TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO 2

Page 1

centro comunitรกrio bosque das รกrvores

isadora da veiga casaroto



UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO | ORIENTADOR PROF. DRA. RAQUEL REGINA MARTINI PAULA BARROS

ISADORA DA VEIGA CASAROTO

CENTRO COMUNITÁRIO B O S Q U E DAS Á R V O R E S

DEZEMBRO/2018



AGRADECIMENTOS Gostaria, primeiramente, de agradecer a minha orientadora do Trabalho Final de Graduação I, Profa. Mônica Duarte Aprilanti, por compartilhar seu conhecimento, pela paciência e dedicação, nunca deixando que os momentos difíceis fossem maiores que a determinação para concluir esse trabalho. Obrigada por confiar no mesmo desde o primeiro momento. Á minha orientadora para a segunda fase deste mesmo trabalho, Profa. Dra Raquel Regina Martini Paula Barros, que com maestria soube me conduzir para tal resultado. Agradeço a minha mãe, por toda dedicação para com a minha formação pessoal e profissional, pelos incontáveis momentos em que me motivou a seguir em frente, por ser base para que eu chegasse até aqui, estando sempre pronta para me ajudar. Agradeço a minha prima, amiga e madrinha, Caroline Marques, fonte de inspiração e conhecimento, por sempre me apoiar, confiar e compartilhar momentos muito importantes comigo, a minha tia Rosana Garcia por compartilhar da mesma situação de vida e trazer conforto que muitas vezes eu precisava, aos meus amigos e familiares, que tantas vezes fui obrigada a me privar de momentos junto me dedicando a finalizar esse trabalho, e em especial ao meu amigo Tiago Marinho, por toda força e incentivo, sempre acreditando no meu sucesso, e principalmente, pela paciência e companheirismo. E por fim, ao meu namorado Douglas Gutierre pelo apoio e incentivo nos momentos mais dificeis de todo esse processo.



RESUMO A segregação separa partes da sociedade, acredito que a melhor definição seja baseada no afastamento de algumas classes de um meio social mais denso, como os centros e locais mais habitados de uma cidade ou determinado local, ela pode se dividir em diferentes tipos, porém, todas elas causam um tipo de exclusão para com determinada parcela da sociedade. A construção dos espaços urbanos depende de modelos culturais e de práticas dos grupos sociais, influenciadas por propriedades territoriais específicas. No arranjo de variáveis que daí decorre, os espaços públicos exercem um papel primordial no processo de ocupação urbana, na determinação do uso do solo residencial e das práticas do grupamento social mais abastado. Certas classes sociais tendem a se concentrar em diferentes áreas ou setores da cidade, não impedindo a presença e o crescimento de outras classes, no mesmo espaço.. O percurso e o processo de expansão urbana articulam-se através de variáveis socioeconômicas, políticas, culturais e das práticas dos grupamentos sociais mais abastados. Constituindo uma linha de ordenação do traçado urbano, o percurso modela a morfologia urbana, a partir dos espaços públicos, da acessibilidade e da mobilidade. O processo desenvolve-se a partir de relações específicas que estabelecem a dinâmica da segregação, assim como a formação de fronteiras e barreiras sócio espaciais na cidade.


SUMÁRIO

1

08 APRESENTAÇÃO TEÓRICA

2 3

03

05

AGRADECIMENTOS

RESUMO

1.1. Segragação urbana e socioespacial 1.2. A segregação social na rocinha, RJ 1.3. Vila Nova Jaguaré, SP 1.4. Res. Diogo Pires

08 INTRODUÇÃO

4

O PROJETO

5

DETALHES DO PROJETO

12 REFERÊNCIAS PROJETUAIS

17 ÁREA DO PROJETO

2.1. Centro Comunitário Rehovot - israel 2.2. CEU pimentas - Guarulhos

3.1. Breve historico da cidade de Santa Bárbara D’Oeste 3.2. Localização no municipio 3.3. Macro análise - ENTORNO 3.4. Bosque das Árvores 3.5. Levantamento fotográfico - área de intervenção 3.6. Objetivos da proposta 3.7. Mapa de usos do solo 3.8. Mapa viário 3.9. Mapa de gabarito

4.1. Desenvolvimento, conceito e partido 4.2. Programa de necessidades básico 4.3. Fluxograma 4.4. Espaços e seus usos 4.5. Implantação 4.5.1. Térro 4.5.2. Topo 4.6. Dimensionamento 4.7. PLANTAS BAIXAS 4.7.1. Térreo bloco aprendizagem 4.7.2. Superior bloco aprendizagem 4.7.3. Térreo bloco lazer 4.7.4. Superior bloco lazer 4.7.5. Planta cobertura 4.7.6. Malha de pilares + Aberturas 4.8. CORTES 4.9. FACHADAS

5.1. Mobiliario / externo 5.2. Considerações Finais 5.3. Referências Bibliográficas



APRESETAÇÃO TEÓRICA


1.1. Segragação urbana e socioespacial 1. Um exemplo de como a segregação ocorre em sociedade, é a simples definição da por Ermínia Maricato, professora titular da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP): “É impossível esperar que uma sociedade como a nossa, radicalmente desigual e autoritária, baseada em relações de privilégio e arbitrariedade, possa produzir cidades que não tenham essas características”. (MARICATO, 2001, p. 51) Através de argumentação, Villaça cita que é possível destacar que uma das características mais marcantes das metrópoles brasileiras é a segregação espacial das classes sociais em áreas distintas da cidade, a diferenciação entre os bairros, tanto no que diz respeito ao perfil da população, quanto às características urbanísticas, de infraestrutura, de conservação dos espaços e equipamentos públicos, pode ser notada com uma simples volta pela cidade: “[…] a segregação é um processo segundo o qual diferentes classes ou camadas sociais tendem a se concentrar cada vez mais em diferentes regiões gerais ou conjuntos de bairros da metrópole.” (VILLAÇA, 2001, p. 142 – grifo no original) A importância do tema é ao mesmo tempo intelectual e ligada à construção de políticas públicas de corte social. Por longo período, a ênfase da literatura e das políticas de combate à pobreza foi colocada no estudo e na alteração de dimensões pessoais dos indivíduos e famílias em situação de pobreza, tentando dotá-los de características individuais que se imaginava que seriam estratégicas para que esses saíssem da pobreza e ascendessem socialmente. Essa compreensão da pobreza talvez seja explicada por uma visão que foca a existência ou inexistência de rendimentos monetários ou, no máximo, ativos individuais entendidos dentro do marco das discussões do capital humano e associados à educação, às boas condições de saúde, serviços e etc.

