20 minute read
Pág
RACISMO, um gatilho que leva SUICÍDIOao
Histórias trágicas de racismo não são de agora. Baseado numa crença de superioridade foram cometidas as maiores atrocidades, mas, o pior é quando a própria
Advertisement
vítima vira a arma contra si mesma
Tem sido uma constante o tema do racismo pelo mundo, evidenciado após a polémica entrevista dos duques de Sussex (Harry e Meghan Markle) concedida a um programa de Tv norte-americano.
A ex-atriz acusou ser vítima de racismo dentro do palácio de Buckingham, além da infelicidade e opressão que sofria no seu convívio, por várias restrições acerca do seu comportamento. O interessante é que a grande maioria das queixas de Meghan também foram queixas da sua sogra, Lady Diana Spencer, mesmo sendo caucasiana e de origem nobre, no período em que viveu no palácio.
TRANSMISSÃO. Há injustiças e rótulos implantados na sociedade já de longa data. Não podemos negar o racismo que existe, porém, viver de ideias de um passado injusto não mudará o futuro. Nem se ater a opiniões alheias de
menosprezo o mudará também.
O ser humano não nasce com opiniões de fracasso e derrota, nem isso poderá ser atribuído às circunstâncias. Isso é resultado de todo um processo que é adquirido ao longo da vida. Muitas das vezes, o primeiro contacto com esse processo de degradação emocional, surge dentro do âmbito familiar, através de comentários e comportamentos de progenitores que transmitem isso aos seus filhos, de forma consciente ou não.
Chegaram mesmo a bater-me”
“Omeu nome é Júnior, pertenço à FJU de Carnaxide e já fui vítima de racismo. Quando tinha por volta de 9 anos, fui vítima de bullying, que se foi agravando a cada dia que passava, até aos meus 13 anos de idade.
Chamavam-me de macaco, gozavam comigo e também me chamavam de preto, entre outras coisas...
Até que, um dia, quando tinha 13 anos, chegaram mesmo a bater-me. Nesse dia, fui até ao diretor da escola e contei tudo o que se passava ao longo de todos aqueles anos. Depois, a minha família toda soube o motivo de me esconder durante todo aquele tempo com medo dos meus supostos ‘amigos’.”
Júnior Carnaxide
Black Lives Matter
(Vidas Negras Contam)
Éum movimento ativista internacional, com origem na comunidade afro-americana, que campanha contra a violência direcionada às pessoas negras. O BLM regularmente organiza protestos em torno da morte de negros causada por polícias, e questões mais amplas de discriminação racial, brutalidade policial, e a desigualdade racial no sistema de justiça criminal dos Estados Unidos.
Em 2013, o movimento começou, com o uso da hashtag #BlackLivesMatter nas redes sociais, após a absolvição de George Zimmerman na morte do adomericanos: Michael Brown e Eric Garner.
Em final de Maio de 2020, as manifestações em nome do valor das vidas negras alcançaram inédita visibilidade internacional na sequência da circulação do vídeo do assassinato de George Floyd, sufocado na via pública sob o joelho de um agente da polícia local.
lescente afro-americano Trayvon Martin. O movimento tornou-se reconhecido nacionalmente pelas suas manifestações de rua após a morte, em 2014, de dois afro-a-
ATRIBUTOS VENCEDO-
RES. Está mais do que provado que cor, raça, sexo, idade ou etnia, não definem o sucesso. A humanidade está repleta de grandes exemplos. Mas, todas as pessoas que compõem a galeria dos vencedores, têm um aspeto em comum: não se permitiram mergulhar nos pensamentos da maioria. É evidente que foi exigido delas maior disposição e trabalho, mas não ficaram presos às ideias de injustiça.
Ideias negativas e partidarismos não podem guiar a vida de ninguém, pois cada indivíduo é exclusivo.
Conhecimento, disciplina, inteligência, honestidade e perseverança, atributos dos vencedores, são características de personalidade, e não do seu aspeto ou condição social.
COMO DEUS VÊ. O melhor exemplo a ser seguido é o do Criador que, através do Seu Filho, enviado a esta terra, provou nunca olhar à aparência das pessoas, mas sim, ao interior. Todo o ser humano nasce com os pensamentos puros e não tem culpa de adquirir negativismo na sua formação. Mas, da mesma forma que se adquire, pode ser removido. Portanto, não há desculpas para os fracassos na vida.
