Domingo, 16 de junho de 2013 – Ano V, Número 232
Informativo - IPC
PASTORAL
A Incoerência da Incoerência: “Vejo a dos outros mas não vejo a minha” “Por que é que você vê o cisco que está no olho do seu irmão e não repara na trave de madeira que está no seu próprio olho? Como é que você pode dizer ao seu irmão: “Me deixe tirar esse cisco do seu olho”, se você não repara na trave que está no seu próprio olho? Hipócrita! Tire primeiro a trave que está no seu olho e então poderá ver bem para tirar o cisco que está no olho do seu irmão.” – Lucas 6:41-42
N
ossa sociedade tem sido marcada pela incoerência. Vemos incoerência em quase tudo: nos discursos políticos, na saúde precária, na forma como as pessoas administram seu tempo, seus negócios, e até nas pregações dos púlpitos. Conseguimos enxergar muita gente incoerente dentro das Igrejas. Vemos líderes com falhas na sua liderança, pastores que não fazem o que achamos que eles deveriam fazer, cantores que não cantam o que gostaríamos que cantassem, e igrejas praticando o que não achamos certo que pratiquem... O que não temos percebido é que somos acirrados em perceber as falhas dos outros, mas não conseguimos ver as nossas próprias! Vemos o cisco no olho dos outros, mas não vemos a trave no nosso! Criticamos aqueles que estão fazendo algo, mas não nos dispomos a fazer nada parecido com o que eles fazem. Se tivéssemos sinceridade à flor da pele diríamos que “somos um bando de pessoas falsas que se gabam sobre alguma virtude própria existente, sobrepondo-a sobre os erros dos outros”. Mas como nos escondemos atrás de nossa incoerência, somos pessoas normais que vemos os erros nos outros, mas não conseguimos ver os nossos próprios. De tanto ver a incoerência nas pessoas, corremos o sério risco de perder a IPC
- Interessados pela Palavra de Deus
exemplo. Xinga os outros por sua incoerência, mas não enxerga a sua própria. Pede para falar baixo gritando. Rouba pedindo licença. Mente pedindo para falar a verdade. Tem pressa mas não entrega no prazo. Engana pedindo para os outros serem justos. Condena a infidelidade mas é impuro. É perdoado mas não perdoa. Prega mas não pratica. Canta mas não vive. percepção de enxergar a nossa própria incoerência. Paulo exorta-nos a não andarmos na “vaidade dos próprios pensamentos, obscurecidos de entendimento, ... tornando-nos insensíveis” (Ef. 4:17-19). E junto com esta insensibilidade da nossa incoerência, temos a tendência de achar que o erro dos outros justifica o nosso. Daí muitas vezes nos defendermos de acusações ao invés de confessarmos nossas transgressões. Não é difícil encontrar alguém apontando o erro do outro quando é chamado a atenção. Será que ele acha que enxergar a incoerência nos outros o faz menos incoerente? Será que ele tem enxergado a incoerência da sua incoerência? Acusa os outros de seus graves erros, mas não consegue enxergar os seus. Fala mal dos outros que se atrasam, mas ele também atrasa. Critica os que ficam devendo, mas ele deve. Detona os que dão mal exemplo, mas ele é um péssimo - Prestando Serviço em Amor
Quando iremos ouvir as palavras de exortação de nosso Senhor Jesus Cristo: “Vocês dizem e não fazem. Atam fardos pesados e difíceis de carregar e os põem sobre os ombros dos homens; entretanto, nem com o dedo querem movê-los. Ai de vocês, hipócritas, por são semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos e de mortos e de toda imundícia! Assim também vocês exteriormente parecem justos aos homens, mas, por dentro, estão cheios de hipocrisia e de iniquidade” (Mt. 23:3-4, 27-28). Que Deus tenha misericórdia de nossa incoerência. Amém.
Daniel Alves Pastor da IPC
- Cultuando ao Deus vivo
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