Segundo esta visão, esses elementos seriam importantes por permitir acesso mais fácil, ou com melhores condições, estruturas de oportunidades similares às consideradas quando se pensa apenas nos rendimentos. Dessa forma, o rendimento passa a ser proporcional a boa qualidade de vida da sociedade, sendo absolutamente essencial para a compreensão da pobreza e para o seu enfrentamento compreender que para sua extinçaõ é necessário, mesmo que em pequenas escalas, incluir o cidadão em seu meio de vivência da forma mais natural possível, criando junto com o governo, equipamentos públicos e de serviços que iram fornecer conforto e maior estabilidade para a população, como é o objetivo desse trabalho. Na contemporaneidade, todos os grandes centros urbanos possuem um arranjo espacial fracionado, isso significa que existem várias partes que compõem o todo, no entanto, cada fração com sua particularidade em diversos aspectos. Nas cidades existem áreas com foco de atuação especializada, sã distribuídas em centros comerciais, financeiros, bairros industriais, residenciais, com grande número de casas, além de bairros que abrigam uma grande quantidade de estabelecimentos de diversão, como boates, bares e restaurantes.

A cidade é dividida também por fatores financeiros ou de renda, as desigualdades se concretizam no contexto do arranjo urbano. Essas características são provocadas simplesmente pelo fato das desigualdades sociais estarem presentes na maioria dos países capitalistas, quanto maiores às disparidades socioeconômicas entre as classes sociais, maiores s ão as diferenças nas moradias, nos serviços públicos e na qualidade de vida. Boa parte da solução desses problemas depende muito do conhecimento da exata distribuição da oferta de serviços, bem como de sua demanda em cada área. Nesse sentido, proponho para o presente Trabalho Final de Graduação o projeto de um centro comunitário que forneça condições gerais de educação, assistência social, aprendizagem e esportes, bem como outros aspectos do ambiente construído.

09


1.2. A segregação social na rocinha, RJ A Rocinha é uma favela localizada na Zona Sul do Rio de Janeiro, no Brasil. É a maior favela do país, contando com cerca de 70 mil habitantes. A região passou a ser considerado um bairro, com alterações nos limites dos bairros da Gávea, Vidigal e São Conrado. A proximidade entre as residências de classe alta dos dois primeiros bairros e as de classe baixa da Rocinha marca um contraste urbano na paisagem da região, o que é, frequentemente, citado como um símbolo da desigualdade social do Brasil. A Rocinha tem características peculiares: atualmente, encontra-se, no bairro Barcelos, uma grande variedade de comércio e serviços, além de muitos imóveis residenciais de qualidade. Já em outras áreas, como a Vila Macega, encontram-se casas de madeira em situação de risco e sem infraestrutura, onde diversas famílias vivem em extrema pobreza. Sua população é estimada em 120 000 moradores pelos registros do IBGE, e em mais de 150 000 segundo os próprios moradores. Para entender como isso começou é necessário recapitular algumas décadas, existe um consenso de que a segregação racial no Rio de Janeiro tem raízes históricas, no início do século 20. Quando a reforma urbana de Pereira Passos “empurrou” as pessoas pobres, que até então viviam em cortiços no Centro da cidade, para os morros, que a época ficavam às margens da cidade. Muitos eram negros, recém-libertos da escravidão, abolida 20 anos antes. Em 1938, a Estrada da Gávea foi asfaltada, tornando-se o local onde ocorria o "circuito da baratinha". Na década de 1940, acelerou-se o processo de ocupação por pessoas que acreditavam serem aquelas terras públicas, isto é, sem dono. A partir da década de 1950, houve um aumento de migração de nordestinos para o Rio de Janeiro, direcionando-se em parte para a Rocinha. Nas décadas de 60 e 70, registrou-se um novo surto de expansão, agora devido aos projeto s de abertura dos túneis Rebouças e Dois Irmãos, que contribuíram para uma maior oferta de empregos na região.

10

A partir da década de 1970, a comunidade obteve os primeiros progressos, resultado das reivindicações ao poder público, como a implantação de creches, escolas, jornal local, passarela, canalização de valas, agência de correios, região administrativa. É interessante lembrar que a primeira luz não foi elétrica. Diz o povo que um cavaleiro atravessava a Rocinha acendendo os lampiões das pequenas casas. Depois, foram implantadas cabines de energia que faziama distribuição para as famílias mais próximas. Mais = tarde, foram instaladas comissões de luz. A Igreja Católica, em parceria com a pastoral de favelas, pressionou a Light S.A. para implantar energia elétrica nas comunidades e a Rocinha foi uma das primeiras beneficiadas. Em 2010, o bairro ganhou uma passarela de pedestres, a Passarela da Rocinha, projetada pelo arquiteto Oscar Niemeyer e que liga a favela ao complexo esportivo, situado no outro lado da autoestrada Lagoa-Barra. Além disso, há um processo de gentrificação nas favelas da Zona Sul. Com a expansão da cidade para Oeste, morros como a Rocinha e o Vidigal deixem de serem locais afastados. Atualmente, investidores estrangeiros compram terrenos nestes locais para alugar, construir empreendimentos.


1.3. Vila Nova Jaguaré, SP A proposta dessa referência projetual é mostrar quais transformações são passiveis de acontecerem num local segregado quando o interesse do governo realmente acontece, e as mudanças que isso pode proporcionar na vida das pessoas. A apropriação do espaço não faz sentido se não estiver situada em indivíduos ou grupos sociais, pois sua compreensão depende de quem, para que e em que contexto se apropria determinado espaço. Isto é, a ocupação temporária ou permanente para o desenvolver certas atividades ocorre através da leitura do lugar, uma projeção de valores que faz com que o espaço adquira significado. Então, a apropriação é um processo que se dá entre as pessoas e o espaço, e seu estudo envolve entender as regras sociais e as categorias queo organizam e o classificam. O núcleo urbanizado Vila Nova Jaguaré está localizado no distrito do Jaguaré, zona oeste de São Paulo, perto da USP, do Ceasa e do rio Pinheiros. A formação do bairro se deu antes da segunda guerra mundial, nos anos 30, quando foi escolhido para implantação de um parque industrial devido a sua ótima acessibilidade, proximidade com o rio e ampla oferta de terras. O plano de urbanização da área contava com loteamentos industriais e residências e áreas institucionais, entre elas um parque público de 150 mil m². No final dos anos 50, as indústrias da região já haviam invadido a área do parque e desmatado alguns locais para retirada de solo. No início dos anos 60, já constavam cerca de 10 famílias no local. Em razão de sua boa localização, a população cresceu rapidamente e a favela já contava 3 mil famílias na década de 70. Nos anos 80 e 90, a área foi progressivamente sendo ocupada, avançando nos miolos de quadra e áreas de alto declive. Na medida em que as áreas livres se esgotavam, a favela continuava se adensando por verticalização. Antes da urbanização em 2006, verificava-se que as áreas de ocupação mais antiga estavam mais consolidadas e apresentavam melhor infraestrutura, enquanto miolos de quadra e encostas abrigavam em geral barracos de madeira em condições bastante desfavoráveis de habitabilidade. Segundo levantamento realizado em 2003, a área abrigava 3.600 domicílios e sua densidade habitacional chegava a 737 habitantes por hectare. Hoje, são mais de 4.500 domicílios e 15 mil moradores. (COBRAPE, 2003)

Área de estudo inclui ainda a favela Diogo Pires, uma vez que esta recente ocupaçã o está ligada à demora no processo de reassentamento de famí lias removidas da Vila Nova Jaguaré.

