Portal 85 – Boletim informativo do Instituto Politécnico de Portalegre

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Ano 10 . Número 85.

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Boletim Trimestral do Instituto Politécnico de Portalegre

Destinos das Escolas entregues aos directores

Em Janeiro e Fevereiro, realizaram-se as tomadas de posse dos directores das Escolas do IPP, eleitos pelos respectivos Conselhos de Representantes. Desta forma, está completo o ciclo iniciado, em 2007, com a publicação do novo regime jurídico das instituições de ensino superior, que obrigou a um processo de reflexão e renovação de estatutos e, consequentemente, de órgãos e estruturas de carácter científico-pedagógico.

As cerimónias de posse foram também o momento de despedida para a maioria das equipas que constituíram os Conselhos Directivos cessantes. À excepção da direcção da ESTG, os novos dirigentes estreiam-se nestas funções, nas respectivas Escolas, num mandato de quatro anos. Comunidade académica, parceiros e responsáveis locais assistiram às passagens de testemunhos. (páginas 4 a 7)

Ciclo de conferências traz “senadores” a Portalegre

Ficha Técnica Edição Gabinete de Relações Públicas e Cooperação do Instituto Politécnico de Portalegre Director Joaquim Mourato Redacção Maria do Carmo Maridalho Secção “De porta aberta” Ricardo Ferreira e Ana Pereira Secretariado Susana Dias Agradecimento a: Catarina Lopes (Fonte Nova) e João Trindade Paginação Margarida Dias Periodicidade Trimestral Contactos Praça do Município Apartado 84 7301- 901 Portalegre Tel. 245 301 500 Fax. 245 330 353 Site www.ipportalegre.pt E-mail grpc@ipportalegre.pt

O Dr. António Arnaut foi o primeiro convidado do Ciclo de Conferências de Senadores, que teve início no passado dia 24 de Março. Um conjunto de reputadas personalidades, de reconhecida sabedoria e vivência, acederam ao convite para participar nesta actividade. Ilustres nomes da sociedade portuguesa integram a comissão de honra do evento (ver última página), através do qual o IPP se associa aos festejos nacionais do Centenário da República. Ao longo de seis sessões, entre Março e Novembro, no auditório dos Serviços Centrais, todos os interessados estão convidados a estarem presentes neste espaço de partilha e reflexão.

O Ciclo de Conferências de Senadores é uma ideia do Prof. Avelino Bento, da Escola Superior de Educação, que a presidência do IPP adoptou e ajudou a desenvolver. “Esta iniciativa, do Instituto Politécnico de Portalegre, surge para cumprimento de um eixo estratégico do IPP e que assenta na sua própria matriz – dimensão cultural e abertura à sociedade”, explicou o presidente da instituição, ao intervir na primeira conferência. “Decidimos convidar a sociedade a reflectir sobre o percurso que nos trouxe até ao Portugal de hoje. Como vemos a nossa relação com o Mundo. Porque somos o que somos e que futuro nos espera”, complementou o presidente do IPP, a propósito do ciclo de conferências, que se subordina ao tema geral “A República e o Mundo”.

Para cada uma das conferências foi convidada uma personalidade local, para exercer de moderador. O Dr. Casimiro Menezes (médico) aceitou apresentar o Dr. António Arnaut. (continuação na página 3)


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conhecer

editorial Albano Silva Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre

A vida de uma instituição é feita de pequenos, grandes e novos desafios… Terminado que está o processo de implementação dos novos órgãos do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e de cada uma das suas Escolas, a vida académica no IPP decorre com a normalidade democrática que tem caracterizado esta instituição ao longo de grande parte da sua história, ainda recente. Nova legislação enquadradora, novos estatutos, novos órgãos e novos dirigentes revelam um novo estádio de organização e de maturidade da nossa instituição. Hoje, mais do que nunca, estamos melhor organizados, mais perto uns dos outros, mais unidos e, em conjunto, capazes de abraçar novos desafios. Quanto mais forte for cada uma das suas unidades orgânicas, cada uma das suas Escolas, mais forte será o IPP. Quanto mais forte e mais capaz estiver o IPP para, colectivamente, responder a novos desafios, mais capacidade de crescimento terá cada uma das suas Escolas. Este é o processo dinâmico que sustentará uma unidade construída com total respeito pelas diferenças, no difícil contexto socioeconómico que o país e a região atravessam. Novos desafios nem sempre querem dizer outros desafios. A maior parte das vezes trata-se de melhores desafios, ou se quisermos dos mesmos desafios qualitativamente superiores. É quase sempre nesta acepção que se tratam os desafios das instituições que têm missão e objectivos devidamente clarificados. Contudo, intitularmos os desafios como novos transporta-nos para a alegria do recomeço, para a força da construção colectiva, para a alma que geralmente colocamos no início dos percursos. É também por isso que estamos perante novos desafios. O desafio de um IPP claramente inserido regionalmente, aberto à comunidade, facilitador de projectos de desenvolvimento local e regional em parceria com instituições e empresas implantadas no território regional; um IPP capaz de ser um eixo fundamental de desenvolvimento regional. O desafio de um IPP capaz de ter uma oferta formativa com qualidade e diversidade. O desafio de um IPP capaz de produzir conhecimento nas suas áreas científicas fundamentais; um IPP capaz de criar e fazer crescer um Centro de Investigação que se afirme colectivamente no panorama da investigação do ensino superior. O desafio de um IPP capaz de fazer a diferença na relação que estabelece com os seus alunos, na qualidade das suas aprendizagens, nos apoios que é capaz de prestar, nos desafios científicos e culturais que é capaz de lhes colocar, no bem-estar que lhes pode proporcionar. O desafio de um IPP com fortes relações com outras instituições congéneres nacionais e estrangeiras; um IPP a apostar fortemente na sua internacionalização e a ocupar um espaço de excelência na cooperação com países de expressão oficial portuguesa. Estes são exemplos de alguns dos desafios que perseguimos enquanto instituição e que queremos aprofundar colectivamente. Se quisermos, e de forma a facilitar, poderíamos dizer que todos aqueles desafios se resumem apenas a um. O novo desafio de garantir a qualidade interna. Ou dito de outra forma, o novo desafio de criar um Sistema Interno de Garantia da Qualidade (SIGQ). Este é um desafio colocado externamente pela Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES), mas é um desafio externo que vai naturalmente ao encontro das já nossas preocupações, dos já nossos desafios. A necessidade de criação de um SIGQ leve e inteligente, ou seja um SIGQ que entre na lógica de funcionamento natural dos órgãos

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estatutariamente consignados, um SIGQ que não venha acrescentar mais tarefas e mais grupos de trabalho, mas que permita melhorar continuamente aquilo que já fazemos. Um exemplo claro da melhoria que falamos prende-se com a necessidade de criação de um observatório académico que sistematize toda a informação académica necessária para o desenvolvimento das nossas tarefas, para apoiar as decisões que temos que tomar. A criação de um suporte de informação como o que idealizamos para o nosso Observatório Académico poderá ser o grande salto qualitativo no nosso trabalho e poderá ser a chave fundamental para suportar o sistema interno de garantia da qualidade. O SIGQ das instituições de ensino superior que a A3ES certificará através de mecanismos de auditoria a partir de 2011/2012, assenta em referenciais de avaliação interna que teremos que identificar, desenvolver e melhorar. Sérgio Machado dos Santos (Dezembro de 2009), num documento de trabalho preparado para a A3ES intitulado “Análise comparativa dos processos europeus para a avaliação e certificação de sistemas internos de garantia da qualidade”, propõe 10 referenciais para os Sistemas Internos de Garantia da Qualidade das instituições de ensino superior: 1) Definição da política e objectivos de qualidade; 2) Definição e garantia da qualidade da oferta formativa; 3) Garantia da qualidade das aprendizagens e apoio aos estudantes; 4) Recursos humanos; 5) Recursos materiais e serviços; 6) Sistemas de informação; 7) Informação pública; 8) Investigação e desenvolvimento; 9) Relações com o exterior; 10) Internacionalização. A criação de um SIGQ bem integrado na instituição e superiormente articulado com os seus órgãos de direcção poderá ser uma ferramenta de gestão crucial para o desenvolvimento de informação e de políticas, e para a criação de procedimentos que possibilitem melhoria e avaliação contínuas. Este é o novo grande desafio para o qual temos que olhar com a responsabilidade que sabemos pôr em todos os actos relevantes da vida do IPP. Mas enquanto lançamos os estudos e os primeiros procedimentos para nos preparamos para este (novo?) desafio, temos que responder aos desafios do presente, no que a esta área da acreditação, avaliação e certificação diz respeito. Temos em marcha com a A3ES um processo de acreditação de cursos, temos em marcha a sustentabilidade de um sistema de gestão da qualidade (SGQ) que implementámos e pelo qual estamos devidamente certificados, e temos a nascer um novo sistema de gestão, agora na área da responsabilidade social (SGRS) que confiamos que seja certificado ainda este ano. Com estes processos abrimos caminho e facilitámos o nascimento do nosso SIGQ. Cabe agora ao SIGQ do IPP saber integrar e articular convenientemente no projecto aqueles dois sistemas de gestão. A existência dos sistemas de gestão da qualidade e da responsabilidade social será com certeza um factor acrescido do nosso Instituto no panorama do ensino superior português. Assim tenhamos a capacidade de integrar estas nossas mais-valias no nosso Sistema Interno de Garantia da Qualidade. Vamos responder positivamente a estes e a outros desafios, e o tempo evidenciará que em conjunto vamos conseguir, hoje e em cada dia, construir o futuro do ensino superior público na região de Portalegre.

