O SABOR DO SAL...

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POR UMA LIDERANÇA SABOROSAMENTE EFICAZ

Súmario Prefácio................................................................11 Por que Sabor do Sal ........................................ 13 Introdução ........................................................ 17 1. O que o povo espera de um líder ................... 25 2. Como tornar-se um líder eficaz ..................... 33 3. Universidade de Queríte e suas lições ........... 39 Lição 1 - Direção.............................. 43 Lição 2 - Obediência ........................ 45 Lição 3 - Solidão ............................. 50 Lição 4 - Disciplina ......................... 53 Lição 5 - Prosperidade / Investimento 62 4. Características do líder................................... 67 1. Abnegação ....................................... 69 2. Visão ................................................. 76 3. Humildade ...................................... 81 4. Amor ............................................... 86 5. Coragem ............................................ 92 5. Dificuldades do líder...................................... 97 1. Crise ou Oportunidade ..................... 99 2. Crítica ............................................... 104 3. Oposição ......................................... 110 6. Reproduzindo Líderes .................................. 119 7. Maturidade / Orar pelo sucesso .................... 131 Notas.................................................................... 141 Bibliografia ...................................................... 143

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D á - me u m h o m e m d e De u s Dá-me um homem de Deus - Um homem, cuja Fé domine sua mente, E eu endireitarei o que está torto E abençoarei toda a humanidade.

Dá-me um homem de Deus - um homem, Cuja língua tenha sido tocada pelo fogo do céu, E eu inflamarei os corações mais escuros Com resoluções altas e desejos puros.

Dá-me um homem de Deus - um homem, que seja profeta poderoso do Senhor, E eu te darei paz na terra, Trazida pela oração, não pela espada.

Dá-me um homem de Deus - um homem, Fiel à visão que lhe é dada, E eu reconstruirei vossos santuários destruídos, Porei as Nações de joelhos humilhadas.

GEORGE LIDDELL.

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DEDICATÓRIA Ao Pr. Nivaldo Ramos, meu pai (In Memorian), uma influência indelével com sua liderança f orte e marcante em meu ministério; e a todos os líderes pequenos e grandes, que com sangue e lágrimas escrevem sua história.

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AGRADECIMENTOS

Ao Senhor Jesus, por me convocar para fazer do seu corpo pastoral. Desejo agradecer de modo especial o encorajamento de minha esposa, Vera Lucia, e expressar minha gratidão por seu juramento de fidelidade e compassivo entendimento. A mulher que suporta comigo as agruras do ministério. Temos passado por enormes transições, mas por não ter que viajar sozinho, minha jornada não tem sido tão difícil quanto poderia ser. Tê-la ao meu lado e saber que ela está sempre perto, animada com meu trabalho, tem me possibilitado terminar o que começo, a despeito do tempo e esforço requeridos. Graças a ela, nunca me senti intimidado pelo desafio de terminar outro trabalho. Às minhas filhas, Magaly Bruna e Michelly Paola, a quem devo o amor, o companheirismo e bom humor. À minha mãe e irmãos, pelo carinho e afeto. Ao Ministério BETESDA NOVA VIDA, pelo suporte, compreensão e amizade ao fazermos parte de um sonho a muito acalentado. À todos os ministros e oficiais do Ministério que transformam este texto, de teoria em prática. À Professora Laurentina Farias pela correção do texto original e orientação didáticogramatical. E a Professora Luciana Andréa Flores pela preciosa ajuda nos ajustes necessários. Todos estes e tantos outros que transformaram minhas linhas primitivas e frases deslocadas, em sentenças compreensíveis e parágrafos significativos. Isto é algo a ser observado! E ao omitir alguns nomes, a culpa é toda minha.

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PREFÁCIO

O Sabor do Sal. Eis aqui um texto dos mais inspiradores em nossa língua pátria. Tratase de uma mensagem prática e contextualizada, a qual nos desafia a um viver cristão comprometido e ativo no tempo que se chama: Hoje. Esta tem sido uma hora, para a qual o Espírito Santo nos chama à uma real paixão pelo Reino de Deus e Sua Palavra, enquanto somos, ao mesmo tempo, libertos do apatismo e do pessimismo. Já disseram que os membros das igrejas em geral são divididos entre três grupos: Daqueles poucos, que fazem as coisas acontecerem; o daqueles que assistem as coisas acontecerem, aplaudindo ou criticando os que as fazem, e, finalmente o grupo composto da grande maioria que nada sabe do que e nem para que as coisas acontecem. Este livro é dirigido a todos, convocando a um posicionamento cristão salutar e renovador, carregado de esperança na ação vivencial do povo de Deus. Israel Ramos é um escritor com facilidade para colocar objetivamente suas idéias, às quais são sempre marcadas pelo seu coração apaixonadamente pastoral e evangelístico. Trabalhar ao seu lado durante estes últimos anos, tem sido uma inspiração. Muito mais do que um colega de equipe ministerial, ele é para mim um irmão. Sou grato a Deus pela sua vida e de sua família, pois estar com eles é um privilégio permanentemente encorajador de crescimento. Todos estão de parabéns por ter este livro em nossas mãos. Que o Senhor use-o para encorajar Sua igreja a um viver diário que expresse o verdadeiro Sabor do Sal.

Rev. Silas Barbosa Dias Pastor da Igreja Presbiteriana Independente. Escritor - Palestrante Motivacional

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Por Que Sabor do Sal...

“Vós sois o sal da terra; mas se o sal se tornar insípido, com que se há de restaurarlhe o sabor? Para nada mais serve, senão para ser lançado fora, e ser pisado pelos homens” Mt 5: 13.

Todo líder deve ter o poder de influenciar com sua conduta, caráter, fé e amor; e quando tudo isso falta, sua liderança torna-se insípida, e sua influência é nula; pois liderança é o poder de uma pessoa para influenciar, motivar e dirigir outros, para alcançar alvos previamente estabelecidos. Todo líder cristão deve viver de tal modo que sua vida sempre mantenha o sabor, o verdadeiro sabor do líder dos líderes, Jesus Cristo. Ele deve estar consciente do significado de sua liderança. Creio que liderar é um dom divino, portanto podemos dizer: liderar é uma questão de graça de Deus e não de mérito pessoal.

Tannenbaum afirma que: Liderança é uma influência interpessoal, exercida nas situações, visando através do progresso de comunicação, à realização de um alvo ou alvos específicos.1

John Haggai declara: Liderança é o esforço de exercer conscientemente uma influência especial de um grupo, a fim de levá-lo a atingir metas de permanência benéfica que atendam as reais necessidades do grupo.2

O Sabor do Sal, não tem a pretensão de ser um compêndio ou um tratado de liderança, pois esse assunto já foi tratado de maneira muito brilhante por muitos 1

Apud, Grunner, L., “Crescimento Contagioso da Igreja”, p. 143

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homens e mulheres cheios de sabedoria e graça divina, porém, subiu ao meu coração o desejo de compartilhar algumas idéias que não são novas, mas que podem muito bem orientá-lo em direção a uma luz mais fulgurante. Espero de todo o meu coração que o amado leitor possa fazer bom uso dessa pequena fagulha. No decorrer de sua leitura, irá encontrar várias frases soltas, porém são afirmações de um todo, vendo um contexto em particular. Eu creio que este opúsculo servirá de ajuda aos que desejam ter uma liderança cada vez mais eficaz e poderosa. Portanto com simplicidade e singeleza de coração estou apresentando-o, para que venha a ser uma bênção em sua vida, ministério e que sua liderança seja cada vez mais poderosa e dinâmica, para glória do Senhor Jesus Cristo.

INTRODUÇÃO Cristo busca líderes para expandir seu Reino na Terra. Deus está à procura de um indivíduo e não de grupos. “Já tem o Senhor buscado para si um homem segundo o seu coração e já o tem destinado...” (1 Sm 13:14). Willian Sangster declarou: “A igreja está dolorosamente em busca de lideres”.3 Líderes como: Moisés, Samuel, Jeremias, Gideão, Neemias, Paulo, Tomás de Aquino, Santo Agostinho, Martinho Lutero, João Calvino, D. L. Moody, Jonh Wesley, A. Shimonton, Eduardo Carlos Pereira, Jonas Dias Martins, Cícero Canuto de Lima, Alcebíades Pereira de Vasconcelos, José Pimentel de Carvalho, entre outros. Há três tipos de pessoas no mundo: 2 3

Haggai, J., “Seja um Líder de Verdade”, p. 20 Apud, Sanders, J., Liderança Espiritual, p. 12

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1) As que são móveis. Influenciáveis como folhas ao vento. São marionetes. 2) As que são imóveis. Esperam as coisas acontecerem. São estátuas. 3) As que movem. Que influenciam e fazem acontecer. São alavancas. Alguém já escreveu: “Não somos o que pensamos que somos. Tão pouco somos o que os outros pensam que somos. Somos o que pensamos que os outros pensam que somos”. Liderança tem como raiz a palavra inglesa to Lead, que significa: conduzir ou guiar; portanto, nas mais diversas situações em que o líder encontrar-se, ele sempre será provado e avaliado. Existem pelo menos três aspectos situacionais em que o líder deverá posicionar-se: 1. Ele deve ter sensibilidade situacional. O líder deve saber que, para cada situação exige-se tanto um comportamento como uma atitude diferenciada, para que os liderados percebam o quanto ele é sensível ao comportamento do grupo. 2. Ele deve mudar de estilo conforme a circunstância. Para cada situação e para cada adversário, a estratégia será diferente, para que haja vitória constante. 3. Ele deve saber mudar uma situação ou reformulá-la. Reverter o quadro; todo líder deve ter e saber acionar sempre que necessário a marcha ré.

MÉTODOS DE LIDERANÇA

1. AUTOCRÁTICA Este método de liderança é ditatorial. O líder dá ordens e não admite discussões sobre o assunto. Não usa o seu prestígio, mas abusa de sua autoridade. Os melhores são aqueles que seguem suas ordens sem discutir. Embora diga que está aberto para sugestões, sempre prevalece o seu ponto de vista. O líder sempre estará um degrau acima, nunca incentiva um relacionamento eqüitativo (de igual para igual). As suas ordens estão acima de qualquer coisa e aquele que fugir das orientações por ele

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determinadas, vai parar na geladeira, ou estará na lista negra, ou na primeira oportunidade será queimado diante de todos, para que sirva de exemplo aos demais.

2. LAISSES - FAIRE = DEIXA FAZER (ACOMODADO) Neste método de liderança, o líder não assume responsabilidades. Não traz nenhuma instrução clara, deixando os membros do grupo fazerem o que bem entenderem. Não usa do seu prestígio, tão pouco sua autoridade. Usa sempre o seguinte expediente: “deixa-se como está, para ver como é que fica”.

3. DEMOCRÁTICA Já neste método, o líder coloca os seus liderados como seus colaboradores. Não dá ordens, mas, sim, exemplo. Consegue muita produção com pouco dispêndio de energia. Usa muito do seu prestígio e pouco de sua autoridade (poder). Todos são responsáveis pelas regras pré-estabelecidas e pelo cumprimento delas. O segredo para vencerem juntos às nuanças normais da liderança, é sempre estarem trabalhando em conjunto, cada um com sua tarefa para benefício do bem comum.

TIPOS DE LÍDERES Em todas as áreas da vida temos modelos que servem de exemplo para aqueles que vêm logo atrás. Na liderança, do mesmo modo, dependendo do temperamento e das práticas de um líder poderemos “rotulá-los”. Exemplificaremos da seguinte forma:

1. MAQUIAVÉLICO Um mestre em intrigas, sempre dividindo para governar melhor. É autoritário, controlador. Em caso de conflito, impõe sua autoridade, colocando seus interesses pessoais em primeiro lugar. Também é considerado manipulador, usa as pessoas em benefício próprio. Não é sincero; usa a persuasão para fazer valer seus objetivos particulares. Porta-se muitas vezes bastante cordial e até presta satisfação ao grupo para angariar simpatizantes, porém costuma ocultar suas reais intenções. Também se sente superior em relação aos 10


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outros, embora seja capaz de dar mostras de humildade para conquistar aquilo que pretende.

2. AMBICIOSO Os liderados que o bajulam estão com “tudo”; é parcial, ama os títulos e venera o prestígio profissional. Formará líderes presunçosos.

3. INSTÁVEL Inicia muitas tarefas, porém não termina nenhuma. O povo nunca sabe para onde ele vai, pois muda de idéia como muda de camisa. Formará líderes medrosos.

4. PATERNALISTA É bondoso, mas recompensa seus liderados com prêmios e elogios, pois os considera como filhos, exigindo retorno com responsabilidade. Formará líderes dependentes, quase infantis.

MOMENTOS NA LIDERANÇA Jesus passou em seu ministério por três momentos distintos, que nos ensinam muitas lições. Em João 2, o vemos em Caná da Galiléia, tomando do melhor vinho da festa que ele mesmo houvera transformado a partir da água; em outro ponto já podemos vê-lo na cruz tomando vinagre quando teve sede de água, portanto, Jesus passou por estas três experiências em sua trajetória ministerial: água, vinagre e vinho. Nós passamos também, por esses três momentos em nossa vida e liderança.

ÁGUA Substância inodora, incolor e insossa. Esse momento seria o inicio de um trabalho, quando ninguém nota ou valoriza o esforço e o desgaste sacrificial de uma construção ou de um empreendimento, pois observamos que em uma edificação inicial há muito movimento, pra lá e pra cá, terra revolvida, estacas de cimento, barras de ferro e tantas outras coisas para que o alicerce seja bem construído e, no entanto não estará exposto para ser visto. Caso o alicerce seja fraco, mais cedo ou mais tarde toda

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ou parte da construção desabará. Esse período da liderança talvez seja o mais difícil, pois exige trabalho árduo, sacrificial e entrega total, se realmente queremos uma liderança forte. Jesus passou por esse momento, por cerca de 30 anos, quando trabalhava como carpinteiro em Nazaré. VINAGRE Azedo. Esse é o tempo da crítica, da rejeição e da oposição. Esse é um tempo difícil de passar, mas que traz dividendos eternos. A tempestade ensina-nos a valorizar a bonança. As batalhas servem para que valorizemos cada vez mais as vitórias. No decorrer deste livro, dedicaremos um pouco mais de tempo para falarmos sobre esse importante período. VINHO Delicioso. É o tempo da popularidade e do aplauso. Todos esperam por esse momento, no entanto é um tempo muito perigoso. Caso o líder não tenha obtido maturidade suficiente, ele pode perder-se emocionalmente, especialmente se a popularidade vir muito rápida. Com o tempo esses períodos tendem a alternarem-se em nossas vidas. Devemos estar sempre atentos e humildes para a hora do aplauso e para a hora da rejeição, e termos a certeza de que nem tudo perdura para sempre, nem a glória, muito menos a desgraça. O sucesso não é eterno e o fracasso não é definitivo; como diz um poeta contemporâneo: “Nada do que foi será do jeito que já foi um dia. Tudo passa tudo sempre passará. A vida vem em ondas como mar. Num indo e vindo do infinito. Tudo o que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo no mundo. Não adianta fugir, nem mentir pra si mesmo agora. Há tanta vida lá fora e aqui dentro, sempre. Como uma onda no mar...”. Não importa o momento, o importante é extrairmos o máximo de cada situação para nosso proveito pessoal e para toda a nossa liderança. Se estamos no momento água, façamos um alicerce bem sólido, para que quando o vinagre chegar estejamos firmes e inabaláveis para enfrentar todo ímpeto dos ventos contrários. O vinagre é como se estivéssemos atravessando um deserto, já o vinho é um oásis onde

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encontramos refrigério e descanso para, a seguir, retornarmos ao deserto e prosseguir nossa viagem. Todos esses estágios servem para termos crescimento cada vez mais acentuado, aproveitemolos profunda e intensamente. Ajuda-me Senhor a ser melhor na minha posição com os talentos que me concedeste...

CAPÍTULO I

O QUE AS PESSOAS ESPERAM DE UM LÍDER I. QUE ELE SEJA LEGÍTIMO “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus” (Rm 1:1).

As pessoas desejam ser conduzidas por alguém que saiba para onde vai e lhe inspire confiança; líderes fortes e sábios que os façam descansar em Deus. Ser legítimo é ser um homem com uma chamada. E o que é uma chamada? Uma chamada é saber sanar uma necessidade. As pessoas não querem ser dirigidas por um embusteiro, e legitimidade é sem dúvida um ponto de suma importância para uma liderança influente e poderosa.

II. QUE ELE SEJA ESPIRITUAL Quando se trata de coisas divinas, lógico, subentende-se que se trata de coisas espirituais. O que é ser um líder espiritual? Ser um líder espiritual é: a) Viver em humildade, dependente de Deus. Teremos um tópico exclusivo para tratarmos desse importante assunto.

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b) Ser um ganhador de almas. Ter a visão do mundo, seguindo o exemplo de Jesus em favor das almas perdidas. c) Ser um homem de fé. “Sem fé é impossível agradar ...” (Hb 11:6). d) Ter o dom de repartir. Saber compartilhar aquilo que recebeu, para que também seus liderados tornem-se líderes posteriormente. “Uma chama nada perde ao acender uma tocha apagada”. e) Confiar em seus liderados. Saber delegar responsabilidades para que haja sucesso na realização das tarefas. f) Jogar transparente, tomando decisões claras. Não usa de subterfúgios para conseguir o que deseja. g) Inspirar confiança. Sua palavra é um aval. Ele mesmo acredita em sua liderança. h) Despertar motivação. É um eterno otimista, pois trabalha pela fé. i) Seguir em frente apesar dos obstáculos. Nada o detém, pois enfrenta as dificuldades como se elas fizessem parte integrante do trabalho a ser realizado. j) Ter a habilidade de mudar um “clima pesado” caso seja necessário. É um transformador, para ter um mundo transformado. k) Ter o mesmo sentimento de Cristo. “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fl 2:5).

O QUE O LÍDER ESPIRITUAL FAZ? Lança fundamentos fortes. Faz de Cristo o alicerce. Faz sua liderança ser Cristocêntrica. Constrói proteções. Tem sonhos e visões. É Altruísta. “Ele mesmo deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores e doutores” (Ef 4:11). Baseados neste texto,

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concluímos que líderes espirituais não são feitos por eleição, ou por concílios com suas credenciais, tampouco por hereditariedade. Quem os faz é o próprio Deus.

III. QUE ELE TENHA MATURIDADE Maturidade é o inverso de neófito, (neophyte: neo = novo, phyte = planta) planta nova. O Neófito necessita criar raízes para firmar-se em profundidade; leva-se tempo para isso, e somente com raízes profundas pode-se dizer que se alcançou a maturidade. O cidadão colocado em uma posição de liderança sem antes ter alcançado maturidade, torna-se uma ferida para todo o grupo. O discípulo deve seguir o exemplo do seu Senhor Jesus que se sacrificou pelo mundo inteiro. Ele foi consumido por nós, como o sabão na mão da lavadeira; somente quem alcançou maturidade é suficientemente capaz de gastar-se, em favor de um alvo mais sublime. Há uma cruz no pico do monte Salef, em Genebra; a cidade fica coberta pela neblina durante certo período do ano. Certa feita um turista desejava ver a famosa cruz no pico do monte, mas ela estava totalmente encoberta pela densa neblina; o único meio para conferir aquele monumento artístico era subir o monte e deliciar-se com a grande beleza, pois lá em cima, acima da neblina, o sol brilhava forte. Esse subir é difícil, e só consegue ver melhor quem amadureceu e subiu o monte. A maturidade é um processo contínuo e árduo até conquistarmos a nós mesmos, para depois influenciarmos o mundo. Segundo alguns estudiosos, para ter-se um verdadeiro pregador, levam-se cerca de 20 anos, e esse período se faz necessário para que haja um adequado equilíbrio mental, psicológico e ministerial. Não se deve caminhar por atalhos para realizar grandes conquistas. Dietrich Bonhoeffer faz uma diferenciação clara ao declarar: É marca do homem maduro, em comparação com o novato inexperiente, que aquele encontra seu centro de gravidade onde quer que ele se encontre no momento e, embora almeje ardentemente outra coisa, ela não o demoverá de seu posto, e do cumprimento de seu dever. 4

Petrulo e Bass5 ao observarem sobre maturidade da liderança e supervisão eficaz declararam que o líder: 4 5

Apud, Sanders, J., Op. Cit., p. 38 Apud, Grunner, L., Op. Cit., p. 146

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Dá ênfase à qualidade do planejamento e da tomada de decisões... Dá a máxima satisfação individual para os membros do grupo ao fornecer oportunidades máximas para todos os membros participarem no planejamento e na tomada das decisões, e compartilharem da responsabilidade de atingir os alvos do grupo... Dá os máximos reforços positivos, ou seja, recompensas eficazes são identificadas e programadas para aumentar as ações que ajudam a atingir os alvos do grupo... (grifos do autor). Esses três tópicos demonstram que devemos sempre, em primeiro lugar ter metas, ou seja, os nossos liderados devem saber onde queremos chegar e quais são os nossos planos para executarmos as nossas metas. Em segundo lugar, devemos compartilhar as oportunidades com os nossos liderados, para que haja prazer em fazer parte do grupo; o subalterno com certeza fará o trabalho com menor qualidade que nós mesmos, mas caso queiramos alguém que faça um trabalho igual ao nosso, estaremos apenas transferindo responsabilidades e falhando em nossa liderança. Em terceiro lugar, estejamos certos: somos da infantaria, ou seja, da linha de frente. Ou a tarefa é bem feita ou o inimigo nos mata. Não há tempo para descuidos desnecessários. Tenhamos o filtro sempre aberto, para não perdermos o melhor da nossa liderança com mesquinharias. Por que nos contentarmos com o bom, se podemos desfrutar do melhor. O irmão André, em seu livro “Edificando um Mundo em Ruínas” 6 assim se expressa: A vocação divina não é coisa que alguém lhe possa dar. Deus tem de fazê-lo. Contudo, mesmo Deus não pode chamar alguém se não houver condições para isso. Quando, porém, todas as condições são satisfeitas, então acontece algo maravilhoso: A pessoa vocacionada por Deus pode fazer coisas além das expectativas humanas. Ele pode motivar, recrutar e inspirar outras pessoas.