1.4. Res. Diogo Pires

O Residencial Diogo Pires se insere nas ações de urbanização da Favela Nova Jaguaré em São Paulo com o objetivo de realizar parte do reassentamento das famílias moradoras nas áreas de risco ou afetadas por obras de infraestrutura. Junto à praça foi proposto um espaço comunitário que faz a transição entre o “dentro e fora”, cinco andares acima na cota 736.60 um espaço de contemplação como uma praça elevada, uma grande varanda, com vista para o pátio, para praça, para a cidade O espaço destinado ao estudo e concentração esta localizado no nível 733.88 estabelecendo uma relação direta do conjunto com a cidade.

11


REFERÊNCIAS PROJETUAIS


3.1. Centro Comunitário Rehovot - ISRAEL

Concluído em 2016, o programa do projeto inclui uma variedade de espaços, além de criar uma nova praça urbana. O centro comunitário possui estúdios de dança, música, esportes, uma oficina de artesanato, uma biblioteca, salas para artes marciais, um salão multifuncional e uma "ala para jovens". Ao lado do edifício principal está uma biblioteca, que atua como um centro multimídia, atraindo visitantes para uma variedade de atividades. Os dois edifícios são projetados para operar em conjunto e também separadamente. O projeto foi construído em um novo bairro na cidade de Rehovot, chamado New Rehovot, uma área que se encontra em desenvolvimento. O terreno está localizado no centro do bairro, designado para edifícios públicos - alguns dos quais já foram construídos, como uma escola primária e um centro esportivo. Edifícios residenciais ainda nãoforam construídos na área.Uma vez que a escala dos equipamentos urbanos nesta área é bastante grande, não só os usuários usufruem da praça interna do projeto, mas também que os pedestres a utilizassem como atalho e acabassem passando pelo projeto enquanto se direcionam para outro lugar. Essa ideia foi um dos partidos do projeto e levou ao posicionamento dos dois edifícios em torno de um pátio protegido, que também se conecta com a escola do lado leste e com o centro desportivo ao norte. O prédio principal tem dois pavimentos, sendo que o andar superior paira sobre o térreo, proporcionando sombreamento contra o sol quente do verão. Também é projetado de forma a expor as atividades, como os estúdios de dança, para atrair pessoas a vir e participar. A biblioteca é projetada em torno de uma parede de livros, que também se projeta para as fachadas. Seu telhado serve como um terraço que proporciona um acesso separado à ala de jovens através de uma pequena ponte. As escadas que sobem ao telhado incluem áreas de estar, criando um espaço intimista de anfiteatro para pequenas performances ao ar livre.

14


A sustentabilidade é de grande importância no projeto. As fachadas possuem elementos de sombreamento de perfis de bambu, e o pátio é parcialmente sombreado ao longo do ano, sendo também protegido contra o ruído das ruas. O edifício é totalmente acessível para pessoas com deficiência. Para aqueles que atravessam a praça, as escadas ao ar livre, a ponte e o terraço, o brise alternado expõe as atividades internas. Em um país socialmente carente, educação e arte devem vir invariavelmente acompanhadas de uma estrutura forte e saudável, de preferência moldada no aço e concreto. É nesse contexto que é criado o projeto do Centro de Artes e Educação dos Pimentas, localizado na cidade de Guarulhos, São Paulo, no bairro de mesmo nome – uma região carente de alternativas comunitárias voltadas ao ensino, lazer e esporte.

15


3.2. CEU pimentas - Guarulhos O CEU Pimentas localiza-se e Guarulhos, no bairro dos Pimentas (São Paulo, Brasil), um local carente de equipamentos comunitários voltados ao ensino, lazer e esporte. O projeto configura-se em uma linha, materializada em uma grande cobertura metálica que abriga nas bordas de sua dimensão longitudinal os diversos usos, articulados por um vazio central que culmina na área dedicada ao uso esportivo. Os diversos usos se distribuem em blocos, ora em concreto pré-fabricado, ora em concreto moldado in-loco. Biblioteca, salas de aula e refeitório se localizam no lado oeste do eixo. No lado oposto, localizam-se os volumes das salas de aula, ginástica olímpica, dança e auditórios. O vazio central é a praça. Sem programa previamente definido, articula e da continuidade à programação ao seu redor através de percursos sugeridos no térreo e pontes no primeiro pavimento, acolhendo permanências e usos diversos ao longo de seus bancos espaços livres. Contribuem para essa diversidade e atmosfera lúdica as cores escolhidas para as fachadas internas, que variam do verde ao amarelo, em diversas matizes.O financiamento é da Secretaria da Educação municipal, e o projeto foi concebido pelo escritório Biselli & Katchborian. Inicialmente seria um centro de arte e educação e somente depois foi adaptado ao programa CEU. A construção tira partido do estreito e comprido terreno plano de 30.780 m² que determina o desenho linear da escola destacada pela grande cobertura metálica de 250m de comprimento e 30m de largura. Basicamente, ela tem a função de proteger a circulação que interliga todo o programa. “Como se fosse uma rua coberta e contínua ao passeio público”, explica o arquiteto Mário Biselli, sócio fundador do escritório. Nas bordas do lado oeste, a cobertura abriga equipamentos culturais (biblioteca, auditórios e salas de música e de dança, por exemplo); na área oposta, o uso esportivo (ginásio, quadras e piscinas).

16


17

Tudo distribuído em blocos ora de concreto pré-fabricado, ora de concreto moldado in-loco, com alternância de trechos abertos e fechados, articulados por um vazio central. O arquiteto Mário justifica que, para chegar a esses tons, houve um elaborado estudo cromático. O objetivo era impedir que esse grande eixo se tornasse um espaço monótono e não convidativo.


ÁREA DO PROJETO


4.1. Histórico da cidade de Santa Barbára d’Oeste A fundação de Santa Bárbara d’Oeste remonta ao início do século XIX, com a abertura de uma estrada entre Campinas e Piracicaba. A partir daí, sesmarias começaram a ser vendido, o que atraiu para a região Dona Margarida da Graça Martins, a fundadora da cidade. O município cresceu e se desenvolveu especialmente em função da agricultura, mas a partir da década de 1970 começou a deixar para trás a tradição agrícola. Parques industriais foram implantados, criaram-se distritos especialmente para essa finalidade e o desenvolvimento acentuou-se na indústria e comércio. Com uma população que se aproxima de 200 mil habitantes, Santa Bárbara d’Oeste, definitivamente, ocupa seu espaço e assume o papel como uma das cidades médias que mais se destacam no Estado de São Paulo. A busca do crescimento sustentável, a preservação da história e a manutenção da qualidade de vida não são apenas objetivos,mas síntese de uma realidade na qual estão inseridos seus cidadãos. Dona Margarida da Graça Martins, viúva do sargento-mor Francisco de Paula Martins, comprou uma sesmaria de duas léguas quadradas, delimitada a norte com o rio Piracicaba e a nordeste com o ribeirão Quilombo. O grande impulso da indústria açucareira surgiu a partir de 1877, quando o major João Frederico Rehder comprou, de Prudente de Moraes, a Fazenda São Pedro, iniciando o cultivo da cana em larga escala. Em 1883, montou o primeiro grande engenho do município. Seis anos depois, em 1889, inaugurou a destilaria de álcool. Esse processo culminou com a escolha da Fazenda São Pedro para instalaçã dausina açucareira, inaugurada em 25 de julho de 1914 (posteriormente, Cia. Industrial e Agrícola Santa Bárbara – Usina Santa Bárbara). Na sequência, foram surgindo outras grandes usinas, como Furlan, Cillos e Galvão. Apenas a primeira continua em atividade. Novas indústrias surgiram com opassar dos anos, produzindo tecidos, implementos agrícolas e tornos mecânicos. Em 1956 começou a produção do primeiro automóvel brasileiro: o “Romi-Isetta”.

