Apostila Bibliologia - Demonstração

Page 1

0


O conteúdo deste livro é parte integrante da disciplina de Bibliologia do Curso Interdenominacional de Teologia do Instituto de Pesquisas Cristãs do Brasil

1


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

2


Este livro corresponde ao Módulo I – Livro 4 do Curso de Teologia do IPC – Instituto de Pesquisas Cristãs do Brasil Categoria: Teologia Subcategoria: Teologia Bíblica Código: TF 0101

Presidente:

Pr. Waldo Newton Diretor Teológico:

Pr. César Augusto de Oliveira Revisora:

Pra. Dilma Camargos Administração e Tutoria:

Sergio Henrique Lacerda Diagramação:

Sergio Henrique Lacerda

TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos, microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos do Código Penal) com pena de prisão e multa, busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).

IPC – Instituto de Pesquisas Cristãs do Brasil

www.ipcbrasil.org www.escolateologia.com Serviço de Atendimento ao Aluno: atendimento@ipcbrasil.org contato@escolateologia.com Araxá – Minas Gerais / Vitória – Esp. Santo

3


VANTAGENS DO CURSO DO INSTITUTO DE PESQUISAS CRISTÃS DO BRASIL

1 – Individualidade O curso foi desenvolvido para permitir que o aluno possa estudar de modo independente e autônomo. Esta autonomia no processo de aprendizagem significa respeitar o ritmo do aluno possibilitando o tempo necessário para que ele possa aprender o conteúdo. Em resumo, o ensino a distância respeita sua individualidade. 2 – Liberdade O curso do Instituto de Pesquisas Cristãs do Brasil possibilita liberdade de conduzir seus estudos. Você estuda onde e quando quiser; no escritório, no ônibus, nos finais de semana, em qualquer dia, hora ou lugar. Você dirige seu progresso e define seu futuro. 3 - Excelente organização do curso O curso é apresentado em unidades de modo a proporcionar uma exposição clara do programa de treinamento. Cada unidade apresenta: • Exposição da matéria através de textos práticos e objetivos, sistematicamente ordenados e apoiados por muitos exemplos. • Folha de auto-avaliação que o aluno deve responder com a finalidade de detectar e sanar eventuais dúvidas ou para obter maior aprimoramento dos seus conhecimentos. 4 - Excelente exposição da matéria Todo o material de ensino é graduado do simples ao complexo, passo a passo, em linguagem simples e de fácil entendimento. Aulas claras e fáceis de acompanhar. As explicações são elaboradas de modo que tudo é fácil de entender e aprender rapidamente. 5 - Respostas às dúvidas sobre a matéria Equipe de professores altamente gabaritados para esclarecer suas dúvidas. Envie uma carta ou e-mail para o Instituto de Pesquisas Cristãs e lhe enviaremos a(s) resposta(s). 6 - Certificado de conclusão do curso Será conferido um Certificado de conclusão do Curso ao aluno com bom aproveitamento na avaliação final.

4


7 – Economia É muito econômico, pois oferece um custo muito inferior ao das escolas teológicas de processo freqüências. Compare e terá a comprovação de que estudar por correspondência é muito mais econômico. 8 - Qualidade dos cursos Cursos de alta qualidade elaborados por professores teólogos com ampla experiência e capacidade técnica/didática. Esta qualidade é comprovada pelas várias cartas de elogio que recebemos dos nossos alunos. 9 - Orientação O Instituto de Pesquisas Cristãs do Brasil é uma instituição séria que deseja ser mais que uma simples escola. Desejamos formar educadores. Sempre estaremos ao lado de nossos alunos, fornecendo orientações, avaliando alternativas, eliminando dúvidas etc. O aprendizado de nossos alunos é o nosso objetivo. Nada é mais recompensador do que receber uma carta de um aluno relatando que alcançou seus ideais.

5


BIBLIOLOGIA APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO 1. A BÍBLIA 1.1 OUTROS NOMES 1.2 A ESTRUTURA DA BÍBLIA 1.3 O ANTIGO TESTAMENTO 1.3.1 O Antigo Testamento Hoje 1.4 O NOVO TESTAMENTO 1.5 O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA 1.6 FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA 1.7 JESUS E SEU CONCEITO DAS ESCRITURAS 1.8 EVIDENCIAS DA VERACIDADE DA BÍBLIA 1.8.1 Evidencias Interna 1.8.2 Evidencias Externa 1.8.3 Tentativa de Destruição da Bíblia 2. INSPIRAÇÃO DAS ESCRITURAS 2.1 TEORIAS FALSAS DA INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA 3. O CÂNON DAS ESCRITURAS 3.1 OS APÓCRIFOS E DEUTEROCANÔNICOS 3.1.1 Os Livros Apócrifos do Novo Testamento (N.T.): 3.2 TESTES USADOS PARA DETERMINAR A CANONICIDADE 4. OS IDIOMAS ORIGINAIS DA BÍBLIA 4.1 HEBRAICO 4.2 ARAMAICO 4.3 GREGO 5. MATERIAIS USADOS 6. M ANUSCRITOS 6.1 OS MANUSCRITOS E AS TRADUÇÕES 6.1.1 Manuscritos bíblicos 6.1.2 Barreiras Para o Entendimento das Escrituras 6.2 CLASSIFICAÇÃO 6.3 OS GRANDES CÓDICES UNCIAIS 6.3.1 Manuscrito Sinaítico – Códice Alef 6.3.2 Manuscrito Vaticano – Códice B 6.3.3 Manuscrito Alexandrino – Códice A 6.3.4 Manuscrito Efraim – Códice C 6.3.5 Manuscrito Beza – Códice D 6


