Boletim Especial Alargado 2009

Page 1

Toda a informação contida neste documento é da inteira responsabilidade da Associação ABRAÇO e das pessoas que nos remetem, tendo sido corrigidos, alterados os nomes e as fotos adaptadas pois não correspondem aos nossos utentes mas apenas a amigos, voluntários e colaboradores. UM BOLETIM PARA PESSOAS INFECTADAS E AFECTADAS PELO VIH/SIDA ® ASSOCIAÇÃO DE APOIO A PESSOAS COM VIH/SIDA EDIÇÃO ESPECIAL ALARGADA ANO 13 - 2009 * DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

ÍNDICE EDITORIAL

Págs.2 e 3 Índice, Editorial & Ficha Técnica

Págs.5 a 10 Dia Mundial de Luta contra a SIDA 2009World AIDS Day 2009 Págs.11 a 17 V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH 2009, Cidade do Cabo, África do Sul - 19 a 22 Julho Pág.18 O seropositivo e o peso da acusação da figura materna, Dr. José António M. Teixeira, Psicoterapeuta Págs.19 a 32 Artigos Informativos sobre o VIH/SIDA Págs.33 a 53 Actividades da Abraço - Em destaque: 1.12.2009

* Lançamento do livro de MARGARIDA MARTINS “Escrita de Luz - Ponte de Afectos”

* Dia Mundial de Luta contra a SIDA Págs.54, 55 e 57 Agendas Nacional e Internacional Pág.56 Agradecimentos + Receita Vegetariana Pág.58 Sugestão Literária Pág.59 Ficha de Sócio Contra-capa Contactos

aceites, são na prática inexistentes ou insuficientes.

EDITORIAL

Este ano o tema do Dia Mundial da Luta Contra a SIDA, 1 de Dezembro, é o “Acesso Universal e Direitos Humanos”, o que faz todo o sentido e tem toda a oportunidade já que, sendo a “Saúde”, a “Assistência na Doença” e o “Acesso aos Cuidados de Saúde” direitos humanos universais fundamentais (consagrados, reconhecidos e plasmados em diversas Convenções, Declarações e Cartas Universais pelos Homens), desventuradamente, em muitas regiões do mundo, ou são totalmente ignorados, ou, apesar de formalmente

Ficha Técnica

R

ecordemos a situação em 2005 (ONU):

O número recorde de infectados pesou duramente no dia mundial de luta contra a SIDA. São mais de 40 milhões de adultos e crianças e o número continua a subir em todas as regiões do mundo, à excepção das Caraíbas, onde a taxa de infecção se encontra estabilizada há dois anos.

O dia foi marcado em todo o Mundo por campanhas de sensibilização e prevenção, mas procurou-se também relembrar aos líderes políticos a necessidade de cumprir promessas, por exemplo, em relação aos medicamentos.

Na África sub-sahariana, que acolhe 60% do total de infectados, só 10% dos doentes têm acesso a medicamentos. As crianças estão entre os mais atingidos.

Só no Botswana, dois milhões de crianças estão infectadas e os medicamentos infantis são dos mais caros. Cerca de doze milhões de outras no país são orfãs devido à SIDA.

O professor Gabriel Amabwani, especialista em SIDA infantil, explica que a maioria das crianças são infectadas à nascença e acrescenta: “Em África, 40% dessas crianças morre no primeiro ano e 85% não atinge os

Edição: ABRAÇO Direcção: ABRAÇO Redacção: António Guarita & Samuel Fernandes Marketing: Vera Aveleira, Heloisa Flores & Patrícia Madeira Cooperação Internacional: António Guarita Serviços Jurídicos: Paula Policarpo Design Gráfico: António Guarita Projectos: Equipa ABRAÇO. Norte, Sul, Ilhas e Voluntários Colaboradores Produção: António Guarita & Samuel Fernandes Distribuição: Centro de Documentação ISSN 0872-8623 Distribuição: Gratuita Depósito Legal: 104216/96 Paginação: António Guarita Impressão: Impriluz Gráfica, Lda. Tiragem: 20 000 Exemplares *A Direcção reserva o direito de alterar ou reduzir os textos dos colaboradores por razões de espaço.

22 ÍNDICE + EDITORIAL + FICHA TÉCNICA
Copyright © ABRAÇO Todos os direitos reservados
Copyright ©
os direitos reservados
ABRAÇO. Todos

EDITORIAL

cinco anos”.

Face à dureza das estatísticas, a ONU pede uma resposta excepcional e tenta impedir que o Mundo baixe os braços.” Ainda de acordo com o ONUSIDA, em 2007 foram infectadas com o VIH 2,7 milhões de pessoas, sendo que a maioria dos infectados com o vírus está concentrada no continente africano, nomeadamente a sul do deserto do Sahara.

Apesar de ser um número assustador, revela uma diminuição de infecções, pelo que o ONUSIDA reconheceu que os esforços contra esta epidemia começam a ter resultados concretos, alertando, porém, que 7500 pessoas são ainda infectadas diariamente em todo o mundo.

Apesar da diminuição do número de mortes e dos casos de novas infecções face a anos anteriores, o organismo considera que os níveis permanecem “inaceitáveis” e que o futuro é ainda “incerto”.

O relatório, que apresenta dados relativos a 147 países, avançou igualmente que existe um decréscimo dos contágios entre mãe e filho, bem como um aumento das pessoas em tratamento.

Ou seja, a pandemia ao nível mundial mantém-se assustadoramente elevada e o continente africano continua sendo o mais afectado, com o terrível cenário do crescente número de órfãos devido à SIDA.

A situação crítica e endémica nesta região do mundo é o sintoma e a consequência da sistemática violação dos direitos humanos e da total falta de vontade dos governos de muitos daqueles países africanos de promover verdadeiras e eficazes políticas/ respostas de acesso universal aos

cuidados médicos, ao tratamento, e à prevenção (todos corolários do direito à saúde).

Urge assim sensibilizar e consciencializar a todos para o tema, com o enfoque naqueles que, querendo, podem, porque lhes assiste o poder para tal (conquistado de forma democrática ou questionável, o que nesta sede é indiferente), alterar a situação nos seus países e não o fazem, simplesmente porque não tratam esta questão como uma prioridade de agenda.

Este tema é ainda uma oportunidade para debater o papel das farmacêuticas, laboratórios e patentes dos medicamentos/tratamentos, na alteração do estado da situação nos países mais afectados, que poderia ser por estes minorada substancialmente e que não o é, hipocritamente, e talvez porque os milhões de infectados da Àfrica ainda que tratados e cuidados, poucas ou nenhumas perspectivas e possibilidades têm de vir a ser população activa/consumidora de bens e produtos.

Mas se nalgumas regiões do mundo a situação é a descrita, é preciso também reconhecer e admitir que na Europa a situação é bastante melhor e muito diferente, já que ao nível dos países da União Europeia e da Europa Ocidental, a questão do acesso universal ao tratamento é uma realidade, ainda que nalguns destes países o número de novos casos continue a aumentar, devido certamente a um conjunto de factores múltiplos e transversais e a políticas de prevenção, menos ou mais conseguidas.

3 Largo José Luís Champalimaud, n.º 4 A 1600-110 Lisboa Tel: (+351) 21 799 75 00 Fax: (+351) 21 799 75 09 Email: geral@abraco.pt EDITORIAL

EDITORIAL

Existem pois no mundo vários cenários distintos ao nível da pandemia, e mesmo na Europa temos realidades a dois andamentos, já que a situação nos países de Leste está longe de estar controlada, sendo até e para aquela região Europeia absolutamente pertinente colocar-se a questão do acesso universal ao tratamento e aos cuidados de saúde como de extrema preocupação e premência.

Entre nós, Portugal, perto de 34 mil portugueses estavam infectados em 2007. De acordo com o Programa Conjunto das Nações Unidas para o VIH/SIDA em Portugal, perto de 34 mil pessoas, com idades superiores a 15 anos, estavam infectadas em 2007 com o vírus do VIH, sendo que as estimativas mais baixas apontavam para 20 mil e as mais altas para 63 mil.

Em 2001, as estimativas da ONUSIDA para adultos e crianças falavam em 29 mil infectados no país, sendo que o melhor cenário apontava para 18 mil e o pior para cerca de 51 mil.

Até ao final de Setembro de 2007 estavam registados em Portugal, segundo o Ministério da Saúde, mais de 32 mil casos de SIDA, com um anterior relatório das Nações Unidas a indicar que Portugal era o quarto país da Europa Ocidental com mais casos novos diagnosticados em 2006.

Em Fevereiro de 2008, o Instituto Nacional de Estatística revelou que o número de casos de SIDA diagnosticados em território nacional tinha diminuído entre 2000 e 2006: enquanto em 2000 foram diagnosticados 1022 novos casos de infecção, em 2006 o número baixou para 577, um decréscimo de 56,5 por cento.

Dados recentes do Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge apontam para

a existência de 35 mil pessoas infectadas com o vírus da imunodeficiência humana em Portugal.

Em suma, o Dia Mundial da Luta Contra a SIDA é importante porque, nesse dia, em todo o mundo, o enfoque é para esta questão que a todos nós afecta e que, pela sua desconcertante e assustadora dimensão, deveria estar nas agendas políticas mundiais, permanentemente, e ser considerada prioritária, o que, infelizmente, não acontece.

Paula Policarpo

Vogal da Direcção Associação Abraço

EDITORIAL
44

RECEPÇÃO

5 ARTIGOS
- 2ª a 6ª feira Email:
1 DE DEZEMBRO - Dia Mundial de Luta contra a SIDA XVII Gala dos Travestis Realização e Produção de Carlos Castro TEATRO SÃO LUIZ APRESENTA XVII GALA DOS TRAVESTIS 01 DE DEZEMBRO – 21:30H. A favor da ABRAÇO DESTAQUE AS HOMENAGENS – 10 ANOS Centenário de BEATRIZ COSTA Centenário de CARMEM MIRANDA Tributo a ARY DOS SANTOS 10 ANOS – AMÁLIA 10 ANOS - RUTH BRYDEN Colaboração Especial Teatro Maria Vitória – Baila a Revista
Isabel Medina / Eládio Clímaco / Wanda Stuart CONVIDADAS ESPECIAIS Simone de Oliveira / Bárbara Guimarães / Vicky Fernandes
Horário: 9H-19H
expediente@abraco.pt
APRESENTAÇÃO

Dia Mundial de Luta contra a SIDA 2009

O Acesso Universal e os Direitos Humanos

A Campanha Mundial contra a SIDA chegou à selecção do tema Acesso Universal e Direitos Humanos, após consulta estreita junto dos representantes dos diversos distritos, representantes dos meios de comunicação de organizações parceiras, e os amigos da Campanha Mundial contra a SIDA.

Algumas oportunidades apresentadas por este tema

A possibilidade de chamar a atenção para as populações afectadas

Fazer parte do momento actual em torno da questão dos direitos humanos

Aproveitar o tema dos direitos humanos como uma abordagem abrangente que está directamente ligada ao acesso universal

quando combinados.

Convenções e definições dos direitos humanos acordadas internacionalmente são uma base sólida de apoio, em particular na interacção com os governos.

Por que é que o tema é oportuno? 2010 será um marco para os Objectivos do Desenvolvimento do Milénio, incentivando a revisão de alto nível do que tem sido alcançado ou não, com o objectivo de conseguir o acesso aos tratamentos e cuidados de saúde de todos aos cuidados essenciais, até 2010.

A actual crise económica mundial está a obrigar os governos a tomar algumas decisões difíceis. O Dia Mundial de Luta contra a SIDA é uma oportunidade importante para realçar a necessidade fundamental de acesso universal aos cuidados essenciais.

Já houve casos preocupantes de programas de tratamento do VIH e da SIDA que foram reduzidos ou encerrados devido a restrições orçamentais.

A linguagem e a estrutura dos direitos humanos tornam possível um novo diálogo e abrangem muitas questões, incluindo o direito à informação, o direito ao tratamento, à não discriminação, bem como o direito à saúde.

Os direitos humanos e o acesso universal são temas muito vastos e abrangentes que se complementam mutuamente

66 ARTIGOS

Dia Mundial de Luta contra a SIDA 2009 O Acesso Universal e os Direitos Humanos

O tema apresenta uma oportunidade para fazer com que as relações entre as violações dos direitos humanos e as taxas de infecção pelo VIH sejam entendidas.