19

Com o desenvolvimento da indústria (máquinas operatrizes computadorizadas, injetoras de plásticos, fiação e tecelagens, usinas de açúcar e álcool) foi acelerado o crescimento urbano. Essa expansão ocorreu de tal forma que, atualmente, Santa Bárbara e Americana formam apenasum núcleo urbano em vários bairros, com as cidades sendo separadas apenas por ruas. (Prefeitura de Santa Bárbara D’Oeste) Em 2010, a população do município foi contada pelo IBGE em 180 148 habitantes, sendo o quadragésimo terceiro mais populoso do estado e apresentando uma densidade populacional de 663,55 habitantes por km². Segundo o censo de 2010, 89 311 habitantes eram homens e 90 837 habitantes eram mulheres. Ainda segundo o mesmo censo, 178 728 habitantes viviam na zona urbana e 1 420 na zona rural. O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Santa Bárbara d'Oeste, considerado elevado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), é de 0,819, sendo o 70° maior de todo e stado de São Paulo. Consideran do apenas a educação o índice é de 0,906 (muito elevado), enquanto o do Brasil é 0,849; o índice da longevidade é de 0,813 (o brasileiro é 0,638); e o de renda é de 0,738 (o do país é 0,723). A cidade possui a maioria dos indicadores médios e parecidos com os da média nacional segundo o PNUD. A renda per capita é de 16 182,78 reais. O coeficiente Gini, que mede a desigualdade social, é de 0,38, sendo que 1,00 é o pior número e 0,00 é o melhor. A incidência da pobreza, medida pelo IBGE, é de 16,50%, o limite inferior da incidência de pobreza é de 10,87%, o superior é de 22,14% e a incidência da pobreza subjetiva é de 12,16%.


3.2. Localização no municipio estrada ciloo estrada dos barreirinhos rodovia luiz de queiroz área de intervenção/entorno

localizado em área periférica abaixo da avenida luiz de queiroz acesso pelas estrada cilo > estrada dos barreirinhos

20


3.3. Macro análise - ENTORNO

2

TIVOLI SHOPPING VIC CENTER SANTA BÁRBARA

3

CENTRO COMERCIAL PINGUIM

1

TEATRO MUNICIPAL MANOEL LYRA

2

CAMINHO DOS FLANBOYANS

3

ESTAÇÃO CULTURAL MUSEU DA IMIGRAÇÃO

1

3

4

3

2

4

1

1

4

2

1

3 2

2

1

1

PREFEITURA MUNICIPAL DE SBO

2

FUNDAÇÃO ROMI

3

PARQUE INFANTIL TOM LEITE

4

CINEPLEX

1

PARQUE DOS JACARANDÁS

2

PARQUE DOS IPÊS TERMINAL DE ÊNIBUS - SETRAN PRIMEIRO ACESSO AO CENTRO ÁREA DE IMPLANTAÇÃO

21

Pode se, a partir dos dados oficiais do IBGE pré definir áreas no município de Santa Bárbara D'Oeste com menor concentração de equipamentos públicos de lazer, esporte e cultura. Equipamentos que promovam convívio comunitário e sentimento de pertencimento. Este levantamento macro da cidade, nos mostra que os equipamentosde cultura e laze r (teatro, museus, centro cultural e bibliotecas), estão concentrados na região central da cidade. Obviamente o terminal rodoviário municipal é um ponto acessível e de grande circulação de pessoas, porém, se não há um estimulo nas áreas mais afastadas (periféricas) desse centro visando a utilização desses equipamentos, essa acessibilidade física acaba não atingindo a todos os habitantes de igual maneira. Não considerei as escolas nesse levantamento macro, pois entendo que são voltadas a um publico especifico: os estudantes, não oferecendo atividades ao restante da população no seu entorno. Após essa análise pude notar que a localização do local em relação a transporte é distante, o terminal central se encontra após a SP - 301, e os principais equipamentos públicos como teatros e museus, inclusive alguns gratuitos para visita da população, também estão muito distantes.


3.3. Macro análise - ENTORNO 6

3

7

5 4 8 1 2

9

BAIRROS 1 - PARQUE RESIDENCIAL DO LAGO 2 - VISTA ALEGRE 3 -JARDIM SANTA RITA DE CASSIA 4 - PARQUE DE CILLOS 5 - RECREIO ALVORADA ÁREA DE INTERVENÇÃO ÁREAS VERDES

ÁREAS EDUCACIONAIS 6 -CAIC IRMA DULCE 7 - PROF IRENE DE ASSIS SAES 8 - EE DIRCEU DIAS CARNEIRO 9 - CIEP PROF JOSE RENATO PEDROSO

LIMITE DOS BAIRROS ACESSSO PRINCIPAL (ESTRADA DOS BARREIRINHOS/RUA DOS TUCANOS)

22


3.4. Bosque das Árvores No caso do condomínio Bosque das Árvores, foram mais de 20 anos de espera, e em 2017, 320 famílias realizaram o sonho de ter a casa própria, este que faz parte de um empreendimento de interesse social financiado pelos programas Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, e Casa Paulista, do Governo do Estado de São Paulo, sendo destinado às famílias de baixa renda. Os condomínios possuem área de 177.695,91 m² em investimento na ordem de R$ 126,7 milhões. Cada uma das 1.320 unidades possui 47,83 m² com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviço. São seis condomínios equipados e cada um conta com área de lazer, quadra poliesportiva, salão de festa e estacionamento privativo. Todas as unidades são adaptáveis para o uso de pessoas com necessidades especiais - 40 delas entregues com os equipamentos de acessibilidade instalados. Dados esse fatores e juntamente com a visita que fizemos em aula no dia 06 de setembro de 2017, ouvindo moradores do local e entendendo seu ponto de vista, levando em conta que foram levantados diversos problemas. Entendo que como premissa, a intenção era proporcionar as pessoas que moravam na Favela dos Zumbis, uma melhor qualidade de vida, porém, alguns problemas ficam evidentes no caminho ao local e consequentemente no próprio local. Na conversa com os moradores, alguns problemas foram ressaltados, a grande distanciação do local do empreendimento com locais para atendimento ás necessidades básicas de vida, como postos de saúde, supermercados, do centro comercial e principalmente abastecimento de água, já que em muitos momentos houve falta da mesma. Houve uma falha muito marcante na elaboração dessas moradias, onde, a opinião dos moradores não foi ouvida tão pouco levada em consideração, sendo que, na concepção da maioria, a nova moradia é tão precária quanto à antiga.

