Revista Manutenção & Gestão de Ativos - Edição 159

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É HORA DE GARANTIR

DISPONIBILIDADE ANO 27 EDIÇÃO 155 159

Sem novos investimentos, cresce a importância da manutenção e gestão de ativos para assegurar as operações, reduzir custos e gerar ganhos às empresas

ISSN 0102-9401

PARADA OBRIGATÓRIA

Campinas será sede do Trigésimo Congresso Brasileiro de Gestão e Manutenção de Ativos (CBGMA)

CASO DE SUCESSO

As iniciativas que aumentaram a confiabilidade e a excelência operacional de Furnas

IMPRESSO. PODE SER ABERTO PELA ECT

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PALAVRA DO PRESIDENTE

ROGÉRIO ARCURI FILHO, Presidente do Conselho de Administração da Abraman

TEMPOS DE DESPERTAR

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e há uma característica do brasileiro reconhecida internacionalmente, esta é a nossa capacidade de adaptação e recomeço. Especialmente neste momento de crise econômica, estes dois traços da nossa personalidade tornam-se ainda mais evidentes na área de Manutenção e Gestão de Ativos. Sem recursos para investir em infraestrutura, indústrias de todos os setores precisam zelar com primazia pela base instalada. As reportagens desta edição trazem um panorama de como as empresas, que já acordaram para esta oportunidade de virar o jogo da “depressão”, extraem benefícios de projetos, planos e até novas ideias apresentadas por colaboradores, para aumentar a produtividade, reduzir custos e o tempo de parada das máquinas. O mercado de tecnologia da informação também dá a sua contribuição, com a oferta de softwares especialistas para Gestão de Ativos agora transferidos para a “nuvem”, uma tecnologia que, entre outras vantagens, per-

mite a aquisição dos sistemas sem a necessidade de instalação de computadores, porque o acesso pode ser feito por meio da internet. Estamos às vésperas do 30o Congresso e da XXX Exposição de Produtos e Serviços para Manutenção e Gestão de Ativos, que este ano acontece em Campinas, de 3 a 7 de agosto. A cidade não foi escolhida por acaso: está em uma região que atrai grandes indústrias porque, além da infraestrutura, é servida por importantes rodovias e aeroporto de cargas, o que facilita a movimentação logística. A área de exposição do evento, Expoman, reserva aos visitantes a apresentação de soluções inovadoras para a nossa área, assim como o Congresso irá aprofundar conceitos e abordar tendências internacionais. Tudo minuciosamente pensado e preparado para extrairmos o máximo do conteúdo apresentado ao longo dos cinco dias de evento. Nos encontramos em Campinas. Boa leitura!

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NOTAS

Entidade se reestru tura para prover e melhores serviço mais s aos Associados

CASO DE SUCESS O

Eletronuclear investe em mais segurança no interior das usinas

ANO 27 EDIÇÃO 158 155

REVISTA M&GA ABRE ESPAÇO PARA SEUS ASSOCIADOS

ABRAMAN AINDA MAIS ATUANTE

ISSN 010 2-940

IMPRESSO. PODE

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OPINIÃO

Manutenção de máquinas e equipamentos: conceito do ponto de recuperação de crédito

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A ABRAMAN VAI SORTEAR 3 INSCRIÇÕES GRATUITAS PARA O 30o CBM&GA

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Abraman receberá a partir de 1 de julho inscrições para o Espaço Associado, destinado aos Sócios Individuais que desejarem contribuir com conteúdo para a nossa Revista M&GA. A cada Edição da Revista, publicaremos uma matéria que será definida pelo sócio sorteado, que poderá ser: um Trabalho Técnico, um “Case”, uma Entrevista explicando algum aspecto da atividade que o sócio individual desenvolve na sua empresa, etc. Lembrando que no caso de artigo técnico, antes da publicação, este será avaliado previamente pela Abraman. Para fazer a sua inscrição envie mensagem para eventos1@abraman.org.br. Os sorteios serão realizados a cada edição, uma semana após a distribuição da Revista. Não perca tempo faça já sua inscrição e participe da Maior Publicação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos! o

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odos os Associados da Abraman que estiverem em dia com as suas anuidades poderão participar da promoção, basta enviar mensagem “Favor Registrar a Minha Inscrição no Concurso Inscrição Gratuita para o 30o CBM&GA”, informando Nome Completo, No de Matrícula de Associado Abraman (se você souber), No do CPF, Endereço, Telefones de contato e Endereço de e-mail para eventos1@abraman.org.br. Lembrando que as despesas de translado, hospedagem e alimentação, serão exclusivamente por conta do Associado. Atenção: esta inscrição não dará direito ao Associado de participar das atividades extras, como Mini-Cursos, Seminários, Visitas Técnicas, etc. Nestes casos os custos para inscrição ficarão por conta do Associado. O sorteio será realizado uma semana após a distribuição desta edição. Portanto, não perca tempo, faça já a sua inscrição e participe do maior evento Latino Americano de Manutenção e Gestão de Ativos.

ÍNDICE / EXPEDIENTE

Expoman

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Caso de Sucesso - Furnas

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Tecnologia da Informação

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Certificação

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Capa

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Trabalho Técnico

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Artigo - Metso

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Eventos Regionais

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MEMBRO FUNDADOR DO GLOBAL FORUM

REVISTA

ANO 28 - EDIÇÃO 159

é uma publicação bimestral da Abraman Associação Brasileira de Manutenção e Gestão de Ativos Av. Marechal Câmara 160, grupo 320, Edifício Orly - Centro - Rio de Janeiro - RJ - CEP 20 020-080 Tel: (21) 3231-7000 / Fax: (21) 3231-7002 / www.abraman.org.br Críticas, dúvidas e sugestões: revistamanutencao@abraman.org.br CONSELHO EDITORIAL: Alexandre Fróes (NSK); Antonio Carlos Vaz Morais (PETROBRAS); Arlete Paes (SKF); Bruno Ferreira (CEGELEC); Carlos Alberto Barros Gutiérrez (NM ENGENHARIA); Eduardo de Santana Seixas (RELIASOFT); Fabiana Gimenez (SKANSKA); Fabio Gomes (ABRAMAN); Joazir Nunes Fonseca (ELETROBRÁS - UNISE); Renata Gonçalves Ramos (COMAU); Wagner Gorza (ARCELORMITTAL); PRODUÇÃO: Comunicação Interativa Editora - Tel: (11) 3032.0262 - JORNALISTA RESPONSÁVEL: Jackeline Carvalho (MTB 12456); EDIÇÃO E REPORTAGEM: Rodrigo Conceição Santos, Nelson Valencio; COLABORADORES: Débora Lopes, Letícia Milaré e João Rubens; 4 REVISTA MANUTENÇÃO & GESTÃO DE ATIVOS PUBLISHER: Jackeline Carvalho; DESIGN GRÁFICO: Ricardo Alves de Souza (Diretor) e Josy Angélica (Assistente).

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CASA DOS VENTOS ADQUIRE TECNOLOGIA EÓLICA DA ABB

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nvestimentos da ordem de R$ 30 milhões serão destinados aos parques eólicos de São Clemente (PE) e Tianguá (CE), que devem entrar em operação até 2016, produzindo energia renovável para abastecer até 300 mil famílias no Nordeste. É a ABB quem vai fornecer subestações e a infraestrutura de transmissão necessária para interligar os novos complexos eólicos do Nordeste à rede de transmissão de energia do país. Os parques de São Clemente e Tianguá produzirão 216 e 130 megawatts de energia, respectivamente. Com isso, ampliarão o domínio da Casa dos Ventos sobre o portfó-

lio de operação de projetos eólicos no Brasil, que hoje já contempla 4.800 MW em funcionamento ou em construção. “Essas subestações e a infraestrutura relativa irão facilitar a integração, transmissão e distribuição de energia limpa para atender às crescentes necessidades de eletricidade na região,” confirma Cláudio Facchin, responsável pela divisão de Sistemas de Potência da ABB. “Ajudarão também a fortalecer a confiabilidade da rede e fontes de alimentação seguras”, completa. A ABB entregará painéis isolados a gás de 230 kV e 69kV, incluindo subestações compactas de 34,5 kV com transformadores de distri-

buição, baías de conexão e linhas de transmissão. Para reduzir o impacto das interrupções resultantes da integração de energia eólica intermitente na rede, a ABB também está fornecendo religadores – disjuntores de circuito projetados para interromper uma corrente de curto-circuito. “As subestações estão de acordo com a IEC 61850 de automação de padrão aberto compatível, e com sistemas de controle e proteção, para possibilitar o monitoramento e controle de todos os ativos de energia, a fim de melhorar a eficiência operacional e de manutenção, bem como a segurança nas instalações”, informa a ABB.

