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2º CICLO PÁG

DeClara nº 44 junho 2021 2.º ciclo: Escrita colaborativa a partir de casa…6.ºA

Capítulo V

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… A perda do seu dinheiro tão precioso!!! E já não poder haver cura para esta doença… Contudo, o grupo de amigos do Fernando não tinha descoberto ainda nada e começaram a questionar-se se foi mesmo o bebé que lançou a doença para o mundo. Por isso, o Fernando marcou uma reunião com os amigos, no seu esconderijo, para falarem sobre a verdadeira causa da doença e começaram aí as suas conspirações. Durante a reunião, todos concordaram que iam questionar os pais do bebé. Decidiram mandar-lhes um email para falarem sobre a doença e, se fosse possível, fazerem algumas perguntas. Na casa do bebé COVID os pais já tinham lido o email e discutiam sobre o assunto: – Claro que nós não vamos falar com esses miúdos eles podem descobrir toda a verdade! – Exclamou o pai. – São só miúdos e é para um trabalho da escola que mal tem? – Disse a mãe com toda a confiança. – OK, mas não dês com a língua nos dentes! – Exclamou o pai, um pouco desconfiado. Mais tarde, depois de receberem um email dos pais do bebé COVID a dizer que tinham todo o gosto em falar com eles, dirigiram-se até à sua casa. A primeira pergunta foi logo feita pelo Fernando: – Quando o bebé nasceu já tinha aquele formato na cara?

– Quando ele nasceu era um bebé normal, mas a partir do seu primeiro ano de vida começou a demonstrar problemas e, passado pouco tempo, ficou com aquela forma na cara. – Esclareceu a mãe muito abatida.

A pergunta seguinte foi feita pela Beatriz: – As pessoas na rua ficavam assustadas ao vê-lo? – Sempre que nos viam as pessoas passavam para o outro lado da rua. – Disse o pai. Depois perguntou a Camila: - Se vocês nunca estiveram com ninguém, como se espalhou a doença? – Nós fomos jantar a casa de uns amigos na China, que eram atores, e no dia seguinte eles tiveram uma sessão de autógrafos e passaram a doença a milhares de pessoas, e essas pessoas expandiram por todo o mundo, sem saberem… – Disse a mãe. A seguir perguntou o Álvaro: – Sabem a causa da morte do bebé? – Ah… Achamos que morreu por causa da sua doença. – Disse o pai. Depois perguntou a Filipa: – Havia mais alguém que sabia da doença do bebé?

Continua…

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– Só mesmo o seu pediatra, o seu nome era Dr. João que trabalhava no hospital Santo António disseram os pais em coro entreolhando-se. E por último perguntou o Vítor: – Já fizeram uma autópsia ao bebé para saber a causa da sua morte? – Fora da nossa casa! Estão a fazer perguntas muito perturbadoras! Nunca mais voltem!! –Ordenou o senhor António. Já fora da casa a Beatriz perguntou-se a si e aos seus amigos: – o que será que eles estão a esconder?!...

