TFG - Conservatório Livre Ritmo em Movimento

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CONSERVATÓRIO LIVRE RITMO EM MOVIMENTO


ENTRE

CIDADES


PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECTNOLOGIA FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO

Conservatório Livre Ritmo em Movimento Trabalho Final de Graduação

Orientanda

Isabela Martins Ferreira

Orientador

Prof. Dr. Claudio Manetti

CAMPINAS, SP 2019


AGRADECIMENTOS Agradeço ao meu orientador, Professor Doutor Claudio Manetti, por ter me guiado durante todo esse semestre, colaborando imensamente para a concepção deste projeto, incentivando minhas ideias e lidando com minhas inseguranças, sempre me ensinando muito, me fazendo acreditar no meu projeto e abrindo minha mente para novas ideias. À Professora Doutora Mônica Manso e ao Professor Doutorando José Luiz Grieco, por todas as críticas construtivas que auxiliaram no processo de desenvolvimento do projeto. À professora Helena Padovani, que me ajudou muito com as questões de conforto acústico. Agradeço a todo corpo docente e funcionários da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Aos funcionários do Instituto de Artes e Faculdade de Música da UNICAMP, engenheiro Wilmar Passarella e assistentes administrativos Luiz Medeiros de Oliveira e Neusa Trindade, que foram muito queridos ao me 4

guiarem pela faculdade, mostrarem as salas de música e contribuírem com informações. Também por compartilharem com informações da escola e me guiarem durante minha visita, agradeço a Roberta Zandará, diretora administrativa e financeira e Maria Cecília Menque, coordenadora pedagógica, funcionárias do Conservatório Carlos Gomes. Ao meu professor de ballet, Mailson Silva, que colaborou com informações sobre a escola de dança Karen Righetto. Também a minha primeira professora de ballet Cristiana Packer, que também contribuiu com informações sobre sua escola de dança. Ao meu pai, João Ferreira, e seu colega Fernando Scalet Jr., engenheiros que me ajudaram na concepção estrutural e dimensionamento das peças do meu projeto. Por fim, muito obrigada aos membros da banca, professor mestre Luís Eduardo Loiola de Menezes e professor mestre Thiago Carneiro Amin.


DEDICATÓRIA Aos meus pais, João e Marilúcia, que acompanharam toda a minha trajetória e me apoiaram em quaisquer que fossem minhas escolhas, sou eternamente grata à vocês por tudo e pela formação que me proporcionaram. Ao meu irmão Pedro, que mesmo de longe sempre me apoiou. E ao meu companheiro de vida Leonardo, por todo amor, por me encorajar e tranquilizar durante todo o processo, além de incentivar minhas ideias. Eu amo vocês. Aos amigos que fiz na FAU PUC-Campinas e futuros colegas de profissão, que se tornaram muito importantes pra mim e que me ajudaram muito durantes esses 5 anos de faculdade, em especial a Bianca,

Emmanuelle, Gabrielle e Júlia, minhas maiores companheiras durante o período da faculdade, responsáveis por deixar esses anos mais leves. Também aos amigos que conquistei em outros lugares, principalmente a Isabela, Juliana e Maíra, pela amizade, companheirismo e compreensão pelas vezes que precisei dedicar mais tempo a faculdade. Aos meus amigos e colegas de grupo do TFG, Bianca, Emmanuelle, Júlia, Marina, Marcela, Mariana, Thays e Vítor, por toda a ajuda e apoio durante esse ano, obrigada por fazerem do último ano um dos melhores, obrigada por contribuírem com tanto.

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SUMÁRIO

1. Introdução CAPÍTULO 1: Contextualiação

.....................07 .....................08

2. Contextualização no Plano Urbano 3. Terreno e Insolação CAPÍTULO 2: O Projeto 4. O Projeto 4.1. Propósito e Nome 4.2. Partido Arquitetônico 4.3. Setorização e Fluxos 4.4. Programa CAPÍTULO 3: Desenhos 5. Desenhos Técnicos 5.1. Implantação 5.2. Corte AA 5.3. Corte BB 5.4. Planta - Subsolo 6