7. TRADUÇÕES DA BÍBLIA 7.1 DEFINIÇÃO E DISTINÇÃO 7.1.1 A Septuaginta 7.1.2 Pentateuco Samaritano 7.1.3 Traduções Siríacas 7.1.4 A Tradução Latina (Vulgata Latina) 8. AS TRADUÇÕES PARA O PORTUGUÊS 8.1 PERÍODO DAS TRADUÇÕES COMPLETAS 8.2 TRADUÇÃO DE FIGUEIREDO 9. A BÍBLIA NO BRASIL 10 CRONOLOGIA BÍBLICA 10.1 NOÇÕES DE CRONOLOGIA BÍBLICA 10.1.1 Porque Estudar Cronologia Bíblica 10.2. CONTAGEM DE TEMPO 10.2.1 As divisões do tempo 10.2.2 Cronologia Resumida dos Principais Fatos e Eventos Bíblicos 10.2.3 Cronologia dos impérios mundiais. 10.2.4 Cronologia do Antigo Testamento 10.2.5 Cronologia do Novo Testamento CONSIDERAÇÕESFINAIS APÊNDICE I APÊNDICE II REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AUXÍLIO - BUSCA POR ASSUNTO: O índice (Sumário) desta obra não possui indicação das páginas onde se localizam os assuntos nas suas divisões e subdivisões. Para encontrar o capítulo (assunto) que se procura, sugerimos ao leitor digitar ou copiar e colar a palavra desejada na caixa de busca que se localiza na parte superior da pagina do arquivo “pdf”, logo em seguida acionar a tecla “enter”, (tantas vezes for necessário) até encontrar o assunto desejado. Este último procedimento se encerrará até que o sistema acuse a finalização na busca das palavras relacionadas.

7


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

APRESENTAÇÃO Vivemos em uma época em que a fé cristã se encontra cercada pelo ceticismo, racionalismo, materialismo e outros “ismos” que tentam colocar em descrédito a verdade absoluta da Palavra de Deus. Desde longas datas a Bíblia tem sido desafiada quanto a sua veracidade. Sempre existiu em toda história uma luta constante para se destruir a Bíblia Sagrada, entretanto, as forças espirituais sendo impossibilitadas nesses tempos finais, trocaram a tática e agora procuram perverter a mensagem das Escrituras. Seitas e doutrinas falsas proliferam por toda parte, em sua maioria conduzida por líderes que se consideram inspirados por uma “divindade”, pelo “espírito divino”. Para muitos, a Bíblia não passa de mais um livro, igual a qualquer outro. Diferente dessa concepção, os cristãos têm a crença na Palavra de Deus de forma sólida, convicta e inalterável. Não é por acaso que a Bíblia é considerada o Livro dos livros, o maior de todos os tempos. Por meio de sua leitura, podemos conhecer coisas importantes sobre nosso passado, presente e futuro. Para fortalecer a fé dos leitores, apresentaremos de forma concisa, neste curso algumas provas da origem divina das Escrituras, as quais evidenciam esse livro como sendo a verdadeira Palavra de Deus. Desejamos que você, caro leitor, que ao terminar a leitura desta disciplina chegue a seguinte conclusão: vale a pena conhecer a Bíblia.

Boa leitura!

8


Ortodoxia A Bíblia é a nossa única base de autoridade.