SMART GRID DA ELETROBRAS CHEGA A SEIS ESTADOS BRASILEIROS

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estatal está implantando tecnologias de redes inteligentes (smart grid) no Amazonas, Alagoas, Acre, Piauí, Rondônia e Roraima, locais nos quais é a distribuidora oficial do serviço. A empresa vai usar os medidores de energia da Cisco para monitorar e controlar a distribuição de energia, através do projeto Energia+, que contempla investimentos de R$ 1,2 bilhão e será financiado pelo Banco Mundial, prometendo mais eficiência operacional e redução de perdas, segundo Paulo Lucena, representante da Eletrobrás. Os medidores utilizam a arquitetura Cisco FAN (Field Area Network) que funciona com uma Infraestrutura de Medição Avançada (AMI, da sigla em inglês) baseada no padrão IPv6, permitindo a automação da distribuição de energia, o gerenciamento das equipes de campo e a integração com sistemas remanescentes. Por ser uma pla-

taforma aberta, a arquitetura Cisco FAN possibilita o desenvolvimento de novas aplicações e serviços no futuro. Os dados serão transmitidos em tempo real para a central de inteligência, localizada em Brasília (DF), que vai poder corrigir as falhas na distribuição com mais agilidade. O consumidor, por sua vez, terá condições de acompanhar e controlar o seu consumo. As redes smart grid permitirão ainda que empresas possam vender sua cota de energia excedente, fazer ofertas pré-pagas e tarifação dinâmica. Atualmente, o projeto está em fase de mobilização. A implementação total está prevista para ser finalizada em 2017 e será realizada pelo consórcio formado pela Siemens, Itron, Telefônica e Telemont, parceiras da Cisco para fornecer smart grid nas cidades atendidas pelas Empresas de Distribuição da Eletrobrás.

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NOTAS

REFINARIA ADOTA MOTOBOMBAS DIESEL PARA TESTES HIDROSTÁTICOS DE VÁLVULAS EM CUBATÃO

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Refinaria Presidente Bernardes Cubatão (RPBC), no litoral paulista, está com obras de ampliação e o responsável por elas é o consórcio CTT, formado pela Tomé Engenheria, Technip Engenharia e RPBC. E foi justamente ele quem optou pela adoção de motobombas a diesel para fazer testes hidrostáticos que validam o funcionamento correto das válvulas instaladas na obra de ampliação da RPBC. Utilizado para testar a força ou a qualidade estrutural de instalações pressurizadas que contenham líquido ou gás, os testes hidrostáticos geralmente são aplicados em instalações como tubulações, cilindros de gás e caldeiras, entre outros. O teste permite aferir vazamentos e valida se o sistema instalado é seguro para

poder funcionar corretamente numa operação real. Assim, os dois conjuntos de motobombas diesel autoescorvantes – modelos 64S17 e a 63C17 – foram avaliados positivamente por Wilton de Abreu Cruz, da equipe de Manutenção de Equipamentos do Consórcio CTT. “O serviço da Itubombas também foi bom, tanto no suporte quanto na agilidade de atendimento.” A RPBC é uma unidade de refino de petróleo pertencente à Petrobras, instalada no Jardim das Indústrias em Cubatão. Ela produz principalmente gasolina de aviação, diesel ecológico, gasolina Podium, componentes da gasolina de competição, solventes (benzeno, tolueno, xilenos e hexano), diesel, coque para exportação, sendo a maior produtora nacional de hexano.

ACCIONA INAUGURA FÁBRICA DE AEROGERADORES NA BAHIA ocalizada na cidade de Simões Filho, na Bahia, a unidade tem capacidade de montagem de até 100 unidades de aerogeradores modelo AW 3000, de 3 MW, mas poderá dobrar, segundo a empresa. A planta é a quarta desse tipo que o grupo Acciona possui no mundo. No Brasil, a corporação está presente há 20 anos por meio de sua divisão de infraestrutura. Na avaliação da fabricante, as turbinas se encontram dentro da maior faixa de potência instalada no Brasil (3 MW), com as maiores dimensões de rotor (chega a 125 metros de diâmetro) e são instaladas sobre torres de concreto de 100 e 120 metros. Antes da ativação da montagem, a Acciona Windpower já produzia os chamados cubos eólicos desde 2013. Desde que iniciou sua comercialização nacional, em 2012, a Acciona Windpower assinou contratos para 1.020 MW. Atualmente, há dois parques eólicos em operação no Brasil, que somam um total de 210 MW, com aerogeradores AW de 3MW: em Atlântica (120 MW), no Rio Grande do Sul, e em Areia Branca (90 MW), no Rio Grande do Norte.

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DIVULGAÇÃO / ACCIONA-FOTOVIDEOPRO

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Estão em construção outros dois parques eólicos que usarão turbinas AW 3000: em São Miguel de Gostoso, de 108 MW, e em Vila Amazonas, de 93 MW, ambos no Rio Grande do Norte. Também há previsão dos projetos de Itarema I e II (207 MW), no Ceará; o de Santa Vitória do Palmar (207 MW), no Rio Grande do Norte, e o de Lagoa do Barro (195 MW), no Piauí para os próximos anos

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PARADA OBRIGATÓRIA: CAMPINAS Cidade paulista se prepara para receber o Congresso e Feira da Abraman em agosto, confirmando a região como polo industrial e logístico atento às melhores práticas de Gestão de Ativos JOÃO MONTEIRO

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ARQUIVO ABRAMAN

trigésimo Congresso Brasileiro de Gestão e Manutenção de Ativos (CBGMA) já tem data e local marcados. Com o tema “Gestão de Ativos e Manutenção: novo patamar empresarial para novos tempos”, o evento será na Expo Dom Pedro, em Campinas (SP), entre os dias 3 e 7 de agosto, e a expectativa é de um público de 800 a 1 mil visitantes. O diretor-presidente da Abraman, Ivan Antunes de Souza Junior, explica que a escolha de Campinas foi uma solicitação dos pró-

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critérios de seleção são estabelecidos pela própria Abraman e aplicados por um comitê técnico. Cada trabalho tem no mínimo duas avaliações independentes”, explica ele. O evento abrirá no dia 3 de agosto com uma conferência de empresários e workshop de gestão de ativos. No dia seguinte, acontecerão mesas redondas, palestras nacionais e internacionais tratando sobre a gestão de ativos e apresentação dos trabalhos técnicos. Segundo Souza Junior, nos dias 5 e 6 serão apresentados trabalhos dedicados à manutenção. “O congresso encerra na quinta-feira, dia 7, com visitas técnicas para diversas empresas, entre as quais a Petrobras (refinaria de Paulínia), a subestação e o centro de operações de Campinas de Furnas e a Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp”, diz. Quem não participar das visitas, poderá optar por quatro minicursos oferecidos pela Abraman: “Gestão de Confiabilidade e Risco de Gestão de Ativos”, com o professor Cláudio Spano; “Terceirização Positiva Como Um Diferencial de Vantagem Competitiva”, ministrado pelo engenheiro EVENTO PASSADO – Congresso e Feira bateram recorde de público Jeanpaolo Donato; “Práticas Avane de conteúdo debatido çadas em Gestão de Paradas, Aprendizado Contínuo”, com o professor Luis

prios expositores, “pois trata-se de um polo industrial importante e que está no centro do Estado de São Paulo, com alta gama industrial”. Sobre os Trabalhos Técnicos inscritos para a premiação durante a Expoman, o executivo afirma que foram recebidos 338 trabalhos válidos, oriundos de sete países e de todas as regiões do Brasil, neste ano. Para a segunda fase, foram selecionados 280 deles, dos quais serão selecionados entre 80 e 100, que irão para o Congresso. “Os

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dustrial do Brasil, com a região metropolitana de Campinas respondendo pela maior parte e atendendo praticamente todos os setores produtivos com indústrias como a EMS e a Medley (farmacêutico), a Unilever (alimentícia), a Petrobrás e a Raízen (combustíveis) entre outras. “Nossa indústria automotiva é muito forte também, e temos uma cadeia de petróleo e gás potente em Paulínia, onde está a maior refinaria da SAMUEL ROSSILHO, secretário de Desenvolvimento Econômico, Social América Latina”, diz. e Turismo da Prefeitura de Campinas Nunes Filho explica que a cidade tem vocação tecnológica forte, devido aos 15 institutos de pesquisa e cinco parques tecnológicos dispos- guera, Bandeirantes, Dom Pedro I, tos na região, sem contar com as di- Adhemar de Barros e Santos Dumont. versas universidades, principalmen- Estamos a 170 km do porto de Santos CIDADE DE CAMPINAS Que Campinas foi escolhida por seu te a Unicamp. “A cidade também con- e aqui se localiza o maior aeroporto de potencial como polo industrial nin- ta com o primeiro acelerador de par- cargas do país, Viracopos”, afirma. Segundo ele, são 41 mil e 98 mil guém duvida. O diretor da Regio- tículas de luz sincrotron do país”, lemnal de Campinas da Ciesp (Centro bra. Para ele, Campinas tem mão de toneladas exportadas e importadas, de Indústrias do Estado de São Pau- obra qualificada e possui diversas respectivamente, por Viracopos por lo), José Nunes Filho, afirma que a re- startups, voltadas principalmente às ano. Em termos de passageiros, o aegião da bacia do PCJ (formada pelos áreas de eletroeletrônica, comunica- roporto é o sexto maior do país, com 10 milhões de pessoas viajando anurios Piracicaba, Capivari e Jundiaí) ção e informática. O diretor da Ciesp lembra que almente. “Nossa localização privilerepresenta o terceiro maior polo inCampinas tem uma herança forte do giada é potencializada ainda mais café, mas continuou crescendo quan- pelas opções de transporte, que fado o preço dessa commodity caiu. “A zem de Campinas uma cidade granpartir de um certo período, houve de com facilidades logísticas atraenuma abertura ao desenvolvimento e tes para as empresas escoarem seus a cidade cresceu. Fundamental para produtos, bem como para seus exeisso é o centro logístico em que está cutivos viverem com qualidade.” O Secretário pontua que a manutenlocalizada, com ligação direta com São Paulo, interior, Santos e as diver- ção e a gestão de ativos é fundamensas universidades e institutos desses tal para o empresário que não quer deilocais. Isso é um atrativo para as em- xar de crescer, principalmente em um momento onde a economia nacional presas”, explica. O secretário de Desenvolvimento está em desaceleração. “Sem dúvida, a Econômico, Social e Turismo da Pre- manutenção de ativos e a modernizafeitura de Campinas, Samuel Rossilho, ção de equipamentos contribuem para compartilha a ideia de que a cidade melhorias processuais e de qualidade JOSÉ NUNES FILHO, diretor da tem um centro logístico bem locali- nas empresas, se mostrando essencial Regional da Ciesp, Campinas, SP zado. “Campinas é cortada por cinco para apoiar a competitividade indusdas maiores rodovias do país: Anhan- trial”, finaliza Rossilho. l DIVULGAÇÃO / CIESP

