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OS MÁRTIRES DE GUANABARA: EXEMPLOS DE FÉ ROBUSTA
Palavra do pastor da Igreja
O primeiro episódio da história brasileira em que os reformados estiveram envolvidos é o da efêmera colonização francesa no Rio de Janeiro.
Com o propósito de inaugurar no hemisfério Sul a chamada
“França Antártica”, o vice-almirante Nicolas Durand de Villegagnon pretendia mobilizar os calvinistas franceses e ou huguenotes, cuja situação se tornava cada vez mais melindrosa no solo pátrio. Prometendo-lhes um regime de liberdade religiosa na futura colônia, ele conseguiu a ajuda do nobre protetor dos huguenotes, Gaspar de Coligny.
Em fins de 1555, Villegagnon se estabeleceu com 400 homens numa ilha da baia de Guanabara, proclamando-se em breve rei da América. A expedição havia respondido a um duplo interesse: político e religioso.
Em setembro de 1556, 280 franceses vieram ao Brasil. Dentre os quais, doze calvinistas de Genebra trazendo credenciais do próprio Calvino. Havia entre eles dois pastores ordenados –Pierre Richier e Guillaume Chartier.
Chegaram em 10 de março de 1557, e neste mesmo dia, numa cabana rústica, no centro da ilha então chamada de Serigipe (hoje Ilha de Villegagnon), na Baia de Guanabara, Rio de Janeiro, realizaram o primeiro culto reformado da história do Brasil e das Américas, numa quarta-feira. Após a chegada de Chartier, Richier e Léry, a primeira preocupação foi a de construir uma igreja e poucos dias depois celebraram a Santa Ceia (21/03/1557).
Na ocasião do primeiro culto, relata Jean de Léry, “o ministro Richier invocou a Deus. Cantamos em coro o Salmo 5 e o dito ministro, tomando por tema estas palavras do Salmo 27: ‘Pedi ao Senhor uma coisa que ainda reclamarei e que é a de poder habitar na casa do Senhor todos os dias da minha vida’ – fez a primeira prédica no Forte do Coligny, na América”.
Por mais que estes primeiros calvinistas entusiastas quisessem desenvolver aqui no Brasil a fé protestante (imagine o que seria o Brasil hoje se isso tivesse dado certo) a tentativa de colonização foi literalmente destroçada e os huguenotes se foram ao final de outubro do mesmo ano. Alguns que voltaram devido a perigos no mar, foram presos e um escapou (Jacques Le Balleur). Por ordem de Villegagnon, Jean du Bordel, Matthieu Vermeuil, Pierre Bourdon e André Lafon, redigiram em 17 pontos a primeira confissão de fé do continente. Esta
confissão serviu para Villegagnon condenar à morte por afogamento três deles que morreram defendendo sua fé. Na caminhada para a morte, eles oravam, cantavam salmos e se consolavam mutuamente. Villegagnon mandou que Bordel explicasse o 5º artigo da confissão. Ao responder, uma bofetada do apóstata fez-lhe jorrar sangue da face. Cantando salmos, subiu à rocha; orou e, atado de pés e mãos, o algoz o arrojou as ondas. Seguiu-o Matthieu. Tendo orado, exclamando: Senhor Jesus, tem piedade de mim, e desapareceu no mar. Pierre Bourdon, fraco, debilitado, foi levado para a ilha. Lá cruzou os braços e elevou os olhos ao céu; orou. Foi precipitado e seu corpo desapareceu no abismo das águas. Foi assim, naqueles tempos, que os nossos irmãos pagaram com a vida a audácia de confessar a sua fé.
Jacques Le Balleur, calvinista convicto conseguiu fugir de Villegagnon, mas não de Anchieta, que o mandou matar e auxiliou na execução.
Esta data magna (10 de março de 1557) merece ser lembrada como o dia em que a primeira semente do genuíno evangelho foi plantada em nosso solo. Por mais que tenha sido depois arrancada, hoje, depois de muitas lutas e tentativas, os reformados estão espalhados pelos quatro cantos deste nosso vasto continente.
A lição que fica de tudo isso, é que o exemplo da fé vibrante que nossos antepassados tiveram e como pagaram por aquilo que criam precisa ser honrada em nossos dias por homens e mulheres fidedignos que vivam o evangelho e o propagem com destemor.
Hoje devemos contemplar a bandeira que um dia aqui se ergueu de homens que deram a própria vida por amor ao evangelho. Levantemos, pois, esta flâmula ensanguentada para que o mundo saiba do nosso compromisso com a verdade.
Lutemos juntos para fazer deste país um lugar diferente, marcado pela ética e moral elevados, marcado por princípios cristãos reformados, marcado pelos exemplos de novos irmãos que, no decalque dos velhos, anseiam em entregar suas vidas pela obra de Deus. S.D.G.
Rev. Daniel Alves Pastor da IPCA todos que aflitos, buscam a paz; a todos que em lágrimas, buscam consolo; a todos que trabalhando, buscam servir ; a todos que cansados buscam refrigério; a todos que enganados buscam a verdade; a todos que em pecado, buscam perdão; a todos que solitários, buscam comunhão; a todos que buscam um sentido para a vida, esta igreja abre suas portas e os acolhe em nome do Senhor Jesus Cristo.
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