Revista Iron Biker Brasil 2022

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PÁG. 44 PISTA DE PUMPTRACK CONSTRUÍDA EM PARCERIA COM A PREFEITURA DE MARIANA FOMENTA O ESPORTE E LAZER NA CIDADE. UM LEGADO PARA O ESPORTE MARIANENSE: MAIS DE 2 TONELADAS DE ALIMENTOS SÃO ARRECADADOS E DOADOS PARA ENTIDADES CARENTES PÁG. 54 IRON DO BEM CHRISTOPH SAUSER VENCE A ETAPA 2022 E LEVA O TÍTULO DE CAMPEÃO PARA CASA. PÁG. 36 DEU SUÍÇA! IRON BIKER BRASIL COMPLETA 30 ANOS DE TRAJETÓRIA EM 2023. PÁG. 68 30 ANOS DE HISTÓRIA: MARIANA-MG

O Iron Biker 2022 conheceu a trilha da reparação.

O novo Bento Rodrigues fez parte do circuito do Iron Biker 2022. Os atletas viram de perto como está o andamento das obras do novo distrito, que está com infraestrutura completa, escola, posto de saúde, eletricidade, saneamento, 62 casas prontas e 92 casas em construção (dados de agosto de 2022). Seguimos com muita energia para a conclusão do reassentamento, desenhado com a participação ativa dos moradores.

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EDITORIAL

EDITORIAL

EXPEDIENTE

Foi um prazer, enquanto prefeito, poder possibilitar que o nosso município de Mariana fosse mais uma vez o palco principal do Iron Biker Brasil. Com a inscrição de 2000 atletas e a presença de seus familiares e amigos, o maior evento de mountain bike da América Latina deixou o Jardim de Mariana pulsando adrenalina.

Posso, com tranquilidade e propriedade, dizer que impulsionar eventos como o Iron é um investimento para o nosso município. Digo isso visando como a competição fomenta não só os quesitos esportivos como o incentivo a prática de esportes e as oportunidades que este traz, mas considerando como nossa economia, turismo e lazer são alimentados também.

Gostaria de deixar meu agradecimento aos dirigentes do Iron Biker Brasil por escolherem a capital do mountain bike como a sede do evento e por marcarem o nosso município com este privilégio. Parabéns a toda equipe que auxilia na execução do evento por fazer sua realização com excelência.

Direção Editorial Lucas Fonda Gilberto Canaan Marco Antonio Canaan Edição Lucas Fonda Jornalista Responsável Kíria Ribeiro Direção de Arte Humberto Bicalho Fotografia Cristiano Quintino Eduardo Profeta Fernando Genaro Isabella Jorge Marcos Leite Pedro Mól Raissa Alvarenga Raphael Zappa Rodolfo Simões Rodrigo Barreto Thiago Barcelos Vinícius Cabral Vinicius Juan Branca CAPA Foto: Rodrigo Barreto
Ronaldo Alves Bento Prefeito de Mariana - MG
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Trajeto

NOVIDADE NO PERCURSO, AGITA MARIANA IRON BIKER BRASIL PRIMEIRO DIA DO
exigiu muito dos milhares de atletas que participaram da 29ª edição da maior prova de mountain bike da América Latina COM

A 29ª edição do Iron Biker Brasil foi realizada, mais uma vez, na primeira capital de Minas, Mariana – MG. A cidade recebeu o evento pelo nono ano consecutivo. Desde 2013, o município tem se firmado como a sede oficial do mountain bike no Brasil. Quem esteve lá nos dois dias de prova se deparou com temperaturas distintas. O que não mudou foram as expressões dos atletas que competiram no sábado e no domingo. A ansiedade, a expectativa e a vontade de se superar tomou conta dos participantes. Os ciclistas também contaram com o apoio incondicional dos amigos, familiares e do público local que se aglomerou em peso no entorno, na expectativa da largada.

Frio, neblina e garoa predominaram no sábado, primeiro dia de prova. A largada, esse ano, aconteceu na Praça Gomes Freire, mais conhecida como Jardim. De lá, os ciclistas partiram até os distritos de Vargem, Magalhães e Cafezal. Embora o clima estivesse propício para a prática do esporte, os competidores se depararam com um trajeto que, a cada ano que passa, se torna mais desafiador. A maior prova de mountain bike da América Latina de 2022 contou com um percurso recheado de trilhas intrigantes e altimetrias assustadoras.

Os 97km de disputa do percurso completo contaram com adrenalina e emoção. Isso porque, na categoria elite, o brasileiro, Halysson Ferreira, e o suíço, Christoph Sauser, fizeram uma prova equilibrada o tempo todo. No sábado, o brasileiro conseguiu sair vitorioso com a diferença mínima, apenas um segundo separou os dois atletas. Ao ultrapassar a linha de chegada, o bicampeão do Iron Biker Brasil, de Patrocínio (MG), falou sobre o primeiro dia de competição. “Uma prova bastante dura! Eu que já corro o Iron Biker há vários anos e acredito que esse foi o percurso mais complicado. Com mais subidas, subidas longas, trilhas inclinadas, o Iron Biker está de parabéns, mais uma vez, pelo trajeto e pela prova como um todo”.

Já na categoria elite feminina, Aline Mariga, de Sorriso (MT), ficou com o primeiro lugar após completar a prova em pouco mais de cinco horas. A atual campeã brasileira de ciclismo de estrada também ressaltou a dificuldade do percurso. “O Iron sempre surpreende com o trajeto. Esse ano achei bem mais desafiador comparado com o do ano passado. Então, assim, foi bem sofrido. Subida para não acabar mais. Estou bem feliz com o resultado.” finalizou.

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dores e o calor foram alguns dos adversários que os ciclistas tiveram de enfrentar na última etapa do Iron Biker Brasil SUPERAÇÃO, ESFORÇO MARCAM O SEGUNDO E DEDICAÇÃO DIA DE PROVA
Cansaço,

No segundo e último dia de prova, a Praça Gomes Freire estava mais cheia e o clima na cidade de Mariana (MG) estava quente e ensolarado. Um desafio a mais para os atletas que tiveram pouco tempo para recuperar as energias. Mas quem participa do Iron Biker Brasil tem como uma de suas principais virtudes a superação, a persistência e a consciência de que o esforço será recompensado no final.

“No primeiro dia eu sofri muito. Acredito que, neste segundo dia, vou sofrer de novo. Mas, vamos para a luta! A adrenalina faz parte. Segunda vez no Iron Biker Brasil e esse ano sem treino. Porém, quis participar, porque eu amo demais esse esporte e isso é o que importa para mim”, disse a baiana, Gisele Santos. Antes da largada, o clima de tensão entre os competidores era nítido. Muitos almejando o pódio, outros tantos buscando superar as próprias limitações. E eis que soou a buzina e teve início o segundo dia de maratona.

Os ciclistas, que vieram das cinco regiões do país, tiveram a oportunidade de ver de perto o reassentamento de Bento Rodrigues. Além de Bento, os ciclistas passaram também por Camargos e Bandeirantes, desbravando trilhas inovadoras e com características que fogem àquelas que, normalmente, são vistas em provas de ciclismo.

