Informativo - IPC
Dia 01 de Março de 2015 – Ano VII, Número 321
PASTORAL
O
Anunciar por toda Parte
s eleitos do Senhor estão em todo lugar, até mesmo nos lugares que consideramos mais aversivos. Ali é necessário proclamar a Palavra a despeito de tudo que se pode enfrentar, conforme nos ensina o exemplo de Cristo e dos apóstolos. O meio que Deus escolheu para salvar os seus eleitos, foi a pregação da Palavra. Assim concluímos que Deus não apenas escolheu as pessoas, mas também os meios para elas alcançarem a salvação conforme já tem declarado a Confissão de Fé de Westminster: “visto que Deus designou os eleitos para a glória, assim ele, pelo eterno e mui livre propósito de sua vontade, preordenou todos os meios para se alcançar esse propósito”. Portanto, anunciar o evangelho é uma necessidade imperiosa, pois existe uma carência espiritual clamando e um desígnio eterno ordenado. Assim como nosso mestre foi a lugares inóspitos e desprezados, aprendemos que temos de ir a todos os lugares da terra, conforme ele mesmo comissionou seus discípulos (Mateus 28:18-20). Comentando sobre a grande comissão de Cristo, J. M. Boice afirma: “Na grande comissão aprendemos que aqueles poucos discípulos judeus que tinham seguido Jesus durante seu ministério e que naquele momento estavam sendo comissionados formalmente para seu serviço, não deviam limitar seu trabalho ao judaísmo; pelo contrário, deviam levar o evangelho a todos os povos e nações do mundo”. Boice prossegue falando dos benefícios da obediência da Igreja às ordenanças de Cristo quanto a ir a todos os lugares: “Sempre que a Igreja faz isto é abençoada IPC
- Interessados pela Palavra de Deus
e prospera. Quando deixa de cumprir esta tarefa, fica estagnada e atrofiada. Por quê? Porque o discipulado exige obediência à Grande Comissão; é um aspecto da nossa obediência como seguidores de Cristo – e Jesus abençoa a obediência. Se seguirmos a Jesus, temos de ir em busca de todos aqueles por quem ele morreu”.
Calvino também ciente desta imperiosa necessidade comenta sobre o dever de Paulo de ir até Roma, prontificando-se para esta tão nobre missão de pregar o evangelho: “O Apóstolo conclui assim o seu tema, expressando seu desejo de ir a Roma, visto que isto constituía parte de seu dever de divulgar o evangelho entre eles a fim de colher frutos para o Senhor, solicitamente desejava cumprir a vocação divina até onde o Senhor lhe permitisse”. Onde Deus nos permitir, devemos ir prontos para anunciar o evangelho, tomados por uma santa ambição de - Prestando serviço em Amor
anunciar Cristo em todos os lugares, inclusive onde ainda não foi nomeado. Paulo era controlado pela ambição de pregar o evangelho aos que não haviam ouvido o nome de Jesus – desde Jerusalém até o Ilírico (a Albânia de hoje) – e ele não se desviaria dessa ambição até que ela fosse cumprida. Agora a obra nessas regiões estava completa e sua ambição o estava levando até a Espanha. Isso o deixava livre para finalmente fazer o que ele queria há anos, ou seja, visitar a igreja em Roma e desfrutar por algum tempo de sua companhia. Piper nos instiga, declarando que uma aspiração santa também deve ser a nossa ambição: “É boa coisa ser controlado por uma santa ambição. Você é controlado por uma santa ambição. Estou chamando-a de ‘santa’ porque seu objetivo é santo – ver pessoas de todas as nações, as quais nunca ouviram falar de Jesus, crer nele, tornando-se obedientes a ele e salvos por ele de seus pecados e da ira de Deus. Chamo isso de ambição ‘santa’ porque vem de Deus e de sua santa Palavra, e é muito bom ser controlado por essa santa ambição”. Assim, constatamos com Cristo, por suas palavras e pelo seu exemplo, que devemos abdicar de nossa zona de conforto e investir não apenas nos lugares mais fáceis e mais perto, mas também nos longínquos e inóspitos, ou seja, anunciar por toda parte.
Daniel Alves Pastor da IPC
- Cultuando ao Deus vivo
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