Revista
ULTRADESIGN
Junho 2014
A revista guia definitiva para designers gráficos ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL Anatomia da mensagem visual a dinâmica do contraste técnicas visuais psicologia da Gestalt
Caro Leitor
Esperamos uma boa leitura do conteĂşdo abordado na revista Ultradesign, transmitindo todo o conhecimento para maior aprendizado leitor. isaque macĂŞdo
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Sumário 1. ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL 2. Anatomia da mensagem visual 3. técnicas visuais 4. psicologia da Gestalt
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL o ponto
a linha
O ponto é o elemento mais simples do design. Geometricamente, um ponto é um par de coordenadas X, Y, ele não possui massa alguma. Do ponto de vista gráfico, no entanto, denomina-se ponto tudo aquilo que é pequeno em relação aos elementos que o cercam e possui um formato relativamente simples. Um ponto, mesmo sendo um pequeno elemento, pode ter grande influencia em uma composição. O ponto pode ter uma identidade própria ou pode se fundir a composição trabalhando na construção de uma história. O ponto que se forma na intersecção de duas linhas diagonais é interpretado como um alvo, o “X do mapa”. O ponto é a unidade de comunicação visual mais simples e irredutivelmente mínima. Na natureza, a rotundidade é a formulação mais comum, sendo que, em estado natural, a reta ou o quadrado constituem uma raridade.
A linha é uma sequência de pontos, pode ser interpretado como a conexão de dois pontos ou como um ponto em movimento. A linha é mais dinâmica que o ponto, pois gera a sensação de movimento, isso nos permite manipular o sentido de observação de uma peça gráfica através da distribuição das linhas. A fluidez de um traço vai depender antes de tudo de sua espessura; uma linha fina e suave simboliza um movimento rápido e delicado, já uma grossa e irregular expressa o oposto. É importante lembrar que quando uma linha adquire certa espessura, passa a se comportar como plano; assim como o ponto, a espessura máxima de uma linha vai depender do contexto em que ela esta inserida. Quando os pontos estão tão próximos entre si que se torna impossível identificá-Ios individualmente, aumenta a sensação de direção, e a cadeia de pontos se transforma em outro elemento visual distitivo:a linha.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL
a direção
a forma
Todas as formas básicas expressam três direções visuais significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva. O quadrado Horizontal e Vertical confere Equilibrio, estabilidade; O triangulo –Diagonal – confere instabilidade; E O Círculo – Curva – Abrangência, repetição.
“Conjuntos de linhas que formam superfícies mais complexas.” A linha descreve uma forma. Na linguagem das artes visuais, a linha articula a complexidade da forma. Existem três formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo eqüilátero. Cada uma das formas básicas tem suas características específicas, e a cada uma se atribui uma grande quantidade de significados, alguns por associação, outros por nossas próprias percepções. Quadrado: Equilibrio, honestidade Triangulo: Ação, conflito, espiritualidade. Círculo:Modernidade, infinitude, proteção.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL
o tom
a cor
O tom é o atributo distinguível de uma cor. Este varia de intensidade quanto à saturação da cor. O mundo em que vivemos é dimensional, e o tom é um dos melhores instrumentos que se dispõe para expressar essa dimensão. Ele da uma aparencia de realidade através de luz refletida e sombra projetada.
A cor é uma experiencia visual complexa, emocional e significativa. É o tom com um componente cromático. As cores tem uma grande influencia psicológica sobre o ser humano. Quando o Homem tomou consciência desta realidade, aprendeu a usar as cores como estímulos para encontrar determinadas respostas. A cor que durante muito tempo só teve finalidades estéticas, passou a ter também finalidades e funcionalidades práticas. Através dela podemos dar e receber informações. A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas. Matiz ou croma, é a cor em si. Os matizes são medidos pelas três cores primárias e possuem características individuais.Saturação, é a pureza relativa de uma cor, do matiz ao cinza. A cor saturada é primitiva e simples. As cores menos saturadas levam à neutralidade cromática e até mesmo à ausência de cor. Acromático, é o brilho relativo, do claro ao escuro. Este fato ocorre quando tiramos totalmente a cor de um elemento colorido. Podemos deixá-lo monocromático ou simplesmente do preto ao branco, ou seja, na escala dos cinzas.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL
a dimensão
a textura
A dimensão existe no mundo real. Mas em representações bidimensionais como o desenho, a pintura, a fotografia, o cinema e a televisão, Ela não existe, é apenas implícita. A ilusão pode ser reforçada de muitas maneiras, mas o principal artifício para simulá-la é a perspectiva. Os efeitos produzidos pela perspectiva podem ser intensificados pela manipulação tonal, por meio do claro-escuro, a luz e sombra.