DIVULGAÇÃO / PREF. CAMPINAS

Verri, da Verri Veritatis; e “Conhecimento Humano e Desenvolvimento de Competências”, com Milton Zen. “Cada minicurso tem duração de 8 horas e, em paralelo, existirão os exames de CAMA e CMRP (siglas em inglês)”, afirma Souza Junior. Junto com o CBGMA, ocorre a 30ª Expoman (Exposição de Produtos, Serviços e Equipamentos para Manutenção e Gestão de Ativos), a maior feira do setor na América Latina. “O evento recebe um público bem maior que o Congresso. Estamos com uma expectativa de 3 mil pessoas para a feira”, diz Ivan Antunes de Souza Junior.

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DA PRANCHETA PARA AS NUVENS Software de gestão de ativos que otimizam os processos de manutenção preventiva e preditiva agora avançam para operação fora do ambiente físico das indústrias RODRIGO CONCEIÇÃO SANTOS e JOÃO MONTEIRO

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e o acompanhamento dos parâmetros operacionais e produtivos dos equipamentos, mesmo que nas pranchetas ou tabelas de Excel, foi uma evolução para as práticas de manutenção preventiva e preditiva nas indústrias, a administração desses dados em grande volume é a tônica da vez no que tange a gestão de ativos. Afinal, a adoção de softwares tem possibilitado a obtenção de históricos de falhas nos componentes de máquinas e equipamentos, ou mesmo

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a tabulação de dados de análises de lubrificantes, temperatura, pressão, etc. para antecipar falhas prováveis. Para os desenvolvedores desse tipo de tecnologia, o convencimento sobre as vantagens da informatização na gestão de ativos passa por vários aspectos, entre os quais o custo de aquisição e a garantia de performance, motivos pelos quais a migração de softwares para ambientes virtuais (cloud computing ou computação em nuvem) tem despontado com sucesso.

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“Antes de tudo, contextualizamos que o software especialista é a compilação de conhecimento específico elaborado por alguém, em uma ferramenta operacional de aplicação deste conhecimento. É como se fosse um passo à frente do livro, onde o conhecimento é apenas registrado. No software especialista, além de registrado, o conhecimento é aplicado de forma prática e eficiente para os negócios”, diz Francisco Mello Siqueira Júnior, diretor da SPES Engenharia de Sistemas, empresa que atua no mercado desde 1983. É assim que ele simplifica como a utilização de softwares é aplicada à gestão de ativos, e adianta que esse raciocínio vale tanto para adoção de softwares que rodam em ambiente físico local (servidores do próprio cliente) ou em ambientes virtuais remotos (cloud computing). “Todavia, desde 2004, quando a tecnologia de desenvolvimento de browser ainda engatinhava, a SPES decidiu adotar esta tecnologia em seus softwares, o que garante que eles possam ser utilizados tanto em ambiente local quanto em remoto, já prevendo que no futuro as soluções virtuais 100% browser ganhariam mercado”, diz. E isso começa a acontecer, segundo ele, embora o cloud computing ainda seja embrionário no setor de manutenção e gestão de ativos no Brasil e em boa parte do mundo. “As

ferramentas de desenvolvimento de softwares voltados para operarem na nuvem sempre foram mais avançadas e intuitivas, proporcionando melhores produtos de informática. Além disso, o cliente descentraliza as informações do seu ambiente físico, o que, naturalmente, diminui o risco de desastres”, diz. Segundo Siqueira Junior, no caso de instalações novas, a adoção de

softwares em nuvem também elimina a necessidade de investir em infraestrutura de TI, o que possibilita ao cliente focar os recursos nas operações inerentes ao seu negócio. “Em uma grande rede de supermercados que atendemos no Brasil, por exemplo, a infraestrutura de TI

é focada na operação e abastecimento das lojas, estando a gestão de manutenção dos centros de distribuição baseada na nuvem, onde a solução adotada para esta operação é totalmente suportada pela SPES”, completa. Siqueira Junior, conta que o software em nuvem da SPES usa a infraestrutura de hardware e de rede de acesso de um data center internacional, localizado no Texas (EUA), que tem todas as características necessárias para manter o serviço disponível por 99,9% do tempo, como rege o contrato de SLA (acordo de nível de serviço). “Na prática, nunca houve indisponibilidade nos quatro anos com os quais trabalhamos com esse data center. E atribuo isso aos recursos de última geração dessa infraestrutura, caso dos servidores de alta performance, links de internet de altíssima velocidade, redundâncias físicas em todos os componentes, sistemas de utilidade como climatização do ambiente, segurança da informação, etc.”, diz. Além da qualidade – que para o especialista é o principal atributo a favor da computação em nuvem – a viabilidade comercial também pesa a favor do cloud, principalmente no setor de manutenção e gestão de ativos. Deixando claro que quem opta por esse tipo de

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

GLADSTONE CAMPOS

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da SPES e, mais surpreendentemente, há alguns nos quais o cloud acabou sendo adotado permanentemente pelo cliente em razão dos bons resultados que proporcionou. A NUVEM É CONECTADA Assim como a SPES, outros players do mercado desenvolvedor de softwares apresentam soluções destinadas exclusivamente ao setor de manutenção e gestão de ativos. E, grifa-se, todos com apostas conLISANDRO SCIUTTO, diretor VLADIMIR MICHELS, diretor tundentes em cloud computing. de Produtos da Infor de manufatura da TOTVS É o caso da Oracle, cujo software Enterprise Asset Management (EAM) promete versatilidade para diversos ativos, indo desde modelo comercial é o gestor de prédios até equipamentos móveis áreas da empresa, como os departamanutenção – pois a utilização ou mesmo infraestrutura pública. mentos de compras, produção, vendo software especialista pode ser Segundo a empresa, ele abarca so- das e financeiro, possibilitando que considerado um serviço necessá- luções para gerenciamento de ati- todas as áreas da empresa estejam rio para a sua atividade-fim, que é vos, de mão de obra, de materiais, alinhadas e informadas sobre o que manter as máquinas funcionando e de compra, de contrato com tercei- necessita ser feito para atender as atividades de manutenção”, explica com alta produtividade – ele acres- ros e de gerência de serviço. “A solução pode ser acessada a Com essas características, segundo centa que a compra geralmente requer a aprovação de duas outras partir de dispositivos móveis, em ele, o software de gestão de atiinstâncias: diretoria financeira e TI, qualquer lugar do mundo, pois tem vos da Oracle oferece visão de 360 e a utilização em ambientes físicos conectividade total com a internet. graus sobre o ativo, sendo possível locais normalmente demandam in- Por isso, o EAM permite a integração verificar os principais indicadores vestimentos em infraestrutura de entre a manutenção e as diversas de manutenção, como MTBF (tempo médio entre falhas) e o MTTR TI. “Pela complexidade do processo (tempo médio de reparo), além de de aquisição tradicional, o tempo proporcionar visão financeira do entre a requisição e o início da utiativo, com informações de sua delização do software especialista se No software preciação conforme o uso e análise estende, fazendo com que o gestor de rentabilidade. de manutenção e a empresa fiquem especialista, além Segundo Crisafulli, o EAM está no desatendidos neste período. Por mercado há mais de 20 anos e atende outro lado, a adoção do software de registrado, o cerca de 60 mil clientes ao redor do em nuvem pode ser uma solução conhecimento é mundo, em diversas áreas de negóimediata e descomplicada para o cios. Os ramos atendidos pela solução gestor ser atendido e a empresa se aplicado de forma são manufatura, logística, química, convencer de que vale a pena invesóleo e gás, setor público e transportes tir na gestão de manutenção, nesse prática e eficiente A Totvs é outro desenvolvedor meio tempo”, explica. mundial com solução para manuSegundo ele, há casos desse tipo para os negócios tenção e gestão de ativos. De acorde processo na carteira de clientes

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TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