“A minha ligação à Escola é muito forte, sinto-a como parte integrante de mim, pois tenho passado aqui metade da minha vida”, refere sobre a Escola Superior de Saúde. Neste estabelecimento de ensino completou o Curso Geral de Enfermagem, em Julho de 1978, e aqui lecciona desde Julho de 1983. Profissionalmente, antes de enveredar pela carreira de docente, trabalhou na prestação de cuidados no Serviço de Obstetrícia do Hospital Distrital de Portalegre. Docente da Área de Saúde Materna, lecciona Enfermagem II – Módulo de Saúde da Mulher e Práticas de Desenvolvimento Profissional – Módulo de Saúde Materna. De momento não participa em nenhum projecto da Escola, mas refere que gostaria de reiniciar o Projecto da Visita Domiciliária à Puérpera. É membro do Conselho Pedagógico e do Conselho Técnico-Científico da ESS. Concluiu o Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica, na Escola de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa; o Curso de Pedagogia e Administração para Enfermeira Especialista, na Escola de Enfermagem Pós-Básica de Lisboa e o Curso de Pedagogia Aplicado ao Ensino de Enfermagem, na Escola Superior de Enfermagem de Maria Fernanda Resende. Em tempos de lazer, dedica grande parte da sua disponibilidade à família, gosta de passear e ler.

aluno Nome Fábio Miguel Morgado Dionísio Data de Nascimento 22.10.1985 Naturalidade Santarém

docente Nome Maria de Fátima Freitas da Silva Data de Nascimento 24.10.1956 Naturalidade Montargil

Ingressou no curso de Contabilidade, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em 2004. Entretanto o curso foi remodelado e é hoje um ramo da licenciatura em Gestão. Pergunta-se porque motivo ainda não terminou a sua formação inicial? A resposta é sincera, o que atrapalhou os estudos foi: “a própria cidade. Envolvi-me muito na cidade; gostei. Fiz muitos amigos; conheço muita gente de cá e também foi por isso que cheguei agora a presidente da Associação”. Colabora com a AE ESTG, desde que ingressou na Escola, e em Dezembro passado foi eleito presidente. “Este ano enganaram-me”, brinca, referindo-se ao incentivo dos colegas, para concorrer ao cargo. “Não quis fazer promessas” – assume – “simplesmente disse que queria aproximar mais a Associação dos estudantes”. A prova de fogo é a Semana Académica. Este ano, com José Cid, Quim Barreiros e Makongo, como cabeças de cartaz, numa organização conjunta da AE ESTG e da AE ESS. Sobre as suas responsabilidades, como dirigente estudantil, refere que o mais difícil não é gerir o orçamento, mas os meios humanos. “Espero que chegue ao fim e que ninguém fique chateado comigo…”, confessa. Fez parte do Conselho Pedagógico e da Assembleia de Representantes. Quando terminar a formação inicial (momento que espera não adiar muito mais), imagina-se a abrir um negócio próprio, com algum amigo, por exemplo um gabinete de contabilidade. Para ajudar a custear as suas despesas pessoais, arranjou um part-time no supermercado E.Leclerc. Joga Futsal, no Desportivo de Portalegre, e o tempo que sobra dedica-o à AE.

Trabalha na Escola Superior de Educação, há 12 anos. Pragmática, conta como foi o percurso que a trouxe até às funções que hoje desempenha, de secretária da direcção da Escola. Quando terminou o 12º ano, tinha como objectivo prosseguir estudos, mas uma disciplina (Química) atrapalhou os planos e não conseguiu investir na área que deveras a interessava: Enfermagem. Nesse ano, aceitou um convite para trabalhar na “Portus Alacer” (Centro de Emprego Protegido da Cerci Portalegre), onde aprendeu a restaurar livros. “Foi uma experiência espectacular”, recorda. Terminado o programa ocupacional, surgiu a oportunidade de vir trabalhar para a ESE. Começou na secretaria, dando apoio às Áreas Científicas. Então com 21 anos, relembra que foi muito bem recebida e teve muita gente a ajudá-la a ambientar-se. Entretanto, concorreu a um lugar de assistente administrativa, com sucesso. Em 2002, foi reforçar o secretariado do Conselho Directivo. Hoje as suas tarefas diárias passam por assegurar a comunicação entre a direcção e a comunidade escolar. Está encarregue do registo e encaminhamento da correspondência e de todas as componentes intrínsecas ao secretariado, como o atendimento telefónico. Revela que desde sempre se imaginou numa profissão muito prática e activa e, por oposição, que não implicasse “estar sentada atrás de uma secretária com papéis”… Mas assegura que o seu trabalho não é monótono, nunca está parada e gosta do que faz! Ser enfermeira era o sonho e não esconde que se sente motivada a persegui-lo. Outra possibilidade é aprofundar conhecimentos na área em que trabalha. “Nunca é tarde!”. Rita, a filha de 5 anos, está presente nos seus tempos livres, pois garante que todo o tempo é pouco para estarem juntas.

funcionária Nome Susana Maria Mourato Videira Calha Data de Nascimento 06.05.1976 Naturalidade Santa Maria de Marvão


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Ciclo de conferências traz “senadores” a Portalegre (continuação da página 1)

conhecer Calendários

A primeira conferência contou com a participação de um orador eloquente. Com humildade, o Dr. António Arnaut começou por declarar que nunca se sentiu na condição de senador. “Se senador quer dizer uma pessoa que pelo seu estatuto intelectual e cívico merece ser referenciada, então não estou nesta categoria”, admitiu. “Sou um militante cívico dos direitos humanos, fundamentalmente. E também é nessa qualidade que estou aqui”, frisou. A “república ética” foi o fio condutor,

na sua intervenção. Abordou dos direitos individuais aos direitos sociais: o caminho histórico e político percorrido desde a Constituição de 1822 até à actualidade. Enquanto Ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, o Dr. António Arnaut ficou ligado à criação da Lei que instituiu o Serviço Nacional de Saúde, em 1979. Pontuando a sua intervenção com rasgos de humor, contou como assumiu a pasta dos Assuntos Sociais, a convite do Dr. Mário

Soares, que primeiro o desafiara a ser ministro da Justiça (perante o convite – – disse – em poucos dias esboçou um serviço nacional de Justiça, que não teve oportunidade de pôr em prática, por ter assumido outro ministério). Sendo a saúde um direito fundamental, entende que o acesso aos cuidados de saúde não é uma questão ideológica, mas sim ética e moral. “Estou confiante no futuro do Serviço Nacional de Saúde, pela consciência do direito criado”, afirmou.

Também foi decidido dedicar ao assunto “Sistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do IPP” um primeiro período de análise e reflexão, que antecedesse a emissão do parecer do Conselho Académico. Esse foi o assunto central, debatido na reunião seguinte do Conselho Académico, realizada a 24 de Fevereiro. Na ocasião, o Conselho definiu as linhas gerais que devem ser consideradas no modelo de avaliação a adoptar. Na reunião que teve lugar a 25 de Março, foi apresentada a proposta de criação do C3i – Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação e o respectivo plano de actividades, pelo Prof. Paulo Brito, na qualidade de coordenador institucional para a investigação. Ambas as propostas receberam parecer favorável. O Conselho também emitiu parecer favorável ao regulamento para a atribuição do título de

especialista, após apresentação dos contributos recebidos dos Conselhos Técnico-Científicos das Escolas. Igualmente recebeu parecer favorável o documento de trabalho sobre o sistema de avaliação do pessoal docente do IPP. Decidiu-se que ambas as propostas sejam alvo de consulta pública.

Reuniões do Conselho Académico

O Núcleo de Fotografia do IPP é o autor das fotografias que ilustram os calendários de 2010, do Instituto Politécnico de Portalegre. As imagens

foram captadas, para o efeito, pelos professores Rui Cambraia, Josélia Pedro e Luís Vintém, que registaram recantos e pormenores do universo do Instituto, particularmente das quatro escolas. Esta tem sido a filosofia dos calendários que o IPP edita, desde o ano de 2001, onde também tem havido espaço para retratar a cidade onde está sedeada a instituição. O projecto “calendários” é da responsabilidade do Gabinete de Relações Públicas e Cooperação.

“Tabuleiro solidário” reverte para o Banco Alimentar Os bens alimentares conseguidos por intermédio da iniciativa “Tabuleiro solidário” foram entregues ao Banco Alimentar contra a Fome, a 16 de Dezembro. Com esta iniciativa da Itau, a empresa que explora os refeitórios do IPP, foi possível entregar meia tonelada de alimentos, essencialmente massas, arroz e leite. A campanha “Tabuleiro solidário” decorreu na cantina central, durante um mês, entre Maio e Junho. Por cada refeição consumida na totalidade, o utente da cantina podia entregar uma senha (inicialmente um conjunto de 25 senhas representava a doação de um quilo de comida. No final da iniciativa, decidiu-se multiplicar este valor). O objectivo principal foi sensibilizar os utentes da cantina para o consumo alimentar sustentado e para a diminuição do desperdício de alimentos.

IPP na Futurália O Instituto Politécnico de Portalegre esteve presente na Futurália – Salão de Oferta Educativa, Formação e Emprego, entre 10 e 13 de Março, na FIL (Parque das Nações). A par da divulgação da oferta formativa e saídas profissionais, no espaço do IPP foi dado a conhecer o projecto da Bolsa de Emprego. Nesta edição, a feira que veio substituir o Fórum Estudante teve mais de 63 mil visitantes.

Na primeira reunião do ano, realizada a 3 de Fevereiro, o Conselho Académico deliberou, por unanimidade, emitir quatro pareceres favoráveis. Designadamente, sobre: o orçamento do IPP e o dos SAS para 2010; a fixação das propinas de Mestrado para o ano lectivo de 2009/2010; o pedido de acreditação de novos cursos e o relatório de concretização do Processo de Bolonha, no ano de 2008/2009. A criação de novos regulamentos foi outro ponto da ordem de trabalhos. Deliberou-se, por unanimidade, emitir parecer favorável à proposta de Regulamento de Precedência, apresentada pelo presidente do IPP. Decidiu-se que a proposta de Regulamento de Equiparação a Bolseiro e a proposta de Regulamento para a atribuição do Título de Especialista mereceriam nova apreciação, após análise e discussão pelos órgãos das Escolas.

Reunião do Conselho Geral O Conselho Geral do IPP reuniu-se a 26 de Fevereiro. Na primeira reunião de 2010 foi aprovada, por unanimidade, a proposta dos valores das propinas dos cursos de mestrado, apresentada pelo presidente do IPP, depois de ouvidos os Conselhos Directivos e os Directores das Escolas, e com parecer favorável do Conselho Académico. Submeteu-se à apreciação do Conselho o Plano de Desenvolvimento previsto no contrato de confiança, assinado pelas instituições de ensino superior e o governo, sendo aprovado, por unanimidade. Este novo documento é uma adaptação do Plano de Sustentabilidade, anteriormente aprovado pelo Conselho Geral, às condições fixadas pelo contrato de confiança e à tipologia das acções nele previstas. Foi apresentada a proposta final do orçamento, tendo sido identificados os pontos em que diverge da proposta aprovada anteriormente pelo Conselho, quando ainda não se conhecia o plafond atribuído. O orçamento de 2010 foi aprovado e a decisão do seu envio prévio ao Ministro da tutela foi ratificada, por unanimidade. O mesmo sucedeu em relação ao orçamento dos SAS. O Conselho Geral deliberou agendar, para a próxima reunião, a designação do Provedor do Estudante e solicitar aos membros do

Conselho a apresentação de propostas, elaboradas nos termos do regulamento aprovado. O conselheiro António Cachola foi nomeado relator do parecer dos membros externos sobre o relatório de actividades e contas consolidadas de 2009. O Conselho deliberou reconhecer a conveniência da elaboração e aprovação, a curto prazo, do Regulamento Disciplinar Aplicável aos Estudantes e da inclusão nesse regulamento de normas específicas relativas às actividades da praxe. Esta deliberação foi tomada na sequência das queixas relativas às actividades de praxe, que motivaram um processo de inquérito, o qual conduziu a um processo disciplinar, tendo sido aplicada a pena de suspensão de uma semana de aulas, aos alunos envolvidos. No início da reunião, os conselheiros foram informados de que os professores Rui Canário e Pedro Lynce de Faria apresentaram, formalmente, o pedido de cessação de funções de membros cooptados do Conselho Geral, evocando falta de disponibilidade para comparecer nas reuniões e lamentando o facto.


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De porta aberta...