9


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

INTRODUÇÃO A Bíblia é um livro singular, inspirado por Deus. Escribas, Sacerdotes, Reis, Profetas e Poetas, homens das mais diversas culturas a escreveram, num período aproximado de 1.500 anos. Foram mais de 40 pessoas a escreverem as páginas da Bíblia e notadamente vê-se a mão de Deus na sua unidade. Estes textos foram copiados e recopilados de geração para geração em diversos idiomas, tais como: Hebraico, Aramaico e grego; até chegar a nós. A Bíblia em sua forma original é desprovida das divisões de capítulos e versículos. Para facilitar sua leitura e localização de "citações” a divisão da Bíblia em capítulos foi feita em 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das escrituras. Apenas mais tarde foi dividido em versículos. Em 1445 o A.T. foi dividido em versículos pelo Rabino Nathan. O N.T. foi em 1551 por Robert Stevens, um impressor de Paris. Até a invenção da gráfica por Gutenberg, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) e poucos tinham acesso às Escrituras. A Bíblia é composta de 66 livros, 1.189 capítulos, 31.173 versículos, mais de 773.000 palavras e aproximadamente 3.600.000 letras. Encontra-se traduzida em mais de 1000 línguas e dialetos, o equivalente a 50% das línguas faladas no mundo. Há uma estimativa que já foi comercializado no planeta milhões de exemplares entre a versão integral e o NT. Mais de 500 milhões de livros isolados já foram comercializados. Afirmam ainda que a cada minuto 50 Bíblias são vendidas, perfazendo um total diário de aproximadamente 72 mil exemplares! O estudo da Bibliologia auxilia grandemente a compreensão dos fatos bíblicos. Ela nos mostra, por exemplo, como a Bíblia chegou até nós. Pela Bíblia Deus fala em linguagem humana, para que o homem possa entendê-lo. Por isso ela faz alusão a tudo que é terreno e humano. Ela menciona países, rios, mares, plantas, comércio, dinheiro, produtos, costumes, raças, usos, línguas, etc. O autor da Bíblia é Deus, mas os escritores foram homens. Na linguagem figurada de diversas partes da Bíblia o próprio Deus age e é descrito como homem. É comum, por exemplo, encontrarmos na Bíblia antropopatismos (Ato de atribuir sentimentos humanos a Deus. Ex.: A ira de Deus, Deus arrependeu-se, etc.) e antropomorfismos (Ato de atribuir formas humanas a Deus. Ex: Os olhos de Deus, a mão do Senhor, etc.). A Bíblia chega a esse ponto para que o homem melhor compreenda o que Deus quer lhe dizer. Entendamos que nada é mais importante na vida do crente e da igreja do que a Bíblia. Ademais, uma vez que não temos os escritos originais dos profetas e dos apóstolos, e já que muito poucos de nós somos fluentes em hebraico e grego, e outros tantos em sua grande maioria nem se quer conhecem a primeira e a última letra desses idiomas (originais da Bíblia) então dependemos de traduções. 10


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

As informações que se seguirão, a respeito das versões da Bíblia, devem ser bem entendidas por cada crente. Se um homem não confiar absolutamente em [todas] as palavras da sua Bíblia, ele não tem nenhuma autoridade infalível para sua vida. Seja cuidadoso, e seja sábio. “Examinai tudo. Retende o bem” (1 Tessalonicenses 5.21). Temos que seguir o padrão dos bereanos: “Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim. A tua palavra é a verdade desde o princípio, e cada um dos teus juízos dura para sempre.” (Atos 17.11 ACF)1

1

Bíblia Sagrada na tradução Almeida Corrigida e Fiel (ACF)

11


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

1 A BÍBLIA Este vocábulo não se acha no texto das Sagradas Escrituras. Consta apenas em sua capa. Etimologicamente, a palavra “Bíblia” utilizada na língua portuguesa vem da palavra grega biblos que significa “um livro”. No primeiro livro do Novo Testamento lemos: “Livro (biblos) da genealogia de Jesus Cristo” (Mateus 1.1); uma forma diminutiva de biblos é biblion que significa ”pequeno livro”, como se lê em Lucas 4.17: “E foi-lhe dado o livro (biblion) do profeta Isaías; e, quando abriu o livro (biblion), achou o lugar em que estava escrito...”. O termo biblos vem do nome dado à polpa interna da planta do papiro em que se escreviam os livros sagrados. A palavra bíblia quer dizer “coleção de livros pequenos”. Com a invenção do papel, desapareceram os rolos, e a palavra biblos deu origem à “livro”. É consenso geral entre os doutores no assunto que o nome Bíblia foi primeiramente aplicada às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no século IV. 1.1 OUTROS NOMES A Bíblia também é chamada de “Escritura” palavra derivada do latim “scriptura” (Marcos 12.10; 15.28; Lucas 4.21; João 2.22; 7.38; 10.35; Romanos 4.3; Gálatas 4.30; 2 Pedro 1.20) e de “Escrituras” (Mateus 22.29; Marcos 12.24; Lucas 24.27; João 5.39; Atos 17.11; Romanos 1.2; 1 Coríntios 15.3-4; 2 Timóteo 3.15; 2 Pedro 3.16). Esses termos significam “escritos sagrados”. O apóstolo Paulo usou “Sagradas Escrituras” (Romanos 1.2), “sagradas letras” (2 Timóteo 3.15) e “oráculos de Deus” (Romanos 3.2). Um dos nomes mais descritivos satisfatórios é “Palavra de Deus” (Marcos 7.13; Romanos 10.17; 2 Coríntios 2.17; 1 Tessalonicenses 2.13; Hebreus 4.12). 1.2 A ESTRUTURA DA BÍBLIA A Bíblia se divide em duas partes principais conhecidas como Antigo e o Novo Testamento, totalizando 66 livros, sendo 39 no Antigo Testamento e 27 no Novo Testamento. 12


