Ponha em ordem web

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PONHA EM ORDEM SEU MUNDO I T RIO NE

Roteiro para as Células Janeiro|2017

Novembro e Dezembro/2014

Estação Celebração

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PREFÁCIO O mundo no qual estamos não precisa fazer muito esforço para drenar nossas energias. Se deixarmos, somos sugamos pelas demandas acadêmicas, necessidades profissionais, afazeres domésticos, agenda familiar, educação dos filhos e por aí vai. Isso sem falar da saúde que nem sempre está presente, ou das finanças que raramente ficam em dia. Se não bastasse, ainda existem as mais variadas urgências sociais que assolam indefesos e desprotegidos em nossas cidades, tais como a desigualdade social, a violência urbana, a educação precária, a saúde pública fragilizada, a corrupção impune. Nosso mundo exterior tem as marcas do caos, diante do qual nós não damos conta. Em meio às inúmeras necessidades e desafios que nos pressionam, porém, há o Deus Soberano e Eterno que está conosco. Ele deseja trazer ordem ao caos. E isso não acontece da noite para o dia. Não é repentina a mudança. Não é instantânea a transformação. Mas é possível. E começa com cada um de nós. Ouvindo Deus. Olhando para quem ele é. Contemplando os seus feitos. Tornando Deus suficiente. Nosso mundo exterior começa a encontrar ordem à medida que colocamos em ordem o nosso mundo interior. E esta série aponta a importância de aceitar esse grande passo que começa com a atenção às nossas próprias vidas. Nossa expectativa é que esta série seja um encorajamento para você aprofundar seu relacionamento com Deus, avaliando e restaurando as reais prioridades em sua vida pessoal. Nosso mundo exterior valoriza o que temos e o que fazemos. No entanto, Deus preza por quem somos e estamos nos tornando. E Ele deixa claro a sua preocupação com nosso mundo interior. Que este material ajude cada um e todos nós a lidarmos nossos corações e aprofundarmos nosso relacionamento com Deus, fazendo do Senhor o nosso bem maior e pondo ordem em nosso mundo interior!

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INSTRUÇÕES PARA O LÍDER Cuidar de um pequeno rebanho é uma grande responsabilidade que pode ter um grande impacto na vida das pessoas. E mais: é uma responsabilidade que testará a sua capacidade de trabalhar em sinergia com a comunidade, como uma parte importante do corpo. Este material foi preparado para abençoar sua vida e a de seu grupo. Procura equilibrar dois conceitos importantes que desejamos em nossos grupos: conhecimento com relacionamento. Sabemos que cada líder tem uma tendência para uma dessas duas realidades. Lembre-se que seu papel no grupo não é o de preletor, mas de facilitador de um encontro que tem como ênfase o aprofundamento da fé e das amizades. Usando o material, você encontrará uma forma de equilibrálo. Procure dar atenção a esses dois pontos, os quais ajudarão o desenvolvimento de sua liderança frente ao seu grupo e à comunidade. As dinâmicas poderão contribuir significativamente para seu grupo. Esta série cobrirá quatro encontros dos grupos pequenos. Você perceberá que, além de uma dinâmica inicial, há três partes do estudo: PARTE I: A reflexão - aponta um problema no mundo em que estamos sobre o qual somos convidados a pensar; PARTE II: A decisão - traz uma proposta para que o problema seja resolvido sob a perspectiva do que a Bíblia diz; PARTE III: A ação - aponta algumas práticas para nós a partir do que a Bíblia diz a fim de gerar transformação em nós e nos que estão à nossa volta. Que você seja um instrumento poderoso usado pelo Santo Espírito de Deus para edificar muitas vidas!