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Director: Artur Romão

Nuno Veiga / Lusa

Europe Direct do Alto Alentejo

A tomada de posse do director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão teve lugar no passado dia 7 de Janeiro, em reunião pública do Conselho de Representantes. Candidato único ao cargo, o Dr. Artur Romão foi eleito, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da Escola, após audição pública, realizada a 16 de Dezembro de 2009. Para coadjuvá-lo no seu mandato, escolheu como subdirectora a Dra. Helena Freire Cameron. Recém-empossado, o director da ESTG dirigiu-se aos presentes no anfiteatro de ensino da Escola e explicitou algumas das suas motivações e propósitos de acção. “Procurarei dar continuidade ao trabalho, que, perdoe-se-me a imodéstia, considero amplamente positivo, realizado pela equipa que constituiu o Conselho Directivo que agora cessa funções, tentando corrigir alguns aspectos dessa acção, porventura menos positivos, e visando alcançar alguns objectivos ainda não plenamente concretizados”, afirmou. Os alunos encabeçam a lista de prioridades do Dr. Romão: “No âmbito da minha actuação, proponho-me privilegiar os estudantes e a satisfação das suas necessidades formativas, ou outras, num quadro de elevada exigência recíproca, cuidando de lhes proporcionar, nas melhores condições, uma oferta de qualidade, claramente orientada para uma rápida inserção no mercado de trabalho ou para a progressão no mesmo”. Outra das suas prioridades passa pelos colaboradores da Escola: “Consciente das limitações, mas também de algumas oportunidades, que resultam do enquadramento legal e financeiro em que nos inserimos, procurarei contribuir para assegurar as melhores condições a todos os trabalhadores (docentes e não docentes), através da manutenção de uma cultura organizacional positiva e dinâmica, de um são ambiente de trabalho e da disponibilização de instrumentos de valorização pessoal e profissional, destacando o apoio à formação e o incentivo à abertura de concursos”. Salientando a elevação com que decorreu o conjunto das eleições para constituição dos novos órgãos da ESTG, o Dr. Artur Romão demonstrou o seu agrado pela eleição dos dois presidentes dos Departamentos: Prof. Paulo Brito (Departamento de Tecnologias e Design) e Dr. Miguel Serafim (Departamento de Ciências Empresariais, Sociais e Humanas). O director viu estas escolhas como mais-valias, para áreas a aprofundar pela Escola. “Pelas características reconhecidas a ambos,

A Europa mais perto do Alentejo!

Centro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo Escola Superior Agrária de Elvas do Instituto Politécnico de Portalegre Rua da Cadeia, 14 – Apt. 254 (junto à Residência de Estudantes) 7350-903 Elvas Tel. 268 626 511 / Fax: 268 626 512

são garantia da qualidade do trabalho que aí [nos Departamentos] será realizado. O qual se estenderá naturalmente aos domínios da investigação e da prestação de serviços à comunidade, vertentes em que se pretende um nítido reforço da actividade realizada, fazendo uso dos recursos afectos à ESTG, e reforçando a ligação entre a Escola e a comunidade”, explicou. O dirigente agradeceu o incentivo e estímulo que recebeu, para se candidatar ao cargo de director, e destacou o facto de “praticamente a totalidade dos trabalhadores não docentes” terem subscrito a sua candidatura. Enquanto anterior presidente do Conselho Directivo, expressou gratidão à comunidade escolar e aos parceiros da Escola. Dirigiu ainda um agradecimento personalizado aos membros do órgão a que presidiu, até então, extensivo aos últimos quatro presidentes da Associação de Estudantes, aos coordenadores das áreas científicas, ao secretário da Escola e à secretária do Conselho Directivo.

Escola Superior Agrária Directora: Graça Ribeiro A Prof.ª Maria da Graça Ribeiro tomou posse como directora da Escola Superior Agrária de Elvas, a 22 de Janeiro. Candidata única ao cargo, a docente foi eleita por maioria absoluta pelo Conselho de Representantes da Escola, após audição pública realizada a 11 de Janeiro. Para o cargo de subdirectora, a nova dirigente nomeou a Prof.ª Rute Santos. Na cerimónia realizada no auditório “Nuno de Oliveira”, na

O Centro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo é um gabinete de informação sobre a União Europeia a funcionar desde inícios de 2005 em Elvas, junto à Residência de Estudantes. Funciona ao abrigo de uma convenção entre o Instituto Politécnico de Portalegre e a Comissão Europeia, surgindo no seguimento do anterior Centro de Informação e Animação Rural do Alto Alentejo – CIARA, organismo com uma política de difusão de informação mais direccionada para o mundo rural e que funcionou no mesmo espaço até 2005. Os Centros Europe Direct pertencem à REDE EUROPE DIRECT da Comissão Europeia, com cerca de 500 gabinetes distribuídos pelas várias regiões europeias, com a missão de informar localmente sobre as várias políticas comunitárias, bem como difundir oportunidades de financiamento comunitário para projectos nas regiões. Embora sedeado em Elvas, o Europe Direct do Alto Alentejo actua em todo o distrito de Portalegre e parte do distrito de Évora. Das várias actividades que tem realizado destacam-se a organização de uma visita de representantes de organismos locais e regionais às instituições comunitárias em Bruxelas; a organização de uma conferência comemorativa dos 20 anos de adesão de Portugal e Espanha à UE e que contou com a presença de vários eurodeputados; as comemorações dos 50 anos do Tratado de Roma, envolvendo mais de 500 crianças do ensino básico que cantaram os parabéns à Europa e apagaram as velas num bolo, de cerca de 3 metros, em forma de bandeira da UE. Destaque ainda para as dezenas de sessões de esclarecimento sobre as políticas comunitárias que o Centro Europe Direct tem vindo a realizar em escolas e outras instituições.

E-mail: europedirect@esaelvas.pt Site: www.esaelvas.pt/europedirect Facebook: http://www.facebook.com/pages/Europe-Directdo-Alto-Alentejo/169775387325

Recursos Humanos: Gestor – Ricardo Ferreira Técnica de Informação – Ana Pereira Horário de funcionamento: De Segunda a Sexta-Feira das 9h00 às 12h30; das 14h00 às 17h30

Actividades/ serviços

ESAE, a recém-empossada directora partilhou planos e políticas de acção, com uma plateia de membros da comunidade académica e da comunidade envolvente. Identificou como linhas específicas de trabalho da Escola: a criação de novas formações; a qualificação do corpo docente e, sobretudo, o desenvolvimento da investigação aplicada, com ligação directa ao meio empresarial e industrial.

– Atendimento personalizado para pedidos de informação relativos a questões comunitárias; – Disponibilização de recursos de informação da União Europeia (livros, brochuras, folhetos, mapas, etc.); – Divulgação de possibilidades de financiamento comunitário a projectos, bem como abertura de concursos para emprego nas instituições comunitárias; – Organização de sessões de informação e debate sobre as políticas ou programas comunitários; – Divulgação de informação relativa a notícias, actividades e programas da UE com impacto na região; – Reencaminhamento de pedidos de parcerias entre entidades da região e entidades de outros Estados-Membros; – Informação sobre os vários programas de apoio à mobilidade para estudantes e jovens em geral.


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Acordo proporciona benefícios a Fronteira O IPP, o Município de Fronteira e o Agrupamento de Escolas de Fronteira estabeleceram um protocolo, com vista à cooperação no domínio da formação de jovens, na área das energias renováveis, por via de um curso secundário profissionalizante. Está prevista a utilização de instalações do IPP, nomeadamente os laboratórios e oficinas da ESTG; a disponibilização de docentes para ministrar seminários temáticos aos alunos, durante a sua formação, e a orientação de estágios. O acordo foi assinado no passado dia 21 de Janeiro.

IPP e ACISDP celebram protocolo

Instituto Politécnico e Associação Comercial, Industrial e Serviços do Distrito de Portalegre firmaram um protocolo, a 21 de Janeiro, no qual estão definidos os princípios em que deve assentar a colaboração futura entre ambas as entidades. Pretende-se que esta cooperação possa funcionar de modo efectivo, “abrindo novas possibilidades para a realização conjunta de actividades e para o mutualismo e a complementaridade na prestação de serviços”. Neste acordo, o IPP comprometeu-se a incentivar a realização de trabalhos académicos, no âmbito das diferentes unidades curriculares, que possam dar uma

primeira resposta às necessidades evidenciadas pelas empresas associadas da ACISDP. Particularmente, no que se refere à ESTG, a colaboração pode concretizar-se através da elaboração de estudos de viabilidade económica e financeira; produção de planos de marketing; elaboração de estudos de mercado e desenvolvimento de trabalhos de design, entre outros. Por parte da Associação, espera-se que sensibilize as empresas, suas associadas, para que aceitem a execução de trabalhos académicos que tenham como objecto a respectiva actividade e as informe da possibilidade de acolherem alunos, no âmbito da realização de estágios curriculares.

O protocolo prevê ainda a disponibilização dos muppies da ACISDP, para divulgação de iniciativas do IPP. Outro compromisso assumido é a inscrição dos associados, em condições mais favoráveis, em seminários e acções de formação de curta duração.

Escola Superior de Saúde Director: Francisco Vidinha

D.R.

D.R.

ESTG tem nova professora coordenadora

“Acredito firmemente que Elvas e a região do Alentejo têm recursos, valias e características diferenciadoras que permitem acreditar no futuro e assumo que o papel da ESAE passa por contribuir para dinamizar esses recursos, em estreita colaboração com os demais agentes da região”, afirmou, numa das várias menções à importância da manutenção de parcerias. “Temos excelentes relações com o meio envolvente – empresas, empresários, agricultores, associações, instituições públicas, instituições de investigação, entre outros. São estas relações que queremos ver valorizadas, promovidas e aprofundadas”. Aqui incluiu a participação empresarial nas actividades de I&D (e vice-versa) e, à escala internacional, o desenvolvimento de programas curriculares conjuntos e o aumento de linhas de investigação comuns, “nomeadamente com os nossos vizinhos espanhóis”. Assumindo uma postura de incentivo à participação de todos, a nova dirigente disse acreditar “na capacidade das pessoas que trabalham, estudam e sonham na ESAE e que fazem desta uma Escola viva”. O Eng. Luís Alcino da Conceição também partilhou deste sentimento, ao despedir-se das funções de presidente do Conselho Directivo. “Termino, neste momento, um mandato que me foi extremamente gratificante (…) Foi com muito orgulho que o fiz e acima de tudo consegui fazê-lo porque acho que a Escola Agrária, apesar de todas as dificuldades que vai tendo, tem tido grandes pessoas, grandes funcionários, grandes professores e um corpo de alunos, no seio do IPP, que efectivamente tem conseguido ultrapassar essas dificuldades”.

As provas públicas do concurso para recrutamento de um professor coordenador para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, na área científica de Engenharia, decorreram a 25 e 26 de Janeiro, nos Serviços Centrais. Prestaram provas três candidatos, tendo sido seleccionada para o lugar a Prof.ª Mónica Vieira Martins. As provas consistiram na apresentação e discussão de uma lição sobre tema escolhido por cada um dos candidatos, no âmbito das Ciências da Engenharia, e na apreciação e discussão de cada curriculum científico e pedagógico. O júri do concurso foi presidido pelo presidente do IPP, Prof. Joaquim Mourato, e composto pelos seguintes vogais: Prof. Eduardo

Ducla-Soares, professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; Prof. Ricardo Manuel de Seixas Boavida Ferreira, professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa; Prof.ª Ana Maria Rodrigues de Sousa Faria de Mendonça, professora associada da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Prof. Jorge Alberto Guerra Justino, professor coordenador da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém e Prof. Paulo Sérgio Duque de Brito, professor coordenador da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre.