O VERDADEIRO LÍDER:

1) Dá do seu tempo. Deve-se manter a porta sempre aberta (nunca se perde nada quando existe uma entrega plena). Muitos líderes cristãos estão tão ocupados com a obra do mestre que se esqueceram do mestre da obra. 2) Dispensa atenção. Sempre se ganha um amigo ao ouvi-lo. O líder deve sempre abrir espaço em sua apertada O líder deve sempre abrir espaço em sua apertada agenda para

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ouvir uma pessoa. Em um simples ato de ouvir poderemos ganhar um aliado ardente, para nos estender a mão em um momento de necessidade; devemos saber que a maioria das pessoas não escuta, até que sejam ouvidas primeiro. O líder deve importarse e não apenas mostrar o quanto sabe. 3) Partilha suas experiências, é apto para ensinar. Uma das características do déspota é o egoísmo, em contra partida, o líder tem prazer em orientar um noviço, repassando-o momentos de grande aprendizado, em sua vida pessoal e em toda a sua liderança; e o jovem aprendiz poderá subir degrau a degrau de sua liderança com a certeza de poder contar com um amigo sempre perto. 4) É temperado (social, moral e mentalmente). Social, para ter habilidade de relacionar-se com outras pessoas, tendo a capacidade de relacionar-se com fluência e iniciar contatos com pessoas que não conheça. Mental, para que todos tenham clareza em suas decisões. Moral, para que sua integridade mantenha-se ilibada. Equilíbrio deve ser a palavra chave para todo líder que deseja superar-se a cada dia. 5) Tem maturidade. Compara-se o jovem inexperiente com o coelho, que vive saltando de um lado para o outro até cair em uma arapuca ou sofrer um acidente qualquer; já o homem maduro compara-se a um elefante, que com passos mais lentos, toma decisões firmes e segue em frente não se incomodando com pequenos espinhos do caminho. O líder deve ser uma mistura de coelho com elefante; ter a vitalidade do coelho e a postura firme do elefante; quando se alcança essa média tem-se uma liderança eficaz, trabalhando com eficácia.

CAPÍTULO II COMO TORNAR-SE UM LÍDER EFICAZ 1) Aprenda a “ouvir” o seu interlocutor. 6

André, “Edificando o Mundo em Ruínas”, p. 40

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Ouvir é diferente de escutar, escutar é físico; ouvir ouve-se com o coração. Quando realmente paramos para tomar conhecimento daquilo que nosso interlocutor está dizendo, temos uma visão mais ampla, pois estamos olhando e ouvindo através dele. Quando respeitamos o nosso interlocutor, aí começa a nossa verdadeira liderança e, por conseguinte nossa influência. 2) Faça a outrem aquilo que desejas que te façam (Lc 6:31). A consideração que demonstramos para os outros traz-nos dividendos eternos. Nossas ações devem demonstrar que colocamos as outras pessoas em lugar de destaque; só assim seremos verdadeiramente líderes responsáveis, fazendo aos liderados exatamente aquilo que em condições idênticas desejaríamos que a nós fosse feito. 3) Ame as pessoas e não as coisas. O líder usa as coisas e ama as pessoas, o déspota ama as coisas e usa as pessoas. O amor faz discípulos. 4) Faça reciclagem. Tome tempo consigo mesmo... Recarregar as baterias, rejuvenescer o espírito, são coisas que os líderes devem fazer sempre. Jesus e todos os grandes líderes tomaram tempo a sós para uma renovação psicológica e física. Somente tomando tempo para si, é que o líder poderá conhecer-se a si mesmo. Falhas e carências serão melhores respondidas caso saibamos fazer perguntas honestas para nosso melhor desenvolvimento. Não existem perguntas bobas, na verdade só os bobos não fazem perguntas. 5) Cuidado com as atitudes. Nossas atitudes são atos de amor ou são meras pontes para nossa realização pessoal? Toda igreja é o reflexo do seu pastor! Infelizmente em muitos casos o líder lança sobre a igreja a culpa de suas próprias insuficiências. Hoffer disse certa vez: “Há em nós uma tendência para localizar as forças que moldam nossa existência fora de nós mesmos”.7 6) Seja um exemplo. 7

Apud, Grunner, L., Op. Cit., p. 144

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Schwartz declarou certa ocasião que “no decurso de um período de tempo, os subordinados tendem a tornar-se a segunda via do seu chefe”.8 Será que estamos sendo uma boa 1ª via? Que tipo de influência estamos fornecendo à nossa liderança? Temos sido humildes e altruístas ao mesmo tempo? Somos catalisadores de progresso e estamos levando os nossos liderados a pensar grandiosamente? Como é que nossos liderados nos vêem? “Discrepâncias marcantes entre teoria e prática marcam e ameaçam sua própria autoridade aos olhos de seus subordinados...” já dizia Selznick; ou como afirma Homans: “O líder deve estar à altura das normas pré-estabelecidas no grupo”.9 A orientação bíblica nos diz: “Sê o exemplo dos fiéis, na palavra no trato, na fé, na caridade, no espírito e na pureza” (1 Tm 4:12). Jesus disse: “Sigam-me”. Paulo afirma: “Sede meus imitadores”. 7) Seja o melhor segundo a medida da tua fé. Todos nós temos capacidade, basta desenvolvermos o nosso potencial oculto. Muito de minha maneira de ser e pensar, adquiri com o professor, do meu curso médio, Dewet Virmond Taques Junior. O seu modo de ser muito me impressionava e sem perceber fui comportando-me como meu mestre. Percebo agora que aquele professor me comunicava muito mais do que qualquer conhecimento que ministrava. O exemplo é o mais poderoso ensino. 8) Não seja pretensioso. As pessoas, normalmente, depois de 30 minutos tornam-se dispersivas e irrequietas. Reconhecendo isso, as escolas estabeleceram aulas de no máximo de 45 minutos. Vivemos em um mundo de mudanças rápidas, desse modo o líder deve ser eclético na transmissão de suas idéias. Apesar de muitos sermões hoje em dia alargarem-se por horas a fio. “Quanto mais longo o sermão, tanto menos será lembrado. Nada existe que seja tão importante, que leve uma hora para ser dito. Freqüentemente, tais sermões têm dez ou quinze minutos de substância e quarenta e cinco da mais pura bazófia”.10 9) Não seja Negativista. 8

Idem, p. 142 Idem, p. 145 10 Idem, p. 148 9

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Líderes bem sucedidos são otimistas. As pessoas não se reúnem para ouvir das dores, dos problemas, das tristezas, ou, dos carros, das casas, ou similares; se fossem à igreja para isso somente, bastariam ler os jornais ou as revistas e assistirem a televisão, pois esse é o produto vendido pela imprensa de massa. O povo está sedento por soluções, por possibilidades, esperança e fé; o líder que tem inspiração para essas coisas, por certo sempre terá ouvintes para os seus sermões. Alguns dos ministros mais bem sucedidos nos E.U.A., no Brasil e no mundo são pregadores de fé, esperança e progresso em todas as áreas; podemos citar alguns: Billy Graham, Oral Roberts, Bob Schuller, Morris Cerullo, David Yong Sho, Colin W. Dye, Myles Munroe, Geziel Gomes, Nilson Fanini, Rick Warren, Bob Koe,Silas Barbosa Dias, Messias Anacleto Rosa, entre outros tantos. Toda vez que o espírito de negatividade nos abater façamos o teste que SCHULLER11 nos sugere:  Procuro razões por que alguma coisa não pode ser realizada, ao invés de buscar maneiras segundo as quais podem ser feitas?  Alguma vez faço decisões baseadas no medo?  Resisto a novas idéias e prefiro fazer as coisas da maneira que sempre fiz?  Avanço somente quando sei cada um dos fatos?  Tenho tendência de exigir uma garantia de sucesso antes de começar?  Imagino a oposição que encontrarei, sem imaginar o apoio que posso esperar?  Alguma vez recuso uma idéia simplesmente porque não gosto dela, ou porque já fiz minha resolução, ou porque fiz outros planos?  Alguma vez fecho minha mente à sugestões antes de escutar a explicação inteira?  Ressalto as desvantagens de uma idéia antes de ressaltar as suas vantagens?  Alguma vez faço uma decisão negativa porque estou cansado e é mais fácil assim?  Se não posso imaginar uma solução para o problema, tendo a deixá-lo de lado?  Creio que a natureza humana não pode realmente ser alterada; que a vida de um homem não pode ser transformada?

O verdadeiro líder deseja ser mais que eficiente e mais que eficaz, ele quer é ser efetivo. “O eficiente é aquele funcionário do hospital que preenche a ficha corretamente e não se importa se tem gente morrendo na fila ou não. O eficaz preenche mais rápido a ficha e da prioridade para quem está morrendo. O efetivo é o vencedor: 11

Idem, p. 84

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inventa um jeito de acabar a fila”. 12 Sejamos e transmitamos entusiasmo e nossos liderados acolherão nossa visão. O líder é um motivador, sempre dirá: Adiante! Marche!

CAPÍTULO III

Universidade de Queríte e suas Lições “Então Elias, o tisbita, dos moradores de Gileade, disse a Acabe: Vive o Senhor, Deus de Israel, perante cuja presença estou, que nestes anos nem orvalho nem chuva haverá senão segundo a minha palavra” (1 Rs 17:1).

De repente, surge Elias na história de Israel. Difícil se faz encontrar a cidade de Tisbe, na região de Gileade, porque ela desapareceu literalmente do mapa; sabemos somente que Elias é tisbita, o que acrescenta pouca coisa; seria o mesmo que chamarmos hoje alguém de baiano, gaúcho, carioca, ou talvez até mesmo de caipira ou “pé-vermelho” (habitantes ou nascidos na região norte do estado do Paraná). Apesar destas poucas informações a respeito do profeta, notamos que Deus elevou-o poderosamente. O nosso local de nascimento, cor de pele, grau de instrução ou qualquer outra coisa, não nos credencia nem nos descredencia para sermos usados por Deus, porque quando a vontade de Deus coaduna-se com a nossa vontade e nos colocamos à disposição de Deus e nos dispomos a pagar o preço de nossa chamada, Deus nos usa, para louvor de sua glória. Aleluia! 12

Shinyashiki, R., “Sem Medo de Vencer”, p. 65

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Elias vivia no tempo de Acabe, o pior rei de Israel. Um rei que ousou pensar e agir como se Deus houvesse morrido (1 Rs 16:30); comportou-se como o homem rico, da parábola de Jesus, que disse: “Come, bebe e folga, por que tem muito em depósito... louco, hoje pedirão a tua alma, o que tens preparado para quem será?” (Lc 12:20). Acabe cometeu todos os ultrajes que melhor lhe conveio, levou o povo à idolatria e corrupção, e tudo o que fazia, fazia despreocupadamente como se fosse o soberano absoluto do universo. Um dia, porém, Elias adentra a cidade de Samaria e se dirige para o palácio real e vaticina: “Vive o Senhor Deus de Israel, em cuja presença estou...” Deus não havia morrido e estava enviando o seu mensageiro para um acerto de contas com o rei Acabe. Hoje, estamos vivendo dias semelhantes aos dias de Acabe, vive-se como se Deus estivesse morto, (corrupção de alto a baixo, roubos, mentiras, feitiçarias, todo tipo de idolatria) não obstante essa anarquia geral: DEUS VIVE e continua no comando através de sua igreja. Por esse motivo necessitamos de líderes sábios e cheios do Espírito Santo sensíveis às necessidades do povo, para que haja uma verdadeira revolução espiritual em nossa nação. Depois dessa mensagem poderosa entregue no palácio real, creio que Elias conjecturou: O que Deus fará comigo agora? Será que irei pregar para outro rei? Será que farei uma grande cruzada evangelística? Quem sabe um seminário para líderes? Deus acalma as divagações de Elias e lhe diz: “Retira-te daqui...”. Aqui começa a grande lição de liderança para a vida do profeta. O mundo comporta universidades do mais alto gabarito e forma anualmente os melhores profissionais, mas nenhuma se nivela a “Universidade de Queríte”. Todo cristão com expressivo progresso em sua liderança gradua-se e faz sua pós-graduação na “Universidade de Queríte”. Infelizmente, muitos ainda estão sem os seus diplomas por estarem pendentes em matérias do currículo universitário/divino. Esse currículo, as Faculdades de Ciências Humanas e nem mesmo as Faculdades de Teologia, por melhores que sejam, poderão nos fornecer. Somente o Senhor Deus é quem pode assinar a nossa aprovação e, por conseguinte o nosso diploma.

LIÇÃO 1 - DIREÇÃO

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A primeira lição que Deus aplica a Elias, e a nós também é a lição da direção. “... retira-te daqui, vai para a banda do Oriente...”. Deus quando quer usar alguém, sempre fornece o mapa para onde se deve ir... Lembremos sempre: o mapa não é o território.  Abrão saiu de sua terra, do meio de sua parentela, e Deus lhe deu o senso de direção.  Noé, ao construir o grande barco, Deus lhe deu a planta da construção.  Davi recebeu de Deus a planta completa da construção do grande templo em Jerusalém.  Felipe recebeu orientação para sair da cidade e ir para a estrada que vai de Jerusalém para Gaza. Apesar de todo o movimento da cidade, o Espírito Santo disse: “Vai para o caminho... que está deserto” (At 8:26). Os nossos olhos vêem o próximo e o imediato, Deus vê mais longe. Somente quando estamos dispostos a ter boas notas na escola divina, é que aprendemos a seguir a orientação para não perdermos a direção. Em Atos 9:11, Deus ordena a um servo, chamado Ananias, para ir a uma rua chamada Direita e impor as mãos sobre Saulo para que o mesmo pudesse recuperar a visão. “Levanta-te e resplandece porque já vem raiando a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti” (Is 60:1). Os nossos olhos devem estar fixos de onde vem a nossa luz; devemos olhar para o oriente de onde o sol nasce, e não para o poente das derrotas, tristezas e misérias; “Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou” (Lc 1:78). “Pode a tristeza durar toda uma noite, mas a alegria vem ao amanhecer” (Sl 30:5). Sempre haverá um novo dia para prosseguirmos na grande tarefa a que Deus nos confiou. “Prossigo para o Alvo...” (Fl 3:14). Devemos seguir em frente, para não estarmos no ministério do “peru”; pois estando todo emplumado vive dando voltas em torno de si mesmo. Ao seguirmos em frente na orientação do Espírito Santo, galgamos a confiabilidade de nossa liderança, pois ninguém segue alguém que não sabe para onde vai; a orientação de Deus é melhor que as orientações dos especialistas de Harvard ou de Oxford, porque Deus sempre quer nos dar o melhor. Às vezes, e na sua maioria, a direção de Deus, no

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princípio, não fica bem clara, mesmo assim, ao avançarmos damos o primeiro passo para sermos aprovados na Universidade de Queríte. Para entendermos melhor vejamos um exemplo bíblico que encontramos na vida de Abrão e Ló. Os pastores do gado dos dois patriarcas não estavam entendendo-se e Abrão fez uma proposta a Ló da seguinte forma: “Se tu fores para a esquerda, irei para direita, e se escolheres a direita irei para a esquerda” (Gn 13:9). Ló, movido pela visão humana, percebeu que as campinas do Rio Jordão eram bem regadas, verdejantes, enquanto que o lado contrário era mais árido e difícil de caminhar. Sem titubear, desceu para as planícies do Jordão, pois ao longe se assemelhava ao Jardim de Deus, no entanto lá estava a casa do pecado, Sodoma e Gomorra. Em alguns momentos da nossa vida, Deus nos leva por caminhos mais duros, onde o tempo passa lentamente, e devemos caminhar com todo cuidado para superarmos toda e qualquer dificuldade, mas o fim dele é gozo e alegria no altíssimo. “Na maioria das decisões o problema fundamental não é tanto saber o que se deve fazer, mas estar preparado para viver com as conseqüências”. 13 Percebe-se claramente o fim daquele que segue a orientação divina. Veja a diferença entre o fim de Abrão e o fim de Ló, enquanto Abrão até hoje é reconhecido como o pai da fé, já o fim de Ló foi muito cruel, pois perdeu toda a sua fazenda, sua esposa e por pouco não perde sua vida. “Melhor é o bocado seco com tranqüilidade...” (Pv 17:1). Sejamos sensíveis à orientação divina, para podermos ter uma liderança dinâmica, abençoada e abençoadora. Não percamos o melhor de Deus em nosso ministério por não sabermos ver com olhos ungidos pelo Espírito Santo, e tomarmos as decisões

apenas

segundo

o

coração

humano,

conseqüentemente

sofrendo

conseqüências funestas. Tomemos a decisão correta, andemos na direção divina e colheremos frutos que redundarão para a vida eterna.

Lição 2 - OBEDIÊNCIA A segunda e importante matéria que temos na escola de Deus é a obediência. “... e Ele foi...” (1 Rs 17:5). Elias obedeceu. As primeiras letras do alfabeto, tanto nas 13

Sanders, J., Op. Cit., p. 53

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línguas de origem latina assim como nas de origem anglo-saxônica sempre são A Be Ce De, já na linguagem de Deus o aprendizado inicial é OBeDeCe. O segredo do sucesso está na obediência. “É melhor obedecer que sacrificar...” (1 Sm 15: 22). A maior tentação do nosso dia-a-dia não é contra o nosso amor, tão pouco contra o nosso fervor, nem contra a nossa fé, muito menos contra a nossa unção. A tentação maior de nossas vidas é: Não obedecermos à palavra de Deus. A única condição para Adão permanecer no paraíso era a obediência (Gn 3:11). O problema não era material, mas, sim, moral. Essa desobediência causou todos os males que temos conhecimento na raça humana.

POR QUE DEVEMOS OBEDECER? 1) Porque Jesus obedeceu. Jesus é o nosso maior exemplo de obediência, pois em tudo ele obedeceu. “... Porque pela desobediência de um só homem, muitos foram feitos pecadores, assim pela obediência de UM, muitos serão constituídos justos” (Rm 5:19). Nós não somos salvos pelo seu poder, por seu amor ou por sua glória, mas sim pela sua obediência.

2) Porque os desobedientes serão condenados. “... e tomar vingança... e dos que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus” (2 Ts 1:8; Hb 3:18). O batismo, seja ele por imersão, aspersão ou efusão não garante o céu a ninguém; o céu é conquistado por uma questão de obediência.

3) Porque temos uma chamada para a obediência. “Pela fé Abraão, sendo chamado, obedeceu” (Hb 11:8). A fé deve estar sempre acompanhada de obediência. Saul caiu num erro que desagradou a Deus, por pensar que podia prestar adoração com os melhores animais, porém em desobediência a uma instrução divina. (1 Sm 15:22). A obediência é o primeiro requisito para termos uma adoração plena, aceita pelo Senhor. Sigamos o exemplo de Abraão não somente na fé, mas também na obediência.

4) Porque o sucesso de Israel dependia da obediência.

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“Todos os mandamentos que hoje eu vos ordeno cuidareis de observar, para que vivais, e vos multipliqueis e entreis e possuais a terra que o Senhor, com juramento prometeu a vossos pais” (Dt 8:1). As bênçãos para Israel estavam condicionadas à sua obediência, e todas as vezes que o povo israelita entrava pelo caminho da desobediência, Deus os entregava nas mãos de seus inimigos (filisteus, midianitas, babilônios, assírios etc.). Devemos aprender com os erros alheios, para sentirmos menos dores. “Ora, estas coisas foram feitas para nosso exemplo” (1Co 10:6). Sejamos sábios aprendendo com os erros alheios; pois o tolo é aquele que apanha e não aprende; o inteligente é aquele que apanha e aprende; o sabido é aquele que apanha e bate; agora o sábio, é aquele que aprende com o erro dos outros. A obediência traz vida. Vivemos mais quando aprendemos a obedecer. A obediência trás multiplicação, e a obediência triplica os nossos dividendos. A obediência trás entrada segura na posse da bênção eterna, não deixemos que satanás roube a bênção que Deus determinou para nós. Pense nisso antes de entrar pelo caminho da desobediência. Em primeiro lugar, estudamos por que temos a obrigação de obedecer; agora, veremos o limite dessa obediência. Até onde devo levar essa obrigatoriedade? Biblicamente todo cristão deve obedecer: à Deus, à Bíblia, ao pastor, ao pai, à pátria (esses três últimos devem ser obedecidos, caso não estejam em conflito com os dois primeiros). “Obedecestes de coração” (Rm 6:17). Caso a obediência não seja de coração, enquadra-se na desobediência. Partamos dessa premissa, que toda obediência deve ser de coração, e então aí encontraremos o limite da obediência. Talvez você pergunte: mas quando é que devo obedecer? “De sorte meus amados, do modo como sempre obedecestes, não somente na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência” (Fl 2:12). A Bíblia orienta que devemos obedecer sempre, seja quando estamos perto ou longe da pessoa que exerce autoridade sobre nós. Exemplificando, podemos ver o caso de Acã, no episódio na cidade de Ai. A ordem era: “Não peguem nada deles”; porém Acã, ao ver uma capa babilônica, uma cunha de ouro do peso de 50 ciclos e 200 ciclos de prata (Js 7: 21), não resistiu e escondeu embaixo de sua tenda. Possivelmente, pensava ele, que aqueles objetos

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trariam a sua independência financeira, no entanto trouxe-lhe morte, tanto para ele como para toda sua família. Desobediência traz morte física e morte espiritual. “E há de ser que se diligentemente obedeceres... Eu darei” (Dt 11:13,17). Deus prometeu dar em abundância ao obediente, a chuva, os grãos para o plantio, erva para alimento do gado e multiplicação do celeiro para armazenagem. A obediência garante progresso com a bênção de Deus. Tome posse dessa bênção na tua vida. Aleluia! Como todo trabalho importante deve ter um salário, a obediência do mesmo modo também tem o seu, vejamos o salário da obediência: 1) Vida – “Para que vivais” (Lv 18: 5; Js 5:6). 2) Salvação “... veio a ser autor de eterna salvação, aos que lhe obedecem” (Hb 5: 9). 3) Batismo com o Espírito Santo – “Deus deu àqueles que lhe obedecem” (At 5:32; Jo 14:14,16). 4) Produz amizade com Cristo – “Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando” (Jo 15:14), oração é uma questão de amizade. “Quem guarda os seus mandamentos, em Deus permanece e Deus nele” (1 Jo 3:24) é interação plena; é como um ferro no braseiro, não se pode distinguir qual dos dois é a brasa, pois os dois estão incandescentes. 5) A obediência é o detergente do Espírito Santo – “Já tendes purificado as vossas almas na obediência” (1 Pe 1: 22). Abaixo a ferrugem da desobediência. 6) Prosperidade e vida longa – “Sede obedientes aos vossos pais... (esse é o primeiro mandamento com promessa) para que te vá BEM, e sejas de longa vida sobre a terra” (Ef 6:1,3).