Por mais que as marcas do menosprezo sejam profundas, temos o maior incentivo para que possamos nos refazer, incentivos estes que vêm do Alto.
“Porém o Senhor disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a grandeza da sua estatura, porque o tenho rejeitado; porque o Senhor não vê como vê o homem, pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração.” (I Samuel 16.7)
ANTI-SUICÍDIO Uma marcha que reuniu milhares de jovens, pastores e o bispo Domingos em favor da aceitação e, em simultâneo, contra o racismo
Unidos pela força!
AForça Jovem Universal é um grupo voltado para a reintegração dos jovens e adolescentes na sociedade. Acima de tudo, é assumir a responsabilidade com o seu futuro.
Os jovens hoje têm encontrado muitas dificuldades para desenvolver o seu papel junto da sociedade de uma forma natural e saudável. Com atividades culturais, desportivas, cursos de formação e debates, os jovens aprendem a dar um rumo diferente à vida, longe dos vícios, dos atos criminosos ou do afastamento social.
A FJU trata-se, então, de um grupo de jovens, unido pela sua força, ou seja, a juventude da Igreja Universal, uma verdadeira família, que está de braços abertos para receber mais elementos.
O meu tom de pele era demasiado escuro...”
“Durante a minha infância sofri de bullying na escola. As pessoas não me aceitavam por ser diferente. Faziam comentários maliciosos, diziam que eu tinha muitos defeitos, que o meu tom de pele era demasiado escuro, que ninguém gostava de mim, que eu não tinha valor. Excluíam-me completamente e
isso deixava-me muito triste.
Fui crescendo com isso e tornei-me uma pessoa muito tímida, envergonhada, sensível, vazia e com muitos complexos de inferioridade. Não gostava de mim, sentia-me mal por ser diferente, achava que os outros eram melhores em tudo. Tinha baixa autoestima, nunca cheguei a pensar em suicídio, mas, como a minha felicidade dependia dos outros, quando era desprezada, isolava-me.
Hoje, sou totalmente diferente, sou feliz de verdade. Não dependo dos outros, aprendi a valorizar-me, o vazio que sentia foi preenchido, consegui superar a vergonha e a timidez, a minha vida transformou-se completamente!”
achava que os outros eram melhores em tudo.
Carolina Andrade Viseu
Batizaram-me como ‘o preto’!”
“E u era um jovem que tinha bastantes complexos. Devido ao meu mau comportamento, o meu pai levou-me para morar com ele na Guarda, e lá eu era o único jovem negro. Por esse motivo, lá sofri bastantes ofensas, ao ponto de me batizarem como ‘o preto’ e isso levava-me a ficar em baixo, ao ponto de me acostumar com esse nome.
Mas, mais tarde voltei para Lisboa e conheci o trabalho da Força Jovem, onde me ensinaram que o verdadeiro valor não é o exterior e sim interior. Aprendi a valorizar-me e a reconhecer o meu verdadeiro brilho!”
Daniel Semedo Cacém
Queres fazer parte? Tens questões?
Acessa...
6 Tema Capa Sente um cansaço que não passa?
O termo que os psicólogos atribuem a esta espécie de vazio ou apatia é “languishing”. Não é sinónimo de saúde mental, mas também não é de doença e a pior notícia é que pode manter-se durante o restante de 2021
Como resposta ao habitual cumprimento “como é que estás?”, a grande maioria responde, de forma automática, “está tudo bem!”. Porém, a verdadeira resposta seria um “não! Não tenho andado muito bem!”. Se sente alguma dor física? A resposta da maioria é não. Se consegue precisar ao certo o motivo da sua apatia e falta de inércia? A resposta também é igualmente negativa.
Mas, afinal, o que está a acontecer que até a própria classe médica parece não saber definir ao certo, colocando esta apatia a meio da fasquia entre a doença mental e a saúde nesta área?
RELATOS SEMELHAN-
TES. Estranheza, o que antes era fonte de entusiasmo deixa de o ser, uma espécie de definhamento interior, falta de energia em que os dias parecem todos iguais. Por mais que aumentem as notícias de vacinação em massa, diminuição do número de vítimas mortais causadas pela covid-19, promessas de regresso à normalidade... nada parece resolver o problema.
“A pessoa não está deprimida, não tem uma perturbação psiquiátrica associada. É um princípio muito cíclico de nos irmos fechando, fechando, fechando…”, descreve ao SAPO24 Tiago Pereira, coordenador do gabinete de crise e membro da direção da Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP).