Na categoria elite masculina, o duelo Brasil x Suíça foi emocionante até o fim. Melhor para o suíço e medalhista olímpico, Christoph Sauser, que terminou doze segundos à frente do brasileiro, Halysson Ferreira. Após a prova, Christoph falou sobre a sensação de participar do Iron Biker Brasil em Mariana. “Foi uma experiência incrível. Uma cidade agradável, pessoas do bem, uma boa organização. O roteiro da prova com muitas mudanças, estrada aberta, rápida e técnica, com subidas, descidas, entradas à direita e a esquerda. Ontem, eu estava rápido, muito rápido. Então, assim, amei o Iron Biker e foi um prazer estar aqui”, concluiu.

Por outro lado, Aline Mariga, conseguiu assegurar o título na categoria elite feminina vencendo também no segundo dia. “Eu venho me preparando o ano inteiro. Eu acabo renunciando ao meu serviço, à minha família. Então, venho para Mariana e tento dar o meu melhor. Estou muito feliz por fazer história e com o resultado, por tudo que ocorreu durante a prova, o sofrimento que foi. Estou bem feliz”, disse.

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ELITE MASCULINA: Atleta País Tempo 1º Dia Tempo 2º Dia Tempo Total 1º Christoph Sauser Suíça (CH) 04:04:40 02:43:41 06:48:21 2º Halysson Henrique Ferreira Brasil (MG) 04:04:39 02:43:53 06:48:32
Ygor do Nascimento Castro Brasil (MG) 04:14:09 02:44:10 06:58:19 4º Adenilson Romares da Silva Brasil (MG) 04:15:30 02:46:59 07:02:29
Thiago Freitas Souza Brasil (MG) 04:27:57 02:47:36 07:15:33 Atleta País Tempo 1º Dia Tempo 2º Dia Tempo Total 1º Aline Fátima Mariga Cavaglieri Brasil (MT) 05:18:59 03:31:29 08:50:28 2º Lorena Ranchel Marques Brasil (MG) 05:26:49 03:40:51 09:07:40
Liege da Silva Walter Brasil (MG) 05:39:06 03:38:16 09:17:22 4º Eliz Regina Mazzola Brasil (SC) 05:38:16 03:44:36 09:22:52 5º Tabata Larissa Amaral Brasil (ES) 06:33:54 04:28:06 11:02 ELITE FEMININA: CLASSIFICAÇÃO

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RAIO-X DOS CAMPEÕES

Confira a entrevista exclusiva com Chistoph Sauser e Aline Mariga, os vencedores da 29ª edição do Iron Biker Brasil.

Dessa vez, o Iron Biker Brasil foi conquistado por dois competidores que ainda não tinham gravado seus respectivos nomes no lugar mais alto do pódio. Para alcançar a glória, foi necessário percorrer mais de 160km, enfrentando trilhas desafiadoras e altimetrias enormes nos dois dias de prova. Na categoria elite feminina, Aline Mariga, de Sorriso (MT), não deu chances às adversárias e ficou com a taça da maior prova de mountain bike da América Latina. Já na categoria elite masculina, o suíço, Christoph Sauser, travou uma dura batalha com o brasileiro, Halysson Ferreira, para conquistar o título. Com a palavra, os grandes campeões:

ALINE MARIGA

Idade: 33 anos Peso: 64kg Altura: 1,71m Cidade: Sorriso (MT).

Número de participações: segunda vez.

Melhores resultados:

› Atual campeã brasileira de ciclismo de estrada.

› Quarto lugar na Taça Brasil.

› Oitavo lugar no Campeonato Brasileiro de XCM.

CHRISTOPH SAUSER

Idade: 46 anos

Peso: 61 kg Altura: 1,81m Cidade: Sigriswill, Suíça.

Números de participações: primeira vez. Títulos: › Bicampeão da Copa do Mundo (2004 e 2005), na categoria geral, organizada pela UCI, União dos Ciclistas Internacionais. › Pentacampeão da Abse Cape realizada na África do Sul. › Medalhista olímpico nos jogos olímpicos de Sidney, em 2000.

Em qual momento você sentiu que iria vencer a 29ª edição do Iron Biker Brasil?

Aline: Bom, eu só comemoro quando passo a linha de chegada. A gente nunca sabe o que pode ocorrer durante a prova. Eu me senti vitoriosa quando cruzei a linha de chegada. E, com certeza, foi uma emoção muito grande, porque eu consegui dar o meu melhor nos dois dias. Comemorei muito.

Christoph: Nunca, sinceramente. Eu tive sorte de entrar primeiro na última descida e recuperei alguns segundos em relação ao Halysson, mas não tinha certeza de onde e quando seria a linha de chegada. Foi mais ou menos um “passeio cego” para a vitória.

Qual dia de prova foi mais complicado?

Aline: O primeiro dia foi muito puxado pela altimetria. Era subida demais, os últimos km foram bem exaustivos pela elevação que tinha a prova. Ao mesmo tempo, foi muito bom superar aquilo. Para mim, foi muito duro, porque eu nunca tinha encarado em todas as provas que eu fiz uma altimetria tão alta quanto a que tivemos neste ano no Iron Biker Brasil. Além disso, houve muitas partes onde foi exigido técnica na subida e isso acabou dificultando bastante a prova.

Christoph: Praticamente igual os dois dias. No primeiro dia, eu não sabia que a reta final tinha subidas tão fortes e eu estava num ritmo muito acentuado desde o início para as minhas habilidades. No segundo dia foi difícil perseguir o Halysson que chegou a abrir 30 segundos com 10 km para o final.

O que mais te atrai no Iron Biker Brasil? Por que a competição é tão diferente das demais?

Aline: É uma vibe muito gostosa! É uma prova que você quer participar todo ano e ela já está no calendário, porque é impecável! O percurso é maravilhoso pelas trilhas, o terreno, a região é muito linda, histórica, é muito bonita! As pessoas da cidade são acolhedoras e ficam esperando o Iron, que é uma festa. A parte da organização, desde quando você pega o kit até a largada. A galera incentivando na rua quando você está passando. A estrutura do Iron é muito top, a prova tem uma grande visibilidade e, por ter um número grande de atletas, temos pessoas de várias regiões do país.

Christoph: Ótimas vibrações! As características da cidade e o evento. No geral, uma ótima experiência!

Há quanto tempo começou a praticar ciclismo? Houve influência por parte de alguém?

Aline: Cinco anos. A influência foi de amigos que me incentivaram a pedalar e viram que eu tinha um potencial diferente. Minha família também me ajudou. Curto tanto ciclismo, quanto mountain bike. Na verdade, eu sempre competi em provas de XCM, XCO, e participei pela primeira vez de ciclismo de estrada, este ano, e me tornei campeã.

Christoph: Fiz a minha primeira prova de mountain bike em 1990. Eu amei o fato de poder usar todas as marchas e de poder andar fora da estrada, descendo rapidamente e explorando os cenários.

Quais são seus planos dentro do esporte para 2023?

Aline: Em 2023, eu quero muito representar o Brasil com essa camisa de campeã brasileira de ciclismo de estrada, também participar das provas de mountain bike, inclusive o Iron Biker que ano que vem completa 30 anos. E rodar o Brasil afora competindo e levando sempre boas energias para as pessoas e incentivando a galera a praticar o esporte.