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Essa biblioteca de 66 livros, escrita num período de 1500 anos, teve cerca de 40 autores, das mais variadas profissões e atividades, viveram e escreveram em países, regiões e continentes distantes uns dos outros, em épocas e condições diversas, entretanto seus escritos formam uma harmonia perfeita. Dois dos escritores eram reis (Davi e Salomão), dois eram sacerdotes (Jeremias e Ezequiel), Lucas era médico, dois eram pescadores (Pedro e João), dois era pastores (Moises e Amós), Paulo era fariseu, Daniel era político, Mateus era cobrador de impostos, Josué era soldado, Esdras era escriba, Neemias era mordomo. Isto prova que um só os dirigia no registro da revelação divina: Deus. A palavra “testamento”, nas designações “Antigo Testamento” e “Novo Testamento”, para as duas divisões da Bíblia, remonta através do latim testamentum ao termo grego diathéke, o qual na maioria de suas ocorrências na Bíblia grega significa “concerto” ou “aliança” em vez de “testamento”. Em Jeremias 31.31, foi profetizado um novo concerto que iria substituir aquele que Deus fez com Israel no deserto (cf. Êxodo 24.7-8). “Dizendo novo concerto, envelheceu o primeiro” (Hebreus 8.13). Os escritores do Novo Testamento vêem o cumprimento da profecia do novo concerto na nova ordem inaugurada pela obra de Cristo. Suas próprias palavras ao instituir esse concerto (1 Coríntios 11.25) dão autoridade a esta interpretação. Os termos “Antigo Testamento” e “Novo Testamento”, nomeados para as duas coleções de livros, entraram no uso geral entre os cristãos na ultima parte do século II. Tertuliano traduziu diathéke para o latim por instrumentum (um documento legal) e também por testamentum. Infelizmente, foi a última palavra que vingou, considerando-se que as duas partes da Bíblia não são “testamentos” no sentido ordinário do termo. 1.3 O ANTIGO TESTAMENTO Na Bíblia hebraica, os livros estão dispostos em três divisões: Lei, Profetas e os Escritos, totalizando 24, mas esses 24 correspondem exatamente ao nosso cômputo comum de 39, visto que os judeus contam como sendo um único livro os doze profetas, e 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas e Esdras-Neemias. Escrito originalmente em hebraico com exceção de pequenos trechos que foram em aramaico. Este vernáculo, Israel trouxe consigo em sua bagagem quando regressou da Babilônia. Há também algumas palavras persas. O historiador judeu Flávio Josefo contou como sendo 22 livros, porque reuniu Rute a Juizes e Lamentações a Jeremias.2 Esses livros como foi dito, estão classificados em 3 grupos, conforme os assuntos a que pertencem: Lei, Profetas e Escritos. 2

JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus - Contra Ápion, I, 8.

13


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

A Lei (Torá) comumente chamada de Pentateuco. São cinco livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Os Profetas (Nebhiim) desdobram-se em duas subdivisões: os “Primeiros Profetas”, compreendendo Josué, Juizes, Samuel e Reis; e os “Últimos Profetas”, abarcando Isaías, Jeremias, Ezequiel e “O Livro dos Doze Profetas”. Os Escritos (Kethbhim) contêm o restante dos livros: Salmos, Provérbios, Jó; depois, os cinco rolos (Megilloth), a saber, Cântico dos Cânticos, Rute, Lamentações de Jeremias, Eclesiastes e Ester; e finalmente, os livros históricos, Daniel, Esdras-Neemias e Crônicas. Esta divisão em três partes da Bíblia hebraica está de acordo com as palavras de Jesus: “São estas as palavras que vos disse, estando ainda convosco: convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de Moises, e nos Profetas, e nos Salmos” (Lucas 24.44). Mais comumente, o Novo Testamento refere-se à “Lei e os Profetas” (Mateus 7.12) ou a “Moisés e os Profetas” (Lucas 16.29). 1.3.1 O Antigo Testamento Hoje A Lei (Pentateuco) Gênesis Êxodo Levítico Números Deuteronômio

Históricos Josué Juízes Rute 1samuel 2samuel 1reis 2reis 1crônicas 2crônicas Esdras Neemias Ester.

Poéticos (de Sabedoria) Jó Salmos Provérbios Eclesiastes Cantares

Proféticos Profetas Maiores Isaías Jeremias Lamentações de Jeremias Ezequiel Daniel.

Profetas Menores Oséias Joel Amós Obadias Jonas Miquéias Naum Habacuque Sofonias Ageu Zacarias Malaquias

1.4 O NOVO TESTAMENTO O Antigo Testamento registra o que Deus falou no passado muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, enquanto que o Novo Testamento registra a palavra final que Ele falou por seu Filho, em que tudo se consumou (Hebreus 1.1). 14