PANDEMIA E NÃO SÓ.
Num artigo publicado no jornal New York Times, Adam Grant, famoso psicólogo norte-americano, admite que esta possa bem ser “a emoção dominante em 2021”: “Uma sensação de estagnação e vazio. Parece que vamos deambulando pelos dias, a olhar para a vida através de um nevoeiro”. É aquela procrastinação, em que vamos “adiando as tarefas e vivendo esse adiar com uma espécie de culpa”, palavras de Tiago Pereira. Uma desmotivação que se entranha. A incapacidade de nos projetarmos no futuro — sim, não conseguir planear as férias ou fazer planos para as semanas seguintes contribui para que, a pouco e pouco, percamos a vontade de definir objetivos.
Adam Grant, psicólogo norte-americano
SINTOMAS
Tiago Pereira, coordenador do gabinete de crise
Falta de força de vontade Incapacidade para tomar decisões Incapacidade para definir objetivos Procrastinação de tarefas
Falta de entusiasmo a curto prazo
Sofia e o seu companheiro eram, aparentemente, um casal feliz até que, um dia, ela descobriu que estava a ser traída
Os psicólogos alertam que a APATIA pode ser uma EMOÇÃO DOMINANTE EM 2021
O aconselhamento psicológico da Linha SNS24 recebeu MAIS DE 80 MIL CHAMADAS, desde a sua criação, em 1 de abril de 2020, até 9 de maio deste ano
Cesária sentiu na pele o que era a definição de dor...
“Na adolescência já tinha aquela tristeza, não gostava de viver”, relembra Cesária. “Entretanto, conheci o pai do meu filho e fomos morar juntos quando o meu filho nasceu. Eu achava estranho, porque chorava por tudo e por nada. Então, consegui perceber que tinha uma depressão pós-parto.”
ABANDONO. “Nessa altura casámos e foi aí que todos os problemas se agravaram. Começamos a ter mais discussões, e, nesse espaço de tempo, ele conheceu outra pessoa e saiu de casa. Fiquei sozinha com o meu filho, com despesas e empréstimos para pagar. A depressão pós-parto agravou-se. Deitava-me, mas acordava cansada, tinha pesadelos, ouvia passos... eu diria que estava num estado de loucura. Muito nervosa, ficava irritada e gritava por qualquer coisa.”
A CULPA. “Culpei-me muito e sentia vergonha. Nessa altura, trabalhava à noite e os únicos programas de televisão que conseguia ver eram os da Record. Foi assim que comecei a ver os testemunhos. Embora achasse que aquilo era mentira, ao menos falavam sobre Deus e isso ajudava-me. Até que, um dia, vi um testemunho que me chamou muito a atenção pela dimensão da transformação na vida da pessoa. Houve uma noite que tomei a decisão: ‘Amanhã vou lá’, e assim foi.”
NOVA HISTÓRIA. “Toda a minha vida, gradualmente, começou a mudar. Havia solução e eu não estava mais sozinha. Comecei a pôr em prática tudo aquilo que me ensinavam. Libertei-me daqueles sentimentos, daquela tristeza que não tinha fim. Já sentia alegria, vontade de viver, já conseguia apreciar as coisas boas da vida. Consegui pagar tudo aquilo que devia e hoje, a minha vida está completamente transformada! O meu filho está bem, assim como eu. Tenho casa própria, voltei a casar e seguimos juntos. Temos uma família maravilhosa!”
Cesária
Descubra se sofre de depressão “sorridente”
O que está por trás de um sorriso? Será sincero? Ou será que esse sorriso poderá esconder uma profunda tristeza e depressão?
Infelizmente, existem muitas pessoas que conseguem viver momentos felizes, com um sorriso no rosto, rodeadas de amigos e pessoas que amam, e ao mesmo tempo nutrir dentro de si pensamentos depressivos e até suicidas, que querem desaparecer ou tentar fugir da dor e vazio que trazem dentro de si. Conhece alguém assim? Você tem-se sentindo assim? Apesar de rodeada de pessoas, e sempre com um sorriso no rosto, a sua preocupação é fazer quem está ao seu redor se sentir bem, sem que ninguém note o quanto triste, angustiado, deprimido e perdido você se sente dentro de si.