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do com a empresa, sua solução fornece controle de solicitações de serEntre as vantagens viço, utilizando dispositivos móveis, além de gestão das manutenções da tecnologia está o corretivas, preventivas e preditivas e de controle de custos técnicos, de acompanhamento materiais ou de serviço. O software da vida útil dos também auxilia na segurança dos operadores dos equipamentos e na ativos e a redução qualidade dos itens produzidos. “O Totvs Manutenção de Ativos de gastos não proporciona uma administração planejados completa de todo o processo de engenharia de manutenção, passando pela gestão de materiais, que consiste em um controle efetivo de todos os insumos necessários para Infor EAM 11.1, com cerca de 15 a sua execução, como itens de esto- anos no mercado. Lisandro Sciuque, ferramentas e equipamentos, too, diretor de produto da empresa além da gestão de mão de obra”, diz na América Latina, explica que o o diretor de manufatura da TOTVS, software ajuda a saber exatamenVladimir Michels. “A solução tam- te quando a máquina vai precisar bém determina os custos, contabili- de manutenção, não deixando o zando e registrando o histórico das equipamento ficar parado sem necessidade. “A solução tem um cromanutenções”, completa. Entre as vantagens da tecnologia, nograma que é capaz de detectar a Totvs destaca-se o acompanha- problemas previamente. Isso aconmento da vida útil dos bens ativos tece porque ele conecta dados dos e a economia com gastos não pla- equipamentos através de sensores nejados. “Melhorar a confiabilidade e disponibilidade de equipamentos, evitando custos desnecessários com a correta manutenção de ativos, é a principal característica dessa ferramenta”, resume Michels. Assim, ele considera que o diferencial do TOTVS Manutenção de Ativos é a robustez, capaz de oferecer visão clara da manutenção com indicadores e alertas visuais em tempo real. “Outro diferencial é o atendimento. Temos uma rede de canais dispostos em todas as regiões do Brasil e da América Latina, fazendo com que DANIEL PROBAOS CRISAFULLI, o cliente seja atendido de forma gerente de Vendas e Consultoria ERP/SCM da Oracle Brasil regionalizada”, afirma. Já a Infor é a desenvolvedora do

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que são ligados ao Infor EAM, sendo possível medir o consumo de energia, calor, tensão, rendimento da máquina, etc.”, diz. Dentro dessa plataforma, é possível se comunicar com outros usuários através de um sistema de colaboração, onde eles recebem alertas por computador e celular, com detalhes sobre os problemas. “Desse modo, os técnicos recebem orientações de como realizar o trabalho e as direções a serem tomadas. A rede de colaboração permite que eles mandem fotos do problema para outros técnicos e engenheiros auxiliarem na tarefa”, explica o executivo da Infor. Segundo ele, o EAM 11.1 é capaz de gerenciar ativos com flexibilidade, podendo ser utilizado por qualquer indústria e um exemplo disso está no acelerador de partículas do Cern, o Centro Europeu dedicado à Pesquisa Nuclear. “Toda a manutenção da máquina da descoberta de partículas é feita pelo nosso software. Para simular as reações físicas que ocorrem no universo, por exemplo, o equipamento precisa de muitas peças e manutenção preventiva, algo que é administrado pelo sistema de gestão de ativos”, diz. O retorno de investimento, segundo Lisandro Sciutoo, é intrínseco, uma vez que esse tipo de software diminui a deficiência de produção, evitando paradas não programadas das máquinas. “Além disso, desde 2007 a Infor tem como conceito fazer desenvolvimentos para tornar o software cada vez mais sustentável, fazendo com que a manutenção de equipamentos mais antigos caminhem no sentido de emitir menos gases poluentes e consumir menos combustível.”

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DIVULGAÇÃO / ASTREIN

O Share Services Astrein (SSA) também segue a linha de gerenciamento de ativos desde 1984, quando a Astrein desenvolveu o primeiro Sistema Informatizado de Manutenção para computador pessoal. Hoje, o sistema é totalmente em nuvem. Alexandre Siqueira, diretor comercial da empresa, valida que o cloud computing gera redução de custos e é útil em momentos nos quais o mercado está cauteloso, como agora. “Isso facilita a aquisição do produto, pois não é necessário uma nova infraestrutura de hardware ou software para a instalação e uso do produto”, diz. Segundo ele, o SSA da Astrein traz como vantagem a atualização rápida, realiza cerca de uma vez por trimestre. “O software também é compatível com Android, tanto em smartphones quanto tablets, permitindo que a solução seja operada remotamente via esses aparelhos”, diz. Nesse caso, ele detalha que, quando há alguma inconformidade no registro, pode-se gerar notificação para o responsável do estabelecimento, pedir a troca de um extintor vencido ou a troca da luz de emergência, entre outros fatores. “No passado, isso era feito na prancheta, depois levado para o batalhão e depois pro- ALEXANDRE SIQUEIRA, diretor comercial da Astrein cessado. Era um ciclo demorado e ocorria perda frequente de AF Anuncio SPES 200X133 mm.pdf 1 20/05/2015 11:47:29 informação. Agora, com o SSA, é tudo em tempo real”, finaliza. l

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O software que faz a sua gestão de manutenção de ativos físicos engrenar. Gerenciar a manutenção de ativos com eficiência e economia pode ser mais fácil e ágil do que você pensa. Basta acertar na escolha do software! Prefira o software SMI, uma solução especialista presente no mercado desde 1988, que pode ser hospedado na nuvem ou na rede, e utilizado integralmente no navegador de internert do desktop, do tablet ou do smartphone, ou seja 100% browser. em Deus confiamos

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CAPA

É HORA DE GARANTIR

DISPONIBILIDADE Brasil Kirin reduziu o estoque em mais de 17 milhões de itens, a Fibria conseguiu ganhos de 25 milhões de dólares e a Odebrecht economizou 600 mil dólares em Angola com o aprimoramento da Manutenção e Gestão de Ativos RODRIGO CONCEIÇÃO SANTOS e DÉBORA LOPES

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DIVULGAÇÃO / BRASIL KIRIN

efinições de metas estratégicas, melhoria das ferramentas de trabalho e maior organização hierárquica. Esses foram alguns dos temas tratados no Opex Summit 2015 – 1o Congresso de Excelência Operacional Corporativa, que aconteceu em São Paulo nos dias 29 e 30 de abril. O evento reuniu palestrantes e representantes de companhias de todo o Brasil com o intuito de discutir os caminhos que uma empresa precisa trilhar para alcançar a excelência operacional, uma vez que, com o aumento de competitividade e a cautela do cenário financeiro, o ganho de eficiência e o menor custo de produção são condições sine qua non na hora de garantir um bom lugar no mercado. A Brasil Kirin, por exemplo, apostou no método de Manutenção Produtiva Total – o qual coloca a manutenção da fábrica e dos ativos como parte vital no desenvolvimento dos negócios – para construir uma BRASIL KIRIN – alinhamento de processos aos objetivos da estratégicos nova cultura corporativa na busda empresa, incluindo governança ca da excelência operacional. O objetivo é construir, no próprio local de trabalho, mecanismos para

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CELULOSE ONLINE

prevenir diversas perdas e manter o ciclo de produção. FIBRIA – no programa de Gestão Nesse sentido, a fabricante de Participativa os colaboradores incluem bebidas optou por abordar ques- novas ideias na intranet corporativa tões relacionadas à gestão de processos, melhorias e governança. “A estratégia foi alinhar os processos aos objetivos da empresa, integrar os departamentos para quando surgissem demandas parecidas e reorganizar a cadeia de valor”, diz Elivagner Sales, Gerente de Excelência Operacional da companhia. A comunicação também teve seu papel. A Brasil Kirin utilizou a conversa com os líderes da cada etapa de produção para definir métodos e, assim, otimizar os processos das principais áreas. “Não conseguiríamos mapear a empresa toda, então centralizamos a ação e, dessa forma, facilitamos o trâmite”, explica a manutenção e os setores corporaElivagner. Segundo ele, com essa tivos. Nesse caso, o sistema adotado postura a empresa aumentou a co- foi um programa de ideias, denonexão entre as partes corporativa e minado i9. “Trata-se de um recurso industrial, resultando na integração que chamamos de inovação espontânea e no qual os próprios colabodos departamentos. Aderindo as medidas voltadas radores dão ideias com o intuito de aos processos de manutenção, a fa- melhorar a produtividade dos seus bricante diminuiu de 30% a 70% o setores”, conta Leandro Barros, Cotempo dos processos (dependendo ordenador de Sistemas de Gestão do processo), reduziu o número de da companhia. De acordo com ele, a pessoas envolvidas nesses procedi- adoção do sistema já tem um retormentos e os estoques, que caíram no de investimento em torno dos mais de 17 milhões de itens e au- 25 milhões de dólares. A motivação dos colaboradores mentou a sinergia entre os setores da companhia. “Aprendemos que para participar do programa foi espara escolher a melhor ferramen- sencial. Segundo Barros, a Fibria ta para a gestão é preciso antes se implantou uma nova cultura organiperguntar qual a sua intenção”, diz zacional voltada à criação de ideias. “Nós mostramos ao colaborador que Elivagner. a ideia dele teria visibilidade e reconhecimento, fizemos questão de dar RETORNO FINANCEIRO A comunicação também fez dife- feedbacks rapidamente e criamos rença nos métodos adotados pela um ambiente participativo”, expliFibria, produtora nacional de celu- ca ele. Outra medida tomada pela lose de eucalipto, na conexão entre empresa foi a criação de um portal

exclusivo para o i9. Através dele, o participante cadastra sua ideia inovadora e acompanha o status, promovendo maior interatividade entre a Fibria e o colaborador. GESTÃO EFICIENTE Para Elson Rangel, gerente de equipamentos da Odebrecht, é em momentos de crise que a manutenção exalta a sua função primária de garantir confiabilidade e longevidade aos ativos. “A ausência de recursos para a substituição de equipamentos com vida útil exaurida conduz a uma nova abordagem, na qual se faz necessário um esforço diferenciado para que os equipamentos apresentem condição operacional sem a queda de confiabilidade e aumento de custo de manutenção comum nessas situações”, adianta ele. “O que fazer? O primeiro passo é aumentar a frequência de inspeções e monitoramento das condições dos equipamentos para prever falhas