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Composto de 27 livros, escrito no idioma grego; não no grego clássico dos eruditos, mas no do povo comum, chamado Koiné. Seus 27 livros estão classificados em 4 grupos, conforme o assunto a que pertencem: Biográficos (os quatro evangelhos): Mateus, Marcos, Lucas e João. Descrevem a vida terrena do Senhor Jesus e seu glorioso ministério. Os três primeiros são chamados Sinópticos, devido a certo paralelismo que tem entre si. Históricos (um livro): Atos dos Apóstolos. Registra a história da igreja primitiva, seu viver, a propagação do Evangelho; tudo através do Espírito Santo, conforme Jesus prometera. Epístolas (21 livros): Vão de Romanos a Judas. Contém a doutrina da Igreja. 9 são dirigidas às igrejas (de Romanos a 2 Tessalonicenses); 4 são dirigidas a indivíduos (de 1 Timóteo a Filemon); 1 é dirigida aos hebreus cristãos; 7 são dirigidas a todos os cristãos, indistintamente (de Tiago a Judas). Profético (um livro): Apocalipse ou Revelação. Trata da volta pessoal do Senhor Jesus a Terra e das coisas que precederão esse glorioso evento. Nesse livro temos a evidência de Jesus vindo com seus santos para: Destruir o poder gentílico mundial sob o reinado da Besta; Livrar Israel que estará no centro da Grande Tribulação; Julgar as nações; Estabelecer seu reino milenar. Os primeiros documentos do Novo Testamento a serem escritos foram às epístolas do apóstolo Paulo. Estas (junto possivelmente, com a epístola de Tiago) foram compostas entre 48 e 60 d.C., antes mesmo que o mais antigo dos evangelhos fosse escrito. Os quatro evangelhos pertencem às décadas entre 60 e 100 d.C., e é também a esse período que se atribui o outro escrito do Novo Testamento. 1.5 O TEMA CENTRAL DA BÍBLIA Jesus é o tema central da Bíblia. Ele mesmo nos declara em João 5.39: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. A mensagem central da Bíblia é a historia da salvação e, ao longo de ambos os Testamentos, podem ser distinguidos três elementos comuns nessa história reveladora: aquele que traz a salvação, o meio de salvação e os herdeiros da salvação. Isso poderia ser reformulado sob o aspecto da idéia do concerto, dizendo que a mensagem central da Bíblia é o concerto de Deus com os homens e que os elementos comuns são: o Mediador do concerto, a base do concerto e o povo do concerto. Deus mesmo é o Salvador de seu povo; é Ele que confirma seu concerto de misericórdia com o povo. 15


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Quem traz a Salvação, o Mediador do concerto, é Jesus Cristo, o Filho de Deus. O meio da salvação, a base do concerto, é a graça de Deus, que exige de seu povo uma resposta de fé e obediência. Os herdeiros da salvação, o povo do concerto, são o Israel de Deus, a Igreja de Deus. Tomando o Senhor Jesus como os centros da Bíblia podem resumir os 66 livros em cinco tópicos referentes a Ele, assim: PREPARAÇÃO – Todo o Antigo Testamento, pois trata da preparação para o advento de Cristo; MANIFESTAÇÃO – Os evangelhos, que tratam da manifestação de Cristo; PROPAGAÇÃO – O Livro de Atos, que trata da propagação de Cristo; EXPLANAÇÃO – As epístolas, que são as explanações das doutrinas de Cristo; CONSUMAÇÃO – O Livro de Apocalipse, que trata da consumação de todas as coisas preditas através de Cristo. A mensagem da Bíblia é a “mensagem de Deus para o homem, comunicada muitas vezes e de muitas maneiras” (Hebreus 1.1) e finalmente encarnada em Jesus. Por conseguinte”, a autoridade da Santa Escritura, a qual deve ser crida e obedecida, não depende do testemunho de algum homem ou igreja, mas inteiramente de Deus (que é a própria verdade), seu autor; e, portanto, deve ser recebida, porque é a Palavra de Deus “(Confissão de Fé de Westminster, 1.4)”. Cristo de Genesis a apocalipse. • • • • • • • • • • •

Gênesis - é o descendente da mulher (3.15); Êxodo - o cordeiro pascal (12.1-5); Levítico - sacrifício perfeito (4.13-21); Números - aquele que foi levantado para nossa cura e redenção e rocha ferida (21.9; 20.7-13); Deuteronômio - é o verdadeiro profeta (18.18-22); Josué - é o capitão de nossa salvação e príncipe dos exércitos do Senhor (5.13-15); Juizes - é o nosso libertador (3.9); Rute - é o parente resgatador (3.8-18 e Tt. 2.14); Samuel - é o Rei esperado da Nação (1Sm. 8.5); Reis - é o Rei prometido (1Rs. 4.34); Crônicas - é o descendente de Davi (1Cr. 3.10); 16