A nossa mensagem é que o acesso para todos à prevenção, ao tratamento, aos cuidados médicos e ao apoio é um direito humano fundamental que é impossível dissociar a partir da discussão de como podemos combater o VIH e a SIDA, agora e no futuro.

concentração crescente sobre o Direito à Alimentação), que ajuda a aumentar a consciencialização sobre os direitos humanos e a sua linguagem, e dá mais credibilidade aos acordos internacionais relativos aos direitos humanos e às suas prioridades no direito internacional.

O tema e as necessidades dos direitos humanos podem ser fortemente articulados através de histórias contextuais e de estudos de casos da vida real conformes aos princípios da igualdade e do valor de todos os seres humanos.

A abordagem dos direitos humanos é abrangente, estando directamente associada à resposta necessária para o acesso universal ao tratamento, à prevenção, aos cuidados médicos e ao apoio.

À luz da avaliação da abordagem dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio, a mensagem de que o acesso ao tratamento para todos é essencial na forma como lidamos com o VIH e a SIDA no mundo está completamente entrelaçada.

Este tema oferece uma boa oportunidade para destacar a situação dos mais estigmatizados e marginalizados no seio das comunidades que são muitas vezes negligenciadas.

As abordagens com base nos direitos estão a ser reforçadas noutras áreas da campanha (por exemplo, há uma

Associando o Acesso Universal aos Direitos Humanos ajuda a incluir as questões de diagnóstico e de tratamento do VIH nos fóruns existentes e perante os líderes mundiais que já estão empenhados na luta por uma agenda sobre direitos humanos.

A África do Sul será a anfitriã da Taça do Mundial da FIFA de 2010 trazendo visitantes e jornalistas de todo o mundo a um país que tem sido, e continua a ser, profundamente afectado pela epidemia da SIDA.

2009 marca o 20º aniversário da Convenção sobre os Direitos da Criança.

Este aniversário é uma ocasião especial Continua na página 8

SERV. ADMIN. & FINANCEIROS Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: controlo@abraco.pt Email: tesouraria@abraco.pt Email: recursos.humanos@abraco.pt

7 ARTIGOS

World AIDS Day 2009 Universal Access and Human Rights combined

The World AIDS Campaign arrived at the selection of the theme Universal Access and Human Rights after close consultation with representatives of various constituencies, communications and media representatives of partner organizations, and friends of the World AIDS Campaign.

Some opportunities presented by this theme

The possibility to draw attention to key populations

To be part of the current momentum around the issue of human rights

To take advantage of the theme of human rights as a comprehensive approach that ties directly to universal access

The language and framework of human rights makes new dialogue possible, and pulls together many issues including the right to information, right to treatment, non- discrimination as well as the right to health.

Human rights and universal access are very broad and encompassing themes that complement each other when

Internationally agreed conventions and definitions of human rights are a solid advocacy base, particularly in interacting with governments.

Why is the theme timely?

2010 will be a milestone for the Millennium Development Goalsencouraging high level review of what has, and has not, been accomplished in the aim to achieve access for all to essential care by 2010.

The world’s current economic woes are forcing governments to make some painful decisions. World AIDS Day is an important opportunity to emphasise the critical need for universal access to essential care.

There have already been alarming instances of HIV and AIDS treatment programs being curtailed or shut down due to budgetary restrictions. The theme presents an opportunity to make understood the links between violations of human rights and HIV infection rates.

Our message is that access for all to prevention, treatment, care and support is a fundamental human right that is impossible to decouple from the discussion of how we tackle HIV and AIDS now and in the future.

In light of the approaching assessment of the Millennium Development Goals, the message that access to treatment for all is essential in how we approach HIV and AIDS globally is completely entwined

This theme offers a good opportunity to highlight the plight of the most stigmatised and marginalised within communities who are often neglected.

Rights-based approaches are being

88 ARTIGOS

World AIDS Day 2009 Universal Access and Human Rights

strengthened in other campaign areas (e.g. there is a growing focus on the Right to Food) which helps to raise awareness about human rights and its language; and gives more credence to the international agreements related to human rights and their precedence in international law.

The theme and needs of human rights can be powerfully articulated through contextual stories and real life case studies to principles of equality and the value of all human beings.

The human rights approach is comprehensive, tying directly into the response needed for universal access to treat ment, prevention, care and support. Linking Universal Access to Human Rights helps bring the HIV diagnosis and treatment issues into existing fora and before world leaders who are already commit ted to pursuing a human rights agenda.

South Africa will host the 2010 FIFA World Cup bringing visitors and report ers from across the globe to a country that has been, and continues to be, deeply affected by the AIDS epidemic. 2009 marks the 20th anniversary of the Convention on the Rights of the Child.

This anniversary is a special occasion lending weight to the need to pro tect the rights of children- including their rights relating to HIV and AIDS.

A Truly Global Campaign

In order to ensure maximum impact- the World AIDS Campaign and its partners intend to encourage, assist, and publi

cise events around the world spanning the 24-hour time zone on December 1st. But of course we can all do more than that. Key events coming up include ICAAP, the G20, Rights of the Child an niversary and many more.

Source: Denis Burke http://www.worldaidscampaign.org/en/UniversalAccess-and-Human-Rights

MARKETING & PRODUÇÃO

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira

Email: marketing@abraco.pt

9 ARTIGOS

Continuação da página 5 conferindo peso à necessidade de proteger os direitos das crianças, incluindo os seus direitos relacionados com o VIH e a SIDA.

Uma Campanha Verdadeiramente Global

Com o objectivo de garantir o máximo impacto, a Campanha Mundial de Luta contra a SIDA e os seus parceiros pretendem incentivar, apoiar e divulgar eventos em todo o mundo ao longo das 24 horas, em todos os fusos horários, no dia 1 de Dezembro.

Mas é claro que todos nós podemos fazer mais que isso. Os principais eventos que se aproximam incluem o ICAAP, o G20, o aniversário dos Direitos da Criança e muitos mais. Queremos ouvir as suas ideias para ajudar a construir o momento que nos leva ao dia 1 de Dezembro. Uma das ideias que já testámos é o uso dos postais.

Até agora têm sido muito bem recebidos na África do Sul, onde pedimos aos membros do público em geral para os preencher e para os enviar ao Ministério da Saúde, instando-o a manter os seus compromissos internacionais sobre o Acesso Universal e o direito à saúde.

Fonte do original: Denis Burke http://www.worldaidscampaign.org/en/UniversalAccess-and-Human-Rights Tradução: António Guarita, Coordenador do Boletim

1010 ARTIGOS
Dia Mundial de Luta contra a SIDA 2009 O Acesso Universal e os Direitos Humanos

V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul

O carácter de excepção da SIDA é um conceito defensável, diz Stephen Lewis

A ideia de que a SIDA é uma doença excepcional, requerendo, por isso, uma resposta de carácter também excepcional, constitui um conceito perfeitamente defensável.

Foi este o teor principal das palavras que Stephen Lewis, antigo Enviado Especial da ONU para a SIDA em África, proferiu na sessão de abertura da 5a Conferência da International AIDS Society sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, ontem à noite (19.07.2009), na Cidade do Cabo, na África do Sul.

Também acusou aqueles que criticam os níveis de financiamento do combate ao VIH/SIDA de agirem com base em sentimentos, como o ressentimento e a inveja profissional.

As fortes palavras de Lewis constituem o primeiro sinal de que nomes importantes na área da SIDA se estão a preparar para uma defesa muito mais agressiva dos actuais níveis de financiamento, após se terem ouvido, nos últimos tempos e de forma crescente, críticas referindo que a infecção pelo VIH está a receber uma fatia desproporcionada dos recursos mundiais para a saúde e que estas alocações financeiras têm vindo a ser conduzidas mais pelas circunstâncias dos países doadores do que pelas necessidades de cada país.

Mesmo no seio da comunidade dos especialistas em VIH, tem havido algumas críticas ao modo como a prevenção e a assistência às pessoas atingidas pelo

COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: coop.internacional@abraco.pt

11
Cerimónia de Abertura © All photos on the International AIDS Society Conference in Cape Town are by Simon Deiner/SDR Photos
ARTIGOS

VIH tem levado ao desenvolvimento de modelos excepcionais de práticas, como a realização de aconselhamento antes do teste do VIH, o que, dizem os críticos, impede o diagnóstico.

“Percorri os países africanos de elevada prevalência do VIH durante mais de cinco anos; e se não me deparei com a mais excepcional das doenças transmissíveis do século 20, então a palavra ‘excepcional’ precisa de ser redefinida”, referiu Lewis na sua intervenção.

“Como consequência desse carácter de excepção e da incrível luta desenvolvida pelos defensores e activistas do VIH/ SIDA ao nível das comunidades, em

todo o mundo, a SIDA tem recebido financiamento, muito financiamento… nunca suficiente, é verdade, mas suficiente, pelo menos, para se reconhecer o seu carácter de excepcionalidade”.

“Mas depois vêm os detractores, guiados pelo ressentimento, ressentimento pelo sucesso do movimento em volta do VIH/ SIDA. Os seus argumentos aritméticos, onde se alega que a SIDA tem vindo a receber demasiado dinheiro, à custa de outros imperativos de saúde… não são mais do que pura inveja académica e burocrática. Eu sei que não é suposto eu dizer isto, mas tem de ser dito.”

“E porquê? Porque os críticos sabem que não se trata de pôr em confronto um problema de saúde contra outro problema de saúde. Os críticos sabem que é, sim, uma questão de confrontar as necessidades em termos de recursos

V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul
1212
ARTIGOS

V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul

globais para a saúde com os gastos absurdos que o mundo faz noutras coisas. Mas o ressentimento que ferve e pulsa debaixo da superfície, cria este falso argumento”.

“Faço, pois, um apelo aos cientistas e activistas aqui reunidos para não lutarem no terreno dos seus oponentes. A vossa vida inteira tem sido dedicada à SIDA. Vocês sabem quais as legítimas necessidades de recursos. Não podem, pois, permitir que um argumento engenhoso – o que defende que se aceite o tamanho da tarte, mas que se distribua a tarte de forma diferente, em vez de se exigir uma tarte maior –venha a ser usado para justificar um terrível recuo em termos de políticas públicas. As pessoas infectadas pelo VIH ou em risco de infecção são subitamente atiradas para o terreno da ambiguidade nos tratamentos e tudo o que até agora alcançámos é posto em perigo”.

Fonte: Keith Alcorn, nam, 20.07.2009 http://www.aidsmap.com/pt/news/128F3F93-92374320-800A-CAAF76D669CE.asp

Alterar as prioridades da prevenção do VIH na área biomédica

A conferência da IAS também abriu com um reparo, uma reprimenda às nações industrializadas líderes, pelo seu fracasso em cumprir a promessa de acesso universal à prevenção e aos tratamentos do VIH.

Em 2005, os líderes mundiais comprometeram-se a financiar o tratamento e a prevenção do VIH para todos aqueles que precisassem dos mesmos.

“Temos de responsabilizar os líderes do G8 pelo fracasso em cumprir as suas promessas” afirmou o Professor Julio Montaner, Presidente da Internacional AIDS Society.

A conferência deste ano tem lugar na Cidade do Cabo, na África do Sul, um país onde a prevalência do VIH em adultos é aproximadamente de 20%.

Foi dito aos delegados que o financiamento sustentado para os projectos de tratamento e prevenção para o VIH poderiam diminuir o número de infecções.

ASSESSORIA JURÍDICA

Tel: 937146310 Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: gab.juridico@abraco.pt

13 ARTIGOS

V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul

O Professor Montaner lembrou que a incidência do VIH tinha descido em países que receberam financiamento do US President’s Emergency Programme for AIDS Relief (PEPFAR). “Que haja mais PEPFARs do que promessas vazias”, disse Montaner.

Numa demonstração prévia à cerimónia de abertura da conferência, activistas para o tratamento apelaram ao governo Sul-africano para aumentar o seu programa de tratamento da infecção pelo VIH.

10% em 2008, ao passo que houve um aumento significativo de dinheiro disponível para os microbicidas e para profilaxia pré-exposição (PREP).

Contudo, a diminuição do financiamento nas vacinas deveu-se mais ao término de dois grandes estudos do que ao abrandamento económico global.

“Enfrentamos enormes desafiostanto a nível científico como económico - nos próximos anos, mas não devemos perder de vista o ímpeto que conseguimos. Esta área precisa de um apoio sustentado a partir de um leque variado de financiadores. A epidemia da SIDA não dá sinais de abrandamento e a desesperada necessidade de novas opções na área da prevenção não vai mudar”, afirmou Mitchell Warren, da AIDS Vaccine Advocacy Coalition.