5.5. Planta - Térreo

5.6. Planta - 1º Pavimento 5.7. Planta - 2º Pavimento

.....................10

5.8. Corte CC

.....................12

5.9. Corte DD

.....................14 .....................16 .....................16 .....................18 .....................20 .....................22

5.10. Corte EE 5.11. Corte FF 5.12. Corte GG 5.13. Corte HH 6. Detalhamentos

.....................32 .....................33 .....................34 .....................34 .....................36 .....................36 .....................38 .....................38 .....................40

.....................26

6.1. Sistema Estrutural e .....................40 Cobertura 6.2. Sistema de coleta da água ...............44 das chuvas e Caixa d’água

.....................26

6.3. Questão Acústica

.....................24

.....................28 7. Imagens Ilustrativas .....................28 8. Conclusão .....................30 9. Bibliografia .....................31

.....................45 .....................48 .....................54 .....................55


1. INTRODUÇÃO O Conservatório Livre Ritmo em Movimento foi inserido do Plano Urbano realizado na cidade de Osasco, com o intuito de levar um espaço de desenvolvimento cultural e formação artística para a população da região, destinado a toda a população. A área escolhida pelo grupo foi dada a partir de um estudo sobre limites e barreiras, pois o território escolhido apresenta diversos tipos de barreiras: a Rodovia Castelo Branco, o Rio Tietê, a linha da CPTM, a área militar, entre outros obstáculos que impediam o deslocamento das pessoas principalmente no sentido transversal.

Por isso, o plano criou novos eixos, além da reestruturação viária, que possibilitou um melhor fluxo pela área, criando novas transposições, além de valorizar regiões que se encontravam abandonadas, sem qualidade urbana. Em um desses eixos foi implantado o Conservatório Livre Ritmo em Movimento. Neste memorial, será apresentado desde a contextualização do projeto, até seu partido, desenhos e detalhamentos. Um projeto que se deu pela admiração à arte, dança e música e pela vontade de levar o acesso a cultura a todos.

A arquitetura é a arte que dispõe e adorna de tal forma as construções erguidas pelo homem, para qualquer uso, que vê-las pode contribuir para sua saúde mental, poder e prazer.“ John Ruskin 7


CAPÍTULO 1 8

Contextualização


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10 7

9 8

6

5

4

1 3

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2

Proporta do Plano Urbano. Fonte:Mapa elaborado pelo grupo.

LEGENDA Cursos d’água

Linha do VLT proposta

Rodovias classe 0 e Ferrovia

Linha do BRT proposta Estação do VLT

Sistema Viário Áreas do Parque e Praças públicas Áreas de preservação ambiental Construções existentes

Construções existentes

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Ensaio de Construções segundo o novo zoneamento

Estação do BRT Estação CPTM

PROJETOS DESENVOLVIDOS 1. Parque Fluir 2. Pavilhão da Mulher

0

3. Centro Esportivo A|L 4. Conservatório Livre Ritmo em Movimento 5. Centro Cívico Oeste 6. Centro Médico Eixo Oeste 7. Escola Técnica 8. Conjunto Habitacional “Quintal Urbano” 9. Casa de Cultura PROJETOS COMPLEMENTARES 10. Teatro 11. Centro de Tecnologia Ambiental

1km


2. CONTEXTUALIZAÇÃO NO PLANO URBANO

0

200m

A área de estudo do Plano Urbano escolhida foi na cidade de Osasco, onde foi possível trabalhar com novos eixos e vias, para que as barreiras existentes fossem vencidas, criando transposições que favorecessem o fluxo de pessoas pela cidade. Além disso, modais de transporte foram criados para auxiliar nesse deslocamento. Estes foram importantes também para criar uma melhor conexão entre a parte norte e sul da cidade, intermediadas pela rodovia Castelo Branco e também conectar os novos equipamentos implantados nas diferentes regiões. Foram escolhidos 11 projetos julgados adequados para a área, que trariam melhor qualidade urbana, valorizando a área de estudo. O Conservatório Livre Ritmo em Movimento está localizado na extremidade de um eixo impor-

tante criado no Plano Urbano, o “Eixo Ilha” (R. Frei Caneca), nomeado assim por intensificar o fluxo de pessoas, valorizando a parte da cidade que está cercada por barreiras. Este enaltece o caminhar do pedestre, transpõe o rio Tietê, além de atravessar o Parque Fluir e passar por outros equipamentos importantes para o plano - o Centro Esportivo A|L e o Pavilhão da Mulher. Apesar da proximidade com a rodovia Castelo Branco, sem possuir acesso direto à ela, o edifício foi desenvolvido para poder ser visto da mesma, atraindo a atenção das pessoas que por ali transitam, porém este respeita o gabarito existente e proposto, além de possuir uma delicadeza e qualidade arquitetônica, marcando a paisagem de uma área que hoje se encontra abandonada, sem identidade.