Depois de pensarem muito chegaram à conclusão de que a única forma de descobrir o que tanto incomodou o pai do COVID19 quando feita aquela pergunta seria invadir o hospital de Santo António para onde provavelmente teria sido levado o corpo do COVID19. No dia seguinte, logo de manhã cedo lá estavam os seis amigos disfarçados de adultos, fingindo serem pacientes. Quando entraram no hospital viram uma área restrita apenas para médicos que nunca tinham visto lá antes, desconfiados de que aquilo tivesse algo a haver com a doença provocada pelo bebé foram espreitar pela janela de vidro que tinha na porta, logo viram 20 seguranças a proteger o que quer que estivesse escondido ali. Eles tinham de pensar em algo para que pudessem entrar lá dentro sem serem descobertos, até que Camila teve uma ideia... … – Será que podemos fingir que somos netos da dona Verónica? – sussurrou a Camila – talvez eles nos deixassem entrar... – Dona Verónica? Quem é essa? – Perguntou o Álvaro. – A dona Verónica é a dona do hospital, ela tem o direito e o dever de controlar tudo e todos! Normalmente todos os médicos, enfermeiros e funcionários têm medo dela, porque visto que ela é a chefe pode despedir qualquer pessoa. – disse a Filipa. – Que lata! – Exclamou a Camila. E todos se começaram a rir, mas os pequenos investigadores tinham a consciência que tudo podia correr mal, o que também lhes baixou um pouco o entusiasmo. Mas como se costuma dizer: “Quem não arrisca não petisca”. Então Fernando deu a iniciativa, enfrentando todos os seguranças dizendo: – Boa tarde, a dona Verónica deixou aí dentro uma coisa bastante pessoal e infelizmente não lhe posso dizer o quê... mas continuando, ela pediu-nos para a irmos buscar. – E q-quem são vocês? – Perguntou o segurança com medo que fosse alguma armadilha da dona Verónica. – Quem somos nós?! Nós somos os netos da dona Verónica. E se não nos deixar passar eu vou ter o desgosto de incomodar a minha querida avozinha... Que pena.

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– Desculpe pela demora jovem. P-Podem entrar – disse o segurança a tremer. Todos ficaram muito entusiasmados e com esperança de que saíssem dali com algumas informações que poderiam ser úteis para a sua investigação! Menos a Beatriz que ficou um pouco desconfiada «qualquer pessoa pode fingir e entrar aqui sem qualquer prova, se nos deixaram entrar aqui é porque é uma armadilha ou algo está errado ...» Até que o Victor viu vários seguranças a falar ao telefone, e os restantes a tirar lentamente as armas que tinham “nos bolsos” mas mesmo assim Victor não hesitou e gritou: – CORRAM!

E aí os seguranças também não hesitaram e pegaram nas armas prontos a disparar. Os investigadores corriam na sua máxima velocidade, mas também muito cautelosos para não serem atingidos. Percorreram corredores e corredores, aquilo quase parecia uma maratona! Já mais tarde tinham despistado os seguranças todos. Ficaram todos muito mais aliviados, até que olharam para trás e viram a dona Verónica com o seu riso maléfico e atrás dela mais dois homens que pareciam médicos, com seringas na mão e que tinham em comum com a dona Verónica, o seu riso maléfico. Tentaram fugir, mas apanharam de surpresa o Dr. João que pelos vistos estava a colaborar com o hospital, o que para todos fora uma grande desilusão, pois o Dr. João tinha sido professor de ciências deles. Para o grupo, o Dr. João não tinha sido apenas um simples professor, como também um grande amigo. Os pequenos investigadores foram levados para uma sala pela dona Verónica, com o Dr. João e com os outros dois médicos, com a intenção de os prender. – Os jovens de hoje em dia... pensam que podem meter o nariz em tudo que lhes vem à cabeça – resmungou a dona Verónica – mas desta vez não vão sair desta contentes, vão ser torturados. Talvez, se eu tiver pena, o que provavelmente não vai acontecer, ligo aos vossos pais para vos virem buscar. – Isto é um hospital de loucos! – Disse o Fernando. – Realmente. – Concordou a Filipa. – MUAHAHAHHAHAHHAHAHAHA – riu-se a dona Verónica até que a Camila chegou com uma cadeira e lhe acertou. A Beatriz e a Filipa deram com as seringas nos médicos e os rapazes trataram do Dr. João o que para eles foi bastante fácil, porque como alunos já conheciam bem os pontos fracos do velho professor. E fugiram da sala, no entanto, os seguranças ainda andavam atrás deles e foi aí que tiveram de se esconder. – Ali. – Gritou o Álvaro. – E foram esconder-se num pequeno túnel que ia dar para uma espécie de gruta. E aí se deixaram ficar. Como já era bastante tarde, e de tão cansados que estavam, nenhum resistiu e todos adormeceram.