Actualmente 600 000 pessoas recebem medicamentos anti-retrovirais através do sistema de saúde pública do país, mas este número está longe dos objectivos pretendidos.

Em muitos locais de recursos limitados, a terapêutica anti-retroviral inclui d4T (estavudina), um medicamento associado a efeitos secundários graves. Os activistas querem que este medicamento seja substituído pelo tenofovir, que é uma opção mais segura.

De acordo com os números divulgados na abertura da conferência, o financiamento para a investigação de uma vacina para o VIH diminuiu

Ao longo do último ano, a verba para a investigação de microbicidas aumentou 8% e para a PREP 13%. Pensa-se que estas duas opções podem ajudar a prevenir um número significativo de infecções e é provável que estejam disponíveis muito antes de uma

1414
ARTIGOS

O financiamento de vacinas do VIH desce 10% em 2008

De acordo com os dados divulgados hoje, pelo HIV Vaccine and Microbicide Resource Tracking Working Group, o financiamento na investigação de vacinas para a SIDA diminuiu 10% em 2008, pela primeira vez na última década.

Ao mesmo tempo, o financiamento dos microbicidas e da profilaxia préexposição (PREP) aumentou 8 e 13% respectivamente, em 2008.

"O apoio e interesse na investigação da prevenção do VIH a partir de fundos públicos, privados e filantrópicos na última década tem apoiado pontos-chave na Investigação & Desenvolvimento (I&D) de prioridades, avançando esta área de trabalho e trazendo para mais perto novas opções de prevenção”, afirmou Mitchell Warren, Director Executivo da AIDS Vaccine Advocacy Coalition (AVAC).

O declínio em 2008 na investigação de

CONTEÚDOS E INFORMAÇÃO

vacinas não é atribuível ao abrandamento económico global, segundo afirmou o grupo de trabalho. Em vez disso, foi parcialmente atribuído ao término dos ensaios clínicos do Step e Phambili, que testavam o desenvolvimento de uma vacina candidata através da farmacêutica Merck. O ensaio Step demonstrou que o produto não só era ineficaz, como os resultados levaram a uma diminuição na investigação de vacinas, o que redireccionou os esforços da investigação para a investigação básica laboratorial.

No entanto, outros estudos importantes sobre vacinas prosseguem. A South African AIDS Vaccine Initiative anunciou hoje o início de um ensaio para o estudo de uma vacina desenvolvida por cientistas sul-africanos. Os resultados, sendo este o maior ensaio de sempre e que conta com a participação de 16 000 pessoas, são também esperados para o final do ano.

A diminuição do investimento por parte do US National Institute of Health contribuiu para o declínio geral no financiamento da I&D.

Sócios: Carlos Gonçalves-socios@abraco.pt N/Sócios: geral@abraco.pt Voluntários: Patrícia Madeira-voluntarios@abraco.pt Reclusos: Andreia Rodrigues-andreia.rodrigues@abraco.pt

V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul
15
ARTIGOS
A Tuberculose Resistente e a infecção pelo VIH: Que podemos fazer agora?

V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul

O investimento público dos E.U.A. caiu 39 milhões de dolares, correspondendo a uma diminuição de 6%. Outros governos diminuíram também o financiamento na área da investigação de uma vacina contra o VIH em 2008: o financiamento do governo europeu desceu 13% e o financiamento total de outros países (inclusive Brasil, Canadá, Índia, África do Sul e Tailândia) diminuiu 16%.

Enfrentamos enormes desafios - tanto a nível científico como económiconos próximos anos, mas não devemos perder de vista a dinâmica que adquirimos. Esta área precisa de um apoio sustentado a partir de um leque variado de financiadores. A epidemia não dá sinais de abrandamento, e a necessidade urgente de novas opções na área da prevenção não vai mudar”, afirmou Mitchell Warren.

"A crise económica mundial tem alimentado o debate sobre a melhor forma de investir na saúde global, com algumas pessoas a argumentar que a SIDA tem recursos à custa dos esforços de outras doenças e para melhorar os sistemas de saúde no mundo em desenvolvimento. Mas, visto que a SIDA ocupa o primeiro lugar de mortes na África sub-sahariana e o quarto lugar a nível mundial, é imperativo inverter esta pandemia, que só é possível através dos melhores métodos de prevenção, incluindo a disponibilização de uma vacina. Se conseguirmos vencer a SIDA, seremos capazes de investir recursos em outras prioridades urgentes ", afirmou Seth Berkley, Presidente e CEO da International AIDS Vaccine Initiative.

O relatório, “Adapting the reality: Trends in HIV Prevention Research Funding 2000 to 2008”, foi lançado na V Conferência Internacional sobre Patogénese do VIH, Tratamento e Prevenção, na Cidade do Cabo, na África do Sul, pelo HIV Vaccine and Microbicide Resource Tracking Working Group.

O relatório identificou investimentos de quase 1,2 mil milhões dólares na área da investigação da prevenção do VIH em 2008, dos quais 868 milhões foram direccionados para a I&D de vacinas e 244 milhões para a I&D de microbicidas, enquanto outras áreas de I&D no campo da prevenção receberam quantias muito inferiores. A investigação de uma vacina desceu pela primeira vez desde 2000, caindo dez por cento a partir dos níveis de 2007. Paralelamente, o financiamento dos microbicidas e da profilaxia préexposição (PREP) aumentou 8 e 13%, respectivamente.

O governo norte-americano foi novamente o principal financiador na investigação para a prevenção do VIH, direccionando 71% do apoio à I&D de vacinas contra o VIH, 63% para a I&D de

1616
ARTIGOS

microbicidas e 46% para a investigação da PREP em 2008.

O Grupo de Trabalho inclui a AIDS Vaccine Advocacy Coalition (AVAC), a Alliance for Microbicide Development (ADM), a International AIDS Vaccine Initiative (IAVI) e o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre VIH/SIDA (ONUSIDA). Para mais

O seropositivo e o peso da acusação

da figura materna

Logo que uma pessoa se sente só ou “separada”, a angústia apodera-se dela e tanto faz que seja uma criança de seis meses como um adulto de quarenta ou mais anos.

Todos nós somos movidos pela necessidade de de segurança e de bemestar e a nossa maior segurança é-nos dada pelo amor e protecção da mãe.

Portanto segurança essencial é igual a conservar o amor da mãe assim como angústia equivale à sensação de ter perdido esse amor, de ser moralmente rejeitada, e neste caso a sociedade assume simbolicamente o papel da mãe.

“Se cometeres um erro, se mostrares a tua verdadeira personalidade, deixarei de gostar de ti” ou seja “abandonar-teei”!

O doente seropositivo sente obviamente que foi”abandonado” que cometeu uma falta e que deve pagar o que é justo, para ele é a lei da mãe/sociedade que já não gosta dele e que o repudia: Eis algumas declarações de analizandos meus seropositivos: ”Minha mãe diziame sempre: Se desobedeceres, deixarei de gostar de ti.. . .!-”De cada vez que praticava alguma “maldade”,minha mãe amuava como se eu fosse um criminoso . . . !”-”Se continuares a ser mau, abandonar-te-ei à esquina de uma rua qualquer, e Nosso Senhor também, o diabo virá buscar-te”-”Até

Continua na página 18

17
IAS 2009 – OS NÚMEROS • 5,800+ participantes • 360 voluntários • 1,000+ Fãs do Facebook • 123 países representados • 197 beneficiários de apoio financeiro (scholarships) • 299 representantes da comunicação social • 2,400+ abstracts apresentados com 1,550+ aceites • 59 sessões no total • 12 discursos em plenário • 5 sessões especiais • 49 demonstrações • 35 reuniões satélite • 6 prémios científicos V Conferência Internacional sobre Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH, 2009 - Cidade do Cabo, África do Sul ARTIGOS APARTAMENTOS DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO Tel: 937146315 Horário: 09H-18H - 2ª a 6ª feira Email: cad.aat@abraco.pt
informação on-line, consulte o link www.hivresourcetracking.org Fonte: Keith Alcorn, nam, 20.07.2009 http://www.aidsmap.com/pt/news/6E42C2BC468E-42FA-9F85-3222408474E4.asp

à idade de quinze anos ouvi a minha mãe dizer-me; desobedeceste-me, só voltarei a falar-te quando me tiveres pedido perdão. Nesses momentos havia em mim muita angústia mas também muito ódio.Nunca era eu próprio. Devia sempre ser como minha mãe queria que fosse e sei muito bem que, apesar da minha hostilidade contra ela, os seus amuos angustiavam-me tanto que fazia fosse o que fosse só para lhe agradar e apercebo-me agora a que ponto tudo isso era profundamente inconsciente...!”.

Conforme o que acabámos de ver a atitude da mãe/sociedade resumese muitas vezes nisto: -Se não desempenhas o papel que eu exijo de ti, se infrigires a minha lei, se não fores o que eu quero que sejas, se não fizeres o que eu quero que faças, abandonar-te-ei. Terás a sensação de ser moralmente culpado. Não te perdoarei e não te aceitarei de novo senão quando te submeteres à minha lei.

O resultado lógico deste procedimento é o seguinte: Sempre que o sujeito comete uma falta, ou antes um erro, sente-se moralmente culpado, logo excluído, e ameaçado por perder o amor da mãe, leia-se a aceitação social, e ao mesmo tempo, por perder todo o sentimento de segurança.

E pouco a pouco, implacavelmente, como uma tenaz, a neurose instala-se e o doente seropositivo rejeita o direito de viver, de ser feliz, de ter o seu lugar

por direito próprio na sociedade, a espontaneidade, a autenticidade, a autonomia morrem e a opinião dos outros torna-se um molosso com o qual há que que contemporizar a cada momento.

A relação com o psicoterapeuta surge então como a procura desesperada de recuperar o direito da sensação de ser amado, seja em que ocasião e lugar for e com quem for, aliás acontece muitas vezes no decorrer de uma psicoterapia que o paciente inconscientemente agressivo se mostra de uma submissão exemplar e de uma delicadeza a toda a prova. Trata-se pois, de uma forma de resistência, o sujeito resiste, uma vez que dar vazão à sua agressividade representa para ele um grave perigo, o de ser desprezado e julgado pelo psicoterapeuta para o qual transferiu todo o peso e significado simbólico da mãe/sociedade.

Reside aqui o papel preponderante do psicoterapeuta como, figura contentora, despenalizadora, desconstrutiva e reconstrutiva, ou seja reparadora da sanidade mental do sujeito.

Continuação da página 17
1818 ARTIGOS
O seropositivo e o peso da acusação da figura materna

Vacina reduz o risco de infecção pelo VIH em um terço, num ensaio clínico de larga escala

dois produtos a um regime de placebo administrados a 16 mil adultos recrutados a partir de 2003.

O promotor do estudo anunciou que uma combinação de duas vacinas contra a infecção pelo VIH reduziu o risco de infecção para quase um terço num estudo de larga escala efectuado na Tailândia. É a primeira demonstração de que a vacina contra a infecção pelo VIH pode proteger contra a infecção, mas os cientistas afirmam que serão necessárias mais investigações antes de aparecer uma vacina que possa ser administrada num grande número de pessoas.

“Este é um dia histórico na investigação iniciada há 26 anos para o desenvolvimento de uma vacina contra a SIDA,” afirmou o Dr. Alan Berstein, director executivo do Global HIV Vaccine Enterprise.

“Esta é a primeira candidata a vacina contra a infecção pelo VIH que reduz com sucesso o risco de infecção pelo VIH em seres humanos. Estamos animados e satisfeitos com o resultado deste ensaio clínico e damos os parabéns a todos os seus participantes,” disse o Tenente General Eric Schoomaker, Cirurgião Chefe do Exército Americano e patrocinador do ensaio clínico.

O ensaio clínico, denominado RV 144, comparou um regime de vacinação com

CAD

O estudo recrutou adultos em duas províncias da Tailândia, com elevada prevalência de VIH (Chon Buri e Rayong), mas não escolheu como alvo específico indivíduos em risco elevado de infecção pelo VIH. Os voluntários para o estudo foram adultos com idades compreendidas entre os 18 e os 30 anos que deram o seu consentimento informado.

Os participantes foram aleatórios para receberem ou um conjunto inicial de vacinas ALVAC e depois vacinas potenciadoras AIDSVAX, um produto anteriormente testado em grandes ensaios clínicos mas sem provas de sucesso ou então a vacina placebo.