CINCO EXEMPLOS DE OBEDIÊNCIA. 1) Abraão - Pela fé obedeceu. Saiu de sua terra do meio de seus amigos e parentes, e obedeceu seguindo para um lugar desconhecido, para viver como peregrino em terra estranha. 2) Noé - Obedeceu contra as possibilidades humanas. Ele creu que o dilúvio de águas estava às portas, e Deus honrou sua obediência, salvando-o juntamente com sua família.

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3) Elias - Foi para junto do Ribeiro de Queríte, para receber sustento dos corvos (1Rs 17:3,4). Quando tudo era e miséria sequidão, aquele homem era alimentado com carne e pão pela manhã e pela tarde. 4) Calebe - Recebeu o espírito de Obediência - (Nm 14:23). Ele não foi destruído no deserto como os demais, tomou posse da terra de Canaã e repartiu com a sua família. 5) Paulo - Não foi desobediente a visão celestial (At 26:19). Gastou-se e deixou-se gastar pela pregação do evangelho.

Que a obediência seja uma constante em nossas vidas, para que a bênção e o progresso de Deus venham a nos acompanhar sempre e sempre.

LIÇÃO 3 - SOLIDÃO “... Esconde-te no vale de Queríte...” (1 Rs 17: 3). A terceira lição da Universidade de Queríte é a solidão. Deus muitas vezes nos deixa só, para termos o melhor dos encontros, o encontro com Ele mesmo, para nos revelar os seus segredos e compartilhar conosco dos seus planos, propósitos e implantar em nós o seu caráter. O Pe. Sertillanges afirma: O retiro é o laboratório do espírito; a solidão suas asas. Todas as grandes obras foram preparadas no deserto, inclusive a Redenção. 14

Moisés permaneceu durante 40 anos no deserto de Midiã... Paulo permaneceu durante 3 anos no deserto da Arábia... Jacó passou uma noite no vale de Jaboque... Abrão necessitou ficar só para ouvir a voz de Deus a dizer: “sua descendência será como as estrelas do céu” (Gn 22:17). Jonas esteve só no ventre do grande peixe e clama a Deus por socorro, e Deus ensina-lhe uma grande lição. A.W. Tozer declarou certa ocasião: “Parece que a solidão é o preço que um Santo deve pagar pela sua santidade”.15 14

Apud, Oliveira, M., “7 Mil Ilustrações”, p. 279

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Não sabemos quanto tempo Elias ficou no ribeiro de Queríte, mas concluímos que essa foi a mais dolorosa lição para a vida do profeta. Nos momentos em que passamos em cruel solidão, as horas não passam, os dias tornam-se terrivelmente longos e por mais conjecturas que façamos, menos sabemos e somente quando nos esvaziamos totalmente de nós mesmos, aí então Deus começa a nos encher. Quando estava residindo na cidade de Cochabamba, Bolívia, em l982, fui acometido de repente, numa quarta-feira, por uma terrível solidão. Ao realizar um culto em um bairro pobre da cidade e por motivos fora de minha vontade, fui a pé, a uma distância de quase dez quilômetros; subi o morro até chegar ao local da reunião, e quando lá cheguei não havia ninguém; cantei as músicas, li a Bíblia, orei e orei, e quando já estava para finalizar chegou um jovem, porém ele era o responsável para fechar o salão, e só por este motivo viera. Quando vinha descendo, olhei as estrelas e uma aguda dor de alma me invadiu, e uma saudade enorme do Brasil me assaltou. Naquela hora exata, os meus amigos estavam fazendo um culto evangelístico na rua das flores em Curitiba, como sempre acontecia nas quartas-feiras, e eu naquele fim de mundo. Já eram quase vinte e duas horas e ainda tinha que refazer o percurso a pé. Foi nesta hora em que aprendi o que Jesus sentiu a respeito de solidão no cumprimento do seu ministério terreno. Creio que a maior dor existente é a dor da solidão... “Eu não tenho ninguém que me ajude...” disse o cego Bartimeu (Jo 5:7); mas na solidão aprendemos que Jesus não nos deixa só... “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28:20). “A solidão é para o espírito o que a dieta é para o corpo; mortal, quando muito prolongada, se bem que necessária” (Luc Vauvenargues). 16 Não devemos nos desesperar quando Deus nos deixa só, porque Ele está querendo nos revelar algo mais profundo; possivelmente a multidão esteja nos prejudicando e embaçando nossa sensibilidade espiritual, então Deus nos tira de cena para depois nos colocar na “ribalta”, renovados, rejuvenescidos e restaurados. “O maior dos homens é aquele que está mais 15 16

Apud, Oliveira, M., Op. Cit., p. 280 Idem

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só” (Herik Ibsen).17 Todos os grandes homens da Bíblia passaram pela experiência da solidão. “As grandes elevações da alma só são possíveis na solidão e no silêncio” (Arturo Gräff).18 Abrão ouviu a voz de Deus a dizer: “Sai da tua terra e do meio da tua parentela,... e vai para a terra que te mostrarei” (Gn 12:1). Com inteireza de fé, Abrão saiu através do deserto, e imagino que no meio do caminho, como em todo ser humano, as dúvidas devem ter assaltado o coração do patriarca, pois Deus fazia silêncio. Depois de havermos ouvido a voz de Deus ministrando no nosso espírito, e ao tomarmos a decisão de obedecê-lo, há um interregno, às vezes longo, até concluirmos a obra. Em muitas situações passamos sozinhos, até que o povo perceba que Deus está no comando de todas as coisas. Muitas decisões do líder deixam-no sozinho, e somente mais tarde seus liderados verão que ele estava certo; somente com a graça e a sabedoria divina existem possibilidades de se atravessar esse período de indiferença e até mesmo de descrença por parte de integrantes do grupo. Deus fala e nós obedecemos; seguimos em frente mesmo que sintamo-nos sozinhos, abandonados e desprovidos de fortaleza física e emocional. Na solidão reconhecemos nossa necessidade de Deus e nos fortalecemos. O líder fica só e não se desespera. Podemos ficar sós, mas se tivermos a certeza de que a vontade de Deus está sendo realizada em nossas vidas devemos prosseguir apesar de tudo. Em um momento de desespero o servo do profeta Elizeu nos ensina uma lição maravilhosa; o profeta assim orou: “Senhor, abre os olhos do moço” (2 Rs 6:17). O milagre aconteceu. As escamas da cegueira caíram dos olhos do moço e ele pode ver que maior era o número dos “soldados” de proteção, que todo o exército assírio. Quando temos certeza de estarmos na direção certa, concluímos que nunca estaremos sozinhos; no plano de Deus, Ele sempre está ao nosso lado. Dixon E. Hoste ao substituir Hudson Taylor na direção da missão para o interior da China disse: “E agora, eu não tenho ninguém, ninguém a não ser Deus”.19 O grande exemplo de trabalho solitário é o do poceiro. Quem sofre de claustrofobia nunca seria um bom poceiro. Lugar apertado e sufocante e, além disso, é preciso cortar o cabo das ferramentas, para haver maior mobilidade. Isso nos faz 17

Apud, Haggai, J., Op. Cit., p. 206 Apud, Oliveira, M., Op. Cit., p. 280 19 Apud, Sanders, J., Op. Cit., p. 105 18

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pensar em cortar as mordomias de nossa vida para fazermos um trabalho mais eficiente. O poceiro depende de quem está em cima para puxar a corda; nós dependemos de Deus; por esta razão não percamos a corda da comunhão até encontrarmos água cristalina. Ao encontrarmos “água” desfrutaremos de grande alegria juntamente com nossa comunidade, como acontece em vários lugares onde o precioso líquido é escasso. A liderança espiritual normalmente empana o melhor do seu desenvolvimento sob o clarão da publicidade. Agora um pensamento para refletir no travesseiro: Como será? Fazer um trabalho, em um lugar onde ninguém me vê...

LIÇÃO 4 - DISCIPLINA “... beberás do ribeiro de Queríte... comerás pão e carne, de manhã e de tarde” (1Rs 17: 4-6). “Torna-me cativo, Senhor E assim eu serei livre. Obriga-me a entregar-te minha espada. E assim serei o vencedor. Quando confio em mim mesmo, Naufrago nos problemas da vida. Aprisiona-me em teus braços E minha mão será forte. Meu coração é fraco e pobre, Enquanto não encontrar um Senhor. Ele não possui uma atitude segura, Varia conforme o vento. Ele não poderá ser livre, Enquanto não o prenderes com tua corrente. Cativa-o com teu imaculado amor E ele reinará, imortal. Minha força é pouca e fraca, Enquanto eu não aprender a servir-te. Ela não possui o fogo necessário; Ela não possui o vento que irá fortalecê-la. Ela não poderá conduzir o mundo,

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O Sabor do Sal Enquanto ela mesma não for conduzida. Sua bandeira só poderá ser desfraldada Se tu soprares do céu. Minha vontade não será de fato minha, Enquanto não a tornares tua. Se ela chegar ao trono de um rei, Terá que renunciar à coroa. Ela só permanecerá de pé, Em meio às lutas da vida, Quando em teu peito tiver-se reclinado E achado em ti sua vida.

George Matheson

Deus disciplinou a vida de Elias quanto ao seu sustento; não sobrava, mas, por outro lado nunca faltava. Pela manhã e pela tarde, os corvos vinham lhe trazer carne e pão e ele bebia do ribeiro. Deus é o nosso sustento (Jeová-Jiré) nas horas mais difíceis, nas noites mais escuras, nas madrugadas mais frias... Ele nunca irá nos desamparar. Com o povo de Israel, durante a passagem do deserto, Deus providenciou o maná; todas as manhãs o povo saía para juntar a comida enviada desde os céus. Todos deviam juntar a quantia necessária para o sustento de suas famílias, caso fosse pouco, multiplicava-se e todos se alimentavam, mas o excesso estragava no fim do dia. Isto é disciplina divina. É deste modo que aprendemos a nos contentar com o exato que temos recebido de Deus; contentar-se, não é cruzar os braços e deitar em berço esplêndido, mas sim estar agradecido pelas vitórias de cada dia e avançar em nome de Jesus, sabendo-se que é Ele quem abre caminhos de vitórias. “Senhor não me dês nem a pobreza nem riqueza, ... mas o pão da minha porção acostumada” (Pv 30:8). “O pão de cada dia, dai-nos hoje” (Mt 6:11). “É o Senhor quem enriquece” (1 Sm 2:7). A Bíblia chama de autocontrole ou temperança uma das qualidades do homem disciplinado. Podemos definir a disciplina como a conquista de si mesmo e o domínio do amor. “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós cada vez mais abundantemente um eterno peso de glória” (2 Co 4:17).

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Quando se perde, ou não se desenvolve a disciplina, há muitos transtornos e marcas indeléveis que permanecem em nossa liderança, e só Jesus, com o poder de seu sangue, poderá limpar-nos desta terrível nódoa. A indisciplina traz destruição em muitas áreas da vida, vejamos:

INDISCIPLINA FINANCEIRA O esbanjador terá grandes problemas com sua liderança, pois se envolverá em dívidas impagáveis, trazendo vergonha para sua família e a seu grupo de liderados. O líder deve sempre na medida do possível fazer uma poupança, para não se tornar um “olho grande” e ser taxado como filho de sanguessuga (Pv 30:15). “Aqueles que querem ser ricos caem em muitas armadilhas... o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males...” (1 Tm 6:9,10). O dinheiro não traz a felicidade, mas ajuda muito, pois nada se faz sem dinheiro. Para se realizar grandes coisas, necessita-se de dinheiro e às vezes de muito dinheiro. A Bíblia afirma que “O amor ao dinheiro...”, não é o dinheiro em si, mas sim, o amor desenfreado. Muitos líderes estão com sua liderança comprometida, por estarem envolvidos politicamente com subornos e maracutáias, nessa sede desvairada por dinheiro. Alguns dos grandes tele-evangelistas dos E.U.A. estiveram com sérios problemas com o fisco americano, e estão pagando penas e multas pela indisciplina financeira. No Brasil, caso houvesse um pente-fino em certos movimentos denominacionais, com certeza muitos problemas com dinheiro, aflorariam trazendo grandes conseqüências à liderança Cristã. Certa ocasião estava conversando com o Pr. Ronaldo Reis, falando sobre minha necessidade financeira para a realização de alguns projetos de evangelismo, surpreendentemente ele me disse: “Aprendi que você pode fazer grandes coisas para Deus, e não precisa necessariamente de dinheiro, mas sim de fé, e Deus se responsabiliza em providenciar os recursos para te dar aquilo que o dinheiro pode comprar”. Muitas vezes a escassez é apenas disciplina divina em nosso caráter, e só alcançaremos firmeza e hombridade quando soubermos fazer bom uso do dinheiro que chega às nossas mãos. Quem não sabe trabalhar com pouco dinheiro, tão pouco saberá com muito. Quem aprendeu a trabalhar com dificuldades financeiras, sem os recursos

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necessários, sabe que não há nenhum motivo para parar; o homem de fibra sabe como improvisar e reverter o quadro, extraindo dinheiro de onde não tem. Somente o disciplinado encontra essa graça, pois aquele que recebe tudo de “mão beijada”, jamais saberá como sair-se em momentos de apertos financeiros, caso o seu protetor não esteja por perto.

INDISCIPLINA SEXUAL O líder deve tomar o máximo de cuidado com o sexo oposto, pois uma posição de destaque sempre chamará a atenção. “As árvores mais altas sofrem mais com o ímpeto do vento”, diz o ditado popular. Numa situação melindrosa, a Bíblia nos diz: “Foge da aparência do mal...”. Não é o mal em si, somente a aparência já é suficiente para destruir o que foi construído em muitos anos. Toda cautela é pouca diante de algo tão sério. Caso aconteça algo com o líder nesta área, a palavra dele terá pouco valor; a palavra de seu oponente sim, é que terá muita força para manchar a sua liderança. Problemas deste quilate trarão marcas indeléveis à igreja, ao ministério e à família do líder. Deste modo devemos ouvir o conselho sábio do apóstolo Paulo: “Foge também das paixões da mocidade...” (1 Tm 2:22) e de Salomão em Provérbios 6:20-35; 7:127. Jovens indisciplinados quando solteiros, quase sempre levam para o casamento sérios problemas (problemas espirituais e emocionais). Vale a pena o autocontrole. Discipline-se.

INDISCIPLINA DO EGO Uma das maiores pragas da liderança é a erva daninha chamada orgulho. Quando um líder destaca-se e a honra e o reconhecimento começam a chegar, imediatamente a semente diabólica do orgulho começa ser semeada. O orgulho tem sido chamado pelos estudiosos como um dos sete pecados capitais, tamanho o seu malefício. O pecado do orgulho é uma das mais poderosas armas de satanás, para destruir a liderança de homens brilhantes na evangelização do mundo.

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“Se quiseres conhecer alguém verdadeiramente, delegue poderes a ele”, esta foi a expressão que ouvi do Pr. Guilherme Diniz ao almoçarmos juntos em Curitiba. Devemos trabalhar por séria motivação espiritual, não para os homens, mas para Deus. Poder e fama são desejos tão ou mais cobiçados que o dinheiro; o apóstolo Pedro aconselha que o presbítero não seja cheio de “sórdida ganância” (1 Pe 5:1). O orgulho sempre se oculta no calcanhar do poder. O orgulho neutraliza o temor, sabendo-se que “o temor do Senhor é o princípio da sabedoria” (Pv 9:10); podemos observar esse detalhe na vida de Salomão, pois quando ele tomou consciência de sua grandeza, perdeu o temor a Deus e tornou-se presunçoso e deixou-se guiar pelo seu próprio coração; misturou-se com mulheres estranhas, desobedecendo uma orientação divina. Na antiga aliança, muitos homens tiveram duplo ministério, como Samuel (sacerdote e profeta) Moisés (profeta e Rei); porém Salomão foi convocado por Deus para ser Rei e este era o seu ministério e não outro. Certo dia, no entanto, o sacerdote tardou a chegar, e ele mesmo (Salomão) colocou-se a preparar o altar e tentou oferecer um sacrifício a Deus; como ele não tinha unção sacerdotal, Deus não recebeu aquela adoração. O que levou Salomão a comportar-se assim? Sem dúvida foi o orgulho, pois ele achou-se suficientemente capaz, sábio o bastante, e com o seu coração tomado de vaidade perdeu completamente o temor pelas coisas santas. O orgulho é o oposto da humildade, estudando mais sobre humildade saber-se-á como melhor combater os malefícios do orgulho. “O propósito consome o orgulho e amar é servir a todos os propósitos”.20

INDISCIPLINA DA BOCA O indisciplinado na boca se torna irresponsável; compromete-se politicamente com grupos aqui e outros ali, trazendo tristezas, descontentamento com todos aqueles que esperavam coisas melhores dele. A Bíblia é a grande bússola para uma orientação segura, para chegarmos a um bom termo. Falemos a verdade e só aquilo que temos certeza de cumprir. “O silêncio é a chance que a vida dá ao tolo para ficar calado”, foi 20

Purinton, E., “A Vitória do Homem de Ação”, p. 210

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a expressão do Pr. João B. Macedo em um concílio, onde houvera discussões acirradas. “Grandes navios são levados por impetuosos ventos, porém são movidos de um lado para o outro por um pequeno leme, assim a língua... move todo o corpo” (Tg 3:45). Quem controla a sua língua controla todas as coisas (Pv 18:21); devemos ter sempre uma guarnição celestial junto à nossa boca, para que possamos viver harmoniosamente com aqueles que nos cercam, para com júbilo e consciência limpa glorificarmos a Deus. Nunca reclame. Se você gosta de ficar contando seus problemas o tempo todo, saiba que uma pesquisa concluiu: 80% das pessoas que escutam reclamações não estão nem aí com o reclamante; e 20% restante ficam felizes pelos problemas alheios. Não perca tempo discipline a boca. A gula também é uma demonstração de indisciplina da boca. O peixe morre pela boca, além do que em boca fechada não entra comida, esta é uma boa orientação para quem está fazendo dieta. A bíblia chama o glutão de idólatra, portanto deve-se fugir desta pecha tão hedionda.

CAMINHO PARA A DISCIPLINA A disciplina é uma arte a ser desenvolvida a cada dia de nossa vida. Devemos cultivar a disciplina, pois ela traz liberdade; não somos escravos, mas, sim, livres para servir a Deus. A disciplina traz confiança e a confiança produz autoridade. A disciplina traz alegria pelo conhecimento de que estamos obedecendo à vontade de Deus. A disciplina traz estabilidade, ou seja, segurança de saber onde estamos pisando. A disciplina traz liderança, pois ninguém segue um líder indisciplinado e a Bíblia diz: “Sê o exemplo dos fiéis...” (1 Tm 4:12). O segredo para ser um líder disciplinado é estar na dependência de Deus, com uma vida disciplinada em todas as áreas, através de: 1) Meditação, extraindo as fontes de indisciplina. “Tudo que é honesto, de boa fama... nisto pensai” (Fl 4:8). 2) Oração e estudo bíblico regular, a oração traz comunhão com Deus; o estudo bíblico traz equilíbrio e crescimento na fé.

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3) Mente ocupada através do serviço cristão. Fomos salvos para servir; quem aprende a servir será sem dúvida um bom líder, pois quem não sabe servir, não serve. 4) Confissão de pecados ocultos. “Aquele que confessa e deixa, alcança misericórdia” (Pv 28:13). Confessar não é vergonhoso, porque confessar traz autoridade cada vez maior na liderança. Confissão é para cura, e não para enfermar ainda mais. 5) Culto sério a Deus, com entrega plena. 6) Tempo para reflexão. Ficar a sós para uma reavaliação positiva de todo o trabalho e profunda meditação para autoconhecimento. Obtém-se disciplina dominando o nosso gênio, buscando o controle do Espírito Santo, levando os pensamentos cativo à mente de Cristo (1 Co 2:16; 2 Co 10:5). Cremos que um dos maiores segredos para obter-se disciplina é sermos gratos pelas adversidades. Paulo nos dá um grande exemplo, quando em meio a uma grande tempestade, não se desesperou e ainda animou os tripulantes da embarcação até chegarem à “Bons Portos” (At 27:8); por maior que seja a nossa tormenta, devemos saber a quem pertencemos, a quem servimos e em quem cremos, para podermos afirmar que em breve chegaremos ao porto seguro com júbilo. O futuro é a herança do disciplinado; somente o homem disciplinado poderá liderar, porque conseguiu conquistar-se a si mesmo. Discípulo e disciplina têm a mesma raiz etimológica, portanto, o preguiçoso e o desorganizado jamais estarão a altura da verdadeira liderança, pois o discípulo deve ser disciplinado em todas as áreas, e o indisciplinado nunca será um bom discípulo. Aquele que aspira uma liderança influente deve trabalhar firme em suas convicções enquanto outros perdem tempo; deve estudar enquanto outros dormem; deve orar enquanto outros brincam, pois quem sabe ora, faz acontecer. Não se deixa vencer por hábitos desleixados, quanto a pensamentos, palavras, ações ou até mesmo vestuário se necessário. Com decisão e firmeza observará uma disciplina militar se for o caso, na dieta, nas ações e no comportamento, de maneira que possa conquistar aquilo que deseja. “O líder cheio do Espírito Santo não recuará diante de situações difíceis, nem de pessoas problemáticas, nem mesmo do serviço sujo. Quando necessário, ele exercerá disciplina bondosa e corajosamente quando os interesses do

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Senhor o exigirem”.21 Na qualidade de líder, deve-se estar certo que se está fazendo uma grande obra, e essa conscientização ajuda-nos a não nos distrairmos com coisas bobas e desejos fúteis e triviais. Sanders questiona: “Você já eliminou, alguma vez, um mau hábito de seu caráter? Quem quiser liderar a outros, deve primeiramente disciplinar-se a si próprio”.22 Devemos procurar preservar o nosso caráter e não a nossa reputação, pois reputação é aquilo que os outros pensam a nosso respeito, porém caráter é aquilo que realmente somos. Amy Wilson Carmichael deixou-nos poderosas palavras, que refletem bem a vida do disciplinado. Deus, endurece-me contra mim mesmo esse covarde, com voz patética, que anseia por descanso, pelo prazer, pela sombra e água fresca. Eu mesmo: arquitraidor de mim mesmo, O mais oco dos meus amigos, Meu pior inimigo, o mais mortífero, Meu obstáculo em qualquer estrada.