Christoph: Eu quero participar de eventos com experiências de dimensões globais e que também me permitam me desafiar.

Qual é a sua dica para as pessoas que sonham em competir no mountain bike? Tem algum segredo para alcançar o sucesso?

Aline: Planejamento. Este é o segredo. Faça um planejamento antes das provas. É preciso treinar com foco na competição, ter uma alimentação adequada, preparar a bike e equipamentos necessários e acreditar em você e nos seus objetivos!

Christoph: Passo a passo. Cresça organicamente, cometa seus erros e aprenda com eles! Mantenha o equilíbrio, adicione outros esportes a sua rotina, divirta-se, explore. Pretende participar do Iron Biker Brasil 2023?

Aline: Com certeza! É 30 anos de Iron Biker e eu vou ficar muito feliz de participar desse grande momento!

Christoph: É quase um dever participar do Iron Biker Brasil. Mesmo que não seja no próximo ano, em outro ano seria bem legal. Até o nosso filho estará pedalando no futuro.

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Conhecido por seus títulos no esporte e apaixonado por bike desde sua adolescência nos anos 90, o atleta amador Juliano Neves sempre foi referência para seus amigos quando queriam fazer upgrades ou trocar de bike. Durante muito tempo era preciso ir à capital Belo Horizonte para encontrar equipamentos de ponta, foi então que surgiu a ideia de suprir essa demanda da cidade de Mariana que já vinha sendo referência no esporte e palco de grandes corridas como o Iron Biker. Para quem é marianense, a nossa camisa já é uma velha conhecida, e para você que é novo por aqui muito prazer; somos a SEVEN BIKE HOUSE. A nossa história começa no ano de 2014, quando a paixão pela bike virou uma pequena loja na garagem de casa. O nome SEVEN, apesar de ter vários significados simbólicos ligados ao número sete, veio de um antigo apelido que nada mais é que o sobrenome NEVES lido ao contrário.

Um sonho que começou na garagem agora ganha o mundo. A camisa vermelha que representa toda essa paixão pela bike novamente tomou conta das pistas e do pódio em mais um Iron Biker. Nessa 29ª edição, com a estreia da categoria E-bike, o atleta Juliano Neves inaugurou a categoria chegando em primeiro lugar nos dois dias e levando o troféu de campeão para casa. Outro grande marco nessa edição foi a presença do medalhista olímpico Christoph Sauser que se sagrou campeão da categoria elite e conquistou o público com sua simpatia. Para ficar ainda mais marcado na nossa história, ele nos deu a honra de subir ao pódio para receber a premiação vestindo a nossa camisa. E para quem tiver a curiosidade de ver de perto a camisa utilizada na corrida por essa lenda do mountain bike, ela está autografada e emoldurada em nossa loja.

A SEVEN BIKE HOUSE está localizada na praça do Barro Preto, em Mariana, e conta com toda linha de acessórios, vestuário e bicicletas para quem quer iniciar no esporte com excelente custo benefício até as mais modernas do mercado para quem busca desempenho. Além disso, possui um centro técnico especializado em suspensões que já é referência a nível Brasil. E tudo isso com aquele atendimento especial de quem é apaixonado por bike. Venha nos fazer uma visita!

Muito obrigado

foi incrível

@sevenbikehouse

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Rua Praia do Canela 175 I Barro Preto Mariana I MG (31) 3557 1346 I (31) 98810 1346

IRON BIKER BRASIL

ECONOMIA E O TURISMO INCENTIVA A ESPORTIVO EM MARIANA

Cidade mineira, sede da 29ª edição da maratona, se consolida como um dos destinos mais procurados do turismo de aventura do país

A primeira capital de Minas Gerais, Mariana, recebeu a 29ª edição do Iron Biker Brasil. O evento contou com participantes das cinco regiões do país. Mais do que uma atração esportiva, o torneio tem permitido à economia da cidade alcançar números significativos durante os dois dias de prova. Estima-se que o Iron Biker Brasil injete cerca de R$ 8 milhões no município durante a competição de mountain bike. Além de um retorno midiático avaliado em R$5 milhões.

“É uma competição que movimenta o turismo da cidade e que ajuda, nesse momento, de retomada pós pandemia. Além disso, nos dias que envolveram a competição, os participantes e visitantes tiveram a oportunidade de conhecer traços únicos de Mariana em suas ruas históricas, casarios e igrejas de arquitetura barroca. A prova também revelou ao público, além da habilidade dos ciclistas, as cachoeiras, paisagens preservadas e distritos históricos que fizeram parte do circuito”, disse o prefeito interino, Ronaldo Bento.

De acordo com o presidente da Associação Comercial Industrial e Agropecuária de Mariana (ACIAM), Amarildo Pereira, o Iron Biker Brasil é extremamente importante para a economia local, alavancando os diversos segmentos do município. “Para os comerciantes, o evento é ótimo, porque é uma possibilidade de fazer vendas maiores, com uma clientela diferenciada. A

movimentação nos hotéis e nos restaurantes, mexe na cidade como um todo. Não tem um setor da cidade que não seja impactado positivamente com o Iron Biker Brasil”, comentou.

A rede hoteleira, por sua vez, é um dos setores mais beneficiados, visto que, os estabelecimentos da região costumam ter uma ocupação superior a 90% durante a realização do Iron Biker Brasil. Ângela Macedo, proprietária de hotel, revelou que sempre fica ansiosa quando chega o período da competição. “Nós sempre temos 100% de ocupação durante o evento. Além disso, nos preparamos alguns dias para receber as pessoas e ficamos ansiosos com a chegada de alguns deles, pois muitos deles já fazem parte da família”, afirmou.

Para Antônio Diniz, também proprietário de hotel, o Iron Biker Brasil é, sem dúvidas, a competição mais importante para Mariana. “É o melhor evento que temos, o mais bem organizado e o mais estruturado. Então, é uma prova que mobiliza a população marianense e movimenta toda a cadeia produtiva do município. Para o ano de 2023, já estamos com todos os apartamentos reservados e com uma lista de espera de, aproximadamente, 50 pessoas. Além disso, na época do Iron Biker Brasil, aumentamos a contratação de mão de obra local em cerca de 50%. O meu sentimento é só de gratidão e de expectativa para a edição de número 30”, disse.

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RELAÇÃO HARMONIOSA

A saudável relação entre Iron Biker e a cidade de Mariana tem evoluído a cada ano. A forma como o morador local abraça a competição tem se tornado ponto fundamental para que os trabalhos cresçam com o passar do tempo. A cidade tem se tornado polo para o turismo esportivo não só no mês de setembro, mas durante o ano inteiro. “O Iron Biker é especial para mim por conta do meu comércio e é de suma importância para a economia de Mariana. As minhas vendas aumentam, significativamente, no mês de setembro com a competição. Hoje, posso dizer que é a melhor época do ano para mim”, disse a comerciante Carla Lamarca.

Segundo um dos organizadores da prova, Lucas Fonda, Mariana é uma cidade única e de uma singularidade excepcional, que vai desde o acolhimento das pessoas até as características do seu relevo. “Digo que criamos uma relação de amor e carinho pelo município e pelos cidadãos. Como é incrível para nós, da organização, ver a cidade cheia, ver um marianense lucrando em seu comércio, ver um ciclista se deliciando nas trilhas, ver os hotéis e pousadas completamente lotados e o mais importante: ver o sorriso no rosto dessas pessoas. Para nós, é uma honra estar e fazer parte dessa cidade de alguma forma”, pontuou.

