Informativo ipc 347

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Domingo, 30 de Agosto de 2015 – Ano VII, Número 347

Informativo - IPC

PASTORAL

Uma Igreja Unida com Forte Amor Fraternal

Q

ue grande desafio é ter este objetivo para a nossa Igreja, uma vez que labutamos em um mundo de valores torcidos. O desafio é grande porque envolve muitos fatores que se não forem bem cuidados, produzirão desdobramentos que impedirão a unidade e a comunhão do corpo de Cristo. A fim de se alcançar este objetivo, o crente fiel tem que lidar seriamente com 3 fatores de risco: 1 – A falta de conhecimento pleno de Cristo. Lidamos diariamente com pessoas na igreja que já foram alcançadas pela graça de Deus, mas que ainda não aplicaram a obra da redenção a todas as áreas da sua vida. A ausência de um conhecimento maior a respeito de Cristo e do chamado para o cristão resulta em carência de entendimento e falha de caráter. Ele não é um incrédulo. É crente! Mas ainda não conhece suficiente, não se santificou adequadamente, não se submeteu perfeitamente ao senhorio de Jesus. Por isso, suas ações e principalmente suas reações são danosas na vida de seus irmãos, e suas ideias e crenças são distorcidas da verdade. 2 – A nossa natureza pecaminosa. Como filhos de Deus, desfrutamos de uma nova criação em Cristo (2 Co 5.17) e de um novo relacionamento com Deus. Todavia, não deixamos de ter nossa velha natureza. Caminhamos na fé, tendo que mortificar o velho homem e nos revestir do novo a cada dia. Somos chamados a negar o eu e tomar a cruz diariamente. Quando não o fazemos, a carne aflora e somos suscetíveis aos mais terríveis pecados. Condenamos todos eles, mas quando menos se espera, estamos fazendo aquilo que condenamos (Rm 7). Afinal, a nossa tendência natural é destruir a união e quebrar a comunhão. Precisamos ser, o tempo todo, lembrados de quem somos, para não agirmos conforme a nossa

IPC

- Interessados pela Palavra de Deus

natureza humana tão falha. Precisamos vigiar e cuidar do coração para que ele não exponha aos outros as suas maldades. 3 – Influencia do presente século. Não vivemos numa bolha neutra, habitamos num mundo caído, cujos valores e metas estão na contramão do que Cristo nos ensina. Mesmo sem perceber o crente carrega em sua bagagem cultural, elementos do contexto em que cresceu, e anti-valores que lhe foram passados que nunca foram questionados à luz das Escrituras.

Apenas de relance, pense em algumas tendências do nosso tempo: Secularismo que nos leva a pensar só no aqui e agora; Consumismo que nos obriga a comprar coisas que não precisamos para impressionar quem não conhecemos; Individualismo que só se preocupa com seus direitos e interesses próprios; Gana por ter e não por ser; Interesse no sucesso a qualquer custo; Cenário competitivo onde uns passam por cima dos outros; Tecnologias escravizantes que aproximam quem está longe e distanciam quem está perto; Relacionamentos superficiais e profissionais que almejam conseguir sempre algo em troca; etc. Tudo isso e muito mais está o tempo inteiro sendo semeado em nossas mentes pelas pessoas deste século, pela mídia, e até mesmo de alguns púlpitos corrompidos. O reflexo natural disso tem sido amizades virtuais, relacionamentos superficiais, desinteresse pelo sofrimento humano, insubmissão as autoridades eclesiásticas,

- Prestando serviço em Amor

“portabilidade eclesiástica” (mudança de uma igreja para outra) tão logo minhas necessidades pessoais e egoístas não sejam mais atendidas a contento. Precisamos nos esvaziar de tudo isso e enchermo-nos da Palavra de Cristo (Cl 3.16). Se desejamos Ser uma Igreja unida com forte comunhão fraternal, precisamos voltar ao caminho antigo (Jr 6.16), acolher a Palavra implantada em nós (Tg 1.21) desejar ardentemente o genuíno leite espiritual para crescermos em nosso conhecimento de Cristo e de sua obra, aplicando o evangelho (Rm 1.16) a todas as esferas da nossa vida. A crença correta na Verdade bíblica produz união e a atenta consideração e abstinência dos fatores que nos ameaçam, atrelado ao diligente esforço por preservar a paz (Ef 4.3), resultam em uma forte comunhão fraternal. A igreja deixa de ter relacionamentos superficiais, e passa a desenvolver profícuos laços de amor Cristão. Atitudes de amor abnegado começam a fazer parte do cotidiano dos irmãos que passam a prestar Serviço em amor uns aos outros. Intrigas, ciúmes, porfias, contendas, mexericos, ... se tornam menos frequentes e ações de socorro e misericórdia mais abundantes. Isso acontece não apenas externamente entre um e outro. Mas no coração que está pleno de Cristo e sua doutrina. Uma Igreja unida com forte comunhão fraternal não é algo utópico. É um grande desafio, mas é possível de ser alcançado, já que foi por Cristo ordenado e pelo Seu Santo Espírito habilitado. Portanto, Vivamos sempre unidos com mais ardente amor, e que Deus abençoe nossa santa união.

Daniel Alves Pastor Presbiteriano

- Cultuando ao Deus vivo

www.ipcanoas.com.br


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