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DIVULGAÇÃO / ODEBRECHT

CAPA

ODEBRECHT – programa de gerenciamento da frota em tempo real e gestão descentralizada dos ativos

com mais eficiência. Depois, a empresa toda deve trabalhar como um ser único, o que quer dizer que as áreas de apoio, como a de suprimentos, deve atender o mais rápido possível as demandas”, completa. Administrando uma frota de cerca de 6 mil equipamentos pesados – entre escavadeiras, tratores, caminhões rodoviários e fora-de-estrada, etc. espalhados pelo Brasil – a empreiteira encara o desafio diário de manter os ativos operantes em obras dos mais variados tipos, inclusive aquelas realizadas em locais ermos, distantes dos grandes centros e onde os suprimentos não são encontrados com facilidade. Por isso, a manutenção e gestão de ativos da Odebrecht ocorre de forma descentralizada, sendo que cada obra tem o seu gestor e equipe responsáveis, mas conta com o apoio da central de equipamentos

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Nos momentos de crise, a ausência de recursos para a compra de novos equipamentos reforça a necessidade de esforço diferenciado para manter os equipamentos em funcionamento

e almoxarifado localizada em Guarulhos (SP). “Em todas essas operações, há iniciativas diferenciadas, de modo que toda obra é uma pequena empresa como autonomia para decidir como fazer a manutenção de sua frota. Mas há algumas ferramentas usadas comumente, como a análise de lubrificante, monitoramento online ou local de manutenção e operação e o controle de emissão de gases veiculares”, diz. Desde 2007, a Odebrecht começou a implantar um programa de monitoramento online na frota e hoje conta com cerca de 2 mil equipamentos adequados a ele. Segundo Rangel, a premissa é monitorar todos os parâmetros passíveis de redução de custos e aumento de produtividade e o sistema abarca os mais variados tipos de equipamentos da linha amarela de construção (tratores de esteiras, escavadeiras, retroescavadeiras, motoniveladoras, pás carregadeiras, etc.), caminhões rodoviários e off road e plantas industriais. “Devido à nossa forma descentralizada, não é possível relatar números gerais de gestão de frota. Porém, um caso emblemático foi quando iniciamos o processo de monitoramento em Angola: nos seis primeiros meses conseguimos reduzir custos e falhas operacionais que representaram ganhos na ordem de 600 mil dólares”, diz o especialista. Ainda em Angola, ele finaliza lembrando do caso de uma vibroacabadora, com cerca de 2 mil horas de operação e na qual a análise de lubrificante permitiu a identificação de falha prematura no motor diesel que, se não identificada, geraria pane cujo conserto ficaria na casa dos 58 mil dólares. l

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ARTIGO

PEQUENAS DECISÕES, GRANDES RESULTADOS MIKKO VUOLANTO*

INTRODUÇÃO s processos na indústria de gases são conhecidos pelas exigências de alta disponibilidade. A máxima disponibilidade, por sua vez, é atingida com a presença de componentes confiáveis. As válvulas desempenham um papel importante na disponibilidade da maior parte das plantas de produção de gases. Os sistemas de adsorção por variação de vácuo ou de pressão (VSA e PSA, respectivamente), assim como o de separação de ar (ASU), dependem da operação de válvulas confiáveis. Elas são necessárias para assegurar um suprimento constante de gases industriais, como hidrogênio, oxigênio, nitrogênio e outros, para uma variedade de processos

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FUNDAMENTOS DOS PROCESSOS DE GASES INDUSTRIAIS Garantir a confiabilidade e a subsequente disponibilidade de gases industriais é de vital importância. Na prática, significa maximizar o tempo de operação e o suprimento contínuo e ininterrupto de gases. Ao mesmo, tempo a rentabilidade é um parâmetro importante. Os gases industriais são usados em diversas indústrias, em particular, nos processos de capital intensivo, como as refinarias, siderúrgicas e o setor químico. Dessa forma, a disponibilidade de gases industriais tem um papel crucial para ajudar a agregar valor às matérias primas. A falta de uma disponibilidade consistente resulta em perdas significativas, em função de o processo experimentar interferências ou paradas não programadas. Os processos de gases industriais podem ser divididos em três categorias: tecnologias de membrana, adsorção por variação e separação de ar. Elas têm muito em comum do ponto de vista da especificação de produto, mas diferem bastante em termos de escala de produção. Enquanto as tecnologias de separação de ar são usadas em produção de grande escala, as de adsorção por variação e, em particular, as de membrana, fornecem uma produção menor. Diferentemente das tecnologias de adsorção por variação e as de membrana, os processos de separação de ar são aptos a produzir vários tipos de gases industriais ao mesmo tempo. No entanto, os métodos ASU apenas fazem a separação de gases, enquanto o PSA/VSA e os métodos de membrana podem ser usados para purificar gases de alimentação, como os de síntese (syngas),

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biogás e gases ricos em nitrogênio/hidrogênio e oxigênio de várias impurezas (dióxido e monóxido de carbono e sulfeto de hidrogênio). PROCESSOS DE MEMBRANA As tecnologias de membrana são as mais apropriadas para a produção de baixo a médio volume, com nível de pureza de aproximadamente 95% ou mais. A tecnologia é baseada no uso de membranas parcialmente permeáveis, que permitem a passagem seletiva de gases. Nos últimos dez anos, esse tipo de tecnologia avançou significativamente e é tida atualmente como um método competitivo de produção de gases industriais. Mais frequentemente, as membranas são usadas na produção de hidrogênio para remover umidade e hidrogênio do gás fonte. Quando comparada com as tecnologias de PSA, os benefícios dos métodos de membrana incluem um baixo investimento de capital e plantas de construção mais simples. Outro benefício é o menor requerimento de espaço. Adicionalmente, a planta de gases por membrana é fácil de ser operada em capacidade parcial. Tipicamente, elas têm um baixo custo operacional e, em condições de temperatura ambiente, elas normalmente não requerem nenhum esforço adicional durante sua operação. PROCESSOS DE ADSORÇÃO POR VARIAÇÃO Os processos de adsorção por variação, que tipicamente separam ou purificam gases em condições de temperatura normal ou levemente elevada, incluem três metodologias principais, baseadas na alternância de

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DIVULGAÇÃO / METSO CORPORATION

pressão (PSA/VSA) ou na alternância de temperatura (TSA, adsorção de temperatura). Esses processos são usados para purificar gases de uma mistura sob pressão ou temperatura. O gás fonte é alimentado em tanques com material adsorvente, que adsorve as impurezas do gás de entrada e permite que o produto final separado (hidrogênio, oxigênio, nitrogênio) flua. Como um processo de batelada, ele apresenta altos ciclos, com mudança frequente e contínua entre adsorção e dessorção, que é a regeneração da adsorção. Os diferenciais de alta pressão estão tipicamente presentes nos dois lados das válvulas durante os diferentes estágios de processo. No entanto, as válvulas precisam estar absolutamente estanques. Em casos extremos, as válvulas passam por mais de um milhão de ciclos/ano, o que é um desafio para qualquer tipo de projeto de equipamento. Como os produtores de gases têm contratos contínuos de suprimento com seus clientes e que envolvem penalidades em caso de paradas, as válvulas devem ter características de alta ciclagem projetadas para garan-

tir longos intervalos entre as manutenções, permitindo que as plantas maximizem sua eficiência. Para atender essas exigências, válvulas com design especial devem ser adotadas. Na Metso, as equipes de P&D têm trabalhado com clientes de gases industriais há muito tempo. Como resultado, a empresa é apta para desenvolver conceitos, amplamente aceitos, de válvulas borboletas com as marcas Mapag e Jamesbury. Com a mais nova geração, a Metso está estabelecendo novos padrões para desempenho de válvulas. O novo projeto de válvula para PSA, com a marca Mapag, a ser lançada brevemente, deve prover uma maior eficiência, especialmente nas classes de maior pressão até ANSI #600. Isso coincide com o movimento da indústria na produção de hidrogênio via PSA. Esse novo nível de eficiência pode ser alcançado através de inovações inéditas, tanto em internos de válvulas como na montagem básica. As capacidades de controle e de manutenção também têm sido aperfeiçoadas, sem comprometer as qualidades mecânicas das válvulas. A inteligência embarcada dos controladores de válvulas como o ND9000 e o Neles SwitchGuard torna