Lição 5 - PROSPERIDADE / INVESTIMENTO Elias, depois de passar pela lição da disciplina, enfrentou a crise com louvor, sendo alimentado pelos corvos. Deus decide promovê-lo. Elias, vou te promover - disse Deus. Oh! Senhor, para onde irei agora? Onde queres que eu profetize; ou queres que eu funde um seminário teológico? Senhor, aqui estou ansiosamente aguardando a tua promoção. Muito bem Elias, deves ir à cidade de Serepta. Meu bom Senhor, para lá irei. Devo ir ao palácio? Apresentar-me-ei ao prefeito? A quem desejas que eu vá? Elias, Eu já preparei tudo. Já reservei um lugar para tua hospedagem. Como és bom Senhor, estou muito feliz em ser teu profeta. Irei para o Hotel Intercontinental ou para o Hilton? Diga-me Senhor, para qual deles irei? Já preparei a casa de uma viúva, para te acolher. 21 22

Apud, Haggai, J., Op. Cit., p.201 Sanders, J. Op. Cit., p. 28

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O Sabor do Sal Senhor ??? Casa de viúva... AAAhhh !!! Elias … Tá bom Senhor, eu vou; quem já comeu comida que o corvo trouxe, comer na casa da viúva, já é uma extraordinária promoção.

Quando Elias percebe que Deus iniciou um processo de investimento em seu ministério, ele começa aceitar a promoção divina em sua vida. Deus investe em pessoas que nós jamais investiríamos. Quando entendemos o raciocínio divino, começamos também a investir onde Deus investiria. O líder investe nos interesses pessoais de seus liderados. “Distingue-se um grande homem de um pequeno, pela simples maneira como vêem, um e outro, a cifra do $; este se detém na sinuosidade, aquele, na reta”.23 Um homem de mente, visão e coração pequeno pensa apenas no dinheiro imediato e só naquilo pensa. O seu pensamento é tão obcecado por dinheiro, que caso venham oferecer-lhe algo que trará benefícios ao grupo, mas que deverá desembolsar algum dinheiro, ele não consegue nem pensar no retorno posterior; apenas sente calafrios, pois a única coisa que ele vê é a sinuosidade do $ e nada mais. O outro pelo contrário, já vê o fim da reta, o retorno que haverá amanhã... e com aquilo sonha, pois sabe que o investimento de hoje é a prosperidade de amanhã. “Paradoxalmente o dinheiro não vale nada; ele só serve para fazer coisas que não dependem essencialmente dele”. “O fracasso mais triste e desolador é o homem que adquiriu posse de coisas, antes de adquirida a maestria de princípios”,24 ele abandona amigos, fere auxiliares e torna-se antiético, pois ele desconhece que a maestria de princípios é mais importante que muitas riquezas. Só um investimento consciente traz prosperidade, e prosperidade no reino de Deus é produção de bênção, e bênção só Deus dá, pois Deus é o Senhor das bênçãos. Quando oramos, “Deus de Abraão, Deus de Isaque, Deus de Jacó”, estamos atestando que cremos na prosperidade que só Deus traz, pois: Deus de Abraão é o Deus da provisão. Deus prometeu e proveu tudo e o necessário. 23 24

Purinton, E., Op. Cit. p. 17 Purinton, E., Op. Cit., p. 121

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Deus de Isaque é o Deus que dá graciosamente. Isaque recebeu tudo sem nada pedir, inclusive a bela Rebeca. Deus de Jacó é o Deus que disciplina, mas abençoa. A nossa liderança só terá a promoção divina quando soubermos investir corretamente; sabendo em primeiro lugar que Deus é o provedor de tudo (Jeová-Jiré). Vida, saúde e alimento, só Deus em sua suprema sabedoria pode dar-nos o suficiente e o necessário; o homem com toda a sua sapiência e tecnologia ainda não conseguiu nem ao menos elaborar uma pequena semente de feijão que tenha a habilidade de germinar. Temos que ver o que Deus vê. “Os olhos movem a alma”, já declarou o sábio escritor bíblico. Somente faremos um grande investimento caso saibamos ver um pouco mais além que a maioria; ter visão é ter fé que o investimento trará dividendos eternos e satisfatórios. Todo investimento é um risco, e deve ser feito pela fé; planta-se a semente, ela some no chão, mas crê-se que vai germinar. A semente não germina e frutifica senão na terra que a espera, pois lá é seu habitat natural. Conta-se que uma semente permaneceu em uma das pirâmides por centenas de anos. Certo dia alguém a encontrou, e plantando-a germinou. Todas as qualidades e potenciais de vida e produtividade estavam naquela semente, que durante todo aquele tempo esteve esquecida em um canto qualquer. Assim é a nossa vida: sem visão e fé, ela ficará estagnada sem nada produzir; nós nascemos para produzir muitos frutos. Temos que ter paciência ao enfrentarmos as intempéries da natureza que por acaso venham atrapalhar o nosso investimento; o cenário da vida desaconselha um investimento sério, pois a tempestade está a nossa volta, com trovões, relâmpagos, ventos contrários, mas mesmo assim devemos prosseguir semeando. Por quê? Porque talvez não chova. Ou se chover, mesmo assim quem sabe a semente venha a nascer; pois o vendaval não é de todo mau, a geada não é toda desgraça e a borrasca não deve nos fazer desesperar, é hora de confiar, “Esperei com paciência no Senhor e Ele ouviu o meu clamor” (Sl 40:1). A terra é fértil e a semente é muito boa, com certeza haverá uma extraordinária produção; por esse motivo glorioso devemos saber estabelecer prioridades e delinearmos claramente o que é que queremos primeiro, estando preparados para quando a oportunidade chegar.

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Em seu livro “Developing The Leader Within You” (Desenvolvendo o Líder que há em você) John Maxwell afirma que, “20% das suas prioridades irão resultar em 80% da sua produção SE você gastar seu tempo, energia, dinheiro e pessoal em 20% das suas prioridades mais importantes”. Saber quando e como investir é uma prerrogativa para o sucesso de uma liderança influente; se não estabelecer prioridades com princípios e práticas corretas, não há como se ter uma produção de qualidade total, coisa que todos estão buscando. Temos que estar conscientes de nossa responsabilidade, e que só o tempo fará a produção aumentar (sol e chuva, no tempo certo). Estejamos certos de que tristeza e melancolia não dão “ibope”; por esta razão o escritor afirma, “servi ao Senhor com alegria (Sl 100:2), porque “a alegria do Senhor é a nossa força” (Ne 8:10), deste modo, esperemos uma grande colheita, dando glória a Deus (Rm 4:20). O investimento consciente traz: poder e status; e segundo Lee Bryce ter poder e status é: 

Ser claro sobre o seu objetivo;

 Começar de uma base de poder;  Conseguir um patrocinador e construir alianças;  Assegurar-se de que as coisas aconteçam;  Adquirir credibilidade;  Ajudar outras pessoas;  Conseguir benefícios para seu grupo;  Orientar o rumo a ser seguido;  Ganhar autoridade e deferência;  Começar projetos novos.

Elias creu que Deus o faria prosperar e assim aconteceu: corvos - viúva - anjos carros de fogo, esta foi a seqüência progressiva do profeta. É do nosso entender que nada na vida é instantâneo, exige-se paciência, pois tudo é progressivo. Há muitos que querem começar pelos anjos e acabam terminando com os corvos; é melhor começar no vale de Queríte com os corvos e terminar sendo alimentado por anjos, e receber a mais alta promoção que todo cristão deseja: o arrebatamento. Você não precisa entender as coisas para que elas aconteçam; elas acontecem independentemente do nosso entendimento. Portanto, basta acreditar liberando os 41


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potenciais em nós embutidos, fazendo os investimentos devidos e automaticamente os resultados, um a um, começaram a acontecer. Nunca esqueça que: “Impossível é aquilo que ninguém faz, até que alguém faça”.

CAPÍTULO IV

CARACTERÍSTICAS DO LÍDER 1. ABNEGAÇÃO “Conhecemos o amor nisso: que Ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1 Jo 3:16). “Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos. Trazendo sempre por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus em nosso corpo; e assim nós, que vivemos, estamos sempre entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também em nossa carne mortal” (2 Co 4: 8,11). Abnegação deve ser uma qualidade marcante em todo líder e quanto maior for sua influência, maior será o preço pago. Evitar a cruz é perder os direitos da liderança. O péssimo costume de procurarmos a lei do menor esforço é o que nos prende à mediocridade, porém, “poderoso é o homem que foi uma vez impiedoso consigo mesmo”.25 O verdadeiro líder sacrifica-se pessoalmente e despende grande esforço para completar uma tarefa contratada; caso seja necessário substitui um liderado ineficaz, mas chega junto, põe a mão na massa e busca, de todas as formas completar o trabalho no tempo previsto. A maioria das grandes realizações sempre ocorre fora da chamada zona de conforto.

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NINGUÉM SEGUE UM LÍDER FRACO A liderança exige movimento e movimento exige energia. Todo líder de sucesso sabe que energia gera energia e cada projeto bem sucedido funciona apenas com uma coisa: energia. A tarefa do líder é transformar-se na fonte de energia que impulsiona os outros. E quando esta energia faltar? Neste ponto crítico, faça de conta que há energia de reserva, e assim, você dá o pontapé inicial no ciclo energético. A natureza se responsabiliza em fazer o resto e a energia recomeça a fluir. Trabalho é a expressão mais comum de energia humana. Certa ocasião o Dr. J.C. Masse já com 90 anos disse: “A gente pode ter mais discernimento nessa idade, do que quando tinha 30 anos. Poderá ter maior compreensão das prioridades realmente importantes. Poderá sentir mais empatia pelos outros do que quando era mais jovem. Mas, quando se perde a vitalidade física, acontece uma coisa; perde-se o poder de liderança porque os outros não seguem uma pessoa que percebem já estar fraca”.26

Ninguém segue um líder fraco, muito menos um líder fracassado e inoperante.

ABNEGAÇÃO É SUPRIR A FALTA DE OUTRO Antes de morrer Bob Pierce disse: "Creio sinceramente que Deus pretendia que outro fizesse o que no fim acabei fazendo. Mas, o outro não quis fazer a entrega total e necessária para realizar a obra. Era preguiçoso demais para liderar. E assim, Deus me tomou, apesar de ter menos dons, menos estudo, menos atrativos pessoais, apesar de tudo, Deus me usou. Eu me dispus a dedicar-me totalmente aquela meta e a executei em nome do Senhor" .27

É dedicação total à obra para não deixá-la por realizar, não importando o custo. É muito mais fácil criticar a ausência e tachá-la de irresponsabilidade, ou maximizar o nosso despreparo, porém abnegação é ser capaz de realizar aquilo que outro deveria fazer, como se isso fosse nossa obrigação maior e nossa responsabilidade última. 25

Purinton, E., Op. Cit., p. 121 Haggai, J., Op. Cit. p.201 27 Idem, p. 205. 26

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Haggai, J., Op. Cit., p. 68

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ABNEGAÇÃO É REALIZAR A OBRA PARA JESUS Certo homem chamado Harrison quis ajudar C.T. Studd no trabalho missionário na África. Durante 2 anos, Studd incumbiu-lhe de trabalhos de carpintaria e sapataria. Com certeza, esse trabalho Harrison poderia ter feito na Inglaterra e ainda ganhar um bom dinheiro, mas ele o fez na África, porque no seu coração o fazia para Jesus. Quando C.T. Studd morreu, Harrison tornou-se o seu sucessor e o seu trabalho jamais foi esquecido. Não é que os talentosos não possam ser usados por Deus, porém poucos deles estão dispostos como Paulo a colocar talentos e habilidades sem reservas à disposição do serviço de Deus. Quando há renuncia pessoal e apenas confiança e dependência só de Deus, não há limites com o que se possa fazer para que o Senhor os use para louvor da sua glória. “Todos os grandes homens atinaram com o caminho depois de haverem atravessado um período de dureza, longo, fastidioso e mesquinho: contudo, corrigiram falhas, removeram dificuldades e triunfaram”.28

ABNEGAÇÃO É CONHECER OS SEUS DIREITOS É fundamental conhecermos os direitos devidos; e quando conhecemos nossos direitos saberemos como defendê-los quando necessário.

O LÍDER TEM DIREITO DE: 1) Ser tratado com respeito, como ser humano, inteligente, capaz e igual. 2) Ter e expressar opiniões, ponto de vista e idéias que podem ou não ser diferentes dos demais. 3) Ter essas opiniões, pontos de vista e idéias ouvidas e respeitadas. 4) Ter necessidades e desejos, e pedir aos outros que o atendam. 5) Aceitar ou recusar um pedido sem sentir-se culpado ou egoísta. 6) Tem direito de errar. 7) Mudar de opinião. 8) Pedir informações. 28

Purinton E. Op. Cit., p. 17

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9) Declinar responsabilidades pelos problemas dos outros. 10) Decidir não se defender, escolher não discutir determinado assunto. Reconhecer que temos esses direitos, pode ser de grande valia para desenvolvemos confiança e mantermo-nos serenos quando as pessoas forem agressivas. Mas devemos lembrar sempre de que as outras pessoas também têm esses mesmos direitos, e para sermos líderes eficientes devemos reconhecer os direitos delas também. ABNEGAÇÃO É DAR “UM POUCO” PARA RECEBER O MELHOR. Conta-se que certo homem estava perdido no deserto, prestes a morrer de sede. Foi quando ele chegou a uma casucha velha, uma cabana desmoronando, sem janelas, sem teto, batida do tempo. O homem perambulou por ali e encontrou uma pequena sombra onde se acomodou, fugindo do calor do sol desértico. Olhando ao redor, viu uma bomba a cinco metros de distância uma velha bomba de água, bem enferrujada. Ele se arrastou até ali, agarrou a manivela, e começou a bombear, e a bombear sem parar. Nada aconteceu. Desapontado, caiu prostrado para trás. Notou que ao seu lado havia uma velha garrafa. Olhou-a, limpou-a removendo a sujeira e o pó, e leu um recado que dizia: “Você precisa primeiro preparar a bomba com toda a água desta garrafa, meu amigo. PS: Faça o favor de encher a garrafa outra vez antes de partir”. O homem arrancou a rolha da garrafa e, de fato, lá estava a água. A garrafa estava quase cheia de água! De repente, ele se viu em meio a um grande dilema. Se bebesse aquela água, poderia sobreviver. Mas se despejasse toda aquela água na velha bomba enferrujada, talvez obtivesse água fresca, bem fria, lá do fundo do poço, toda a água que quisesse. Ou talvez não. Que deveria fazer? Despejar a água na velha bomba e esperar vir a ter água fresca, fria, ou beber a água da velha garrafa e desprezar a mensagem? Deveria perder toda aquela água na esperança daquelas instruções pouco confiáveis, escritas não se sabia quando? Com relutância o homem despejou toda a água na bomba. Em seguida, agarrou a manivela e começou a bombear... e a bomba pôs-se a ranger e chiar sem fim. E nada

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aconteceu! E a bomba foi rangendo e chiando. Então, surgiu um fiozinho de água; depois, um pequeno fluxo e finalmente, a água jorrou com abundância! Para grande alívio do homem, a bomba velha fez jorrar água fresca, cristalina. Ele encheu a garrafa e bebeu dela, ansiosamente. Encheu-a outra vez e tornou a beber seu conteúdo refrescante. Em seguida, voltou a encher a garrafa para o próximo viajante. Encheu-a até o gargalo, arrolhou-a e acrescentou uma pequena nota: “Creia-me, funciona. Você precisa dar toda a água antes de poder obtê-la de volta”. Abnegação é dar um pouco de nossa vida. É entregar-se, é desprender-se sempre que necessário, e negar-se ao prazer imediato para ter um gozo mais duradouro; sendo assim só a eternidade poderá revelar a profundidade e a extensão de uma liderança que soube usufruir as benesses da abnegação. Já disse alguém que “o sucesso da liderança depende de 10% de inspiração e 90% de transpiração”. Conheço muita gente de inspiração e de idéias brilhantes, mas, no entanto não mexem uma palha para colocá-las em prática, vivem num mundo etéreo e estéril, e ainda em certas circunstâncias culpam a terceiros pela inoperância de seus projetos. Somente teremos sucesso em nosso empreendimento quando transpirarmos o que queremos e nele pensamos o tempo todo nos dedicando a ele até sua realização. Custe o que custar, venha o que vier não abdicaremos de nosso sonho, até que ele se torne uma realidade.

ABNEGAÇÃO É ENTREGAR TUDO. Em certo lugar da Índia, um mendigo esmolava, pedindo a cada transeunte um pouco de arroz; desse modo ao fim de cada dia ele recolhia todo o arroz ganho e assim sobrevivia. Desta maneira ele viveu por muito tempo, mas certo dia, o sultão da Índia passava por aquela cidade e imediatamente o mendigo começou a pedir: - Arroz, por favor! - Arroz, por favor! A caravana para; o sultão desce de seu camelo e dirige-se ao mendigo, detém-se a sua frente, estende-lhe a mão e diz: Dá-me um pouco do teu arroz. O mendigo olhou para o sultão, para todos os seus camelos, para os servos, para a indumentária de cada um, voltou-se para a sua latinha de arroz e pensou o que fazer;

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com muita relutância tirou três grãos de arroz de sua latinha, colocou nas mãos do sultão e continuou embevecido com toda a beleza daquela caravana. Aquele sultão antes de partir colocou alguma coisa nas mãos do mendigo, subiu no seu camelo e se foi; quando a caravana já ia a certa distância, o mendigo resolveu olhar o que o sultão havia colocado em sua mão, e para sua surpresa eram três pepitas de ouro. Estarrecido ele exclama: Por que eu não entreguei todo o meu arroz? Abnegação é fazer sempre mais do que se esperava que fosse feito. A oração de São Francisco sempre foi fonte de inspiração e é um grande exemplo para uma vida abnegada: Senhor, faz de mim um instrumento da tua paz. Onde há ódio que eu possa semear amor; Onde há ofensa, perdão; Onde há dúvida, fé; Onde há desespero, esperança; Onde há trevas, luz; Onde há tristeza, alegria. Oh! divino mestre, que eu não procure tanto Ser consolado, como consolar; Ser compreendido, como compreender; Ser Amado, como amar; Pois é dando, que recebemos; É perdoando, que somos perdoados; E é morrendo que nascemos para a vida eterna.

2. VISÃO “Os grandes homens vêem onde os pequeninos suspiram”. (Purinton) Normalmente os grandes líderes são sonhadores e dotados de uma visão espetacular; sempre estão vendo além do imediato e um passo a frente da maioria. Sabemos que ter visão é ter previdência e sagacidade. Ter visão consiste em assumir responsabilidades e correr riscos. Visão e tarefa combinadas em um homem fazem dele um líder eficientemente eficaz.

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Enquanto a nossa visão for egoísta e nossa preocupação apenas com os nossos próprios problemas, nossas idéias e nossos sonhos, o Senhor Jesus jamais nos poderá alcançar com uma visão maior que nós mesmos. Um coração aberto é a exigência para atingirmos outras pessoas. Devemos ter uma visão tão ampla, suficientemente capaz, a ponto de Deus colocar dentro dela, o melhor que ele tenha para as nossas vidas. Schwartz declara: “Quão grandiosamente pensamos é o que determina o tamanho das nossas realizações... Não deixe que pessoas que têm pensamentos ‘pequenos’ detenham você”!29 Visão espiritual é o olho da fé. “O líder vê aquilo que normalmente as pessoas comuns não vêem”. A visão mostrou Pedro a Jesus, e o Senhor fez dele um profeta e pregador. A visão fez Moisés descobrir Josué, e fez dele seu sucessor na condução do povo de Israel. A visão de Elias o fez descobrir a Eliseu, e Deus fez dele sucessor do profeta. A visão de Paulo descobriu Timóteo e Tito e eles prosseguiram o trabalho do grande apóstolo. Às vezes me ponho a pensar no Pr. Alcebíades Pereira de Vasconcelos, um dos maiores lideres da Assembléia de Deus no Brasil, e verificar sua aguçadíssima visão, quando olhou no jovem Samuel Câmara com 15 anos. Abriu as portas ao jovem, incentivando-o a fazer o seminário bíblico; orientando e instruindo-o fez dele, aos 33 anos, o líder de toda a Assembléia de Deus do estado do Amazonas.30 Pr. Alcebíades viu 15 anos à frente e acreditou no potencial de um jovem; isso é visão. Creio que é isso que está faltando na maior parte dos líderes de hoje: acreditar no potencial de um jovem. O jovem é inseguro, comete erros, entra em conflitos, mas tem uma grande capacidade de aprender. Muitas visões morrem invisíveis na maior parte das pessoas, portanto, é hora abrirmos os olhos como as águias. Visão é ter a habilidade de acessar com precisão as mudanças contínuas e fazer melhor uso delas. Josué por certo errou muito, visto que ele teve a capacidade, certa ocasião, de desembainhar a espada para um anjo; todos nós queremos encontrar com anjos, Josué teve esta oportunidade, mas não titubeou em permanecer com a espada nua em sua mão, olhando, olho no olho e a indagar “Você é dos nossos, ou dos nossos inimigos” 29 30

Apud, Grunner, L., Op. Cit., p. 91/92 Aualmente o Pr. Samuel, pastoreia a Assembléia de Deus de Belém – PA.

