Portal 92 – Boletim Informativo do Instituto Politécnico de Portalegre

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a fechar... Enove+ (continuação da página 1) Ano 12 . Número 92.

Boletim Trimestral do Instituto Politécnico de Portalegre

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Palavra de ordem: parcerias O futuro do distrito em debate O Instituto Politécnico de Portalegre e a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo uniram-se para promover um debate alargado sobre o presente e o futuro da região. Entre janeiro e junho, a discussão pública centra-se num conjunto de áreas com impacte no território. A Plataforma Alto Alentejo XXI assume-se como um projeto suprapartidário, aberto a todos os interessados em dar o seu contributo e mereceu o Alto Patrocínio do Presidente da República. “O IPP tem o dever de estar ao lado de todas as organizações, de todos os indivíduos que queiram contribuir para o desenvolvimento regional e, neste caso, com a CIMAA não só deve como quer! Quer estar nesta atividade, nestes eventos, neste propósito de discutir o futuro da região. Quer estar de uma forma pró-ativa”, é o entendimento do presidente do Instituto Politécnico, Prof. Joaquim Mourato. “Pretende-se ao longo dos próximos meses debater aquilo que é a região do Alto Alentejo, mas sobretudo ser possível definir, entre todos, aquilo que podem ser as melhores estratégias para operacionalizar o combate ao despovoamento e melhorar a capacidade de gerar emprego como forma primeira de fixar populações”, explicou o presidente da Comunidade Intermunicipal, Dr. Armando Varela, na apresentação do projeto. Em todos os debates, cada tema é contextualizado através da projeção de um vídeo (realizado em colaboração com a delegação regional da SIC), após o qual se seguem as intervenções dos especialistas convidados e a participação do público. A 28 de junho são apresentadas as conclusões do ciclo de debates. Na abertura da Feira, o presidente da autarquia anfitriã, Dr. Armando Varela, agradeceu ao IPP a disponibilidade para promover a Enove+ em Sousel. “O melhor braço científico que nós temos no distrito de Portalegre é o IPP. É o nosso IPP. Às vezes, ao longo da minha vida autárquica, tenho sido confrontado com critérios de apreciação, daquilo que é o IPP, muito mais exigentes do que os critérios com que se avaliam outros institutos politécnicos ou universidades do país”, reconheceu, depois de elogiar o trabalho que tem sido levado a cabo no âmbito da Plataforma Alto Alentejo XXI (ver página 1). A Enove+ é apoiada financeiramente pela RITECA (Rede de Investigação Transfronteiriça de Extremadura, Centro e Alentejo). Para a concretização desta edição foi importante o apoio prestado por várias entidades, designadamente: Câmara Municipal de Sousel, Caixa Geral de Depósitos e CIMAA. Os municípios de Fronteira, Avis, Campo Maior, Monforte, Nisa e Portalegre contribuíram com a cedência de transporte e/ou stands. Depois de duas edições realizadas em Portalegre (2008 e 2010), uma em Elvas (2011) e a última em Sousel, na sessão de encerramento foi anunciado que a próxima Enove+ será realizada em Campo Maior, tendo na ocasião estado presente o presidente do município, Eng.º Ricardo Pinheiro, para receber o testemunho. “Queremos a internacionalização. Queremos beneficiar da nossa região transfronteiriça”, assumiu o presidente do IPP, justificando a escolha do local para a próxima edição da Feira de Emprego e Empreendedorismo. Ficha Técnica Edição Gabinete de Relações Públicas e Cooperação do Instituto Politécnico de Portalegre Director Joaquim Mourato Redacção Maria do Carmo Maridalho Secretariado e Secção “De porta aberta” Susana Dias Colaboração Carlos Afonso . Paginação Margarida Dias Periodicidade Trimestral Contactos Praça do Município Apartado 84 7301- 901 Portalegre Tel. 245 301 500 Fax 245 330 353 Site www.ipportalegre.pt E-mail grpc@ipportalegre.pt

Enove+

Um evento que faz bem à região De 1 a 3 de março, Sousel acolheu a quarta edição da ENOVE+, no pavilhão multiusos. Ponto de encontro para quem “está no terreno” e quem “está a qualificar-se”, a Feira organizada pela Associação de Desenvolvimento Regional do IPP procurou estimular o empreendedorismo e a criação de autoemprego, quer através das entidades que estiveram presentes em 28 stands, quer através de conferências (que abordaram a temática do empreendedorismo sob o ponto de vista da inovação, do turismo e do desenvolvimento local). No espaço do IPP, alunos e Escolas empenharam-se em mostrar o que são as suas atividades formativas, particularmente aos cerca de 450 visitantes do ensino secundário (alunos e professores) que visitaram o certame. Esta edição fica ainda marcada pelo workshop destinado aos alunos do IPP, no qual Miguel Gonçalves, da Spark Agency, propôs uma nova leitura ao mercado de trabalho. Para o presidente do Instituto Politécnico, a Enove+ é uma oportunidade para “acima de tudo, promover os bons projetos que temos na região”. “Apesar de a iniciativa ser jovem, ir na 4ª edição, já conseguimos reunir um conjunto de entidades (…) que vão entendendo cada vez mais que este encontro de 2/3 dias por ano é fundamental para percebermos o que a região é. Sentir o seu pulsar”, referiu. (continuação na página 12)


conhecer

editorial Paulo Brito Coordenador Institucional para a I&DT, C3i, IPP Presidente do Departamento de Tecnologia e Design da ESTG-IPP

Esperança

Um dos Dons que me ocorre com maior urgência, nos tempos que correm, é o da Esperança. Tanto posso chamar-lhe Dom, como Virtude, como Graça ou Dádiva querendo, com qualquer das palavras, significar que é algo que nos é divinamente oferecido, não por nosso mérito, nem só para nós, mas para ser uma referência para aqueles que caminham juntos. Neste momento, em que vivemos tempos difíceis e incertos na nossa vida, no país, e no ensino superior, precisamos de abrir a mente e o coração a este Dom, na medida em que só ele poderá servir de motor para mover-nos numa caminhada conjunta para ultrapassar as dificuldades que já se fazem sentir. Uma das formas em que a Esperança se manifesta é na clareza com que vemos os obstáculos e o caminho que temos que percorrer para os ir vencendo. Quanto aos obstáculos, eles estão mais que patentes à nossa frente: a já fadada austeridade, a não menos fadada interioridade e a constatada desertificação. Quanto ao caminho, a clareza da sua visão é alcançada pela natureza das apostas que fazemos: em I&DT, nas ofertas formativas inovadoras e nos países com os quais nos internacionalizamos. No que respeita ao desenvolvimento de I&DT, uma das apostas necessariamente estratégica do IPP, verifica-se que, apesar de termos neste momento condições únicas de organização e informação com o C3i, ainda é muito diminuto o nível de produção científica publicada em revistas internacionais. São muito poucos, em termos percentuais, os docentes doutorados e especialistas que avançam com propostas de projectos de I&DT a linhas de financiamento ou a trabalhos de desenvolvimento tecnológico com entidades empresariais. Sem uma dinâmica generalizada e amadurecida da procura de uma maior afirmação ao nível externo do que ao nível interno, é difícil concretizar objectivos de qualidade e distinção de crescimento científico do IPP. A criação de um centro de investigação acreditado pela FCT, objectivo que nos propusemos a atingir a médio prazo, ao requer mínimos de exigência e de produção científica que não está, neste momento, ao alcance de muitos investigadores do IPP, irá requerer, provavelmente, que se avance para a mesma acreditação a várias velocidades no caminho. Uma referência especial, deverá ser feita à aposta na Bioenergia e no projecto a ela associado ao nível do QREN. Estou em crer, que é uma aposta consistente e que virá a dar bons frutos: é uma verdadeira esperança. No que respeita à oferta formativa, principalmente a das áreas mais tecnológicas, estamos a padecer com o elevado nível de interioridade do

IPP e com uma elevada oferta nestas áreas pelas instituições do litoral. É uma luta feroz e desigual que nos leva quase a perder a esperança. É certo que temos algumas debilidades, algumas já aqui referenciadas, mas também é certo que temos vindo a propor continuadamente, ano após ano, algumas soluções: temos os cursos muito aplicados, com uma elevada participação em actividades laboratoriais e de trabalhos de campo, temos apostado nalgumas áreas emergentes, como as energia, multimédia, animação. Mas, claramente, tem-se verificado que não é suficiente. Todavia, penso que ainda temos outros caminhos alternativos (esperança) que podemos trilhar. Em primeiro lugar, continuo a creditar que pode ser possível fazer uma rede do ensino superior politécnico na região centro do país, a Politécnica, em que as várias instituições se harmonizam numa oferta comum e variada sem concorrência interna e procurando valorizar os recursos materiais e humanos das várias instituições que a compõem. Não me choca que possam entrar nessa rede universidades, tais como, por exemplo, a Universidade da Extremadura. Em segundo lugar, não vejo como negativo avançar com propostas de formação menos standard procurando áreas um pouco mais específicas e onde possamos ser pioneiros. Já o fizemos várias vezes ao longo da história do IPP. É claro para mim, que não podemos perder mais tempo e que devemos avançar para a constituição de “sponsor” industriais e empresariais para os vários cursos procurando uma relação efectiva e profícua com essas entidades. Julgo, também, que será uma boa ideia recuperar os estágios curriculares de 3 meses (15 ECTs) nos cursos de carácter mais tecnológicos. Por último, devemos continuar a fazer uma aposta na internacionalização da investigação que produzimos, bem como, das nossas formações procurando, relativamente a este último aspecto, captar alunos estrangeiros ou abrindo cursos em países estrangeiros. Não sendo original a ideia, nem tendo eu essa pretensão, acho que a África Lusófona, particularmente, Moçambique e Angola, pode ser uma boa porta de internacionalização com alguma sustentabilidade, procurando fundos de cooperação internacional de apoio a países em desenvolvimento. Avançar com formações nesses países de carácter geral em energias renováveis ou em áreas mais específicas, tal como tecnologia de produção de biocombustíveis, pode ser um caminho sustentado pela Esperança. Caros colegas e alunos, “A esperança é a última a morrer”. 31 de Outubro de 2011

É docente da Escola Superior de Educação, desde 2005. Está ligado à área científica de Sociologia e Mediação Social, é coordenador do Departamento de Comunicação, Artes e Tecnologias e sub-diretor do curso de Animação Sociocultural. O ano passado concluiu o doutoramento em Sociologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigador integrado do Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do IPP (C3I) e do Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa (CESNOVA) tem participado em diversos projetos de investigação científica, fundamental ou aplicada. Atualmente é investigador responsável no projeto “Construindo caminhos para a morte: uma análise de quotidianos de trabalho em cuidados paliativos” e integra a equipa de investigadores do projeto “Género, Desigualdade, Humilhação: Sentimentos de Injustiça nas Escolas”, ambos financiados pela FCT. No quadro do programa TEIP − Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, integra a equipa de consultores externos de agrupamentos de escolas no Alentejo. É responsável pela proposta de mestrado em Gerontologia (que aguarda a acreditação pela A3ES), apresentada pela ESE e pela ESS. Refere que, com a criação deste 2º ciclo de estudos, se pretende: “oferecer uma formação científica interdisciplinar capaz de fornecer aos futuros mestres competências teóricas, metodológicas e práticas necessárias para responder aos problemas e desafios da velhice e do envelhecimento na sociedade Portuguesa” e “contribuir para o desenvolvimento regional através da consolidação de parcerias, protocolos de cooperação e projetos com as instituições que intervêm na área do envelhecimento e da velhice”, entre outros objetivos.