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ARTIGO

possível a visão online da operação e também o armazenamento dos dados de diagnóstico para análise posterior para as válvulas de controle e ON-OFF. Com a ajuda da solução de gerenciamento de ativos, o Metso FieldCare, as informações podem ser usadas para planejar a manutenção e garantir a máxima disponibilidade de troca de válvulas no processo de PSA. SEPARAÇÃO DE AR O processo básico ASU separa o ar em componentes primários, sendo os produtos finais o nitrogênio, oxigênio e gases raros como o argônio, hélio, xenônio e criptônio. A tecnologia mais comum desse processo de separação é a destilação criogênica. Embora pareça simples, a destilação criogênica exige múltiplos estágios de compressão, purificação, resfriamento e destilação antes que os produtos finais possam ser despachados para o usuário. Além disso, dependendo do tipo de planta, o suprimento e armazenamento do produto final devem ser considerados. Se os gases forem diretamente consumidos, não será necessária liquefação. A separação de ar é mais econômica quando altos volumes são demandados, desde que essas plantas tenham um relacionamento de custos não-linear em operações. Naturalmente, as condições extremas exigem muito das válvulas de processo e uma atenção extra deve ser dada ao projeto dos dispositivos para que a confiabilidade seja assegurada. Exigências ambientais e operacionais extremas, como temperaturas muito baixas e atmosferas enriquecidas com oxigênio, são os maiores desafios. Especialmente em meios de fluxo de oxigênio enriquecido, a seleção errada de materiais pode comprometer a segurança da planta. Adicionalmente, essas válvulas têm que prover uma segurança de longa duração e elevada estanqueidade para evitar danos à saúde e uma produção segura e ininterrupta, de modo a alcançar a máxima disponibilidade da planta de gases industriais. O sistema também deve fornecer um controle estável das emissões fugitivas. A Metso tem uma longa história com válvulas para ASU’s, cobrindo todo esse processo, desde o compressor e o estágio de purificação, passando pela destilação na caixa fria até o carregamento e a distribuição. Para os dispositivos instalados na zona fria, o teste criogênico de válvulas provê informações precisas sobre o desempenho desse componente. Nossa experiência em aplicações criogênicas e de

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oxigênio têm um papel importante na definição dos projetos de válvulas mais eficientes e seguros para cada aplicação no processo de ASU. Na Metso, as válvulas de oxigênio têm seleção de materiais e projetos alinhados com as recomendações do BAM (Federal Institute for Materials Research and Testing, da Alemanha) e da Associação Europeia de Gases Industriais (EIGA), assim como da CGA (Compressed Gas Association) e AGA (Australian Gas Association) nas Américas e Oceania. As principais válvulas ESD e de corte em processos de separação de ar criogênicos são sempre testadas em temperaturas criogênicas para assegurar as propriedades de estanqueidade em condições reais de uso. O teste é feito de acordo com os padrões internacionais, como o BS6364, ou com os padrões específicos do cliente. A Metso realiza esses testes internamente em suas instalações na Finlândia, Alemanha ou Estados Unidos. Finalmente, diferentemente do PSA, o processo ASU envolve vários estágios. Dessa forma, no ASU a operação ótima da planta deve incluir um sistema eficiente de automação, para auxiliar na otimização do processo como um todo. A automação ajuda os operadores a não somente controlar o processo, mas igualmente a obter dados relevantes para a manutenção, a partir do monitoramento integrado das condições de operação. CONCLUSÃO A confiabilidade e a eficiência raramente são oriundas de uma simples fonte, mas sim criadas por agregados pequenos e múltiplos. Pequenas decisões, começando da fase de projeto até as operacionais, definem como a planta vai desempenhar. Na prática, essa é a razão pela qual, de acordo com a Metso, o melhor desempenho de plantas de gases industriais não é alcançado com o uso dos melhores tipos e das mais confiáveis válvulas e sim da combinação de componentes alinhados com o planejamento eficiente de manutenção de toda a planta. Preferencialmente, as soluções de válvulas devem ser alinhadas com o nível de sistema de automação da planta, o qual pode fornecer informações detalhadas a respeito do planejamento eficiente de manutenção, de forma a maximizar a disponibilidade da planta, mesmo em longo prazo. l

* MIKKO VUOLANTO, gerente de Produtos das linhas Neles e Mapag, da Metso

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DIVULGAÇÃO / FURNAS

CASE DE SUCESSO

PANORAMA: as instalações de transmissão e geração de energia em Furnas utilizam como filosofia a manutenção centrada de confiabilidade

FURNAS AVANÇA NA GESTÃO DE ATIVOS Empresa mantém a disponibilidade do sistema em 98,8% atingindo redução de custos de R$ 100 milhões durante 2014 RODRIGO CONCEIÇÃO SANTOS

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urnas administra um sistema com 17 usinas hidrelétricas, duas termelétricas e mais de 23 mil km de linhas de transmissão. Essa estrutura responde por 40% da energia elétrica consumida no Brasil e é considerada a “espinha dorsal” do Sistema Interligado Nacional de energia (SIN), distribuído por quase todas as regiões geográficas do país, exceto o Nordeste. O atendimento a essa demanda exige um plano de manutenção afinado, em atendimento às exigências do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), para que as

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manutenções de equipamentos ocorram em momentos previamente programados e não firam os níveis de acordo de serviços no que tange confiabilidade e continuidade do suprimento de energia. Sim, é um desafio diário, como detalha Alexandre Claro Ramis, gerente de gestão e monitoramento de ativos de Furnas, e só pode ser vencido por uma equipe de manutenção bem treinada e com quantidade de profissionais suficiente para executar os processos de forma simultânea nas diversas áreas de produção.

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A primeira ordem é de que os procedimentos de manutenção ocorram nas madrugadas, período de menor carregamento do SIN. “As manutenções são feitas por equipes situadas nos departamentos regionais de produção, espalhadas por diversos estados do Brasil e que são constantemente requalificadas”, diz. Hoje, por exemplo, esses profissionais estão migrando de funções da estrutura clássica de equipes de operação e manutenção independentes, para uma nova estrutura composta por profissionais que desempenham atividades de operação e manutenção simultaneamente. Alexandre Ramis valida que o sucesso nos programas de manutenção depende da qualificação da equipe de gestão de ativos, mas adverte que ele também depende de outras ini-

Com novas ações de gestão de ativos combinadas com outras iniciativas, Furnas manteve a disponibilidade de equipamentos e sistemas em 99,8%

ciativas da empresa. A primeira delas, decorrente da importância de Furnas para o sistema elétrico do país, é a manutenção dos investimentos em melhorias nas tecnologias de transmissão e geração de energia, mesmo em momentos de cautela financeira, como o atual. “Ao contrário, diversas iniciativas foram tomadas para o aumento da confiabilidade e da excelência operacional de Furnas, tanto no âmbito de novos investimentos quanto na melhoria de gestão de manutenção e ativos”, adianta. Uma das iniciativas foi a criação do que a empresa denomina como Plano Geral de Empreendimentos de Transmissão em Instalações e Operação (PGET). Ele, em essência, inclui a realização de reforços, melhorias e adequações em instalações existentes, visando o aumento ou a confia-

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CASE DE SUCESSO

DIVULGAÇÃO / FURNAS

AS ESTRATÉGIAS DE MANUTENÇÃO: preventiva, preditiva, corretiva e detectiva são aplicadas de modo integrado

bilidade da transmissão de energia. “Nesse Plano também são contempladas instalações, substituições e atualizações ou reforma de equipamentos”, diz o especialista. Em complemento ao PGET, a equipe de manutenção foi seccionada com grupos de profissionais centralizados para realização de grandes revisões técnicas em unidades geradoras de energia, compartilhando mão de obra entre diferentes usinas hidrelétricas ou termelétricas. “Junto a isso, aprimoramos os sistemas de automação e operação remota das instalações de transmissão e geração de energia e o monitoramento das condições operativas dos equipamentos. Também implantamos sistemas de mobilidade para executar operação e manutenção.” No geral, porém, as instalações de transmissão e geração de energia em Furnas utilizam como filosofia a

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manutenção centrada de confiabilidade, que, segundo Ramis, consiste na aplicação de um método estruturado para estabelecer a melhor estratégia de manutenção para um determinado sistema ou equipamento. “Esse conceito permite avaliar a criticidade das falhas e identificar suas consequências significantes, que possam afetar a disponibilidade dos equipamentos, o custo de manutenção ou a segurança das pessoas e do sistema elétrico”, diz ele. A partir dessas informações, os gestores de manutenção e ativos podem selecionar as tarefas adequadas de manutenção de acordo com as falhas – ou possíveis falhas – identificadas. Dessa forma, as estratégias de manutenção preventiva, preditiva, corretiva e até detectiva podem ser aplicadas de modo integrado, para que se possa tirar vantagens dos pontos fortes de cada uma e, assim,

aumentar a disponibilidade e eficiência dos equipamentos. O especialista de Furnas também esclarece que as manutenções preventivas mais utilizadas em Furnas são do tipo “ensaio”, nas quais as inspeções e testes são feitas com periocidade fixada. “Fazemos, com frequência, por exemplo, análises gás-cromotográficas e físico-químicas de óleos isolante e lubrificante, inspeção termográfica e monitoramento de grandeza de processos como temperatura e vibração dos equipamentos”, revela. Com essas técnicas, os investimentos no Plano Geral de Empreendimentos e Transmissão em Instalações e Operação de Furrnas é acompanhado de perto pelo escritório de projetos da companhia, que avalia a execução física e os resultados financeiros das ações individualmente e do programa como um todo. O resultado, segundo Alexandre Ramis, foi a realização de 254 obras de modernização e reforços em subestações importantes em Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná, energizando 1819 novos equipamentos em substituição a transformadores, reatores, disjuntores, seccionadores, para-raios e outros sistemas obsoletos. “Nesse período, foram investidos cerca de R$ 1 bilhão”, quantifica o especialista. As novas ações de gestão de ativos, combinadas a outras iniciativas organizacionais de Furnas – como o desligamento voluntário de colaboradores em fim de carreira – permitiram à empresa manter a disponibilidade de equipamentos e sistemas na casa dos 99,8%, além de proporcionar redução de despesas operacionais em R$ 100 milhões em 2014. l