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PISTA DE

JÁ É REALIDADE PUMP TRACK JÁ EM MARIANA

Construção do local consolida parceria do Iron Biker Brasil com o município e deixa legado para o esporte na região dos Inconfidentes

Mariana agora conta com uma pista de pump track, construída na Arena Poliesportiva da cidade. Este é mais um legado do Iron Biker Brasil para o município, viabilizado por meio de uma parceria com a Prefeitura Municipal. Os organizadores do evento entraram financiando o projeto e os profissionais competentes para a implantação, e a Prefeitura Municipal com o licenciamento da área, material e maquinário.

A cidade tem à sua disposição a maior e uma das melhores pistas de pump track públicas do país, com curvas e rampas ideais para a diversão e desenvolvimento de atletas amadores e profissionais de todas as idades. “A pista vai incentivar ainda mais o esporte em nossa cidade, disponibilizando mais estrutura para nossos

atletas treinarem suas habilidades. Também favorece o turismo, uma vez que atrai pessoas de outras regiões para também conhecerem nosso espaço”, avaliou o prefeito Ronaldo Bento.

Para um dos organizadores do Iron Biker Brasil, Lucas Fonda, a construção da pista em Mariana é mais uma consolidação de como o município se tornou uma das principais referências do ciclismo em Minas Gerais e no Brasil. “Nós entramos com essa parceria até por tudo que essa ação representa. Mariana vem, nos últimos anos, sendo a capital do mountain bike no país não apenas por sediar o Iron Biker Brasil, mas por incentivar a prática esportiva, por meio do desenvolvimento de projetos como esse”, disse.

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MUITO HONRADOS DE COLABORAR PARA A CONSTRUÇÃO DESSE LEGADO QUE IRÁ BENEFICIAR A ATUAL E AS FUTURAS GERAÇÕES DO ESPORTE DE MARIANA LUCAS FONDA IRON BIKER BRASIL
REVISTA
FICAMOS

UM EXEMPLO PELO

DE AMOR MOUNTAIN BIKE

Você alguma vez já valorizou o fato de ter condições de fazer atividades diárias, como andar, pedalar, dirigir, fazer um café da manhã? Já imaginou ter que reaprender a fazer tudo isso? Pois bem, foi o que ocorreu com o agente comunitário, Thiago Moreira, após encarar um quadro momentâneo de tetraplegia devido ao câncer. Tudo isso ganhou um novo significado e contou com um impulso de duas paixões: a bicicleta e o mountain bike.

A descoberta do câncer aconteceu após um longo período com fortes dores nos braços. A situação chegou em tal ponto que o ombro de Thiago começou a ficar inchado. Neste momento, ele foi orientado a procurar um neurocirurgião. Eis que o especialista solicitou uma bateria de exames que trouxeram um resultado assustador: câncer e um quadro de metástase.

’’O momento mais difícil para mim é ter o diagnóstico e reconhecer que está com aquela doença. A gente teve meia hora para assimilar tudo, dar a notícia para todo mundo que tinha de saber e providenciar minha internação”, contou. Naquela altura, Thiago já não conseguia se locomover e apresentava uma fraqueza nos braços. Um dos tumores estava comprimindo a medula e o obrigou a passar por uma cirurgia de emergência para evitar um quadro de tetraplegia. E assim foi feito. Thiago passou pelo procedimento cirúrgico e disse ter sido muito difícil o pós-operatório por conta das fortes dores.

RECUPERAÇÃO E A DECISÃO DE VOLTAR A PEDALAR

O processo de reabilitação de Thiago durou cerca de, seis meses. Nesse período, o ciclista precisou usar cadeiras de rodas, cadeira de banho, para só então, iniciar as sessões de fisioterapia. Foram, pelo menos, três meses de fisioterapia, com três sessões por semana para voltar a caminhar. No início de 2021, depois de outro procedimento cirúrgico, Thiago decidiu retomar com o ciclismo. Por isso, adquiriu uma bicicleta ergométrica. “Quando eu era mais novo eu pedalava muito. Depois fiquei uns 10 anos sem pedalar e eu sempre quis ter uma rotina mais ativa e sempre postergava. Até que uma hora a gente tem que fazer a mudança por necessidade e por desespero, como no meu caso. Por talvez não ter mais a chance de aproveitar mais uma vez”, disse.

À medida que Thiago foi recuperando suas forças, foi retomando suas atividades. No primeiro momento, os afazeres de casa como, por exemplo, fazer o primeiro café da manhã que, segundo ele, foi muito celebrado. Nos últimos meses, o grande impulso surgiu com o Desafio Virtual, do Iron Biker Brasil. A partir daquele momento, a sua rotina mudou. O primeiro passo foi fazer a inscrição para o evento. Em seguida, passou a acordar mais cedo e voltou a pedalar. Nesse sentido, o ciclista destacou a motivação em participar do desafio virtual do Iron Biker realizado em 2021. ’’Um dos maiores incentivos que eu tive para voltar ao pedal foi o desafio virtual do Iron Biker. Eu consegui completar os 500km que eu me propus”, finalizou.

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Thiago Moreira, 34 anos, morador de Ouro Preto, foi identificado com um câncer. Desde então, o agente comunitário trava uma dura batalha pela vida e encontrou no pedal forças para lutar contra a doença.
QUANDO EU ERA MAIS NOVO EU PEDALAVA MUITO. DEPOIS FIQUEI UNS 10 ANOS SEM PEDALAR E EU SEMPRE QUIS TER UMA ROTINA MAIS ATIVA E SEMPRE POSTERGAVA. ATÉ QUE UMA HORA A GENTE TEM QUE FAZER A MUDANÇA POR NECESSIDADE E POR DESESPERO, COMO NO MEU CASO. POR TALVEZ NÃO TER MAIS A CHANCE DE APROVEITAR MAIS UMA VEZ!

SUPERAÇÃO E COROAÇÃO NO IRON BIKER BRASIL 2022

- Conte como é essa sua relação com a bicicleta, com o ato de pedalar? Em julho de 2021, você fez uma postagem no seu Instagram dizendo que pedalar tinha ganhado um significado maior do que simplesmente andar de bike.

- ”Depois de tudo que passei, o andar de bike estava mais associado à minha saúde física, ao combate ao câncer, à diversão, ao lazer, mas não era simplesmente pedalar. Pra mim ele vai muito além, é uma terapia”.

- Qual é a sensação de pedalar e sentir o vento, a brisa, ver o sol, as paisagens?

- “Sentir isso pra mim é libertador, inspirador porque ao mesmo tempo que me liberta dos sentimentos negativos, ele também me inspira a ser e estar sempre melhor para encarar tudo isso”.

PARTICIPAÇÃO NO IRON BIKER BRASIL 2022 E A CONQUISTA DO TROFÉU ABELHA

Em 2022, Thiago participou pela primeira vez do Iron Biker Brasil numa enorme demonstração de superação. ’’Os desafios tanto o virtual, quanto o presencial, tiveram sentidos mais amplos que o competir”, disse. Mais do que isso, reiterou o seu desejo de desafiar seus próprios limites. ’’Minha intenção nesses dois desafios foi mostrar que eu posso. Eu saí de um quadro de tetraplegia há pouco tempo e hoje estou pedalando no meio de tantos atletas e dando o meu melhor dentro das possibilidades”, completou.