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1ª Semana: De 08 a 12 de Janeiro RESGATANDO O TEMPO COM DEUS INTRODUÇÃO Nesta série desejamos que você tenha um tempo para repensar seu mundo interior. Muitas questões externas que nos ameaçam são fruto de nossas escolhas pessoais. E muitas escolhas que realizamos são consequências de como estamos interiormente. Esperamos que esta série possa ajudá-lo a rever sua vida com Deus de dentro para fora. DINÂMICA DE GRUPO Procure se colocar no seguinte cenário: você foi para o céu e tem uma audiência marcada com Deus. Você também foi informado que pode fazer três perguntas a Deus. Qualquer pergunta. Quais seriam as três perguntas que faria a Deus? ORIENTAÇÕES PARA O LÍDER O que é necessário: caneta ou lápis Duração: 5 minutos para preenchimento das perguntas e 10 minutos para compartilharem com o restante do grupo. 1. Oriente o grupo sobre os dois momentos da dinâmica (preenchimento e compartilhamento). Antes de conduzir o grupo na dinâmica, procure ler todo o estudo, o que dará a você como líder uma percepção geral da conexão da dinâmica com o estudo. 2. Utilize parte do tempo em seu grupo para levar os participantes à reflexão das perguntas que possuem. Essa dinâmica será importante para a parte da reflexão (a seguir) e do texto bíblico estudado neste estudo. A reflexão Todos nós temos muitas perguntas. Questionamentos fazem parte de nossas vidas. Desde as dúvidas existenciais – sobre a origem do universo ou questões que envolvem fé e ciência – até as indagações mais pessoais – tais como sofrimentos

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e mortes no contexto de nossa família ou planos pessoais que são frustrados – podem revelar o que há dentro de nós. Coisas que nem sequer sabíamos sobre nosso coração. E, se não bastasse, esses questionamentos interiores podem gerar em nós instabilidade emocional, descontrole pessoal, raiva com Deus, ira e rancor com as pessoas e amargura no coração. Perguntas apontam o caminho para o que há dentro de nós. São motivadas por algo em nosso coração. Nossa atenção maior não deve recair nas respostas que desejamos obter, mas no que há por trás de cada pergunta que levantamos, pois elas falam algo a respeito de nosso interior. A decisão Quando o assunto são perguntas e respostas, é interessante notar duas realidades na Bíblia: 1. Deus não tem compromisso em nos responder todas as perguntas e questionamentos que possuímos; 2. Deus tem compromisso em nos revelar tudo o que precisamos para amadurecermos e desenvolvermos um relacionamento mais íntimo e profundo com ele. Ao ler o Salmo 73, perceba como o salmista inicia uma jornada na qual seu tempo com Deus é redimensionado: I. A premissa do salmista (Salmo 73.1) * Antes de se aproximar de Deus, quais são as premissas que você possui a respeito de Deus?

II. Um perigo para o salmista (Salmo 73.2-3) * O que há dentro de seu coração e o ameaça de tropeçar?

III. O pensamento do salmista (Salmo 73.4-12) * O que ocupa os seus pensamentos ao lidar com seu mundo exterior (pessoas e circunstâncias)?

IV. A provação do salmista (Salmo 73.13-14) * Quais são as provações que o desafiam no presente a

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cultivar um coração puro? V. A prática do salmista (Salmo 73.15-17) * Quais têm sido as soluções que tem buscado ao lidar com provações? * Quais as experiências que possui quando lidou com a provação se aproximando com Deus? VI. A percepção do salmista (Salmo 73.18-26) * Como a sua aproximação de Deus tem mudado a forma como enxerga: o As pessoas que o cercam? o A si próprio? o O próprio Deus? VII. A presença de Deus com o salmista (Salmo 73.2728) * Qual é a sua maior fonte de prazer? Para você, tem sido “bom estar perto” do quê e de quem? * Onde tem buscado proteção em meio às provações? * O que sua vida tem proclamado? A ação O Salmo 73 apresenta uma jornada que transforma o salmista de seu interior para seu exterior. É uma peregrinação de suas dúvidas e anseios até a presença de Deus. Diante disso, alguns desafios emergem de modo prático: 1. Lide com suas dúvidas: a. Reconheça suas dúvidas como parte de sua jornada. b. Caminhe das dúvidas de seu coração para as certezas do coração de Deus. Para isso, busque constantemente a presença de Deus. 2. Busque mudanças: a. De seus próprios pensamentos para a percepção

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do Deus que o guia ao longo da jornada; b. De seu próprio coração para a presença contemplativa de Deus. 3. Hoje, o santuário de Deus é a comunidade cristã. Assim, faça da comunidade cristã um lugar para lapidação do seu coração. Lembre-se: A maior provação e o maior caos em nossas vidas é nossa desconexão com Deus. E Jesus foi quem nos reconectou com o Pai, nos reaproximando dele. Não perca de vista o que Jesus fez. Mova-se pelo seu caminho que nos concede novos desejos para o nosso coração, novo descanso para nossa alma e novos desafios para nossa jornada.