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(Js 5:13). Moisés teve, com certeza, muita paciência com Josué, para que ele se tornasse o grande guerreiro e líder que se tornou. Havendo uma visão clara, não há lugar para o medo. Homens de visão são homens de fé, visto que fé é visão; o homem de fé vê o invisível, acredita no inacreditável e recebe o impossível. O verdadeiro líder deve ser um homem de visão, tanto para conquistar novos territórios, como para descobrir novos talentos. Visão é estar alerta para as oportunidades. O extraordinário pregador Carey via o mundo todo, enquanto seus companheiros de ministério viam apenas suas paróquias. O líder ministerial que consegue fazer sua igreja olhar o mundo todo e investir nessa batalha evangelizadora, terá com o tempo o mundo todo olhando para essa igreja. Muitos são aqueles que ficam parados inativos, encalhados em fios de cabelos doutrinários, porque não conseguem enxergar nada mais no horizonte, além deles próprios. São sábias as palavras de Thorton “Descobri que a inspiração constante que se obtém ao olhar para o alvo é a força principal que me ajuda a perseverar”. As pessoas ficam impressionadas com alguém que tem uma clara visão do futuro; que sabe o que quer e como quer chegar lá. Quando um homem sabe para onde vai, o mundo se afasta e dá passagem para ele passar. Visão é descobrir uma obra de arte em um monte de lixo; é ver uma escultura em um tronco de madeira que estava destinado para o fogo; é ver um belo vaso em um monte de barro; portanto não seja uma pessoa comum, com olhos comuns, pois olhos comuns apenas olham, mas há os olhos que vêem e saiba: eles são raros. “Sozinha, a visão faz um visionário. A sabedoria, só, faz um pedante. Mas a combinação de ambas é irresistível. Visão sem tarefa produz um visionário. Tarefa sem visão é enfado. Visão com tarefa produz um missionário”. 31

O homem que possui uma visão deve fazer algo a respeito dela para não tornar-se apenas um visionário em vez de um líder. Já disse alguém que “intenção sem ação é 31

Apud, Sanders, J., Op. Cit., p. 45.

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ilusão. Ouse fazer e o poder lhe será dado”. Visão é otimismo. Define-se assim um líder otimista: “Um homem que sorri, quando se depara com outro otimista”. Conta-se que dois vendedores de sapatos foram enviados à África para abrir um mercado promissor. Passados alguns dias um dos vendedores telegrafou para a matriz: “Cancelem meus pedidos, pois aqui ninguém usa sapatos, não há como vendê-los”. Em seguida o outro vendedor também telegrafa e diz: “Dupliquem meus pedidos, pois aqui ninguém usa sapatos, muitos irão comprar”. Qual dos dois é um homem de visão? Sem dúvidas, o segundo. Quando você encontrar um comportamento como este estará, com certeza, diante de um homem de visão. Já disse Sanders, “o pessimista vê dificuldade em cada oportunidade, já o otimista vê uma oportunidade em cada dificuldade”.32 Elias tinha todo motivo do mundo para desesperar-se quando o ribeiro de Queríte secou, no entanto ele viu um pouco mais além. Problemas não são motivos para desespero e sim razões suficientes para se esperar por mais um milagre. Você é razoavelmente otimista? O pessimismo não é atributo de um líder. Certo jornal de Wall Street publicou certa ocasião, que: “Visão, é o senso agudo do que é possível. Visão é ver o que outros ainda não vêem. E quando os que têm visão reúnem-se, algo de extraordinário estará acontecendo”. Tendo-se uma visão, deve-se amadurecê-la; assim como a galinha acalenta seus ovos, até ver nascer seus pintinhos. No caso do líder cristão, deve-se usar a incubadora da fé. Jacó usou uma estratégia para sua visão tornar-se realidade (Gn 30:37-39); tomando varas manchadas, ele colocava-as na passagem das ovelhas, orava e sonhava para que nascesse ovelhas manchadas, malhadas, escuras e salpicadas. E a sua visão tornou-se realidade. “O comportamento muda o sentimento, o sentimento muda o pensamento. Você não precisa sentir para começar a agir, você deve agir e o sentimento imediatamente aparecerá” (Lair Ribeiro). “Esbraseou-se-me no peito o coração; enquanto eu meditava ateou-se fogo” (Sl 39: 3); a visão nos leva a pensar nela o dia todo e a sonhar com ela durante a noite, até que se torne realidade. Toda visão é Divina, pois é Deus quem sempre está por trás de toda visão de valor. Por outro lado a falta de visão produz uma corrosão de espírito e 32

Apud, Sanders, J., Op. Cit., p. 50

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confusão mental, tornando o líder amargo e amargurado. “O nosso Deus não é Deus de confusão, mas, sim, de paz” (1Co 14:33). Portanto, ter visão é ter os olhos do coração (Ef 1:16-23; 3:14-21) e do entendimento totalmente abertos para os projetos divinos. Deus sempre viu o mundo com suas carências e necessidades; o verdadeiro líder sempre terá sua visão relacionada com essas necessidades e carências. A visão de Deus nem sempre é bem compreendida pelo homem comum, mas o homem com sensibilidade divina compreenderá os segredos de Deus, e atenderá a visão que Ele lhe dará. Deus viu uma arca, e Noé a construiu. Deus viu uma cidade, e Abraão a buscou. Deus viu um muro, e Neemias o levantou. Deus viu o evangelho alcançando o mundo, e Paulo aceitou o desafio cobrindo o mundo de então, com a mensagem de Jesus. Deus viu a África, o leste da Ásia, o Brasil e usou homens como David Livingstone, Jonh Sung, Ashbel G. Shimonton, Daniel Berg e Gunnar Vingreen para mudar a fisionomia espiritual de cada lugar por onde estes homens passaram. Ao nos fecharmos para uma visão divina, teremos um coração rançoso e um espírito inquieto. Nestes últimos anos tenho sempre orado para que Deus não me deixe um homem amargo, como vejo alguns que assim ficaram, porque a opressão, a pressão, a crítica e a oposição os fizeram abdicar de seus sonhos e tornaram-se pessoas azedas e profundamente críticas. “O curso de todo êxito de monta acha-se marginado de uma infinidade de insucessos de somenos importância, e o saber de vê-los e utilizá-los é o que assegura a conquista final... esse poder é o apanágio do otimista”. 33 “Quando abdicamos de um sonho morremos”. “Cuidado com aquilo que você sonha, pode tornar-se realidade”.

3. HUMILDADE 33

Purinton, E., Op. Cit., p. 33

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“... Revesti-vos da humildade...” (1 Pe 5:5) Senhor, Estou Disposto A receber o que tu me deres, A ficar sem o que retiveres, A abandonar o que tu me tomares, A sofrer o que tu me infligires, A ser o que tu exigires que eu seja; Senhor, se os outros hão de ser Teus mensageiros para mim, Estou disposto a ouvi-los e acatar O que têm para dizer-me. Amém. (Charles R. Swindoll)

O verbo grego traduzido pelo particípio revestidos, em 1 Pedro 5:5, vem da mesma raiz do substantivo “egkomboma” - egkomboomai = vestir-se ou amarrar como quem faz um nó em um cinto. A raiz nominal é “kombás” (nó) - era uma peça de vestuário semelhante a um avental. Usava-se sobre as outras roupas para impedir que elas se sujassem, e assim completava-se o traje; as outras vestes podiam ser ricas, mas a indumentária só estaria completa quando protegida pela “egkomboma”. Quanto maior a espiritualidade, maior deve ser a humildade. Entre todas as qualidades do ser humano, constatamos que a humildade é um fruto em franco crescimento. “A honra sempre é antecipada pela humildade”. Quando indagado sobre os passos da vida cristã, Santo Agostinho declara: O primeiro artigo da lei cristã é: Humildade. E o segundo? Humildade. E o terceiro? Humildade.

A natureza humana traz desde o berço, a ânsia em ser sempre o primeiro em tudo. A maior dificuldade para encontrar-se em uma orquestra ou em qualquer agrupamento é o número 2, pois todos anelam pelo primeiro lugar (1º soprano, 1º trompete, 1º violino).

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O líder se expõe devido às necessidades de sua liderança e, algumas vezes erra; no entanto a humildade faz com que ele extraia lições em cada erro cometido, e faça de seus erros acertos que somente a eternidade poderá revelar a profundidade extraordinária de cada um. A humildade traz ao líder uma serenidade, para estabelecer aos seus liderados poder decisório que a imposição jamais traria. Caso venha cometer erros em público, o líder humilde tem a coragem de reconhecer publicamente o erro cometido, e pela sua transparência administrativa, a cada dia a sua liderança torna-se mais e mais forte. Quando o líder reconhece a graça da humildade – “Deus... dá graça aos humildes” (Tg 4:6) - recebe como gratidão divina, uma ampliação de sua visão e do seu poder de influência, e porque não dizer, uma ampliação de sua vida. Quando a humildade toma conta do nosso coração, o medo também vai embora. “O amor afasta o temor” (1 Jo 4:18). O que é nosso ninguém pode tomar, e se alguém nos tomou alguma coisa é porque aquilo nunca foi nosso. Somente o humilde poderá verdadeiramente amar aos seus liderados, e tratá-los como companheiros de batalha e não como concorrentes a um posto qualquer na estrutura. Todo líder humilde obterá sucesso em sua liderança. Quando falo de sucesso, não é o sucesso das manchetes dos jornais, mas falo de influência sobre seu grupo, pois o líder deve ser um pólo convergente de atenção; somente com humildade poderemos estar acessíveis a certos recursos ilimitados que o dinheiro jamais poderia comprar; esses recursos nos levam ao progresso e a frutificação. Creio ser este o sentido que Paulo faz nesta declaração: “Tudo posso naquele que me fortalece” (Fl 4:13). A grande tentação à humildade é o orgulho, e poderemos dividir o orgulho com outros três nomes: poder, glória e prazer. O líder que usa de sua posição na estrutura para fazer acontecer, foge da humildade e usa o poder para manipular conforme melhor desejar, não se importando com os sentimentos de seus liderados; ele cria sentimento de culpa ou expõe à vergonha um membro de seu grupo para realizar o seu intento. Caso esses recursos venham a falhar, então ele ameaça com sua autoridade, ou rebaixa posicionamentos, ou apela para os sentimentos mais nobres, mas nunca se dá por vencido. Maquiavél em seu livro “O príncipe”, fala do relacionamento baseado no amor (poder pessoal) e do relacionamento baseado no medo (poder da posição). Diz ele:

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O Sabor do Sal ...o poder do amor tem vida curta, porque o seguidor sabe que não haverá nenhuma represália. O poder do medo é mais duradouro, pois quem estiver envolvido, sabe que terá de pagar um preço para romper com ele.

O líder orgulhoso torna-se desumano; caso um de seus liderados erre, ele fará pouco caso e passará de largo. Mas é nobre o trabalho de recuperar aqueles a quem o mundo despreza. Há um grupo de pessoas que almeja um ministério mais compensador, mais digno de suas forças, algo mais espetacular do que arcar com o peso dos relapsos que caíram e até muitos deles apostataram da fé. O verdadeiro líder conhece o peso da frágil humanidade. O desejo desenfreado por prazer enfraquece o líder fazendo-o inverter as prioridades. Temos como exemplo a vida de Sansão. Observe que o primeiro registro sagrado de uma frase dita por ele foi essa: “Eu vi uma mulher” (Jz 14: 2). Aquele homem que devia ser o libertador do povo de Israel, “o campeão de Deus”, deixou-se envolver cada vez mais pela lascívia, e perdeu a sua liderança na busca desenfreada por prazer. Sansão era um fracote feminil disfarçado de machão viril. A humildade leva em conta, primeiramente, o dever depois o prazer.

HUMILDADE NÃO COMBINA COM HIPOCRISIA O líder não usa de falsa modéstia. Ele conhece o seu potencial; quando elogiado, não se esquiva dizendo: “Quem? Eu? Não! Eu não fiz nada de extraordinário”. Na verdade, gente desse tipo quer elogios e que bajulem seu ego. A falsa humildade é pior que a falta dela. Todos nós gostamos que apreciem nosso trabalho, e um pouco de honra não faz mal a ninguém; então por que não assumir que fomos bem, se é exatamente isso que estamos sentindo. Por quê? Quando somos criticados, assimilamos completamente, e quando elogiados saímos com evasivas. Portanto, conheçamos nossas limitações, e saibamos que as possibilidades de melhorar são infinitas. Como já disse, a humildade é um fruto em franco crescimento, portanto devemos cultivá-la com os ingredientes da fé, do amor através da palavra de Deus. Como fazemos isso? Aprendendo com Cristo. “Aprendei de mim que sou manso e humilde de coração” (Mt 11:29). E quais são os ensinamentos de Cristo? “Aquele que não se tornar como uma criança não pode ver o reino...” (Mt 18:3). “Vigiai e orai” (Mt 54


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26:41). E para ultimar o nosso cultivo, devemos seguir o exemplo de outros lideres humildes.

HUMILDADE NÃO COMBINA COM MALDADE O humilde é bom e bondoso, pois nem sempre quem é bom, é bondoso. Bondade é irmã gêmea da humildade, pois a humildade é cheia de gentileza e consideração que são atributos da bondade. O bondoso é submisso (submissão à vontade divina). Já pensou se nosso opositor está dentro do plano divino para nos ensinar algo precioso e nós não estamos vendo? Deus está nos querendo mostrar alguma coisa importante, mas como somos insubmissos, não conseguimos ver a missão que Deus quer nos revelar. O bondoso está em submissão (sob uma missão); isso gera humildade e frutifica-se dia a dia em dividendos eternos. As vaidades pessoais nos impedem de aprendermos mais, porém uma pessoa bondosa nunca pára de aprender. Não existe pregador que seja tão bom que não necessite ajuda de outrem. “O humilde sabe que é grande e se permite aprender com os outros”.34 Quase sempre por trás da docilidade (humildade), esconde-se grande força, e é necessária muita força para ser bondoso. Humildade não combina com maldade. Pense nisso cada vez que sentir-se tentado em machucar, ferir ou atacar alguém.

APRENDENDO A SER HUMILDE Esses são os ingredientes básicos para uma liderança de humildade: 1. Ter o coração de uma criança. 2. Estar sempre vigiando. 3. Tendo uma vida de oração. 4. Sempre seguindo a Cristo.

Na vida social podemos exercitar nossa humildade, seguindo a orientação bíblica, “preferindo-vos em honra uns aos outros” (Rm 12:10). Na vida intelectual sigamos: “Tudo que é verdadeiro, tudo que é honesto, tudo que é justo, tudo que é 34

Mandino, O., “O Maior Segredo do Mundo”, p. 21

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puro, tudo que é amável, tudo que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai” (Fl 4:8). Na vida financeira, usemos o ensino de John Wesley: “Ganhe o máximo que puder, economize o máximo que puder, para dar o máximo que puder, durante o máximo de tempo possível” (J. Wesley).

4. AMOR Ganha mais, quem ama mais. O Amor deve ser o escudo para defendêrmo-nos das setas do ódio e da amargura. Quem ama nunca perde. “O amor cobre uma multidão de pecados” (Pv 10:12). “O amor tudo crê, tudo suporta, tudo espera... O amor jamais acaba” (1 Co 13:7,8). Devemos fazer de nossos amigos, irmãos, como Davi e Jônatas, e fazer de nossos inimigos, amigos. Essa é uma missão muito difícil, no entanto não impossível, e isso faz o diferencial no verdadeiro líder. Muitos vêem por outra ótica, e apesar de não concordarem com os métodos em aplicação, capitulam ante os resultados positivos que o amor pode trazer à liderança que soube catalisar energia até mesmo de seus defeitos. O amor faz ver de modo especial, mesmo o erro e a falha do outro; por isso, se por algum motivo virmos algo que nos dê razão para criticar, calemo-nos; agora, encontrando um motivo por mais ínfimo que seja para um elogio, falemos aos quatro ventos. Não sei exatamente por que, mas quase todos os pastores que conheço são pródigos em críticas e sovinas em elogios. Destilam críticas como chuva, porém elogios os fazem em conta-gotas. Míopes de coração para elogios, mas sempre prontos a uma ácida crítica. Mas quem tiver a capacidade de deixar o amor dominar seu coração, será capaz de reverter esse lúgubre quadro. O amor torna as pessoas mais alegres. Um provérbio chinês diz: “Um homem sem uma fisionomia sorridente não deve abrir uma loja”. Só o amor pode trazer alegria, e a alegria traz fortalezas, e quando estamos fortalecidos no amor não temos tempo para mesquinharias e rompantes de vaidades improdutivas. “O lugar onde se deve olhar para avaliar um homem, não é onde leva o chapéu,

mas onde ele traz o sorriso”. Muitos líderes encheram suas cabeças e são verdadeiros computadores ambulantes, porém perderam o melhor da vida, pois se esqueceram de sorrir. Uma das facetas do amor é a simpatia, e quando estamos com a cabeça cheia,

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podemos ser tudo, menos simpáticos. A alegria é um sentimento que jamais deve ser ignorado para que se tenha uma liderança vibrante e producente. Líderes sem amor são máquinas que não conhecem os seus liderados; só conhecem atas, estatísticas, porcentagens e relatórios. Em nossa sociedade consumista o que mais vale são os números. E infelizmente para muitos líderes cristãos, os seus olhos só brilham quando vêem os números de membros de sua igreja, os juros bancários, etc... A Bíblia ensina em Tito 3:14,15, que devemo-nos “aplicar às boas obras... e saudar aqueles que nos amam na fé”; e em 1 Pedro 5:14, “saudai-vos uns aos outros com ósculo de amor”. O líder deve conhecer os seus liderados profundamente, e não apenas como mais um número do fichário. O líder não é apenas um comandante, ele também é um participante. Existe, na liderança, uma linha muito tênue que separa o líder de seus liderados; às vezes o líder está à frente, em outras ele está junto. O grupo deve saber que seu líder está à frente para que possam seguí-lo: “se a trombeta der som incerto, quem se alinhará para a batalha” (1 Co 4:8); mas ao mesmo tempo o grupo sabe claramente que o líder está junto, assim ele não é um corpo estranho no meio; quando precisa-se dele, tem-se a certeza de que ele está por perto. O amor é ativo; o amor não é... apenas palavras, mas ações, e as ações falam mais alto que muitas palavras. O amor deve ser transitivo, requer um objeto e pede trânsito, pede passagem; não se pode represar a fonte do amor, pois o amor sempre será um caudaloso rio que banha a todos por onde passa. Amor é um sentimento destinado ao sacrifício e a dor. Não é porque não foi correspondido que ele deixa de ser amor: “Ele veio para o que era seu e os seus não o receberam...” (Jo 1:11). “A amizade mais verdadeira é aquela que nos aponta os nossos lados que carecem de reparo; e de todos os amigos que possamos ter, a dor é quem melhor realiza isto”.35 Apesar de toda crítica e oposição, o verdadeiro líder não abdica de sua posição e realiza seu trabalho com amor cada vez mais ardente. Denis Waitley afirma: Se não houver um profundo e arraigado sentimento de valor dentro de nós, não teremos nada para dar ou partilhar com outros.36 35 36

Shinyashiki, R., Op. Cit., p. 61 Idem, p. 131

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O amor demanda tempo, concentração, disciplina e paciência, e deve ter importância vital em nossas vidas.

O QUE DEVEMOS AMAR?

1. DEVEMOS AMAR O QUE DEUS AMA. O que é que Deus Ama? Ele ama a sua Igreja e batalha por ela. Ama cada ser humano com amor inefável; “Ele deseja que todos se arrependam e cheguem ao conhecimento da verdade” (2 Pe 3:9), “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (Jo 8:32). Existe uma multidão de almas que estão a cada dia morrendo sem Deus, isso deve mover o nosso coração; não podemos ter a mesma visão de Jonas, que amou mais uma aboboreira às 120 mil pessoas da grande cidade de Nínive (Jn 4:11).

2. DEVEMOS AMAR A NÓS MESMOS. Isso não é egoísmo. Jesus ensina: “Ama o teu próximo como a ti mesmo” (Mt 19:19). Como posso amar ao meu próximo, se não amo a mim mesmo. Pessoas complexadas, mal-amadas e que não se aceitam, lançam sobre os outros toda a fúria e ódio que sentem a respeito de si mesmas. Paulo ensina a Timóteo: “Cuida-te de ti mesmo ...” (1 Tm 4:16).

3. DEVEMOS AMAR AO PRÓXIMO. No que depender de nós, batalhemos para fazermos amigos e cultivemos cada amizade conquistada, como quem cultiva uma importante plantação. Quem é o meu mais próximo? A esposa e os filhos. Neste ponto muitos líderes cristãos têm falhado; são gentis com os de fora, solícitos com os de longe, abnegados com estranhos, porém em casa a comunicação é feita em monólogos e às vezes aos gritos, e dificilmente vêse um ato de verdadeiro carinho e amor. Não vale hipocrisia; ou seja, faz-se uma demonstração pública de afeto, sendo que nas quatro paredes do lar há muito tempo qualquer ato de carinho é mais uma agressão que qualquer outra coisa. Amar ao próximo a gente aprende amando primeiro àqueles que estão bem próximos, tomando tempo com eles, pois são eles quem realmente nos amam.