A presença de AIDSVAX no regime de vacinação era uma das razões porque muitos peritos não esperavam que o ensaio clínico tivesse um resultado positivo.

No ensaio a combinação de ALVAC® VIH e AIDSVAX® B/E baixou a taxa de infecção pelo VIH em 31,2% quando comparada com o grupo que recebeu placebo. Esta redução foi estatisticamente significativa, o que significa que a possibilidade do resultado se dever ao acaso é muito baixa, mas os intervalos de confiança para a estimativa no risco da redução foram grandes (p=0,039,95% intervalo de confiança 1,1% - 51%).

Na análise final, 74 pessoas do braço Continua na página 20

– CENTRO DE APOIO DOMICILIÁRIO

Tel: 937146315

Horário: 09H-18H - 2ª a 6ª feira Email: cad.aat@abraco.pt

19 ARTIGOS

Vacina reduz o risco de infecção pelo VIH em um terço, num ensaio clínico de larga escala

Continuação da página 19

que recebeu placebo foram infectadas pelo VIH, comparadas com as 51 no braço da vacina. As pessoas infectadas que receberam a vacina apresentaram cargas virais semelhantes às infectadas no braço do placebo.

Serão apresentados resultados mais detalhados deste estudo no próximo mês na AIDS Vaccine Conference, de 19 a 22 de Outubro em Paris, França.

Os produtos utilizados no estudo não serão candidatos imediatos a aprovação. Os resultados do ensaio clínico, que foi considerado uma “prova de conceito”, serão utilizados como base de futuros ensaios clínicos para uma vacina.

Os patrocinadores deste estudo incluem o Exército Americano, o Ministro Tailandês da Saúde Pública, o Instituto Nacional de Alergias e de Doenças Infecciosas dos Estados Unidos, parte dos Institutos Nacionais de Saúde, Sanofi Pasteur (o criador do ALVAC), e o Global Solutions for Infectious Diseases (GSID), o detentor do AIDSVAX. Os responsáveis do estudo já estão a trabalhar com peritos externos para determinarem a necessidade de estudos adicionais para este regime de vacinação e considerar o impacto das conclusões deste estudo em outras candidatas a vacinas para o VIH.

Fonte: Keith Alcorn, nam http://www.aidsmap.com/pt/news/8E672F42-776F4093-98F9-36A461598497.asp

A supressão imunitária e o cancro

A supressão imunitária desempenha um papel importante no desenvolvimento de cancros não relacionados com SIDA

De acordo com um grupo de investigadores australianos, numa carta publicada na edição de 1 de Junho da revista AIDS, a supressão imunitária prolongada nas pessoas com VIH desempenha um importante papel no desenvolvimento de cancros não-definidores de SIDA.

Os investigadores foram levados a escrever para a revista depois da publicação de um estudo norteamericano, do início deste ano, que tinha descoberto que nem a contagem de CD4s, nem o uso de terapêutica ARV constituíam factores de risco para tais cancros.

Os autores fazem notar que este estudo, que envolveu 4500 pessoas com diagnóstico de infecção pelo VIH feito entre 1984 e 2006, não incluiu uma análise do impacto da duração acumulada da supressão imunitária sobre o risco de desenvolver neoplasias.

Além disso, os investigadores australianos chamam a atenção para os achados de uma outra investigação, que mostra uma relação clara entre o risco

2020 ARTIGOS

A supressão imunitária e o cancro

de cancros não-definidores de SIDA e a supressão imunitária.

O estudo D:A:D examinou os factores de risco para a mortalidade por cancro em 23 500 doentes em terapêutica ARV. Entre os factores de risco para morte por um cancro não definidor de SIDA encontrava-se a última contagem de CD4s. A análise univariada dos resultados deste estudo também mostrou que a duração acumulada da supressão imunitária – definida como o tempo passado com uma contagem de células CD4 inferior a 200/ mm3 –também tinha significado.

Numa outra investigação, conduzida por investigadores do Chelsea and Westminster Hospital, de Londres, também se mostrou que uma contagem de células CD4 mais baixa de sempre inferior a 200/mm3 e o uso de terapêutica ARV eram factores de risco para o desenvolvimento de um cancro não definidor de SIDA. Refira-se que esta investigação envolveu mais de 11 000 doentes, que frequentaram o hospital entre 1983 e 2007.

“Pensamos que os achados destes estudos sugerem que a imunossupressão relacionada com a infecção pelo VIH desempenha um

papel de facto importante no risco de cancros específicos na era da HAART”, comentam os autores. Chamam a atenção para “a notável semelhança entre a gama de cancros que ocorrem em taxas elevadas nos receptores de transplantes de órgãos sólidos e nas pessoas infectadas pelo VIH, facto que vem apoiar fortemente a ideia de um efeito da imunossupressão prolongada sobre a incidência do cancro”.

Assim, e perante estas conclusões, os autores recomendam que os estudos de grandes coortes no futuro venham a examinar “os efeitos independentes do envelhecimento, da gravidade da imunossupressão (dependente do tempo) e da duração acumulada da imunossupressão sobre o risco de cancro”.

Os investigadores ainda recomendam que o papel destes factores no desenvolvimento de cancros individuais, ou grupos de cancros – como os causados pelo mesmo vírus – deve ser examinado.

Eles acreditam que esse tipo de análise irá “servir de instrumento de apoio ao desenvolvimento de estratégias para minimizar ou evitar a ocorrência de neoplasias em pessoas com imunodeficiência prolongada”.

Referência

Vajdic CM et al. A role of ageing in HIV infection in HIV-related cancer risk. AIDS 23: 1183-84, 2009.

Fonte: Michael Carter, nam www.aidsmap.com

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira

Email: centro.documentacao@abraco.pt

21 ARTIGOS

Carga viral associada a função renal em doentes com VIH

A carga viral do VIH está associada a alterações na função renal, afirmam investigadores na edição de 1 de Junho da AIDS.

Os investigadores Norte-Americanos descobriram que o aumento da carga viral está associado à deterioração da função renal. Em contraste, a diminuição da carga viral e o aumento da contagem de células CD4 foram acompanhados por uma melhoria da condição dos rins. “Portanto, pode afirmar-se que o tratamento da replicação viral activa com HAART (terapêutica antiretroviral altamente eficaz) pode desacelerar a progressão da disfunção renal” afirmam os investigadores.

A doença renal tem sido reconhecida como uma possível complicação da infecção pelo VIH. A nefropatia associada ao VIH (HIVAN) foi associada com doença avançada. Esta condição tornou-se muito mais rara desde que o tratamento eficaz para o VIH esta disponível. No entanto, a disfunção renal continua a ser observada em doentes com infecção pelo VIH. Uma grande parte pode ser atribuída a factores de risco incluindo elevada pressão arterial. Há ainda a preocupação que o tratamento com alguns anti-retrovirais possa afectar os rins. Alguns estudos salientaram que a imunossupressão e o aumento da carga viral como factores de risco para doença renal.

A medição da cistatina C tem demonstrado ser uma forma precisa

de avaliar a taxa de filtração glomerular (GFR), um indicador importante da função renal.

Os investigadores do estudo FRAM, inicialmente concebido para monitorizar as alterações na gordura corporal em indivíduos seropositivos, desenharam um estudo de caso controlado para avaliar alterações na função renal em 554 indivíduos seropositivos e em 230 indivíduos controle. A função renal foi monitorizada durante um período de cinco anos.

Surpreendentemente, os investigadores descobriram que durante o seguimento dos doentes seropositivos foi observado uma ligeira melhoria da função renal comparado com a deterioração da função renal observada em controles (p=0,012).

No entanto, os investigadores também verificaram que houve uma distribuição mais alargada dos valores de função renal entre doentes seropositivos do que no grupo controle. Uma maior proporção de indivíduos seropositivos quando comparada com o grupo de indivíduos controle (seronegativos)

Continua na página 24

2222 ARTIGOS
23 CAMPANHAS CAMPANHA “COMBATE O ESTIGMA” Veja mais sobre esta Campanha na página 51 BOLETIM (requisição de boletins) Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: boletim@abraco.pt

Continuação da página 22

Carga viral associada a função renal em doentes com VIH

apresentava um declínio na função renal (18% vs. 13%, p= 0,002) e uma melhoria na função renal (26% vs. 6%, p>0,0001).

Após controlar para possíveis factores contaminantes, os investigadores descobriram que quando comparados com os controles (P=0,0004), os doentes seropositivos apresentavam o dobro do risco de declínio da função renal, mas eram sete vezes mais prováveis de apresentar uma melhoria (p>0,0001).

No final do acompanhamento, 8% dos doentes seropositivos tinham desenvolvido doença renal crónica quando comparado com 1% no grupo controle (p=0,014).

A seguir, os investigadores estudaram os factores associados ao declínio e à melhoria da função renal nos doentes seropositivos. Descobriram que um aumento da carga viral foi associado com o declínio na função renal (p=0,011), enquanto o decréscimo na carga viral foi associado a uma melhoria na função renal (p=0,0003).

Um declínio na função renal foi observado em 42% dos doentes com carga viral detectável. Permaneceu não alterada em 31% de indivíduos com carga viral detectável e melhoria em 15%. A associação entre carga viral detectável e declínio da função renal foi significativo (p<0,0001).

A análise demonstrou ainda que uma carga viral mais elevada de base foi também associada à deterioração da função renal (p=0,0002). O aumento na contagem de células CD4 foi, em contraste, associado a uma melhoria (p=0,05).

Outros factores associados a deterioração da função renal foram, idade mais avançada (p=0,016), valor de glicemia basal mais elevada (p>0,0001), uso de medicação para reduzir a pressão arterial (p=0,011) e aumento do colesterol LDL (p=0,007).

Não foi encontrada qualquer associação entre o uso de fármacos anti-VIH e a deterioração da função renal. Isto ocorreu apesar do facto de o uso de tenofovir (Viread®) ter aumentado significativamente durante o seguimento (o tenofovir pode deteriorar a função renal em pessoas com problemas prévios). No final do estudo 59% dos indivíduos tinham tomado este fármaco, sendo a duração média do uso de dois anos.

2424 ARTIGOS

Carga viral associada a função renal em doentes com VIH

Não se deve tomar Ginkgo biloba em conjunto com efavirenze

Fotografia microscópica do córtex renal

“Observámos que os participantes seropositivos tinham maior probabilidade do que o grupo controle seronegativo de apresentar um declínio da função renal clinicamente significativo e de progredir para doença crónica renal…no entanto, também descobrimos que 26% das pessoas infectadas pelo VIH manifestou melhorias da função renal clinicamente significativas”, comentaram os investigadores.

Observaram ainda que o aumento da carga viral era acompanhado pelo declínio da função renal e que a queda na carga viral estava associada a uma melhoria da função renal. Portanto os investigadores afirmam: ”Os nossos resultados sugerem que a replicação viral do VIH é um factor patogénico primário no desenvolvimento de doença renal em pessoas infectadas pelo VIH e um potencial alvo terapêutico para doença renal associada ao VIH.”

Referência

Longenecker CT et al. HIV viremia and changes in kidney function. AIDS 23: 1089-96, 2009.

Fonte: Michael Carter, nam www.aidsmap.com

O medicamento à base da planta Ginkgo biloba não deve ser tomado quando se está medicado com efavirenze, de acordo com um alerta de investigadores holandeses publicado na edição de Junho da revista AIDS. Nesse artigo, os autores relatam um caso em que se verificou carga viral detectável, com desenvolvimento de resistências, devido à interacção entre Ginkgo biloba e efavirenze.

O efavirenze (Stocrin®), que também faz parte da combinação Atripla®) é um dos medicamentos mais usados no tratamento anti-retroviral de primeira linha. Tem um efeito anti-VIH potente, é fácil de tomar, tem uma semi-vida longa e geralmente provoca apenas ligeiros efeitos secundários.

O organismo metaboliza este medicamento através da via P450 no fígado. Esta via de metabolização é também usada por vários medicamentos, remédios à base de plantas e drogas recreativas, o que significa que podem interagir com o efavirenze.

Este tipo de interacção medicamentosa ocorreu num doente seropositivo de 47 anos de idade em Amesterdão e Continua na página 26

PREVENÇÃO

Tel: 917528696 Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: prevencao@abraco.pt

25 ARTIGOS

Continuação da página 25

Não se deve tomar Ginkgo biloba em conjunto com efavirenze provocou a falência virológica do seu tratamento anti-retroviral.