O Dr. Francisco Vidinha foi empossado director da Escola Superior de Saúde, a 27 de Janeiro. “Este será mais um ciclo da minha vida profissional”, constatou, na cerimónia de tomada de posse, ao partilhar uma retrospectiva do seu percurso na Escola. “Ao longo de mais de 25 anos de docência enfrentei todos os ciclos que o paradigma dominante impôs, quer na sociedade, quer no ensino de enfermagem. Assisti e participei nas lutas para a dignificação do ensino de enfermagem, estive sistematicamente na linha da frente na luta por melhores planos de estudos e melhores condições de ensino e aprendizagem. Foi com estes pressupostos que resumi, no momento da candidatura a director, como principais razões para votarem em mim. Sabem o que sou, como sou e do que sou capaz!”, reafirmou. No seu discurso de tomada de posse, o novo director nomeou cada um dos colaboradores docentes e não docentes e evocou o nome de quem colaborou com a ESS, no passado, acrescentando que “com cada um, aprendi um pouco mais”. “São para vocês estudantes, actuais e antigos, que cada um de nós dá o seu melhor e que eu, particularmente, renovo a minha visão do mundo e encontro a energia que me motiva a fazer melhor”, declarou, também em nome do colectivo que agora representa.


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Eleito por maioria absoluta, pelo Conselho de Representantes da ESS, o novo director agradeceu o voto depositado nas suas capacidades para dirigir a Escola. O cargo foi disputado pelo também docente da ESS, Dr. Adriano Pedro. A audição pública dos dois candidatos e a eleição tiveram lugar a 5 de Janeiro. Ao passar o testemunho, a Dra. Graça Carvalho expressou apreço, reconhecimento e gratidão aos colegas do Conselho Directivo e a toda a comunidade académica da Escola e enalteceu a cooperação estabelecida com as diferentes unidades orgânicas do IPP, Serviços Centrais e instituições congéneres. Num discurso emocionado, a presidente do Conselho Directivo cessante desejou os maiores sucessos ao novo director e, manifestando-lhe apoio, referiu: “o nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos, mas a beleza da caminhada depende dos que nos acompanham”.

Escola Superior de Educação Director: Luís Cardoso O director da Escola Superior de Educação tomou posse a 23 de Fevereiro. O Prof. Luís Miguel Cardoso foi eleito para o cargo, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da ESE, após audição pública, realizada a 27 de Janeiro. Para o cargo de subdirectora, o director nomeou a Prof.ª Isabel Silva Ferreira. No auditório da Escola, lotado, o novo dirigente partilhou quais são os objectivos a concretizar durante o seu mandato. “Estamos cientes dos desafios que hoje o ensino superior enfrenta em Portugal. Neste contexto conjugaremos o percurso construído pela Escola, com a vontade de consolidar a sua acção e o desejo de a ampliar, com um sentido racional, mas ambicioso, em direcção a um progresso claro e inequívoco. Reconhecendo e honrando a História e a Missão da ESEP, desejamos consolidar as suas atribuições”, resumiu. “No nosso pensamento, uma instituição de ensino superior deve possuir duas vertentes que se articulam e definem de forma biunívoca: a formação e a investigação”. A atenção à oferta formativa encabeça a lista de prioridades do seu plano de acção. “Em primeiro lugar, pretendemos que a ESEP possua uma oferta formativa sólida, coerente com a sua matriz e identidade, concertada com a política do IPP, apostando decisivamente em pós-graduações e segundos ciclos”, explicitou. A prioridade aos alunos passará pela criação de “uma rede de acolhimento, que proporcione uma integração completa na escola e na cidade”; pelo reforço do diálogo, nomeadamente através de reuniões regulares com a Associação de Estudantes. E pela intenção de, “contribuir, em concertação com o IPP, para aumentar a taxa de empregabilidade dos nossos alunos, estreitando laços com o IEFP, instituições e empresas da região, visando a realização de estágios, estágios profissionais e a construção de oportunidades de primeiro emprego”. A qualificação dos docentes é outra prioridade. “Dispor de um corpo docente com cerca de 40 doutorados, no prazo de três anos” é uma meta que indicou. No que respeita ao pessoal não docente, o director disse pretender contribuir para a constante motivação e empenho dos colaboradores, através da melhoria de condições físicas e do estímulo à realização profissional, incentivando as actividades de formação, a comunicação interna e a apresentação de sugestões. O novo dirigente apontou como essencial a aposta na comunicação interna e externa. O mesmo sucede no que respeita ao reforço dos laços com a comunidade (“responder às solicitações do meio envolvente, nos planos formativo, científico, social e cultural”) e à cooperação em rede (“estreitar as ligações com diferentes instituições de ensino superior e de investigação, a nível nacional, internacional e transfronteiriço”). O Prof. Luís Miguel Cardoso apresentou a sua candidatura no período extraordinário para o efeito, estipulado por resolução do

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O início de uma nova Era nas Escolas

Após empossar cada um dos directores, o presidente do Instituto Politécnico de Portalegre dirigiu palavras de agradecimento ao respectivo Conselho de Representantes, pela forma como conduziu o processo de eleição do director, e enalteceu o trabalho dos órgãos cessantes. “Atrevo-me a dizer que a partir de hoje estamos em condições de construir uma Escola nova”, afirmou na ESAE e repetiu a ideia nas restantes Escolas, aludindo às condições proporcionadas pelo novo RJIES: “Novos órgãos, vão ter também funções novas; obrigam a uma organização diferente. Exigem-se desafios também diferentes e responsabilidades também diferentes e por isso pensamos que é urgente iniciar hoje a construção de uma Escola Superior Agrária, também ela diferente”. Na ESTG, onde se realizou a primeira tomada de posse, o Prof. Joaquim Mourato explicitou a agenda comum de desafios para o ano de 2010, num apelo à colaboração interna e externa. O dirigente destacou assuntos decisivos para o IPP, como a acreditação dos cursos; a qualificação do corpo docente; a definição da matriz formativa futura, para as Escolas do IPP; a racionalização da rede das instituições de ensino superior e o consequente imperativo da existência de alianças estratégicas. A criação de regulamentação diversa (designadamente, sobre: o título de especialista; regras para recrutamento de docentes e sistema de avaliação de docentes) é outra prioridade que carece de contributos. Em Elvas, o presidente do IPP destacou um projecto que exige a atenção da instituição e de parceiros: “Uma componente decisiva e importantíssima para o futuro desta escola e também da região, é a concretização do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, na vertente da Bioenergia, das culturas energéticas, onde precisamos da ESAE e de

outras instituições da região, de investigação, nomeadamente, a trabalhar em conjunto, para podermos também atrair mais investimento e fixar novos quadros”. Na Escola Superior de Saúde, sublinhou a necessidade de lutar pela aprovação de novos cursos e o reforço de parcerias. “Espero bem que tudo isto resulte, porque se resultar, vamos ter necessidade de novas condições: de instalações e equipamentos. E cá estaremos para tentar resolver essa questão”, afirmou. Ao intervir, na ESE, na última cerimónia de tomada de posse, o dirigente máximo do Instituto deixou um apelo à unidade da comunidade académica do IPP. “Temos alguns processos pela frente, nos próximos meses – todos sabem quais são – que vão ser exigentes da nossa parte, vão exigir cedências, muita reflexão e todos temos que saber colocar os interesses do Instituto e das Escolas, acima de qualquer outro”, concluiu.

Novos órgãos e novos responsáveis eleitos

Director Presidente do Conselho Técnico-Científico Presidente do Conselho Pedagógico Presidente do Conselho de Representantes

Conselho de Representantes, dado que não foram apresentadas candidaturas no prazo previsto no calendário eleitoral. Ao cessar as funções de presidente do Conselho Directivo, o Dr. Albano Silva apresentou o seu sucessor. “O nosso amigo Luís Miguel Cardoso é um homem e um professor com uma forte componente humanista. É um homem da Língua, da Literatura, da Cultura e do Cinema”, resumiu, após descrever o “percurso amistoso e solidário” que o recém-empossado dirigente trilhou desde que aqui começou a leccionar, há um ano e meio. O dirigente cessante aludiu ao processo de transição para o novo quadro legal, convicto de que “virámos uma página, sem mudar de capítulo, porque o mais importante, os valores que fomos construindo colectivamente, ao longo de muitos anos, foram mantidos”. No momento da despedida do Conselho Directivo, o Dr. Albano Silva endereçou um “forte abraço de gratidão” à comunidade escolar. A plateia dedicou-lhe um prolongado aplauso.

ESE

ESTG

ESAE

ESS

Luís Miguel Cardoso Abílio Amiguinho Amélia Marchão Carlos Brandão

Artur Romão Luís Soares Paulo Canário António Azevedo Coutinho

Graça Ribeiro Noémia Farinha José Rato Nunes Orlanda Póvoa

Francisco Vidinha Raul Cordeiro Eduardo Ribeiro Graça Carvalho

IPP já tem vice-presidente O Dr. Albano Silva foi nomeado para o cargo de vice-presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, por despacho do presidente do IPP, com efeitos a partir de 1 de Março. O conteúdo das suas funções foi definido em despacho presidencial, tendo em consideração o Plano para a Sustentabilidade para 2010-2013, aprovado pelo Conselho Geral; o Programa de Desenvolvimento do Contrato de Confiança, assinado com o Governo; as novas exigências de avaliação e acreditação dos cursos e instituições e a nova estrutura do IPP, que resulta dos Estatutos.

O vice-presidente do IPP é responsável pela coordenação e supervisão das seguintes actividades: a) Criação e implementação do Sistema Interno de Garantia da Qualidade, em articulação com o Sistema de Gestão da Qualidade já existente no Instituto, designadamente com a Auto-Avaliação, Actividade Curricular e Oferta Formativa; b) Desenvolvimento do Observatório Académico do IPP, que deve incluir o referido na alínea anterior, tendo como objectivo disponibilizar informação credível a todos os stakeholders do Instituto;

c) Processo de avaliação e acreditação dos cursos e da instituição junto da A3ES; d) Comissões Especializadas do Conselho Académico, orientando o trabalho para os Sistemas da Qualidade e para os eixos estratégicos da Matriz Formativa e da Rede; e) Gestão do PROTEC, cabendo-lhe a análise dos processos, a decisão do apoio e da sua renovação; f) Gestão, administrativa e financeira, de projectos do Instituto; g) Grupo de trabalho da comunicação e imagem na definição estratégica de uma política de comunicação para o IPP.