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O QUE O AMOR TRAZ 1. O amor sempre trará benefícios para quem ama. Primeiramente ele nos torna alegres. A alegria do amor está concentrada no objeto do amor. Quanto mais amamos, mais nos damos de nós mesmos, e somente quando nos damos completamente, é que realmente somos alegres. Abençoar alguém com alguma dádiva proporciona em nós um canal de bênçãos cada vez maior; desfrutemos, em toda a extensão e profundidade, da alegria do amor. 2. O amor traz paz ao coração; traz paz com Deus, por termos os nossos pecados perdoados; e traz a paz de Deus, por sua presença contínua em nossas vidas. Essa harmonia divino-humana, somente o amor pode proporcionar. 3. O amor nos torna longânimos (longo-ânimo). Apesar das afrontas, maus tratos, injúrias e injustiças; somente o amor poderá fazer com que passemos a cumprir o mandamento de Cristo: “amais os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam, bendizei aos que vos maldizem e orai pelos que vos caluniam” (Lc 6:26,27). Longânimo. Só amor nos faz animados, apesar de tudo. 4. O amor abre o nosso entendimento, tornando-nos sábios, e sabedoria é discernimento celestial; quem conhece a Deus, visto que Deus é amor, é capaz de conhecer os labirintos do coração humano. O amor vence as distâncias O amor vence as dificuldades O amor vence os exércitos Destrói os impérios Aniquila os poderosos E triunfa sobre o mal.

“Depois de toda a epopéia de Napoleão, ele não teve ninguém para morrer em seu lugar. Jesus, sem armas e sem exércitos, tem conquistado o mundo com sua mensagem de amor, e muitos já têm dado suas vidas para morrer pelo seu imenso amor”. No seu cântico de amor o apóstolo Paulo declara: “O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, não se porta inconvenientemente, não busca seus próprios interesses, não se irrita,

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não suspeita mal; não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais acaba...” (1 Co 13:4-8).

5. CORAGEM “... Para conquistar o medo eu preciso sempre agir sem hesitação, e os tumultos em meu coração irão desaparecer... A ação reduz o leão a uma formiga de equanimidade”. (Og Mandino)

Ter coragem é fazer o que é certo, independente das conseqüências; é saber estabelecer metas e ter sabedoria para alcançá-las. Coragem é fazer coisas comuns de maneira incomum. A coragem faz a águia voar contra a tempestade; quando todas as outras aves descem para fugir do vento e da chuva, a águia sobe ainda mais alto para estar acima da tempestade. “Mas os que esperam no Senhor, renovarão as suas forças; subirão com asas como águia...” (Is. 40. 31). Coragem é estar apto para queimar as “pontes” que ficaram para trás, como fez Eliseu ao ser chamado pelo profeta Elias; é aceitar as responsabilidades pelo fracasso ou sucesso do projeto. Tentar errando é melhor que não ter tentado; uma decisão sincera, embora errada, é melhor do que nenhuma. Só a coragem dá ao líder a autonomia para definir suas idéias e colocá-las em prática, visando o progresso do seu grupo. Os líderes, por uma questão de escolha, elegem suas próprias batalhas, mas não podem vencê-las todas, pois a fragilidade humana nos acompanha sempre; perder algumas batalhas durante o percurso, não significa perder a guerra toda. Homens de coragem pagaram um alto preço, para no final receberem suas recompensas, talvez não aqui, mas na eternidade com certeza.  Daniel - Por orar - cova dos leões.  Sadraque, Mesaque, Abdenego - Por sua Fé - fornalha.  José - Por sua integridade - prisão.  João Batista - Por sua profecia - degolado.  Martinho Lutero - Por sua mensagem - banido.

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 Dietrich Bonhoeffer – Por sua fé e pregação – prisão e morte. “Coragem é a média entre temeridade e timidez”. 37 A nossa coragem de arriscarmos tudo na aventura do que mais amamos, é que prova o nosso grau de aproximação ao poder que move o mundo. O líder desprovido de coragem nada constrói; e até mesmo aquilo que herdou de outrem, as possibilidades de perder são muito grandes. “Tive medo e enterrei o meu talento... ...Tirai-lhe o talento e dai aquele que granjeou outros cinco talentos” (Mt 25:28). A coragem “é a qualidade de espírito que capacita os homens a enfrentarem o perigo ou as dificuldades, sem medo ou depressão mental”. 38 Um filme chamado “Assim nascem os heróis”, narra o episódio em que oito soldados perderam-se na selva; em dado momento, cercado por inimigos, ao atravessarem um riacho, o tenente lhes diz: “Vou salvá-los, recuem rapidamente”. Enquanto os soldados recuavam o tenente detinha o inimigo. Chegando a um lugar seguro, perceberam que em vez de oito, estavam agora em sete. Aquele tenente ousou crer que salvaria a vida de seus soldados, e assim fez, apesar de pagar com a sua própria. Isto é coisa para valentes; e os valentes são verdadeiramente conhecidos em tempos de catástrofes e adversidades. Uma das evidências mais marcantes da Igreja Primitiva foi a intrepidez; sempre corajosos avançaram, nada temeram, apesar de tudo. Paulo diante do rei Agripa dá seu depoimento: “Eu não fui desobediente à visão celestial” (At 26:19). Nada, absolutamente nada, poderá deter um homem de coragem, nem mesmo a inércia poderá cercá-lo, nem a oposição irá detê-lo; sua coragem não é repentina ou momentânea, mas sim, é algo contínuo e intenso até que a tarefa seja feita. Mesmo em circunstâncias adversas, com condições desagradáveis conspirando contra si, o líder deve ser capaz de agir com firmeza equanimidade. Cada vez que leio o livro de Jó, fico sempre espantado com a coragem do velho patriarca. Ele repentinamente perde tudo, sua esposa o oprime psicologicamente, seus amigos acusam-no de haver pecado contra o Altíssimo, e Deus silencia-se; no entanto ele declara: “nu saí do ventre de minha mãe, que me importa nu para lá tornar... pois sei que meu Redentor vive” (Jó 1:21; 19:25). Só alguém com muita coragem é capaz 37 38

Sanders, J., Op. Cit., p. 34 Idem, p. 53

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de agir assim defendendo seu ponto de vista sem se abalar. Quando Jesus declarou: “Orai ao Senhor da seara, para que envie ceifeiros...” (Lc 10:2). Na verdade Ele estava querendo dizer “... envie ceifeiros de coragem”. O líder por natureza é um ceifeiro, e para tornar-se um ceifeiro eficaz, ele deve estar disposto a enfrentar toda a corja do mal e ficar firme. “Deus não tem prazer naqueles que recuam, mas sim naqueles que avançam” (Hb 10:39). O maior grau de coragem é atribuído à pessoa que tem grande medo, mas recusase a capitular. Conta-se que ao ouvir o ribombar dos canhões inimigos, e ao ser indagado por um dos seus soldados, se estava com medo, Napoleão declara: “Tremo de medo, mas vou calá-los, mesmo que seja à unha”. Já Donald N. Bastian afirma: “Coragem não significa viver sem medo, mas viver acima do medo, através da fé em Deus”. A coragem manifesta-se diante do medo, por conseguinte, é necessário o medo para que a coragem prevaleça; usemos o medo para colocar em prática nossa coragem. “Estuda a arte de tornar-te uma individualidade, não apenas um fantoche”; 39 não sejas banal, pois a individualidade verdadeira sempre será meio exótica; se gastares tempo em dar ouvidos ao que pensam os outros, a tua vista ficará turva na poeira, e não avançarás. Aqueles que fazem arruaça nas estradas da vida são apenas os espectadores; vencedores mal têm tempo para combater. O fantoche é movido de um lado para outro; não tem desejos nem idéias próprias, vive em função do que os outros pensam e dizem. Feliz o homem que consegue em algum momento de sua trajetória, ouvir alguém dizer: “ele é muito enigmático”. Somente com coragem pode-se desenvolver uma identidade forte e marcante. A coragem faz o não posso sumir da nossa vida, para assumirmos a vanguarda dos acontecimentos. Não deixe o que você não pode, assumir a dianteira daquilo que você pode fazer. O homem de coragem é capaz de abandonar sua própria terra, para descobrir novas paragens; foi assim com Cristovão Colombo, Pedro Alvares Cabral, Vasco da Gama, David Livingstone. Só a coragem fez com que Thomás Edson dissesse ao seu filho Charles, no momento em que sua casa e oficina incendiavam-se: “Veja que coisa magnífica, o fogo está queimando tudo, inclusive os nossos erros, 39

Purinton, E., Op. Cit., p. 21

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podemos começar tudo de novo, do jeito certo”. Logo depois deste episódio ele inventou o fonógrafo. A coragem sempre descobre um jeito de fazer as coisas; portanto, não há nada na vida que possa ser intitulado de “não consigo”. “Não posso” é um mito, cujo verdadeiro nome é “não quero”.40 Alexandre Solzenitsin, traz uma afirmação muito contundente sobre este assunto: “É preciso que alguém saliente que desde os tempos antigos, o declínio da coragem tem sido considerado começo do fim”.

CAPITULO V

DIFICULDADES DO LÍDER 1. CRISES OU OPORTUNIDADES “Mas, decorridos alguns dias, o ribeiro secou...” (1 Rs 17:7)

Elias profetizou uma grande seca em toda a palestina; ocultou-se no vale de Queríte, foi alimentado pelos corvos e bebia do ribeiro. Porém, em dado momento, o resultado de sua profecia o alcançou e ele tornou-se participante da crise que assolava todo povo de Israel. Crise na língua chinesa tem o mesmo diagrama, tanto para a palavra oportunidade como para perigo; portanto, crise é igual a oportunidade ou perigo. Dependendo da maneira como se olha para a crise, ela será uma grande oportunidade para se extrair tremendos resultados; ou será um grande perigo para um desastre total. 40

Idem, p. 219

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Visualize bem essa palavra; agora, retire o S, e a palavra será CRIE. Muito bem, em momento de crise não devemos nos desesperar, mas sim utilizarmos o nosso conhecimento para criarmos alguma coisa lucrativa. Olhe outra vez para a palavra CRISE; agora troque o S por um $, e se terá CRI$E$. Devemos usar o momento da adversidade para aprimorarmos nossas qualidades e extrairmos nossos defeitos. Crise é uma situação inesperada, onde devemos lutar para reverter o quadro e trazer benefício para o bem comum. Muitas pessoas são excelentes administradores quando tudo é céu azul, com nuvens brancas; no entanto perdem completamente o equilíbrio emocional quando a crise chega. O verdadeiro líder saberá, durante o momento de crise, como gerenciar os conflitos e problemas; os seus em particular e os de seus liderados. Um líder fraco precisa de auto-afirmação quando a crise chega. Desse modo não saberá como administrar os conflitos de seus liderados, e para “livrar sua cara”, cuidará de si mesmo e de seus interesses; quanto aos seus liderados, eles ficarão desprotegidos e expostos aos “verdugos”. NÚCLEOS GERADORES DE CONFLITOS E CRISES: 1) Protelar problemas pequenos, amanhã eles serão grandes. “Nunca deixar para amanhã o que pode ser resolvido hoje”. 2) Distância entre o líder e seus liderados. Conversar frente a frente diminui em muito os problemas. 3) Cansaço físico, por excesso de trabalho ou falta de férias, deixam as pessoas irritadiças e duras em suas palavras. 4) Pessoas que não aceitam novas idéias, líder inseguro ou de visão curta; ou talvez não aceite o novo por orgulho, por não ter tido a idéia primeiro.

Não devemos desprezar a importância das crises em nossas vidas, pois elas têm a habilidade necessária para nos levar ao crescimento e trazer-nos maturidade para alcançarmos o ponto ideal de equilíbrio entre nós mesmos e nosso grupo. “A derrota

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só é destrutiva quando é aceita como fracasso. Quando a aceitamos como lição necessária, é sempre uma benção”.41 O LÍDER DEVE ENFRENTAR A CRISE DE FRENTE: 1) Falando sobre ela francamente, sem subterfúgios, ouvindo as diferentes opiniões, mas, mantendo a discussão com firmeza e lealdade sem descambar para a guerra entre as partes. 2) Enfrentando o problema e não a pessoa implicada. Se o líder deixa-se envolver na luta entre pessoas é um homem perdido. 3) Ser o mediador do conflito, extraindo o que for positivo para benefício do grupo sem tomar partido. Floriano Sierra afirma: “muitas cabeças dependem do líder, por isso ele não tem o direito de perder a sua”. As pessoas esperam que seus líderes ajam com coragem e calma em meio às crises. Somente o líder medíocre fica protelando decisões difíceis e encontros problemáticos. A demora não resolve o problema, mas tende a complicá-lo cada vez mais.

VOCÊ CONTROLA-SE QUANDO AS COISAS VÃO MAL? O líder que perde o autocontrole em circunstâncias adversas perde o respeito e a confiança. Ele deve ser calmo durante as crises, flexível na adversidade e no desapontamento. Você é digno de receber a bem aventurança concedida aos pacificadores? É bem mais fácil manter a paz do que restabelecê-la quando a mesma for quebrada. Uma função importante da liderança é a reconciliação; é ter a habilidade de descobrir os pontos em comum em pontos de vista divergentes, induzindo ambas as partes a aceitá-las. O líder deve ter melhores condições que o melhor do seu grupo, pois crises jamais faltarão; ele deve saber trabalhar com elas, e isso requer maturidade e sabedoria.

41

Haggai, J., Op. Cit., p. 68

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CRISE PESSOAL Li, certa ocasião, a seguinte frase na contra capa de um caderno de estudos: “As quedas nos rios os levam a formar as mais belas cachoeiras. Quantas vezes nossos aparentes fracassos nos impulsionam a criar magníficas cachoeiras, capazes de movimentar turbinas que geram energia e irradiam luz”. Quando o líder se envolve em uma crise pessoal, com certeza ele ficará sozinho; pessoas que ele pensava serem suas amigas afastam-se, tornam-se indiferentes, comportam-se como se estivessem frente a frente a um leproso. Nessas horas o líder deve mostrar sua fibra e até onde a sua liderança é realmente forte. Salomão em sua sabedoria vaticina: “Não sejas frouxo no tempo da angústia, pois assim tuas forças desvanecerão” (Pv 24:10). No tempo da crise é que se conhece quem são os verdadeiros amigos. O amigo sofre com o problema, sente a tragédia, mas não nos abandona, e sempre oferece o seu ombro para cada necessidade. O historiador Froude declarou: O valor de um homem deve ser medido por sua vida, não pelo seu fracasso sob uma prova singular ou peculiar. 42 Muitos homens da Bíblia fracassaram em algum ponto de suas vidas, às vezes até drasticamente, entretanto recusaram-se a continuar prostrados ao pó; podemos citar Davi, Moisés, Pedro, entre outros. Eles não aceitaram permanecer envolvidos nas garras da melancolia que a crise pessoal procura sempre trazer aos corações. Na porta do céu há o seguinte letreiro: “Todo pecado pode ser perdoado”. E na porta do inferno: “Nenhum pecado pode ser esquecido”.43 Para Deus sempre haverá restauração, renovação; pois o nosso Deus é o Deus das restaurações e “as suas misericórdias renovam-se a cada manhã” (Lm 3:22,23). Por outro lado, para satanás jamais haverá esquecimento, sempre que ele puder, trará à lembrança os nossos erros e fracassos (e tem muita gente trabalhando na semeadura satânica), pois ele tem a habilidade de nos fazer lembrar aquilo que Deus já esqueceu. O líder cristão deve transmitir aos seus liderados que é ministro de Deus para a restauração e renovação, para não trazer à memória os fracassos e falhas alheias. Esta é uma afirmação sempre presente na vida da maioria das pessoas: “O mal que fiz uma vez, nisso 42

Apud, Sanders, J., Op. Cit., p. 121

43

Purinton, E., Op. Cit., p. 215

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sempre falaram; o bem que fiz duas vezes, nunca lembraram”. Boas notícias não vendem jornal, porém, desgraça e miséria voam aos quatro ventos. “Fracasso não será mais pagamento pelo meu esforço”.44 Este deve ser o posicionamento de alguém que está decidido a fazer diferença na vida, pois não está simplesmente passando pela história, mas está fazendo história. Devido ao seu trabalho estafante, o líder pode entrar em crise, emocional, física ou espiritual, porém de todas às que ele estiver exposto, a pior sem dúvidas, será a crise espiritual. Pois a crise física, com um bom descanso resolve-se o problema. A crise emocional, com um acompanhamento especializado e tempo, pode ser sanada. Agora a crise espiritual, somente Deus através do Espírito Santo é quem pode curar as feridas e traumas existenciais. Na batalha espiritual o líder, mesmo sendo dotado de grandes habilidades e fortalezas, ainda continua humano e não um super-homem, e está sujeito a quedas, falhas e erros. Há uma derrota maior do que cair: é ficar prostrado. Um provérbio popular diz: “Levanta, sacode a poeira e dá a volta por cima”. Todo aquele que sofreu um acidente de percurso, mas nobre e serenamente reparou-o, conseguirá dar passos em direção ao sucesso. A criança ao aprender andar, esquece dos tombos imediatamente, pois suas perninhas lhes inspiram confiança. O homem de fibra vence devido à sua confiança em suas convicções, a ponto de se esquecer das derrotas. Melhor ser um Pedro afundando no mar, mas por um instante desafiar as leis da natureza e andar sobre as águas, a ser como os outros onze discípulos que ficaram comodamente sentados dentro do barco; você escolhe o que, e quem você deseja ser. “Você pode desistir dos teus direitos, mas não das tuas responsabilidades”. 45 Podemos ser muitas vezes Pedro, mas nunca sejamos Judas. Alguém em algum lugar já dizia: “A vida é uma sucessão de sucessos e insucessos que se sucedem sucessivamente”. Li há algum tempo, uma frase que dizia mais ou menos assim: A igreja é o único grande exército, que não sabe cuidar dos seus feridos. Homens e mulheres que falham, normalmente são esmagados sob os pés duros, olhares indiferentes e corações gélidos de seus amigos de batalha. 44

Mandino, O., “O Maior Segredo do Mundo”, p. 21

45

André, Op. Cit., p. 110

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A canção “Soldado Ferido” do cantor Junior, certa ocasião marcou muito o meu coração; compartilhemos juntos: Há muitos feridos... Choram de angústias e de dor Clamam por proteção e por paz, amigos sofrem Sua necessidade atende hoje Não deixe um soldado ferido morrer Verta o bálsamo e a ferida sarará Protege-o com teu manto de amor O pão partiremos, sim! Descanso lhes darás E toda angustia sairá Não deixes fiéis soldados feridos morrer Seguindo sua ordem lutaram à frente para o Rei E o forte inimigo puderam vencer Mas por esse esforço, satã intentou suas vidas matar Não deixe um soldado ferido morrer Não podes olhar sem socorrer? O amor é mais forte e faz viver Não podes deixar um Soldado ferido morrer!

2. CRÍTICA Você é capaz de receber críticas objetivamente e permanecer firme? Você sabe transformá-las em benefícios? Uma pessoa humilde pode obter benefícios da crítica insignificante e até mesmo da maldosa? Estas foram algumas perguntas que me foram bombardeadas certa ocasião, deixando-me perplexo, e a partir de então comecei a colocar em prática tais fundamentos. Aprendi a extrair pelo menos 1% de verdade das palavras de meus críticos. Sempre há algum elemento de verdade nas críticas, e a autodefesa é uma qualidade improdutiva. O verdadeiro líder não deve dar oportunidade a seus adversários para uma campanha difamatória, no entanto isso não o isentará de receber críticas, pois já dizia Schwartz: “Ninguém faz algo que vale a pena, sem ser criticado por isso”. 46 Jonh Maxwell afirma: “Não faça nada que nada te custe”. O crítico deseja em ânsias, na verdade, é ter a mesma habilidade e experiência do nosso caráter cristão. É esse desejo

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que o leva ao criticismo. “Os dados para polimento de um caráter encontram-se nas mãos de inimigos e rivais”. 47 Quase sempre o líder não é reconhecido em vida e, em seguida à sua partida, edifica-se um monumento para ele, com as pedras que o apedrejaram em vida. “As críticas são como as pombas. Sempre voltam aos pombais” (Al Capone “Two Gun”). O líder estará sempre em situação vulnerável à crítica e deve ter em mente que está naquela posição porque ele quis estar; está ali para cuidar das necessidades do povo. Birras e revoltas desqualificam o líder. As pessoas estão ali para serem conduzidas com segurança e não tangidas com violência. Homans ensina-nos dizendo: “Uma repreensão em voz alta pode ultrajar o grupo e humilhar o culpado sem transformar seu comportamento”.48 Benjamin Franklin certa vez expressou-se do seguinte modo: “Não falarei mal de homem nenhum... e falarei tudo de bom que souber de cada pessoa”. Temos que ser uma inspiração para cada pessoa, com palavras de ânimo e encorajamento. Pedro Bloch, em uma entrevista declarou que uma criança ou adolescente jamais esquecerá uma palavra de encorajamento, e ele usa freqüentemente este método, e deste modo está sempre cercado de jovens amigos, e amigos jovens; sempre é convidado para festas em que só reconhecerá o anfitrião, quando for lembrado de algum episódio onde ele trouxe uma palavra de elogio ou incentivo. Criticar? Qualquer tolo pode fazer, e a crítica sempre vem acompanhada de uma condenação e uma queixa; a maioria dos tolos faz isso. Porém necessário se faz ter bom caráter e autocontrole para ser complacente e saber perdoar. Quando criticamos, nas entrelinhas estamos dizendo que sabemos mais e poderíamos fazer melhor. A Bíblia ensina: “suportai-vos uns aos outros em amor” (Ef 4:2). Temos que ser mais que professores, mais que instrutores, temos que ser facilitadores, para que toda liderança torne-se um exemplo positivo. Já dizia Carlyle que “um grande homem demonstra sua grandeza, pelo modo como trata os pequenos” 46

Apud, Grunner, L., Op. Cit., p. 89 Purinton, E., Op. Cit., p. 21 48 Apud, Grunner, L., Op. Cit., p. 145 47

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Vence-se o crítico ouvindo-o; Homans afirma: “...a coisa mais difícil no mundo para o homem fazer, é calar a sua boca, e é exatamente isto que o líder deve fazer; deve escutar tudo quanto os outros querem dizer”.49 Se o líder estiver conscientizado de todos os detalhes do problema, poderá lidar melhor com a situação. Se trouxer para o lado pessoal e reagir com ira, autodefesa ou condenação diante da primeira tentativa de se fazer comunicação, bloqueará totalmente essa comunicação; será como colocar a sujeira embaixo do tapete. “Estrangular os comentários não quer dizer que o problema terminou, pois ainda jaz abaixo da superfície”.50

Deve-se estar consciente de que, quem domina uma

comunicação é quem ouve e não quem fala. Muitos líderes de “estopim curto” que “matam o pato antes dele levantar vôo”, perdem amigos e aliados; se tivessem um pouco mais de paciência e soubessem escutar, o seu oponente poderia tornar-se um aliado ardente. Retribua a crítica com louvores e aquilo que parecia ser derrota transformar-se-á em triunfo. Para esses tempos difíceis Cerney traz esta orientação: “Pareça calmo... permaneça em harmonia e com otimismo; a felicidade é o movimento para frente... Conserve-se positivo o tempo todo”!51 A crítica nada mais é que um elogio disfarçado, e o crítico é um amigo embutido. Ele nos faz buscar mais a Deus, para que aceleremos nosso aperfeiçoamento. Se um líder não pode agüentar as críticas normais à sua liderança, está demonstrando sua falta de maturidade. O líder que sabe receber e ponderar as críticas com naturalidade, está seguro de que elas o farão crescer mais e mais. O crítico nos obriga a melhorar, pois ele vê por fora e às vezes mais distante que nós mesmos, e faz uma retrospectiva geral do que éramos, do que somos, e talvez do que ele esperava que fossemos. Somente quando aceitamos o crítico como nosso amigo, é que começamos a crescer emocionalmente. Este crescimento se realiza, quando vemos nossas limitações e defeitos olhando do ponto de vista de outras pessoas.