O doente apresentava uma adesão completa ao tratamento e referiu nunca ter falhado qualquer toma. A combinação terapêutica era constituída por efavirenze, FTC (emtricitabina) e tenofovir (Viread®). O doente iniciou esta medicação em 2005.

Nos finais de 2007, verificou-se falência virológica e a emergência das mutações de resistência K103N e M184V. No sentido de identificar a causa da falência ao tratamento os seus médicos questionaram-no sobre o uso de outros fármacos ou drogas. Ficou esclarecido que o único produto que tinha sido tomado em conjunto era Ginkgo biloba.

As concentrações de efavirenze nas amostras de sangue do doente guardadas durante os dois anos de tratamento com efavirenze foram estudadas pelos investigadores.

As concentrações de efavirenze no sangue diminuíram a partir de um pico máximo de 1,26 mg/dl (bem acima do nível terapêutico deste medicamento) no final de 2006, quando o doente apresentava carga viral de VIH indetectável, para um valor não terapêutico de 0,48 mg/dl em Fevereiro de 2008. Nesta altura a carga viral do doente era de 1 780 cópias/ml.

O Ginkgo biloba é um medicamento à base de plantas muito usado e

que se pensa ter efeitos benéficos sobre a concentração, a memória, a demência e a depressão. É de referir que o efavirenze pode provocar efeitos secundários, tais como, dificuldade de concentração e depressão. A composição química do Ginkgo biloba, tal como a do efavirenze, significa que é metabolizado pela mesma via hepática, o citocromo P450. Sabe-se aliás que o Ginkgo biloba interage com outros medicamentos que são metabolizados pela mesma via hepática, tais como, a varfarina, a aspirina e o ibuprofeno. “Concluímos”, escrevem os autores, “que a toma de Ginkgo biloba pode diminuir os níveis de efavirenze no plasma, o que pode resultar em falência virológica e deve ser desencorajado nas pessoas medicadas com este antiretroviral.

Referência Wiegman D-J et al. Interaction of Ginkgo biloba with efavirenz. AIDS 23: 1184-85, 2009.

Fonte: Michael Carter, nam www.aidsmap.com

2626 ARTIGOS

O Kaletra tomado

mais seguro e eficaz versus duas vezes por dia

uma vez por dia é

5ª Conferência da IAS sobre o Tratamento, a Patogénese e a Prevenção do VIH - abstract TuAb104, 2009

O lopinavir/ritonavir (Kaletra) tomado uma vez por dia como parte de um esquema antirretroviral combinado funciona tão bem como a dose de duas vezes por dia aprovada em doentes anteriormente tratados, mas proporciona melhor aderência, registaram os investigadores na terçafeira na Fifth International AIDS Society Conference sobre patogénese do VIH, tratamento e prevenção na Cidade do Cabo, na África do Sul.

Os últimos estudos têm mostrado que o Kaletra tomado uma vez ou duas vezes por dia funciona igualmente bem em pessoas a iniciar o tratamento pela primeira vez. O estudo M06-802 foi concebido para ver se também funciona de igual modo em doentes com experiência no tratamento. Houve preocupações anteriores com o facto do Kaletra tomado uma vez por dia ser menos eficaz em doentes com experiência no tratamento.

O estudo incluiu 599 doentes a fazer a terapêutica anti-retroviral com uma carga viral acima 1000 cópias/ml. Não houve diferenças demográficas entre os doentes dos dois grupos do estudo. Cerca de um terço eram mulheres, brancos, negros e hispânicos foram todos bem representados neste estudo internacional.

Quando integraram o estudo, a média da carga viral do VIH dos doentes era cerca de 4.000 cópias/ml e a média da contagem de células CD4 era de 254 células/mm3. Os testes de resistência mostraram que os doentes tinham em média uma mutação major que conferia resistência aos inibidores da protease.

Os participantes foram escolhidos aleatoriamente em número igual a tomar uma vez por dia uma dose de Kaletra (800 mg de lopinavir mais 200 mg de ritonavir) ou duas vezes por dia (400 mg de lopinavir 100 mg de ritonavir).

Ambos os grupos tomaram o Kaletra em associação com dois nucleósidos / nucleótidos inibidores da transcriptase reversa (NRTI’s), que foram seleccionados de acordo com a história clínica do doente e perfil de resistência.

Após 48 semanas de tratamento, 55% dos doentes a tomar o Kaletra uma vez por dia tinham uma carga viral indetectável abaixo de 50 cópias / ml,

Continua na página 29

GABINETE DENTÁRIO

Email: gab.dentario@abraco.pt

27 ARTIGOS

O QUE FAZ COM OS SEUS CABOS?

Veja mais sobre esta Campanha na página 45

2828 CAMPANHAS

O Kaletra tomado uma vez por dia é mais seguro e eficaz versus duas vezes por dia

Continuação da página 27

comparativamente com 52% dos que receberam a dose duas vezes por dia. Isto indica que a toma do Kaletra uma vez por dia não foi inferior à dosagem de duas vezes por dia em doentes previamente tratados.

Quando os investigadores analisaram os dados de diferentes maneiras como por exemplo, incluir ou excluir participantes que pararam o tratamento, a eficácia de uma ou duas tomas diárias permaneceram similares. Ambos os regimes funcionaram de modo semelhante nos doentes com mais mutações de resistência ao VIH.

Os investigadores chegaram à conclusão que o aumento da contagem de células CD4 também foi comparável, 135 células/mm3 no grupo a tomar uma vez por dia versus 122 células/ mm3 no grupo a tomar duas vezes por dia.

Os participantes receberam o Kaletra em frascos de comprimidos com tampas electrónicas o que permitiu aos investigadores determinar se os doentes tomaram a medicação conforme prescrita. A toma do medicamento uma vez por dia foi associada a uma melhor aderência do que a dosagem de duas vezes por dia.

Globalmente, as duas formas de dosagem do Kaletra foram similarmente bem toleradas. As proporções comparáveis de participantes (78%) em ambos os grupos completaram o estudo, e a maioria dos não cumpridores foram devido a outros

motivos que não efeitos adversos. Os efeitos secundários levaram 5% dos doentes a tomar uma vez por dia e 7% dos que recebiam duas doses diárias, a serem retirados do estudo. Cerca de um quarto dos participantes em ambos os grupos sofreram efeitos secundários. Os efeitos secundários mais associados ao Kaletra foram diarreia (14% no grupo da toma de uma vez por dia versus 11% no grupo das duas vezes por dia) e náuseas (3% versus 7%, respectivamente). Proporções semelhantes em ambos os grupos tinham colesterol elevado (cerca de 7%) e triglicéridos (cerca de 5%).

Os investigadores concluíram que o Kaletra tomado uma vez ou duas vezes por dia tinha uma eficácia e tolerância semelhantes, em doentes tratados, mas a toma de uma vez por dia conduziu a uma melhor aderência.

Bibliografia

Zajdenverg R et al. Lopinavir/ritonavir tablets administered once or twice-daily with NRTIs in antiretroviral-experienced VIH-1 infected subjects: results of a 48-week randomized trial (Study M06802).

Fifth IAS Conference on VIH Treatment, Pathogenesis and Prevention, abstract TuAb104, 2009

Fonte: Liz Highleyman & Michael Carter, nam http://www.aidsmap.com/en/news/746B640218B5-443F-8C4E-87929D26BDE0.asp

Fonte da versão portuguesa: http://www.aidsportugal.com/article. php?sid=9797

29 ARTIGOS ARTIGOS

Os médicos que tratam fracturas expostas em doentes infectados pelo VIH não precisam de ter mais precaução em relação às infecções oportunistas em comparação com os doentes seronegativos. Esta conclusão, apresentada este mês por James Aird do Hospital de Ngwelezane na IV Conferência Sul-africana sobre SIDA, em Durban, é o resultado da investigação conduzida em KwaZuluNatal, na África do Sul.

Muitos cirurgiões que tratam fracturas expostas (as que provocam perfuração da pele) estão preocupados com o facto de os doentes infectados pelo VIH terem um risco acrescido de desenvolvimento de infecções oportunistas. Além disso, o risco de infecção pode depender do facto de a fractura ser tratada internamente (pela fixação da fractura com pinos artificiais ou placas) ou externamente (com reparação da fractura com talas externas, pinos ou estruturas de suporte).

Há poucos artigos publicados que descrevam os efeitos do VIH sobre a cura de fracturas; os que o fazem envolvem pequenos números de doentes e são muitas vezes estatisticamente não significativos. No entanto, a gestão de fracturas ósseas em pessoas seropositivas é uma preocupação

fracturas podem não necessitar

clínica significativa em países onde um em cinco ou um em três adultos são seropositivos.

Um estudo prévio sugeriu que há um aumento de quatro vezes na taxa de infecção quando o doente seropositivo tem as fracturas tratadas com fixação interna. No estudo de KwaZulu-Natal, os investigadores tentaram reproduzir e alargar esta conclusão comparando fracturas reparadas com fixação interna e externa tanto em doentes seropositivos como nos seronegativos.

O estudo envolveu a cooperação de 93 doentes com fracturas expostas, que foram examinados numa clínica especializada com um período de seguimento de um a cinco meses. Foi, também, registada a situação sócioeconómica dos doentes para determinar possíveis factores de risco externos de infecção e foi oferecido a cada um o teste para o VIH.

Dos doentes com fractura, 25 foram tratados com fixação externa e 68 com fixação interna. Vinte e quatro por cento dos doentes testados revelaramse seropositivos, ao passo que 15% recusaram o teste. No grupo dos seropositivos, a contagem das células CD4 variava entre 131 e 862 (com uma média de 366). Onze por cento das feridas teve uma infecção superficial, com um risco relativo para o VIH de 0,66 (de 0,15 até 2,9). Para os fixadores externos, em 44% dos locais onde os pinos foram inseridos verificou-se uma infecção superficial, que necessitou de tratamento antibiótico com um risco

3030 ARTIGOS
Doentes infectados pelo VIH com precauções extra contra infecções oportunistas

Doentes infectados pelo VIH com fracturas podem não necessitar precauções extra contra infecções oportunistas

relativo para os doentes seropositivos de 1,21 (de 0,5 até 2,98).

Os resultados sugerem que o risco grave de infecção em doentes seropositivos com fracturas expostas (tratadas com fixação interna ou externa) pode não ser tão elevado como sugeriram alguns estudos prévios e, portanto, o estatuto para o VIH não afecta necessariamente a gestão das fracturas em doentes seropositivos, sobretudo com contagens mais elevadas de CD4.

Os investigadores consideraram que deveria ser realizado um estudo mais alargado e mais representativo estatisticamente.

Referência

Aird J et al. Study into wound infection rates in open fractures treated with internal fixation, in relation to HIV co-infection. IV Conferencia Sul Africana sobre SIDA, Durban, África do Sul, resumo 473, Abril 2009.

Fonte: Hayden Eastwood, nam www.aidsmap.com

Investigadores descobrem agentes promissores para a cura do VIH

Investigadores da Universidade da Carolina do Norte e da Merck identificaram pistas promissoras na busca de agentes que podem ser capazes de remover o VIH das células CD4 inactivos, um dos requisitos de qualquer possível cura para a infecção pelo VIH.

A descoberta, anunciada por David Margolis e Nancie Archin na 15a edição da AIDS de Setembro, demonstra que um grupo de fármacos chamados de inibidores de HDAC de classe 1 foram os mais promissores na activação prévia de VIH latente no seio das células CD4 inactivas. Esta descoberta pode também explicar a razão pela qual estudos anteriores que usaram outro inibidor de HDAC, o ácido valpróico, um medicamento anti-epiléptico terem tido efeitos fracos.

Depois da integração no genoma do hospedeiro, o VIH pode manterse lactente no seio das células CD4 durante muitos anos, desde que não seja estimulada a sua replicação através de sinais que atingem a sequência terminal longa repetida (LTR – Long Terminal Repeat portion) do código genético do vírus. Quando a estimulação acontece, sucede-se uma cadeia complexa de eventos dentro da célula que conduz à replicação do VIH.

Os investigadores interessados na cura da infecção pelo VIH acreditam que a única forma de o fazer é remover todos

na página 32

FORMAÇÃO

Tel: 937146310 Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: formacao@abraco.pt

31 ARTIGOS
Continua

Investigadores descobrem agentes promissores para a cura do VIH

Continuação da página 31

os reservatórios do vírus lactente, visto que mesmo pequenas quantidades de vírus lactente contêm material suficiente para um ressurgimento eventual da carga viral para níveis iguais ao prétratamento, caso a terapêutica antiretroviral seja interrompida. A única forma possível de remover o reservatório, de acordo com o conhecimento actual, é através da activação do vírus lactente, administrando simultaneamente terapêutica anti-retroviral de forma a prevenir futuros ciclos de infecção.