Podemos apreciar e reconhecer a textura tanto por meio do tato, quanto da visão, ou ainda pela combinação de ambos. É possível que uma textura não apresente qualidades táteis, mas apenas óticas, como no caso das linhas de uma página impressa, dos padrões de um determinado tecido ou dos traços superpostos de um esboço. Onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas coexistem, não como tom e cor, mas de forma única, que permite à mão e ao olho uma sensação individual, ainda que projetemos sobre ambos um forte significado associativo.
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ELEMENTOS BÁSICOS DA COMUNICAÇÃO VISUAL
a escala
o movimento
‘Medidas e tamanhos relativos dos objetos’
É um elemento visual implícito, uma sugestão manifestada visualmente. A sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas é mais difícil de conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita em tudo aquilo que vemos, e deriva de nossa experiência completa de movimento na vida.
Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos outros, ou seja: o grande não pode existir se não existir o pequeno. A escala pode ser estabelecida não só através do tamanho relativo dos objetos, mas também através das relações com o espaço ou ambiente.
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anatomia da mensagem visual
Representação Abstração Na representação, vemos e identificamos com base no meio e na experiência. A representação apresenta um nível maior de fidelidade com a realidade, possibilitando a identificação do que está sendo representado.
simbolismo
A abstração, contudo, não precisa ter nenhuma relação com a criação de símbolos quando os símbolos têm significado apenas porque este Ihes é imposto. A redução de tudo aquilo que vemos aos elementos visuais básicos também é um processo de abstração, que, na verdade, é muito mais importante para o entendimento e a estruturação das mensagens visuais.
No simbolismo, encontramos um vasto universo de sistemas de símbolos codificados que o homem criou arbitrariamente e ao qual atribuiu significado.
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técninas visuais minimização
atividade
É a apresentação do elemento em condições mínimas.
Procura reflertir o movimento através da representação ou sugestão
exagero
estase
É a ampliação e intensificação do componente da mensagem visual.
Representação estática, apresentando um efeito de repouso, tranquilidade ou mesmo falta de atividade.
previsibilidade É uma técnica convencional, sendo possível prever de antemão como vai ser toda a mensagem visual.
espontaniedade É a ampliação e intensificação do componente da mensagem visual.
sutileza Segundo Dondis, é uma técnica que sugere uma abordagem visual delicada e de extremo requinte.
ousadia Dondis dirá que é uma tecnica visual que, de alguma forma, sugere audácia, segurança e confiança na própria articulção dos elementos visuais .
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psicologia da gestalt
psicologia da gestalt A psicologia da Gestalt é um movimento que atua na área da teoria da forma. O design utiliza as leis da Gestalt o tempo todo, muitas vezes até de forma inconsciente. Ele ajuda as pessoas a assimilarem informações e entenderem as mensagens que são passadas. Este artigo visa explicar de forma detalhada o que é a Gestalt e como ela é aplicada no mundo do design gráfico e web design. O que significa a palavra Gestalt? Muita gente acha que é o sobrenome de algum psicólogo que teria fundado o movimento. Na verdade, é uma palavra de origem germânica que significa “forma” ou “figura”. Outros nomes pra psicologia da Gestalt são “Gestaltismo”, “psicologia da forma” ou simplesmente “Gestalt”. Quem fundou o Gestaltismo? O conceito de Gestalt foi primeiro introduzido na filosofia e psicologia contemporânea por Christian von Ehrenfels, mas o verdadeiro pai da Gestalt foi Max Wertheimer, cujo trabalho surgiu como resposta ao estruturalismo de Wilhelm Wundt (“um sistema no qual cada um dos elementos só pode ser
definido pelas relações de equivalência ou de oposição que mantém com os demais elementos“). No entanto, Wertheimer não foi o único responsável pelo surgimento do Gestaltismo. O desenvolvimento desta área da psicologia foi fortemente influenciada por outros grandes pensadores, como Immanuel Kant, Ernst Mach e Johann Wolfgang von Goethe. Qual é o princípio básico da Gestalt? Em termos mais gerais, é o conjunto de entidades físicas, biológicas, fisiológicas ou simbólicas que juntas formam um conceito, padrão ou configuração unificado que é maior que a soma de suas partes. “A “fórmula” fundamental da teoria da Gestalt pode ser expressada da seguinte forma,” escreveu . “Existem conjuntos, o comportamento dos quais não são determinados por seus elementos individuais, mas onde o processo da parte são determinadas pela natureza intrínseca do todo. É o objetivo da Gestalt de determinar a natureza de tais conjuntos” (1924).
