Informativo - IPC
Domingo, 22 de Janeiro de 2016 – Ano XIX, Número 420
E
PASTORAL
A Reforma Inacabada
A
reforma protestante do séc. XVI é considerada o maior evento espiritual depois do período apostólico, se configurando, sem sombra de dúvida, um grande e memorável exemplo de uma igreja pujante, que ainda hoje nos serve de referencial seguro em meio a tantas trevas. No campo religioso moderno, aplicase, infelizmente e com razão, aquela velha máxima: “Um povo sem história é um povo sem principio, sem fundamento e sem memória”. Refiro-me ao fato incontestável, que muitas igrejas encontram-se à beira da apostasia por desprezar propositalmente as grandes descobertas doutrinárias da Reforma, resultando em uma época confusa e saturada de espiritualidade divorciada do verdadeiro ensino bíblico, tendo também como consequência, muita crendice, superstição e ignorância escriturística. Verifica-se, por exemplo, que até mesmo o lema “igreja reformada sempre se reformando” é entendido como uma aceitação ou conformação constante às ultimas novidades, interpretação esta, não apenas diferente, mas oposta ao seu sentido original que é: “Igreja reformada sempre retornando à Palavra e sendo por ela avaliada”. Com isso, a igreja parece não ser mais a “coluna e baluarte da verdade”, porque nossos fundamentos, nossos símbolos de fé, nossa doutrina reformada, nossos IPC
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credos, foram esquecidos ou distorcidos. Por essa causa, mais do que nunca, temos que relembrar que a Igreja Presbiteriana surgiu durante a reforma protestante, em seu período de expansão quando John Knox, discípulo de João Calvino, trouxe para a Escócia a chama da reforma, e hoje somos uma igreja protestante histórica que representa e defende a fé, a herança e a boa tradição reformada no Brasil e no mundo. Portanto, visto que somos uma igreja de origem reformada, precisamos além de “trazer a memória o que nos pode dar esperança”, resgatando as doutrinas essências professadas pelos reformadores, aguardar pelo cumprimento das graciosas promessas de Deus como a descrita pelo profeta Isaias: “Oh, se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença, como quando o fogo inflama os gravetos, como quando faz - Prestando serviço em Amor
ferver as águas, para fazeres notório o teu nome aos teus adversários, de sorte que as nações tremessem da tua presença! Quando fizeste cousas terríveis, que não esperávamos, desceste, e os montes tremeram à tua presença. Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Is. 64:1-4). Essa deve ser nossa esperança e também nossa oração, afinal “o homem não pode receber coisa alguma, se do céu não lhe for dada”. Queira Deus nos dar um período em que a Igreja anele profundamente em voltar às veredas antigas. Então, vivenciarmos uma reforma nos dias atuais. SOLI DEO GLORIA. Paulo Wanderley Presbítero em disponibilidade da IPC
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