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2ª Semana: De 15 a 19 de Janeiro RESGATANDO O TEMPO DA PALAVRA Nesta série, nossa atenção tem se voltado para algumas disciplinas espirituais que nos ajudam a colocar ordem em nosso mundo interior. Em meio às muitas demandas e pressões da vida, o caos exterior tende a se instalar em nosso interior. Por isso, é importante estarmos cientes das ferramentas que temos para resgate e manutenção da ordem interior. Neste estudo, trataremos da importância da meditação na Palavra de Deus, isto é, a Bíblia. DINÂMICA EM GRUPO Pergunta inicial: Quando você pensa em um livro que você já leu, qual o primeiro que vem à sua mente? ORIENTAÇÕES PARA O LÍDER Duração: 5 a 10 minutos. O que é necessário: caneta ou lápis. 1. Os participantes podem preencher ou simplesmente falar o livro que vem à mente. 2. Incentive cada um a compartilhar sua resposta (mas não precisa necessariamente acontecer com todos os participantes). 3. A ideia é fazer um link com o assunto do início da reflexão, isto é, que a Bíblia não é como um livro qualquer. É o livro onde Deus se apresenta e fala diretamente conosco. Nenhum outro livro tem esta capacidade, ainda que tenha impactado bastante nossas vidas. A reflexão A Bíblia não é um livro qualquer. Também não é um livro religioso como tantos outros. O discípulo de Jesus entende a Bíblia como a revelação do próprio Deus. Através dela, Deus se apresenta e fala conosco. Por isso, nós nos referimos a ela como a “Palavra de Deus”. Esta verdade traz algumas implicações para nossas vidas.

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Paulo escrevendo aos Hebreus declara: Pois a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais afiada que qualquer espada de dois gumes; ela penetra ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e julga os pensamentos e intenções do coração. (Hebreus 4:12) A Palavra de Deus tem vida. E por isso traz resultados. “É viva e eficaz”. Deus é a fonte de toda vida e poder. Por isso, nosso ensino e testemunho só produzirão efeitos se estivermos conectados com a Palavra. Mas o que ela faz? Qual o valor de dedicarmos tempo à Palavra? A ilustração que o texto nos apresenta é da Palavra como uma espada muito afiada. As juntas são as partes mais duras, externas aos nossos ossos. As medulas são as partes mais moles, ficam no interior dos ossos. Facas ou espadas não muito afiadas podem até penetrar nas juntas e resvalar nos ossos, mas não são capazes de atingir a medula. Mas a Palavra, como uma espada de dois gumes, “penetra ao ponto de dividir juntas e medulas”. Na prática, isso significa que somente a Palavra revela nosso verdadeiro “eu”. Resgatar o tempo da Palavra nos liberta de enganarmos a nós mesmos. Somente a Palavra pode discernir “os pensamentos e intenções do coração”. A decisão Resgatarmos o tempo da Palavra é fundamental porque a Bíblia é o instrumento que Deus usa para realizar em nós a cirurgia mais profunda de toda a nossa vida: a cirurgia da alma. Esta cirurgia começa na história e só é concluída na eternidade, com o objetivo de nos tornar mais parecidos com Cristo. Por isso, devemos sempre nos perguntar: a leitura da bíblia tem feito de mim alguém mais parecido com Jesus? Sou alguém que fala, comporta-se e reage tendo como referência o próprio Jesus? O conteúdo bíblico deve impactar a nossa mente, deve transformar a nossa visão de mundo, deve mudar completamente

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a nossa maneira de pensar, mas não somente isso: deve também ser acolhido com o coração. Assim, resgatar o tempo da Palavra com o coração é mais importante do que com a mente. Significa render-se à Palavra. Significa conhecer a nós mesmos e verificar se existe apenas conteúdo ou verdadeiramente vida. E se existe vida, há alegria, amor, esperança e confiança em Deus. A ação A fim de resgatar o tempo com a Palavra, considere não apenas a simples leitura de cada texto que ler, mas a meditação sobre o texto. Para tanto, faça as seguintes perguntas para cada trecho em suas meditações: 1. Segundo este texto, o que Deus requer de mim? Em todo texto bíblico temos um conteúdo que revela algo sobre Deus que precisa ser obedecido por mim. Leve o participante a perceber que ler a Bíblia sem notar isso é perder de vista o aspecto normativo que as escrituras têm sobre as nossas vidas. 2. Segundo este texto, o que devo agradecer a Deus? Em todo texto bíblico temos um conteúdo que deve ser agradecido a Deus. Ler a Bíblia sem essa perspectiva é fazer vistas grossas ao imenso amor de Deus que tem sido dedicado graciosamente a nós. 3. Segundo este texto, o que devo confessar a Deus? Em todo texto bíblico temos um conteúdo que revela o quanto a minha vida que não está em conformidade com a vontade de Deus. Ler a bíblia sem essa perspectiva é negar a necessidade de um Salvador. 4. Segundo este texto, o que devo pedir a Deus? Que a nossa leitura bíblica também alimente em nós o desejo de pedir, especialmente, a graça necessária para fazermos a vontade de Deus. Assim a espiritualidade cristã deixa de ser o caminho daqueles que correspondem perfeitamente a lei de Deus,