O consenso geral entre investigadores é que a activação em larga escala do VIH lactente não conduzirá à perda do controle viral, pois as terapêuticas actuais são altamente eficientes em suprimir a carga viral, e também porque o tamanho dos reservatórios de células infectadas é modesto, quando comparado com o tamanho da população de vírus anterior ao tratamento.

Contudo, encontrar formas de remover o reservatório viral não será fácil. Os inibidores de HDAC (Histona deacetilase) foram sugeridos como um dos meios de o fazer. Espera-se que inibam o mecanismo celular – deacetilação de histona – explorado pelo VIH para se manter silencioso. As tentativas prévias de utilização de ácido valpróico não foram bem sucedidas, levando alguns a argumentar que esta abordagem é fraca.

Nas suas experiências, a grupo da Universidade da Carolina do Norte

utilizaram vários inibidores de HDAC e testaram a sua capacidade de activar a replicação do VIH em células CD4 inactivas recolhidas de pessoas com carga viral indetectável sob terapêutica anti-retroviral.

Descobriram que nem todos os inibidores de HDAC estimulavam a replicação viral na mesma extensão, tendo então determinado que os inibidores que tinham como alvo o HDAC de classe 1 dos tipos 1, 2 e 3, bem como os de classe 2, tipo 6, podiam ser particularmente eficazes.

É provável que estas novas descobertas conduzam não só a um novo interesse em identificar inibidores do HDAC que tenham como alvo estes HDAC específicos, mas também à identificação dos mecanismos envolvidos na inibição do HDAC em cada um dos locais específicos mais afectados pelos compostos identificados.

Inibidores de HDAC mais específicos estão neste momento a ser usados para desenvolver terapêuticas para o cancro, doença de Alzheimer, doença de Huntington, psoríase e infecções fúngicas e o trabalho nestas áreas irá certamente beneficiar a investigação na área do VIH.

Referência

Archin NM et al. Expression of latent human immunodeficiency type 1 is induced by novel and selective histone deacetylase inhibitors. AIDS 23: 1799-1806, 2009.

Fonte: Keith Alcorn, nam, 10.09.2009 www.aidsmap.com

3232 ARTIGOS

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA

1 de Dezembro de 2009

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A SIDA

LISBOA

***

14:00

Inauguração da Exposição Mostra Estética Solidária II

17 anos, 17 artistas Curador Paulo Reis Galeria ABRAÇO

Rua Poço do Borratém, 39 (junto à Praça da Figueira)

Lisboa

Exposição patente até 30 de Janeiro de 2010

*** 16:30

Lançamento do Livro “Escrita de Luz “- “ Ponte de Afectos”

FNAC do Colombo – Dra. Maria de Jesus Barroso Soares

Fotografias de Margarida Martins, sobre Marrocos

Prefácio: Dra. Maria de Jesus Barroso Soares

Alto Patrocínio: Embaixadora de Marrocos, Karima Benyaich

Venda reverte a favor da Casa Ser Criança

***

21:30

XVII Noite Gala dos Travestis

Teatro Municipal São Luíz

Espectáculo produzido por Carlos Castro

CENTRO DE ATENDIMENTO E APOIO

PSICOSSOCIAL

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira

Email: caap@abraco.pt

33
ACTIVIDADES DA ABRAÇO

Lançamento do Livro “Escrita de Luz “- “ Ponte de Afectos”

Lançamento do Livro de Fotografias

“Escrita de Luz – Ponte de Afectos”, de Margarida Martins

Dia 1 de Dezembro de 2009, pelas 16.30 horas FNAC - Centro Comercial Colombo

As receitas da Venda do Livro em Portugal revertem a favor da Casa Ser Criança - Abraço

Com a presença da Dra. Maria de Jesus Barroso Soares que escreveu o Prefácio do Livro. Contamos também com a presença da Embaixadora do Reino de Marrocos, Karima Benyaïch, Prof. Dr. Rui Rasquilho, Prof. Dr. Cláudio Torres, que também participaram com textos no livro.

Com um abraço, Margarida Martins

3434
ACTIVIDADES DA ABRAÇO

Lançamento do Livro “Escrita de Luz “- “ Ponte de Afectos”

Apresentamos uma pequena mostra do que é este projecto arrojado, ambicioso e altruísta, cujo mérito é inegável e está patente em todo o trabalho no terreno e bastidores.

Uma obra artística imprescindível, que nos transporta a um país cheio de cor, aromas, calor, arte e cultura: Marrocos.

ATENDIMENTO E APOIO

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: atendimento.lisboa@abraco.pt

35 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

XVII GALA DOS TRAVESTIS - 2009

3636 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

VIH - O BICHO DA SIDA

E eis que o sucesso do VIH - Bicho da SIDA se tem vindo a evidenciar cada vez mais.

Tanto é assim que, ao ter sido efectuada a divulgação na recente Feira de Bolonha, em Itália, tal como foi oportunamente noticiado, chegou-me ao conhecimento que a nossa publicação foi um sucesso e está já a ser bastante requisitada.

Tal demonstra que, afinal, o público gosta de estar informado sobre o que aflige o planeta e que, inclusivamente, pela linguagem tão peculiar destinada particularmente às crianças, os esclarecimentos simples, concisos, mas assaz rigorosos, são instrumentos de informação e divulgação preciosos.

Da Direcção-Geral do Livro e das Bibliotecas, chegou-nos a actualização que se segue, a qual muito agradecemos e que é um indicador inequívoco da qualidade que se pretende neste tipo de literatura, simultaneamente lúdica e ‘médicopreventiva’.

Citando a DGLB, transcrevemos na íntegra o comunicado feito por email, à Abraço e aos autores, Rui Zink e António Jorge: “Bom dia, queria apenas dar-vos conta do sucesso do ‘VIH- O Vírus da SIDA’ na Feira de Bolonha: vamos enviar exemplares para a Actes Sud (França), para a SM Brasil e para a Libros del Escarabajo (México), a pedido dos editores. Ficamos contentes, obrigada. Beijinhos - Ana”.

ADIÇÃO & TROCA DE SERINGAS

Horário: 13H-15H e 18H-19 2ª e 6ª feira

Email: adicao@abraco.pt

37 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
3838 ACTIVIDADES DA ABRAÇO PEDITÓRIO NACIONAL
2009 CONTAMOS COM A SUA SOLIDARIEDADE!
ABRAÇO

Árvore de Natal Solidária - Disney Store Centro Comercial Colombo, Lisboa

Mais um fantástico evento de cariz solidário, no dia 6 de Novembro: uma iniciativa da Disney Store, na pessoa do Sr. Rui Pimpão.

Este evento teve como palco a loja da Disney, localizada no Centro Comercial Colombo, em Lisboa, cuja ideia fulcral foi, através da acção, denominada Árvore Solidária, que foi decorada com peluches e que serão vendidos a um preço simbólico, com o intuito de angariar fundos a reverter para duas instituições de solidariedade social: a Abraço e a Make a Wish.

Em representação da Abraço estiveram a sua presidente, a Comendadora Margarida Martins e a sua assessora, Vera Aveleira.

Houve jogos e outras diversões destinados aos mais pequenitos.

Uma vez mais, verificamos com extrema satisfação que as crianças estão no centro das atenções. Elas que são os adultos de amanhã e que merecem todo o nosso carinho.

LINHA

800 225 115

Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira

Email: linha800@abraco.pt

39 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
TELEFÓNICA DA ABRAÇO

Delegação do Norte

4040 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
Vista do exterior das novas instalações do Centro João Carlos, Aldoar - Inauguração a 28-11-2009 pelas 12 horas, na rua de Vila Nova, 315, 4100-504 PORTO
41 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
Somos a dar conta de algumas das acções a serem levadas a cabo pela nossa Delegação do Funchal, no âmbito do Dia Mundial de Luta contra a SIDA 2009 15 Novembro a 30 de Dezembro – Peditório em Estabelecimentos abertos ao publico (farmácias, escolas, lojas do Diario de Noticias, Agencias de Viagens, etc.) 28 de Novembro – Evento no CCC – Cais Carvão Café 26, 28, 29 e 30 de Novembro – Participação na Feira das Vontades Várias
de prevenção em Escolas 28, 29, 30 de Novembro e 1 de Dezembro – OP-Kilo em 7 supermercados da Região ***** Alguns dos eventos desenvolvidos no Funchal
da Calheta Praia
Calheta Visita à Quinta
Presépio Ecológico
Dez.2008 GRUPOS DE AUTO-AJUDA Email: auto.ajuda@abraco.pt
Delegação do Funchal
sessões
Praia
da
Pedagógica dos Prazeres Aquaparque Passeio no Navio Patrulha Cuanza
- Concurso organizado pela CMF,

Abraço ao MITO

O MITO inseriu-se nas comemorações dos 250 anos de elevação de Oeiras a Concelho e contou com o apoio da Abraço. A partir do dia 3 de Setembro, e até dia 13, o MITO disponibilizou, gratuitamente, 59 espectáculos, seis workshops e quatro mesas redondas, numa programação variada que celebraou a Língua Portuguesa no Teatro.

Mais de vinte companhias profissionais oriundas de cinco países - Angola, Brasil, Cabo Verde Moçambique e Portugal –apresentaram os seus espectáculos num dos doze palcos do concelho.

4242 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

PONTE DE AFECTOS

Exposição de Margarida Martins, “Ponte de Afectos”, que teve lugar entre 30 de Julho de 2009 (Dia de Marrocos) e 28 de Agosto de 2009, na Galeria Abraço, Poço do Borratém.

UM OLHAR COM AMOR A MARROCOS 43 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
AFECTOS”, Margarida
Exposição “PONTE DE
Martins
GABINETE DE APOIO AO UTENTE Tel: 937146310 Horário: 10H-19H - 2ª a 6ª feira Email: gau.lisboa@abraco.pt
Fotografias de Marrocos com um Abraço de Margarida Martins

LanÇamento da 1a. Campanha “Recolha de Cabos Eléctricos”

Abraço lança Campanha

“O que faz com os seus cabos?”

Foi lançada pela Abraço, no passado dia 23 de Setembro, a Campanha de Recolha de Cabos Eléctricos, no Centro Comercial DOLCE VITA TEJO.

Esta acção tem como objectivo a recolha de cabos eléctricos, sem qualquer utilidade, que serão enviados para reciclagem.

As verbas revertem na íntegra para a reconstrução da Casa Ser Criança, que será um Centro de Acolhimento e Apoio a crianças, cujos pais são portadores de VIH/ SIDA.

4444 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

A Abraço tem como grandes parceiros nesta iniciativa, a Chamartin Imobiliária, que, através dos Centros Comerciais Dolce Vita, serão centros de recolha/depósitos de cabos, e ainda os CTT, através do Programa de Exclusão contra a Pobreza.

Qualquer pessoa pode enviar os seus cabos via CTT gratuitamente, de qualquer ponto do país, utilizando as caixas solidárias disponibilizadas para o efeito.

Contamos com a colaboração de todos!!!

GABINETE PSICOLÓGICO

Email: gab.psicologia@abraco.pt

45 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
LanÇamento da 1a. Campanha “Recolha de Cabos Eléctricos”

Delegação Norte - Abraço

Neste Verão de 2009 Abraçou a Protecção

Este ano, ao contrário dos anos anteriores, substituiu-se a campanha das praias pela participação em três iniciativas inovadoras.

O objectivo é o de sempre: de uma forma lúdico pedagógica alertam-se consciências e desmistificam-se preconceitos sobre o VIH/SIDA e comportamentos sexuais.

Assim,

Fábio Moreira (actor)

Personagem : Ana Petróva

Angariação

por acreditarmos que são espaços privilegiados para a utilização de meios diversificados de transmissão de informação, estivemos presentes: 9 e 10 de Julho – Teatro Sá da Bandeira “Duas vidas” (Porto)
ACTIVIDADES DA ABRAÇO 4646 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
de Fundos a favor da Abraço

Delegação Norte - Abraço

9 a 12 de Julho – Festival Erótico Medieval (Carvalhos – V.N.Gaia)

Animações com um enquadramento Medieval/Erótico e outras apenas com enquadramento Medieval. Ocasião excelente para participar num evento que expressa a liberdade através da sexualidade com um ambiente Medieval, tendo como objectivo a satisfação dos visitantes.