Após os dois dias de prova, Thiago Moreira foi coroado com o Troféu Abelha e disse. “É o que a Laura falou, a gente ainda tem uma luta pela frente, mas ano que vem estou de volta e vamos concluir o trajeto junto com todos vocês que participaram. Muito obrigado!”, disse emocionado. Desde 2009, o Iron Biker Brasil entrega o Troféu Abelha ao atleta que se supera e mostra que no esporte não existem barreiras. A premiação surgiu após a morte de André Abelha, grande incentivador do Iron Biker, que participou de todas as edições entre 1993 e 2008.

Por fim, Thiago elogiou a competitividade e a organização do Iron Biker Brasil. “O trajeto que eu consegui fazer, eu achei maravilhoso! Tanto pelo trajeto, pela equipe, pelo pelotão, para mim é mais a sensação de que esse ano eu consegui e ano que vem eu vou fazer bem mais para competir com todo o pessoal!”.

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CRESCIMENTO DO COLABORA COM O MOUNTAIN BIKE NA REGIÃO Empreendedor, fundador da associação de ciclismo no município e muitos km’s percorridos sobre duas rodas, JULIANO NEVES, se tornou referência do esporte na cidade
MARIANENSE

Juliano Neves, 40 anos. Marianense, que há mais de duas décadas participa de torneios de ciclismo. O empresário local se tornou uma figura importante do esporte na cidade por ter contribuído para a criação de uma associação da categoria no município. Além disso, embarcou no ramo comercial também com a intenção de fazer prosperar o crescimento do mountain bike na região dos Inconfidentes. Sempre buscou dar oportunidade aos mais jovens de ter um envolvimento com o ciclismo e com o mercado de trabalho por meio dos projetos que desenvolveu na cidade. Uma verdadeira história de amor por tudo que o esporte representa.

Você deve estar se perguntando como tudo começou, não é? Vamos lá: A primeira vez que Juliano Neves subiu numa bicicleta, ele tinha apenas 7 anos. Apesar disso, Juliano se recorda de ter tido o auxílio do pai para aprender a andar de bicicleta. Nas primeiras vezes pedalou com ajuda de uma das “rodinhas auxiliares’’. Mas, Juliano se apaixonou pela bike quando conseguiu se equilibrar sozinho.

A primeira competição ocorreu bem mais tarde, quando já tinha 16 anos, e de forma inusitada. O então adolescente queria se desfazer de um videogame. Após tentativas frustradas de vendê-lo, optou por trocar o aparelho por uma bicicleta de um amigo. Pouco depois, Juliano começou a receber muitos elogios pela forma como pedalava. A primeira corrida foi num trajeto entre Mariana e o distrito de Cachoeira Brumado, no qual Juliano alcançou o terceiro lugar. A partir daí, as bikes sempre estiveram presentes na vida dele.

Nessas duas décadas vivendo, acompanhando e respirando bicicletas, Juliano destaca o efeito transformador que o esporte promoveu na sua vida. “É impressionante o tanto que a bike me formou como pessoa. Através da bike aprendi que o esforço vale a pena, aprendi a ganhar e a perder, aprendi que é necessário encarar o processo para atingir os objetivos e que o erro é a parte mais importante para a evolução”, disse.

DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS

Em dezembro de 2002, foi criada a Associação dos Ciclistas de Mariana (ACM), na qual Juliano Neves foi um dos fundadores e, também, o primeiro presidente. Segundo Juliano, a ideia de criar uma associação surgiu da necessidade de formar esportistas de alto nível, tendo como apoio institucional as empresas do município. O projeto, que completa 20 anos, conta com 110 ciclistas associados, visando sempre o estímulo à prática do esporte.

Ao mesmo tempo, Juliano Neves reconhece que se esforçou muito para que Mariana conseguisse desenvolver o esporte. “Uma preocupação minha foi sempre tentar contribuir e fazer com que nosso esporte se fortaleça cada vez mais, principalmente, as crianças. Logo, eu ficava triste quando via as categorias de base com poucos participantes, pois esse era um sinal que o esporte não ia bem”, contou.

Atualmente, Juliano Neves não faz mais parte do projeto. Porém, fez questão de ressaltar que Bruno Freitas, secretário de esportes, e Anderson Silva, atual presidente da ACM, são pessoas apaixonadas pelo esporte e fundamentais para a manutenção e crescimento da associação. Da mesma forma, vale dizer que Juliano Neves criou em 2013, a Seven Bike House, a nomenclatura Seven provém do sobrenome da família Neves ao contrário. A loja, por sua vez, surgiu da paixão pela bike e avançou Brasil afora graças ao esforço familiar. Hoje, a empresa também gera emprego e renda na região. Afinal, são 8 funcionários trabalhando na Seven. “Contratamos, geralmente, pessoas em busca do primeiro emprego, onde além de ensinar o ofício, sempre tentamos criar ambientes para que as mesmas se desenvolvam e se tornem não apenas profissionais exemplares, mas também pessoas melhores”, salientou.

Por fim, é importante ressaltar que a história de Juliano Neves foi construída ao longo de duas décadas e se conecta com a evolução do próprio mountain bike em Mariana. Devido ao seu envolvimento nos torneios e no desenvolvimento do esporte na região fez com o que mesmo fosse reconhecido pelo seu trabalho. “Sinceramente não imaginava tudo isso. Mas fato é que, quando a gente faz uma coisa constante e com o coração é inevitável que a gente acabe virando uma referência. Não só pelos títulos, mas pelo legado”, finalizou.

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LAR COMUNITÁRIO SANTA DOAÇÃO DE ALIMENTOS SANTA MARIA RECEBE

Mais uma vez, os ciclistas também deram um show fora das trilhas com a campanha IRON DO BEM

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O Lar Comunitário Santa Maria, em Mariana, recebeu cerca de 2 toneladas de alimentos não perecíveis com a campanha Iron do Bem, realizada nesta 29ª edição do Iron Biker Brasil. Mais uma vez, os atletas participaram em peso dessa grande ação de solidariedade com entidades filantrópicas do município sede do evento.

Para o secretário de esportes de Mariana, Bruno Freitas, o Iron do Bem é muito mais do que uma ação beneficente; é uma corrente de amor pelo próximo. “Sempre digo que esse gesto é um exemplo de humanidade. É bonito ver essa união em torno de uma causa nobre. Esse ano, encaminhamos as doações dos atletas para o Lar Santa Maria, uma instituição mantida pelas Obras Sociais Monsenhor Horta, que atende cerca de 60 idosos. Então, ficamos muito felizes em ver se consolidando, cada vez mais, o Iron do Bem”, disse.

Orgulhoso da ação, o atleta Rafael Santos, de São Paulo, conta que sempre faz questão de disseminar as informações do Iron do Bem para as pessoas que estão em sua rede de contatos pela grandeza do objetivo da atividade. “É importante como o Iron do Bem é propagado e promovido até mesmo dentro de Mariana e da própria competição. Fazer o bem é magnífico. Fazer algo pelo próximo não tem valor”, afirmou Rafael. Se você quiser conhecer o trabalho realizado no Lar Santa Maria, em Mariana, faça uma visita no endereço localizado na Rua Dom Oscar de Oliveira, 31, São Pedro ou ligue no (31) 3557-1650.