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para ser o caminho daqueles que, embora imperfeitos, nunca desistem de fazê-lo. Nota: a ideia presente nesta prática final do estudo é conduzir cada participante a considerar essas quatro perguntas norteadoras para meditar em qualquer texto bíblico em questão.

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3ª Semana: De 22 a 26 de Janeiro RESGATANDO O TEMPO DA ORAÇÃO Vivemos dias nos quais a ação é mais valorizada que a contemplação. Atualmente, nós fazemos muitas coisas ao mesmo tempo e numa velocidade assustadora. Somos uma geração que considera a contemplação uma perda de tempo. Em geral, a visão é que ela nada produz, além de atrapalhar nossas agendas cheias de compromissos importantes. Podemos ser homens e mulheres de sucesso profissional, mas será que somos discípulos de Jesus fiéis e honráveis? Estamos aprendendo a amar a Deus com todo nosso coração, mente e vontade? Em meio às muitas demandas e pressões da vida, o caos exterior tende a se instalar em nosso interior. As práticas espirituais são instrumentos para o resgate da ordem interior. Hoje, vamos conversar sobre a ordem interior sustentada pela pratica da oração. Dinâmica de Grupo Tendo em mente sua rotina semanal, considere: 1. Quais são as três atividades que mais demandam tempo de sua agenda semanal? i. _________________________________________ ii. _________________________________________ iii. _________________________________________ 2. Quais são as três atividades que considera mais importante em uma agenda ideal (a agenda que gostaria de ter)? i. _________________________________________ ii. _________________________________________ iii. _________________________________________ 3. Alguma atividade apareceu nas respostas dadas nas duas questões acima? A que atribui as diferenças encontradas

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entre as respostas da questão 1 e 2? ORIENTAÇÕES PARA O LÍDER O que é necessário: caneta ou lápis Duração: 15 a 20 minutos. O objetivo desta dinâmica é de apontar o quanto nossa agenda está distante do ideal. Mais do que isso: muitas vezes, o ideal que temos está desconectado do ideal de Deus para nós. A conexão entre a agenda de Deus e a nossa agenda começa acontecer à medida que ouvimos Deus e conversamos com ele. Neste sentido, a oração tem um papel fundamental. A reflexão É certo que diante das enormes demandas do dia-dia, nossas emoções oscilam naturalmente entre altos e baixos. Entretanto, quando passamos a ter a experiência da comunhão com Deus por meio da oração, somos tomados de uma paz interior que, como o apóstolo Paulo diz, “excede todo entendimento”. A oração torna-se uma constante no relacionamento com Deus na medida em que nossa vida passa a depender do Senhor. A oração serve para remodelar nosso coração, atitudes e emoções. Confiar em Deus significa comunicar-se constantemente com Ele, de amigo para amigo. Como afirma James Houston: Permitimos que nossos sentimentos fluam para Ele em adoração, confissão, agradecimento e louvor. Dessa maneira, a oração dá nova forma a nossas emoções e novo caráter a nossas atitudes. Reconhecemos aquilo que somos aos olhos Dele, e abrimo-nos para receber o que Ele tem para nos dizer em sua Palavra. (Em busca da felicidade, p.192, Abba Press) A oração amplia nossos horizontes para vermos que a vontade de Deus é muito mais importante que nossa própria vontade. A oração nos faz enxergar a nós mesmos com a perspectiva de Deus. Descobrimos que nossas vidas são definidas por aquilo que amamos ou desejamos. Damos valor, dedicamos tempo e energia às coisas que amamos. Diante de um mundo