FAMOSOS. Com certeza já deve ter tomado conhecimento de noticias trágicas de famosos que cometeram suicídio, de uma forma inesperada, sem ninguém desconfiar, escondiam por trás do sorriso uma profunda depressão, um deles muito conhecido pelo seu carisma, humor, e filmes de sucesso, o ator comediante, Robin Williams, que dizia que sempre que a depressão o atacava, refugiava-se no humor e era como o seu escape, até que aos 63 anos, ele não suportou mais o sofrimento e tragicamente tirou a sua própria vida.
PERIGO. A depressão sorridente, ou em termos médicos, depressão atípica, é uma das mais perigosas formas de depressão, porque esconde os sintomas da depressão por trás de um sorriso, de uma personalidade agradável a todos sendo publicamente extrovertida, mas em solidão introvertida e complexada, o que dificulta o reconhecimento da doença e dificulta a ajuda de chegar até à pessoa que sofre deste tipo de depressão.
Portanto, existe um tipo de depressão que a pessoa mantém a vida quotidiana e um sorriso nos lábios, mas com a alma triste e angustiada constante e profundamente.
Fontes: notícias ao minuto; bbc.com
SCAN PARA SABER MAIS
“Confrontei-o, ele desmentiu, mas eu disse que não voltaria atrás. Nós tínhamos um bar. Como ele não queria a separação, foi ter comigo... passado um bocado, agrediu-me e eu desmaiei. Na altura, chamei a polícia e, nas gravações da câmara, via-se ele a espancar-me. Foi dor e ódio que senti. Bateu com a minha cabeça no chão, danificou-me o maxilar, a minha coluna. Estive hospitalizada e, quando voltei para casa, estava completamente vazia. Ele tinha levado tudo. Além da traição, eu tinha 198.000 euros em dívidas, pois estava tudo no meu nome.” ex-funcionária, onde partilhava um quarto com quatro pessoas. Tive que começar de novo, ao mesmo tempo que vinham os papéis judiciais. Era tão revoltante que eu só chorava. O advogado disse-me: ‘vais viver duas vidas e continuar com as dívidas.’
Tentei o suicídio, pois só queria acabar com a dor. Da primeira vez só pensava: ‘Vou-me matar, mas como?’ Peguei numa agulha de crochet, espetei-me e fui-me deitar, mas não aconteceu nada. Uma outra vez atirei-me para debaixo de um carro, mas nada.”
RENASCER. “Um dia, a minha filha abraçou-me e disse: ‘Estou aqui mãe’. Ela era o motivo de eu continuar viva. Até que conheci um colega de trabalho que me levou à Universal. Fé, essa palavra tão pequena mexeu comigo. Li que era ‘a certeza de coisas que não se veem, mas que se esperam’. O meu cenário era mesmo isso. O impossível tornar-se possível na minha vida. Hoje, trabalho por minha conta, sou uma mulher feliz, equilibrada, tenho projetos. Além disso, voltei a estudar e tenho um curso. Nasci de novo. Saldei a dívida na totalidade. Tenho foco e um projeto novo que vou lançar fora de Portugal, porque quero ser grande.”
“Deixei de me cuidar, de ter vontade de viver.” DESCUBRA A PORTA DE SAÍDA
PARA A DEPRESSÃO...
Se você se identificou ou conhece alguém que apresente os tipos de comportamentos aqui descritos ou tenha tendência para tal, podemos ajudar, gratuitamente, através de um grupo de apoio chamado, “Saindo da Depressão”.
Aceda ao site: www.saindodadepressao.pt Envie o seu email para: apoio@saindodadepressao.pt Ligue-nos para: +351 218 368 008 Procure-nos nas moradas: Rua Egas Moniz, nº 485; Rua Dr. José Espírito Santo, nº 36
Estamos disponíveis para lhe ajudar a sair da depressão, você só precisa de tomar o primeiro passo, que é pedir ajuda. Os voluntários do nosso grupo estão prontos para lhe dar todo o apoio.
8 Atualidade O QUE TEM ESTA HISTÓRIA A VER COM A SUA VIDA?
Houve um momento na vida de Jacó, filho de Isaque e neto de Abraão, em que ele precisou de fugir de casa, pois não existia outra forma de escapar aos problemas...
Ele correu para terras distantes sem saber o que iria encontrar pelo caminho. Era a primeira vez que ele deixava a sua casa e estava completamente sozinho.