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CERTIFICAÇÃO

É HORA DE CRESCER NA CRISE O Atual Cenário da Economia Brasileira como Oportunidade para revisão dos Processos de Desenvolvimento Profissional

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urante 2014, a ABRAMAN trabalhou para adequar o sistema de gestão do Programa Nacional de Qualificação e Certificação de Pessoal da Área de Manutenção (PNQC) aos novos requisitos estabelecidos pela Norma ABNT NBR ISO/IEC 17.024:2013 – Avaliação da Conformidade. Essa normalização aborda requisitos gerais para organismos que certificam pessoas e é adotada pelo Inmetro. “Todo o esforço foi recompensado após a auditoria de reacreditação do Inmetro em setembro de 2014, quando alcançamos um ótimo desempenho e, com isso, conseguimos a renovação da acreditação da ABRAMAN como Organismo de Certificação de Pessoas até Janeiro de 2019”, informa Fabio Gomes, Gerente de Qualificação e Certificação da ABRAMAN. Segundo ele, em consonância com os requisitos de acreditação estabelecido pela Norma ABNT NBR ISO/IEC 17024:2013 e outras Normas de Requisitos Ocupacionais publicadas pela ABNT, a ABRAMAN prevê algumas mudanças para o Programa de Certificação. Entre elas destacam-se as modificações nos processos de inscrição; na manutenção da certificação e recertificação. “Futuramente, os candidatos deverão apresentar curso de treinamento para inscrições no Programa de Certificação. Após serem certificados, eles serão monitorados durante a validade da sua certificação e, no ato da recertificação, deverão realizar um exame simplificado para confirmar a continuidade da sua competência”, diz Fábio Gomes. Essas mudanças, de acordo com o

especialista, já foram tratadas em matérias publicadas pela revista Manutenção e Gestão de Ativos e também está publicada na página da ABRAMAN na internet desde julho de 2014. “Também estamos estudando, em conjunto com Senai e Nuclep – ambos parceiros da ABRAMAN que operam os Centros de Exames de Qualificação credenciados pelo PNQC – a viabilidade de redução da carga horária de exames de qualificação, com o objetivo de otimizar processos e reduzir os custos de operação na avaliação dos profissionais”, complementa Fabio Gomes. De acordo com ele, todo o trabalho desenvolvido pela ABRAMAN está diretamente ligado aos clientes usuários do PNQC sejam eles a empresa que investe no desenvolvimento do seu profissional com objetivo de elevar o nível de desempenho, ou sejam os próprios profissionais, que enxergam a certificação como uma oportunidade de ascensão na carreira. “É inevitável que a atual situação da economia brasileira demande das empresas uma reavaliação sobre seus investimentos e custos. Nesse contexto, surge a oportunidade de se aproveitar o momento de baixa demanda de produção para melhorar a capacitação de seu quadro técnico na busca de maior qualidade e eficiência operacional, elementos essenciais nestes momentos de crise. Assim como é interessante preparar a sua força de trabalho para os futuros desafios que certamente ocorrerão com a retomada da economia”, diz Fábio Gomes. As empresas que estiverem com seus

quadros mais bem preparados, avalia ele, têm mais chances de superar a situação atual, bem como de sair na frente no momento da retomada das grandes demandas de produção. Em cerca de 25 anos de Programa, passaram pelo PNQC/ABRAMAN 26 mil profissionais, dos quais 17,7 mil foram certificados. “Neste processo de difusão do conhecimento, é inegável a contribuição da ABRAMAN e de outras entidades que atuam com a qualificação e certificação profissional para o crescimento da indústria brasileira. As certificações permitiram a elevação do nível de desempenho das empresas em termos de produtividade, qualidade, segurança operacional, responsabilidade social e desenvolvimento sustentável”, diz o Gerente de Qualificação e Certificação da ABRAMAN. “Compartilhamos do entendimento de que a maior preocupação é com uma possível desmobilização desses profissionais, que, sem oportunidades de trabalho, poderão migrar para outras áreas. Depois o processo de reconstrução desse capital humano ficará muito mais dispendioso”, completa. Para continuar contribuindo com o desenvolvimento dos profissionais da área de Manutenção e Gestão de Ativos, a ABRAMAN implantará, ainda no ano de 2015, a sistemática de reconhecimento de treinamentos de capacitação e/ou qualificação, ministradas por provedores externos. “O objetivo é oferecer treinamento de capacitação padronizados, com qualidade e em diversas regiões do País”, conclui Fábio Gomes. l

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MCI - MANUTENÇÃO, CIÊNCIA E INFORMAÇÃO

29o CONGRESSO BRASILEIRO DE MANUTENÇÃO E GESTÃO DE ATIVOS PREMIAÇÃO DOS TRABALHOS TÉCNICOS APRESENTAÇÃO ORAL – 2o LUGAR – TT-146

DESDOBRAMENTO ESTRATÉGICO PARA O PLANEJAMENTO DE MANUTENÇÃO EM USINAS DE PELOTIZAÇÃO Marcus Francisco Gonçalves Mesquita | Manoel José Pedrosa Filho | Fabrício Dardengo Hupp Empresa: Samarco Mineração

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s mudanças no plano estratégico de uma organização reverberam por todos os seus setores, gerando demandas de alinhamento estratégico. Entre estes setores estão os de planejamento e programação da manutenção. O presente estudo de caso descreve uma iniciativa de alinhamento estratégico realizada pela equipe de planejamento de manutenção da unidade Ubu da Samarco Mineração S/A, uma empresa de mineração e pelotização de minério de ferro, localizada no estado do Espírito Santo. A partir

de uma revisão na estratégia corporativa foram derivados a missão, visão e valores da equipe. Esses por sua vez, serviram de base para uma revisão dos processos de trabalho e para a definição de ações de melhoria. Por fim foram estabelecidos indicadores para mensurar a realização da visão. Os resultados apresentados por esses indicadores comprovam que as equipes de planejamento podem obter e demonstrar resultados significativos através de técnicas elementares de planejamento estratégico. l

APRESENTAÇÃO PÔSTER – 1o LUGAR – TT-073

RESULTADOS DOS TREINAMENTOS VALIDADOS PELA ELABORAÇÃO DE PROJETOS KAIZENS VISÃO WCM MANUTENÇÃO DE CLASSE MUNDIAL Leonardo Honorio Martins | Pedro Martins | Gilson Rosa Empresa: Comau do Brasil

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WCM (Manufatura de Classe Mundial) é um sistema de combate sistemático de perda e desperdício que atua em uma plataforma de 10 pilares técnicos baseado em sete passos, definidos em um esquema, onde sua difusão é um conjunto de métodos para o aumento de desempenho e redução dos custos. A manutenção atua diretamente com o pilar PM (Manutenção Profissional) na qual o objetivo é Maximinizar a Confiabilidade dos Equipamentos. Para que os colabores tenham uma rotina de implementar o sistema e suas atividades, foi idealizado um planejamento de capacitação utilizando palestra, treinamentos, etc. No primeiro momento observou-se que os conceitos ministrados eram perdidos e gradativamente esquecidos seja pela não aplicação direta ou mes-

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mo pelo tempo de implementação demorado, e quando era necessário aplicá-los necessitava de uma reciclagem, como conseqüência este investimento realizado acabava se tornando em um desperdício. O grande desafio é mensurar a aplicabilidade e o retorno deste treinamento ao longo do tempo gerando um Custo/Benefício para a empresa. Um método encontrado para preencher esta lacuna foi incluir uma atividade pós-curso onde o colaborador submetido ao treinamento (Pilar PD – Desenvolvimento de Pessoas) e retorna para a empresa um benefício (retorno financeiro) através da elaboração de um Projeto relacionado ao conteúdo aplicado. Todos os projetos são monitorados por um tutor, e aprovados pelo comitê de implementação. l

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Conheça os trabalhos técnicos completos no site da Abraman: http://www.abraman.org.br/29-cbm

3o SEMINÁRIO NACIONAL DE MANUTENÇÃO E GESTÃO DE ATIVOS DO SETOR ELÉTRICO PREMIAÇÃO DOS TRABALHOS TÉCNICOS APRESENTAÇÃO ORAL - 2o LUGAR – TT-273

RECUPERAÇÃO DE EROSÃO CAVITACIONAL EM TURBINAS FRANCIS FABRICADAS EM AÇO CARBONO COM APLICAÇÃO DE AÇO INOXIDÁVEL COM COBALTO NA UHE CACHOEIRA DOURADA Ricardo Vechin de Macedo | Aparício Cesar Camargo Empresa: Centrais Elétricas Cachoeira Dourada

