Rio de Janeiro, junho 2013
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Unasul terá três países no Conselho Executivo da OMS Conselho de Saúde Sul-Americano apresentou posições comuns durante a 66ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde
Além de eleger seus representantes, o Conselho de Saúde da Unasul logrou também expressar posições comuns sobre assuntos importantes da agenda global discutidos durante uma série de encontros paralelos realizados pelo Comitê Coordenador do CSS instância que reúne os coordenadores nacionais dos países do bloco. Entre os temas destacados estiveram a saúde na Agenda do Desenvolvimento Pós-2015 (leia mais na p. 2), Cobertura Universal em Saúde, determinantes sociais da saúde, políticas para pessoas com deficiência, orçamento da OMS, regulamento sanitário internacional e financiamento para pesquisa e desenvolvimento. Na sessão de abertura da 66ª AMS, a Ministra da Saúde do Peru e Presidenta Pro Tempore do CSS,
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Regulamento Sanitário Internacional e Financiamento de Pesquisa Nas discussões sobre o Regulamento Sanitário Internacional (RSI), a Unasul e o Mercosul apresentaram posicionamento conjunto ressaltando a importância dos informes repassados pelos países-membros à OMS e requerendo respostas às dúvidas sobre implementação ou interpretação do RSI. Os dois blocos regionais solicitaram ser informados sobre os apoios oferecidos pela OMS para uma melhor definição do mapa de riscos da febre amarela. O Conselho de Saúde Sul-Americano firmou posição também sobre o relatório do Grupo de Trabalho Consultivo de Especialistas em Pesquisa
e Desenvolvimento (CEWG), avaliando como ação prioritária a criação de um observatório mundial sobre pesquisa e desenvolvimento. A Unasul afirmou que o sistema de geração de incentivos baseado em patentes é insuficiente para responder às necessidades dos países em desenvolvimento e, por isso, destacou a importância das propostas do CEWG - em relatório à 65ª AMS - sobre modelos alternativos. No debate sobre políticas para pessoas com deficiência, o CSS fez um agradecimento pela inclusão do tema como ponto de discussão e disse que o assunto vem sendo tratado pelo bloco por meio de políticas públicas que garantam a inclusão e o acesso aos serviços de saúde. O bloco incentivou a AMS a adotar um projeto de resolução e a discutir um plano de ação para a abordagem integral sobre o assunto.
VEJA MAIS • 66ª Assembleia Mundial da Saúde termina com destaque para Agenda Pós2015 - Pág. 2 • Unasul realiza I Conferência SulAmericana sobre Recursos Naturais, em Caracas - Pág. 3 • Entrevista: Oscar Varas fala sobre a I Conferência Nacional de Saúde da Bolívia - Pág. 4
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Argentina, Brasil e Suriname ocuparão até 2016 três dos seis assentos destinados à Região das Américas
Midori de Habich, discursou em nome dos demais países do bloco e defendeu a inclusão, nas políticas de saúde, dos acordos firmados na Conferência Mundial sobre Determinantes Sociais da Saúde e na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20 - ambas realizadas no Rio de Janeiro em 2011 e 2012. Midori também se posicionou sobre o conceito de cobertura universal, afirmando que não deve se basear em uma perspectiva assistencialista e à proteção de riscos financeiros, mas que considere elementos de prevenção e promoção da saúde, reabilitação, acesso a medicamentos e os determinantes sociais da saúde. A Ministra reforçou ainda a preocupação com a redução da alocação de recursos orçamentários da OMS para a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).
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A 66ª Sessão da Assembleia Mundial da Saúde (AMS), realizada entre os dias 20 e 28 de maio em Genebra (Suíça), elegeu três países-membros da União das Nações Sul-Americanas (Unasul) para integrar a nova composição do Conselho Executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS). A escolha dos representantes culminou os esforços de atuação conjunta realizados durante a AMS pelo Conselho de Saúde Sul-Americano (CSS), que resultou ainda na adoção de resoluções sobre diversos temas de interesse dos países que integram o bloco. Com a eleição, Argentina, Brasil e Suriname próximo país a ocupar a Presidência Pro Tempore (PPT) do CSS, atualmente exercida pelo Peru ocuparão até 2016 três dos seis assentos destinados à Região das Américas entre os 34 que compõem o Conselho Executivo da OMS, encarregado de assessorar a AMS e levar a cabo suas resoluções. Na composição anterior do CE apenas o Equador representava os países da América do Sul. Cuba, México e Panamá completam a nova representação da Região das Américas no órgão. O primeiro encontro do novo Conselho Executivo - que realiza normalmente duas reuniões anuais ocorreu após o encerramento da 66ª Assembleia Mundial da Saúde, nos dias 29 e 30 de maio. A próxima reunião do órgão deverá ser realizada em janeiro de 2014, quando serão definidas as prioridades da 67ª AMS, prevista para ocorrer no final de maio do próximo ano.
Representantes de Brasil, Argentina e Suriname na 66ª sessão da AMS e a Diretora da OPAS, Carissa Etienne (centro)
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