado do setor se beneficia, transpondo as fronteiras do nosso País”. José Augusto Marinho, Analista de Projetos Internacionais da Truckvan. “Queríamos conscientizar o maior número de pessoas de que a tecnologia empregada nas Olimpíadas era nossa e não de um concorrente internacional. Participar dos eventos internacionais foi a forma que encontramos para fazer isso. O saldo tem sido bem positivo. Estamos com boas perspectivas e a repercussão de nosso produto no exterior tem sido muito grande”. Leonardo Mendes Nogueira, Diretor e Cofundador da Altave.


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O lugar que nós chamamos de casa há 40 anos.

Todo dia nossos empregados em São José dos Campos demonstram o compromisso e o orgulho que fazem parte de ser brasileiro. O mesmo faz sua empresa. Os investimentos da Rockwell Collins em projetos e produção sustentados para clientes comerciais e militares contribuem para a economia local e nossa transferência de tecnologia acentua a tradição de inovação do Brasil. Estamos orgulhosos de expandir nossas instalações no Brasil e contribuir para o crescimento da indústria aeroespacial brasileira. www.rockwellcollins.com.br © 2016 Rockwell Collins. All rights reserved.

Aviônicos em aeronaves militares e comerciais Comunicações inovadoras para maior consciência situacional Empregando profissionais locais, técnicos e de negócios


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BID BRASIL chega à quarta edição e reforça o potencial da indústria nacional de defesa

CAPA

Organizado pela ABIMDE e com apoio do Ministério da Defesa, Foças Armadas e Apex-Brasil, evento trará as mais modernas tecnologias oferecidas por empresas brasileiras.

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ceber os estandes, salas de reunião e auditório. Haverá ainda uma parte externa para exibição de viaturas e equipamentos, além de um espaço para demonstração de voos de aeronaves não tripuladas e movimentação de veículos. A feira contará com apresentação de veículos blindados, demonstrador de voos, demonstrações práticas de equipamentos não-letais, simuladores de tiros, entre outros. Além das empresas nacionais, entidades como Exército, Marinha e Aeronáutica, e também o Ministério da Defesa, estarão presentes com estandes. Outras organizações parceiras, como a ABIT (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção), também já confirmaram presença, bem como o Polo de Desenvolvimento de Santa Maria e o Conselho Nacional dos Comandantes Gerais das Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares. A programação inclui ainda palestras com foco nas oportunidades de negócios no setor de defesa e segurança. Elas ocorrem sempre pela manhã. Já os estandes da Mostra permanecerão abertos das 14h às 18h. “A indústria nacional de defesa e segurança está preparada para atender aos requisitos e necessidades do mercado externo. Temos as tecnologias mais avançadas e as associadas ABIMDE vão apresentar o que há de mais moderno sendo produzido no Brasil. As expectativas são as melhores possíveis para esta edição”, conclui Aguiar.

Fotos: Divulgação

Mostra BID Brasil chega à quarta edição com boas expectativas para as empresas participantes, que terão a oportunidade de apresentar seus produtos, serviços e tecnologias para Adidos Militares estrangeiros, membros de corpos diplomáticos, Forças Armadas, Forças Policiais e auxiliares, Defesa Civil, mídia especializada e membros da Academia. Realizada pela ABIMDE (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança), a 4ª Mostra BID Brasil ocorre entre os dias 27 e 29 de setembro, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF). A cerimônia oficial de abertura está marcada para 14 horas, do dia 27, no Auditório Planalto, do Centro de Convenções, e contará com a presença do Ministro da Defesa, Raul Jungmann, estando também entre os convidados o Ministro das Relações Exteriores, José Serra, e o Ministro da Justiça, Alexandre de Moraes. Com quase 100 empresas e entidades participantes, a Mostra registra crescimento de 10% em relação a edição passada. Realizada em parceria com o Ministério da Defesa, Forças Armadas e Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), a 4ª Mostra BID Brasil tem como intuito gerar oportunidades de negócios internacionais para os expositores, abrindo mercados para as empresas brasileiras apresentarem os diferenciais de produtos e serviços. A expectativa é de que o evento receba cerca de 3.500 visitantes. “A Mostra BID Brasil tem uma característica única, por promover o contato direto entre os empresários brasileiros e os Adidos Militares estrangeiros, membros diplomáticos e das forças armadas internacionais. Queremos, com isso, abrir novos mercados e permitir que os produtos e serviços nacionais possam ser conhecidos por quem toma as decisões de aquisição”, explica o presidente da ABIMDE, Carlos Frederico Queiroz de Aguiar. A Mostra ocupará um dos espaços mais modernos do Brasil no que se refere a centros de exposições. Serão 4.746 m² apenas para re-


