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IPCA FECHA O ÚLTIMO ANO COM ALTA DE 10,06%, O MAIOR DESDE 2015
Somente em dezembro de 2021, inflação foi de 0,73%, conforme dados do IBGE
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou 2021 com alta de 10,06%, depois de encerrar em 4,52% um ano antes. É a maior inflação anual acumulada desde 2015 (10,67%), conforme dados do Instituto Brasileiro de Geogafia e Estatística (IBGE) divulgados nesta terça-feira.
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“O resultado de 2021 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no acumulado do ano”, destacou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em nota. Além dos Transportes, se destacaram Habitação (13,05%), que contribuiu com 2,05 pontos, e Alimentação e bebidas (7,94%), com impacto de 1,68 ponto. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021, indicou o IBGE, que citou ainda as variações de Artigos de residência (12,07%) e Vestuário (10,31%). Apenas em dezembro de 2021, o IPCA subiu 0,73%, na sequência de um avanço de 0,95% registrado em novembro. O resultado ficou acima da mediana das projeções de 35 instituições financeiras e consultorias ouvidas pelo Valor Data, de um avanço de 0,65%. O resultado ficou próximo ao teto das projeções, que iam de 0,55% a 0,80%. Em dezembro de 2020, houve aumento de 1,35%.
O resultado anual ficou acima do ponto-médio das projeções dos consultados pelo Valor Data do Jornal Valor Econômico, de um avanço de 9,98%, com intervalo de 9,86% a 10,12%, e extrapolou a meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional do Banco Central (BC) para o ano, cujo teto era de 5,25% (margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, para mais ou para menos).
A inflação se espalhou mais pelos produtos e serviços que compõem o IPCA no mês final de 2021. O chamado Índice de Difusão, que mede a proporção de bens e atividades que tiveram aumento de preços, subiu de 63,1% em novembro para 74,8% dezembro, segundo cálculos do Valor Data considerando todos os itens da cesta. É o maior percentual desde fevereiro de 2016 (77,2%).
Excluindo alimentos, grupo considerado um dos mais voláteis, o indicador também mostrou uma maior abrangência das altas de preços, de 66,0% para 75,6%, maior nível desde outubro de 2004, quando a inflação havia se espalhado por 76,6% da cesta do IPCA por esses parâmetros.