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OS ÚLTIMOS JÁ SÃO OS PRIMEIROS...

Bruno Castanheira e Sonia Regina sofreram muito, mas conseguiram ultrapassar a linha de chegada nos dois dias de prova

Em competições esportivas, o destaque normalmente é dado aos ciclistas que vencem as provas e obtêm bons resultados. Nada de estranho nisso. Mas, ainda assim, é importante lembrar que os campeonatos adquirem valor pela presença de todos os participantes e que eles também contribuem muito para o sucesso do evento. Em provas como o Iron Biker Brasil o conceito de vencer é subjetivo, visto que, cada um tem objetivos específicos e todo mundo busca, de alguma forma, se superar, provar para si mesmo que é capaz de cumprir determinada meta. Diante desse contexto, ouvimos o relato de dois atletas que sofreram para finalizar o trajeto, mas que alcançaram o objetivo em comum: concluir os dois dias de prova.

Bruno Castanheira, de 39 anos, morador da zona oeste do Rio de Janeiro, participou do Iron Biker Brasil pela terceira vez. O ciclista é professor de educação física e já foi proprietário de uma academia. Desse modo, Bruno esteve sempre propenso a fazer exercícios físicos. Mas, a entrada do ciclismo na sua vida ocorreu apenas em 2016. O ciclista alega que, no início, fazia apenas um pedal com os amigos para se distrair e, com o passar do tempo, a bike virou uma terapia. Bruno conta que passou a levar

o ciclismo mais a sério em 2018. No ano seguinte, fez a sua estreia no Iron Biker Brasil. Desde então, competiu em todas as edições do evento em Mariana (MG). Bem como, explicou porque faz tanta questão de participar do Iron Biker Brasil. “É um evento que vale a pena participar em termos de organização e estrutura. Isso anima qualquer um. Graças a Deus, consegui concluir a prova”, pontuou.

Quem também se encantou com a competição foi Sonia Regina, de 57 anos, que fez sua estreia no Iron Biker Brasil. Após a prova no domingo, a pedagoga, que vive em Ribeirão Preto (SP), falou sobre a experiência. “Espetacular! Organização, carinho, as pessoas que trabalham aqui apoiaram demais nos momentos difíceis, o staff, ouvi muitas palavras de apoio”, disse. Sonia sempre acompanhou o namorado Marco Corrado nas provas de ciclismo. Ele, inclusive, esteve presente nas últimas quatro edições do Iron Biker Brasil. Devido a influência do companheiro, a educadora que, normalmente, participa de provas, passou a se interessar também por ciclismo. Já são, aproximadamente, cinco anos praticando ciclismo e a primeira vez no Iron Biker estava previsto para 2020, contudo, foi adiado devido a pandemia. Do mesmo modo,

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Sonia Regina destacou o apoio familiar e a necessidade desses estímulos para seguir pedalando. “O ideal é continuar mantendo o foco nos cuidados, constância nos treinos e a participação em provas só é possível graças ao apoio da minha família. Eles me ajudam demais”, concluiu.

Com a palavra, os atletas que terminaram a maratona na última posição nos dois dias de prova.

Como foi a sua preparação para participar do Iron Biker Brasil?

Bruno: Eu não fiz uma preparação muito boa por conta do trabalho e da correria do dia a dia. Não tinha condições de treinar para poder fazer o Iron Biker Brasil de uma forma melhor. Então, eu fazia entre 2 e 3 pedais, por semana, e sempre buscando locais de acordo com o que a prova demandava para não sofrer tanto nos dias de prova. Treino básico, treino normal, tentando manter uma consistência, uma sequência. Além disso, tentei controlar a alimentação e fiz o básico para tentar completar a prova

Sonia: Senti falta de uma preparação mais específica, porque eu sou mais treinada para corrida. Embora eu seja absolutamente amadora nos esportes que pratico, tenho uma rotina constante de preparação visando minha ocupação diária. Atualmente, faço musculação e conto com o auxílio de Pedro Hillo, professor de corrida de mountain bike. Desse modo, os treinamentos me satisfazem e, também, contribuem com a minha saúde, visto que, sou diabética. Mantenho essa comorbidade de saúde sob controle somente com alimentação e atividade física. Participar de provas veio por consequência, já que tenho preparo regular.

O que você achou do percurso? E como foi testar seus limites?

Bruno: No que tange ao percurso foi muito desafiador, por exemplo, a etapa de sábado foi muito dura. Com quase treze e meio de altimetria, o sábado foi uma prova bem difícil com bastante subida. Os últimos 20 km da prova foram só com montanhas, tanto que o finish foi com 1200m de altitude! Dizem que o Iron Biker de antigamente tinha voltado. Pra mim, no caso que estava sem treinar foi muito sofrido. Até o km 40 estava andando bem com um grupo de cinco pessoas, desses, três desistiram, eu e mais um continuamos. O meu parceiro estava sofrendo um pouco e resolvi dar uma força para ele finalizar a prova, pois ele reside perto de onde eu moro, mas faltando 16km ele desistiu. Infelizmente! Eu não imaginava que ele fosse fazer isso. Só nessa de esperar para dar uma força eu perdi 2h30 da prova e andei 16km sozinho até terminar

a prova.

Sonia: Muito técnico e desafiador o percurso. Os dois dias foram difíceis para mim, porém, com dificuldades diferentes. Usei a minha experiência em provas anteriores para dosar a força e não quebrar antes da chegada, controlando também as distâncias e os horários dos cortes na prova. O psicológico também foi fundamental. Controlei bastante a hidratação e a ingestão de carboidratos durante a prova. Senti medo, dor, mas meu foco era o tempo todo terminar a prova.

Como lidar com as dores nos dois dias de prova, resistir até o fim do percurso?

Bruno: Na hora da prova as coisas mudam, na largada tem aquela empolgação e às vezes você quer dar tudo no início, então, é necessário saber dosar. A prova é feita de início, meio e fim. Eu não esperava ter entre 5km e 6km de subida logo no início, desse modo, senti muitas câimbras na panturrilha e comecei a trabalhar meu psicológico porque sabia que a prova seria muito difícil. Além disso, estudei o percurso e sabia que os 20km finais do sábado seria com muitas subidas e altitude de 1200m. Eu sofri muito no sábado, como te disse anteriormente, no fim percorri 16km sozinho. Mas eu estava com o psicológico muito forte e fui com o objetivo de concluir o trajeto. No domingo, eu consegui andar muito melhor porque eu descansei, planejei a prova de outra forma, me alimentei melhor e tudo fluiu da melhor maneira possível.

Sonia: Aguentar a dor, saber que ela vai passar, conhecer o seu próprio corpo. Prender a respiração, muitos momentos a respiração meu salvou. Muitas dores na lombar, na perna, ter calma, esperar o organismo se adaptar, não enfrentar aquilo que você não tem condições de fazer, vi muita gente tomando tombo. Vi muita gente indo no embalo, no impulso. Essa dosagem é muito importante para você conseguir chegar até o final.