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psicologia da gestalt Leis da Gestalt
fechamento
A Gestalt estuda os elementos que enxergamos em determinado momento, e de acordo com os gestaltistas são chamados de padrões, ou outros vários nomes, como: fatores, princípios básicos ou leis de organização da forma perceptual. É essa interação entre esses elementos que explica por que vemos as coisas de uma determinada maneira e não de outra. Para entender melhor, vamos estudar cada uma das leis apresentadas por João Gomes Filho, no seu livro Gestalt do Objeto
O fator de fechamento é importante para a formação de unidades. As forças de organização da forma dirigem-se espontaneamente para uma ordem espacial que tende para a formação de unidades em todos fechados. Obtém-se a sensação de fechamento visual da forma pela continuidade numa ordem estrutural definida, ou seja, por meio de agrupamento de elementos de maneira a constituir uma figura total mais fechada ou mais completa.
unificação
unidade
A Unificação é a igualdade/harmonia dos estímulos visuais transmitidos pelos elementos visuais que constroem uma composição. Quanto melhor o equilíbrio dos elementos visuais, maior é a sensação de Unificação. Um exemplo bem simples é o do aro da bicicleta. Os raios estão distribuídos de forma tão simétrica e tão harmoniosa que parecem estar unidos.
Uma unidade pode ser entendida como um único elemento, que se encerra em si mesmo, ou como parte de um todo. O círculo, por exemplo, é uma unidade que encerra em si mesmo, porém se ele tiver em seu interior algum desenho, esse interior será as sub-unidades. Uma forma simples de entender também é a relação dessa lei com os substantivos coletivos, onde por exemplo, diversos lobos são unidades quando analisados individualmente, mas que o grupo (ou alcateia) também pode ser considerado uma unidade.
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psicologia da gestalt segregação Segregação significa a capacidade perceptiva de separar, identificar, evidenciar ou destacar unidades formais em um todo compositivo ou em partes deste todo. Naturalmente, pode-se segregar uma ou mais unidades, dependendo da desigualdade dos estímulos produzidos pelo campo visual (em função das forças de um ou mais tipos de contrastes). A segregação pode se feita por diversos meios tais como: pelos elementos de pontos, linhas, planos, volumes, cores, sombras, brilhos, texturas e outros. Para efeito de leitura visual pode-se, também, estabelecer níveis de segregação. Por exemplo, identificando-se apenas as unidades principais de um todo mais complexo, desde que seja suficiente para o objetivo desejado de análise e/ou interpretação da forma do objeto
continuidade AA boa continuidade, ou boa continuação, é a impressão visual de como as partes se
sucedem através da organização perceptiva da forma de modo coerente, sem quebras ou interrupções na sua trajetória ou na sua fluidez visual. É também a tendência dos elementos de acompanharem uns aos outros, de maneira tal que permitam a boa continuidade de elementos como: pontos, linhas, planos, volumes, cores, texturas, brilhos, degradês, e outros. Ou de um movimento numa direção já estabelecida. A boa continuidade atua ou concorre, quase sempre, no sentido de se alcançar a melhor forma possível do objeto, a forma mais estável estruturalmente.
proximidade Elementos ópticos próximos uns dos outros tendem a serem vistos juntos e, por conseguinte, a constituírem um todo ou unidades dentro do todo. Em condições iguais, os estímulos mais próximos entre si, seja por forma, cor, tamanho, textura, brilho, peso, direção, e outros, terão maior tendência a serem agrupados e a constituírem unidades. Proximidade e semelhança são dois fatores que muitas vezes agem em comum e se reforçam mutuamente, tanto para constituírem unidades como para unificar a forma
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psicologia da gestalt semelhança A igualdade de forma e de cor desperta também a tendência de se construir unidades, isto é, de estabelecer agrupamentos de partes semelhantes Em condições iguais, os estímulos mais semelhantes entre si, seja por forma, cor, tamanho, peso, direção, e outros, terão maior tendência a serem agrupados, a constituírem partes ou unidades. Em condições iguais, os estímulos originados por semelhança e em maior proximidade terão, também, maior tendência a serem agrupados, a constituírem unidades. Semelhança e proximidade são dois fatores que além de concorrerem para a formação de unidades, concorrem também para promoverem a unificação do todo, daquilo que é visto, no sentido da harmonia, ordem e equilíbrio visual.
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