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com valores distorcidos, precisamos dedicar tempo em comunhão com Deus através da oração, a fim de que nosso mundo interior seja colocado em ordem a partir das prioridades do Reino de Deus e não de nossas emoções frequentemente influenciadas pela cultura e desejos do mundo atual. A decisão A oração do Pai Nosso é o exemplo de uma oração que orienta o mundo interior dos discípulos de Cristo, pois ela reordena nossos desejos e emoções diante das demandas do mundo. Pense e reflita em Mateus 6.5-13, percebendo essa realidade. James Houston comenta que as sete orações que há dentro da oração do Pai Nosso revelam sobre como reorganizar nosso mundo interior e descansar em Deus. 1. Pai nosso que estás nos céus * Qual a imagem que tem de Deus quando ora? Essa oração inicial fala da intimidade com o Pai. Aponta o privilégio conquistado na cruz por Jesus. Esta intimidade gera segurança e confiança do cuidado de Deus para conosco. 2. Santificado seja o teu nome. * Como você lida com o caráter de Deus diante das situações difíceis que enfrenta? Como podemos santificar o nome do Pai? Santificamos o nome de Deus quando reconhecemos o caráter do Pai, assim como Jesus nos revelou nos evangelhos. Deus é bom e digno de toda confiança. Podemos descansar n’Ele ao orarmos. 3. Venha o teu reino. * Você se considera uma pessoa submissa a Deus, que ouve e segue a Sua voz? Qual reino você tem promovido? Orar pela vinda do Reino de Deus significa aceitar seu governo sobre nós. É viver sem sermos mais dominados por nosso temperamento natural e personalidade, mas pelo fruto do Espírito Santo que cresce e frutifica em nossas vidas.

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4. Faça-se a tua vontade assim na terra como nos céus. * Você tem confiado que a vontade de Deus é melhor para sua vida? Assim como a vontade de Deus é realizada nos céus, somos desafiados a construí-la em nossas vidas. Quando oramos assim, disciplinamos nosso coração a se voltar para a vontade de Deus em nosso dia-a-dia. 5. O pão nosso de cada dia dá-nos hoje. * Como você tem lidado com as ansiedades e preocupações diárias? Esta parte da oração coloca-nos diante da nossa ansiedade. Diante de qualquer necessidade, devemos nos lembrar de que o Pai cuida dos seus filhos muito mais do que cuida das aves e dos lírios do campo. 6. Perdoa-nos as nossas dívidas assim como perdoamos nossos devedores. * Como você lida com o perdão? Há alguém que precisa perdoar? Há algo em que precisa se perdoar? Esta parte da oração lembra-nos de que a cura que oferecemos às outras pessoas através do perdão, também cura a nós mesmos. Igualmente, destruímos a nós mesmos quando mantemos rancor e nutrimos ira oculta em nossos corações. Aqui, somos desafiados a perdoar aos outros e a nós mesmos. 7. E não nos deixes cair em tentação. * Como você lida com fracassos e limitações? Como lida com as tentações que o assediam? Qual tem sido a sua dependência de Deus? Quanto mais desenvolvemos a amizade com Deus através da oração, mais sensíveis nos tornamos a respeito da realidade do mal e seu efeito sobre nós. Consequentemente, mais dependeremos de Deus.

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A ação Diante do estudo proposta, pense nas perguntas abaixo e reflita naquilo que pode aprofundar em sua vida com Deus. 1. Como estão as suas atitudes e emoções? Estão ordenadas ou fragmentadas?