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Autoridades falam sobre a importância da Mostra BID BRASIL para o setor de Defesa: “A Mostra BID Brasil é uma importante iniciativa para divulgar o setor para o mercado doméstico, para os adidos militares e para o mercado internacional. Além disso, é uma oportunidade para que os tomadores de decisão e uma parcela importante da sociedade possam conhecer o segmento de Defesa no Brasil. A indústria de defesa representa muito mais do que a fabricação de armas, que, na verdade, é uma pequena fração do setor. O segmento de Defesa é responsável pelo desenvolvimento tecnológico de novos produtos e equipamentos, pelo desenvolvimento de uma base industrial forte com repercussões sobre a produtividade e sobre os salários dos trabalhadores e por todo um processo de transbordamento que modifica a capacidade produtiva da economia”. Raul Jungmann, Ministro da Defesa “A Mostra BID Brasil é uma ótima oportunidade para divulgar os projetos estratégicos da Marinha ao público externo. Um evento como esse, de altíssimo nível, permite o estreitamento das relações com a BID e a ampliação das discussões que resultarão em soluções de real importância para a indústria e para o desenvolvimento socioeconômico do País. Além disso, a Mostra é importante para a divulgação dos produtos e serviços da nossa BID no Brasil e no exterior, já que inclui, dentre os convidados oficiais, autoridades do Ministério da Defesa e das Forças Armadas, adidos estrangeiros no País, parlamentares e diplomatas. A iniciativa é oportuna porque permitirá que a Marinha e as demais Forças entrem em contato com diversos setores da Base Industrial de Defesa e possam apurar o atual estágio de desenvolvimento de nossas indústrias, bem como de suas possibilidades e perspectivas”. Almirante-de-Esquadra Eduardo Bacellar Leal Ferreira, Comandante da Marinha A Mostra BID Brasil, com o apoio do governo e do Ministério da Defesa, tem crescido de importância e possui condições excepcionais de se tornar um evento de expressão, em especial, para a América Latina, alavancadora de excelentes oportunidades de parcerias comerciais entre governos para os produtos nacionais. Nesse contexto, a mostra passa a ser uma oportunidade para fomentar e dar visibilidade à indústria nacional no tocante ao desenvolvimento e à produção de sistemas, produtos, tecnologias e serviços de defesa. Assim, as empresas podem divulgar seus novos negócios e os projetos que estão desenvolvendo, e, por conseguinte, as potenciais tecnologias que já estão disponíveis para utilização pelas Forças Armadas. Em suma, trata-se de uma iniciativa excelente, que congrega diversos esforços e permite prestar contas à sociedade dos resultados alcançados”. General de Exército Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, Comandante do Exército “O tema “defesa” deve ser encarado como um assunto estratégico, que envolve uma ampla discussão e engajamento de toda a sociedade. Neste contexto, trazer um evento desse porte para a capital federal gera uma oportunidade ímpar para mostrar o grau de desenvolvimento em que se encontra a indústria de defesa nacional.” Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, Comandante da FAB “A Apex-Brasil acredita na importância do setor de defesa para o crescimento tecnológico e econômico do País, e o apoio à exportação desse setor busca fortalecer ainda mais as empresas por meio de ganhos de escala e aumento da inovação. Nessa edição, a ABIMDE assumiu a organização com o apoio da agência e o suporte operacional do Ministério da Defesa e das Forças Armadas. Lá estarão reunidas as melhores empresas da BID, expondo seus produtos e serviços para que os adidos militares estrangeiros e o corpo diplomático internacional conheçam o potencial da nossa indústria para, dessa forma, considerarem o Brasil como parceiro no atendimento de suas necessidades de suprimento de produtos e serviços de defesa”. Roberto Jaguaribe, presidente da Apex-Brasil


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Roteiro 4ª MOSTRA BID BRASIL