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

• • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • • •

Esdras - é o ensinador divino (7.10); Neemias - é o construtor (2.18 - 20); Ester - é a providência divina (4.14); Jó - é o nosso redentor que vive (19.25); Salmos - é o nosso socorro e alegria (46.1); Provérbios - é a sabedoria de Deus (8.22-36); Eclesiastes - é o pregador perfeito (12.10); Cantares - é o nosso Amado (2.8); Isaías - é o servo do Senhor (42.1); Jeremias - é o Senhor dos Exércitos (31.18); Lamentações - é o Consolador de Israel (1.2); Ezequiel - é o Senhor que reinará (33); Daniel e Joel - é o Juiz das nações (Jl. 3.12); Amós - é o Deus do fogo (1.4); Obadias - é o Salvador (21); Jonas - é a salvação do Senhor (2.9); Miquéias - é o Ajuntador de Israel (2.13); Naum - é o cavaleiro da Espada Flamejante (3.3); Habacuque - é o puro de olhos (1.13); Sofonias - é o pastor de Israel (3.13); Ageu - é o que faz tremer os céus e a terra (2.6,7); Zacarias - é o renovo (6.12); Mateus - é o Rei e Messias (2.6); Marcos - é o servo de Deus (15.9); Lucas - é o Filho do Homem (12.8); João - é o Filho de Deus (1.14); Atos - é o Cristo Ressurreto (2.24); Romanos - é a Justiça de Deus (8.30); I Coríntios - é o Cristo crucificado (1.23); II Coríntios - é a Imagem de Deus (4.5); Gálatas - é o Cristo que liberta (5.1); Efésios - é a cabeça da Igreja (4.15); Filipenses - é o viver (1.21); Colossenses - é o homem perfeito (1.28); I e II Tessalonicenses - é o senhor que virá (1Ts. 4.14; 2Ts. 2.1) I Timóteo - é a Nossa Esperança (1.1.); II Timóteo - é o Nosso General (2.1); Tito - é o Nosso Salvador (3.6); Filemom - é o Doador do bem (v. 6); Hebreus - é o Sacerdote Eterno (7.3); Tiago - é o Legislador (4.12); I Pedro - é o Rei (2.17); 17


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

• • • • • •

II Pedro - é o nosso Senhor (1.2); I João - é o Cristo (5.1); II João - é o filho do pai (v.3); III João - é a verdade (v.4); Judas - é o único dominador e Senhor (v.4); Apocalipse - é o Alfa e o ômega (2.13).

Cristo sempre se faz presente em todos os momentos da história. 1.6 FATOS E PARTICULARIDADES DA BÍBLIA A Bíblia não era dividida em capítulos e versículos. A divisão em capítulos foi feita no ano de 1250, pelo cardeal Hugo de Saint Cher, abade dominicano e estudioso das Escrituras. A divisão em versículos foi feita de duas vezes. O Antigo Testamento em 1445, pelo rabi Nathan; o Novo Testamento em 1551 por Robert Stevens, um impressor de Paris. A primeira Bíblia a ser publicada inteiramente dividida em versículos foi a Bíblia de Genebra, em 1560. É de suma importância que o estudante compreenda que estas divisões não faziam parte dos textos originais, não foram inspiradas. A Bíblia toda contém 1.189 capítulos e 31.173 versículos, destes, 929 capítulos e 23.214 versículos ocorrem no Antigo Testamento; 260 capítulos e 7.959 versículos, no Novo Testamento. O número de palavras e letras depende do idioma e da versão. O maior capítulo é o Salmo 119, e o menor o Salmo 117. O maior versículo está em Ester 8.9; o menor, em Êxodo 20.30. (Isso, nas versões portuguesas e com exceção da chamada “Tradução Brasileira”, onde o menor é Lucas 20.30). Os livros de Ester e Cantares não contem a palavra Deus, porém a presença de Deus é evidente nos fatos neles desenrolados, mormente em Ester. Há na Bíblia 8.000 menções de Deus sob vários nomes divinos, e 177 menções do Diabo, sob seus vários nomes O nome de Jesus consta do primeiro e do último versículo do Novo Testamento. As traduções da Bíblia (toda ou em parte) até 1984 atingiram 1796 línguas e dialetos. Restam ainda cerca de 1.000 línguas em que ela precisa ser traduzida. 1.7 JESUS E SEU CONCEITO DAS ESCRITURAS Muitas pessoas já ouviram falar de Jesus, sabem quem ele é, crêem que ele fez muitos milagres; crêem em sua ressurreição e ascensão, mas... não crêem na Bíblia! Qual foi a atitude e posição dele quanto a Bíblia? Ele leu-a (Lucas 4.16-20); ensinou-a (Lucas 24.27); chamou-a de “Palavra de Deus” (Marcos 7.13); e cumpriu-a (Lucas 24.44).

18


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Em uma de suas últimas referências (Lucas 24.44) ele depositou sua aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento, pois “Lei, Salmos e Profetas” eram as três divisões da Bíblia nos dias do Novo Testamento. Jesus também afirmou que as Escrituras são a verdade (João17.17). Ele viveu e procedeu de conformidade com ela (Lucas 18.31). Declarou que o escritor Davi falou pelo Espírito Santo (Marcos 12.35-36). Venceu o diabo no deserto com a Palavra de Deus (Mateus 4.9-10). Ele declarou que “aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo que vos tenho dito” (João 14.26). No mesmo evangelho o Senhor Jesus disse ainda que o Espírito Santo os guiaria “em toda verdade”. Portanto no Novo Testamento temos a essência da revelação divina. Jesus, nos seus ensinos, citou pelo menos quinze livros do Antigo Testamento, e ainda fez alusão a muitos outros. Tanto no modo de falar quanto nas declarações específicas, demonstrava com clareza a sua estima pelas Escrituras do Antigo Testamento como Palavra de Deus. O mestre da Galiléia reivindicava a autoridade divina, não somente para as Escrituras do Antigo Testamento, como também para seus próprios ensinos. Afirmou que o que ouve as suas palavras e as pratica é sábio (Mateus 7.24), porque os seus ensinos provêm de Deus (João 7.15-17; 8.26-28; 12.48-50; 14.10). 1.8 EVIDENCIAS DA VERACIDADE DA BÍBLIA O fato de que Deus nos deu a Bíblia é evidencia e exemplo de seu amor por nos, nos ensinando a manter um relacionamento correto com Deus, mas como podemos ter evidencias de que a Bíblia é mesmo a palavra infalível de Deus e não simplesmente um bom livro? O que é único na Bíblia que a separa dos demais livros escritos até hoje? A Bíblia é a verdadeira Palavra de Deus, divinamente inspirada, e totalmente suficiente para todas as questões de fé e prática. Não pode haver duvidas sobre a veracidade bíblica, pois temos nossa comunhão com o Espírito Santo de Deus que comunica com nosso espírito as coisas concernentes a Deus, porem tem ainda para base de estudo dois pontos importantes que podemos chamar de evidência interna e evidência externa. 1.8.1 Evidencias Interna São conteúdos do interior da Bíblia que testificam sua origem divina.

