Domingo, 19 de Julho de 2015 – Ano VII, Número 341
Informativo - IPC
PASTORAL
Ah! Como eu quero ir para minha casa!
C
erta vez me deparei com essa frase, e imediatamente ela entrou como uma flecha rasgando o meu coração. Mas por quê? O que tem demais nessa simples frase? Que casa? Que lugar é esse? A resposta é: Quero ir para minha casa, a casa do meu Pai! Precisa de um motivo? Eu lhe dou: Não somos daqui. A palavra de Deus nos afirma que nossa pátria não é desse mundo (Jo 17.14), somos apenas peregrinos e forasteiros nesta terra (1Pe 2.11), e muitas vezes nos esquecemos por qual motivo realmente nós estamos aqui. Muitas vezes não vivemos como embaixadores (2 Co 5.20), nossos corações diariamente são acometidos por turbilhões de sentimentos, emoções e desejos, mas infelizmente na maioria das vezes são sentimentos profanos, refletindo uma imagem distorcida, como de um espelho embaçado (1Co 13.12), apontando para uma vida egoísta, uma vida espiritual morta e distante de Deus, vestígios de nossa natureza caída, uma vida apegada nesta terra maldita (Gn 3.17), vivendo como verdadeiros amigos do mundo (Tg 4.4), buscando prazeres, fama, poder, dinheiro, caprichos, bajulações, entre outras tantas coisas. Ah, meu Deus! Como isso tem roubado nossa identidade! Nossa carne está militando diariamente contra nosso espirito (Gl 5.17), e muitas vezes infelizmente ela tem vencido. E é em meio a estes confrontos, em meio a esta guerra paradoxal que me lembro: "Ah, eu não sou daqui, e o que realmente eu quero é ir para minha casa, a casa do meu Pai. Ora, vem Senhor Jesus". Certamente se tivéssemos uma vida com os olhos voltados para os céus, esperando a volta do nosso “SENHOR” e Salvador,
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- Interessados pela Palavra de Deus
teríamos uma vida completamente diferente da que vivemos. Certamente eu e você gastaríamos muito mais tempo no trabalho de Deus, na obra missionária, na pregação do evangelho, no investimento de nossos recursos financeiros na evangelização, e certamente não nos importaríamos tanto com as lutas, aflições ou problemas, afinal, sabemos que a bíblia nunca nos prometeu que seriamos imunes a eles (2Tm 3.12; Mt 13.21). Digo isso porque lutaríamos diariamente como bons soldados e não deixaríamos a nossa consciência cauterizar. Lutaríamos contra o bombardeio que nossa mente sofre diariamente, pelejaríamos para nos mantermos limpos, puros, santos e imaculados, e nos manteríamos longe dos padrões e conceitos mundanos que muitas vezes nos influenciam. Além disso, viveríamos diariamente lembrando que na verdade o que realmente importa é agradarmos a Deus e não a homens (At 5.29), e naquele dia sermos encontrados fieis (1Co 4.1-2). Ah, Senhor, como almejo o momento de te encontrar, ou de ver o Senhor voltando sobre as nuvens dos céus, buscando sua noiva definitivamente! Como almejo conhecer e viver neste novo céu e nesta nova terra! Ah, como quero ir para minha casa, a casa de meu Pai! Precisamos imitar igrejas como a dos tessalonicenses, que viviam uma vida expectante, aguardando a volta do nosso Senhor Jesus, o supremo pastor e bispo de nossas almas. Certa vez, o primeiro ministro da Inglaterra disse que o caos reinante na segunda metade do século XX, era que não se pregava mais nos púlpitos com frequência
- Prestando serviço em Amor
sobre a segunda vinda de Cristo. E certamente isso tem sido uma realidade em nossos dias. Precisamos viver com essa expectativa pulsante em nossos corações, isso precisa correr como sangue em nossas veias. Lembre-se: Ele virá! Por isso, precisamos viver com os nossos olhos fitos nos céus e voltados para as coisas do alto (Cl 3.2). Precisamos nos gastar mais, nos doar mais, e olhar para exemplos como o dos nossos irmãos moravianos que chegaram ao ponto de venderem a si mesmos como escravos, afim de pregar o evangelho para um grupo de pessoas. Eles não se conformaram em dar menos do que a própria vida. E em sua partida rumo a essa tão nobre missão bramaram em alta voz: “QUE O CORDEIRO QUE FOI IMOLADO RECEBA A RECOMPENSA DO SEU SOFRIMENTO”. O dia é hoje, o amanhã poderá não chegar, o depois não adiantará mais, você só tem uma vida, não deixe para depois o que você pode fazer agora. Portanto, viva para glória de Deus, viva para obra de Deus, viva para anunciar esse Deus, viva esperando esse Deus! O que você buscará hoje: uma vida para o mundo ou uma vida para Deus (1Jo 2.15)? Uma boa morada aqui na terra (Mt 6.19-20; Lc12.15) ou a mais bela morada no céu (Jo 14.2-3; Ap 21.1)? Quanto a mim... Eu quero ir para minha casa, a casa do meu Pai!
Celso Berwanger Jr Presbítero da IPC
- Cultuando ao Deus vivo
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