funcionária Nome Maria de Lurdes Delgado Pereira Costa Data de Nascimento 10.05.1967 Naturalidade Ribeira de Nisa

docente Nome Alexandre Miguel Pinto Cotovio Dias Martins Data de Nascimento 24.10.1973 Naturalidade Lisboa

Desde há três anos, é governanta da Residência de Estudantes dos Assentos. Até chegar a estas funções, foi acumulando experiências nos Serviços de Acção Social, em diferentes áreas. A ligação ao IPP iniciou-se enquanto colaboradora da Gertal, tendo inaugurado a cozinha da ESTG. Foi auxiliar e mais tarde convidaram-na a assumir as responsabilidades de cozinheira. Ciente de que é impossível agradar a todos, afirma com orgulho: “toda a gente me dizia que eu cozinhava bem”. Entre os pratos mais populares, destaca o seu bacalhau com natas, que tinha sucesso entre os utentes do refeitório, que chegaram a ser mais de 300 por dia! Em 2001, com a abertura das extintas residências da Corredoura e da Casa de Saúde, surgiu a oportunidade de trabalhar diretamente com os SAS. Posteriormente, passou pelos bares da ESE e da ESS e, de forma pontual, pelo dos Serviços Centrais. Até que ficou pela Residência dos Assentos, onde começou por trabalhar na área da lavandaria e da limpeza. O que faz a governanta da residência? Responde: primeiro que tudo dar apoio aos alunos, fazer o processo de cada um, recebê-los no início do ano letivo, bem como tarefas de cariz administrativo. “Nós tratamo-los um bocadinho como filhos”, diz sobre a relação que se estabelece com quem faz das residências de estudantes a sua casa, em tempo de aulas. Por vezes os laços perduram e ainda hoje continua a manter contacto com alguns antigos alunos.

Alunas do 1º ano da licenciatura em Higiene Oral, da Escola Superior de Saúde, para além de terem em comum o nome, trabalham no mesmo local: no Consultório Médico Dentário do Norte Alentejano. São assistentes dentárias há mais de duas décadas (Fernanda Meira começou a trabalhar há 28 anos, com o Dr. Martinho Pinheiro, e Fernanda Ferro há 25 anos, com o Dr. Carlos Bagulho). No ano passado, ambas sentiram que seria o momento para aproveitar a oportunidade de ter por perto uma oferta formativa que vai de encontro aos seus interesses. Fernanda Ferro foi aluna da licenciatura em Assessoria de Administração, na ESTG. Para Fernanda Meira é o primeiro ingresso no ensino superior. Ambas concluíram um curso de formação para assistente dentária, na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, que frequentaram durante um ano e meio. Não hesitam em dizer que estão a gostar muito do curso da ESS, em particular da componente prática.

alunas Nome Fernanda Maria Rodrigues Caixeiro Ferro / Fernanda Maria Pires Mamede Marques Meira Data de Nascimento 05.04.1964 / 01.08.1961 Naturalidade Portalegre / Portalegre


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Projeto “Desenvolvimento de Biocombustíveis de 2ª Geração” é aposta nas energias renováveis

conhecer

O Instituto Politécnico de Portalegre é um dos parceiros que participam no projeto “Desenvolvimento de Biocombustíveis de 2ª Geração”, liderado pela PETROGAL e cofinanciado pelo Fundo de Apoio à Inovação/Agência para a Energia (FAI/ADENE). Com o Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, o IPP é responsável pela etapa III do projeto: “Desenvolvimento do processo de extração e qualidade do óleo de Jatropha para produção de Biodiesel”. Também em parceria com o ISA, o Instituto Politécnico de Portalegre vai trabalhar na etapa n.º 5 do projeto: “Tratamento, produção e testes de Biodiesel de Jatropha em motores”. Os trabalhos elegíveis, avaliados em perto de dois milhões de euros, são financiados em cerca de 50% pelo FAI, sendo o restante suportado pela Galp Energia e na etapa relativa à produção de Biodiesel com uma comparticipação do Instituto Politécnico de

Gabinete do Provedor do Estudante Em funcionamento desde 2010, o gabinete do Provedor de Estudante está sedeado nos Serviços Centrais do IPP (1º piso). O atendimento realiza-se às quartas-feiras, das 9h30 às 12h00, sem marcação prévia. O que pode fazer o Provedor do Estudante? • O Provedor do Estudante pode e deve ser um mediador e facilitador na resolução de situações conflituosas/problemáticas que o estudante não consegue ultrapassar, como a título de exemplo: – Administrativas (situações decorrentes de candidaturas, matrículas, propinas, equivalência, prescrições); – Pedagógicas (situações inseridas no processo de ensino/aprendizagem que possam gerar ruturas graves entre o estudante e docentes, não docentes e/ou outros estudantes); – Sociais (situações relacionadas com bolsas de estudo, cantinas, alojamento).

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• Ajudar a clarificar políticas e procedimentos praticados no IPP, com vista à maximização da qualidade do processo de ensino/aprendizagem e promoção do processo educativo; • Procurar, em colaboração com os órgãos e serviços competentes, as soluções mais adequadas à tutela dos interesses legítimos dos estudantes. O que não pode fazer o Provedor do Estudante? O Provedor do Estudante não tem competências para anular, revogar ou modificar os atos dos órgãos estatutariamente competentes e a sua intervenção não suspende o decurso de quaisquer prazos, designadamente os de recurso hierárquico e contencioso. Quando procurar o Provedor do Estudante? O estudante deve previamente, junto dos recursos disponíveis – docentes, não docentes e/ou órgãos /serviços – da sua unidade orgânica/

Armando Coelho (1967-2011) escola, resolver as situações problemáticas. Nos casos para os quais não foi encontrada solução ou que necessitem de mediação, o estudante deve procurar o Provedor, antes de se atingir a rutura entre os diferentes intervenientes.

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Doutorados do IPP

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Portalegre. O investigador responsável, no IPP, é o Prof. José Manuel Rato Nunes. No passado dia 21 de outubro, na sede da Galp Energia, procedeu-se à assinatura dos contratos que regulam as diversas parcerias, que têm a duração de três anos. A colaboração do Instituto Politécnico de Portalegre com a Galp Energia, na área das culturas oleaginosas para a produção de biocombustíveis, acontece desde 2008. Em julho de 2009, a cooperação foi reforçada, com a cedência especial do Prof. Gonçalo Barradas (docente da Escola Superior Agrária), que atualmente se encontra a desempenhar as funções de diretor agrícola da Galp, em Moçambique. O IPP também conta com o apoio da Galp, como entidade parceira, para o desenvolvimento do projeto do Centro de BioEnergia.

Maria Luísa de Sousa Panaças

Luísa Maria Serrano de Carvalho

Concluiu o Doutoramento em Intervención Psicopedagógica y Educación Especial com a defesa da tese intitulada “Desenvolvimento das Culturas Inclusivas para a Educação em Portugal: um estudo de caso”. A tese apresenta a investigação que teve como objeto de estudo as políticas e práticas das escolas que contribuem para uma inclusão bem-sucedida. Foram utilizados métodos qualitativos e entrevistados professores do ensino regular e de educação especial e diretores de agrupamentos de escolas do distrito de Portalegre. O ato público de defesa da tese ocorreu no passado dia 19 de setembro na Faculdade de Ciências da Educação da Universidad de Extremadura, Espanha. De acordo com as normas regulamentares na Universidad de Extremadura, a tese foi Aprovada com Sobresaliente cum laude. ESE

Concluiu o Doutoramento em Ciências da Educação com a defesa da tese intitulada “A aprendizagem de indivíduos não-alfabetizados pertencentes a comunidades com elevados índices de analfabetismo”. Assumindo como principal objetivo da tese, identificar e caracterizar eventuais estilos de aprendizagem, existentes em comunidades com elevadas taxas de analfabetismo, a investigação centrou-se no estudo dos processos de aprendizagem de indivíduos analfabetos de seis localidades do concelho de Alandroal e compreendeu a realização de um estudo de caso, assente numa metodologia bidimensional. A análise descritiva e inferencial corroborou a hipótese de que foi o facto de os indivíduos se localizarem em comunidades, com determinadas características geográficas, culturais, económicas e sociais, que conduziu ao desenvolvimento de dados saberes/maneiras de fazer, que se traduziram em eventuais estilos locais de aprendizagem. A prova pública de defesa da tese ocorreu no dia 12 de julho na Sala de Atos da Universidade de Évora. Em conformidade com o Regulamento do Ciclo de Estudos conducente ao Grau de Doutor pela Universidade de Évora, a tese foi “Aprovada com Distinção e Louvor” (18 valores). ESE

Armando Miguel da Cunha Dias Salgado Coelho lecionava na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, desde outubro de 2007, no âmbito do curso de Design e

Animação Multimédia. Faleceu inesperada e prematuramente, com 44 anos, em novembro do ano passado. Animador profissional, desde 1990, era licenciado em Design de Comunicação, pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Ao longo da sua carreira, fez trabalhos de animação para filmes infantis, publicitários e institucionais, genéricos, séries, etc. Foi formador em várias escolas. Numa extensa lista de projetos, saltam à vista trabalhos que puderam ser vistos na televisão pública e que fazem parte do imaginário coletivo. Trabalhou no primeiro

Conselho Geral pergunta: “Qual o posicionamento do IPP na Rede do Ensino Superior?”

O Conselho Geral do Instituto Politécnico convidou a comunidade académica a refletir sobre a questão “Qual o posicionamento do IPP na Rede do Ensino Superior?”, em reunião aberta, realizada na manhã de 9 de março, no auditório dos Serviços Centrais. A sessão consistiu na apresentação e discussão das comunicações submetidas por membros da comunidade académica e foi o ponto de partida para o debate dentro do próprio Conselho. Os docentes Anabela Oliveira, Gastão Marques, Paulo Brito, Pedro Lopes e Rui Pulido Valente, da ESTG, apresentaram comunicações, após as quais se seguiu um momento de discussão, aberto a todos os participantes, e a intervenção do presidente do IPP.

filme do “Vitinho”; realizou filmes infantis para as séries televisivas “Rua Sésamo” (1990 a 1994) e “Jardim da Celeste” (1996 a 1998); foi animador na série “Patinhos” e participou, como realizador, no programa “Ilha das Cores”. Quem o conhecia elogia-lhe a sabedoria, simplicidade e humildade. Alunos, colegas e direção da ESTG homenagearam-no no passado dia 7 de março, numa jornada/encontro de amigos, que procuraram honrar a sua memória e partilhar a sua paixão pelo universo do desenho e da animação.


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De porta aberta...