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Eleito por maioria absoluta, pelo Conselho de Representantes da ESS, o novo director agradeceu o voto depositado nas suas capacidades para dirigir a Escola. O cargo foi disputado pelo também docente da ESS, Dr. Adriano Pedro. A audição pública dos dois candidatos e a eleição tiveram lugar a 5 de Janeiro. Ao passar o testemunho, a Dra. Graça Carvalho expressou apreço, reconhecimento e gratidão aos colegas do Conselho Directivo e a toda a comunidade académica da Escola e enalteceu a cooperação estabelecida com as diferentes unidades orgânicas do IPP, Serviços Centrais e instituições congéneres. Num discurso emocionado, a presidente do Conselho Directivo cessante desejou os maiores sucessos ao novo director e, manifestando-lhe apoio, referiu: “o nosso caminho é feito pelos nossos próprios passos, mas a beleza da caminhada depende dos que nos acompanham”.

Escola Superior de Educação Director: Luís Cardoso O director da Escola Superior de Educação tomou posse a 23 de Fevereiro. O Prof. Luís Miguel Cardoso foi eleito para o cargo, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da ESE, após audição pública, realizada a 27 de Janeiro. Para o cargo de subdirectora, o director nomeou a Prof.ª Isabel Silva Ferreira. No auditório da Escola, lotado, o novo dirigente partilhou quais são os objectivos a concretizar durante o seu mandato. “Estamos cientes dos desafios que hoje o ensino superior enfrenta em Portugal. Neste contexto conjugaremos o percurso construído pela Escola, com a vontade de consolidar a sua acção e o desejo de a ampliar, com um sentido racional, mas ambicioso, em direcção a um progresso claro e inequívoco. Reconhecendo e honrando a História e a Missão da ESEP, desejamos consolidar as suas atribuições”, resumiu. “No nosso pensamento, uma instituição de ensino superior deve possuir duas vertentes que se articulam e definem de forma biunívoca: a formação e a investigação”. A atenção à oferta formativa encabeça a lista de prioridades do seu plano de acção. “Em primeiro lugar, pretendemos que a ESEP possua uma oferta formativa sólida, coerente com a sua matriz e identidade, concertada com a política do IPP, apostando decisivamente em pós-graduações e segundos ciclos”, explicitou. A prioridade aos alunos passará pela criação de “uma rede de acolhimento, que proporcione uma integração completa na escola e na cidade”; pelo reforço do diálogo, nomeadamente através de reuniões regulares com a Associação de Estudantes. E pela intenção de, “contribuir, em concertação com o IPP, para aumentar a taxa de empregabilidade dos nossos alunos, estreitando laços com o IEFP, instituições e empresas da região, visando a realização de estágios, estágios profissionais e a construção de oportunidades de primeiro emprego”. A qualificação dos docentes é outra prioridade. “Dispor de um corpo docente com cerca de 40 doutorados, no prazo de três anos” é uma meta que indicou. No que respeita ao pessoal não docente, o director disse pretender contribuir para a constante motivação e empenho dos colaboradores, através da melhoria de condições físicas e do estímulo à realização profissional, incentivando as actividades de formação, a comunicação interna e a apresentação de sugestões. O novo dirigente apontou como essencial a aposta na comunicação interna e externa. O mesmo sucede no que respeita ao reforço dos laços com a comunidade (“responder às solicitações do meio envolvente, nos planos formativo, científico, social e cultural”) e à cooperação em rede (“estreitar as ligações com diferentes instituições de ensino superior e de investigação, a nível nacional, internacional e transfronteiriço”). O Prof. Luís Miguel Cardoso apresentou a sua candidatura no período extraordinário para o efeito, estipulado por resolução do

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O início de uma nova Era nas Escolas

Após empossar cada um dos directores, o presidente do Instituto Politécnico de Portalegre dirigiu palavras de agradecimento ao respectivo Conselho de Representantes, pela forma como conduziu o processo de eleição do director, e enalteceu o trabalho dos órgãos cessantes. “Atrevo-me a dizer que a partir de hoje estamos em condições de construir uma Escola nova”, afirmou na ESAE e repetiu a ideia nas restantes Escolas, aludindo às condições proporcionadas pelo novo RJIES: “Novos órgãos, vão ter também funções novas; obrigam a uma organização diferente. Exigem-se desafios também diferentes e responsabilidades também diferentes e por isso pensamos que é urgente iniciar hoje a construção de uma Escola Superior Agrária, também ela diferente”. Na ESTG, onde se realizou a primeira tomada de posse, o Prof. Joaquim Mourato explicitou a agenda comum de desafios para o ano de 2010, num apelo à colaboração interna e externa. O dirigente destacou assuntos decisivos para o IPP, como a acreditação dos cursos; a qualificação do corpo docente; a definição da matriz formativa futura, para as Escolas do IPP; a racionalização da rede das instituições de ensino superior e o consequente imperativo da existência de alianças estratégicas. A criação de regulamentação diversa (designadamente, sobre: o título de especialista; regras para recrutamento de docentes e sistema de avaliação de docentes) é outra prioridade que carece de contributos. Em Elvas, o presidente do IPP destacou um projecto que exige a atenção da instituição e de parceiros: “Uma componente decisiva e importantíssima para o futuro desta escola e também da região, é a concretização do Parque de Ciência e Tecnologia do Alentejo, na vertente da Bioenergia, das culturas energéticas, onde precisamos da ESAE e de

outras instituições da região, de investigação, nomeadamente, a trabalhar em conjunto, para podermos também atrair mais investimento e fixar novos quadros”. Na Escola Superior de Saúde, sublinhou a necessidade de lutar pela aprovação de novos cursos e o reforço de parcerias. “Espero bem que tudo isto resulte, porque se resultar, vamos ter necessidade de novas condições: de instalações e equipamentos. E cá estaremos para tentar resolver essa questão”, afirmou. Ao intervir, na ESE, na última cerimónia de tomada de posse, o dirigente máximo do Instituto deixou um apelo à unidade da comunidade académica do IPP. “Temos alguns processos pela frente, nos próximos meses – todos sabem quais são – que vão ser exigentes da nossa parte, vão exigir cedências, muita reflexão e todos temos que saber colocar os interesses do Instituto e das Escolas, acima de qualquer outro”, concluiu.

Novos órgãos e novos responsáveis eleitos

Director Presidente do Conselho Técnico-Científico Presidente do Conselho Pedagógico Presidente do Conselho de Representantes

Conselho de Representantes, dado que não foram apresentadas candidaturas no prazo previsto no calendário eleitoral. Ao cessar as funções de presidente do Conselho Directivo, o Dr. Albano Silva apresentou o seu sucessor. “O nosso amigo Luís Miguel Cardoso é um homem e um professor com uma forte componente humanista. É um homem da Língua, da Literatura, da Cultura e do Cinema”, resumiu, após descrever o “percurso amistoso e solidário” que o recém-empossado dirigente trilhou desde que aqui começou a leccionar, há um ano e meio. O dirigente cessante aludiu ao processo de transição para o novo quadro legal, convicto de que “virámos uma página, sem mudar de capítulo, porque o mais importante, os valores que fomos construindo colectivamente, ao longo de muitos anos, foram mantidos”. No momento da despedida do Conselho Directivo, o Dr. Albano Silva endereçou um “forte abraço de gratidão” à comunidade escolar. A plateia dedicou-lhe um prolongado aplauso.

ESE

ESTG

ESAE

ESS

Luís Miguel Cardoso Abílio Amiguinho Amélia Marchão Carlos Brandão

Artur Romão Luís Soares Paulo Canário António Azevedo Coutinho

Graça Ribeiro Noémia Farinha José Rato Nunes Orlanda Póvoa

Francisco Vidinha Raul Cordeiro Eduardo Ribeiro Graça Carvalho

IPP já tem vice-presidente O Dr. Albano Silva foi nomeado para o cargo de vice-presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, por despacho do presidente do IPP, com efeitos a partir de 1 de Março. O conteúdo das suas funções foi definido em despacho presidencial, tendo em consideração o Plano para a Sustentabilidade para 2010-2013, aprovado pelo Conselho Geral; o Programa de Desenvolvimento do Contrato de Confiança, assinado com o Governo; as novas exigências de avaliação e acreditação dos cursos e instituições e a nova estrutura do IPP, que resulta dos Estatutos.

O vice-presidente do IPP é responsável pela coordenação e supervisão das seguintes actividades: a) Criação e implementação do Sistema Interno de Garantia da Qualidade, em articulação com o Sistema de Gestão da Qualidade já existente no Instituto, designadamente com a Auto-Avaliação, Actividade Curricular e Oferta Formativa; b) Desenvolvimento do Observatório Académico do IPP, que deve incluir o referido na alínea anterior, tendo como objectivo disponibilizar informação credível a todos os stakeholders do Instituto;

c) Processo de avaliação e acreditação dos cursos e da instituição junto da A3ES; d) Comissões Especializadas do Conselho Académico, orientando o trabalho para os Sistemas da Qualidade e para os eixos estratégicos da Matriz Formativa e da Rede; e) Gestão do PROTEC, cabendo-lhe a análise dos processos, a decisão do apoio e da sua renovação; f) Gestão, administrativa e financeira, de projectos do Instituto; g) Grupo de trabalho da comunicação e imagem na definição estratégica de uma política de comunicação para o IPP.


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Acordo proporciona benefícios a Fronteira O IPP, o Município de Fronteira e o Agrupamento de Escolas de Fronteira estabeleceram um protocolo, com vista à cooperação no domínio da formação de jovens, na área das energias renováveis, por via de um curso secundário profissionalizante. Está prevista a utilização de instalações do IPP, nomeadamente os laboratórios e oficinas da ESTG; a disponibilização de docentes para ministrar seminários temáticos aos alunos, durante a sua formação, e a orientação de estágios. O acordo foi assinado no passado dia 21 de Janeiro.

IPP e ACISDP celebram protocolo

Instituto Politécnico e Associação Comercial, Industrial e Serviços do Distrito de Portalegre firmaram um protocolo, a 21 de Janeiro, no qual estão definidos os princípios em que deve assentar a colaboração futura entre ambas as entidades. Pretende-se que esta cooperação possa funcionar de modo efectivo, “abrindo novas possibilidades para a realização conjunta de actividades e para o mutualismo e a complementaridade na prestação de serviços”. Neste acordo, o IPP comprometeu-se a incentivar a realização de trabalhos académicos, no âmbito das diferentes unidades curriculares, que possam dar uma

primeira resposta às necessidades evidenciadas pelas empresas associadas da ACISDP. Particularmente, no que se refere à ESTG, a colaboração pode concretizar-se através da elaboração de estudos de viabilidade económica e financeira; produção de planos de marketing; elaboração de estudos de mercado e desenvolvimento de trabalhos de design, entre outros. Por parte da Associação, espera-se que sensibilize as empresas, suas associadas, para que aceitem a execução de trabalhos académicos que tenham como objecto a respectiva actividade e as informe da possibilidade de acolherem alunos, no âmbito da realização de estágios curriculares.

O protocolo prevê ainda a disponibilização dos muppies da ACISDP, para divulgação de iniciativas do IPP. Outro compromisso assumido é a inscrição dos associados, em condições mais favoráveis, em seminários e acções de formação de curta duração.

Escola Superior de Saúde Director: Francisco Vidinha

D.R.

D.R.