Eixo Ilha. Fonte:Mapa elaborado pelo grupo.

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3. TERRENO E INSOLAÇÃO O terreno onde o edifício foi estabelecido, era por parte ocupado por uma favela, onde havia cerca de 160 moradias ao todo, com aproximadamente 512 pessoas (se considerado a média de habitantes por moradia de 3,2 hab/domicílio disponibilizada pelo IBGE), que foi retirada no plano urbano, com suas famílias realocadas em uma nova zona mista de média densidade, próxima do mesmo local. Este é essencialmente plano, na cota 723, com uma diferença de apenas meio metro

Proporta do Plano Urbano. Fonte:Desenho da autora sobreposta a fotografia do Google Imagens.

até o fim do terreno, por onde foram criados diferentes níveis para ocasionar diferentes sensações. Há uma diferença de 4,5 metros do fim do terreno em relação a altura da rodovia Castelo Branco. Devido a grande incidência do sol da manhã na fachada sudeste de vidro do bloco da dança, foi projetado um brise vertical móvel em frente ao auditório e cobogós nos pavimentos superiores tanto na fachada sudeste quanto noroeste, impedindo a insolação direta nas salas.

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CAPÍTULO 2 14

O Projeto


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4. O PROJETO 4.1. PROPÓSITO E NOME O Conservatório Livre Ritmo em Movimento foi projetado com o intuito de levar um espaço para a formação artística, além de proporcionar desenvolvimento cultural para a população. É destinado a todas as faixas etárias, com grande variação de modalidades dentro da arte da dança e da música, abrangendo diversos interesses, possuindo de aulas para iniciantes até espaços para ensaios de profissionais da área.

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O nome do Conservatório se deu a partir principalmente do programa que há nele. O ritmo é fundamental tanto para a dança quando para a música. O ritmo determina o tempo e permite que todos os elementos atuem de maneira harmônica, compondo uma música. Na dança, os movimentos acontecem a partir de um determinado ritmo, que organiza os passos e auxilia os bailarinos. O movimento da dança também foi representado em sua arquitetura, os cobogós utilizados com

linhas em diferentes sentidos remetem a ideia de movimento. Livre, pois o edifício é público, podendo portanto ser facilmente acessado por pessoas com qualquer renda, apenas passando por uma audição para seu ingresso. Apesar de público, o edifício possui acesso controlado, aberto apenas dentro de seu horário de funcionamento.

O movimento, portanto, revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado, ou da busca de um objeto dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada


Ritmo Ritmo é um substantivo masculino com origem no grego rhythmos e que designa a sucessão regular dos tempos fortes e fracos em uma frase musical. Indica o valor das notas, de acordo com a intensidade e o tempo. Movimento Ação de deslocar ou deslocar-se; seu efeito. Ação de um grupo de pessoas com o mesmo propósito Na Arquitetura Variedade nas linhas de um plano, da elevação e da decoração de um edifício.

situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma re- Definição pelo dicionário online Signiação, como atributos mais consficados. tantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move. (LABAN, 1978, p. 20-21)

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4.2. PARTIDO ARQUITETÔNICO A ideia principal é receber o importante eixo do Plano Urbano e tornar a entrada um convite para o pedestre atravessar pela praça criada entre os blocos, que desce 2 metros em relação ao nível da rua por uma rampa suave e que sobe novamente 2,5m por uma escada, levando a rua atrás do edifício. O propósito é deixar o eixo fluir por entre os blocos do Conservatório e não deixar que acabe antes do mesmo.