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A meio da noite a Camila e o Fernando acordaram e foram também acordar a Beatriz porque sentiam que ainda havia muita coisa para descobrir. Por todos os perigos que já tinham passado nesse dia, todos mereciam como recompensa algo útil para a sua investigação. Não podiam deixar ir tudo por água abaixo. Então caminharam e caminharam cuidadosamente para que nenhum médico os descobrisse ou até mesmo um paciente, até encontrarem uma sala que dizia “informações” na porta. Entraram e começaram a explorar. A Camila encontrou uma pasta que dizia: “covid”. Com o entusiasmo de provavelmente terem feito uma grande descoberta, a Camila e a Beatriz foram acordar os outros para lhes mostrar tudo. Enquanto isso Fernando lia atentamente o que estava escrito. Então o que diz? – Perguntaram todos. Mas Fernando continuava quieto sem dizer nada, olhando fixamente para os papéis. E permaneceu assim durante alguns minutos. – A verdade é que... o bebé... o do covid-d foi utilizado em experiências feitas num laboratório que era o mesmo que produzia as drogas do pai dele, pelos vistos. – DROGAS? – Interrompeu a Filipa. – É que o vírus, segundo o q-que está aqui escrito, foi criado por cientistas, que pelos vistos estes últimos meses andam a fazer de tudo para encontrar a cura. – Finalizou o Fernando. – Então isto tudo foi de propósito?! – Disse a Camila. – Eles é que são os verdadeiros vilões da história? – Talvez tenha sido apenas uma experiência que correu mal. – Disse o Álvaro. – Com um bebé? – Disse Victor com um olhar de quem está bastante impressionado. – Pois não sei...

– Mas o que é certo é que ainda falta pôr um ponto final a esta história.

– Disse a Beatriz, acrescentando – e ainda não descobrimos o que estava dentro daquela sala rodeada de seguranças... … Como era de noite, os seguranças estavam com sono e mais desatentos. A Beatriz esperou o momento em que eles quase adormeciam e conseguiu entrar na sala Mistério. Os outros ficaram do lado de fora. Procurou, procurou, procurou e acabou por encontrar uns ficheiros que explicavam tudo o que tinha acontecido.

Continua…

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Tirou as folhas mais importantes, escondeu-as debaixo da roupa e saiu silenciosamente. Cá fora esperavam-na os amigos... … Meio assustada dirigiu-se aos amigos. – Encontraste algum ficheiro? – Perguntou a Camila. – Sim. – Disse Beatriz.

Beatriz começou a ler o ficheiro em voz alta. Até que chega alguém inesperado que diz: – Não se rouba coisas que não são vossas, meninos!! – Disse a dona Verónica com seu sorriso maléfico.

– Achado não é roubado – Respondeu Camila. – PASSA-ME JÁ ESSE DOCUMENTO!!! – Disse dona Verónica, gritando. – Vem buscá-lo se puderes. – Respondeu Filipa com o documento na mão. Dona Verónica começou a correr atrás de Filipa, ela já cansada de fugir atirou o ficheiro para Camila.

Dona Verónica começou a correr atrás de Camila. Passado meia hora dona Verónica cai no chão, desiste de tentar apanhar o ficheiro e diz: – se é a verdade que querem, é a verdade que vão ter. – Finalmente. – Diz Camila aliviada.

Dona Verónica começa a contar tudo ao grupo. – Sério que aconteceu isso tudo? – Pergunta Filipa. – Claro menina. – Responde dona Verónica. – Meu Deus. – Diz Camila, admirada.

Passado alguns meses, os casos de Covid 19 começaram a piorar, a cada dia que passava havia mais infeções. Os cientistas cada dia trabalhavam mais para tentarem encontrar a cura. Com o que estava a acontecer dona Verónica deixou de ser tão má e começou a ajudar os cientistas, pois ainda havia esperança para que todo este pesadelo acabasse com um final feliz. Isto ainda está a decorrer nos dias de hoje?

Francisca Silva; Bárbara Mourão; Maria Ribeiro; André Almeida; Alice Queirós; Realidade Pensada, escrita a partir de casa, turma 6ºA

FIM

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