19


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Uma das primeiras evidências interna é a sua unidade, pois como já sabemos ela é composta de sessenta e seis livros individuais, escritos em três continentes, em três diferentes línguas, durante um período de aproximadamente 1500 anos, por mais de 40 autores (que tinham profissões diferentes), a Bíblia permanece como um livro unificado desde o início até o fim, sem contradições. Esta unidade é singular em comparação a todos os outros livros e é evidência da origem divina das palavras, enquanto Deus moveu homens de tal forma que registraram as Suas palavras. A Bíblia tem cerca de 40 autores, mas na verdade, por trás deles, ou melhor, acima deles, há um só autor: Deus. Por Sua Palavra Ele revela Seu caráter, Seu querer, Seus atributos, Suas promessas, mas, sobretudo o caminho da reconciliação do homem com Ele mesmo. O caminho da salvação. Em suma, Cristo. A segunda evidencia é observada nas profecias contidas em suas paginas que são extremamente detalhadas e nunca falharam em se tornar realidade. A Bíblia contém centenas de detalhadas profecias relacionadas ao futuro de nações individuais, incluindo Israel, ao futuro de certas cidades, ao futuro da humanidade, e à vinda de um que seria o Messias, o Salvador, não só de Israel, mas de todos que n’Ele cressem. Há mais de trezentas profecias relacionadas a Jesus Cristo apenas no Antigo Testamento. Não apenas foi predito onde Ele nasceria e de qual família viria, mas também como Ele morreria e que ressuscitaria ao terceiro dia. Não existe outra maneira de explicar as profecias cumpridas da Bíblia a não ser reconhecendo sua origem divina. Uma terceira evidência é notada na sua autoridade e poder únicos. Esta autoridade e poder podem ser vistos com mais clareza pela forma como inúmeras vidas já foram transformadas pela leitura da Bíblia. Cura, libertação e transformação de vidas de pessoas sem rumo, modificando criminosos de coração duro, repreendendo pecadores, e somente sua leitura, nenhuma outra, transforma o ódio em amor. A Bíblia possui um poder dinâmico e transformador que só é possível por ser a verdadeira Palavra de Deus. 1.8.2 Evidencias Externa A primeira evidência é o caráter histórico da Bíblia. O fato de que a Bíblia registra precisa e verdadeiramente eventos historicamente verificáveis é uma grande indicação da sua veracidade ao lidar com assuntos religiosos e doutrinas, ajudando a substanciar sua afirmação em ser a Palavra Deus.

20


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Através tanto de evidências arqueológicas quanto de outros documentos escritos, os relatos históricos da Bíblia foram várias vezes comprovados como verdadeiros e precisos. Na verdade, todas as evidências arqueológicas e encontradas em manuscritos que validam a Bíblia a tornam o melhor livro documentado do mundo antigo. A segunda evidência é a integridade de seus autores humanos. Deus usou homens vindos de diversas profissões e ofícios para registrar as Sua palavra para nós. Vida e morte destes homens testificam o fato de que a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus, pois eram homens que estavam dispostos, a morrer (quase sempre de mortes terríveis) pelo que acreditavam logo se torna claro que estes homens comuns, porém honestos, realmente criam que era Deus quem falava com eles. Os homens que escreveram o Novo Testamento e centenas de outros crentes (1 Coríntios 15:6) sabiam a verdade da sua mensagem porque haviam visto e passado tempo com Jesus Cristo depois que Ele ressuscitou dentre os mortos. Uma terceira e última evidência é seu “caráter indestrutível”. A Bíblia sofreu mais ataques e tentativas de destruição do que qualquer outro livro na história. Dos primeiros imperadores romanos como Diocleciano, passando por ditadores comunistas e até chegar aos ateus e agnósticos modernos, a Bíblia resistiu e permaneceu a todos os seus ataques e continua sendo o livro mais publicado no mundo hoje. Através dos tempos, céticos tiveram a Bíblia como mitológica, mas a arqueologia a estabeleceu como histórica e tem sido a maior fonte científica que comprova a infalibilidade do Livro Sagrado. A história da Bíblia, como chegou até nós, é encontradaem seus manuscritos. 1.8.3 Tentativa de Destruição da Bíblia Seus oponentes atacaram seus ensinamentos como sendo primitivos e desatualizados, porém estes, somados os seus conceitos morais e legais, tiveram uma influência positiva em sociedades e culturas do mundo todo. Ela é um livro que transformou inúmeras vidas e culturas até o presente século e, cremos irá continuar libertando vidas que buscarem nela o refúgio para suas vidas. Ela continua a ser atacada pela ciência, psicologia e por movimentos políticos, mas mesmo assim permanece tão verdadeira e relevante como quando foi escrita.

