Manual de Auto Publicação

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Seja você um editor, seja você a mídia!


Titulo do Capitulo - 03


A guisa de abrir os códigos, liberalizar novas narrativas e aplicar vívidamente uma vida autônoma e nômade, trazemos aqui este manual!

Misto de inclinações terroristaspoéticas, afetos e constantes devires e, sem querer se configurar como o único, e tão somente mais um nesse catatau ávido e repleto de incertezas que e o mundo e a (á) vida. Escreva seu próprio capítulo!


O papel do editor é visto como censor e ao mesmo tempo polinizador. Nesse intermezzo é necessário vê-lo como participante ativo na democratização e circulação de conteúdos nas sociedades democráticas. Censor pois, mesmo contemporâneamente (no digital), ele restringe o debate público ao negar ou indeferir certas obras. Polinizador pois coloca (ou deveria) certos conteúdos no debate público. Seu papel nas sociedades democráticas vai além, contudo, ao selecionar quais obras vao ser publicadas ou não. Ele (o editor) influi diretamente no que sabemos ou podemos saber, regulando os conteúdos de interesse público.

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Ele escolhe o que você vê!


O cenário editorial brasileiro e profundamente (ou mais que TV, rádio e outras mídias) concentrado nas mãos de grupos (2) editoriais com interesses meramente comerciais, desconectados do viés da bibliodiversidade. No entanto, a profissão (ofício) editor é milenar, tão ou mais antiga quanto outras profissões ligadas a área da comunicação. Bibliodiversidade entendemos como a diversidade (assuntos, temas, pontos de vista, pontos de encontro e pontos de fuga) aplicados ao mundo do livro.

Jerry Lewis - filme “ Errado Pra Cachorro ”, de 1963


“ Um livro é um espelho flexivel da mente e do corpo. Seu tamanho e proporções gerais, a cor e a textura do papel, o som que produz quando as páginas sao viradas, o cheiro do papel, da cola e da tinta, tudo se mistura ao tamanho, e forma e ao posicionamento dos tipos para revelar um pouco do mundo em que foi feito. Se o livro se parecer apenas com uma máquina de papel produzida conforme a conveniência de outras máquinas, só máquinas vão querer lê-lo. “

Robert Bringhurst A publicação (e publicar) é um ato político atrelado as linhas ideológicas de seus grupos. Numa sociedade capitalista patriarcal democrata-liberal cristã, e de se supor que os grupos de mídia ainda continuem atentando pra esses viéses conservadores e ainda busquem se relacionar com a latente burguesia que compactua com seus pontos de vista retrogrados. Nisso, ao se auto-publicar, mais vozes se erguerão, mais ideias revolucionarias circularão e o ostracismo se esvanecerá. Há bracos e há ideias. Não vamos nos deixar limitar pela industrialização do imaginário, pela homegeinização dos afetos, pela captura dos desejos e sua venda sob prescrição médica. O corpo media nossa relação com o mundo e o nosso desejo de se expressar parte dessa relação.


Nas palavras de Deleuze e Guattari ...a diferença é necessariamente produção

de um coletivo, já que ela é o fruto de composições das forças que constituem um determinado contexto sócio-cultural; eles nos mostram ainda que abrir-se para a diferença implica em se deixar afetar pelas forças de seu tempo. Uma política que não consiste simplesmente em reconhecer o outro, respeitá-lo, preocupar-se com as consequências que nossa conduta possa ter sobre ele; mais além, trata-se de assumir as consequências de sermos permanentemente atravessados pelo outro, uma política indissociável de uma ética de respeito pela vida (...)

Construa e distribua!


Como já mencionado o editor é aquele que restringe o debate ao regular a mediação entre produtores e sujeitos aos quais as mensagens se destinam. Nos EUA, cinco grupos de mídia publicam 80% dos livros. (Schiffrin 2006). Os editores praticamente formam nossa opinião. (Knapp, 1992).

Logo na primeira parte do livro O Sistema dos Objetos, o autor propõe uma revisão da noção de objeto funcional amplamente divulgada pela Bauhaus, a saber, da perfeita correspondência entre forma e função. Encarando a própria “função” como um mito emancipado do homem e do objeto – “O objeto funcional é ausência de ser” (BAUDRILLARD, op. cit., p. 89)


Criação e desenvolvimento da produção hipermídia Césio Muller de Bem


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