COMO PODEMOS VENCER A CRÍTICA 49

Apud, Grunner, L., Op. Cit., p. 147

50

Idem

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A) CONHECENDO A SI MESMO. Certa ocasião um subordinado de Abraão Lincoln ficou indignado ao receber uma ordem, e vociferou: “ele é um bobo”. Ao ficar sabendo do episódio, o presidente replicou: “se ele não gostou é porque deve ter razão”. Devemos reconhecer nossas limitações e a sabedoria alheia.

B) DESENVOLVENDO A AUTOCONFIANÇA. Devemos acreditar em nosso potencial. Valorizar nosso trabalho e termos consciência de que estamos no rumo certo.

C) ACREDITANDO NA IMPORTÂNCIA DE NOSSA MISSÃO. Um grande exemplo é a vida de Neemias (Ne 6:5-11); sua missão era muito mais importante que qualquer conferência. Abdicou um acordo de paz e não se comprometeu politicamente com seus adversários. Que belo exemplo para nós.

D) LEMBRANDO NOSSA RELAÇÃO COM OUTRAS PESSOAS. Na tomada de decisões o líder deve ser um diplomata. A diplomacia é uma ciência, e todo líder deve aprender a lidar com ela, o líder sem essa habilidade terá muitas dores de cabeça.

E) EMPENHANDO-SE PELA EXCELÊNCIA. Fazer sempre o melhor. Não podemos jamais esquecer de que amanhã poderemos fazer melhor, o que hoje ficou excelente. O ser humano tem a grande capacidade de evoluir em todo sentido o tempo todo.

F) ACREDITANDO E ESPERANDO PELO SUCESSO. 51

Idem

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O sucesso é uma questão de persistência, trabalho sério e fé. “Se você quer ter sucesso, procure aprender sempre com os melhores”. 52 “Eu plantei, Apolo regou, mas Deus deu o crescimento...” (1 Co 3:6).

Se te atiram pedras pelas costas, alegre-se, você ainda está na frente... A terra é fértil, a semente é boa, plante e aguarde os resultados. Concluindo essa idéia, podemos ver no livro de Êxodo 18:13-27, um precioso exemplo de Jetro, sogro de Moisés, criticando o trabalho do genro de uma maneira sincera e positiva, pois o mesmo queria o sucesso e o maior aproveitamento da liderança. Temos aqui uma pessoa não comprometida emocionalmente com o problema, e ela conseguiu com maior facilidade ver certos pontos que estavam meio obscuros para Moisés. O professor Adalberto Alves de Souza sintetiza este assunto do seguinte modo: Jetro levou em conta os prós e os contras do trabalho de Moisés . Jetro queria ver o trabalho de Moisés aperfeiçoado. Moisés aceitou a crítica. Jetro criticou o que era mais importante, no tempo e no lugar oportunos, e discutiu o problema com Moisés e não com terceiros. Como resultado o trabalho de Moisés foi aperfeiçoado depois das críticas de Jetro.

TRÊS COISAS QUE PODEM OCORRER QUANDO SOMOS CRITICADOS. A. Podemos consultar mais as escrituras em busca de respostas. B. Podemos aprender com as críticas e procurar crescer e amadurecer como conseqüência delas. C. Podemos aprender a necessidade de não nos defender, deixando pelo contrário, os resultados com Deus. As desventuras, fracassos, crises, críticas e toda sorte de contrariedades, são os meios que Deus usa para nos fazer crescer; por isso devemos enraizar essa idéia em nosso espírito, para que quando os ventos contrários soprarem em nossa direção, estejamos firmes como o carvalho que firma cada vez mais suas raízes a cada tempestade; já o pequeno arbusto estremece e dobra-se (e em muitos casos quebra-se por completo) por qualquer ventinho. Deus seria culpado pela fortaleza do vento? Não, 52

Shinyashiki, R., Op. Cit., p. 81

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mil vezes não. “... censure-se antes o pusilânime, que não pode suportar o que Deus envia para fortalecer os valorosos”.53 Quem não sabe trabalhar recebendo críticas, não pode crescer. “Perfeito, houve apenas um líder, e, mesmo assim, foi criticado”.54

3. OPOSIÇÃO “O homem que resiste firme a oposição é um homem que move o mundo. Se os golpes do escárnio lhe atingirem o rosto, deves resistir silencioso e imperturbável, como a estátua de bronze recebe a tempestade” (Ernest Gordon).

Nada grandioso será construído e realizado sem esforço sacrificial; quanto mais nos custar, maiores serão os resultados, apesar de toda ingratidão do mundo. Muitas pessoas nos deixarão quietos enquanto estivermos nivelados a elas, mas a partir do momento em que resolvermos ir mais além, a oposição inexoravelmente virá com toda pressão. Jamais devemos dar ouvidos àqueles que menosprezam as pessoas. Ninguém deve determinar a quantidade da nossa produção, a não ser nós mesmos. Enquanto estivermos aqui teremos problemas com satanás, visto que estamos em equipes oponentes; se não estivermos tendo esse tipo de problema, nossa realização é nula. “O resultado do ataque depende da sua reação e não da ferocidade de quem ataca”.55 Deus cuida de nós. “Vindo o inimigo, como uma corrente de águas o Senhor arvorará a sua bandeira contra ele” (Is 59:19). Todas as vezes que lia este texto, eu achava que era o inimigo que vinha como uma corrente de águas, mas ao estudar o texto original e as versões mais atualizadas, descobri que quem vem como uma corrente de águas é o Espírito do Senhor, portanto, façamos a tarefa para a qual Deus nos incumbiu e Ele responsabilizar-se-á do resto. Talvez esse nosso posicionamento aumente ainda mais a pressão de nosso inimigo, criando confusão e zombaria, enviando agentes secretos para saber dos nossos projetos, para em seguida boicotá-los. Temos um exemplo poderoso da vida de Neemias, quando da reconstrução dos muros 53

Purinton, E., Op. Cit., p. 70 Youssef, M., “O Estilo de Liderança de Jesus”, p. 142 55 Sanders, J., Op. Cit., p. 34 54

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da cidade de Jerusalém; os opositores intentaram várias vezes fazer o trabalho parar, porém Neemias resistiu firme em sua posição, juntamente com seu grupo... “Porém nós oramos... ...pusemos guardas contra eles dia e noite...” (Ne 4:9). Oraram e agiram; esse binômio faz coisas extraordinárias acontecerem em nossas vidas; agir, sem orar, é fazer nossa, a guerra que é de Deus; orar e não agir é desejar que Deus seja nosso servo. Todo trabalho de envergadura terá oposição (é burra a unanimidade), deste modo devemos trabalhar com oração, prudência e vigilância. Sigamos o exemplo de Neemias para realizarmos uma grande obra para glória do nosso Deus. Vigilância é de suma importância nestes casos. Entreguemos à Deus qualquer conflito, para alcançarmos imediata proteção. A nossa luta é contínua e acirrada, deixando marcas indeléveis em nossas vidas; o nosso Mestre até hoje tem as cicatrizes em suas mãos, por que não teríamos as nossas? O diabo não se importa se vamos ao céu ou não. O que ele realmente quer é que sejamos infrutíferos na obra de Deus, pois à medida que Deus nos usa na edificação de seu reino, o diabo perde milhares. Há duas coisas, que só poderemos fazer aqui; uma é ganhar almas para Cristo, a outra é pecar. Pergunta-se: qual das alternativas deve nos ocupar? Para vencermos os ataques diabólicos, e sermos frutíferos, devemos seguir o exemplo do líder dos líderes, usando a “espada do Espírito” que é a palavra de Deus; Jesus não discutiu com o diabo em Mateus 4, Ele usou simplesmente a Palavra: “Se és filho de Deus transforme estas pedras em pães... Nem só de pão viverá o homem...” (ataque às necessidades do corpo) “...Lança-te daqui abaixo...” Jesus com autoridade contesta, “Não tentarás ao Senhor teu Deus” (ataque a desobedecer às leis préestabelecidas) “...Tudo te darei se, prostrado, me adorares... Ao Senhor somente adorarás e a Ele servirás, Vai-te satanás” (ataque ao culto falho). A autoridade na palavra de Deus traz triunfo sobre o poder da oposição. Use a palavra de Deus e seja um vencedor. Creio que satanás continua usando a mesma tática para nos atacar e nos ferir mortalmente; primeiro ele nos leva a estarmos preocupadíssimos com nossas necessidades pessoais; caso vençamos essa etapa, ele tenta-nos a desrespeitarmos às leis pré-estabelecidas por Deus, para que entremos em

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frustrações e desacreditemos da providência divina; em última instância ele nos leva a fazermos um culto falho, dando-nos uma religião com aparência de piedade, tornandonos tão aferrados ao espírito religioso, que esquecemo-nos da verdadeira adoração. Seja qual for o tipo de oposição que estejamos sofrendo, todas são de origem maligna, e sua intenção é tornar-nos inertes na grande tarefa do Reino de Deus. Enquanto estivermos sonolentos, inativos e despreocupados com os necessitados, carentes e menos favorecidos, por certo estaremos isentos dos ataques do inimigo. Mas no dia em que tomarmos a decisão de sermos úteis na liderança espiritual do Reino de Deus, teremos pressões, opressões e ataques contínuos nas mais diversas áreas. “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (Jo 16:33). O líder é capaz de aceitar a oposição ao seu ponto de vista ou à sua decisão, sem considerá-la uma afronta pessoal; portanto, sem reagir como se afrontado. Tom Peters afirma em sua obra “50 regras de Liderança” - Líderes prezam os assassinos que há dentro da sua organização: Os líderes, consciente ou inconscientemente, ultrapassam os limites da sabedoria convencional... Os grandes líderes honram as pessoas que querem depô-los, os assassinos do seu meio. Repitam comigo: os verdadeiros líderes aclamam os Brutus! O líder deve esperar oposição e jamais deveria ofender-se quando ela ocorresse, pois esta posição que ele ocupa foi uma eleição pessoal, para a qual ele disse sim. Certa vez Henry Ford assim pronunciou-se: “Recuso-me a reconhecer quaisquer impossibilidades”. O possível pode ser feito agora, o impossível pode demorar um pouco mais. “Não faça nada que nada te custe, ou que não tenha oposição” (John Maxwell).

ENFRENTANDO A OPOSIÇÃO Como tudo na vida, temos também táticas para vencermos a oposição; e a perseverança é a arma eficaz para enfrentarmos e a vencermos. A pouca persistência é a responsável pelo fracasso, pois ela sempre vence a resistência. Edward Eggleston afirma: “Pessoas persistentes começam seu sucesso onde outros terminaram com fracasso...” O brilhante pianista Paderewski nasceu músico, como muitos outros, mas o que fez a diferença foi seu hábito paciente de exercitar-se numa passagem, ou num

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compasso, repetindo-o, em certas ocasiões mais de trezentas vezes a fio. Myles Monroe afirma: “O fracasso é somente um acidente. Há muito mais além do fracasso, há um sucesso posterior profundo. O fracasso é a oportunidade para se começar de novo, de maneira mais inteligente... Não se paralise pelo fracasso... o fracasso é a prova que você tentou... O maior erro que você pode cometer é ficar com medo de cometer um erro”.56

O LÍDER QUE DESENVOLVE A PERSEVERANÇA, SEMPRE: A. ) Age diante de dificuldades relevantes; B. ) Insiste ou muda de estratégia com a finalidade de enfrentar desafios ou superar dificuldades; C. ) Responsabiliza-se pessoalmente pelo cumprimento dos objetivos estabelecidos.

A PERSEVERANÇA VENCE AS ENFERMIDADES. “Eu sou o Senhor que te sara” (Ex 15:26). “Ele tomou sobre si as nossas dores e as nossas enfermidades levou sobre si... e pelas suas pisaduras somos sarados” (Is 53:5,6). “Se houver entre vós alguém enfermo, chame os presbíteros da Igreja para ungir o enfermo... ...oração da fé salvará o doente...” (Tg 5:14,15).

A PERSEVERANÇA VENCE DESEJOS PESSOAIS. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e as demais coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33). A palavra grega traduzida por “buscai” significa “procurar, lutar por, desejar ardentemente”. A ação é contínua: continue lutando, prossiga procurando, permaneça desejando. A PERSEVERANÇA VENCE AS LIMITAÇÕES FINANCEIRAS. Crise não é o momento para desesperar, mas, sim, é hora de esperar mais um milagre de Deus. “Você não precisa de dinheiro para realizar a obra de Deus, o que 56

Monroe, Myles, “Como Compreender seu Potencial”, p. 121

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você precisa, sim, é de FÉ, e Deus providenciará os meios para que a obra seja realizada” (Ronaldo Reis). A PERSEVERANÇA VENCE A OPOSIÇÃO FAMILIAR. David Livingstone e John Wesley, apesar de suas esposas não entenderem o chamado para o ministério, mesmo assim prosseguiram realizando o trabalho para o qual Deus os designara, e fizeram diferença em suas gerações.

A PERSEVERANÇA VENCE AS TRAIÇÕES E PERSEGUIÇÕES. Existe certa quantidade de amigos, que com eles não há necessidade de inimigos. Alguém poderá nos deter por algum tempo, mas não o tempo todo; e quando isso acontecer, devemos usar essa pressão como uma mola propulsora, que quanto mais pressionada maior será o impulso posterior. A PERSEVERANÇA VENCE AS DIFICULDADES MAIS GRAVES. Estejamos certos que assim como as estações do ano passam, toda desgraça não durará para sempre. Não devemos desistir jamais, tudo há de passar. Se alguém desistir, Já fracassou. Ninguém tem uma desculpa suficientemente plausível para autenticar a sua desistência. Simms faz uma afirmação que devemos refletir: “As condições de conquistas são sempre fáceis. Temos apenas que nos dedicar um pouco, persistir um pouco, acreditar sempre e nunca voltar atrás”. Um dos fatores primários do êxito é a teimosia valorosa em não se deixar derribar. O nosso sangue guerreiro necessita sempre de uma dose de censura sadia para colocá-lo em ebulição. Se há algo que nos deve deixar irados, são as nossas próprias fraquezas, e como causa da nossa sedição devemos assumir nossa própria deficiência. No dia 19 de julho de 1977, às 14h., meu pai, Pr. Nivaldo Ramos segurou a minha mão e disse-me: “Meu filho, põe a mão no arado e não olhe para trás...” e partiu para a eternidade, e apesar de todas as dificuldades inerentes a esta vida presente, “prossigo para o alvo pelo prêmio da soberana vocação...” (Fl 3:14). “Em toda ação bem sucedida há três fatores: motivos divinos, métodos humanos, resultados naturais”.57 57

Purinton, E., Op. Cit., p. 215

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COMO VENCER A OPOSIÇÃO Devemos ter sempre alguns princípios e práticas para não desanimarmos ante a oposição, e deveremos exercitá-los sempre que necessário; vejamos:  Diante da oposição, recordemos nossa missão sempre.“Prossigo para o alvo...”. Tenhamos os olhos fixos naquilo que realmente queremos e não deixemos que nada, absolutamente nada, embaralhe nossa visão.  Diante da oposição, focalizemos claramente o lugar onde queremos chegar. “Corramos a carreira que nos está proposta...” (Hb 12:1).  Diante da oposição, vivamos como se já estivéssemos alcançado a meta. “Oh! fraco. Diga eu sou forte” (Jl 3:10).  Diante da oposição, eliminemos as tensões. “Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, pois Ele tem cuidado de vós” (1 Pe 5: 7).  Diante da oposição, leiamos biografias de vencedores.  Diante da oposição, vivamos em comunhão com Deus. Diante da oposição o líder deve aumentar as suas habilidades naturais, e somente com um comportamento assertivo ele poderá aumentar substancialmente sua eficiência; para isso será preciso habilidade e coragem, para se conseguir cooperação, fazer contatos, e trabalhar com eles para resolver os problemas com a oposição. Habilidade e coragem de insistir com as mesmas pessoas e levantar os mesmos temas, enquanto eles permanecem sem solução. Deve-se também manter o entusiasmo para persuadir, negociar e propor novas possibilidades. Habilidade e coragem de continuar falando para apresentar idéias quando outros querem interromper e assumir. Habilidade e coragem de ajustar sua abordagem para encaixar-se com as idéias ou as restrições dos outros. Habilidade e coragem de escutar, principalmente quando um ponto de vista controverso ou emocional está sendo colocado. Habilidade e coragem para permanecer calmo e continuar tentando quando os outros não corresponderem ou forem agressivos.

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Desenvolvendo estas qualidades em sua liderança, sem dúvida alguma, o líder saberá como se comportar diante da oposição por mais ferrenha que ela seja. Pense nisto: Uma nave espacial gasta a maior parte do seu combustível no lançamento. Desse modo nós também desprendemos muito de nós quando iniciamos um empreendimento, por isso não devemos temer a oposição; a seu tempo provaremos o nosso valor e Deus nos honrará e os opositores terão de calar-se.

CAPÍTULO VI

REPRODUZINDO LÍDERES “... Transmite-o a homens fiéis... para também ensinarem a outros” (2 Tm 2:2)

Dawson Trotman declarou: A nossa maior necessidade hoje em dia é possuirmos um exército de soldados dedicados a Jesus Cristo, que acreditem, que não somente ele é Deus, mas que pode cumprir todas as promessas, e que nada lhe é impossível.

Um homem sempre será lembrado por aquilo que deixa para o futuro... PAI

FILHO

Moisés

Josué

Elias

Eliseu

Paulo

Timóteo, Tito...

O verdadeiro líder preocupa-se com a seqüência do seu trabalho; e nessa preocupação procura ardentemente um sucessor. O líder deixa a sua marca nos filhos que reproduz. Onde estão os mancebos? Onde estão os Josués? Onde estão os Eliseus? Ou seria melhor perguntar; Onde estão os Moisés? Que acreditam nos Josués. Onde estão os

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Paulos? Que acreditam nos Timóteos, e lhes delegam responsabilidades. Onde estão os Alcebíades? (vide visão - cap. IV). Que tomam tempo e paciência e acreditam nos Samuéis. Quem será meu sucessor? Estou preparando alguém? Estou dentro da vontade de Deus para fazer tal escolha? O líder deve estar consciente do seu papel no exercício da liderança e saber que não é eterno. Missão cumprida deve ser a expressão mais fascinante para um líder ao fazer outro líder e, diga-se de passagem, isso é uma arte. Os erros é o preço inevitável para o treinamento de novos líderes. “Discípulos não se fazem por atacado. São feitos um por um, porque alguém tomou as dores para disciplinar, instruir, iluminar, alimentar e treinar um jovem”.58 Ninguém é indispensável no Reino de Deus, todos podem ser aproveitados. Trabalho de liderança é um trabalho de equipe, todos são importantes. Jetro orientou Moisés a dar oportunidades a outros líderes, de 10, de 50, de 100, e de 1000 (Ex 18:25), e vemos que todos foram importantes e necessários. Quando ainda trabalhava no Banco Bradesco, escutei a conversa do gerente com um funcionário da gerência a respeito da promoção do tesoureiro para a gerência de captação; aquele funcionário alegou que o tesoureiro era muito calado, introspectivo, talvez fosse uma má idéia. Porém o gerente rebateu. No momento em que a responsabilidade chegasse, o tesoureiro saberia o que fazer, e para a surpresa dos demais, aquele funcionário tornou-se um dos melhores em sua área. A liderança aparece quando a oportunidade chega e deve ser desenvolvida. Quando uma pessoa percebe que seu superior deseja a realização de algo, ele imediatamente junta toda a sua força de vontade para não decepcionar e não desperdiçar a chance. Todo ser humano complementa seu aprendizado fazendo; assim é para falar, cantar, dirigir etc. Aprende-se praticando. Certa ocasião, não tive possibilidades de estar em um compromisso para ministrar; telefonei ao pastor responsável pela igreja e lhe falei que estava mandando um outro pregador da melhor estirpe. Mesmo 58

Irmão André, Op. Cit., p. 106

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conhecendo pessoalmente o pregador, o pastor respondeu que o rapaz era muito jovem e além do mais ele nunca o tinha visto pregar; mas como ele vai ouví-lo pregar se não lhe dá oportunidades? O pastor ainda complementou que eu não deveria me preocupar, pois ele mesmo encontraria outro pregador que ele já conhecia no púlpito. Dar oportunidade a um jovem é uma graça divina, e somente alguém sensível é capaz de captar a grandeza de encontrar um diamante ainda em estado bruto, e alegrarse com ele, na esperança de poder lapidá-lo e ter convicção de que será uma jóia de raro valor. Os discípulos aprenderam fazendo o trabalho junto com Jesus; e depois do pentecostes podemos observar o que o livro de Atos nos diz a respeito dos fatos por eles realizados. Pedro e seu brilhante ministério. Tomé segundo a tradição tornou-se missionário na índia. João Marcos tornou-se o pastor de Alexandria e Copta. Sem falarmos no ministério de Paulo. Aparentemente era um grupo estranho, mas Jesus acreditou neles, lhes delegou responsabilidades tornando-os pregadores do evangelho. ESCOLHENDO LÍDERES A seguir exporemos alguns testes que foram aplicados para a escolha de jovens líderes; em primeiro lugar veremos o teste elaborado por Lord Montgomery, um militar, e a seguir o teste elaborado pelo Dr. Jonh R. Mott, um professor. TESTE 001 (Lord Montgomery) 59 - Deve ter calma, evitar afogar-se em detalhes. - Não deve ser mesquinho - (tudo para si). - Não deve ser pomposo. - Deve saber selecionar pessoas. - Deve confiar naqueles que trabalham com ele, e permitir-lhes que trabalhem sem interferências. - Deve ter poder de tomar decisões com clareza. 59

Apud, Sanders, J., Op. Cit., p. 24

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O Sabor do Sal - Deve inspirar confiança.