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O projeto se desenvolve em dois edifícios principais, sendo um deles térreo, destinado ao ensino musical e o outro à dança, com dois pavimentos superiores, contendo ainda um auditório e uma lanchonete de apoio para a escola no térreo. Além disso, a disposição dos edifícios e diferentes alturas, criam pátios e praças para permanência, além de possibilitar diversos fluxos, dentre eles a integração com a zona de uso misto à esquerda. As escolas são conectados por outro edifício de tran-

sição, uma passarela que é responsável pela relação entre elas. Esta não impede o fluxo de pessoas que podem passar por debaixo da mesma, podendo atravessar por toda a quadra longitudinalmente. A praça criada entre os blocos é tanto de passagem, quanto para permanência com a presença da arquibancada. Além disso, o espaço também pode ser utilizado para apresentações musicais e de dança em um ambiente externo. Já a praça criada do lado esquerdo, entre o Conservatório e a nova zona mista de média densidade, possui uma ideia de praça jardim, com jardineira elevada


para a plantação de árvores de médio porte (sem a necessidade de raízes muito profundas devido ao estacionamento subterrâneo) como Jasmim Manga, Manacá da Serra e Resedá, que criam espaços de sombra para a permanência de pessoas sobre a grama, além de poderem repousar nos bancos criados nas bordas das jardineiras elevadas. O auditório possui a fachada sudeste em vidro para criar uma integração com a praça principal, com a paisagem e com as pessoas que por ali transitam. Porém, o brise móvel projetado para proteger o interior do sol, também é adequado para diminuir as distrações do externo com o interno e pode ser fechado totalmente quando

necessário. A disposição interna das salas foi pensada em cima de uma malha de 3,6mx2,5m que foram dispostas para a criação de circulações laterais, além de criar espaços de permanência com o deslocamento das mesmas. Principalmente no edifício longitudinal, houve a preocupação de manter fluxos transversais, quebrando o longo fluxo longitudinal. A circulação lateral à esquerda no edifício da música foi priorizada para a circulação dos alunos, sendo a da direita mais utilizada para serviços, pelos funcionários. Ambas são iluminadas por aberturas zenitais. O estacionamento foi essencialmente projetado para o uso de funcionários e alunos,

com 60 vagas, não comporta atender aos espectadores do auditório. Este fica no nível subsolo e pode ser acessado por 2 pontos da nova via compartilhada. Duas novas vias foram concebidas para, além de determinar um limite ao lote do Conservatório, atender às necessidades de entradas de serviços para o auditório, lanchonete, cantina e também para as escolas. A via à esquerda é compartilhada, possuindo prioridade para o pedestre. Apesar dos acessos para o estacionamento se encontrarem nesta, os carros não ultrapassam para além das rampas, apenas aqueles que precisam utilizar as entradas de serviço do Conservatório.

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4.3. SETORIZAÇÃO E FLUXOS

LEGENDA Edifício em projeto Importantes fluxos externos

ESTUDO DE FLUXOS EXTERNOS LEGENDA Praças Pátios Permanência Escola de Música Passarela Auditório Lanchonete

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ESTUDO DE FLUXOS EXTERNOS


LEGENDA Edifício em projeto Importantes fluxos internos Acessos Acessos serviços

ESTUDO DE FLUXOS EXTERNOS LEGENDA Escola de dança 2 pavimentos

ESTUDO DE FLUXOS EXTERNOS

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4.4. PROGRAMA Pavimento Térreo COMUM Auditório (206 assentos) 1. Foyer/Bilheteria - 165,02m² 2. Sanitários (2) - 16,32m²/un 3. Anticâmara (2) - 5,68m² 4. Sala Técnica -15,68m² 5. Plateia - 276,01m² 6. Fosso da Orquestra - 49,6m² 7. Palco e Proscênio - 86,40m² 8. Coxias - 59,72m² 9. Camarins (2) - 16,32m²/un 10. Santirários (2) - 7,82m²/un 11. Depósito - 33,32m² 12. Administração - 16,32m² 13. Lanchonete - 140,14m² 14. Recepção - 26,25m² 15. Sanitários (2) - 12,07m²/un 16. Cozinha - 51,1m² 17. Passarela - 110,93m²