21


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Afinal, Jesus disse: “Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão” (Marcos 13.31). Após observar as evidências, qualquer um pode dizer sem dúvida nenhuma que “Sim, a Bíblia é verdadeiramente a Palavra de Deus.” Portanto: Sendo a Bíblia de fato a palavra de Deus devemos então estimá-la, estudá-la, obedecer-lhe e nela confiar. Dispensá-la, então, é dispensar o próprio Deus. Esta evidencia não deverá apenas determinar como vemos a Bíblia e sua importância para nossas vidas, mas também, ao final, provocar em nós um impacto eterno. A Bíblia é, portanto a autoridade final sobre todas as questões de fé, prática religiosa e moral.

Este capítulo é parte integrante de todo o conteúdo da disciplina “Bibliologia” do Curso de Teologia da Escola Teologia EaD - IPC do Brasil

22


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

Referências ARCHER JR, Gleason. Merece confiança o Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 2000. BANCROFT, E.H. Teologia Elementar. São Paulo: Editora Batista Regular, 1995. BERGSTÉN, Eurico. Introdução à Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999. BOICE, James Montgomery. O alicerce da autoridade bíblica. São Paulo: Sociedade Religiosa Vida Nova, 1997. BRUNELLI, Walter. Curso Intensivo de Teologia. Vol. 1. São Paulo: Ministério IDE, 1999. CARNEIRO, Moisés. Curso Básico de Teologia. Bibliologia Módulo III. Instituto Belém CARSON, D.A. A Exegese e suas Falácias. São Paulo: Editora Vida Nova. CHAMPLIN, R. N e BENTES, J.M. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Vol. 1. São Paulo: Candeia, 1995, p. 527. CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento Interpretado versículo por versículo. Vol. 1. São Paulo: Candeia, 1995. COMFORT, Philip Wesley. A Origem da Bíblia. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1998. DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova. São Paulo: Edições Vida Nova, 2001. DRANE, John. A Bíblia: fato ou fantasia? São Paulo: Bom Pastor Editora, 1994. DUFFIELD, Guy P; VAN CLEAVE, Nathaniel M. Fundamentos da Teologia Pentecostal. São Paulo: Editora Publicadora Quadrangular, 1991. ELLISEN, Stanley A. Conheça melhor o Antigo Testamento. São Paulo: Editora Vida, 1999. FEE, Gordon D. e STUART, Douglas. Entendes o que lês? São Paulo: Editora Vida Nova, 2000. FONTES, Humberto. Bibliologia Versões e Traduções. GEISLER, Norman e NIX, William. Introdução Bíblica. São Paulo: Editora Vida, 1997. GEISLER, Norman. A inerrância da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 2003. GILBERTO, Antonio. A Bíblia através dos séculos. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1995. GRUNDEM, Wayne. Manual de Teologia Sistemática. São Paulo: Editora Vida, 2001. HOFF, Paul. O Pentateuco. São Paulo: Editora Vida, 1993. _______ Os Livros históricos. São Paulo: Editora Vida, 1996. HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1997. ICP. Curso interdenominacional de teologia. Módulo 1. São Paulo: ICP Editora, 2003. JOSEFO, Flávio. História dos Hebreus. Obra completa. Rio de Janeiro: CPAD, 1990. KELLY, J.N.D. Doutrinas Centrais da Fé Cristã. São Paulo: Vida Nova, 1994. MENZIES, William W. e HORTON, Stanley M. Doutrinas Bíblicas. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999. 23


BIBLIOLOGIA ESTUDO DA BÍBLIA

MYER, Pearlman. Através da Bíblia livro por livro. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1996. ________. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia. São Paulo: Editora Vida, 1999. PAROSCHI, Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo: Editora Vida Nova, 1999. SHANKS, Hershel. Para compreender os manuscritos do Mar Morto. Rio de Janeiro: Imago, 1993. STEIN, Robert. Guia básico para interpretação da Bíblia. Rio de Janeiro: Casa Publicadora das Assembléias de Deus, 1999. THOMPSON, Frank Charles. Bíblia de Referências Thompson. São Paulo: Editora Vida, 1990. TONINI, Enéas e BENTES, João Marques. Janelas para o Novo Testamento. São Paulo: Louvores do Coração. 1992. ________. O período interbíblico. 7ª edição. São Paulo: Louvores do Coração. 1992.

Desde 2002

Desde 2010

24


25


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.