23

Os moradores simplesmente foram retirados da Favela dos Zumbis onde tinham diversos vínculos, tanto de trabalho, família e escola, sem período prévio ou qualquer proposta de adaptação com o novo local onde iriam morar, nesse momento surge à preocupação desses moradores com a dificuldade de adaptação que vem ocorrendo, e ainda mais com o fato de que não tem recursos para que isso mude, já que o poder público “esqueceu” da sua existência. Penso que uma solução viável seria a inclusão dos próprios moradores no cuidado com o condomínio, como força de trabalho, para melhorar suas próprias condições de vida, onde a prefeitura oferecesse emprego á eles como iniciação de um processo para construção de uma renda e melhoria de vida. A retirada das grades também seria fundamental, já que instauram certo desconforto, caracterizando uma espécie de “prisão”. Acredito também que a iniciativa de colocar ações sociais como propostas anteriormente, as pessoas que ali estão poderão aprender algum tipo de profissão de forma que possam exercer algum trabalho autônomo em busca da melhoria na renda familiar. Tenho a impressão que essa inciativa veio pra mascarar certa necessidade do governo de encontrar espaço para áreas comerciais, onde se localiza a favela dos Zumbis, dessa forma, foi criada uma proposta de realocação para os moradores da favela, para que a populaçãoacreditasse que essa mudança fosse para melhorar a vida desses moradores e não afastá-las da sociedade ainda mais, e simplesmente fecharam os olhos para o que viria depois e os problemas de adaptação que iriam existir, de forma que essa parcela da população se encontra abandonada pelo poder público até hoje. A transformação de um lote abandonado em um local de lazer, educação e vivencia em comunidade, ajudará a minimizar a sensação de insegurança que o local transmite, uma vez que, o projeto tem a preocupação de tornar-se parte da comunidade e um local de pertencimento.


USO COMER

USO INDUST

3.5. Levantamento fotográfico - área de intervenção

ÁREA VERD APP

ÁREAS VER

ÁREA DE IN

CICLO FAIXA IMPLANTADA QUADRA ABERTA IMPLANTADA PISTA DE SKATE

VIAS

USO RESIDENCIAL USO COMERCIAL USO INDUSTRIAL ÁREA VERDE IMPLANTADA ÁREA DE INTERVENÇÃO VIAS

24


3.5. Objetivos da proposta

NTADAS Propor atividades educativas e sociais; Humanizar a convivencia entre antigos e novos moradores; Garantir novos usos para a área abandonada; Eliminar a sensação de insegurança que o local transmite; Conciliar conhecimento e lazer; Criar cultura de pedestres; Garantir direito a cidadania e inserção social;

25

Mediante os estudos e levantamentos realizados, atendendo às necessidades da população local e contribuindo para a inclusão de todas as classes sociais existentes no bairro e seu entorno, a fim de proporcionar um ambiente de socialização aos moradores. A intenção foi trazer práticas educativas, culturais e sociais, funcionando como pontos de transformação e fortalecimento da comunidade e cultura local, oferecendo uma combinação de programas que visam incluir essas comunidades nas lógicas econômicas e cívicas , modificando e melhorar positivamente a educação da população, principalmente devido ao acesso aberto aos serviços de internet e livros. A estratégia principal foi usar a arquitetura para produzir um novo senso de comunidade e cidadania, por meio de coabitação e interação informais, caracterizada pelas diversas formas de convívio e interações interpessoais, intensificando a de apropriação e as potenciais interações sociais que podem produzir, consequentemente, a aproximação dos moradores, já que a união da comunidade é o que verdadeiramente “endossa” o valor coletivo.

O centro comunitário possui salas de dança, quadras de esportes, uma biblioteca, salas para artes marciais, um salão multifuncional e diversas alas para convivio multiplo. Ao lado do edifício principal está uma biblioteca, que atua como um centro multimídia, atraindo visitantes de todas as idades para uma variedade de atividades. Os dois edifícios são projetados para operar em conjunto e também separadamente. Uma vez que a escala dos equipamentos urbanos nesta área é bastante grande, quero que os edifícios introduzam uma escala urbana amigável, ou seja, que não só os usuários usufruam da praça interna do projeto, mas também que os pedestres a utilizassem como atalho e acabassem passando pelo projeto enquanto se direcionam para outro lugar. Essa ideia foi um dos partidos do projeto e levou ao posicionamento dos dois edifícios em torno de uma praça central, que também se conecta com o bloco de lazer. Os materias utilizados serão pensados de forma que absorvam e melhores a sensação térmica, devido a predominância do clima quente na cidade, parcialmente sombreado ao longo do ano, sendo também protegido contra o ruído das ruas, juntamente com o projeto básico de paisagismo, com arvores altas protegendo as fachadas. O edifício será totalmente acessível para pessoas com deficiência. Em amplo sentido, ocorre o fortalecimento da cidadania, a disseminação de ideias e conhecimento,implantação de um espaço comprometido com o ensino e o aprendizado, voltado a futuros cidadãos de olhar crítico. São novas formas de viver e estar, baseadas na informação, motivação, apoio, afeto, responsabilidade e ação. Os principais alvos são a família e a comunidade, como forma de suprir algumas necessidades dessa população com função de minimizar os efeitos da exclusão social, como agentes principais têm a participação das famílias e grupos sociais, e fator desenvolvedor dessa iniciativa será o progresso local, social e de promoção da comunidade.


3.7. Mapa de usos do solo

USO RESIDENCIAL USO COMERCIAL USO INDUSTRIAL USO RESIDENCIAL

ÁREA VERDE IMPLANTADA

USO COMERCIAL USO INDUSTRIAL ÁREA VERDE IMPLANTADA APP ÁREAS VERDES NÃO IMPLANTADAS ÁREA DE INTERVENÇÃO VIAS

APP ÁREAS VERDES NÃO IMPLANTADAS ÁREA DE INTERVENÇÃO VIAS

N

ESCALA 1:2500

Analisando o mapa de usos, pode se notar que existe uma grande diferenciação entre os usos urbanos e rurais no local, principalmente se consideradas as áreas de preservação permanente, indo até o local, descobri que algumas dessas áreas e outras delimitadas como áreas verdes estão atualmente, ocupadas por esgoto a céu aberto, interferindo na boa qualidade do ar e causando grande desconforto na população. O entorno é predominantemente residencial, ainda mais depois da chegada dos moradores que anteriormente moravam na favela dos zumbis ao residencial Bosque das árvores. Continuando a análise é fácil encontrar alguns estabelecimentos de origem autônoma, onde os próprios moradores se organizam para fornecer serviços a comunidade, juntamente misturados com alguns estabelecimentos comerciais de pequeno porte, existe também, algumas áreas institucionais, sendo elas, igrejas e salões pertencentes ás mesmas, todas de uso particular. Todos estes estabelecimentos não contribuem efetivamente para as funções econômicas as quais carecem a população, qualificando cada vez mais o bairro, em sua totalidade, como insuficiente e escasso de serviços públicos adequados, que promovam o sentido de lugar, de pertinência, orgulho e satisfação com seu local de moradia.

