Olhar Estrangeiro _ Alex Hornest e Laura Guimarães

OLHAR ESTRANGEIRO

Alex Hornest e Laura Guimar達es

Retomando, o Projeto Olhar Estrangeiro… …tem o objetivo de estimular a imaginação das pessoas no meio do caminho, convidando-as a sair um pouquinho da turbulência da vida cotidiana e imaginar uma ou mais histórias, em cidades em que a arte de rua ainda é escassa.

Os trabalhos serão colados em postes, pontos de ônibus, caixas e outros, onde intervir com arte se torna convidar o público das ruas a ler um microrroteiro e reconhecer suas próprias referências em um desenho, enquanto espera o ônibus ou caminha por aí de encontro aos afazeres diários.

Outro aspecto interessante é o de estimular a prática de interpretação de textos por meio de histórias que retratam o cotidiano das mesmas pessoas que irão encontrá-los, pois estes serão inspirados em cada cidade contemplada.

Dessa forma, pretendemos convidar o espectador a descobrir que estas histórias podem estar em qualquer lugar, acontecem com ele e ao seu lado, são acessíveis e não pertencem apenas aos livros ou aos escritores.

Também, que essas histórias podem ser contadas de diferentes formas. E servir como estímulo para imaginação de outros e base para formações artísticas.

O projeto Olhar Estrangeiro pretende convidar as pessoas à um novo olhar sobre o lugar onde vivem, por onde passam e para o que podem encontrar no seu dia. Sabe aquela coisa de criança transformar tudo em brincadeira?

Neste projeto a idéia é instigar, mesmo que de vez em quando, esse olhar para como o aqui e agora pode ser inspirador. E resgatar a memória e as conversas/diálogos nas praças e nas calçadas.

Laura Guimarães Alex Hornest

Laura Guimarães (1978)

Histórico

É roteirista, poeta e artista de rua. Em 2009, criou o projeto Microrroteiros da Cidade – cenas curtas de até 140 caracteres inspiradas no cotidiano e inseridas nas ruas por meio de lambelambes coloridos com a proposta de convidar o público a imaginar uma história de repente.Formada em Cinema, pela FAAP, e em Artes Cênicas, pelo Teatro-Escola Célia Helena, em 2003 teve o rumo de sua vida transformado ao entrar em contato com intervenções realizadas em periferias com a proposta de promover o diálogo, as trocas, o desenvolvimento cognitivo. Os microrroteiros são o resultado de suas experiências. A ocupação das ruas, desde as brincadeiras de criança, a linguagem cinematográfica, exercício de intenção de Roteiro, a poesia que se revela naturalmente ao escrevê-los para “caber na boca” de quem os lê, herança dos tempos de Teatro, e a necessidade de trabalhar com uma proposta que tenha relevância às questões nas quais acredita: estímulo à leitura, à imaginação, à interpretação de textos, estímulo ao diálogo, às trocas, ao desenvolvimento cognitivo.

O projeto Microrroteiros da Cidade tem diferentes desdobramentos. O principal é a colagem de lambeslambes em postes, muros, caixas de luz, pontos de ônibus. Desde sua criação, a artista já espalhou cerca de 500 histórias em mais de 2.000 lambe-lambes nos estados de São Paulo, Pernambuco, Minas Gerais e Rio de Janeiro, além de cidades de Portugal e da Itália.

Também realizou exposições individuais e coletivas, como um painel de 150m2 com 200 microrroteiros na Av. Paulista em 2012/2013, a Exposição Microrroteiros da Cidade na Praça das Artes – projeção de 90 histórias nas paredes do local, além da empena de um edifício e o calçadão da av. São João; Exposição de Microrroteiros na Bienal Internacional do Livro 2014; Invasão de Microrroteiros no Sesc Palladium, em BH; Exposição (Re)construção; Invasão de Microrroteiros do Minhocão na Virada Cultural 2015, Microrroteiros da Cidade no Art Rua 2015, no Rio de Janeiro, entre outras.

Além de Intervenções diretamente com o público – Mostra Sesc de Artes 2012, Virada Cultural no Sesc Belenzinho 2013, Projeto Cidadania nas Ruas Luz | Casa Rodante, na região conhecida como Cracolândia e Projeto Casa Latina, na Feira da Kantuta e arredores do bairro do Pari, ambos junto ao Coletivo casadalapa e à Secretaria Municipal de Direitos Humanos.

Alex Hornest (1972) É um artista multidisciplinar que vive e trabalha em São Paulo, cidade que o inspira e o faz refletir sobre temáticas urbanas, lúdicas e introspectivas.

Baseado nisso produz sua obra focado na relação entre as cidades e seus habitantes utilizando diferentes técnicas como pintura, escultura, colagem, fotografia e meios audio­ visuais.

Em suas composições a junção desses elementos resulta em texturas e contrastes onde as cores e formas não são o ponto chave para a interpretação do que sua obra venha propor, sendo que personagens do seu imaginário transitam em situações que podem ser interpretadas como realidade ou ficção dentro de um universo lírico entre o caos e a agitação de onde são retirados, procurando sempre uma possível interação entre obra e espectador.

Principais EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS 2015 RESÍDUOS DO PASSADO - Galeria TAG ­- SP 2014 VISTA DE UMA PRISÃO SEM MUROS ­- SESI - SP 2012 ZOO - Galeria LOGO -­ SP 2012 DISTÂNCIA E CONVÍVEO - SESC Ipiranga ­- SP 2011 ANIMAIS DE CONCRETO III ­- MUNA (Museu Universitário de Arte) - MG 2010 MOMENTOS DE LAZER EM UMA PRISÃO SEM MUROS -­ RS 2009 BOM PARA OS SEUS OLHOS, RUIM PARA A SUA ALMA ­- SP 2008 FALSOS ANIMAIS - Museu do Trabalho - RS 2007 SO CLOSED TO BE TOUCHED ­Robert Berman Gallery ­-­CA 2007 MUITO PERTO PARA SEREM TOCADOS -­111Minna Gallery ­- CA 2005 JÁ QUE VOCÊ QUER, ENTÃO TOMA ­Pop Corn (fun house)­- SP 2004 VEJA O QUE VOCÊ NÃO QUER VER ­Fundição Progresso -­RJ

Principais EXPOSIÇÕES COLETIVAS 2015 UrbanArt Biennial 2015 ­Völklingen / Saarbrücken ­​- DE 2014 SHOUTS OF KOREA ­­- Seul ­Coréia ­curadoria: Sang 2013 STREET ART BRAZIL ­- SCHIRN Kunthalle Museum ­- Frankfurt - DE ­ 2008 INSTALLATION FIVE - Scion Art Tour 2008/2009 ­- USA 2007 TERCER ASALTO - Bogota - ­​CO 2007 RUAS DE SÃO PAULO - Jonathan Levine Gallery - NY 2006 TERRITÓRIO OCUPADO ­Museu Afro Brasi - SP 1994 III MOSTRA DE GRAFFITI ­Museu da Imagem e do Som (MIS) ­- SP