ESTG tem nova professora coordenadora

“Acredito firmemente que Elvas e a região do Alentejo têm recursos, valias e características diferenciadoras que permitem acreditar no futuro e assumo que o papel da ESAE passa por contribuir para dinamizar esses recursos, em estreita colaboração com os demais agentes da região”, afirmou, numa das várias menções à importância da manutenção de parcerias. “Temos excelentes relações com o meio envolvente – empresas, empresários, agricultores, associações, instituições públicas, instituições de investigação, entre outros. São estas relações que queremos ver valorizadas, promovidas e aprofundadas”. Aqui incluiu a participação empresarial nas actividades de I&D (e vice-versa) e, à escala internacional, o desenvolvimento de programas curriculares conjuntos e o aumento de linhas de investigação comuns, “nomeadamente com os nossos vizinhos espanhóis”. Assumindo uma postura de incentivo à participação de todos, a nova dirigente disse acreditar “na capacidade das pessoas que trabalham, estudam e sonham na ESAE e que fazem desta uma Escola viva”. O Eng. Luís Alcino da Conceição também partilhou deste sentimento, ao despedir-se das funções de presidente do Conselho Directivo. “Termino, neste momento, um mandato que me foi extremamente gratificante (…) Foi com muito orgulho que o fiz e acima de tudo consegui fazê-lo porque acho que a Escola Agrária, apesar de todas as dificuldades que vai tendo, tem tido grandes pessoas, grandes funcionários, grandes professores e um corpo de alunos, no seio do IPP, que efectivamente tem conseguido ultrapassar essas dificuldades”.

As provas públicas do concurso para recrutamento de um professor coordenador para a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, na área científica de Engenharia, decorreram a 25 e 26 de Janeiro, nos Serviços Centrais. Prestaram provas três candidatos, tendo sido seleccionada para o lugar a Prof.ª Mónica Vieira Martins. As provas consistiram na apresentação e discussão de uma lição sobre tema escolhido por cada um dos candidatos, no âmbito das Ciências da Engenharia, e na apreciação e discussão de cada curriculum científico e pedagógico. O júri do concurso foi presidido pelo presidente do IPP, Prof. Joaquim Mourato, e composto pelos seguintes vogais: Prof. Eduardo

Ducla-Soares, professor catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; Prof. Ricardo Manuel de Seixas Boavida Ferreira, professor catedrático do Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa; Prof.ª Ana Maria Rodrigues de Sousa Faria de Mendonça, professora associada da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto; Prof. Jorge Alberto Guerra Justino, professor coordenador da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Santarém e Prof. Paulo Sérgio Duque de Brito, professor coordenador da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico de Portalegre.

O Dr. Francisco Vidinha foi empossado director da Escola Superior de Saúde, a 27 de Janeiro. “Este será mais um ciclo da minha vida profissional”, constatou, na cerimónia de tomada de posse, ao partilhar uma retrospectiva do seu percurso na Escola. “Ao longo de mais de 25 anos de docência enfrentei todos os ciclos que o paradigma dominante impôs, quer na sociedade, quer no ensino de enfermagem. Assisti e participei nas lutas para a dignificação do ensino de enfermagem, estive sistematicamente na linha da frente na luta por melhores planos de estudos e melhores condições de ensino e aprendizagem. Foi com estes pressupostos que resumi, no momento da candidatura a director, como principais razões para votarem em mim. Sabem o que sou, como sou e do que sou capaz!”, reafirmou. No seu discurso de tomada de posse, o novo director nomeou cada um dos colaboradores docentes e não docentes e evocou o nome de quem colaborou com a ESS, no passado, acrescentando que “com cada um, aprendi um pouco mais”. “São para vocês estudantes, actuais e antigos, que cada um de nós dá o seu melhor e que eu, particularmente, renovo a minha visão do mundo e encontro a energia que me motiva a fazer melhor”, declarou, também em nome do colectivo que agora representa.


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Destinos das Escolas entregues aos directores (continuação da página 1)

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De porta aberta...

Escola Superior de Tecnologia e Gestão Director: Artur Romão

Nuno Veiga / Lusa

Europe Direct do Alto Alentejo

A tomada de posse do director da Escola Superior de Tecnologia e Gestão teve lugar no passado dia 7 de Janeiro, em reunião pública do Conselho de Representantes. Candidato único ao cargo, o Dr. Artur Romão foi eleito, por unanimidade, pelo Conselho de Representantes da Escola, após audição pública, realizada a 16 de Dezembro de 2009. Para coadjuvá-lo no seu mandato, escolheu como subdirectora a Dra. Helena Freire Cameron. Recém-empossado, o director da ESTG dirigiu-se aos presentes no anfiteatro de ensino da Escola e explicitou algumas das suas motivações e propósitos de acção. “Procurarei dar continuidade ao trabalho, que, perdoe-se-me a imodéstia, considero amplamente positivo, realizado pela equipa que constituiu o Conselho Directivo que agora cessa funções, tentando corrigir alguns aspectos dessa acção, porventura menos positivos, e visando alcançar alguns objectivos ainda não plenamente concretizados”, afirmou. Os alunos encabeçam a lista de prioridades do Dr. Romão: “No âmbito da minha actuação, proponho-me privilegiar os estudantes e a satisfação das suas necessidades formativas, ou outras, num quadro de elevada exigência recíproca, cuidando de lhes proporcionar, nas melhores condições, uma oferta de qualidade, claramente orientada para uma rápida inserção no mercado de trabalho ou para a progressão no mesmo”. Outra das suas prioridades passa pelos colaboradores da Escola: “Consciente das limitações, mas também de algumas oportunidades, que resultam do enquadramento legal e financeiro em que nos inserimos, procurarei contribuir para assegurar as melhores condições a todos os trabalhadores (docentes e não docentes), através da manutenção de uma cultura organizacional positiva e dinâmica, de um são ambiente de trabalho e da disponibilização de instrumentos de valorização pessoal e profissional, destacando o apoio à formação e o incentivo à abertura de concursos”. Salientando a elevação com que decorreu o conjunto das eleições para constituição dos novos órgãos da ESTG, o Dr. Artur Romão demonstrou o seu agrado pela eleição dos dois presidentes dos Departamentos: Prof. Paulo Brito (Departamento de Tecnologias e Design) e Dr. Miguel Serafim (Departamento de Ciências Empresariais, Sociais e Humanas). O director viu estas escolhas como mais-valias, para áreas a aprofundar pela Escola. “Pelas características reconhecidas a ambos,

A Europa mais perto do Alentejo!

Centro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo Escola Superior Agrária de Elvas do Instituto Politécnico de Portalegre Rua da Cadeia, 14 – Apt. 254 (junto à Residência de Estudantes) 7350-903 Elvas Tel. 268 626 511 / Fax: 268 626 512

são garantia da qualidade do trabalho que aí [nos Departamentos] será realizado. O qual se estenderá naturalmente aos domínios da investigação e da prestação de serviços à comunidade, vertentes em que se pretende um nítido reforço da actividade realizada, fazendo uso dos recursos afectos à ESTG, e reforçando a ligação entre a Escola e a comunidade”, explicou. O dirigente agradeceu o incentivo e estímulo que recebeu, para se candidatar ao cargo de director, e destacou o facto de “praticamente a totalidade dos trabalhadores não docentes” terem subscrito a sua candidatura. Enquanto anterior presidente do Conselho Directivo, expressou gratidão à comunidade escolar e aos parceiros da Escola. Dirigiu ainda um agradecimento personalizado aos membros do órgão a que presidiu, até então, extensivo aos últimos quatro presidentes da Associação de Estudantes, aos coordenadores das áreas científicas, ao secretário da Escola e à secretária do Conselho Directivo.

Escola Superior Agrária Directora: Graça Ribeiro A Prof.ª Maria da Graça Ribeiro tomou posse como directora da Escola Superior Agrária de Elvas, a 22 de Janeiro. Candidata única ao cargo, a docente foi eleita por maioria absoluta pelo Conselho de Representantes da Escola, após audição pública realizada a 11 de Janeiro. Para o cargo de subdirectora, a nova dirigente nomeou a Prof.ª Rute Santos. Na cerimónia realizada no auditório “Nuno de Oliveira”, na

O Centro de Informação Europe Direct do Alto Alentejo é um gabinete de informação sobre a União Europeia a funcionar desde inícios de 2005 em Elvas, junto à Residência de Estudantes. Funciona ao abrigo de uma convenção entre o Instituto Politécnico de Portalegre e a Comissão Europeia, surgindo no seguimento do anterior Centro de Informação e Animação Rural do Alto Alentejo – CIARA, organismo com uma política de difusão de informação mais direccionada para o mundo rural e que funcionou no mesmo espaço até 2005. Os Centros Europe Direct pertencem à REDE EUROPE DIRECT da Comissão Europeia, com cerca de 500 gabinetes distribuídos pelas várias regiões europeias, com a missão de informar localmente sobre as várias políticas comunitárias, bem como difundir oportunidades de financiamento comunitário para projectos nas regiões. Embora sedeado em Elvas, o Europe Direct do Alto Alentejo actua em todo o distrito de Portalegre e parte do distrito de Évora. Das várias actividades que tem realizado destacam-se a organização de uma visita de representantes de organismos locais e regionais às instituições comunitárias em Bruxelas; a organização de uma conferência comemorativa dos 20 anos de adesão de Portugal e Espanha à UE e que contou com a presença de vários eurodeputados; as comemorações dos 50 anos do Tratado de Roma, envolvendo mais de 500 crianças do ensino básico que cantaram os parabéns à Europa e apagaram as velas num bolo, de cerca de 3 metros, em forma de bandeira da UE. Destaque ainda para as dezenas de sessões de esclarecimento sobre as políticas comunitárias que o Centro Europe Direct tem vindo a realizar em escolas e outras instituições.

E-mail: europedirect@esaelvas.pt Site: www.esaelvas.pt/europedirect Facebook: http://www.facebook.com/pages/Europe-Directdo-Alto-Alentejo/169775387325

Recursos Humanos: Gestor – Ricardo Ferreira Técnica de Informação – Ana Pereira Horário de funcionamento: De Segunda a Sexta-Feira das 9h00 às 12h30; das 14h00 às 17h30

Actividades/ serviços

ESAE, a recém-empossada directora partilhou planos e políticas de acção, com uma plateia de membros da comunidade académica e da comunidade envolvente. Identificou como linhas específicas de trabalho da Escola: a criação de novas formações; a qualificação do corpo docente e, sobretudo, o desenvolvimento da investigação aplicada, com ligação directa ao meio empresarial e industrial.

– Atendimento personalizado para pedidos de informação relativos a questões comunitárias; – Disponibilização de recursos de informação da União Europeia (livros, brochuras, folhetos, mapas, etc.); – Divulgação de possibilidades de financiamento comunitário a projectos, bem como abertura de concursos para emprego nas instituições comunitárias; – Organização de sessões de informação e debate sobre as políticas ou programas comunitários; – Divulgação de informação relativa a notícias, actividades e programas da UE com impacto na região; – Reencaminhamento de pedidos de parcerias entre entidades da região e entidades de outros Estados-Membros; – Informação sobre os vários programas de apoio à mobilidade para estudantes e jovens em geral.