26


3.8. Mapa viário VIAS LOCAIS VIAS ARTERIAIS VIAS LOCAIS VIAS ARTERIAIS VIAS COLETORAS APP

VIAS COLETORAS APP

área de intervenção

ÁREA DE INTERVENÇÃO

N

ESCALA 1:2500

27

O local de intervenção se localiza a menos de um quilometro da rodovia Luiz de Queiróz, e acredito que a implantação de um equipamento de lazer e aprendizagem vão fazer muita diferença, já que a partir disso as pessoas vão se interessar por conhecer o local e consequentemente o bairro ficará mais povoado, como essa rodovia é de trânsito rápido, apesar do acesso um tanto restrito ao local, acredito que isso não será empecilho, uma vez que esse equipamento esteja implantado e faça com que as pessoas se interessem em conhecer o local. Analisando em micro escala, vias de bairro são superfícies por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central, em grande maioria o bairro é composto por vias locais, propondo um deslocamento simples aos moradores, entretanto, o maior problema é o acesso ao bairro, que se da apenas pela Estrada dos Barreirinhos que é a via arterial principal e com alguns trechos de terra, e em seguida existem algumas vias coletoras que se distribuem dando continuidade até as vias locais. Existem vias locais mais próxima s do terreno que são ruas sem saída, sendo assim, a proposta para o Trabalho Final de Graduação é pensar os espaços locais para que sejam de uso múltiplo, reduzindo a necessidade de deslocamento das pessoas, em busca de lazer e conhecimento. Isto passa por revitalizar e repovoar o bairro degradado e levar a oferta de equipamentos sociais e culturais para as áreas suburbanas que atualmente apresentam forte caráter residencial.


3.9. Mapa de gabarito EDIFICAÇÕES TÉRREAS TÉRREO + 1 PAVIMENTO

EDIFICAÇÕES TÉRREAS

2 OU MAIS PAVIMENTOS

TÉRREO + 1 PAVIMENTO

TERRENOS VAZIOS

2 OU MAIS PAVIMENTOS

ÁREA VERDE IMPLANTADA APP ÁREA VERDE NÃO IMPLANTADA ÁREA DE INTERVENÇÃO VIAS

TERRENOS VAZIOS ÁREA VERDE IMPLANTADA APP ÁREA VERDE NÃO IMPLANTADA ÁREA DE INTERVENÇÃO VIAS

N

ESCALA 1:2500

O mapa de gabarito explana as alturas das edificações, de sua fundação até o topo, analisando o mapa de entorno, pode se notar que poucos lotes possuem construções com mais de um pavimento além do térreo. As edificações que em maioria, são térreas, destinadas a uso residencial, deixando uma minoria para escolas de ensino fundamental e EMEI’s, como também, a alguns estabelecimentos autônomos, de iniciativa dos próprios moradores. Alguns locais em laranja são indicados como sem usos no zoneamento principal de Santa Bárbara D'Oeste, alguns com propostas de intervenção, porém, esses projetos não tem perspectiva de sair do papel, tornando esses projetos inaplicados por tempo indeterminado.

28


EXISTENTE X CRIADO - CAMINHOS E ACESSOS

CAMINHOS JÁ EXISTENTES CAMINHOS CRIADOS CAMINHOS PARA ACESSO BLOCO APRENDIZAGEM BLOCO ESPORTIVO ESTACIONAMENTO

CONDOMINIO BOSQUE DAS ÁRVORES

ESCALA 1:5000

Os caminhos foram criados pensando na maior acessibilidade aos centro comunitário, de forma a deixar a movimentação mais fluida e direta ao bosque das árvores. Aproveitando a ramificação de alguns lotes no bairro Res. do Lago, criei caminhos entre eles, facilitando a passagem e chegada ao local. Caminhos vindo do Bairro Vista Alegre e diretamente da estrada dos Barreirinhos foram criados em conjunto com alguns já existentes. No mesmo sentido foram criados os caminhos no projeto de paisagismo, que trarão de forma orgânica e continua.

29

GOOGLE EARTH


4.1. Desenvolvimento, conceito e partido A partir da análise do local e de seus condicionantes a especulação do projeto começou. O partido, primeiramente concentra se em dois blocos, deixando o centro como praça principal, de modo a ligar os mesmos se conectando com todo o projeto, um bloco principal destinado a atividades de aprendizagem e outro mais voltado ao lazer e estudos individuais e dirigidos, no bloco de lazer, onde se localiza a biblioteca e a quadra coberta. Assim, a partir dos caminhos existentes, foram criados novos interligados até a entreda dos dois edificos principais, de forma a manter a praça como elemento principal sem deiar de lado a importancia dos dois edificios. (croquis á esquerda)

Os dois edificios possuem acesso aos terracos por meios de rampas, escadas e passarelas, que servem como fechamento natural para a proteção de todo o projeto. O bloco de lazer possui ainda no pavimento superior a biblioteca junto com terraço. As fachadas foram pensadas conforme o sentido dos ventos, á oeste, pra proteção de algumas fachadas foi utilizado pergolado e para outras brises com perfil de bambu, contando ainda com as arvores de grande porte nas partes externas e centrais. A quadra possui arquibancada aberta e uma parte externa destinada a arte e grafitagem, seja de artistas ou dos proprios moradores. (croquis abaixo)

ventos + sol + edifícios

ÁREAS VERDES CONVIVÊNCIA VENTOS Á OESTE

acessos + circulação

CAMINHOS ACESSOS

ACOLHIMENTO + AULA

BIBLIOTECA

QUADRA COBERTA

PILARES TÉRREO/SUPERIOR LIVRES BL. APRENDIZADO PEITORIL QUADRA BIBLIOTECA VESTIÁRIOS QUADRA PERGOLADO

30


4.2. Programa de necessidades básico 1 CENTRO COMUNITÁRIO

2 ACOLHIMENTO

PRAÇA ÁREAS VERDES

1

LAZER

ENSINO DIVERSIFICADO

APRENDIZAGEM

3

ESPAÇO PÚBLICO

BANCOS EXTERNOS + BLOCO APRENDIZAGEM

2 VALORES

POPULAÇÃO / COMUNIDADE FORTALECER A CONVIVÊNCIA EM COMUNIDADE QUADRA

COMO?

Atuar como apoio a escola, através de reforço escolar e ações que envolvam: música, leitura, atividades em grupo e encontros comunitários.

31

OBJETIVO?

Travar o processo de segregação que se instalou desde a chegada dos moradores do condominio bosque das arvores

RESULTADO?

3

Tornar a comunidade mais unida e com maior senitimento de apropriação do espaço publico, MELHOR utilizado e conservado

QUADRA E BLOCO ESPORTIVO


4.3. Fluxograma ESPAÇOS COMUNS ESPAÇOS ADMINISTRATIVOS Vestiário

ESPAÇO AOS ALUNOS

Rampa Passarelas Escadas

Salas de Aula

Recepção Salão multifuncional Sanitários Refeitório Quadra coberta Terraço

Praça Central Laboratórios

Salas de dança e lutas

Administração

Depósito Recepção 2

Sanitários Biblioteca

Cafeteria

32


4.4. Espaços e seus usos

PERMEABILIDADE E VISIBILIDADE Uma construção que é aberta e tem acessibilidade para todos, o piso segue o nível natural do terreno. O que favorece a passagem e incentiva a permanência. Um contraste forte em ter o concreto e paisagismo permite que o projeto dialogue com o entorno, assim como as salas de aula e a praça central, trazendo fachadas convidativas e confortáveis.