IPP e CGD renovam protocolo de cooperação a atenção e que serviram como fator de diferenciação perante outros (outras Escolas do nosso país) e foi sobretudo um DNA muito virado para a ação social (que me diz muitíssimo a mim, pela maneira como estou na vida), com um cariz de desenvolvimento regional fortíssimo, numa zona do país que de certa maneira está desertificada”, constatou. “Queremos fazer com que, a partir de aqui, a parceria seja ainda mais forte com o IPP”, concluiu o Dr. Nuno Fernandes Thomaz, manifestando disponibilidade para a atribuição de novos apoios, particularmente na área do empreendedorismo, “se tivermos iniciativas com valor”, acrescentou. Na cerimónia realizada na sala de atos do IPP também estiveram presentes o diretor central da CGD (Dr. Manuel Martins); a diretora coordenadora da CGD (Dra. Cristina

Ações de Formação de Curta Duração do IPP

O Gabinete de Relações Públicas e Cooperação, em conjunto com os Serviços da Presidência, desenvolve, desde o ano lectivo 2000/2001, ciclos de acções de formação de curta duração. O plano formativo é definido depois de efectuado um levantamento de necessidades de formação e depois de avaliada a eficácia das ações realizadas, através de questionários. Relativamente à avaliação da eficácia, os resultados são sempre bastante positivos, principalmente quanto à avaliação das condições proporcionadas e à utilidade para o desenvolvimento da atividade profissional. Proporcionar formação aos funcionários não docentes do Instituto é o principal objectivo destes ciclos. No entanto, é sempre dada a possibilidade a outros públicos de os frequentar e a maioria dos participantes provém, precisamente, de várias instituições e empresas do distrito de Portalegre, são alunos do IPP ou sócios da AAAIPP. Desde 2000, é apresentada, em média, uma oferta de 10 cursos por ano lectivo, nos quais participam, anualmente, cerca de 230 formandos. As ações que têm maior procura são “Socorrismo” e “Iniciação e Sensibilização à Língua Gestual Portuguesa”.

Fontes); o diretor comercial da região de Portalegre da CGD (Dr. Francisco Costa) e o gerente da agência de Portalegre da CGD (Dr. Jorge Chambel), bem como dirigentes do IPP e das Escolas. Após a assinatura do protocolo realizou-se uma visita à ESTG.

Por via do protocolo estabelecido, a CGD proporciona ao IPP e à sua população escolar (alunos, docentes e pessoal não docente) produtos e serviços financeiros, com condições preferenciais. No acordo agora renovado está prevista a concessão, por parte da Caixa, de: estágios curriculares e profissionalizantes destinados a alunos do IPP; patrocínio para atividades académicas; prémios/bolsas a conceder aos melhores alunos; apoio a publicações e eventos ligados às atividades de formação e de investigação, entre outros benefícios. Até ao momento tem sido a Caixa Geral de Depósitos a responsável pela emissão dos cartões de identificação dos alunos do IPP; tal realidade vai manter-se e passa a ser extensível a toda a população escolar do Instituto Politécnico de Portalegre.

ESAE beneficia de protocolo com Exército Português

450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

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Contactos: Instituto Politécnico de Portalegre Gabinete de Relações Públicas e Cooperação Praça do Município - Apartado 84 7301 – 901 Portalegre Telefone – 245 301 500 / 245 301 545 Fax – 245 330 353 E-mail – formacao@ipportalegre.pt Mais informações e Inscrições online em: www.ipportalegre.pt/accoes

Secretário-geral do PS visita IPP D.R.

A 9 de fevereiro foi celebrado um protocolo de colaboração entre o Instituto Politécnico de Portalegre e o Exército Português, no Comando da Instrução e Doutrina (CID) em Évora. Com a assinatura deste protocolo pretende-se o intercâmbio para a realização de estágios, ações de formação, seminários, workshops e assessoria técnica no âmbito da equitação, da enfermagem veterinária, da gestão agroflorestal e do estudo da biodiversidade. A assinatura deste protocolo é por isso enriquecedora para o IPP, dado que vem permitir uma estreita colaboração e consequente aplicação prática e direta em algumas das suas licenciaturas, nomeadamente na licenciatura em Equinicultura − única no Ensino Superior Público Português −, uma vez que o Centro Militar de Educação Física e Desportos (CMEFD) é uma escola de formação de formadores de equitação de excelência, sendo o centro de formação de equitação com a maior classificação da Rede de Centros do país (o único classificado com cinco estrelas). Reveste-se igualmente de grande valor para outras licenciaturas como a de Agronomia e Espaços Verdes, na medida em que o CMEFD compreende uma Tapada Militar com 365 hectares com uma imensa diversidade de espécies vegetais e animais, cuja reflorestação está em curso de acordo com um Plano de Gestão Florestal, ferramenta essencial para o ordenamento e gestão florestal da tapada. O Hospital de Equinos, unidade hospitalar integrada no CMEFD é um órgão de cuidados de saúde de referência em Portugal, que tem a seu cargo a responsabilidade sanitária sobre um elevado número de

N.º de formandos

20 00 /2 00 1 20 01 /2 00 2 20 02 /2 00 3 20 04 /2 00 5 20 05 /2 00 6 20 06 /2 00 7 20 07 /2 00 8 20 08 /2 00 9 20 09 /2 01 0 20 10 /2 01 1

O Instituto Politécnico de Portalegre e a Caixa Geral de Depósitos renovaram o acordo que estabelece os princípios de cooperação entre as duas entidades. O protocolo financeiro e de cooperação foi assinado pelo presidente do IPP, Prof. Joaquim Mourato, e pelo administrador da CGD, Dr. Nuno Fernandes Thomaz, no passado dia 12 de março. “Este protocolo é um renovar de uma colaboração que vem de há muitos anos entre o IPP e a CGD. Desta vez procurámos fazer uma negociação diferente: aprofundar essa ligação e dar-lhe um foco claro e o foco foi exatamente no estudante”, explicou o presidente do Instituto Politécnico. “Vinha com muita curiosidade sobre o IPP”, declarou na cerimónia o administrador da Caixa Geral de Depósitos. “Houve algumas coisas que, de certa maneira, me chamaram

equinos do Exército, o que se traduz numa constante e elevada taxa de ações médico-veterinárias, das quais poderão os alunos da licenciatura em Enfermagem Veterinária vir a beneficiar muito. Este protocolo vem alargar uma colaboração que já vinha a ser materializada entre estas duas entidades e que se traduzia na cativação de vagas do curso de Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária de Elvas para candidatos do Exército. O ato contou com a presença do Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Doutor Joaquim Mourato, da Direção da ESAE, do Comandante da Instrução e Doutrina, Tenente General Francisco António Correia, do Chefe de Estado-Maior do CID, Coronel de Artilharia Alpedrinha Pires, do Chefe de Gabinete do CID, Coronel de Infantaria Vargas Firmino, do Comandante do Centro Militar de Educação Física e Desportos (CMEFD), Coronel de Cavalaria Simões de Melo, dos Representantes da Direção de Formação e do Gabinete de Justiça. ESAE

A iniciativa do Partido Socialista “Em defesa do interior” motivou a visita do Dr. António José Seguro ao Instituto Politécnico de Portalegre, no dia 29 de fevereiro. Após ter almoçado na Cantina Central, onde teve oportunidade de conversar com alunos, o secretário-geral do PS reuniu com o presidente do Instituto Politécnico, em sessão pública realizada na sala de atos. Na ocasião, o Prof. Joaquim Mourato chamou a atenção do responsável partidário para a importância das instituições de ensino superior localizadas no interior do país, onde a ação das mesmas vai além do que lhes é naturalmente exigido. O presidente do IPP salientou a discrepância entre o peso da oferta formativa disponível no litoral (90%) e no interior (10%) e defendeu que, para garantir a sustentabilidade das instituições, deve existir um equilíbrio entre o número de candidatos e de vagas. “O IPP é um marco incontornável da nossa visita ao interior”, afirmou o secretário-geral do PS. O Dr. António José Seguro assumiu ter ficado “impressionado” com a responsabilidade social do Politécnico de Portalegre. Aludindo à “tentação cultural centralista” de cortar onde há menos, o secretário-geral do PS reconheceu que não deve ser esse o critério para eventuais cortes, quaisquer que sejam as áreas (saúde, justiça, educação, etc.).


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Objetivos da Politécnica A Politécnica tem por fim constituir e apoiar a prossecução dos objetivos globais do Ensino Superior Politécnico, competindo-lhe designada e essencialmente: a) Promover a articulação de ciclos de estudos conferentes de grau, bem como outros cursos de formação; b) Fomentar, apoiar e realizar projetos conjuntos de investigação, desenvolvimento e inovação (I&D+I), transversais aos seus associados; c) Promover a articulação e ou criação de unidades e investigação científica e desenvolvimento, comuns; d) Impulsionar ativamente a promoção internacional conjunta e respetivos projetos; e) Realizar ações de divulgação conjuntas, visando a captação de estudantes estrangeiros; f) Constituir uma estrutura de defesa e afirmação do ensino superior politécnico, numa perspetiva de atuação nacional e internacional. (…)

IPP integra Consórcio Erasmus Na sequência de contactos e negociações no seio da Politécnica, a associação dos politécnicos do centro (Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Tomar, Coimbra e Leiria), o IPP (juntamente com Santarém) passou a integrar o ERASMUSCENTRO, um Consórcio Erasmus coordenado pela Politécnica. Essa integração ocorreu, formalmente, com a assinatura da adesão do IPP no passado dia 31 de janeiro, durante a apresentação pública do Consórcio, realizada em Coimbra. Após a aprovação da candidatura a Consórcios para 2012/13, o IPP passará, assim, a poder disponibilizar um número de vagas para

estágios curriculares aos seus estudantes em número bastante superior ao habitual. Em traços gerais, um Consórcio Erasmus é uma associação entre instituições de ensino superior e empresas nacionais destinada à organização de estágios incoming (para as empresas que constituem o consórcio) e outgoing (para empresas e instituições estrangeiras, associadas ou não das empresas nacionais membros do consórcio). Este será um salto qualitativo e quantitativo na mobilidade no seio do IPP, sobretudo no que diz respeito aos estágios curriculares Erasmus.

Prémio

Projeto

2000€

geoTouristic – Plataforma de Rotas Georreferenciadas

1500€

Cardiobiware

1000€

Um Tablet para a Saúde

Promotores Pedro Ranheta Célia Correia Maria Estevinha Hélder Grincho Cidália Ramalho Telmo Galveia Pedro Rodrigues André Velez

IPP é parceiro no projeto “Hidranatura”

Mais informações sobre o Consórcio ERASMUSCENTRO, aqui: http://www.erasmuscentro.org/

O anúncio público dos vencedores dos prémios regionais do 8º Concurso Poliempreende teve lugar na tarde de 25 de julho, na sala de atos dos Serviços Centrais do IPP. Estimular o espírito empreendedor na comunidade académica é o objetivo principal da iniciativa, que abrange todas as instituições nacionais de ensino superior politécnico. Nesta edição, o Instituto Politécnico de Portalegre recebeu a candidatura de cinco projetos e voltou a contar com o apoio da Caixa Geral de Depósitos para a atribuição dos prémios monetários. Dado que os prémios foram constituídos com o objetivo de apoiar a criação real da empresa, está regulamentado que metade do seu valor é entregue após o início de atividade das futuras empresas. O projeto classificado em primeiro lugar representou o IPP, a nível nacional. Na sessão de entrega dos prémios, o presidente do IPP salientou a importância do Poliempreende: “projeto que engloba todos os IP portugueses; um concurso onde estão grandes empresas a patrocinar; temos um patrono do nosso distrito, o nosso amigo comendador Rui Nabeiro; um projeto com muita visibilidade, com bons resultados, com muitas empresas criadas, com muitos postos de trabalho gerados. Tem todos os ingredientes para ser um projeto claramente diferenciador do espírito universitário e muito dentro da matriz politécnica. Por todas estas razões queremos estar todos os anos dentro deste projeto Poliempreende”, afirmou. O dirigente anunciou que para o ano letivo de 2011/2012 está previsto colmatar uma lacuna que o concurso evidenciou: a criação de uma fab lab, oficina de apoio, para acompanhar as ideias e ajudar a transformá-las em projetos. Destinar-se-á não apenas para quem pretenda concorrer ao Poliempreende, mas a qualquer interessado.