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Ciclo de conferências traz “senadores” a Portalegre (continuação da página 1)

conhecer Calendários

A primeira conferência contou com a participação de um orador eloquente. Com humildade, o Dr. António Arnaut começou por declarar que nunca se sentiu na condição de senador. “Se senador quer dizer uma pessoa que pelo seu estatuto intelectual e cívico merece ser referenciada, então não estou nesta categoria”, admitiu. “Sou um militante cívico dos direitos humanos, fundamentalmente. E também é nessa qualidade que estou aqui”, frisou. A “república ética” foi o fio condutor,

na sua intervenção. Abordou dos direitos individuais aos direitos sociais: o caminho histórico e político percorrido desde a Constituição de 1822 até à actualidade. Enquanto Ministro dos Assuntos Sociais do II Governo Constitucional, o Dr. António Arnaut ficou ligado à criação da Lei que instituiu o Serviço Nacional de Saúde, em 1979. Pontuando a sua intervenção com rasgos de humor, contou como assumiu a pasta dos Assuntos Sociais, a convite do Dr. Mário

Soares, que primeiro o desafiara a ser ministro da Justiça (perante o convite – – disse – em poucos dias esboçou um serviço nacional de Justiça, que não teve oportunidade de pôr em prática, por ter assumido outro ministério). Sendo a saúde um direito fundamental, entende que o acesso aos cuidados de saúde não é uma questão ideológica, mas sim ética e moral. “Estou confiante no futuro do Serviço Nacional de Saúde, pela consciência do direito criado”, afirmou.

Também foi decidido dedicar ao assunto “Sistema de Avaliação do Desempenho do Pessoal Docente do IPP” um primeiro período de análise e reflexão, que antecedesse a emissão do parecer do Conselho Académico. Esse foi o assunto central, debatido na reunião seguinte do Conselho Académico, realizada a 24 de Fevereiro. Na ocasião, o Conselho definiu as linhas gerais que devem ser consideradas no modelo de avaliação a adoptar. Na reunião que teve lugar a 25 de Março, foi apresentada a proposta de criação do C3i – Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação e o respectivo plano de actividades, pelo Prof. Paulo Brito, na qualidade de coordenador institucional para a investigação. Ambas as propostas receberam parecer favorável. O Conselho também emitiu parecer favorável ao regulamento para a atribuição do título de

especialista, após apresentação dos contributos recebidos dos Conselhos Técnico-Científicos das Escolas. Igualmente recebeu parecer favorável o documento de trabalho sobre o sistema de avaliação do pessoal docente do IPP. Decidiu-se que ambas as propostas sejam alvo de consulta pública.

Reuniões do Conselho Académico

O Núcleo de Fotografia do IPP é o autor das fotografias que ilustram os calendários de 2010, do Instituto Politécnico de Portalegre. As imagens

foram captadas, para o efeito, pelos professores Rui Cambraia, Josélia Pedro e Luís Vintém, que registaram recantos e pormenores do universo do Instituto, particularmente das quatro escolas. Esta tem sido a filosofia dos calendários que o IPP edita, desde o ano de 2001, onde também tem havido espaço para retratar a cidade onde está sedeada a instituição. O projecto “calendários” é da responsabilidade do Gabinete de Relações Públicas e Cooperação.

“Tabuleiro solidário” reverte para o Banco Alimentar Os bens alimentares conseguidos por intermédio da iniciativa “Tabuleiro solidário” foram entregues ao Banco Alimentar contra a Fome, a 16 de Dezembro. Com esta iniciativa da Itau, a empresa que explora os refeitórios do IPP, foi possível entregar meia tonelada de alimentos, essencialmente massas, arroz e leite. A campanha “Tabuleiro solidário” decorreu na cantina central, durante um mês, entre Maio e Junho. Por cada refeição consumida na totalidade, o utente da cantina podia entregar uma senha (inicialmente um conjunto de 25 senhas representava a doação de um quilo de comida. No final da iniciativa, decidiu-se multiplicar este valor). O objectivo principal foi sensibilizar os utentes da cantina para o consumo alimentar sustentado e para a diminuição do desperdício de alimentos.

IPP na Futurália O Instituto Politécnico de Portalegre esteve presente na Futurália – Salão de Oferta Educativa, Formação e Emprego, entre 10 e 13 de Março, na FIL (Parque das Nações). A par da divulgação da oferta formativa e saídas profissionais, no espaço do IPP foi dado a conhecer o projecto da Bolsa de Emprego. Nesta edição, a feira que veio substituir o Fórum Estudante teve mais de 63 mil visitantes.

Na primeira reunião do ano, realizada a 3 de Fevereiro, o Conselho Académico deliberou, por unanimidade, emitir quatro pareceres favoráveis. Designadamente, sobre: o orçamento do IPP e o dos SAS para 2010; a fixação das propinas de Mestrado para o ano lectivo de 2009/2010; o pedido de acreditação de novos cursos e o relatório de concretização do Processo de Bolonha, no ano de 2008/2009. A criação de novos regulamentos foi outro ponto da ordem de trabalhos. Deliberou-se, por unanimidade, emitir parecer favorável à proposta de Regulamento de Precedência, apresentada pelo presidente do IPP. Decidiu-se que a proposta de Regulamento de Equiparação a Bolseiro e a proposta de Regulamento para a atribuição do Título de Especialista mereceriam nova apreciação, após análise e discussão pelos órgãos das Escolas.

Reunião do Conselho Geral O Conselho Geral do IPP reuniu-se a 26 de Fevereiro. Na primeira reunião de 2010 foi aprovada, por unanimidade, a proposta dos valores das propinas dos cursos de mestrado, apresentada pelo presidente do IPP, depois de ouvidos os Conselhos Directivos e os Directores das Escolas, e com parecer favorável do Conselho Académico. Submeteu-se à apreciação do Conselho o Plano de Desenvolvimento previsto no contrato de confiança, assinado pelas instituições de ensino superior e o governo, sendo aprovado, por unanimidade. Este novo documento é uma adaptação do Plano de Sustentabilidade, anteriormente aprovado pelo Conselho Geral, às condições fixadas pelo contrato de confiança e à tipologia das acções nele previstas. Foi apresentada a proposta final do orçamento, tendo sido identificados os pontos em que diverge da proposta aprovada anteriormente pelo Conselho, quando ainda não se conhecia o plafond atribuído. O orçamento de 2010 foi aprovado e a decisão do seu envio prévio ao Ministro da tutela foi ratificada, por unanimidade. O mesmo sucedeu em relação ao orçamento dos SAS. O Conselho Geral deliberou agendar, para a próxima reunião, a designação do Provedor do Estudante e solicitar aos membros do

Conselho a apresentação de propostas, elaboradas nos termos do regulamento aprovado. O conselheiro António Cachola foi nomeado relator do parecer dos membros externos sobre o relatório de actividades e contas consolidadas de 2009. O Conselho deliberou reconhecer a conveniência da elaboração e aprovação, a curto prazo, do Regulamento Disciplinar Aplicável aos Estudantes e da inclusão nesse regulamento de normas específicas relativas às actividades da praxe. Esta deliberação foi tomada na sequência das queixas relativas às actividades de praxe, que motivaram um processo de inquérito, o qual conduziu a um processo disciplinar, tendo sido aplicada a pena de suspensão de uma semana de aulas, aos alunos envolvidos. No início da reunião, os conselheiros foram informados de que os professores Rui Canário e Pedro Lynce de Faria apresentaram, formalmente, o pedido de cessação de funções de membros cooptados do Conselho Geral, evocando falta de disponibilidade para comparecer nas reuniões e lamentando o facto.


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conhecer

editorial Albano Silva Vice-Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre

A vida de uma instituição é feita de pequenos, grandes e novos desafios… Terminado que está o processo de implementação dos novos órgãos do Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) e de cada uma das suas Escolas, a vida académica no IPP decorre com a normalidade democrática que tem caracterizado esta instituição ao longo de grande parte da sua história, ainda recente. Nova legislação enquadradora, novos estatutos, novos órgãos e novos dirigentes revelam um novo estádio de organização e de maturidade da nossa instituição. Hoje, mais do que nunca, estamos melhor organizados, mais perto uns dos outros, mais unidos e, em conjunto, capazes de abraçar novos desafios. Quanto mais forte for cada uma das suas unidades orgânicas, cada uma das suas Escolas, mais forte será o IPP. Quanto mais forte e mais capaz estiver o IPP para, colectivamente, responder a novos desafios, mais capacidade de crescimento terá cada uma das suas Escolas. Este é o processo dinâmico que sustentará uma unidade construída com total respeito pelas diferenças, no difícil contexto socioeconómico que o país e a região atravessam. Novos desafios nem sempre querem dizer outros desafios. A maior parte das vezes trata-se de melhores desafios, ou se quisermos dos mesmos desafios qualitativamente superiores. É quase sempre nesta acepção que se tratam os desafios das instituições que têm missão e objectivos devidamente clarificados. Contudo, intitularmos os desafios como novos transporta-nos para a alegria do recomeço, para a força da construção colectiva, para a alma que geralmente colocamos no início dos percursos. É também por isso que estamos perante novos desafios. O desafio de um IPP claramente inserido regionalmente, aberto à comunidade, facilitador de projectos de desenvolvimento local e regional em parceria com instituições e empresas implantadas no território regional; um IPP capaz de ser um eixo fundamental de desenvolvimento regional. O desafio de um IPP capaz de ter uma oferta formativa com qualidade e diversidade. O desafio de um IPP capaz de produzir conhecimento nas suas áreas científicas fundamentais; um IPP capaz de criar e fazer crescer um Centro de Investigação que se afirme colectivamente no panorama da investigação do ensino superior. O desafio de um IPP capaz de fazer a diferença na relação que estabelece com os seus alunos, na qualidade das suas aprendizagens, nos apoios que é capaz de prestar, nos desafios científicos e culturais que é capaz de lhes colocar, no bem-estar que lhes pode proporcionar. O desafio de um IPP com fortes relações com outras instituições congéneres nacionais e estrangeiras; um IPP a apostar fortemente na sua internacionalização e a ocupar um espaço de excelência na cooperação com países de expressão oficial portuguesa. Estes são exemplos de alguns dos desafios que perseguimos enquanto instituição e que queremos aprofundar colectivamente. Se quisermos, e de forma a facilitar, poderíamos dizer que todos aqueles desafios se resumem apenas a um. O novo desafio de garantir a qualidade interna. Ou dito de outra forma, o novo desafio de criar um Sistema Interno de Garantia da Qualidade (SIGQ). Este é um desafio colocado externamente pela Agência de Avaliação e Acreditação (A3ES), mas é um desafio externo que vai naturalmente ao encontro das já nossas preocupações, dos já nossos desafios. A necessidade de criação de um SIGQ leve e inteligente, ou seja um SIGQ que entre na lógica de funcionamento natural dos órgãos

