Domingo, 14 de junho de 2013 – Ano V, Número 236
Informativo - IPC
PASTORAL
Disposição para Ir e Pregar “[Jesus] deixou a Judéia, retirando-se outra vez para a Galiléia. E era-lhe necessário atravessar a província de Samaria. Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José. Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta. Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber”. João 4:3-7
D
epois de percorrer um caminho de pelo menos dois dias sob o sol escaldante da região da Palestina, Jesus cansado da viagem, já nos limites de Sicar, porém ainda fora da cidade, num local não movimentado, assenta-se junto a fonte de Jacó - um poço antigo cavado pelo patriarca e que ainda naqueles dias era utilizado. O poço não fica muito distante da cidade. Equidistava cerca de 1 km aproximadamente. Os discípulos foram até a cidade para comprar comida. Era meio-dia. Embora a fome já castigasse, a sede era ainda maior neste período do dia e depois de uma jornada tão longa. Cansado e sozinho, temos ali um vislumbre da humanidade de Cristo sofrendo o desgaste natural do corpo humano. Enquanto recobra o alento, alguém surge no cenário solitário. Era uma mulher com um cântaro, dirigindose ao poço com o propósito de tirar água. Tirar água era uma tarefa tipicamente feminina. A fonte de água geralmente ficava fora da cidade, e a mulher precisava percorrer certa distância para chegar ao reservatório carregando normalmente um jarro sobre a cabeça. Jesus se dirige a ela revelando a sua necessidade física e concomitantemente demostrando estar desarmado em relação a ela e aos preconceitos IPC
- Interessados pela Palavra de Deus
existentes formados pela cultura ensinada a ambos. Uma vez que ela se aproximou, Ele inicia a conversa. Pede um favor. Estava desfalecido, cansado da jornada: Dá-me água! O nosso Rei deixou o caminho do Jordão, seguiu pelo caminho de Samaria e agora clama por ajuda a uma mulher que tinha mais necessidades do que aquele a quem ela via.
Cristo se dispôs a ir a lugares inóspitos, ciente que seria rejeitado, e mesmo assim foi. Esta disposição interior é fundamental para o cristão que deseja ser, assim como o seu Senhor, um pregador das boas novas de salvação, e ela vem fundamentada primeiramente numa disposição grata a Deus pelo que Ele é e pelo que fez. Quando - Prestando Serviço em Amor
verdadeiramente eu entendo quem Deus é o que Ele fez por mim, então eu declaro: eis-me aqui! A disposição para pregar a Palavra surge em segundo lugar, num entendimento constrangedor da necessidade gritante de ir por todo canto do mundo perdido para resgatar apenas alguns (os eleitos de Deus). Considerando que a obra é de dimensões tão gigantescas e os trabalhadores desta obra são tão poucos, sentimo-nos instigados a sairmos de nossa zona de conforto e sermos a resposta da oração dos ceifeiros (Mt. 9:37) como instrumentos da Providência, inflamados por um anelo intenso de sermos fieis trabalhadores de sua santa seara. Não importa se ali só acharemos um. Devemos ir e pregar como nosso Rei o fez. Em terceiro lugar, esta disposição, está não apenas sentir, não apenas em querer ir, mas também em negar-se a si mesmo, às vezes para ficar, para continuar, para se entregar, e se necessário for, até mesmo morrer pela causa que escolheu para viver. SDG.
Daniel Alves Pastor da IPC
- Cultuando ao Deus vivo
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