+ Protocolos Com instituições de ensino superior

A Universidad de Extremadura estabeleceu com o Instituto Politécnico de Portalegre um convénio de participação e colaboração, para o desenvolvimento do projeto do Campus de Excelência Internacional na Gestão Eficiente dos Recursos Hidronaturais, Hidranatura. O acordo foi assinado em Cáceres, a 28 de julho, pelo reitor da UEx, D. Segundo Píriz Durán, e pelo presidente do IPP, Prof. Joaquim Mourato. O “Hidranatura”, liderado e coordenado pela Universidad de Extremadura, em associação com a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Leiria, junta diversos parceiros (empresas, instituições e centros tecnológicos e de investigação). O

Convénio com a Universidad de Extremadura

projeto tem como objetivo central: “tornar-se numa referência de excelência internacional no âmbito da investigação e desenvolvimento, gestão e exploração dos recursos hidronaturais”. Prevê-se neste protocolo que a colaboração entre o IPP e a UEx se concretize através do intercâmbio de recursos humanos; da preparação e desenvolvimento de projetos de investigação conjuntos; da docência e formação especializada em Gestão Eficiente de Recursos Hidronaturais, entre outros aspetos.

Acordo formaliza colaboração com Selenis

IPPortalegre participa no 8º Concurso Poliempreende

Classificação

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O Instituto Politécnico de Portalegre e as empresas Selenis Portugal – Indústria de Polímeros, Evertis Ibérica e Evertis Energia assinaram um protocolo de cooperação, no dia 29 de fevereiro. Um conjunto de atividades de caráter pedagógico, técnico-científico e de investigação, em domínios de interesse mútuo, operacionalizam este protocolo, que surge para formalizar e ampliar a colaboração que o IPP, em particular a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, vem mantendo com a Selenis – Indústria de Polímeros. Através das suas Escolas Superiores o Instituto Politécnico compromete-se a: estabelecer condições preferenciais de acesso à frequência de formação pós graduada não conferente de grau para os colaboradores da Selenis e da Evertis; facultar formação de curta duração, em diversas áreas, de acordo com necessidades formativas que sejam detetadas por parte das referidas empresas; disponibilizar os laboratórios e respetivos equipamentos da ESTG para realização de ensaios laboratoriais; realizar campanhas de sensibilização sobre diversos problemas de saúde junto dos colaboradores da Selenis e da Evertis; promover a separação/recolha de embalagens de PET no Instituto Politécnico e colaborar em projetos de promoção da reciclagem destas embalagens em escolas de 1º ciclo. Entre outras ações, as empresas signatárias comprometem-se a: facultar um programa sucessivo de estágio aos alunos que obtenham as melhores classificações no 1º semestre dos cursos, a decorrer em julho e setembro; promover estágios profissionais para os melhores diplomados; criar o “Prémio Selenis” a atribuir a diplomados dos cursos de Engenharia; participar em Projetos de Investigação/Inovação, nomeadamente no âmbito da atividade do C3i; dar a conhecer as suas atividades aos alunos do IPP, através do projeto “1 dia na empresa”.

A Universidad de Extremadura e o Instituto Politécnico de Portalegre renovaram o protocolo geral de colaboração que une as duas instituições, nos campos da docência, da investigação e da difusão de cultura. Como adenda ao referido protocolo, assinado em agosto de 2011, subscreveram-se as cláusulas para colaboração na área dos materiais, no âmbito do projeto “Recubrimiento de sustratos metálicos com óxidos metálicos y materiales cerâmicos para produccion de electrodos com vista a la eliminación de contaminantes ambientales en agua, la puesta a punto de sistemas de protección contra la corrosión y de sistemas eletroquímicos de producción de energia”, no qual participam docentes da ESTG. Convénio de cooperação científica com o Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora (Brasil)

Objetivo: formalizar a cooperação científica e proporcionar intercâmbios entre os parceiros (Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, da Universidade Federal de Juiz de Fora e Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre, particularmente por parte desta, no domínio das Ciências Sociais e Humanas, Literatura e Cultura). Acordo de cooperação com a Universidade Estadual de Campinas (Brasil)

Objetivos: estabelecer e consolidar relações institucionais, sobretudo no domínio da mobilidade de estudantes, docentes e pessoal técnico e no domínio da investigação, desenvolvimento e cooperação científica. Protocolo de cooperação entre o Instituto Politécnico de Tomar e o Instituto Politécnico de Portalegre

Objetivo: concretizar os termos em que se realiza a colaboração no âmbito do ciclo de estudos conferente de grau de mestre em Reabilitação Urbana, 1ª edição – 2011/2013, a ter lugar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPP.

CCISP reúne no IPP e assina acordo com associação homóloga brasileira O Instituto Politécnico de Portalegre acolheu uma reunião do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), no dia 24 de novembro, na ESTG. A reflexão sobre a atual rede de Ensino Superior e do Politécnico, em particular, foi um dos pontos da ordem de trabalhos. A reunião contou com a presença do Reitor do Instituto Federal do Espírito Santo e da Reitora do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, dirigentes da associação homóloga brasileira: CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), com a qual o CCISP assinou um acordo de cooperação. O referido protocolo materializa o “esforço conjunto de aprofundar as relações académicas” entre as instituições que integram os respetivos Conselhos. A cooperação abrange iniciativas como: intercâmbio e admissão de estudantes em todas as modalidades oferecidas pelas instituições; projetos conjuntos de pesquisa; parcerias institucionais; seminários e workshops conjuntos.

Protocolo com a Università degli Studi della Basilicata (Itália)

Objetivo: a cooperação no âmbito do curso de doutoramento em “BioEcoSystems and BioTechnology”, da Internacional Doctoral School. Protocolo de cooperação científica com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Objetivo: desenvolver e alargar a cooperação científica, a investigação e a formação académica através dos centros de investigação e departamentos integrados em ambas as instituições.


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Politécnica reúne em Portalegre

Quais são as expectativas do seu Instituto Politécnico em relação ao trabalho da POLITÉCNICA?

une a todos numa direção – fins comuns – que é a internacionalização dos nossos jovens, dos nossos cursos, das nossas regiões e das nossas instituições e é uma parceria entre as instituições de ensino superior e as empresas. Neste momento temos 230 fluxos, já em curso, ou seja, temos jovens dos nossos Institutos que vão para empresas na Europa, temos também jovens de instituições de ensino superior da Europa que vêm para empresas das nossas regiões. É um bom exemplo, outros programas irão com certeza ter sucesso, mas é também uma forma de dizermos que sem esta união, sem a Politécnica, sem esta união de vontades era impossível encontrar estes resultados. Cada vez mais todos estes programas, quer de oferta formativa, quer de investigação, quer de internacionalização, só poderão ser concretizados se juntarmos esforços e é isso exatamente que eu espero da Politécnica: a Politécnica consiga encontrar respostas a estas diferentes valências.

Instituto Politécnico de Castelo Branco Prof. Carlos Maia (presidente)

As expectativas são participar ativamente na concertação e na reorganização da rede de ensino superior e portanto esse é um dos principais objetivos da Politécnica. Portanto estamos todos muito interessados, numa altura em que se fala em reorganização da rede de ensino superior, este é um sinal extraordinariamente positivo para a sociedade de que de facto as instituições têm por sua própria iniciativa a vontade de elas próprias reorganizarem a rede, tanto em termos de cursos, como em termos de número de vagas e esse parece-me que será o grande objetivo da Politécnica, neste momento.

Instituto Politécnico de Coimbra Prof. Rui Antunes (presidente)

As expectativas é que se consigam encontrar entre os oito politécnicos algumas áreas em comum e que haja uma análise de que nós podemos trabalhar melhor e oferecer melhores serviços se trabalharmos em comum. Não tem que ser obrigatoriamente os oito politécnicos; podem ser alguns, mas no fundo a associação cria um espaço de diálogo, um espaço de encontro, um espaço onde se podem pensar algumas atividades. Aliás já o estamos a fazer no ERASMUSCENTRO, na parte das relações internacionais, já se fez e há perspetivas de fazer mais. Hoje tentaríamos arrancar aqui com a parte de investigação (também me parece que é uma área onde se podem encontrar sinergias entre os politécnicos); a parte do ensino à distância; se calhar é mais fácil começar por estas áreas onde temos menos desenvolvimento, onde ainda há menos implantação destas áreas dentro dos Politécnicos. Será mais difícil na parte da formação do 1º ciclo, uma vez que temos cursos comuns. Não será muito fácil encontrar aqui sinergias, estar a deslocar alunos e professores não é fácil, mas nas outras áreas, acho que temos alguma coisa a ganhar, em fazermos esta associação.

Instituto Politécnico de Santarém Prof. Jorge Justino (presidente)

O Instituto Politécnico de Portalegre foi anfitrião da Politécnica – Associação dos Institutos Politécnicos do Centro, que aqui realizou uma reunião, na tarde de 17 de fevereiro, nos Serviços Centrais. Após um período de interregno, a Associação criada no ano de 2000 foi recentemente reativada pelos Institutos Politécnicos fundadores, de Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Portalegre, Tomar e Viseu, aos quais se juntou o de Santarém. Na reunião que teve lugar em Portalegre reuniram os grupos de trabalho, que integram um elemento de cada Instituto Politécnico, para as áreas da internacionalização, do ensino à distância, da investigação e desenvolvimento, bem como os grupos de trabalhos dos administradores e dos presidentes. No encerramento da jornada, cada grupo apresentou as conclusões da respetiva reunião. No que respeita ao encontro dos presidentes, divulgou-se o trabalho iniciado ao nível da oferta formativa. “Assumimos já o propósito de concertarmos previamente (conhecermos entre os oito) as propostas de novos cursos; que nenhuma das instituições avance para apresentação de propostas para a A3ES, sem os oito conversarmos sobre isto e ver onde podemos potenciar; ajudar essas propostas de novos cursos”, anunciou o presidente do IPP. Das conclusões apresentadas pelos grupos, destaca-se a intenção do grupo de I&D de realizar um evento, este ano, que junte os investigadores dos Institutos Politécnicos do centro e fomente o trabalho em rede. Relativamente à internacionalização, foi feito o ponto da situação do consórcio ERASMUSCENTRO; primeira ação conjunta integrada na nova fase da Politécnica.

São elevadas, até porque a Politécnica representa mais de 50% dos Politécnicos. São Politécnicos já com qualidade reconhecida e, de facto, estamos já com o início de uma grande atividade em termos de desenvolvimento nos vários campos, como se pode constatar nesta reunião, não só a nível da investigação, do e-lerning, da internacionalização, em termos também de ensino, de formação, não só na qualidade, mas no controle, eventualmente, de alguns cursos que podem não fazer sentido, serem em áreas afins, em escolas muito próximas; temos de fazer algum controle nesse domínio e temos a certeza de que nos vamos afirmar a nível nacional como um grande grupo de politécnicos e nós precisamos de marcar presença, neste momento em que há uma grande reestruturação do ensino superior e só quem tem qualidade é que pode vingar.