*****

14 de Agosto – Surf at Night (Praia de Cortegaça – Ovar)

O Surf at Night deste ano visou contribuir para uma sociedade sustentável, adicionando algumas actividades de cariz social. Uma delas foi a recolha de alimentos, em que o público foi convidado a levar 1Kg de bens alimentares; a reciclagem de produtos informáticos de pequeno porte também foi incluida: a organização trocou “o teu material velho por bebidas”; adicionalmente, decorreu uma campanha de sensibilização de Luta contra a SIDA, a cargo da “Abraço”.

CENTRO DE ATENDIMENTO - FUNCHAL ENCAMINHAMENTO E PREVENÇÃO

Tel: (+351) 291 236 700 Horário: 10H-19H

Email: delegacao.funchal@abraco.pt

47 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

ANIVERSÁRIO DA ABRAÇO E LANÇAMENTO DA CAMPANHA “COMBATE O ESTIGMA” - 5-7-2009

17º Aniversário da Abraço e

Lançamento da Campanha “Combate o Estigma” Mais um aniversário que se completou, na sequência de vários anos de actividade e activismo, em prol dos que sofrem dos mais variados modos com o terror epidémico que tem sido o VIH/SIDA.

Destacou-se assim, uma campanha, em parceria e com o apoio da TIBOTEC, contando com a presença do Dr. Marcos Perestrello de Vasconcelos, com o intuito de combater o estigma que está presente em todas as camadas da sociedade, em www.combateoestigma. com, cujo lançamento se fez coincidir com o aniversário da Abraço, complementado com o

protocolo

4848 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
entre a Gebalis e a Abraço, respeitante à reestruturação do refeitório tão necessário para os utentes, subscrito pelo Dr. Luís Natal Marques, pela Presidente da Abraço, Comendadora Margarida Martins e pela vogal da Direcção, Drª Paula

ANIVERSÁRIO DA ABRAÇO E LANÇAMENTO DA CAMPANHA “COMBATE O ESTIGMA” - 5-7-2009

Policarpo. Contámos também com a presença sempre inspiradora da apresentadora de televisão, actriz e modelo, Isabel Figueira; e ainda com a presença de outros jovens que se destacam no nosso meio artístico.

Um bem haja às presenças do Sr. Coordenador Nacional para o VIH/ SIDA , Prof. Dr. Henrique Barros e da sua assessora, Drª Joana Bettencourt.

Ano após ano, a constituir parcerias diversificadas, no sentido de tentar minimizar as dificuldades e os obstáculos vivenciados pelos seropositivos para o VIH, com um gigantesco leque de

problemas inerentes à sua condição tão precária, tais como a discriminação, o estigma, as infecções, a precariedade no trabalho, no acesso à educação, em todas as vertentes possíveis e imaginárias, tantas vezes partindo do seio da própria família que não sabe lidar com a diferença, a luta continua incessantemente.

É com este sentimento intrínseco, e espírito altruísta e solidário que a Abraço tem mantido o seu rumo, de forma inabalável, com a convicção real de que os objectivos a que se propôs têm sido gradualmente alcançados, de forma eficaz e indubitável, junto dos seus utentes e através do lobbying junto das entidades responsáveis, directa e indirectamente, nomeadamente em termos de utilização dos canais que nos são colocados à disposição.

Não tem sido uma luta fácil, mas tem sido compensador verificar que, passo a passo, vamos avançando, como um todo dinâmico, através das acções mais variadas no terreno e nos bastidores. Assim, por mais este aniversário, PARABÉNS ABRAÇO! Porque a SIDA Existe!

António Guarita

GABINETE DE APOIO AO UTENTE

Tel: (+351) 291 236 700

Horário: 2ª, 3ª e 5ª feiras - 10H-19H

4ª feira - 10h-15h, 6ª feira - 10H-18H

Email: gau.funchal@abraco.pt

49 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

VISITA DE PARLAMENTARES SÉRVIOS ÀS INSTALAÇÕES DA ABRAÇO, 25-06-09

Damos conta de uma visita de estudo efectuada por cerca de 30 parlamentares sérvios às instalações da nossa sede, na manhã do passado dia 25 de Junho, em coordenação entre a Abraço e o Centro NorteSul do Conselho da Europa e pela Embaixada da Sérvia em Portugal.

Esta mesma visita teve como objectivo mostrar o trabalho e os projectos desenvolvidos pela Abraço ao longo dos anos, nomeadamente, em termos humanos, no combate à pobreza, na igualdade do género, na luta contra a discriminação e o estigma, obviamente num contexto de VIH/SIDA.

Houve, após a apresentação da nossa Presidente Margarida Martins e da vogal da Direcção, Dra. Paula Policarpo, uma pequena sessão de perguntas e respostas, no sentido de esclarecer exactamente em que ponto a Abraço se encontra, e aprender com as experiências no terreno, a serem eventualmente aplicadas na Sérvia.

Houve um feedback fantástico, sendo que temos tido contactos vindos da Sérvia. Pelas nossa parte, enquanto Abraço, foi um enorme prazer ter podido receber este séquito e apraz-nos, efectivamente, que tenha sido do agrado dos participantes.

Bem hajam! Associação Abraço - Direcção

5050 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

XVI Gala dos Travestis- 2008

51 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
Tivemos, uma vez mais, a XVI Gala dos Travestis, em 1 de Dezembro de 2008, inserida como tem sido hábito ao longo de todos estes anos, no Dia Mundial de Luta contra a SIDA.
CENTRO DE ATENDIMENTO - GAIA ENCAMINHAMENTO E PREVENÇÃO Tel: 22 375 66 55 Horário: 10H-13H e 14H-19H Email: pad.norte@abraco.pt
Produção de Carlos Castro, com as receitas a reverterem como sempre a favor da Abraço, deixamo-vos com algumas fotos alusivas do que foi este evento de música, cor e diversão, em termos retrospectivos.
Heloísa Flôres, colaboradora da Abraço com a Presidente, Comendadora Margarida Martins

Lançamento do livro “VIH, o Bicho da SIDA”, de Rui Zink e António Jorge Gonçalves - Galeria Abraço, 1-12-2008

“VIH, O BICHO DA SIDA” apresenta-se, para além dum livro infantil de qualidade, como uma ferramenta informativa e pedagógica para crianças e adultos, constituindo-se deste modo num útil e eficaz recurso/meio de prevenção na área do VIH/SIDA e, simultaneamente, de combate á discriminação e estigmatização transversal a todas a todas as idades e a toda a sociedade.

O livro “VIH O BICHO DA SIDA” é da autoria de Rui Zink e António Jorge Gonçalves, sendo o prefácio do Prof. Dr. Kamal Mansinho, Especialista em Infecciologia no Hospital Egas Moniz.

O livro “O Bicho da SIDA teve o seu lançamento na FNAC - Chiado, em Lisboa, com a presença dos seus autores, incluindo o Prof. Dr. Kamal Mansinho e contou com a especial presença da Exma. Sra. Ministra da Saúde, Dra. Ana Jorge que proferiu também um pequeno discurso na cerimónia. Entre os presentes, além dos autores e da presidente da Abraço, Margarida Martins, destacou-se também o Coordenador Nacional da Luta contra a SIDA, Prof. Dr. Henrique Barros.

5252 ACTIVIDADES DA ABRAÇO

No dia 6 de Dezembro de 2008, às 21h30, convidámos as pessoas a conhecer um pouco mais sobre o livro do Mário Rui Santos “Hipnose nos nossos dias”.

53 ACTIVIDADES DA ABRAÇO
Lançamento do livro “Hipnose”, de Mário Rui Santos-Galeria Abraço, 6-12-2008
Lançamento do livro do Mário Rui Santos, um sucesso!
As fotos comprovam isso mesmo. Parabéns! GABINETE DE APOIO AO UTENTE Tel: 22 375 66 55 Horário: 10H-13H e 14H-19H Email: gau.norte@abraco.pt

AGENDA NACIONAL

Seminário subordinado ao tema: Crianças Órfãs e Vulneráveis pelo VIH/SIDA: Apelo à Acção Parlamentar Sala do Senado da Assembleia da República, em Lisboa 24 de Março de 2009

A AWEPA formulou um convite personalizado dirigido à Exma. Presidente da Associação Abraço, Margarida Martins, para proferir um discurso sobre “Protecção Social para as Famílias Vulneráveis”, num contexto nacional. Por impossibilidade de participar neste seminário, devido a compromissos inadiáveis assumidos anteriormente, fez-se a mesma representar na pessoa da vogal da Direcção, Dra. Paula Policarpo, tendo sido o discurso proferido pelo Dr. Gonçalo Lobo. *****

Congresso Nacional do IDT, IP 28 e 29 de Maio de 2009

Centro Cultural e de Congressos Caldas da Rainha.

Intervenção em Dependências… Rumo à Qualidade Total - foi sob esta temática que decorreram os trabalhos. Evento de âmbito técnico-científico em que foram abordadas diferentes temáticas ligadas às dependências, nas suas variadas vertentes. *****

1º Encontro "Alcoolismo & Cancro" 28 de Setembro de 2009

Anfiteatro do Instituto Português de Oncologia de Lisboa

O 1º Encontro "Alcoolismo & Cancro" destina-se essencialmente a profissionais de Oncologia, Psiquiatria e Cuidados Primários (médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos e outros técnicos) que prestam cuidados de saúde aos doentes alcoólicos com Cancro; tem objectivos informativos e formativos, visando sensibilizar os profissionais para a dimensão do problema nos Centros de tratamento do Cancro, bem como melhorar a qualidade do screening e do tratamento do Alcoolismo, sobretudo durante as fases de acompanhamento e reinserção dos doentes oncológicos na comunidade

Continua na página 57

5454 AGENDA NACIONAL

AGENDA INTERNACIONAL

6º Congresso Mundial sobre Saúde e Doenças Orais na Área do VIH/SIDA.

Decorreu entre os dias 20 e 24 de Abril de 2009, em Pequim, na China

Este encontro foi subordinado ao tema “A Boca e a SIDA – O Desafio Global” e ofereceu aos cientistas e investigadores a oportunidade de apresentar, debater e rever as suas investigações.

Este evento reuniu os investigadores de topo da área do VIH e Saúde Oral, pelo que constituiu uma oportunidade privilegiada para expormos as nossas ideias relativamente aos projectos de investigação a implementar no Centro MédicoDentário da Associação Abraço.

O contacto com estes investigadores, bem como o conhecimento do estado actual e prioridades da investigação nesta área pareceu-nos decisivo para que a investigação no CMD possa estar enquadrada e ter impacto a uma escala internacional, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida das pessoas infectadas e afectadas pela infecção por VIH/SIDA. *****

Simpósio sobre Ciência do VIH, em Chennai, Índia. 28 e 29 de Agosto de 2009

A missão deste simpósio sobre ciência a nível nacional, Ciência do VIH, é a de facultar o conhecimento sobre a biologia e epidemiologia da doença do VIH.

CENTRO DE ATENDIMENTO - SETÚBAL ENCAMINHAMENTO E PREVENÇÃO

Tel: 265 228 882 Horário: 10H-13H e 14H-19H

Email: delegacao.setubal@abraco.pt

Continua na página 57

55 AGENDA INTERNACIIONAL

Agradecimentos

Receita Vegetariana - Risoto Árabe

Ingredientes:

1 colher de sopa de azeite

2 cebolas raladas

2 dentes de alho esmagados

1 1/2 chávena de chá de arroz sal a gosto

1 colher de café de pimenta da síria

1 chávena de chá de lentilhas cozidas e escorridas (não deixes cozer muito)

1 litro de água

1 colher de sopa de sumo de limão

1 colher de sopa de folhas de hortelã

Preparação:

Numa panela grande, coloca o azeite, as cebolas e o alho e leva ao lume para refogar.

Junta o arroz, o sal e a pimenta e mistura bem.

Acrescenta as lentilhas já cozidas e a água. Deixa ferver durante 10 minutos, tapa e deixa cozinhar em lume médio.

Quando o arroz estiver cozido apaga o fogão. Com um garfo mexe delicadamente, junta o caldo de limão e as folhas de hortelã.