ESTÁTICO E MOVIMETO Esse projeto é rígido no seu volume com uma fachada contínua e marcante de concreto armado aparente o que faz com que a primeira vista pareça representar um projeto estático. Os espaços são definidos pelas suas paredes, porém são os usuários que definem seus usos, o projeto apresenta grandes espaços internos e externos que podem ser ocupados de diversas formas tendo a possibilidade de flexibilidade e adaptação sem perder harmonia do conjunto.

33

CONVIDATIVO E CALMO Por ser um projeto cultural com cafeteria, área para estudo, uma sala de aula multiuso pronta para ter sempre atividades e com uma praça central é um espaço que é atrativo para passagem e para permanência nele. Porém quando se trata das aulas, os alunos precisam de concentração e privacidade e por isso o bloco de aprendizagem se concentra apenas nesse uso e de passagem restrita para quem não é aluno.


O PROJETO



ÁREAS VERDES CAMINHOS

RUA MILTON SALOMÃO

LOTES RUAS

RUA CÉSAR MODENESE

BLOCO ESPORTIVO

RUA VITORIO BUZINARE

DO V T RUA

HO

RUA RUTH GARRID

O ROQUE

RUA

BB

RUA

E

SE ÉS AR

MO

DE NE CC

NIGUINIDAD

RU AC

ADE INID

S NÇA

GU ENI

B DA

A TUR AVE RUA DA BE

ACESSOS AO PROJETO CALÇADAS PISTA DE SKATE

O bloco Aprendizagem se divide entre salas de reforço, dança, informática, projeção, cursos de linguas, recepção, cantina, wc e uma cafeteria refeitório, o elemento principal da sua ligação se da por meio do corredor central, esse bloco conta também com o terraço aberto no pavimento superior.

DD

BEM DAS

AA

ACESSOS PISO SUPERIOR

A partir da ideia de integrar todas as pessoas que moram no entorno do projeto,a praça aparece como elemento principal para convidar as pessoas a chegarem até ele, serve como elemento de ligação entre os blocos e funciona como espaço de lazer e convivência.

AL RAB

T

BLOCO APRENDIZAGEM

O bloco Esportivo se divide entre a quadra coberta, a biblioteca integrada á outro terraço aberto, banheiros, e o salão multifuncional no piso térreo, destinado a festas da comunidade e eventos diversos.O pergolado serve para proteger a fachada leste do sol da manhã, principalmente nos dias em que acontecem feiras na Rua César Modenese. A iluminação também foi pensada por meio dos postes de luz, localizados em todo entorno da praça e dos edifícios, trazendo assim um maior conforto e diminuindo a sensação de insegurança existente antes no local.

IMPLANTAÇÃO PELO TÉRRO ESCALA 1:750

36


ÁREAS VERDES

RUA MILTON SALOMÃO

CAMINHOS LOTES

NESE

RUAS

ACESSOS AO PROJETO

RUA CÉSAR MO DE

ACESSOS PISO SUPERIOR

RUA VITORIO BUZINARE

CALÇADAS PISTA DE SKATE

T O D TV

RUA RUTH GARRIDO R

OD ENE AR M CÉS

DE NIDA

IGUI

BEN

ÇAS

RAN

ETU

UINIDADE

37

SE

DA RUA

M AV

RUA DA BENIG IMPLANTAÇÃO PELO TOPO ESCALA 1:750

OQUE

RUA

RUA

O H L A RAB

BE DAS RUA

A cobertura é plana do tipo terraço conjuntando com a malha de vigas e pilares pré-moldados, foi projetada para o transito de pessoas, sua inclinação é de 2%, portanto imperceptível ao usuário. As calhas e os ralos ficam localizados nas extremidades em distâncias exatas para que o escoamento da água seja fluido e normalizado. (Visíveis na planta de cobertura)


6.00 3.00 0.00 CORTE AA ESCALA 1:250

3.00 0.00 CORTE BB ESCALA 1:250

TABELA PAISAGISMO JACARANDÁ PAULISTA Machaerium villosum Porte Grande Altura: 15 a 30m Raio de Copa: 8m Floração: Novembro a Fevereiro

GARDÊNIA Gardenia jasminoideS Arbusto Altura: 1,8 a 2,4m

DEDALEIRO

Lafoensia pacari Porte Médio Altura: 5 a 18m Raio de Copa: entre 4 a 5m

CLUSIA Clusia fluminensis Arbusto Altura: 1,2 a 1,8m

CANELINHA Nectandra megapotamica Porte Médio Altura: até 15m Raio de Copa: entre 4 e 5m Usando referências como Burle Marx, parti de formas triangulares que juntas teriam formato organico e dinâmico para o espaço. Busquei criar um ambiente agradável que pudesse oferecer diversidades de atividades para os usuários. Pensando nisso o espaço possui ampla área pavimentada pra caminhadas, corridas e passeios de bicicleta, playground para as crianças, pista de skate, também dois tipos de cores de pavimento foram escolhidos para essa praça, criando caminhos diferentes e limitando alguns acessos e dando forma á ideia dos caminhos a percorrer e onde cada um deles levará o usuário.

38


3.00 0.00 CORTE CC ESCALA 1:250

6.00 3.00 0.00 CORTE DD ESCALA 1:250

39


FACHADA LESTE ESCALA 1:250

FACHADA OESTE ESCALA 1:250

FACHADA NORTE ESCALA 1:250

40


PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES

RALOS E CALHAS

N ESCALA 1:250 PLANTA DE COBERTURA

N INCLINAÇÃO QUADRA 10% INCLINAÇÃO COBERTURA PLANA 2%

41 PRODUZIDO POR UMA VERSÃO DO AUTODESK PARA ESTUDANTES


4.6. Dimensionamento de áreas

COZINHA 150M²

ESPAÇOS COMUNS ESPAÇOS ADMINISTRATIVOS ESPAÇO AOS ALUNOS

WC 70M² SALÃO DE DANÇA E LOCAÇÃO PARA FESTAS 700M² ÁREA DE APOIO PARA FESTAS 760M² WC 70M²

N SEM ESCALA BLOCO ESPORTIVO TÉRREO

42


ESPAÇOS COMUNS PÁTIO BIBLIOTECA 650M²

ESPAÇOS ADMINISTRATIVOS ESPAÇO AOS ALUNOS

i = 10%

WC 70M²

TELHA METÁLICA

TELHA METÁLICA

WC 70M²

BIBLIOTECA 1000M²

i = 10%

N

43

SEM ESCALA BLOCO ESPORTIVO PAVIEMENTO SUPERIOR


DIME ESPAÇOS COMUNS ESPAÇOS ADMINISTRATIVOS ESPAÇO AOS ALUNOS

ADM CAFÉ RECEPÇÃO 300M² WC 55M²

REFORÇO ESCOLAR 50M²

REFORÇO ESCOLAR 50M²

SALA COMPUTADORES 50M²

DANÇA 70M²

ARTES MARCIAIS 70M²

PROJEÇÃO 1 100M² INGLÊS 50M²

REFEITÓRIO 130 M²

REFORÇO ESCOLAR 50M²

CANTINA/COZINHA 35M²

DEPÓSITO

SALA COMPUTADORES 50M²

ESPANHOL 50M²

REFORÇO ESCOLAR 50M²

N SEM ESCALA BLOCO APREDIZAGEM PAVIMENTO TÉRREO

44


ENSIONAMENTO 4.7. PLANTAS BAIXAS

N

45

ESCALA 1:250 BLOCO APREDIZAGEM PAVIMENTO TÉRREO


N

*Todo projeto foi pensar para manter o complexo todo sombreado, por isso, esse pavimento possui um avanรงo de 2 metros em todo seu entorno para garatir o sombreamento do deste mesmo bloco.