Instituto Politécnico de Tomar Prof. Miguel Pinto dos Santos (vice-presidente)

Eu espero que a Politécnica sirva para fazer uma coisa que nós em Portugal não somos muito bons: que é trabalhar em conjunto, reunindo as energias, as capacidades e os recursos e é basicamente essa a expectativa que nós temos. Fala-se muito em reorganização de ensino superior e os sinais que nós temos atualmente são os de que essa reorganização se pode fazer sobretudo ao nível da partilha de recursos. Ao nível da partilha de meios de investigação, que para nós deve ser uma investigação aplicada, ao nível do ensino à distância, ao nível da internacionalização e ao nível da utilização dos recursos humanos comuns: é muito importante, por exemplo, definir formas de os melhores especialistas que existem dentro do Politécnico possam circular entre as instituições, à medida que cada um tem projetos que podem aproveitar, especialmente a determinadas capacidades e a determinados talentos.

Instituto Politécnico de Leiria Instituto Politécnico da Guarda Prof. Constantino Rei (presidente)

Acima de tudo, num período de dificuldades, a ideia fundamental é juntarmos esforços, cooperar para produzirmos mais, melhor, com mais qualidade e com menos recursos. Acho que se conseguirmos este objetivo (produzirmos mais, melhor e com menos recursos), os objetivos estão alcançados. Onde nós podemos, eventualmente, produzir e obter mais resultados provavelmente seja nas áreas da investigação (penso que é uma área em que todos nós temos algumas fragilidades; algumas resistências e onde poderemos conseguir mais). No entanto do ponto de vista político, a área mais complicada, mas aquela onde seria mais importante trabalharmos, seria na coordenação da oferta formativa. É um desafio muito grande, mas é uma esperança que temos, que consigamos, não no imediato, mas se calhar a médio prazo, conseguir frutos nesta área.

Prof. Nuno Mangas (presidente do IPL e da direção da Politécnica)

As expectativas são no sentido de criarmos uma rede de pessoas, uma rede de competências que permitam potenciar o que fazemos individualmente hoje, em cada uma das nossas instituições. Há um conjunto de projetos, um conjunto de atividades, em que há sinergias e mais-valias que se conseguem por trabalharmos em conjunto; trabalharmos em rede; trabalharmos de uma forma mais global. A minha expectativa é que o Instituto Politécnico de Leiria consiga potenciar a sua atividade, juntando-se e agregando competências de mais sete outros Institutos Politécnicos que existem na região centro.

Instituto Politécnico de Portalegre Prof. Joaquim Mourato (presidente)

A expectativa é a maior, como é evidente, no sentido de que se espera que em rede se consiga encontrar respostas que individualmente é totalmente impossível. Designadamente ao nível da oferta formativa: o primeiro eixo fundamental. Não temos todos capacidade de continuar a oferecer o mesmo, em todos os Politécnicos, e por isso há que encontrar aqui sinergias; competências comuns, áreas comuns; que possamos fazer aquilo que fazemos hoje, melhor e mais barato. Por outro lado, ao nível da investigação, todos sabemos que cada instituição per si não tem dimensão, não tem massa crítica suficiente para ter centros de referência acreditados pela FCT, reconhecidos internacionalmente. Portanto, é inevitável também aqui as sinergias, podendo articular as competências residentes em cada instituição e, de facto, criarem-se centros de investigação muito interessantes. Ao nível da internacionalização, é outra área. O próprio ERASMUSCENTRO, primeiro consórcio em Portugal deste tipo, dá já boa conta disso. É um projeto que nos

Instituto Politécnico de Viseu Prof. Fernando Sebastião (presidente)

Eu acho que é interessante, porque nós podemos aproveitar sinergias em vários domínios, aliás a reunião de hoje é uma prova disso; temos aqui pessoas da área das relações internacionais, da parte da investigação, da parte do ensino à distância, mesmo ao nível da organização de procedimentos, em termos administrativos também e, portanto, há um conjunto de atividades várias que podemos desenvolver em conjunto e dá uma força maior ao subsistema politécnico. [Destaco] a rentabilização de recursos humanos, a partilha do corpo docente, a possibilidade de fazermos graus conjuntos. Tivemos esta primeira experiência muito interessante, do meu ponto de vista, muito mediática também, que foi a maior candidatura nacional, o caso do ERASMUSCENTRO, é um bom princípio. E vamos ver a evolução e acho que há vontade de todos os parceiros, no sentido de que todas as coisas corram bem.


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Objetivos da Politécnica A Politécnica tem por fim constituir e apoiar a prossecução dos objetivos globais do Ensino Superior Politécnico, competindo-lhe designada e essencialmente: a) Promover a articulação de ciclos de estudos conferentes de grau, bem como outros cursos de formação; b) Fomentar, apoiar e realizar projetos conjuntos de investigação, desenvolvimento e inovação (I&D+I), transversais aos seus associados; c) Promover a articulação e ou criação de unidades e investigação científica e desenvolvimento, comuns; d) Impulsionar ativamente a promoção internacional conjunta e respetivos projetos; e) Realizar ações de divulgação conjuntas, visando a captação de estudantes estrangeiros; f) Constituir uma estrutura de defesa e afirmação do ensino superior politécnico, numa perspetiva de atuação nacional e internacional. (…)

IPP integra Consórcio Erasmus Na sequência de contactos e negociações no seio da Politécnica, a associação dos politécnicos do centro (Viseu, Guarda, Castelo Branco, Portalegre, Tomar, Coimbra e Leiria), o IPP (juntamente com Santarém) passou a integrar o ERASMUSCENTRO, um Consórcio Erasmus coordenado pela Politécnica. Essa integração ocorreu, formalmente, com a assinatura da adesão do IPP no passado dia 31 de janeiro, durante a apresentação pública do Consórcio, realizada em Coimbra. Após a aprovação da candidatura a Consórcios para 2012/13, o IPP passará, assim, a poder disponibilizar um número de vagas para

estágios curriculares aos seus estudantes em número bastante superior ao habitual. Em traços gerais, um Consórcio Erasmus é uma associação entre instituições de ensino superior e empresas nacionais destinada à organização de estágios incoming (para as empresas que constituem o consórcio) e outgoing (para empresas e instituições estrangeiras, associadas ou não das empresas nacionais membros do consórcio). Este será um salto qualitativo e quantitativo na mobilidade no seio do IPP, sobretudo no que diz respeito aos estágios curriculares Erasmus.

Prémio

Projeto

2000€

geoTouristic – Plataforma de Rotas Georreferenciadas

1500€

Cardiobiware

1000€

Um Tablet para a Saúde

Promotores Pedro Ranheta Célia Correia Maria Estevinha Hélder Grincho Cidália Ramalho Telmo Galveia Pedro Rodrigues André Velez

IPP é parceiro no projeto “Hidranatura”

Mais informações sobre o Consórcio ERASMUSCENTRO, aqui: http://www.erasmuscentro.org/

O anúncio público dos vencedores dos prémios regionais do 8º Concurso Poliempreende teve lugar na tarde de 25 de julho, na sala de atos dos Serviços Centrais do IPP. Estimular o espírito empreendedor na comunidade académica é o objetivo principal da iniciativa, que abrange todas as instituições nacionais de ensino superior politécnico. Nesta edição, o Instituto Politécnico de Portalegre recebeu a candidatura de cinco projetos e voltou a contar com o apoio da Caixa Geral de Depósitos para a atribuição dos prémios monetários. Dado que os prémios foram constituídos com o objetivo de apoiar a criação real da empresa, está regulamentado que metade do seu valor é entregue após o início de atividade das futuras empresas. O projeto classificado em primeiro lugar representou o IPP, a nível nacional. Na sessão de entrega dos prémios, o presidente do IPP salientou a importância do Poliempreende: “projeto que engloba todos os IP portugueses; um concurso onde estão grandes empresas a patrocinar; temos um patrono do nosso distrito, o nosso amigo comendador Rui Nabeiro; um projeto com muita visibilidade, com bons resultados, com muitas empresas criadas, com muitos postos de trabalho gerados. Tem todos os ingredientes para ser um projeto claramente diferenciador do espírito universitário e muito dentro da matriz politécnica. Por todas estas razões queremos estar todos os anos dentro deste projeto Poliempreende”, afirmou. O dirigente anunciou que para o ano letivo de 2011/2012 está previsto colmatar uma lacuna que o concurso evidenciou: a criação de uma fab lab, oficina de apoio, para acompanhar as ideias e ajudar a transformá-las em projetos. Destinar-se-á não apenas para quem pretenda concorrer ao Poliempreende, mas a qualquer interessado.

+ Protocolos Com instituições de ensino superior

A Universidad de Extremadura estabeleceu com o Instituto Politécnico de Portalegre um convénio de participação e colaboração, para o desenvolvimento do projeto do Campus de Excelência Internacional na Gestão Eficiente dos Recursos Hidronaturais, Hidranatura. O acordo foi assinado em Cáceres, a 28 de julho, pelo reitor da UEx, D. Segundo Píriz Durán, e pelo presidente do IPP, Prof. Joaquim Mourato. O “Hidranatura”, liderado e coordenado pela Universidad de Extremadura, em associação com a Universidade de Évora e o Instituto Politécnico de Leiria, junta diversos parceiros (empresas, instituições e centros tecnológicos e de investigação). O

Convénio com a Universidad de Extremadura

projeto tem como objetivo central: “tornar-se numa referência de excelência internacional no âmbito da investigação e desenvolvimento, gestão e exploração dos recursos hidronaturais”. Prevê-se neste protocolo que a colaboração entre o IPP e a UEx se concretize através do intercâmbio de recursos humanos; da preparação e desenvolvimento de projetos de investigação conjuntos; da docência e formação especializada em Gestão Eficiente de Recursos Hidronaturais, entre outros aspetos.

Acordo formaliza colaboração com Selenis

IPPortalegre participa no 8º Concurso Poliempreende

Classificação

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O Instituto Politécnico de Portalegre e as empresas Selenis Portugal – Indústria de Polímeros, Evertis Ibérica e Evertis Energia assinaram um protocolo de cooperação, no dia 29 de fevereiro. Um conjunto de atividades de caráter pedagógico, técnico-científico e de investigação, em domínios de interesse mútuo, operacionalizam este protocolo, que surge para formalizar e ampliar a colaboração que o IPP, em particular a Escola Superior de Tecnologia e Gestão, vem mantendo com a Selenis – Indústria de Polímeros. Através das suas Escolas Superiores o Instituto Politécnico compromete-se a: estabelecer condições preferenciais de acesso à frequência de formação pós graduada não conferente de grau para os colaboradores da Selenis e da Evertis; facultar formação de curta duração, em diversas áreas, de acordo com necessidades formativas que sejam detetadas por parte das referidas empresas; disponibilizar os laboratórios e respetivos equipamentos da ESTG para realização de ensaios laboratoriais; realizar campanhas de sensibilização sobre diversos problemas de saúde junto dos colaboradores da Selenis e da Evertis; promover a separação/recolha de embalagens de PET no Instituto Politécnico e colaborar em projetos de promoção da reciclagem destas embalagens em escolas de 1º ciclo. Entre outras ações, as empresas signatárias comprometem-se a: facultar um programa sucessivo de estágio aos alunos que obtenham as melhores classificações no 1º semestre dos cursos, a decorrer em julho e setembro; promover estágios profissionais para os melhores diplomados; criar o “Prémio Selenis” a atribuir a diplomados dos cursos de Engenharia; participar em Projetos de Investigação/Inovação, nomeadamente no âmbito da atividade do C3i; dar a conhecer as suas atividades aos alunos do IPP, através do projeto “1 dia na empresa”.