Copyright Centro Vegetariano

http://www.centrovegetariano.org/receitas/Article-70-Risoto%2B%25E1rabe.html

5656 AGRADECIMENTOS + RECEITA VEGETARIANA

Continuação da página 55

V Conferência Internacional sobre a Patogénese, Tratamento e Prevenção do VIH/SIDA, 19-22 Julho, na Cidade do Cabo, África do Sul

Apesar de ser considerado um evento que tem como público-alvo a comunidade científica, o IAS-2009 pretendeu discutir algumas questões relacionadas com o activismo. *****

40ª Conferência Mundial sobre a Tuberculose e Doenças Respiratórias - 40th Union World Conference on Lung Health Cancun, Mexico 03 Dezembro 2009

Agenda Nacional

Continuação da página 54

52Th ICAA (International Council on Alcohol and Addictions – Conselho Internacional sobre o Álcool e Dependências) Conference on Dependencies - "Shaping the Future- A Multisectorial Challenge"

Data: De 11 a 16 de Outubro de 2009

Local: Centro de Congressos do Estoril, Portugal

Evento sobre prevenção e redução dos efeitos nocivos do consumo de álcool, tabaco e outras drogas, bem como dos comportamentos aditivos dos indivíduos, famílias, e sociedade. A ICAA promove, de uma forma independente e apolítica a troca de experiências inovadoras e de práticas baseadas na evidência.

GABINETE DE APOIO AO UTENTE

Tel: 265 228 882 Horário: 10H-13H e 14-19H Email: gau.setubal@abraco.pt

Agenda
Internacional
57 AGENDAS

Sugestão Literária

VIH, O BICHO DA SIDA

Rui Zink

António Jorge Gonçalves

Prefácio: Prof. Kamal Mansinho ISBN-978-972-40-3730-1

HIPNOSE, Nos Nossos Dias

A Hipnose Como Ferramenta De Auto-comunicação E Desenvolvimento Pessoal

Mário Rui Santos

ISBN- 978-989-8087-63-8

Manual Prático para A Pessoa com VIH

Kamal Mansinho

António Vieira Francisco Antunes Amícal Soares Pedro Silvério Marques

ISBN-972-733-194-7

5858 SUGESTÃO LITERÁRIA

*

Cupão de envio de boletins

Se desejar receber este boletim pelo correio, preencha este cupão e envie para: Largo José Luis Champalimaud, nº4 A 1600 - 110 Lisboa

Nome:

Morada:

Se deseja receber em envelope confidencial assinale com uma cruz

O conteúdo integral desta edição escrita está protegido pela lei, ao abrigo do Código de Direitos de Autor e Direitos Conexos, lei e copyright, convenções Internacionais e demais legislação aplicável.

È expressamente interdita a cópia, reprodução, difusão e transmissão ou qualquer outro uso, total ou parcial, comercial ou não comercial dos textos, fotos, ilustrações, marcas e outros elementos contidos nesta edição escrita, quaisquer que sejam os meios para tal utilizados, sem autorização expressa da Abraço, com excepção do direito de citação definido na lei e os usos livres autorizados por lei.

Os direitos de autor dos conteúdos/textos que não tenham sido escritos pelos respectivos autores são para uso exclusivo desta edição.

O conteúdo dos artigos sobre situações ou testemunhos reais são da responsabilidade dos seus autores, tendo sido, por razões de confidencialidade, alterado o nome dos mesmos, bem como a imagem das pessoas constantes das fotografias.

APOIOS:

59 FICHAS
as fichas de sócio podem ser encontradas no nosso site em: www.abraco.org.pt

SERVIÇOS GERAIS ABRAÇO

LISBOA

Largo José Luís Champalimaud, nº 4 A 1600-110 LISBOA

Tel: (+351) 21 799 75 00 Fax: (+351) 21 799 75 09/21 799 75 99 Email: geral@abraco.pt

RECEPÇÃO

Isabel Martins 9h30-18h30 Email: expediente@abraco.pt

SERV. ADMIN. E FINANCEIROS

Gina Correia, Carlos Gonçalves, Óscar Assunção, 10h-13h e 14h-19h

Email: recursos.humanos@abraco.pt Email: controlo@abraco.pt Email: tesouraria@abraco.pt

MARKETING & COOPERAÇÃO INTERNACIONAL

Vera Aveleira, Heloísa Flores, Patrícia Madeira & António Guarita 10h-13h e 14h-19h Email: marketing@abraco.pt Email: coop.internacional@abraco.pt

CONTEÚDOS E INFORMAÇÃO

Sócios: Carlos Gonçalves-socios@abraco.pt N/Sócios: geral@abraco.pt Voluntários: Patrícia Madeira-voluntarios@abraco.pt Reclusos: Andreia Rodrigues-andreia.rodrigues@abraco.pt

CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO

Samuel Fernandes 10h-13h e 14h-19h Email: centro.documentacao@abraco.pt

PREVENÇÃO NACIONAL

Sérgio Luís Email: prevencao@abraco.pt

FORMAÇÃO

Gonçalo Lobo Email: formacao@abraco.pt

BOLETIM & NEWSLETTER

António Guarita Email: boletim@abraco.pt Email: newsletter@abraco.pt

PROJECTOS ABRAÇO

LISBOA

CENTRO DE ATENDIMENTO E APOIO PSICOSSOCIAL

Gonçalo Lobo, Andreia Rodrigues, Filipa Farrajota, Joana Bicho, Catarina Sousa 10h-13h e 14h-19h

Email: caap@abraco.pt Email: atendimento.lisboa@abraco.pt

LINHA VERDE - 800225115

João Brito & Andreia Rodrigues 10h-13h e 14h-19h Email: linha800@abraco.pt

GRUPOS DE AUTO AJUDA

João Brito Email: auto.ajuda@abraco.pt

GABINETE JURÍDICO

Paula Policarpo Email: gab.juridico@abraco.pt

GABINETE PSICOLÓGICO

Gonçalo Lobo, Filipa Farrajota & Ana Rosa 10h-13h e 14h-19h

Email: gab.psicologia@abraco.pt

GABINETE DENTÁRIO

António Mata, Marcos Veiga & Fátima Lourenço 10h-13h e 14h-19h

Email: gab.dentario@abraco.pt

CENTRO DE APOIO DOMICILIÁRIO

APARTAMENTOS DE ACOLHIMENTO TEMPORÁRIO Sara Carvalho, Leonor Policarpo & Ana Rosa 09h-13h e 14h-18h Email: cad.aat@abraco.pt

SETÚBAL

CENTRO DE ATENDIMENTO SOCIAL E PSICOLÓGICO Rua Mormugão, 35 2900-506 Setúbal Tel: (+351) 265 228 882 Fax: (+351) 265 230 111

Gonçalo Lobo & Filipa Farrajota Quintas, 10h-13h e 14h-18h30

6as feiras (1x mês), 10h-13h e 14h-18h30 Email: delegacao.setubal@abraco.pt

GABINETE DE APOIO AO UTENTE

Material Informativo, Preservativos, Vestuário, Podutos de Higiene e Limpeza, Marcação de Atendimentos, Banco Alimentar 1 x mês Manuela Estêvão

2ª - 6ª feira (EXCEPTO 5as.),14h-18h30 Quintas, 10h-13h e 14h-18h30

6as feiras (1x mês), 10h-13h e 14h-18h30 Email: gau.setubal@abraco.pt

GAIA

VALÊNCIA DE APOIO PSICOSSOCIAL

Ana Santos & Bruna Leandro. Admin: Carla Baptista & Joaquim Pinheiro Email: delegacao.norte@abraco.pt 9:30-13:00 - 14:30 -18:30h

CENTRO DE APOIO DOMICILIÁRIO JOÃO CARLOS

Cristina Sousa, Carla Pereira & Teresa Patrão Email: pad.norte@abraco.pt 10h-13h e 14.30h-19h

UNIDADE RESIDENCIAL

Carlos Maia, Cristina Sousa e Teresa Patrão. Susana Macedo, Ana Cravo, Tiago Teixeira, Daniela Vieira & Eva Antunes Apoio 24 horas Email: pad.norte@abraco.pt

PASSO A PASSO IDT

Bruna Leandro & Edite Coelho. Carla Baptista (Admin/Polivalente)

Rua do Pinhal, nº 8 Stª. Marinha 4400-250 VILA NOVA DE GAIA

Tel: (+351) 22 375 66 55 e 22 375 66 56 Fax: (+351) 22 375 66 52 Email:idt@abraco.pt 9:30-13:00 - 14:30 -18:30h

MADEIRA

PROJECTO ABC SER CRIANÇA

Cristina Gouveia, Noémia Amaro, Marta Bettencourt, Verónica Jesus, Teresa Silva, Elisabete Gouveia & Margarida Rodrigues Admin: Mónica Santos & Luís Moniz

Rua de Santa Maria, 111 9060-291 FUNCHAL

Tel: (+351) 291 236 700 - Fax: (+351) 291 235 800 2ª a 5ª feira - 9h30-19h, 6ª feira - 9h30-18h Email: delegacao.funchal@abraco.pt

GABINETE DE APOIO AO UTENTE

Ana Medeiros & Elisabete Gouveia 2ª, 3ª e 5ª feira -10h-19h, 4ª feira -10h-15h, 6ª feira -10h-18h Email: gau.funchal@abraco.pt

CONTACTOS ÚTEIS

LINHA SIDA Tel.: 800266666 (10h-20h, excepto Domingos)

*Chamada gratuita, anónima e confidencial

LINHA DE APOIO E INFORMAÇÃO SOBRE HOMOSSEXUALI DADE ILGA PORTUGAL Sexta-feira, 21h-24h Tel.: 21 8876116 juliopires@netcabo.pt

Panteras Rosa - Frente de Combate à LesBiGayTransfobia EC Arroios, 1009-001 LISBOA http://www.panterasrosa.com Email (Lisboa): panteras.lisboa@gmail.com Email (Porto): panterasporto@gmail.com

CAD AVEIRO Centro de Saúde de Aveiro Pr. Rainha D. Leonor 3810 AVEIRO 2ª a 6ª feiras, 14h-17h Tel.: 234 378650 ext. 186

CAD CASTELO BRANCO R. Amato Lusitano, nº 25 6000-150 CASTELO BRANCO 2ª Feira, 14h-19h 3ª, 4ª e 6ª feiras, 9h-13h e 14h-19h Tel.: 272 324 973

CAD COIMBRA Av. Bissaia Barreto – Edificio BCG 3000 – 076 Coimbra 2ª a 4ª feiras, 13h-17h30 3ª, 5ª e 6ª feiras das 9h à 13h Tel.: 239 487400

PROJECTO STOP SIDA CENTRO LAURA AYRES R. Padre António Vieira, nº 12 3000 Coimbra Teste anónimos e gratuitos: 17h-20h30 Aconselhamento e encaminhamento: 21h-23h30 Tel.: 239 828711

CAD PORTO R. da Constituição, nº 1656 4250–169 Porto

2ª feira, 14h-22h

3ª, 4ª e 5ª feiras, 8h30-20h

6ª Feira, das 8h30 às 14h Tel.: 228 317 518

CRAF - CENTRO RASTREIO ANÓNIMO DE FARO

Rua Brites de Almeida, nº 6, 3º esqº 8000-234 FARO

2ª Feira, 14h-19h

3ª e 5ª feiras, 9h-12h e 14h-17h30

4ª e 6ª feiras, das 9h às 17h30 Tel.: 289 812 528 e 289 805 363

CAD LEIRIA Laboratório de Saúde Pública – Centro de Saúde Gorjão Henriques

R. General Norton de Matos 2410–272 LEIRIA

2ª e 4ª feiras, 14h-17h

3ª e 5ª feiras, 9h-13h Tel.: 244816483 Fax.: 244816486

CAD LISBOA Centro de Aconselhamento e Detecção Precoce do VIH Fundação Nossa Senhora do Bom Sucesso

Av. Dr. Mário Moutinho (ao Restelo) 1400–136 LISBOA Tel.: 21 3031427 Fax.: 21 3016980

CRA - Centro de Rastreio Anónimo de Infecção VIH

de Saúde da Lapa

de São Ciro, nº 36, 1200–381

EMAIL
VERDE: 800225115 NECESSITAMOS O SEU APOIO: 0007 0237 00262070008 62 BES Ornelas/Funchal 0010 0000 76163570001 16 BPI Chiado 0033 0000 00014367659 48 Millennium Chiado 0035 0396 00205083230 73 CGD Calhariz 0038 0040 00335870771 13 BANIF José Malhoa 0036 0319 99100000029 07 Montepio Geral Funchal/Ajuda
Centro
R.
LISBOA Tel.: 21 3930151 INTERNET: www.abraco.org.pt
GERAL: geral@abraco.pt LINHA

Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.