Adventure Tech Fornece soluções em tecnologias de imersão, interação e projeção para eventos de todos os tipos. www.adventuretech.com.br AEL Sistemas Desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas com tecnologia avançada para os segmentos Aeronáutico, Espacial, Defesa e Segurança. www.ael.com.br Aeromot Especializada em projetos especiais, soluções tecnológicas e em grandes modificações de aeronaves. Atua também, na manutenção aeronáutica preventiva e corretiva. www.aeromot.com.br Aerotron Prestação de serviços nas áreas de engenharia mecânica e aeronáutica, incluindo assessoria em especificação, homologação e aquisição de produtos aeronáuticos. http://aerotron.com.br Agrale Empresa que atua há mais de 50 anos na produção de linhas de tratores, caminhões, chassis para ônibus, utilitários 4x4, motores e grupos geradores. http://www.agrale.com.br Airship do Brasil Especializada em desenvolver, fabricar, comercializar e operar aeronaves e soluções utilizando tecnologias mais leves que o ar (lighter than air – LTA). http://www.airshipdobrasil.com.br Akaer Soluções tecnológicas integradas, especializada no desenvolvimento de aeroestruturas e gestão de projetos “Turn Key” para os setores aeroespacial e de defesa. www.akaer.com.br Albergo Produz abrigos sustentáveis como solução de moradia temporária, de fácil transporte e armazenamento, proporcionando conforto e privacidade aos seus usuários. www.albergo.com.br Alfadelta-Rio Desenvolvimento de Sistemas Desenvolvimento e licenciamento de softwares. Não possui website Altave Desenvolve e produz soluções inovadoras embarcadas em plataformas mais leves que o ar. www.altave.com.br

Amazul Responsável pelos projetos relacionados ao programa nuclear brasileiro, à construção e manutenção de submarinos da Marinha do Brasil. https://www1.mar.mil.br/amazul Amsterdam-Group Atua no ramo metalúrgico, no desenvolvimento e nacionalização de produtos para indústria. http://www.amsterdam-group.com.br ARES Principais linhas de negócios: Estações de Armas, Sistemas Navais, Ópticos e Eletro-Ópticos. www.ares.ind.br ATRASORB Atua no mercado de Absorvedores de CO2. www.atrasorb.com.br AVIBRAS Empresa privada de engenharia que desenvolve tecnologias e traz soluções inovadoras para as áreas de Defesa e Civil. www.avibras.com.br AVIONICS SERVICES Atua no mercado de equipamentos aviônicos, está apta a desenvolver, instalar e certificar qualquer projeto de aviônico em aviões e helicópteros www.avionics.com.br BCA BALLISTIC PROTECTION Fornece para o mercado automotivo e de segurança soluções no desenvolvimento de proteção balística com baixo peso com tecidos de aramida e Dyneema®. www.bcatextil.com.br BLUEPEX Especializada em soluções para a segurança da informação. http://www.bluepex.com BR DEFESA Atua nos segmentos de blindagem naval, aeroespacial e de veículos civis e militares. http://brdefesa.com BRVANT Desenvolve e fabrica sistemas de VANTs/Drones, sistemas USV e UGV, software aeronáutico embarcado e simuladores para clientes civis e militares. http://brvant.com.br CBC A empresa produz munições, cartuchos, coletes, carabinas de pressão e acessórios, entre outros. www.cbc.com.br CECIL LAMINAÇÃO DE METAIS O extenso portfólio de produtos inclui barras ocas, vergalhões, perfis, arames, bobinas, chapas e tiras, entre outros. www.cecil.com.br


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Roteiro 4ª MOSTRA BID BRASIL

CEDRO Têxtil Cedro Textil é uma das principais empresas do segmento no Brasil e desenvolve linhas de produtos em workwear. www.cedro.ind.br COLUMBUS A Columbus nasceu com o propósito de manter, modernizar e desenvolver novas tecnologias para produtos fabricados pela Engesa. http://columbusparts.com.br CONDOR TECNOLOGIAS NÃO-LETAIS Fabricação de equipamentos Não-Letais para controle de distúrbios e pirotécnicos de alta tecnologia e sinalização militar. www.condornaoletal.com.br Consub Defesa e Tecnologia Parte do Grupo SIEM Offshore Inc., empreende projetos que incluem tecnologia naval e submarina. http://www.siemconsub.com.br COPLATEX (PROTECTA) A empresa produz tecidos balísticos em fibra de aramida, oferece mais de cinco tecnologias (tear, tear jacquard, 3D, malharia circular, malharia de urdume, veludo navalhado), entre outros. http://coplatex.com.br DGS Defence DGS Defence é um estaleiro dedicado à construção de embarcações militares e profissionais. http://www.dgs.ind.br Dommi Inteligencia de Negócios A empresa atua no desenvolvimento de estudos e pesquisas que auxiliam e dão suporte à tomada de decisão. http://www.dommi.com.br Doptex O Grupo Doptex prima pela excelência dos pro¬dutos para o mercado têxtil, com investimentos constantes em tecnologia, pesquisa e desenvolvimento. www.doptex.com.br Dupont Serve mercados como agricultura, nutrição, eletrônicos e comunicações, casa e construção, transporte e forte atuação na área de defesa e segurança. http://www.dupont.com.br ELVI COZINHAS Empresa 100% brasileira e com sólida posição no mercado de tecnologia em equipamentos para cozinhas profissionais. http://elvi.com.br EJ KRIEGER Empresa com mais de 45 anos no mercado de tratamento de água. http://www.permution.com.br