A Universidad de Extremadura e o Instituto Politécnico de Portalegre renovaram o protocolo geral de colaboração que une as duas instituições, nos campos da docência, da investigação e da difusão de cultura. Como adenda ao referido protocolo, assinado em agosto de 2011, subscreveram-se as cláusulas para colaboração na área dos materiais, no âmbito do projeto “Recubrimiento de sustratos metálicos com óxidos metálicos y materiales cerâmicos para produccion de electrodos com vista a la eliminación de contaminantes ambientales en agua, la puesta a punto de sistemas de protección contra la corrosión y de sistemas eletroquímicos de producción de energia”, no qual participam docentes da ESTG. Convénio de cooperação científica com o Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários da Universidade Federal de Juiz de Fora (Brasil)

Objetivo: formalizar a cooperação científica e proporcionar intercâmbios entre os parceiros (Programa de Pós-Graduação em Letras: Estudos Literários, da Universidade Federal de Juiz de Fora e Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Portalegre, particularmente por parte desta, no domínio das Ciências Sociais e Humanas, Literatura e Cultura). Acordo de cooperação com a Universidade Estadual de Campinas (Brasil)

Objetivos: estabelecer e consolidar relações institucionais, sobretudo no domínio da mobilidade de estudantes, docentes e pessoal técnico e no domínio da investigação, desenvolvimento e cooperação científica. Protocolo de cooperação entre o Instituto Politécnico de Tomar e o Instituto Politécnico de Portalegre

Objetivo: concretizar os termos em que se realiza a colaboração no âmbito do ciclo de estudos conferente de grau de mestre em Reabilitação Urbana, 1ª edição – 2011/2013, a ter lugar na Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPP.

CCISP reúne no IPP e assina acordo com associação homóloga brasileira O Instituto Politécnico de Portalegre acolheu uma reunião do Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos (CCISP), no dia 24 de novembro, na ESTG. A reflexão sobre a atual rede de Ensino Superior e do Politécnico, em particular, foi um dos pontos da ordem de trabalhos. A reunião contou com a presença do Reitor do Instituto Federal do Espírito Santo e da Reitora do Instituto Federal do Rio Grande do Sul, dirigentes da associação homóloga brasileira: CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica), com a qual o CCISP assinou um acordo de cooperação. O referido protocolo materializa o “esforço conjunto de aprofundar as relações académicas” entre as instituições que integram os respetivos Conselhos. A cooperação abrange iniciativas como: intercâmbio e admissão de estudantes em todas as modalidades oferecidas pelas instituições; projetos conjuntos de pesquisa; parcerias institucionais; seminários e workshops conjuntos.

Protocolo com a Università degli Studi della Basilicata (Itália)

Objetivo: a cooperação no âmbito do curso de doutoramento em “BioEcoSystems and BioTechnology”, da Internacional Doctoral School. Protocolo de cooperação científica com a Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

Objetivo: desenvolver e alargar a cooperação científica, a investigação e a formação académica através dos centros de investigação e departamentos integrados em ambas as instituições.


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De porta aberta...

IPP e CGD renovam protocolo de cooperação a atenção e que serviram como fator de diferenciação perante outros (outras Escolas do nosso país) e foi sobretudo um DNA muito virado para a ação social (que me diz muitíssimo a mim, pela maneira como estou na vida), com um cariz de desenvolvimento regional fortíssimo, numa zona do país que de certa maneira está desertificada”, constatou. “Queremos fazer com que, a partir de aqui, a parceria seja ainda mais forte com o IPP”, concluiu o Dr. Nuno Fernandes Thomaz, manifestando disponibilidade para a atribuição de novos apoios, particularmente na área do empreendedorismo, “se tivermos iniciativas com valor”, acrescentou. Na cerimónia realizada na sala de atos do IPP também estiveram presentes o diretor central da CGD (Dr. Manuel Martins); a diretora coordenadora da CGD (Dra. Cristina

Ações de Formação de Curta Duração do IPP

O Gabinete de Relações Públicas e Cooperação, em conjunto com os Serviços da Presidência, desenvolve, desde o ano lectivo 2000/2001, ciclos de acções de formação de curta duração. O plano formativo é definido depois de efectuado um levantamento de necessidades de formação e depois de avaliada a eficácia das ações realizadas, através de questionários. Relativamente à avaliação da eficácia, os resultados são sempre bastante positivos, principalmente quanto à avaliação das condições proporcionadas e à utilidade para o desenvolvimento da atividade profissional. Proporcionar formação aos funcionários não docentes do Instituto é o principal objectivo destes ciclos. No entanto, é sempre dada a possibilidade a outros públicos de os frequentar e a maioria dos participantes provém, precisamente, de várias instituições e empresas do distrito de Portalegre, são alunos do IPP ou sócios da AAAIPP. Desde 2000, é apresentada, em média, uma oferta de 10 cursos por ano lectivo, nos quais participam, anualmente, cerca de 230 formandos. As ações que têm maior procura são “Socorrismo” e “Iniciação e Sensibilização à Língua Gestual Portuguesa”.

Fontes); o diretor comercial da região de Portalegre da CGD (Dr. Francisco Costa) e o gerente da agência de Portalegre da CGD (Dr. Jorge Chambel), bem como dirigentes do IPP e das Escolas. Após a assinatura do protocolo realizou-se uma visita à ESTG.

Por via do protocolo estabelecido, a CGD proporciona ao IPP e à sua população escolar (alunos, docentes e pessoal não docente) produtos e serviços financeiros, com condições preferenciais. No acordo agora renovado está prevista a concessão, por parte da Caixa, de: estágios curriculares e profissionalizantes destinados a alunos do IPP; patrocínio para atividades académicas; prémios/bolsas a conceder aos melhores alunos; apoio a publicações e eventos ligados às atividades de formação e de investigação, entre outros benefícios. Até ao momento tem sido a Caixa Geral de Depósitos a responsável pela emissão dos cartões de identificação dos alunos do IPP; tal realidade vai manter-se e passa a ser extensível a toda a população escolar do Instituto Politécnico de Portalegre.

ESAE beneficia de protocolo com Exército Português

450 400 350 300 250 200 150 100 50 0

339 282

347 177

217

189

278

209

170

88

Contactos: Instituto Politécnico de Portalegre Gabinete de Relações Públicas e Cooperação Praça do Município - Apartado 84 7301 – 901 Portalegre Telefone – 245 301 500 / 245 301 545 Fax – 245 330 353 E-mail – formacao@ipportalegre.pt Mais informações e Inscrições online em: www.ipportalegre.pt/accoes

Secretário-geral do PS visita IPP D.R.

A 9 de fevereiro foi celebrado um protocolo de colaboração entre o Instituto Politécnico de Portalegre e o Exército Português, no Comando da Instrução e Doutrina (CID) em Évora. Com a assinatura deste protocolo pretende-se o intercâmbio para a realização de estágios, ações de formação, seminários, workshops e assessoria técnica no âmbito da equitação, da enfermagem veterinária, da gestão agroflorestal e do estudo da biodiversidade. A assinatura deste protocolo é por isso enriquecedora para o IPP, dado que vem permitir uma estreita colaboração e consequente aplicação prática e direta em algumas das suas licenciaturas, nomeadamente na licenciatura em Equinicultura − única no Ensino Superior Público Português −, uma vez que o Centro Militar de Educação Física e Desportos (CMEFD) é uma escola de formação de formadores de equitação de excelência, sendo o centro de formação de equitação com a maior classificação da Rede de Centros do país (o único classificado com cinco estrelas). Reveste-se igualmente de grande valor para outras licenciaturas como a de Agronomia e Espaços Verdes, na medida em que o CMEFD compreende uma Tapada Militar com 365 hectares com uma imensa diversidade de espécies vegetais e animais, cuja reflorestação está em curso de acordo com um Plano de Gestão Florestal, ferramenta essencial para o ordenamento e gestão florestal da tapada. O Hospital de Equinos, unidade hospitalar integrada no CMEFD é um órgão de cuidados de saúde de referência em Portugal, que tem a seu cargo a responsabilidade sanitária sobre um elevado número de

N.º de formandos

20 00 /2 00 1 20 01 /2 00 2 20 02 /2 00 3 20 04 /2 00 5 20 05 /2 00 6 20 06 /2 00 7 20 07 /2 00 8 20 08 /2 00 9 20 09 /2 01 0 20 10 /2 01 1

O Instituto Politécnico de Portalegre e a Caixa Geral de Depósitos renovaram o acordo que estabelece os princípios de cooperação entre as duas entidades. O protocolo financeiro e de cooperação foi assinado pelo presidente do IPP, Prof. Joaquim Mourato, e pelo administrador da CGD, Dr. Nuno Fernandes Thomaz, no passado dia 12 de março. “Este protocolo é um renovar de uma colaboração que vem de há muitos anos entre o IPP e a CGD. Desta vez procurámos fazer uma negociação diferente: aprofundar essa ligação e dar-lhe um foco claro e o foco foi exatamente no estudante”, explicou o presidente do Instituto Politécnico. “Vinha com muita curiosidade sobre o IPP”, declarou na cerimónia o administrador da Caixa Geral de Depósitos. “Houve algumas coisas que, de certa maneira, me chamaram

equinos do Exército, o que se traduz numa constante e elevada taxa de ações médico-veterinárias, das quais poderão os alunos da licenciatura em Enfermagem Veterinária vir a beneficiar muito. Este protocolo vem alargar uma colaboração que já vinha a ser materializada entre estas duas entidades e que se traduzia na cativação de vagas do curso de Enfermagem Veterinária da Escola Superior Agrária de Elvas para candidatos do Exército. O ato contou com a presença do Presidente do Instituto Politécnico de Portalegre, Doutor Joaquim Mourato, da Direção da ESAE, do Comandante da Instrução e Doutrina, Tenente General Francisco António Correia, do Chefe de Estado-Maior do CID, Coronel de Artilharia Alpedrinha Pires, do Chefe de Gabinete do CID, Coronel de Infantaria Vargas Firmino, do Comandante do Centro Militar de Educação Física e Desportos (CMEFD), Coronel de Cavalaria Simões de Melo, dos Representantes da Direção de Formação e do Gabinete de Justiça. ESAE

A iniciativa do Partido Socialista “Em defesa do interior” motivou a visita do Dr. António José Seguro ao Instituto Politécnico de Portalegre, no dia 29 de fevereiro. Após ter almoçado na Cantina Central, onde teve oportunidade de conversar com alunos, o secretário-geral do PS reuniu com o presidente do Instituto Politécnico, em sessão pública realizada na sala de atos. Na ocasião, o Prof. Joaquim Mourato chamou a atenção do responsável partidário para a importância das instituições de ensino superior localizadas no interior do país, onde a ação das mesmas vai além do que lhes é naturalmente exigido. O presidente do IPP salientou a discrepância entre o peso da oferta formativa disponível no litoral (90%) e no interior (10%) e defendeu que, para garantir a sustentabilidade das instituições, deve existir um equilíbrio entre o número de candidatos e de vagas. “O IPP é um marco incontornável da nossa visita ao interior”, afirmou o secretário-geral do PS. O Dr. António José Seguro assumiu ter ficado “impressionado” com a responsabilidade social do Politécnico de Portalegre. Aludindo à “tentação cultural centralista” de cortar onde há menos, o secretário-geral do PS reconheceu que não deve ser esse o critério para eventuais cortes, quaisquer que sejam as áreas (saúde, justiça, educação, etc.).