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ESCOLA DE MÚSICA 18. Recepção - 121,1m² 19. Copa/Estar Funcionários33,6m² 20. Sopro (3) - 16,32m²/un 21. Adm. Interna - 16,32m² 22. Cordas (2) - 24,82m²/un 23. Teclado/Acordeon 16,32m²/un 24. Sanitários (4) - 16,32m²/un 25. Aulas teóricas/Canto/ Regência (2) - 51,1m²/un 26. Piano (2) - 16,32m²/un 27. Estudos Individuais 7,82m²/un 28. Depósito Instrumentos 33,32m² 29. Cantina/Estar Alunos 71,4m² 30. Cozinha - 33,32m² 31. Percussão (2) - 24,82m²/un 32. Percussão Bateria(2)16,32m²/un 33. Estúdio de Gravação 16,32m² 34. Anticâmara - 16,1m² 35. Ensaio de Bandas(2) 33,6m²/un 36.Ensaio da Orquestra 112,35m²/un

1º e 2º Pavimentos ESCOLA DE DANÇA 37. Recepção/Loja - 35,75m² 38. Vestiários (4) - 16,32m²/un 39. Copa/Estar Funcionários -16,32m² 40. Adm. Interna - 16,32m² 41. Alongamento - 68,6m² 42. Sala de Ensaios (2) 103,6m²/un 43. Caixa de Palco - 68,6m² 44. Dança Infantil (2)24,96m²/un 45. Dança de Salão (2) 68,6m²/un 46. Dança (6) - 51,1m²/un *Ballet Clássico, Neoclássico, Contemporâneo, Jazz, Dança de Rua, Dança do Ventre, Ritmos

47. Sapateado (2) - 50,96m²/un 48. Fisioterapia - 51,1m² 49. Pilates - 51,1m² 50. Estar Alunos - 51,83m²


16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

Pavimento Térreo

17

20m

42 41 37 38 40 39 43 44 45 46

1º Pavimento

TOTAL DE ÁREA CONSTRUÍDA Área Comum - 1.529,31m² Escola de Música - 1.915,14m² Escola de Dança - 2.564,62m² Subsolo (60 vagas)- 2.193,66m² Bacia de retenção de águas pluviais (capacidade: aprox. 310 m³) 344,50m² Total - 8.688,37m² 20m

Área Total do terreno - 11.607m² Área Permeável - 3.452m² Área Impermeável - 8.155m²

42 46 50 38 46 47 43 47 46 45 48 49

2º Pavimento

36 35 34 33 32 31 30 29 28 27 26 25 24 23 22 21 20 19 18

TOTAL DE ALUNOS Escola de Música - 146 alunos Escola de Dança - 183 alunos Total - 329 alunos

20m

* Considerado a lotação total de alunos em apenas 1 momento do dia, desconsiderando salas de ensaio. 23


CAPĂ?TULO 3 24

Desenhos


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5. DESENHOS TÉCNICOS 5.1. IMPLANTAÇÃO

Via de Ru

aF rei

Ca nec

a

artlhada

Serviço s comp

26


Ro

do

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Ca

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Silv

a

50m

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5.2. CORTE AA Zona Mista de Média Densidade

Escola de Mús

5.3. CORTE BB Rua Frei Caneca

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R. Vicente Rodrigues da Silva