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estatutariamente consignados, um SIGQ que não venha acrescentar mais tarefas e mais grupos de trabalho, mas que permita melhorar continuamente aquilo que já fazemos. Um exemplo claro da melhoria que falamos prende-se com a necessidade de criação de um observatório académico que sistematize toda a informação académica necessária para o desenvolvimento das nossas tarefas, para apoiar as decisões que temos que tomar. A criação de um suporte de informação como o que idealizamos para o nosso Observatório Académico poderá ser o grande salto qualitativo no nosso trabalho e poderá ser a chave fundamental para suportar o sistema interno de garantia da qualidade. O SIGQ das instituições de ensino superior que a A3ES certificará através de mecanismos de auditoria a partir de 2011/2012, assenta em referenciais de avaliação interna que teremos que identificar, desenvolver e melhorar. Sérgio Machado dos Santos (Dezembro de 2009), num documento de trabalho preparado para a A3ES intitulado “Análise comparativa dos processos europeus para a avaliação e certificação de sistemas internos de garantia da qualidade”, propõe 10 referenciais para os Sistemas Internos de Garantia da Qualidade das instituições de ensino superior: 1) Definição da política e objectivos de qualidade; 2) Definição e garantia da qualidade da oferta formativa; 3) Garantia da qualidade das aprendizagens e apoio aos estudantes; 4) Recursos humanos; 5) Recursos materiais e serviços; 6) Sistemas de informação; 7) Informação pública; 8) Investigação e desenvolvimento; 9) Relações com o exterior; 10) Internacionalização. A criação de um SIGQ bem integrado na instituição e superiormente articulado com os seus órgãos de direcção poderá ser uma ferramenta de gestão crucial para o desenvolvimento de informação e de políticas, e para a criação de procedimentos que possibilitem melhoria e avaliação contínuas. Este é o novo grande desafio para o qual temos que olhar com a responsabilidade que sabemos pôr em todos os actos relevantes da vida do IPP. Mas enquanto lançamos os estudos e os primeiros procedimentos para nos preparamos para este (novo?) desafio, temos que responder aos desafios do presente, no que a esta área da acreditação, avaliação e certificação diz respeito. Temos em marcha com a A3ES um processo de acreditação de cursos, temos em marcha a sustentabilidade de um sistema de gestão da qualidade (SGQ) que implementámos e pelo qual estamos devidamente certificados, e temos a nascer um novo sistema de gestão, agora na área da responsabilidade social (SGRS) que confiamos que seja certificado ainda este ano. Com estes processos abrimos caminho e facilitámos o nascimento do nosso SIGQ. Cabe agora ao SIGQ do IPP saber integrar e articular convenientemente no projecto aqueles dois sistemas de gestão. A existência dos sistemas de gestão da qualidade e da responsabilidade social será com certeza um factor acrescido do nosso Instituto no panorama do ensino superior português. Assim tenhamos a capacidade de integrar estas nossas mais-valias no nosso Sistema Interno de Garantia da Qualidade. Vamos responder positivamente a estes e a outros desafios, e o tempo evidenciará que em conjunto vamos conseguir, hoje e em cada dia, construir o futuro do ensino superior público na região de Portalegre.

“A minha ligação à Escola é muito forte, sinto-a como parte integrante de mim, pois tenho passado aqui metade da minha vida”, refere sobre a Escola Superior de Saúde. Neste estabelecimento de ensino completou o Curso Geral de Enfermagem, em Julho de 1978, e aqui lecciona desde Julho de 1983. Profissionalmente, antes de enveredar pela carreira de docente, trabalhou na prestação de cuidados no Serviço de Obstetrícia do Hospital Distrital de Portalegre. Docente da Área de Saúde Materna, lecciona Enfermagem II – Módulo de Saúde da Mulher e Práticas de Desenvolvimento Profissional – Módulo de Saúde Materna. De momento não participa em nenhum projecto da Escola, mas refere que gostaria de reiniciar o Projecto da Visita Domiciliária à Puérpera. É membro do Conselho Pedagógico e do Conselho Técnico-Científico da ESS. Concluiu o Curso de Especialização em Enfermagem Obstétrica, na Escola de Enfermagem Calouste Gulbenkian de Lisboa; o Curso de Pedagogia e Administração para Enfermeira Especialista, na Escola de Enfermagem Pós-Básica de Lisboa e o Curso de Pedagogia Aplicado ao Ensino de Enfermagem, na Escola Superior de Enfermagem de Maria Fernanda Resende. Em tempos de lazer, dedica grande parte da sua disponibilidade à família, gosta de passear e ler.

aluno Nome Fábio Miguel Morgado Dionísio Data de Nascimento 22.10.1985 Naturalidade Santarém

docente Nome Maria de Fátima Freitas da Silva Data de Nascimento 24.10.1956 Naturalidade Montargil

Ingressou no curso de Contabilidade, na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, em 2004. Entretanto o curso foi remodelado e é hoje um ramo da licenciatura em Gestão. Pergunta-se porque motivo ainda não terminou a sua formação inicial? A resposta é sincera, o que atrapalhou os estudos foi: “a própria cidade. Envolvi-me muito na cidade; gostei. Fiz muitos amigos; conheço muita gente de cá e também foi por isso que cheguei agora a presidente da Associação”. Colabora com a AE ESTG, desde que ingressou na Escola, e em Dezembro passado foi eleito presidente. “Este ano enganaram-me”, brinca, referindo-se ao incentivo dos colegas, para concorrer ao cargo. “Não quis fazer promessas” – assume – “simplesmente disse que queria aproximar mais a Associação dos estudantes”. A prova de fogo é a Semana Académica. Este ano, com José Cid, Quim Barreiros e Makongo, como cabeças de cartaz, numa organização conjunta da AE ESTG e da AE ESS. Sobre as suas responsabilidades, como dirigente estudantil, refere que o mais difícil não é gerir o orçamento, mas os meios humanos. “Espero que chegue ao fim e que ninguém fique chateado comigo…”, confessa. Fez parte do Conselho Pedagógico e da Assembleia de Representantes. Quando terminar a formação inicial (momento que espera não adiar muito mais), imagina-se a abrir um negócio próprio, com algum amigo, por exemplo um gabinete de contabilidade. Para ajudar a custear as suas despesas pessoais, arranjou um part-time no supermercado E.Leclerc. Joga Futsal, no Desportivo de Portalegre, e o tempo que sobra dedica-o à AE.

Trabalha na Escola Superior de Educação, há 12 anos. Pragmática, conta como foi o percurso que a trouxe até às funções que hoje desempenha, de secretária da direcção da Escola. Quando terminou o 12º ano, tinha como objectivo prosseguir estudos, mas uma disciplina (Química) atrapalhou os planos e não conseguiu investir na área que deveras a interessava: Enfermagem. Nesse ano, aceitou um convite para trabalhar na “Portus Alacer” (Centro de Emprego Protegido da Cerci Portalegre), onde aprendeu a restaurar livros. “Foi uma experiência espectacular”, recorda. Terminado o programa ocupacional, surgiu a oportunidade de vir trabalhar para a ESE. Começou na secretaria, dando apoio às Áreas Científicas. Então com 21 anos, relembra que foi muito bem recebida e teve muita gente a ajudá-la a ambientar-se. Entretanto, concorreu a um lugar de assistente administrativa, com sucesso. Em 2002, foi reforçar o secretariado do Conselho Directivo. Hoje as suas tarefas diárias passam por assegurar a comunicação entre a direcção e a comunidade escolar. Está encarregue do registo e encaminhamento da correspondência e de todas as componentes intrínsecas ao secretariado, como o atendimento telefónico. Revela que desde sempre se imaginou numa profissão muito prática e activa e, por oposição, que não implicasse “estar sentada atrás de uma secretária com papéis”… Mas assegura que o seu trabalho não é monótono, nunca está parada e gosta do que faz! Ser enfermeira era o sonho e não esconde que se sente motivada a persegui-lo. Outra possibilidade é aprofundar conhecimentos na área em que trabalha. “Nunca é tarde!”. Rita, a filha de 5 anos, está presente nos seus tempos livres, pois garante que todo o tempo é pouco para estarem juntas.

funcionária Nome Susana Maria Mourato Videira Calha Data de Nascimento 06.05.1976 Naturalidade Santa Maria de Marvão


Ano 10 . Número 85.

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a Por t l

Boletim Trimestral do Instituto Politécnico de Portalegre

Destinos das Escolas entregues aos directores

Em Janeiro e Fevereiro, realizaram-se as tomadas de posse dos directores das Escolas do IPP, eleitos pelos respectivos Conselhos de Representantes. Desta forma, está completo o ciclo iniciado, em 2007, com a publicação do novo regime jurídico das instituições de ensino superior, que obrigou a um processo de reflexão e renovação de estatutos e, consequentemente, de órgãos e estruturas de carácter científico-pedagógico.

As cerimónias de posse foram também o momento de despedida para a maioria das equipas que constituíram os Conselhos Directivos cessantes. À excepção da direcção da ESTG, os novos dirigentes estreiam-se nestas funções, nas respectivas Escolas, num mandato de quatro anos. Comunidade académica, parceiros e responsáveis locais assistiram às passagens de testemunhos. (páginas 4 a 7)

Ciclo de conferências traz “senadores” a Portalegre

Ficha Técnica Edição Gabinete de Relações Públicas e Cooperação do Instituto Politécnico de Portalegre Director Joaquim Mourato Redacção Maria do Carmo Maridalho Secção “De porta aberta” Ricardo Ferreira e Ana Pereira Secretariado Susana Dias Agradecimento a: Catarina Lopes (Fonte Nova) e João Trindade Paginação Margarida Dias Periodicidade Trimestral Contactos Praça do Município Apartado 84 7301- 901 Portalegre Tel. 245 301 500 Fax. 245 330 353 Site www.ipportalegre.pt E-mail grpc@ipportalegre.pt

O Dr. António Arnaut foi o primeiro convidado do Ciclo de Conferências de Senadores, que teve início no passado dia 24 de Março. Um conjunto de reputadas personalidades, de reconhecida sabedoria e vivência, acederam ao convite para participar nesta actividade. Ilustres nomes da sociedade portuguesa integram a comissão de honra do evento (ver última página), através do qual o IPP se associa aos festejos nacionais do Centenário da República. Ao longo de seis sessões, entre Março e Novembro, no auditório dos Serviços Centrais, todos os interessados estão convidados a estarem presentes neste espaço de partilha e reflexão.

O Ciclo de Conferências de Senadores é uma ideia do Prof. Avelino Bento, da Escola Superior de Educação, que a presidência do IPP adoptou e ajudou a desenvolver. “Esta iniciativa, do Instituto Politécnico de Portalegre, surge para cumprimento de um eixo estratégico do IPP e que assenta na sua própria matriz – dimensão cultural e abertura à sociedade”, explicou o presidente da instituição, ao intervir na primeira conferência. “Decidimos convidar a sociedade a reflectir sobre o percurso que nos trouxe até ao Portugal de hoje. Como vemos a nossa relação com o Mundo. Porque somos o que somos e que futuro nos espera”, complementou o presidente do IPP, a propósito do ciclo de conferências, que se subordina ao tema geral “A República e o Mundo”.

Para cada uma das conferências foi convidada uma personalidade local, para exercer de moderador. O Dr. Casimiro Menezes (médico) aceitou apresentar o Dr. António Arnaut. (continuação na página 3)


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