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Projeto “Desenvolvimento de Biocombustíveis de 2ª Geração” é aposta nas energias renováveis

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O Instituto Politécnico de Portalegre é um dos parceiros que participam no projeto “Desenvolvimento de Biocombustíveis de 2ª Geração”, liderado pela PETROGAL e cofinanciado pelo Fundo de Apoio à Inovação/Agência para a Energia (FAI/ADENE). Com o Instituto Superior de Agronomia da Universidade Técnica de Lisboa, o IPP é responsável pela etapa III do projeto: “Desenvolvimento do processo de extração e qualidade do óleo de Jatropha para produção de Biodiesel”. Também em parceria com o ISA, o Instituto Politécnico de Portalegre vai trabalhar na etapa n.º 5 do projeto: “Tratamento, produção e testes de Biodiesel de Jatropha em motores”. Os trabalhos elegíveis, avaliados em perto de dois milhões de euros, são financiados em cerca de 50% pelo FAI, sendo o restante suportado pela Galp Energia e na etapa relativa à produção de Biodiesel com uma comparticipação do Instituto Politécnico de

Gabinete do Provedor do Estudante Em funcionamento desde 2010, o gabinete do Provedor de Estudante está sedeado nos Serviços Centrais do IPP (1º piso). O atendimento realiza-se às quartas-feiras, das 9h30 às 12h00, sem marcação prévia. O que pode fazer o Provedor do Estudante? • O Provedor do Estudante pode e deve ser um mediador e facilitador na resolução de situações conflituosas/problemáticas que o estudante não consegue ultrapassar, como a título de exemplo: – Administrativas (situações decorrentes de candidaturas, matrículas, propinas, equivalência, prescrições); – Pedagógicas (situações inseridas no processo de ensino/aprendizagem que possam gerar ruturas graves entre o estudante e docentes, não docentes e/ou outros estudantes); – Sociais (situações relacionadas com bolsas de estudo, cantinas, alojamento).

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• Ajudar a clarificar políticas e procedimentos praticados no IPP, com vista à maximização da qualidade do processo de ensino/aprendizagem e promoção do processo educativo; • Procurar, em colaboração com os órgãos e serviços competentes, as soluções mais adequadas à tutela dos interesses legítimos dos estudantes. O que não pode fazer o Provedor do Estudante? O Provedor do Estudante não tem competências para anular, revogar ou modificar os atos dos órgãos estatutariamente competentes e a sua intervenção não suspende o decurso de quaisquer prazos, designadamente os de recurso hierárquico e contencioso. Quando procurar o Provedor do Estudante? O estudante deve previamente, junto dos recursos disponíveis – docentes, não docentes e/ou órgãos /serviços – da sua unidade orgânica/

Armando Coelho (1967-2011) escola, resolver as situações problemáticas. Nos casos para os quais não foi encontrada solução ou que necessitem de mediação, o estudante deve procurar o Provedor, antes de se atingir a rutura entre os diferentes intervenientes.

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Doutorados do IPP

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Portalegre. O investigador responsável, no IPP, é o Prof. José Manuel Rato Nunes. No passado dia 21 de outubro, na sede da Galp Energia, procedeu-se à assinatura dos contratos que regulam as diversas parcerias, que têm a duração de três anos. A colaboração do Instituto Politécnico de Portalegre com a Galp Energia, na área das culturas oleaginosas para a produção de biocombustíveis, acontece desde 2008. Em julho de 2009, a cooperação foi reforçada, com a cedência especial do Prof. Gonçalo Barradas (docente da Escola Superior Agrária), que atualmente se encontra a desempenhar as funções de diretor agrícola da Galp, em Moçambique. O IPP também conta com o apoio da Galp, como entidade parceira, para o desenvolvimento do projeto do Centro de BioEnergia.

Maria Luísa de Sousa Panaças

Luísa Maria Serrano de Carvalho

Concluiu o Doutoramento em Intervención Psicopedagógica y Educación Especial com a defesa da tese intitulada “Desenvolvimento das Culturas Inclusivas para a Educação em Portugal: um estudo de caso”. A tese apresenta a investigação que teve como objeto de estudo as políticas e práticas das escolas que contribuem para uma inclusão bem-sucedida. Foram utilizados métodos qualitativos e entrevistados professores do ensino regular e de educação especial e diretores de agrupamentos de escolas do distrito de Portalegre. O ato público de defesa da tese ocorreu no passado dia 19 de setembro na Faculdade de Ciências da Educação da Universidad de Extremadura, Espanha. De acordo com as normas regulamentares na Universidad de Extremadura, a tese foi Aprovada com Sobresaliente cum laude. ESE

Concluiu o Doutoramento em Ciências da Educação com a defesa da tese intitulada “A aprendizagem de indivíduos não-alfabetizados pertencentes a comunidades com elevados índices de analfabetismo”. Assumindo como principal objetivo da tese, identificar e caracterizar eventuais estilos de aprendizagem, existentes em comunidades com elevadas taxas de analfabetismo, a investigação centrou-se no estudo dos processos de aprendizagem de indivíduos analfabetos de seis localidades do concelho de Alandroal e compreendeu a realização de um estudo de caso, assente numa metodologia bidimensional. A análise descritiva e inferencial corroborou a hipótese de que foi o facto de os indivíduos se localizarem em comunidades, com determinadas características geográficas, culturais, económicas e sociais, que conduziu ao desenvolvimento de dados saberes/maneiras de fazer, que se traduziram em eventuais estilos locais de aprendizagem. A prova pública de defesa da tese ocorreu no dia 12 de julho na Sala de Atos da Universidade de Évora. Em conformidade com o Regulamento do Ciclo de Estudos conducente ao Grau de Doutor pela Universidade de Évora, a tese foi “Aprovada com Distinção e Louvor” (18 valores). ESE

Armando Miguel da Cunha Dias Salgado Coelho lecionava na Escola Superior de Tecnologia e Gestão, desde outubro de 2007, no âmbito do curso de Design e

Animação Multimédia. Faleceu inesperada e prematuramente, com 44 anos, em novembro do ano passado. Animador profissional, desde 1990, era licenciado em Design de Comunicação, pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Ao longo da sua carreira, fez trabalhos de animação para filmes infantis, publicitários e institucionais, genéricos, séries, etc. Foi formador em várias escolas. Numa extensa lista de projetos, saltam à vista trabalhos que puderam ser vistos na televisão pública e que fazem parte do imaginário coletivo. Trabalhou no primeiro

Conselho Geral pergunta: “Qual o posicionamento do IPP na Rede do Ensino Superior?”

O Conselho Geral do Instituto Politécnico convidou a comunidade académica a refletir sobre a questão “Qual o posicionamento do IPP na Rede do Ensino Superior?”, em reunião aberta, realizada na manhã de 9 de março, no auditório dos Serviços Centrais. A sessão consistiu na apresentação e discussão das comunicações submetidas por membros da comunidade académica e foi o ponto de partida para o debate dentro do próprio Conselho. Os docentes Anabela Oliveira, Gastão Marques, Paulo Brito, Pedro Lopes e Rui Pulido Valente, da ESTG, apresentaram comunicações, após as quais se seguiu um momento de discussão, aberto a todos os participantes, e a intervenção do presidente do IPP.

filme do “Vitinho”; realizou filmes infantis para as séries televisivas “Rua Sésamo” (1990 a 1994) e “Jardim da Celeste” (1996 a 1998); foi animador na série “Patinhos” e participou, como realizador, no programa “Ilha das Cores”. Quem o conhecia elogia-lhe a sabedoria, simplicidade e humildade. Alunos, colegas e direção da ESTG homenagearam-no no passado dia 7 de março, numa jornada/encontro de amigos, que procuraram honrar a sua memória e partilhar a sua paixão pelo universo do desenho e da animação.


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editorial Paulo Brito Coordenador Institucional para a I&DT, C3i, IPP Presidente do Departamento de Tecnologia e Design da ESTG-IPP

Esperança

Um dos Dons que me ocorre com maior urgência, nos tempos que correm, é o da Esperança. Tanto posso chamar-lhe Dom, como Virtude, como Graça ou Dádiva querendo, com qualquer das palavras, significar que é algo que nos é divinamente oferecido, não por nosso mérito, nem só para nós, mas para ser uma referência para aqueles que caminham juntos. Neste momento, em que vivemos tempos difíceis e incertos na nossa vida, no país, e no ensino superior, precisamos de abrir a mente e o coração a este Dom, na medida em que só ele poderá servir de motor para mover-nos numa caminhada conjunta para ultrapassar as dificuldades que já se fazem sentir. Uma das formas em que a Esperança se manifesta é na clareza com que vemos os obstáculos e o caminho que temos que percorrer para os ir vencendo. Quanto aos obstáculos, eles estão mais que patentes à nossa frente: a já fadada austeridade, a não menos fadada interioridade e a constatada desertificação. Quanto ao caminho, a clareza da sua visão é alcançada pela natureza das apostas que fazemos: em I&DT, nas ofertas formativas inovadoras e nos países com os quais nos internacionalizamos. No que respeita ao desenvolvimento de I&DT, uma das apostas necessariamente estratégica do IPP, verifica-se que, apesar de termos neste momento condições únicas de organização e informação com o C3i, ainda é muito diminuto o nível de produção científica publicada em revistas internacionais. São muito poucos, em termos percentuais, os docentes doutorados e especialistas que avançam com propostas de projectos de I&DT a linhas de financiamento ou a trabalhos de desenvolvimento tecnológico com entidades empresariais. Sem uma dinâmica generalizada e amadurecida da procura de uma maior afirmação ao nível externo do que ao nível interno, é difícil concretizar objectivos de qualidade e distinção de crescimento científico do IPP. A criação de um centro de investigação acreditado pela FCT, objectivo que nos propusemos a atingir a médio prazo, ao requer mínimos de exigência e de produção científica que não está, neste momento, ao alcance de muitos investigadores do IPP, irá requerer, provavelmente, que se avance para a mesma acreditação a várias velocidades no caminho. Uma referência especial, deverá ser feita à aposta na Bioenergia e no projecto a ela associado ao nível do QREN. Estou em crer, que é uma aposta consistente e que virá a dar bons frutos: é uma verdadeira esperança. No que respeita à oferta formativa, principalmente a das áreas mais tecnológicas, estamos a padecer com o elevado nível de interioridade do