Zona Mista de Média Densidade

Escola d


sica e Dança

de Música e Dança

Rodovia Castelo Branco

50m

Rua Frei Gáspar

Rodovia Castelo Branco

50m

29


5.4. PLANTA SUBSOLO - COTA 719,3

30

20m


5.5. PLANTA TÉRREO - COTA 723,5

20m

31


5.6. PLANTA 1ยบ PAVIMENTO - COTA 729

20m

32


5.7. PLANTA 2ยบ PAVIMENTO - COTA 733

20m

33


5.8. CORTE CC

5.9. CORTE DD

34

Escola de Música

Passarela

Esco


ola de Danรงa

Estacionamento

10m

10m 35


5.10. CORTE EE

Escola de Dança

Passarela técnica Caixa de palco

Espelhos acústicos

Proscênio elevador para fosso

5.11. CORTE FF

Escola de Música

Escola de Dança

Painel ripado

36


Piso flutuante

10m

Piso Flutuante Vidros duplos Forro Absorvedor

10m 37


5.12. CORTE GG

Escola de Danรงa Brises Mรณveis e fechamento em vidro fixo do auditรณrio

5.13. CORTE HH

38


Cobogรณ

10m

10m 39


6. DETALHAMENTOS Neste caso, foram utilizados dados dos piores casos, tanto para a viga quanto para o pilar, resulPara este projeto, foi utili- tando em um pilar de 35x35cm e uma viga de 21x54cm. Estas zada estrutura metálica. Primeiramente, foi utilizada uma dimensões foram então reproplanilha encontrada online, que duzidas para todos os casos. Depois, foi consultado realizava o cálculo de pré dimensionamento da estrutura uti- um engenheiro civil, que fez lizando uma carga aproximada os cálculos de pré dimensioe o comprimento do maior vão. namento e sugeriu, com maior

6.1. SISTEMA ESTRUTURAL E COBERTURA

Bloco Estacionamento Escola de Dança Escola de Música

Pilares

Vigas transversais

Vigas longitudinais

Nome

Dimensão (HxL) em mm

Nome

Dimensão (HxL) em mm

Nome

Dimensão (HxL) em mm

HP 250x62,0 (H)

246x256

W 360x44,6

352x171

W 610x125,0

612x229

Nome

Dimensão (HxL) em mm

Nome

Dimensão (HxL) em mm

Nome

Dimensão (HxL) em mm

W 360x122,0 (H)

363x257

W 610x125,0

612x229

W 360x44,6

352x171

Nome

Dimensão (HxL) em mm

Nome

Dimensão (HxL) em mm

Nome

Dimensão (HxL) em mm

HP 250x62,0 (H)

246x256

W 610x125,0

612x229

W 360x44,6

352x171

Os pilares estão dispostos em uma malha de 12,5x7,2m no bloco da música, 15x7,2m no bloco da dança e 7,5x14,4m no estacionamento. No caso da passarela que conecta os dois blocos de escolas, foram utilizadas duas treliças metálicas como vigas (h 250 x l 21cm) no maior sentido, apoiadas em muros de arrimo de ambos os lados. Vigotas metálicas no outro sentido foram 40

precisão, diferentes bitolas divididas nos diferentes blocos: Estacionamento, escola de dança e escola de música, sendo a escola de dança, por seus 3 pavimentos, o caso em que a estrutura necessita ser mais robusta. Todos os perfis são em I, seguindo dimensões existentes no catálogo da Gerdau, com os seguintes modelos e dimensões:

utilizadas para o travamento dessa estrutura. Todas as lajes são pré fabricadas alveolares de concreto de 20cm de espessura. A Cobertura é composta de laje pré fabricada alveolar de concreto, vigotas metálicas para apoio da telha metálica sanduíche termoacústica com lã mineral.


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PERSPECTIVAS DA ESTRUTURA

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43


6.2. SISTEMA DE COLETA DA ÁGUA DAS CHUVAS E CAIXA D’ÁGUA O sistema estrutural foi pensado para que também pudesse captar a água das chuvas através de calhas metálicas, que levam a água às tubulações “dentro” dos pilares (escondidos por um fechamento metálico), chegando até as calhas inferiores, que por sua vez também captam a água pluvial, e levam esta até a bacia de retenção, localizada abaixo do bloco da escola de Música, na cota 720,9. Este possui acesso para sua manutenção através de um DETALHAMENTO 1 alçapão na sala de depósito de Escoamento de águas pluviais instrumentos na Escola de Música. Duas caixas d’água foram projetadas acima de cada bloco, sendo que cada um atende as necessidades do bloco onde foi inserido. Para o cálculo foi considerado 50L por pessoa, 2L por assento no auditório e 25L por refeição na lanchonete e cantina, resultando em uma caixa d’água de 45 mil litros no bloco da dança e outra de 30 mil litros para o bloco da música.

