Informativo ipc 415

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Informativo - IPC

Domingo, 18 de Dezembro de 2016 – Ano VIII, Número 415

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PASTORAL

O Mistério da Encarnação

“O verbo se fez carne e habitou entre nós, e vimos sua glória, gloria como do unigênito do Pai”. João 1:12

N

atal é a festa cristã que celebra um dos maiores mistérios na teologia – A Encarnação. Durante séculos os teólogos tentaram explicar as duas naturezas do Redentor e não foram muito felizes. Finalmente em 451 A.D., no Concílio de Calcedônia surgiu a fórmula que dissipou a ignorância: “…um só e mesmo Filho, Nosso Senhor Jesus Cristo, o mesmo perfeito em divindade e perfeito em humanidade, o mesmo verdadeiramente Deus e verdadeiramente homem…”.

Todavia, este não era o fim dos estudos, mas o começo. A porta de entrada para a descoberta e aprofundamento de um grande mistério: Por que Ele tinha de ser homem e ao mesmo tempo Deus? Como foi possível ser assim e sem pecado? O escritor aos Hebreus esclarece que o Cristo teria que ser alguém como ele: “Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus” (Hb 7.26). A Confissão de Fé de Westminster declarou que “as duas naturezas, inteiras, perfeitas e distintas – a Divindade e a Humanidade – foram inseparavelmente unidas em uma só pessoa, sem conversão, composição ou confusão; essa pessoa é verdadeiro Deus e verdadeiro homem, porém um só Cristo, o único Mediador entre Deus e o homem.“ (Capítulo VIII.2). A beleza da glória da Encarnação não pode ser ofuscada, mas compreendida. John Owen declarou que “A glória de duas naturezas de Cristo numa única pessoa é tão grande que o mundo incrédulo não pode IPC

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ver a luz e a beleza que irradiam dela”. Deus veio habitar conosco! Mais que isso, Ele assumiu a nossa natureza humana, “vestiu-se de humanidade esvaziando-se de seus atributos”. Nas palavras de Calvino, o Messias “no ventre da Virgem para Si escolheu um templo em que habitasse, e Aquele Que era o Filho de Deus Se fez o Filho do Homem” e nunca mais deixará de ser homem-Deus. Será para sempre um perfeito homem e perfeito Deus e nós estaremos para sempre diante dele. Isto é um amor “de tal maneira”! O entendimento da Encarnação deve gerar em nós um peso eterno de gratidão a Deus por ter enviado seu Filho amado para nos salvar. Mais que isso, a compreensão verdadeira do propósito da vinda do Messias ao mundo deve alterar o curso da - Prestando serviço em Amor

nossa vida, dar sentido à nossa existência, garantir nossa redenção e dar certeza da nossa salvação. A Encarnação não pode ser imitada pelo crente. Ela é única. Deve ser compreendida e aceita. Deve nos levar à mesma postura dos magos que vieram de longe, dobraram seus joelhos e entregaram seus presentes em adoração reverente (Mt 2.1-11). Prostremo-nos, pois, ante o Filho de Deus Encarnado que ao mundo veio para nos salvar e lhe rendamos nossa adoração. SDG.

Rev. Daniel Alves Pastor da IPC

- Cultuando ao Deus vivo

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