Neste teste, desejo separar algumas palavras que as considero especiais quando se deseja encontrar um líder em potencial, vejamos: AFOGAR-SE: Aquela pessoa que estivermos escolhendo para a liderança é capaz de ver o “todo”, ou fica ciscando de um lado para outro, não concluindo o trabalho exigido e impedindo que outros façam com melhor qualidade. POMPOSO: A pior qualidade de um líder é ser “pó de arroz”.

SELECIONAR: Como são os seus amigos; sabe influenciar seus amigos ou é influenciado por eles.

CONFIAR E INSPIRAR: Deixa seus subalternos trabalharem com liberdade; os instrui com clareza; é transparente em suas decisões; libera-os para realizar o projetado; a confiança deve ser recíproca. TESTE 002 (Dr. Jonh Mott)60 Ele faz bem coisinhas insignificantes. Aprendeu o significado das prioridades. Como ele usa o tempo de folga. Tem intensidade, isto é energia. Aprendeu a tirar vantagem das ocasiões. Tem o poder do crescimento. Qual é a sua atitude frente ao desencorajamento. De que maneira ele enfrenta as situações impossíveis. Quais são seus pontos fracos. 60

Idem

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Creio que o teste do Dr. Mott complementa o anterior, com uma ressalva para os três últimos tópicos. O líder deve inspirar em cada liderado o desejo de crescer, pois o liderado crescendo, ele automaticamente empurra o líder a subir mais e mais. Desencorajamento, críticas, oposições e crises são detalhes dos quais nem um líder estará isento; portanto, o candidato a um trabalho de liderança, desde bem cedo deve ir aprendendo a conviver com elas e saber posicionar-se positivamente. O possível a gente faz imediatamente, o impossível demora um pouquinho, mas no final acaba-se fazendo quando se quer realmente concluir um trabalho iniciado. Todo líder deve ter força de vontade para eliminar seus pontos fracos e maus costumes potencializando suas virtudes, e somente conhecendo-se a si mesmo Quando Deus deseja treinar um homem, Eletrizar um homem, Capacitar um homem; Quando Deus deseja moldar um homem, Desabrochar sua parte mais nobre; Quando Ele anseia com todo Seu coração Criar um homem tão grande, tão audaz, Que o mundo ficará estupefato, Observai Seus métodos, vede Seus caminhos! Ele impiedosamente aperfeiçoa Aquele a quem soberanamente elege! Vede como Ele o martela. Como o fere, E com golpes poderosos o converte Em pedaços tentativos de barro que Só Deus compreende; O coração torturado do homem chora, Enquanto ergue mãos suplicantes! O Senhor verga, mas jamais quebra, Na busca do bem de Seu filho; Vede como Ele usa aquele a quem escolheu, E com propósito o funde; Cada ato induz aquele homem A descobrir o esplendor de Deus Pois Deus sabe o que faz! Autor desconhecido

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DELEGAÇÃO DE RESPONSABILIDADES Já se afirmou que o homem é 90% adaptação e 10% vocação. Devemos usar os nossos 10% de vocação nos 90% de adaptação, se quisermos obter o sucesso esperado por toda a nossa liderança. Para obter-se sucesso e compreensão na delegação de responsabilidades, deve-se concordar em:  identificar os resultados e estar comprometido com esses resultados (alguns até identificam e sonham com os resultados, porém não se comprometem com eles; o líder de verdade, compromete-se até na alma com todo o desenrolar do trabalho);  antecipar-se às armadilhas do caminho (deixando sempre um tempo razoável para os imprevistos);  identificar padrões para controle de desempenho;  delinear amplamente como abordar o trabalho;  e identificar os recursos. Agora para a realização da tarefa delegada deve-se:  colocar os controles em funcionamento (nada vale controles inativos);  alocar os recursos devidos (planejamento de custos);  e tabelar as atividades (dividindo responsabilidades). Estes métodos com certeza já foram aplicados por líderes em todo o mundo com resultados promissores, por isso na próxima vez que quiseres pedir alguma coisa a um subordinado, tente seguir essa orientação:  Dê informações claras, não falando em clave;  Diga exatamente o que quer;  Aponte os benefícios de um trabalho bem feito;  Aponte também as conseqüências negativas para um trabalho relapso.

Quando da delegação de uma tarefa, o líder deve ir direto ao ponto, sem rodeios ou desculpas, mesmo que o assunto seja desagradável. A voz deve ser em um tom firme que demonstre segurança e que se espera atenção e execução do projeto.

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Desenvolvendo a eficiência em nossa liderança, outras habilidades também serão desenvolvidas e aprimoradas; portanto, todo líder deve estar consciente de que sempre deve:  Aceitar as pessoas como elas são, e não como gostaríamos que elas fossem. Todos têm fortalezas e fraquezas e merecem respeito. Mesmo quando tivermos de falar sobre as fraquezas dos liderados, devemos ser capazes de lembrar e respeitar as fortalezas das pessoas, porque as fraquezas de uns são as fortalezas de outros e assim vice e versa.  A atenção dada às pessoas próximas, deve ser a mesma dada a estranhos e conhecidos casuais; um encontro casual pode nos trazer muitos dividendos em um futuro próximo. Não devemos menosprezar os pequenos começos.  Confiar nos liderados, mesmo que isso em certos casos seja um risco. As pessoas correspondem à sua sinceridade e confiança melhor. Embora seja ingênuo confiar em todos, o tempo todo é muito pior não confiar em ninguém. O líder vive com o risco de ser deixado por baixo, porque ele se beneficia da sua habilidade e capacidade de confiar e respeitar outras pessoas. Jesus aplicava o método de residência (Mc 9:14,29). Os discípulos aprendiam a exercer a fé para as suas necessidades diárias. Ele lhes delegava autoridade e responsabilidades, à medida que iam sendo capazes de assumí-las. O maravilhoso discurso de Jesus em João 13:16, pode ser chamado “O discurso de formatura dos discípulos”. “...na verdade, na verdade vos digo que não é o servo maior do que seu Senhor, nem o enviado maior do que aquele que o enviou”. O líder necessita de hábeis auxiliares, pois nada se realiza sozinho. Para isso, necessário se faz visão espiritual, e visão espiritual é o olho da fé. Para tanto, necessário se faz uma convocação, um chamamento. Neemias usou essa tática de liderança (Ne 2:17); “Vinde...” e os cooperadores responderam... “Disponhamo-nos e edifiquemos”. Assim se faz liderança, vir, dispor-se e edificar. Sir Isaac Newton, declarou: “Se vi mais longe do que os outros homens, foi porque estava em pé sobre ombros de gigantes”. O líder de visão reconhece e valoriza os seus auxiliares .

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COMO REPRODUZIR OUTROS LÍDERES

Para termos uma liderança eficiente, necessário se faz trilhar por algumas orientações que farão os liderados tornarem-se cada vez mais confiantes, pois eles mesmos aprenderão pelo modelo demonstrado. Eis aqui algumas sugestões que poderão ajudar-nos a sermos reprodutores de líderes: 1) Escolhendo homens fiéis (At 7: 1,3; Mt 25: 23). Homens fiéis são aqueles que colocam-se na “brecha” para servir todo contexto e trazer resultados positivos para todo o grupo. 2) Orando (At 13: 2) Parece chover no molhado, mas orar resolve quando a necessidade de reprodução e substituição chega. O Espírito Santo continua sendo o príncipe da liderança Cristã. 3) Uma pessoa tem pelo menos um talento. Dê oportunidades. É precioso quem consegue desenvolver em alguém as qualidades embutidas; tal qual uma pedra bruta que foi burilada, uma oportunidade jamais será esquecida por um jovem. 4) Descubra as habilidades que Deus dá a uma pessoa. “Dom - você os emprega ou você os perde”. 5) Elogiar um trabalho bem feito, não faz mal a ninguém. Certo líder nunca elogia seus subordinados, pois crê que ao elogiar, o liderado pode acomodar-se; por esse motivo está ficando sem cooperadores sinceros. Quando uma pessoa percebe que seu trabalho está sendo reconhecido, tem maior motivação para fazer melhor da próxima vez. A tendência humana é lutar, para sempre superar marcas e alcançar recordes. 6) Treinando O verdadeiro líder treina seus liderados, não simplesmente para fazerem bem feito, mas sim para ocuparem outros cargos de relevância na estrutura, e expandirem a influência da liderança. 7) Através de resultados.

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Mostre de onde você veio e como chegou até aqui; faça isso de maneira humilde, e o discípulo irá absorver a sua liderança. Mostre aonde quer chegar, quais as suas metas prioritárias e as secundárias... e em que tempo deseja chegar até a esse patamar. No epitáfio de Andrew Carnegie temos a seguinte frase: “Aqui jaz um homem que soube ter junto de si, homens que eram mais inteligentes que ele”.

CAPÍTULO VII

MATURIDADE ORAR PELO SUCESSO “... Para que te vá bem por onde quer que andares... porque então farás prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Js 1:8). “Tenha sempre em mente que a própria resolução de alcançar o sucesso é mais importante que qualquer outra coisa” (Dale Carnegie).

Benjamim Franklin ensinou, que para alguém obter sucesso deve ter no mínimo 13 virtudes; são elas: equilíbrio, silêncio, ordem, resolução, frugalidade, diligência, sinceridade, justiça, moderação, limpeza, tranqüilidade, castidade e humildade. Muitos ilustres homens fizeram uso desses princípios com muitos resultados positivos, faça você também, e boa sorte. Para que uma liderança tenha sucesso, deve-se estar disposto a pagar o custo, pois liderança é um trabalho intenso e contínuo, onde se exige dedicação e esforço; tudo verdadeiramente bom custa caro e todo bom líder deveria saber disso. Certo dia estava conversando com o meu amigo, Fernando Guerra, sobre o exercício da liderança no setor de vendas, quando de repente ele lembrou-se de um

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cartão, tipo cartão de visita, que ele havia recebido alguns dias atrás. Nele constavam as seguintes regras para que um executivo tenha sucesso:  Possui comando e assume a liderança.  Busca objetivos altos e desafiadores. 

Investe tempo na procura de talentos.

 É fonte constante de motivação.  Canaliza as energias da equipe para resultados.  Educa através do exemplo.  É criativo e gerador de mudanças.  Está sempre atualizado perseguindo um conhecimento global.

Aquele pequeno cartão bateu forte contra os meus conceitos, pois se realmente quero ser um líder de sucesso e obter uma liderança influente, devo ter comando das situações e buscar objetivos cada vez mais desafiadores, mesmo que a pulsação cardíaca dispare dentro do peito; devo saber sempre se a minha ânsia de superar os meus limites e ultrapassar barreiras é maior que qualquer dificuldade do caminho. Uma liderança de sucesso exerce influência aos próximos e aos mais distantes; quanto maior for a responsabilidade do líder, maior será a sua influência. O que um líder diz e o que ele faz, muito mais o que ele faz, ficará marcado na mente de seus liderados. Sementes boas e sementes más, ambas nascem quando lançadas ao chão. Que tipo de semente estamos semeando? Um detalhe importante que o líder cristão deve ter sempre em mente é: até mesmo as sementes não semeadas têm crescimento; a Bíblia as chama de pecado de omissão. O líder de sucesso sempre terá alvos a serem alcançados, muralhas a serem transpostas e recordes a serem batidos. Como já dizia Braech: “Algumas pessoas lutam um pouco e são boas, outras lutam mais e são melhores, outras lutam a vida inteira e são imprescindíveis para o mundo”, espero que você esteja incluído neste terceiro grupo.

PADRÃO PARA O SUCESSO.

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 Defina seu sonho. “...jovens e velhos terão sonhos e visões” (Jl 2:28) Quando temos um sonho devemos amadurecê-lo através da incubadora da fé.  Assuma compromissos - Quando assumimos compromissos, comprometemonos com todos os resultados.  Estabeleça suas prioridades - o que você quer primeiro. 

Compartilhe oportunidades - o dom de repartir é uma dádiva divina.

Encontrando uma porta aberta, passe por ela - nunca desperdice uma oportunidade, pode ser que ela jamais volte.

 Acompanhe seus liderados - só assim poderás cobrar os resultados de maneira cada vez mais eficiente.  Verifique seu progresso; aconselhe-se com líderes mais experientes, para estar aprendendo sempre.  Seja um transmissor - transmita o que sabe a outros.

Pare e pense no que vou afirmar agora, se você é um líder cristão. Devemos orar não pelo sucesso de nossa liderança, mas para que nossa liderança seja uma bênção. Sucesso é o que se pode medir com os olhos e a mente; bênção é uma conquista no Reino de Deus. Aparentes derrotas são grandes bênçãos, e aparentes vitórias são fragorosas derrotas no Reino de Deus. O sucesso nem sempre é uma bênção, e as bênçãos nem sempre são um sucesso. “O sucesso é a capacidade de realizar bem... a fama é o reconhecimento social do seu sucesso”.61 Hoffer ao falar sobre sucesso e fracasso assim afirmou: “O sucesso e o fracasso estão inevitavelmente relacionados em nossa mente com o estado das coisas ao nosso redor. A tendência de procurar todas as coisas fora de nós mesmos, persiste ainda quando fica claro que nosso estado de ser é o produto das nossas qualidades pessoais, tais como a habilidade, o caráter, a aparência, a saúde, e assim por diante”.62

O segredo de toda liderança de sucesso é a humildade. Não tenha vergonha de ser você mesmo, valorize suas qualidades e desenvolva-as, pois uma grande escada sobe61 62

Shinyashiki, R., Op. Cit., p. 83 Apud, Gunner, L., Op. Cit., p. 144

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se degrau após degrau. “O rubi verdadeiro vale mais do que um brilhante falso”, 63 portanto, não desista nunca, pois talvez na próxima curva da estrada esteja o sucesso que você está buscando há tanto tempo. Um erro de percurso não significa necessariamente um fracasso, mas sim uma nova oportunidade para se fazer de novo do modo correto. É tolice viver baseado no sucesso de outra pessoa; o que devemos fazer é desenvolver e aprimorar nossas aptidões, pois em nós contém todos os potenciais necessários para realizarmos aquilo que Deus arquitetou para nós desde a eternidade; aquilo que está ao nosso redor é de somenos importância, em comparação ao que está dentro de nós. Purinton declara: “Fracasso é o qualificativo que se dá ao tolo à sua própria falta de sagacidade, e não querendo passar por tolo, ninguém vai falar em fracasso”. Já o nosso mestre vaticinou: “Vós fareis obras mais poderosas do que essas...”. Eficiência é a pré-disposição de sacrificar-se em favor da vontade de vencer, portanto sonhe, trabalhe com paciência, trace metas e conquiste-as, em nome do Senhor Jesus.

QUEM SABE ORA, FAZ ACONTECER Toda liderança cristã, em qualquer parte do mundo que obteve resultados duradouros, teve como base uma vida de oração e adoração. Ninguém em sã consciência na caminhada cristã é capaz de afirmar sobre progresso, frutificação, prosperidade, e viver independente da oração da fé. Liderança é influenciar pessoas com caráter e carisma, e nenhum líder cristão poderá desejar uma influência saudável, sem uma vida de devoção e oração em favor de seus liderados. A oração jamais deverá ser, na vida do líder, aquela pequena quantidade de perfume que colocamos atrás da orelha, cada vez que estamos de saída. A oração deve ser um estilo de vida tão arraigado na vida do líder, que todas as suas células devem respirar e transpirar oração; somente deste modo se fará diferença na liderança cristã. Quando vai tudo bem, o líder deve orar para que ele possa ter estratégias claras para execução dos planos divinos na sua liderança; quando a crise bate à porta, o líder deve orar para descobrir os segredos e mistérios que superarão dificuldades e beneficiarão todo o grupo. Temos como exemplo a situação de Josué no caso de Acã; orou, orou, e enquanto não obteve resposta não desistiu (Js 7:1-26). 63

Purinton, E., Op., Cit., p.12

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O princípio básico da oração é o mesmo da semeadura; poucas sementes, pouca colheita; muitas sementes, abundante colheita (2 Co 9:6). O nosso fracasso é que desejamos uma grande colheita com uma diminuta quantidade de sementes; sigamos o conselho do sábio escritor bíblico, “Lança o teu pão sobre as águas, pois depois de muitos dias os acharás” (Ec 11:1). O líder, e todo cristão, deve estar certo de que no momento em que resolver viver uma vida de oração, receberá todos os tipos de ataques de satanás (seja psicológico, emocional, familiar ou eclesiástico); o ideal é revestir-se de uma couraça de aço, por dentro e por fora para que haja possibilidades de se ter uma vida de oração eficiente, e então obter-se-á uma liderança que marcará época. O trabalho não substitui oração, tão pouco ela deve substituí-lo. Todos os líderes em todos os tempos, que se tornaram agentes da expansão do Reino de Deus na terra, e combatentes ardorosos contra as hordas do inferno, foram homens de oração. Uma chama de fogo jamais crescerá em um freezer; líderes que não oram, nunca terão liderados como guerreiros na oração. Agora, uma pequena fagulha poderá incendiar toda uma cidade; porventura não foi assim em Chicago, no século XIX, ou no Edifício Joelma em São Paulo, na década de 60, e em outros grandes incêndios? Muitos líderes em suas preleções, pela veemência e impetuosidade, provocam lágrimas em seus ouvintes; mas como vivem sem oração, ao saírem da reunião tudo volta ao normal; não passa de um pequeno vento sobre um grande “iceberg”; derrete a superfície, porém por dentro tudo continua gelado, petrificado e morto. A oração provoca um fogo abrasador sem igual, e vai ao âmago do coração humano. O povo está cansado de ouvir orientações sem nenhum nutriente divino, que mais parece um punhado de areia na boca em vez de alimento. Daniel, o sábio personagem bíblico, tornou-se um político habilidoso, e por sua vida de oração recebeu de Deus o dom da profecia; influenciou sua geração, e até os dias de hoje é um exemplo de capacitação divina. Outro personagem bíblico é José, que por sua intimidade com Deus salvou toda sua família; governou com muita graça e sabedoria a nação do antigo Egito, e Faraó declara com muita propriedade: “Onde encontrarei um homem em que repouse o Espírito de Deus?” (Gn 41:38).

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Outra coisa que desejo comentar, é que o líder deve ser um intercessor, e não apenas um orador; pois há uma diferença entre o intercessor e o orador. O orador vê apenas os seus problemas, as suas necessidades, enquanto que o intercessor toca o mundo através da oração, e quando tocamos o mundo, Deus toca-nos com sua imensa graça. Meu amado, por melhor que seja sua qualificação intelectual, por mais burilada que seja sua preparação teológica, ainda assim dependerá da graça divina para obter uma liderança que faça diferença, e proporcione Sabor ao Sal. O milagre está em Deus e não em mim. Portanto, devemos fazer de nossa vida de oração, um estilo de vida e não somente um momento de petição ou de preocupação para uma palestra ou sermão em um momento qualquer de nossa liderança. A oração deve agir em nossa vida como um poderoso detergente, atuando em profundidade; de que vale todos os diplomas e todo conhecimento intelectual, se não conhecemos os segredos do altíssimo; de que vale toda nossa influência política, se não temos influência no céu; de que vale toda nossa beleza e higiene exterior, se nosso coração e nossa mente estão poluídos; de que vale vendermos uma imagem de santidade, se nosso coração é carnal (hipócrita, fariseu); de que vale o tempo gasto nas academias de ginástica para mantermos nossa força física, se somos espiritualmente uns fracotes; de que vale todos os recursos financeiros rendendo juros, se nossa palavra não tem crédito e vivemos em pobreza espiritual; toda popularidade social nada vale, para aquele que não é conhecido nem no céu nem no inferno, como Paulo o era (At 19:15). Somente a oração é capaz de acertar os nossos desajustes diante de Deus e, por conseguinte diante dos homens. Quem sabe ora, faz acontecer. Certo dia no ano de 1997, envolvido com alguns problemas de saúde de minha filha Michely Elissalete, fui até a Universidade Estadual de Londrina, no setor de odontologia infantil, quando de repente me deparo com um painel onde continha um cartaz com palavras que me tocaram, e eu não poderia terminar esse opúsculo sem compartilhar contigo, que esteve comigo até aqui. Muito grato.

Vencedores ou Perdedores Um vencedor é sempre parte da resposta 92


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Um perdedor é sempre parte do problema Um vencedor diz: deixe-me ajuda-lo Um perdedor diz: não é minha obrigação Um vencedor enxerga uma resposta para cada problema Um perdedor enxerga um problema para cada resposta Um vencedor diz: pode ser difícil, mas é possível. Um perdedor diz: pode ser possível, mas é muito difícil. Seja um líder vencedor! “Por mais difícil que seja o seu ideal, busque-o. Por mais difícil que seja o destino, suporte-o. Por mais triste que seja sua vida, Ame-a. Fazendo assim serás feliz”.

Deus te Abençoe!

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