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DETALHAMENTO 2 Bacia de Retenção

Rufo metálico Platibanda Estrutura metálica Laje pré fabricada alveolar de concreto Telha metálica termoacústica sanduíche Calha metálica Escoamento das águas pelo pilar metálico 2m

Passarela treliçada Muro de arrimo

Bacia de retenção de águas pluviais Grelha para captação da água das chuvas com calha que a leva até a bacia 2m


6.3. QUESTÃO ACÚSTICA Para melhor conforto acústico para as salas de aula de música, foram dispostos diferentes materiais, como painel ripado de madeira, telas de feltro e forro absorvedor acústico, além de vidros duplos onde há janelas, diminuindo assim a reverberação dos sons e também a possibilidade de sua saída e entrada nas salas. O forro, também serve para esconder a tubulação de ventilação por ar condicionado para as salas. Além disso, as salas de ensaio de bandas e orquestra, percussão e salas de dança possuem piso flutuante para amenizar o impacto que as atividades causam, além de diminuir a propagação do som através da estrutura. Um sistema de Ar Condicionado Central foi aplicado ao projeto para adequação à ventilação das salas de música.

Sistema de Ar Condicionado Central Grade de Ventilação Forro acústico Absorevedor:Perfis metálicos que estruturam placas removíveis de lã de vidro Revestimento absorvedor acústico: Feltro Painel ripado de madeira: dificulta a reverberação dos sons

2m

DETALHAMENTO 3 Ar Condicionado e Revestimentos Acústicos

Vidro duplo

Borracha vedante Paredes de Drywall com revestimento interno de lã de vidro Piso flutuante: madeira compensada sobre vigas de madeira e amortecedores

DETALHAMENTO 4 Vedação e Piso Flutuante

2m

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ESPELHOS ACÚSTICOS Foi realizado um estudo para a construção de 2 espelhos acústicos para a melhor distribuição do som por toda a plateia. Além disso, para ajudar a quebrar o paralelismo das paredes do auditório, também foram usados painéis ripados de madeira, além de forro absorvedor acústico. Para o acesso do fosso da orquestra, há um sistema elevador no proscênio, que desce quando o fosso é utilizado, acessado por uma escada caracol localizada na coxia.

10

DETALHAMENTO Auditório - Espelhos Acústicos 46

9


8

7

5m

47


7. IMAGENS ILUSTRATIVAS

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8. CONCLUSÃO Ao desenvolver este projeto, foram enfrentados alguns desafios e obstáculos, que, com ajuda, puderam ser vencidos. A começar pela barreira próxima ao terreno, a rodovia Castelo Branco. Neste caso, no Plano Urbano foi decidido que o “Eixo Ilha” não faria a transposição da Rodovia, pois outras vias faziam este papel, já sendo suficiente. Foi concluído que este serviria para chamar pessoas para dentro da ilha, não tornando a área apenas um local de passagem e trazendo equipamentos que interessassem a população da região. Deste modo, o eixo criado na Rua Frei Caneca não quebra fisicamente a barreira criada pela rodovia, porém tanto este eixo quanto

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o novo equipamento que pode ser visto da rodovia, convidam as pessoas a se interessarem e entrarem na ilha, dando um significado a mesma e uma maior qualidade urbana, vencendo a barreira de alguma forma. Outro desafio enfrentado foi a relação e definição do público e privado. Apesar do equipamento ser público, seus acessos são controlados para seus alunos e funcionários em um determinado horário de funcionamento. Porém, mantém-se sempre uma relação do interno (com acesso controlado) com o externo (praças públicas de livre acesso). As questões técnicas para a elaboração de eficientes escolas de dança e principal-

mente da música foi mais um obstáculo enfrentado - as questões de acústica, de conforto térmico, de ventilação e iluminação para ambientes tão controlados e fechados. Também a distribuição interna de seu programa amplo. Como estudante de arquitetura, mas também bailarina, utilizar conhecimentos e experiências da minha vida tornou o projeto ainda mais envolvente, fazendo com que eu me aproximasse cada vez mais para produzir uma fusão das diversas vertentes. O projeto elaborado trouxe muito conhecimento, além de unir diferentes artes e paixões a música, a dança e a arquitetura.


9. BIBLIOGRAFIA CANTINHO DO MÚSICO. Descubra quais são os instrumentos de uma orquestra. Disponível em: <https://cantinhodomusico.com/instrumentos-de-uma-orquestra/>. Acesso em: 22 ago. 2019.

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