ESCALA 1:250 BLOCO APREDIZAGEM PAVIMENTO SUPERIOR

46


N

47

ESCALA 1:250 BLOCO ESPORTIVO PAVIMENTO TÉRREO


1

2

3

A

B

C

D

E

F

i = 10%

TELHA METÁLICA

TELHA METÁLICA

i = 10%

N ESCALA 1:250 BLOCO ESPORTIVO PAVIMENTO SUPERIOR

48

4

5


4.7.6. Malha de pilares + Aberturas 8

1

2

3

5

4

6

7

1

8

2

3

4

5

6

7

8

A

B

C

A

D

B WC 70M²

E WC 70M²

C

F

N

TABELA DE ESQUADRIAS

TÉRREO APRENDIZADO

ESCALA 1:750 MALHA DE PILARES 1

A

2

3

4

5

6

7

8

9

10

PLANTA BAIXA

11

JANELAS

6 10

B

DIMENSÕES LxAxP 2,40 x 0,60 x 1,10 4,50 x 1,00 x 1,10

26

B

2,40 x 0,60 x 2,50 D

D E

6

6,00 x 2,10 x 0

F G

3

3,00 x 2,10 x 0

8

6,00 x 2,10 x 0

37

1,15 x 2,10 x 0

H

A

C

C

49

QUANTIDADE

PORTAS

E

F G

H

As janelas foram pensadas de forma que todas as salas tivessem. Uma iluminação adequada, porém, indireta, sendo assim, algumas Salas possuem janelas altas, principalmente na fachada leste, e algumas, janelas baixas, internas. As aberturas internas de maior convivencia se dividem em portas de correr, de 2, 3 e 4 folhas, dependendo do ambiente, e portas convencionais para as salas de aula, para fachada oeste do bloco aprendizagem a ideia é utilizar brises em madeira para dificultar e diminuir e incidência do sol no edificio.


DETALHES DO PROJETO


5.1. Mobiliario / externo

O mobiliário é uma criação para trazer sombra aos espaços localizados na praça entre os edifícios, já que é o local que será mais habitado e a pretensão era implantar menos árvores no local, ele é composto por três pilares de aço e três bancos de madeira para conversar com os materias e cores já utilizadas no resto do projeto, é coberto por malhas de policarbonato proporcionando maior conforto e menos calor para os usuários.

51


A fachada oeste é composta com brises de BPC é construído como um perfil que permite ocultar a construção em sua largura. O material de composto de polímero de bambu é feito para condições externas, ao mesmo tempo em que traz uma sensação de aconcheg para o ambiente de gesso claro e pedra cinza.

52


5.2. Considerações Finais Durante esses dois semestres de estudos, entrevistas, testes e desenvolvimento teórico para tentar chegar o mais próximo de desenvolver um espaço que seja convidativo a todo o público, porém que crie um espaço calmo e seguro para os alunos e mesmo sendo uma estrutura estática, crie uma permeabilidade e utilização do espaço que seja convidativo, em virtude disso criei o centro comunitário com salas de aula num bloco mais isolado, e diversos lugares externos, tanto na circulação quanto em áreas de descanso locais que podem se adaptar para ser utilizados como sala de aula, apresentações, eventos, ensaios entre outros, oferecendo aos usuários áreas e atividades que trouxessem pertecimento e conforto a todos, um local de integração para os cidadãos e pra todas as pessoas que queiram aprender algo novo com várias possibilidades de utilização, alcancei o objetivo e acredito que esse tipo de iniciativa edifica um trabalho e nosso pensamento como ser humano também.

53


5.5. Referências Bibliográficas CAMPOS FILHO, Candido Malta. Reinvente seu bairro. São Paulo: Editora 34, 2003. KAISER, Edward J.; GODSCHALK, David R.; CHAPIN, F Stuart. Urban land use planning. Urbana: University of Illinois Press, 1995. KELLY, Eric; BECKER, Barbara. Community planning: an introduction to the comprehensive plan. Washington: Island Press, 2000. LEUNG, Hok-Lin. Land use planning made plain. Toronto: University of Toronto Press, 2002. PIVA, Naiady. Segregação racial tem raiz n a história do Rio de Janeiro. 2016. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/ vida-e-cidadania /futuro - das - cidades/segregacao-racial-tem-raiz-na-historia-do-rio-de-janeiro- 56ae1hhcziyd4i562k7m3w1e7>. Acesso em: 11 set. 2017. COUTINHO, Davison. A ROCINHA E SUAS LOCALIDADES. 2017. Disponível em: <https://www.brasil247.com/pt/247/favela247/144944/A-Rocinha-e-suas-localidades- invisíveis.htm>. Acesso em: 10 set. 2017.

CLARKE, Felicity. Mapas Mostram a Segregação Racial no Rio de Janeiro. 2015. Disponível em: <http://rioonwatch.org.br/?p=17005>. Acesso em: 13 set. 2017. VANDENBERG, Ninon; NAZARETH, Miguel Bustamante F.. Urbanização de Favelas - São Paulo (Brasil). Disponível em: <http://www.favelasaopaulomedellin.fau.usp.br/areas-de-estudo/vila-nova-jaguare/>. Acesso em: 09 set. 2017. MARQUES, Eduardo C. L.. REDES SOCIAIS, SEGREGAÇÃO E POBREZA EM SÃO PAULO. 2007. Disponível em: <http://www.pucsp.br /ecopolitica/downloads / tes_ 2007_ Redes_sociais.pdf>. Acesso em: 11 set. 2017. SATO, B. . Estudo dos impactos das remoções de famílias por intervenções urbanísticas: Favela Nova Jaguaré. In: ZUQUIM, M. L. (Org.) ; DOTTAVIANO, M. C. L. (Org.). . Práticas recentes de intervenção urbana em áreas informais na América Latina. São Paulo (Brasil): Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP). 243 p. 2014.

CARRIEL, Paola. Muro na favela. 2009. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/muro-na-favela-protecao-ou- segregacao-social-bih9sn9xh9q1jqwmjuxt14gum>. Acesso em: 13 set. 2017.

54




Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.