Você pretende participar do Iron Biker Brasil 2023?

Bruno: Então, eu vou participar do Iron Biker 2023, eu já fiz minha inscrição. Pretendo ir mais forte, mais treinado para não sofrer igual este ano. No domingo, eu andei bem melhor, muito diferente do sábado. Consegui pedalar mais leve, mais tranquilo, optei por fazer minha prova sozinho e consegui fluir bem melhor no domingo. Mas, ano que vem, participarei com certeza e tenho que treinar para chegar melhor em 2023.

Sonia: Com certeza!

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Incentivadora do Iron Biker é referência na Região dos Inconfidentes

Mariana, na região central de Minas Gerais, recebeu, pelo nono ano consecutivo, ciclistas de diversos cantos do Brasil, que percorreram cerca de 150 quilômetros, divididos em dois dias de prova e como uma das maiores incentivadoras do evento na cidade, a empresa Magmotos Mariana fez parte da equipe de “batedores” nos percursos, completo e reduzido.

A Magmotos Mariana foi fundada no ano de 2018, quando seus sócios, Jonathan Silva e Humberto Magalhães decidiram unir experiência comercial e gestão administrativa/financeira em revenda de motocicletas multimarcas na região.

Jonathan e Humberto, popularmente conhecidos como Bisk8 e Juninho, respectivamente, fazem parte de uma equipe composta por vários pilotos de moto da cidade de Mariana que visa garantir a segurança e orientação dos atletas nos trajetos percorridos durante as provas.

A empresa que tem como principal objetivo atender o mercado de motociclistas da Região dos Inconfidentes com respeito, competência e qualidade é referência no mercado de revenda e comercialização de motocicletas novas e seminovas, prezando pela imagem da marca e sempre buscando excelência e qualidade.

A Magmotos é incentivadora do Iron Biker e contribui diretamente com o esporte de duas rodas na cidade sendo uma das patrocinadoras, da Equipe Lemos Race Team, que conta com vários atletas, sendo Osmar Silva um dos destaques que expressam profundo orgulho de poder sempre incentivar.

FINISHER’S

fotos: DIOGO ANDRADE e WANDERLEY VIEIRA
O medalhista olímpico, suíço, Christoph Sauser, foi o vencedor da categoria elite masculina, e Andrea Marcellini, por sua vez, venceu na categoria feminino pro NAS TRILHAS NO AMOR E 66 REVISTA
2022 PARTICIPA DO IRON BIKER BRASIL CASAL DE SUCESSO NO MTB
IRON BIKER

Christoph Sauser, 46 anos, suíço, e a brasileira Andrea Marcellini, 42 anos, mineira, de Belo Horizonte, têm em comum a paixão pelo mountain bike. Paixão que ultrapassou a fronteira do esporte e resultou em casamento. Ambos participaram da 29ª edição do Iron Biker Brasil e venceram nas suas respectivas categorias. No entanto, ele sempre se destacou nas pistas, enquanto ela sempre foi uma figura importante na inserção das mulheres no ciclismo dentro e fora do Brasil.

UM MULTICAMPEÃO NAS PISTAS

Christoph Sauser ostenta um currículo bastante vitorioso, entre os principais feitos estão: a medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Sidney, na Austrália, em 2000, e os dez títulos de Copa do Mundo de mountain bike. Além disso, o ciclista já esteve nos três lugares mais altos do pódio do campeonato mundial de Mountain Bike, saiu vitorioso na edição de 2008, terminou em segundo lugar em 2005, e em terceiro lugar, em 2001. Nesse sentido, o ciclista lembra com orgulho das conquistas: “A medalha olímpica e os títulos mundiais são super especiais. Eu sempre busquei os grandes títulos, mas eu nunca imaginei que seria capaz de conquistar coisas tão grandes. Consegui ter uma carreira consistente e sempre participei de corridas longas” afirmou. Não bastasse todos esses prêmios, o suíço ainda foi o primeiro ciclista a vencer cinco edições da Abse Cape Epic, torneio realizado anualmente na África do Sul, desde 2004, e que faz parte dos torneios credenciados pela UCI (União dos Ciclistas Internacionais).

RELAÇÃO COM O BRASIL E COM O PÚBLICO BRASILEIRO

O Iron Biker Brasil foi apenas a terceira aparição da lenda do mountain bike, Christoph Sauser, no Brasil. Antes disso, ele tinha vindo ao Brasil, em 1998, quando ainda era sub23, para participar de uma competição, em Foz do Iguaçu. Depois disso, o suiço esteve ausente da Copa do Mundo de Mountain Bike, em Balneário Camboriú. Com isso, só retornou ao Brasil, em 2012, já com Andrea Marcellini, numa viagem de bicicleta pela costa do descobrimento na Bahia.

Apesar disso, Chistoph Sauser sempre manteve uma boa relação com os brasileiros. Antes mesmo de chegar em Mariana, para participar da maior prova de Mountain Bike da América Latina, ele disse: “Os brasileiros são incríveis. É uma sensação diferente de pedalar na Suíça, por exemplo.” Após a conquista do Iron Biker Brasil agradeceu a hospitalidade do público. “Todo mundo se divertiu! Nós quando subimos na bicicleta, fazemos o que nós amamos e isto faz parte de mim. Foi legal compartilhar as histórias com outros ciclistas. Muito, muito agradável!” concluiu.

A LUTA PELA INCLUSÃO DAS MULHERES E A CARREIRA COMO GESTORA

A brasileira Andrea Marcellini, radicada na Suíça há uma década, foi uma das propulsoras da participação feminina no esporte. Hoje, mãe, Andrea ressalta que sua briga pela inclusão feminina no ciclismo começou ainda na adolescência. “Para mim, o mais importante era isso. Desde a adolescência quando reivindiquei as categorias femininas nas provas, comecei a organizar carona para as meninas irem juntas para as provas e tornar as coisas mais acessíveis” disse.

Nesse sentido, o primeiro movimento foi a coluna “A Hora do Blush” na revista Bike Action. Posteriormente, a ideia virou um projeto idealizado para a participação feminina e de iniciantes pelas ruas de Belo Horizonte. Anos depois, Andrea se inscreveu num projeto de mestrado em gestão esportiva na Suíça, e a partir daí, emendou uma série de projetos e estágios que foram consolidando seu nome dentro do esporte nas áreas de administração e organização de eventos.

Na sua carreira profissional, tem como grande expoente o fato de ter trabalhado sete anos na UCI (União dos Ciclistas Internacionais) alcançando em dado momento o departamento de esportes, com a responsabilidade de criar estratégias globais de desenvolvimento do ciclismo feminino. Nessa trajetória dentro da UCI, a brasileira destaca que sempre buscou normalizar a participação feminina no ciclismo. “Não podemos permitir nos colocar como se a gente fosse decoração, vedete. Afinal, é normal homem andar de bicicleta, mulher andar de bicicleta. Ciclismo é para homem e para mulher, acabou!”, finalizou.