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UHE Cachoeira Dourada, foi construída em 4 etapas e possui 10 unidades geradoras (UG), com potencia instalada de 658 MW. A III etapa, construída entre os anos de 1976 a 1979, abriga 3 UGs que trabalham com turbinas tipo Francis de 86MW cada, fabricadas em aço carbono. Para se adequar ao atual cenário energético, que torna cada vez mais imperiosa a necessidade de produzir energia com maior eficiência, é necessário o que os processos que permitam um maior tempo entre as manutenções. Entretanto, um dos grandes problemas enfrentados pelas Usinas Hidrelétricas, é o fenômeno da cavitação, que gera como conseqüência a erosão de partes da turbina, com perda de material e desempenho das mesmas. Os estudos indicam como forma de minimizar essa situação,

um melhor projeto hidrodinâmico das turbinas e a utilização de materiais mais nobres e resistentes a erosão cavitacional. Em turbinas novas, a melhoria do projeto e a utilização de materiais mais nobres reduzem os efeitos da cavitação e prolongam a necessidade de recuperação das mesmas. Para atenuar esses efeitos nas turbinas que já se encontram em operação, principalmente as com mais de 30 anos de vida, é necessário a aplicação de revestimentos com características que permitam a atenuação desse fenômeno. Nesse caminho, a Endesa Cachoeira tem adotado a aplicação desses materiais, tendo os mesmos apresentado bons resultados quanto a resistência a erosão cavitacional e a redução da quantidade de material depositada. l

APRESENTAÇÃO PÔSTER - 2o LUGAR – TT-307

PROCEDIMENTO PARA RETIRAR POSTES DE MADEIRA EM ÁREA DE DIFÍCIL ACESSO Leandro Alves Ferreira | Angelo Simões Mendes | Edson Vitorino Edson Savioli | Emerson Chausse Pacheco | José Aparecido da Silva Empresa: AES Sul

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xistem milhares de postes de madeira na rede da AES Eletropaulo que se encontram em mau estado de conservação, trazendo riscos às residências e a população em geral. Muitos desses postes se encontram em áreas denominadas de difícil acesso por não permitirem a entrada de veículos pesados comumente utilizados para remoção de postes como é o caso dos caminhões

munck. Para atender estes casos foi desenvolvida uma solução para a retirada dos postes contemplando todas as normas de segurança da empresa. O método consiste no corte do poste em diversas seções desde seu topo até sua base utilizando máquina de corte elétrica e um sistema de ancoragem que permite a descida das seções cortadas até o solo sem risco de queda. l

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EVENTOS REGIONAIS

EVENTOS NA CIDADE DE SÃO PAULO PLANEJAMENTO E CONTROLE DE MANUTENÇÃO

2 a 5 de março de 2015 – 23 participantes 7 a 10 de abril de 2015 – 12 participantes 11 a 14 de maio de 2015 – 18 participantes PÚBLICO ALVO: Profissionais e técnicos de nível médio, supervisores de turmas e equipes de manutenção, profissionais de programação e controle de manutenção, engenheiros e outros profissionais de manutenção. OBJETIVO: Desenvolver habilidades nas técnicas de Planejamento e Programação de Manutenção, Controle de Manutenção, indicando objetivos, organizando atividades, planejar e programar o uso das pessoas e dos equipamentos, partindo de uma situação sem planejamento, entrando no planejamento manual e indicando os pontos principais na interface entre o usuário e o computador, facilitando o diálogo de seu pessoal especialista em informática com o executante da manutenção e clientes. Possibilitar uma avaliação estruturada da Manutenção e calcular indicadores realistas, consistentes e confiáveis.

MANUTENÇÃO ENXUTA CENTRADA EM CONFIABILIDADE (MEC²)

23 a 25 de março de 2015 – 9 participantes PÚBLICO ALVO: O curso destina-se a Técnicos de Manutenção; Supervisores de Manutenção; Planejadores de Manutenção; Operadores de Produção; Supervisores de Produção; Engenheiros de Manutenção. OBJETIVO: A metodologia “Manutenção Enxuta Centrada na Confiabilidade – MEC²” tem como objeto garantir à operação o desempenho máximo dos sistemas com relação a disponibilidade física, confiabilidade operacional, segurança, vida útil máxima e custo ótimo, para a finalidade principal de se produzir na quantidade, no prazo, no custo e na qualidade exigida pelo cliente.Todos estes aspectos acima serão atingidos através da otimização das ações de manutenção representadas pelos planos de trabalho otimizados. As características exclusivas da metodologia MEC² são a preservação da Função do Sistema (Confiabilidade); a identificação das falhas funcionais e dos modos de falhas dominantes; a identificação dos

tipos de atividades de Manutenção potencialmente adequados através de um diagrama de decisão e a seleção de tarefas aplicáveis e eficazes. Os principais benefícios da metodologia MEC² são o fornecimento de bases racionais para o Plano de Manutenção; a redução dos custos de Manutenção (Manutenção Preventiva); o aumento da disponibilidade da instalação e forma uma base sistemática para o processo de melhoria contínua.

ANÁLISE DE FALHAS

25 e 26 de maio de 2015 – 21 inscritos PÚBLICO ALVO: Técnicos, Supervisores, Planejadores e Programadores de Manutenção; Programadores, Operadores e Supervisores de Produção; Engenheiros de Manutenção. OBJETIVO: A pressão por melhores indicadores de produtividade, disponibilidade e confiabilidade nas organizações têm aumentado a cada ano, tornando os diversos processos de trabalho aliados neste sentido, pois todos participam no sentido de proporcionar melhores práticas de trabalho. Quando nos envolvemos com os ativos relacionados aos processos produtivos, estamos a todo o momento necessitando utilizá-los da melhor maneira possível, tendo nos indicadores já mencionados, um sinal de qual caminho estamos percorrendo para que possamos nos alimentar de informações, com o objetivo de buscarmos práticas cada vez mais atualizadas no sentido de obtermos resultados cada vez melhores. Contribuindo para atingir as melhores práticas de trabalho, temos na metodologia de “Análise de Falhas” um aliado extremamente importante, pois desta maneira estaremos aplicando o que denominamos “Engenharia de Manutenção”, na constante busca pela identificação da causa do problema, determinando uma ação de bloqueio e a solução dos problemas que interferem negativamente nos indicadores que medem o desempenho das áreas de processo. Este processo de trabalho tem como característica ser realizado através da utilização de grupos multidisciplinares. Esta técnica de trabalho é um excelente condicionador ao trabalho criativo. Para inscrições nos próximos treinamentos, acesse www.abramam.org.br

ABRAMAN LAMENTA A PERDA RECENTE DE GRANDES COLABORADORES Célio Cunha de Almeida Prado – Faleceu no dia 8 de maio de 2015, em São Paulo, o engenheiro Célio Cunha de Almeida Prado, aos 63 anos. Prado tinha mais de 35 anos

de vivência em manutenção, em indústrias de autopeças e em empresas de mineração, construção e saneamento. Foi conselheiro, vice-diretor e diretor da Abraman na Regional de São Paulo/Centro-Oeste de 2007 a 2013. Formado em Engenharia Industrial Mecânica com MBA em Gestão de Qualidade pela USP, Prado foi professor do curso de pós-graduação MBA Gerenciamento da Engenharia de Manutenção da Unicastelo, em Campinas. Entre os projetos desenvolvidos junto à Abraman, destacam-se o planejamento dos seminários sucroenergéticos, entre os anos de 2009 e 2012, proporcionando a oportunidade de interiorização do órgão, e também a organização do Seminário Internacional de Manutenção, realizado em São Paulo em 2011, evento que teve grande repercussão nacional e contou com oito conferencistas estrangeiros. Fundador e atual Presidente da seção Regional São Paulo do Instituto de Manutenção do Brasil (Imab), ele também atuava como consultor independente para melhorias de processos de gestão de ativos.

Eduardo de Santana Seixas – Faleceu no dia 13 de maio de 2015, o engenheiro Eduardo de Santana Seixas, aos 63 anos. Seixas foi Diretor da Regional da Abraman no Rio

de Janeiro e era Membro do Conselho Deliberativo, além de até então ter sido o Coordenador responsável pela Pesquisa Bianual da Abraman: “Documento Nacional – A Situação da Manutenção no Brasil”. Ele também era professor dos cursos da Abraman e no Engeman (MBA de Manutenção da Universidade Federal do Rio de Janeiro), sempre muito reconhecido e diversas vezes escolhido pelos alunos como orientador nos trabalhos de conclusão de curso de MBA. Seixas acumulou passagens pela Rede Ferroviária Federal, foi consultor durante cerca de dez anos da Reliasoft, importante empresa americana na área de confiabilidade de sistemas, e era sócio-diretor da Qualytek, companhia que também atuava na área de confiabilidade.

Regina Maria Gomes Ricci – Faleceu no dia 9 de maio de 2015, aos 58 anos. Formada em direito pela Unifiel (SP) e Pós-graduada em Direito Ambiental pela

Universidade de São Paulo (USP), era também auditora Líder em Meio Ambiente, Qualidade, Saúde e Segurança do Trabalho. Regina trabalhou na NM Engenharia por cerca de 20 anos, onde era Gerente de SGI, tendo sido responsável pela implantação do Sistema de Gestão da Qualidade, Segurança e Saúde do Trabalho, além de Meio Ambiente e posteriormente do Sistema de Gestão Integrada. Da mesma forma também foi responsável pela implantação do SGI na empresa Asgaard Navegação, do Grupo NM, tendo obtido o Programa de Excelência Operacional em Transporte Aéreo e Marítimo da Petrobras no Rio de Janeiro. Regina representou a NM nas Comissões da ABEMI e fundou a Ambientação, empresa especializada em Legislação Ambiental em 2001. Também foi colaboradora do Conselho Editorial da Revista Manutenção e Gestão de Ativos por mais de 8 anos, além de expositora em diversas Expoman, como representante do Grupo NM/ NM Engenharia.

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