EMBRAER DEFESA & SEGURANÇA (ATECH, BRADAR-SAVIS, VISIONA) Projeta, desenvolve, produz e suporta uma ampla gama de soluções para o mercado de defesa e segurança, incluindo aeronaves de treinamento e ataque leve, aeronaves militares, entre outras. http://www.embraerds.com.br EMGEPRON Ligada ao Ministério da Defesa, atua nos projetos desenvolvidos pela Marinha do Brasil (MB). www.emgepron.mar.mil.br Fly Sistemas Consultoria criada para atender as demandas de tecnologia de ponta. Atua no desenvolvimento de sistemas de softwares, entre outros produtos. http://flysistemas.com.br FORJAS TAURUS S.A Fabrica revólveres, pistolas, carabinas, armas de pressão e armas policiais, para o mercado interno e internacional. www.taurus.com.br Fundação CPqD Focada na inovação com base nas tecnologias da informação e comunicação (TICs), com o objetivo de contribuir para a competitividade do País e para a inclusão digital. www.cpqd.com.br Fundação Ezute Concepção e estruturação de soluções inovadoras, gestão de programas, desenvolvimento de soluções com tecnologia dual, entre outros. http://www.ezute.org.br FT Sistemas S.A. (Fly Tech) Pioneira no desenvolvimento de VANTs, opera sistemas aeronáuticos nas áreas de sistemas avionicos e sistemas de inteligência, comando e controle. http://flighttech.com.br GESPI Oferece serviços de manutenção, reparo e revisão geral de componentes aeronáuticos (MRO), além de e desenvolver projetos e produtos especiais para defesa e segurança. http://www.gespi.com.br GRUPO BERKANA Atua no segmento de telecomunicações e de segurança tecnoloógica. http://www.berkana.com.br Guartelá Botas, vestuários e acessórios de alta performance. http://www.guartela.com.br HELIBRÁS Empresa brasileira fabricante de helicópteros e subsidiária da Airbus Helicopters. www.helibras.com.br


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Roteiro 4ª MOSTRA BID BRASIL

IACIT Desenvolve produtos e sistemas aplicados ao auxílio, controle e gerenciamento do tráfego aéreo (CNS/ATM) e Marítimo. www.iacit.com.br IAI DO BRASIL Unidade brasileira da Israel Aerospace Industries, realiza manutenção e conversão de aviões, fabrica veículos aéreos e terrestres não tripulados, radares, comunicações seguras, entre outros. http://www.iaidobrasil.com.br IMBEL Vinculada ao Ministério da Defesa, produz fuzis, pistolas, munições, explosivos, entre outros. www.imbel.gov.br Imer Pioneira na fabricação de embalagens certificadas pela ONU para o transporte de produtos perigosos. http://imer.com.br INBRA Terrestre Produz desde tecidos técnicos filtrantes até blindagens de veículos civis, militares e aeronaves. www.grupoinbra.com.br INDIOS PIROTECNIA Pioneira no desenvolvimento de projetos e na produção e comercialização de produtos pirotécnicos, entre sinalizadores de salvatagem para uso civil e militar. www.indiospirotecnia.com.br IVECO Fabricante de veículos pesados, caminhões, ônibus e utilitários leves. http://www.iveco.com/brasil JBS Atua nas áreas de alimentos, couro, biodiesel, colágeno, embalagens metálicas e produtos de limpeza. É a maior exportadora do mundo de proteína animal. www.jbs.com.br KRYPTUS Focada em soluções de segurança da informação, desenvolve, integra e implanta soluções de hardware, firmware e software. www.kryptus.com MEDICAL LIFE Especializada no fornecimento de produtos e equipamentos médico hospitalar. http://www.medicallifebrasil.com.br M&K Oferece assessoria logística e legal para exportação e importação. www.meklogistics.com.br