2. Como está sua prática diária de oração? 3. Você tem exercitado a dependência e amor a Deus?

4. O quanto a sua vontade está próxima da vontade de Deus expressa na oração do Pai Nosso?

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4ª Semana: De 29 de Janeiro a 2 de Fevereiro RESGATANDO O TEMPO DA ADORAÇÃO Ao longo desta série, conversamos sobre resgatarmos nosso tempo com Deus, o tempo da Palavra e o tempo da oração em nossas vidas. Hoje finalizaremos nossos estudos pensando em uma prática espiritual perdida em nossos dias: o tempo de adoração. Dinâmica em Grupo Pense um pouco no que significa adoração para você e coloque suas ideias a seguir: adoração é_________________ ORIENTAÇÕES PARA O LÍDER Duração: 10 a 15 minutos. O que é necessário: caneta ou lápis. Caro líder de grupo, após todos preencherem, incentive que cada um compartilhe com os demais do grupo o que escreveu. O compartilhar é algo importante, mas não precisa necessariamente acontecer com todos os participantes, em razão do tempo e também pelo fato de alguns não se sentirem à vontade para expor suas ideias (principalmente visitantes). A reflexão A palavra adoração no grego προσκυνεω (proskuneo) significa prostrar-se, cultuar. Infelizmente, porém, a visão reducionista de muitos cristãos liga a adoração apenas à música cantada ou tocada, influenciada pelo pano de fundo comercial que se instalou. O louvor foi transformado em produto de consumo, deixando de lado o propósito existencial de todos, sem exceção, que é sermos adoradoras e adoradores de nosso Criador. Viramos apenas público apreciador e consumidor e a adoração antropocêntrica ganha cada vez mais espaço. Como adoradores, somos desafiados a sair da superficialidade e mergulhar na profundidade. A adoração

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tem de ser um estilo de vida. O pastor e estudioso Russel Shedd disse: “Adoração é o transbordar de um coração grato, impulsionado pelo sentimento do favor divino.” A adoração genuína procede de um coração sincero, transformado pelo próprio Deus. Um coração quebrantado, rendido e contrito por ação e iniciativa do Senhor de enviar seu filho para morrer em nosso lugar numa cruz, pagando nossos pecados. Tal ação obviamente pede nossa resposta e nossa decisão de ir em sua direção a fim de nos submeter a seu reinado. A decisão Ao olharmos para a Bíblia, encontramos nas palavras de Jesus o que é adoração e como desenvolver uma prática que nos conduzirá ao desenvolvimento de um relacionamento saudável com o Criador. Em Mateus, encontramos um diálogo de Jesus com o Diabo no deserto que nos fala sobre adoração: Depois, o Diabo o levou a um monte muito alto e mostroulhe todos os reinos do mundo e o seu esplendor. E lhe disse: “Tudo isto te darei, se te prostrares e me adorares”. Jesus lhe disse: “Retire-se, Satanás! Pois está escrito: ‘Adore o Senhor, o seu Deus, e só a ele preste culto’”. (Mateus 4. 8-10) Satanás queria ocupar o lugar de Deus. No entanto, Jesus conhece as Escrituras e consegue discernir que a proposta de Satanás é uma violação de Deuteronômio 6.13. A ideia era adoração como reconhecimento de divindade, como merecedor de prostrar-se para cultuar. Outro momento da vida de Jesus no qual o tema adoração é abordado é na conversa à beira do poço, em Samaria: Disse a mulher: “Senhor, vejo que é profeta. Nossos antepassados adoraram neste monte, mas vocês, judeus,

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dizem que Jerusalém é o lugar onde se deve adorar”. Jesus declarou: “Creia em mim, mulher: está próxima a hora em que vocês não adorarão o Pai nem neste monte, nem em Jerusalém. Vocês, samaritanos, adoram o que não conhecem; nós adoramos o que conhecemos, pois a salvação vem dos judeus. No entanto, está chegando a hora, e de fato já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade. São estes os adoradores que o Pai procura. Deus é espírito, e é necessário que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade”. (João 4:19-23) Para realmente adorarmos a Deus, devemos entender quem Ele é e o que Ele fez. A Bíblia é o único lugar no qual o Senhor se revela para nós. A adoração é uma postura de vida que se inicia em nosso interior na direção de Deus. A história com a mulher samaritana nos apresenta esta realidade. Adoração cristã é nossa resposta de gratidão diante da graça de Deus. Nós fomos criados para glória de Deus. Quando adoramos seu nome como resultado de um relacionamento pessoal e intransferível com o Criador, estamos integrados com a adoração de toda a Criação. Nossa finalidade principal é a de glorificar a Deus e desfrutar de sua presença. A ação Diante da reflexão neste estudo, avalie a prática da adoração em sua vida a partir de algumas perguntas: 1. Como a adoração pode lhe conduzir ao caminho da ordem de seu mundo interior? 2. Você enxerga a adoração como um caminho que Deus estabeleceu para deixá-lo mais perto dele? 3. O seu coração se enche de gratidão pelo Deus que lhe salvou na cruz e lhe resgatou da morte? 4. Você está disposto a se ajoelhar e se submeter a Jesus como rei e cultuá-lo e servi-lo de todo o coração?

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Cerqueira César Igreja presbiteriana independente

Células

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Escola de Capacitação Ministerial

Multiplique

Presbitério de Botucatu


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