Informativo - IPC
Domingo, 3 de Janeiro de 2016 – Ano VIII, Número 365
PASTORAL
Hoje é o Dia do Senhor! Eric Liddell, foi um homem de coragem que nos falta hoje em dia. Eric recusou correr em um domingo nos Jogos Olímpicos de Paris. Quantas pessoas, em nossos dias, teriam a mesma disposição e coragem? E acima de tudo, quantos crentes estão conscientes de que a atitude dele era a mais correta e nobre? Vivemos dias em que a observância do Dia do Senhor tem caído em descrédito por muitos, tem sido negligenciada por outro tanto, anulada da mente de nossa geração, transgredida pela maioria dos comerciantes e empresários, e abolida dos púlpitos e das aulas de Escola Dominical. Contudo, não foi sempre assim. Houve um tempo em que o Dia do Senhor foi celebrado como um deleite, um descanso solene do povo de Deus. Matthew Henry garante que “onde os domingos são negligenciados, toda a religião decai sensivelmente”. E realmente isso tem acontecido hoje em dia. Moody dizia: “Mostre-me uma nação que abandonou o dia do Senhor e eu lhe mostrarei uma nação que se aproximou da semente da decadência”. O princípio de observância de um dia em sete, sempre foi a prática do povo de Deus no decorrer dos séculos. Este, com reverência e santo tremor, tem cessado seus labores e servido a Deus integralmente neste dia. No Antigo IPC
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Testamento este dia era o sétimo. No Novo Testamento, o primeiro dia da semana. Hoje em dia, mesmo dentro das Igrejas Reformadas, há um grande descaso e falta de compreensão sobre o Dia do Senhor, sobre a sua observância hoje, sua transição do sábado para o domingo, sobre seu significado escatológico, e seu significado como mandato espiritual instituído em Gênesis 2 na Aliança da Criação. Percebemos que nossos antepassados tinham o Domingo como algo de imensurável valor, estima, respeito e reverência. Um dia para culto a Deus. No séc. XVII quando nossa Confissão de Fé estava sendo elaborada, um capítulo inteiro foi dedicado ao assunto. Temos nos Catecismos Maior e Menor, na Confissão de Fé e no Diretório de Culto de Westminster um vislumbre de como nossos irmãos encaravam o Sábado cristão e o consideravam importante. Não precisamos ir muito longe. Perguntemos aos anciãos da igreja, como os seus pais os ensinaram a respeito do Dia do Senhor. Perceberemos a ênfase que era dada, o respeito, o cuidado em violar este dia. Hoje, o povo evangélico, de um modo geral, tem secularizado o Domingo. Este dia é apenas para descansar do trabalho da semana, ir a um passeio, - Prestando serviço em Amor
rever amigos, ... Sumiu a idéia de um dia para o Senhor. Desapareceu da mente dos cristãos o que é proibido fazer neste dia, bem como o que devese fazer nele. Precisamos despertar o povo evangélico a “buscar as antigas veredas” (Jr. 6:16) e redescobrir o Domingo cristão, como um solene descanso para o povo de Deus; dia de culto, dia de maior aproximação ao trono da graça de Deus, dia de mudança de atividade, dia de serviço cristão. O Dia do Senhor é um indicativo da espiritualidade do povo de Deus. Onde ele foi vitalizado, o cristianismo foi marcante e expressivo; onde ele foi secularizado, derrota e degradação caracterizaram o cristianismo mofo e pálido vivido. Se hoje o dia do Senhor está sendo secularizado, revela-nos o baixo nível de espiritualidade vivido pelos cristãos. Daniel Wilson já dizia que “aquele que quer preparar-se para o céu precisa honrar o dia de descanso aqui na terra”. Preparemo-nos, pois, honrando a Deus lembrando que hoje é o dia do Senhor!
Daniel Alves Pastor da IPC
- Cultuando ao Deus vivo
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