Megatech Controls Seus principais negócios são: Sistemas de Segurança e Automação Predial. www.megatechcontrols.com.br NAGRA (Kudelski Group) Líder global em segurança digital e soluções de convergência de mídia, com atuação em três setores principais: Digital TV, Segurança Cibernética e public acess. http://www.nagra.com NOVAER Atua na área aeroespacial, focada no fornecimento de soluções avançadas de design e engenharia para a indústria da aviação. www.novaer.ind.br OMNISYS Fornece soluções de alta tecnologia, desenvolvimento, fabricação, qualificação e instalação de equipamentos para aplicações nos segmentos civil, espacial e militar. www.omnisys.com.br OPTOVAC Atua na concepção e execução de projetos inovadores em óptica e optrônica para aplicações nas indústrias de Defesa, Segurança e Aerospacial. http://www.safran-electronics-defense.com/ company/optovac Piter Pan Fabricante de acessórios que são utilizados em fardas, equipamentos, veículos e instalações militares e de redes de camuflagem, visando à proteção e integridade de instalações, veículos e tropas. www.piterpan.com.br POLY DEFENSOR Atua no segmento de tecnologia não letal. http://www.polydefensor.com.br QUARTZO - ENGENHARIA DE DEFESA Linhas de atuação: equipamento de visão noturna, aparelho de pontaria, coletes balísticos, consultoria, optrônicos, viaturas blindadas, entre outros. http://www.quartzoconsultoria.com.br Radix Empresa de engenharia e tecnologia focada em inteligência operacional, melhoria de processos, planejamento e gestão de produção. www.radixeng.com.br RC CONSULTORIA MILITAR Descrição: a empresa oferece serviços de consultoria e assessoria militar e de defesa, contando com o suporte de importantes parceiros nacionais e internacionais. www.rcconsultoriamilitar.com.br


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RF COM Soluções que oferece: unidades móveis integradas para broadcast, para defesa e para telecomunicações; abrigos (Shelters), entre outros. www.rf.com.br

TECHNICAE Produtos de defesa envolvendo projetos de manutenção, revitalização, modernização e fabricação de viaturas e produtos civis e militares. www. technicae.net.br

RJC DEFESA E AEROESPACIAL Atua nas seguintes frentes: explosivos, armas não letais, pirotécnicos, munições não letais, spray incapacitante. www.rjc.com.br

Thales Atua em diferentes frentes, sendo: foco no setor aeronáutico, espaço, transporte rodoviário, segurança e defesa. https://www.thalesgroup.com/en

ROCKWELL COLLINS Possui expertise em aviônicos, eletrônica de cabine, comunicações de missão, gestão da informação, entre outros. www.rockwellcollins.com

TROPICAL Atua na fabricação de motores para barcos.

RUAG indústria e comércio de munições Empresa que atua no segmento de munições. http://www.ruag.com/group/group-home RUSTCON Empresa de consultoria em engenharia, voltada para o desenvolvimento de sistemas de TI de alta complexidade. www.rustcon.com.br SAAB Oferece produtos, serviços e soluções avançadas, incluindo a aeronave de caça Gripen NG, sistemas de alerta aéreo antecipado, treinamento e simulação, C4I, etc. http://saab.com/pt/region/brasil Safety Wall Defesa e Segurança EIRELI Indústria de tecnologia voltada à blindagem arquitetônica e militar. http://www.safetywall.com.br SAM24h Mais do que monitoramento e gravação de imagem, o SAM possui inteligência e eficiência no controle da operação e na detecção de eventos. http://sam24h.com.br SITMED Atua na fabricação de equipamentos para resgate e emergência. www.sitmed.com.br SKM ELETRO ELETRÔNICA Implementa soluções integradas e prestação de serviços que agregam valor aos negócios. Qualificada para empreendimentos que contenham Controle & Automação. www.skmtech.com.br SkyDrones Tecnologia Avionica Desenvolve, fabrica e opera VANTs para captação de imagens e inspeções. http://www.skydrones.com.br/

TRUCKVAN Fabrica implementos rodoviários com foco em furgões de alumínio, equipamentos e Unidades Móveis. www.truckvan.com.br VERTICAL DO PONTO Fabrica paraquedas militares produzidos com alta qualidade além de fardos e pacotes, redes de içamento, colete içador, coldres e bolsa de transporte, entre outros. www.verticaldoponto.com.br VMI Desenvolve tecnologias para geração de imagens por meio de raixo-x. www.vmis.com.br Volkswagen O Grupo Volkswagen é um dos líderes mundiais em produção de veículos e atua também na fabricação de motores, turbocompressores, reatores químicos, e muito mais. www.vw.com.br WEATHERHAVEN DO BRASIL Oferece suporte às Forças Armadas em projetos especiais das forças de paz e nas pesquisas da Antártica. www.weatherhaven.com WELSER ITAGE Atua como representante e distribuidora exclusiva de empresas que oferecem soluções inovadoras e de alta tecnologia aos mercados de defesa e segurança. www.condornaoletal.com.br


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