PARTICIPAÇÃO NO IRON BIKER BRASIL 2022

Depois de quatorze anos, Andrea voltou a disputar o Iron Biker Brasil. Após a prova, ela disse que a emoção de voltar a disputar o Iron Biker é a mesma. “Vejo que o Iron Biker Brasil evoluiu, tem várias melhorias, tem mais trilhas. A última vez que fiz era só estradão. Vejo que temos trilhas preparadas para a competição. Vejo que o esporte está crescendo. Estar em Minas, ouvir os sotaques diferentes do Brasil, do pessoal nordeste, do Sul, de São Paulo, encontrar com velhos amigos. Então, tudo isso é superespecial para mim”, concluiu. Por fim, ela exaltou o resultado obtido. “Eu moro num país muito montanhoso, isso vai acumulando e vai virando um bom preparo físico. Não sabia que eu estava preparada para vencer. Estou duas vezes feliz, de ter terminado bem e de ter vencido a categoria”.

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DO IRONBIKER HISTÓRIA

Com a palavra, o “pai da criança”, Gilberto Canaan:

O Iron Biker Brasil nasceu em 1993, da evolução natural do meu trabalho como produtor de eventos e na organização de competições de mountain bike de sucesso, tais como a prova do Vale do Sereno, Quintal do Abelha, Copa Haas Motos de mtb (5 etapas), MTB Mulher, o Up & Down Hill 98FM (2 anos) e o torneio Premo/Skol de mtb (5 etapas). Eu já sonhava e sentia que era o momento de realizar uma competição grandiosa de mountain bike, tão grandiosa quanto o Enduro Internacional da Independência*, do qual eu era o coordenador geral.

Daí bastou eu juntar forças com as pessoas certas, que acreditaram nessa ideia: Cristiano Paz (SMP&B Propaganda), Marco Antonio Canaan (Mountain Bike Clube BH), Rodrigo Simões (BH Shopping), Tatiana Mares Guia (Coca Cola), Hélio Dourado (Premo), Flávio Carneiro (98FM), e o sonho ia se materializando.

Pronto, contando com minha paixão e experiência na produção de eventos nacionais e internacionais, de motociclismo fora de estrada e de competições de mountain bike, patrocinadores e parceiros fortes e a melhor agência de comunicação do Estado, em 1993, o Iron Biker Brasil já nascia grande. A maior prova de mountain bike da América Latina. O desafio de uma maratona de dois dias entre as montanhas históricas de Minas Gerais, que atraia competidores e a mídia de todo o Brasil, e oferecia a maior premiação do país.

Ouso afirmar que o Iron Biker Brasil foi o evento pioneiro na modalidade de maratona em competições de mountain bike no mundo. Desconheço e gostaria que me citassem uma outra prova nessa modalidade anterior ao evento brasileiro.

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O Iron Biker foi criado para ser uma competição de 2 dias, com largada em Ouro Preto no primeiro, chegada em Itabirito ou região, pernoite livre, nova largada em Honório Bicalho (Nova Lima) ou Rio acima, e chegada no BH Shopping, em Belo Horizonte. E foi assim de 1993 até o ano 2000.

O roteiro, totalmente sinalizado, era dividido em trechos cronometrados e trechos de deslocamento, com largadas individuais de 30 em 30 segundos entre os competidores, que eram divididos em várias categorias conforme a experiência, sexo e faixa etária. Havia uma pontuação para a classificação em cada dia de prova, e vencia aquele que acumulasse a maior pontuação somadas dos 2 dias. Assim aconteceu de 1993 a 1994, sendo, nessa época, dois os maiores desafios para a organização: atrair atletas comuns, não profissionais, que, assustados com a força do nome “Iron Biker”, tinham receio de não serem capazes de enfrentar e concluir o desafio, e o grande período de tempo, gasto pela equipe de cronometragem, até a apuração de resultados para a premiação. A solução desse último, adotada em 1995, foi abolir esse tipo de apuração de resultados e adotar o sistema de ordem de chegada por categoria. Vence aquele que tiver acumulado a maior pontuação na soma de pontos dos 2 dias.

Em 1998, o evento se tornou internacional, impulsionado por um convênio firmado entre os organizadores do Iron Bike da Itália e o Iron Biker Brasil, onde os campeões estrangeiros receberiam de prêmio a participação no evento brasileiro, sem nenhum custo da parte deles. Uma quase coincidência de nomes, mas com uma diferença enorme no formato das provas, promoveu o encontro entre as 2 organizações, que gerou um intercâmbio de atletas de várias nacionalidades. Pela primeira vez um estrangeiro, o italiano Marzio Deho, se sagrava campeão do Iron Biker Brasil.

De forma bem resumida, do ano 2000 a 2002, o roteiro foi invertido devido ao grande e rápido crescimento imobiliário na região do BH shopping, impossibilitando que a chegada da prova se desse numa região urbana e densamente habitada. De 2003 até 2009, a prova passou a ser disputado no eixo Ouro Preto – Mariana. Em 2010, o evento foi cancelado por falta de recursos financeiros. As competições de 2011 e 2012 foram disputadas em Belo Horizonte e Nova Lima, Minas Gerais.

A partir de 2013, a organização do Iron Biker Brasil foi renovada e reforçada através de uma nova formação societária: Lucas Fonda e Marco Antonio Canaan se tornaram sócios da marca “Iron” e gestores de seus projetos futuros. Nesse mesmo ano, graças a uma visão empreendedora e ousada do então Prefeito de Mariana, Celso Cota, que, sabendo da força do evento como uma potente ferramenta de fomento ao turismo, economia e ao esporte do município, por sua importância e grande poder de divulgação nacional e internacional, firmou um contrato de 4 anos com os organizadores, o qual vem sendo renovado a cada nova gestão, desde então.

IRON BIKER BRASIL 30 ANOS

Desde a sua criação, e até os dias de hoje, a organização do Iron Biker Brasil tem enfrentado e se adaptado a diversas mudanças econômicas, tecnológicas, culturais e esportivas do Brasil e, na medida do possível, vem crescendo e evoluindo, ano a ano, sempre primando pela excelência em todas as áreas que compõem o evento. Inovando e batendo recordes em número de inscritos, em número de atletas participantes do sexo feminino, em diversidade de modalidades, tais como: duplas, duplas mistas, triplas, tandem, turismo, elétrica, etc., em diversidade de roteiros da prova e na qualificação e origem dos atletas vindos de todos os estados brasileiros, em busca de vencer o desafio pessoal e levar o prêmio maior: a medalha de Iron Biker.

Hoje, 29 anos depois, o Iron Biker rompeu fronteiras e é reconhecido como um dos maiores eventos de mountain bike do mundo, um patrimônio reconhecido do ciclismo nacional, motivo de orgulho para todos nós, organizadores, promotores, patrocinadores e atletas brasileiros.

* Enduro Internacional da Independência – maior prova do motociclismo off road brasileiro, nasceu em 1983 com o objetivo de resgatar as trilhas e os caminhos históricos percorridos por Dom Pedro I (Estrada Real), numa prova de 3 dias, com a largada no Rio de Janeiro e chegada em Belo Horizonte, reunindo um número recorde de pilotos de todo o Brasil e estrangeiros.

OS DESAFIOS E MARCAS AO LONGO DO TEMPO
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IRON MOMENTS

O IRON BIKER BRASIL 2022 foi um sucesso dentro e fora das trilhas. O clima na arena do evento foi marcado pelo sentimento de superação, amizade e o alto astral.

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