IPP e com uma elevada oferta nestas áreas pelas instituições do litoral. É uma luta feroz e desigual que nos leva quase a perder a esperança. É certo que temos algumas debilidades, algumas já aqui referenciadas, mas também é certo que temos vindo a propor continuadamente, ano após ano, algumas soluções: temos os cursos muito aplicados, com uma elevada participação em actividades laboratoriais e de trabalhos de campo, temos apostado nalgumas áreas emergentes, como as energia, multimédia, animação. Mas, claramente, tem-se verificado que não é suficiente. Todavia, penso que ainda temos outros caminhos alternativos (esperança) que podemos trilhar. Em primeiro lugar, continuo a creditar que pode ser possível fazer uma rede do ensino superior politécnico na região centro do país, a Politécnica, em que as várias instituições se harmonizam numa oferta comum e variada sem concorrência interna e procurando valorizar os recursos materiais e humanos das várias instituições que a compõem. Não me choca que possam entrar nessa rede universidades, tais como, por exemplo, a Universidade da Extremadura. Em segundo lugar, não vejo como negativo avançar com propostas de formação menos standard procurando áreas um pouco mais específicas e onde possamos ser pioneiros. Já o fizemos várias vezes ao longo da história do IPP. É claro para mim, que não podemos perder mais tempo e que devemos avançar para a constituição de “sponsor” industriais e empresariais para os vários cursos procurando uma relação efectiva e profícua com essas entidades. Julgo, também, que será uma boa ideia recuperar os estágios curriculares de 3 meses (15 ECTs) nos cursos de carácter mais tecnológicos. Por último, devemos continuar a fazer uma aposta na internacionalização da investigação que produzimos, bem como, das nossas formações procurando, relativamente a este último aspecto, captar alunos estrangeiros ou abrindo cursos em países estrangeiros. Não sendo original a ideia, nem tendo eu essa pretensão, acho que a África Lusófona, particularmente, Moçambique e Angola, pode ser uma boa porta de internacionalização com alguma sustentabilidade, procurando fundos de cooperação internacional de apoio a países em desenvolvimento. Avançar com formações nesses países de carácter geral em energias renováveis ou em áreas mais específicas, tal como tecnologia de produção de biocombustíveis, pode ser um caminho sustentado pela Esperança. Caros colegas e alunos, “A esperança é a última a morrer”. 31 de Outubro de 2011

É docente da Escola Superior de Educação, desde 2005. Está ligado à área científica de Sociologia e Mediação Social, é coordenador do Departamento de Comunicação, Artes e Tecnologias e sub-diretor do curso de Animação Sociocultural. O ano passado concluiu o doutoramento em Sociologia, na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Investigador integrado do Centro Interdisciplinar de Investigação e Inovação do IPP (C3I) e do Centro de Estudos de Sociologia da Universidade Nova de Lisboa (CESNOVA) tem participado em diversos projetos de investigação científica, fundamental ou aplicada. Atualmente é investigador responsável no projeto “Construindo caminhos para a morte: uma análise de quotidianos de trabalho em cuidados paliativos” e integra a equipa de investigadores do projeto “Género, Desigualdade, Humilhação: Sentimentos de Injustiça nas Escolas”, ambos financiados pela FCT. No quadro do programa TEIP − Territórios Educativos de Intervenção Prioritária, integra a equipa de consultores externos de agrupamentos de escolas no Alentejo. É responsável pela proposta de mestrado em Gerontologia (que aguarda a acreditação pela A3ES), apresentada pela ESE e pela ESS. Refere que, com a criação deste 2º ciclo de estudos, se pretende: “oferecer uma formação científica interdisciplinar capaz de fornecer aos futuros mestres competências teóricas, metodológicas e práticas necessárias para responder aos problemas e desafios da velhice e do envelhecimento na sociedade Portuguesa” e “contribuir para o desenvolvimento regional através da consolidação de parcerias, protocolos de cooperação e projetos com as instituições que intervêm na área do envelhecimento e da velhice”, entre outros objetivos.

funcionária Nome Maria de Lurdes Delgado Pereira Costa Data de Nascimento 10.05.1967 Naturalidade Ribeira de Nisa

docente Nome Alexandre Miguel Pinto Cotovio Dias Martins Data de Nascimento 24.10.1973 Naturalidade Lisboa

Desde há três anos, é governanta da Residência de Estudantes dos Assentos. Até chegar a estas funções, foi acumulando experiências nos Serviços de Acção Social, em diferentes áreas. A ligação ao IPP iniciou-se enquanto colaboradora da Gertal, tendo inaugurado a cozinha da ESTG. Foi auxiliar e mais tarde convidaram-na a assumir as responsabilidades de cozinheira. Ciente de que é impossível agradar a todos, afirma com orgulho: “toda a gente me dizia que eu cozinhava bem”. Entre os pratos mais populares, destaca o seu bacalhau com natas, que tinha sucesso entre os utentes do refeitório, que chegaram a ser mais de 300 por dia! Em 2001, com a abertura das extintas residências da Corredoura e da Casa de Saúde, surgiu a oportunidade de trabalhar diretamente com os SAS. Posteriormente, passou pelos bares da ESE e da ESS e, de forma pontual, pelo dos Serviços Centrais. Até que ficou pela Residência dos Assentos, onde começou por trabalhar na área da lavandaria e da limpeza. O que faz a governanta da residência? Responde: primeiro que tudo dar apoio aos alunos, fazer o processo de cada um, recebê-los no início do ano letivo, bem como tarefas de cariz administrativo. “Nós tratamo-los um bocadinho como filhos”, diz sobre a relação que se estabelece com quem faz das residências de estudantes a sua casa, em tempo de aulas. Por vezes os laços perduram e ainda hoje continua a manter contacto com alguns antigos alunos.

Alunas do 1º ano da licenciatura em Higiene Oral, da Escola Superior de Saúde, para além de terem em comum o nome, trabalham no mesmo local: no Consultório Médico Dentário do Norte Alentejano. São assistentes dentárias há mais de duas décadas (Fernanda Meira começou a trabalhar há 28 anos, com o Dr. Martinho Pinheiro, e Fernanda Ferro há 25 anos, com o Dr. Carlos Bagulho). No ano passado, ambas sentiram que seria o momento para aproveitar a oportunidade de ter por perto uma oferta formativa que vai de encontro aos seus interesses. Fernanda Ferro foi aluna da licenciatura em Assessoria de Administração, na ESTG. Para Fernanda Meira é o primeiro ingresso no ensino superior. Ambas concluíram um curso de formação para assistente dentária, na Faculdade de Medicina Dentária de Lisboa, que frequentaram durante um ano e meio. Não hesitam em dizer que estão a gostar muito do curso da ESS, em particular da componente prática.

alunas Nome Fernanda Maria Rodrigues Caixeiro Ferro / Fernanda Maria Pires Mamede Marques Meira Data de Nascimento 05.04.1964 / 01.08.1961 Naturalidade Portalegre / Portalegre


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a fechar... Enove+ (continuação da página 1) Ano 12 . Número 92.

Boletim Trimestral do Instituto Politécnico de Portalegre

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Palavra de ordem: parcerias O futuro do distrito em debate O Instituto Politécnico de Portalegre e a Comunidade Intermunicipal do Alto Alentejo uniram-se para promover um debate alargado sobre o presente e o futuro da região. Entre janeiro e junho, a discussão pública centra-se num conjunto de áreas com impacte no território. A Plataforma Alto Alentejo XXI assume-se como um projeto suprapartidário, aberto a todos os interessados em dar o seu contributo e mereceu o Alto Patrocínio do Presidente da República. “O IPP tem o dever de estar ao lado de todas as organizações, de todos os indivíduos que queiram contribuir para o desenvolvimento regional e, neste caso, com a CIMAA não só deve como quer! Quer estar nesta atividade, nestes eventos, neste propósito de discutir o futuro da região. Quer estar de uma forma pró-ativa”, é o entendimento do presidente do Instituto Politécnico, Prof. Joaquim Mourato. “Pretende-se ao longo dos próximos meses debater aquilo que é a região do Alto Alentejo, mas sobretudo ser possível definir, entre todos, aquilo que podem ser as melhores estratégias para operacionalizar o combate ao despovoamento e melhorar a capacidade de gerar emprego como forma primeira de fixar populações”, explicou o presidente da Comunidade Intermunicipal, Dr. Armando Varela, na apresentação do projeto. Em todos os debates, cada tema é contextualizado através da projeção de um vídeo (realizado em colaboração com a delegação regional da SIC), após o qual se seguem as intervenções dos especialistas convidados e a participação do público. A 28 de junho são apresentadas as conclusões do ciclo de debates. Na abertura da Feira, o presidente da autarquia anfitriã, Dr. Armando Varela, agradeceu ao IPP a disponibilidade para promover a Enove+ em Sousel. “O melhor braço científico que nós temos no distrito de Portalegre é o IPP. É o nosso IPP. Às vezes, ao longo da minha vida autárquica, tenho sido confrontado com critérios de apreciação, daquilo que é o IPP, muito mais exigentes do que os critérios com que se avaliam outros institutos politécnicos ou universidades do país”, reconheceu, depois de elogiar o trabalho que tem sido levado a cabo no âmbito da Plataforma Alto Alentejo XXI (ver página 1). A Enove+ é apoiada financeiramente pela RITECA (Rede de Investigação Transfronteiriça de Extremadura, Centro e Alentejo). Para a concretização desta edição foi importante o apoio prestado por várias entidades, designadamente: Câmara Municipal de Sousel, Caixa Geral de Depósitos e CIMAA. Os municípios de Fronteira, Avis, Campo Maior, Monforte, Nisa e Portalegre contribuíram com a cedência de transporte e/ou stands. Depois de duas edições realizadas em Portalegre (2008 e 2010), uma em Elvas (2011) e a última em Sousel, na sessão de encerramento foi anunciado que a próxima Enove+ será realizada em Campo Maior, tendo na ocasião estado presente o presidente do município, Eng.º Ricardo Pinheiro, para receber o testemunho. “Queremos a internacionalização. Queremos beneficiar da nossa região transfronteiriça”, assumiu o presidente do IPP, justificando a escolha do local para a próxima edição da Feira de Emprego e Empreendedorismo. Ficha Técnica Edição Gabinete de Relações Públicas e Cooperação do Instituto Politécnico de Portalegre Director Joaquim Mourato Redacção Maria do Carmo Maridalho Secretariado e Secção “De porta aberta” Susana Dias Colaboração Carlos Afonso . Paginação Margarida Dias Periodicidade Trimestral Contactos Praça do Município Apartado 84 7301- 901 Portalegre Tel. 245 301 500 Fax 245 330 353 Site www.ipportalegre.pt E-mail grpc@ipportalegre.pt

Enove+

Um evento que faz bem à região De 1 a 3 de março, Sousel acolheu a quarta edição da ENOVE+, no pavilhão multiusos. Ponto de encontro para quem “está no terreno” e quem “está a qualificar-se”, a Feira organizada pela Associação de Desenvolvimento Regional do IPP procurou estimular o empreendedorismo e a criação de autoemprego, quer através das entidades que estiveram presentes em 28 stands, quer através de conferências (que abordaram a temática do empreendedorismo sob o ponto de vista da inovação, do turismo e do desenvolvimento local). No espaço do IPP, alunos e Escolas empenharam-se em mostrar o que são as suas atividades formativas, particularmente aos cerca de 450 visitantes do ensino secundário (alunos e professores) que visitaram o certame. Esta edição fica ainda marcada pelo workshop destinado aos alunos do IPP, no qual Miguel Gonçalves, da Spark Agency, propôs uma nova leitura ao mercado de trabalho. Para o presidente do Instituto Politécnico, a Enove+ é uma oportunidade para “acima de tudo, promover os bons projetos que temos na região”. “Apesar de a iniciativa ser jovem, ir na 4ª edição, já conseguimos reunir um conjunto de entidades (…) que vão entendendo cada vez mais que este encontro de 2/3 dias por ano é fundamental para percebermos o que a região é. Sentir o seu pulsar”, referiu. (continuação na página 12)


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