Naquele tempo, não era comum um membro de uma família se separar do grupo, porque a família seria mais forte se fosse unida e manteria a posse dos bens materiais e das terras. Por isso, uma pessoa só deixava a família se realmente precisasse de fazê-lo.
Ali, Jacó estava inseguro. O único objeto de valor que carregava consigo era uma garrafa de azeite. Ele teve de usar uma pedra como travesseiro para dormir. Então, nesta situação, compreendeu que só tinha Deus na sua vida e mais nada. Assim, ele decidiu fazer um voto com o Altíssimo. tória de vida de muitas pessoas reflete o que elas sentem na própria pele. Há aquelas que carregam por anos os seus sonhos consigo e, por ainda não os verem realizados, sentem que carregam um fardo pesado. Existem também aquelas que já nem sequer sonham mais. Desanimadas, veem o tempo ameaçar a própria Fé. A mesma Fé que as faz sonhar, contudo, precisa de as fazer despertar para transformar os sonhos comuns em realizações inexplicáveis. Assim como aconteceu com Jacó, nos dias de
hoje, somente aqueles que possuem fidelidade com Deus é que são completamente abençoados, são os que possuem a Porta dos Céus abertas sobre si. É por isso que no mês de junho, em toda a Universal, todos aqueles que desejam ter uma aliança verdadeira com Deus, poderão participar do Voto de Jacó em Betel.
“NÃO TERIA NARIZ E OS OSSOS DA FACE NÃO EXISTIAM”
Célia queria muito ser mãe... mas, embora engravidasse, às 12 semanas, recebia sempre notícias avassaladoras, que colocavam em risco o seu maior sonho.
“Na minha primeira gravidez, às 12 semanas, recebi a pior notícia possível, pois, o médico disse-me que o feto estava morto. Assim que ele me disse isso não foi nada fácil, pois tivemos que lidar com os nossos sentimentos. De facto, foi um momento muito difícil que eu e o meu marido tivemos que enfrentar.
Teria que ser internada para expulsar o feto morto e recordo-me de ambos estarmos a chorar, com o carro parado à beira da estrada. Naquele momento falámos com Deus, entregámos
nas mãos d’Ele, pois só Deus sabe o motivo de tudo...”
ABORTAR. “O aborto decorreu tal como se fosse o parto. Foi-me dada medicação para provocar a expulsão do feto. Quando isso aconteceu, estava na casa de banho e agarrei-o na
mão. Vi que estava completamente formado e é uma imagem que não esqueço, embora não seja nada que, através da minha fé em Deus, não tenha ultrapassado. É traumático, pois somos colocadas no mesmo sítio onde estão as mães que deram à luz e os seus bebés. Eu ouvia-os a chorar, mas, ao contrário das mães que iriam sair dali com os seus bebés nos braços, eu iria sair sem nada.”
NOVO DESAFIO. “Tivemos o sonho de voltar a tentar, pois tínhamos a certeza que iria ser desta vez. Este cerca de um ano de espera não foi fácil, pois culpava-me por ter aceitado a morte do meu feto. Foi apenas quando consegui perdoar-me é que tornei a engravidar. Desta vez, tinha certeza que tudo iria dar certo. Todavia, ao realizar a ecografia das 12 semanas, recebi uma notícia muito triste, de que o feto teria anomalias. Era uma criança que não teria nariz, todos os ossos da face não existiam. Tinha um percentil da nuca bastante elevado, o que significava que teria trissomia 21, que iria ter problemas no futuro.”
FÉ INABALÁVEL. “Receber aquela notícia foi um choque, mas, assim que saímos da clínica, determinámos que, pela nossa fé em Deus, teria que nascer perfeito. O meu ginecologista
aconselhou que o melhor a fazer seria abortar, mas disse-lhe que isso estava fora de questão. Eu sabia que Deus iria fazer o milagre. O meu médico disse que não poderia fazer nada e referenciou-me para uma clínica, em Coimbra, onde seria sujeita a diversos exames. Em Coimbra, mandaram-me fazer o rastreio bioquímico, para se certificarem
se existiriam, de facto, anomalias. O exame deu positivo e, novamente, os médicos aconselharam-me a abortar. Mas, eu disse que não, pois, se realmente, Deus existia, aquela criança seria usada para glorificar o nome d’Ele.”
ESPERA DOLOROSA. “Também fui submetida a uma amniocentese. Foi uma espera muito dolorosa, pois foram 7 semanas até vir o resultado. Entretanto, fiz a ecografia das 21
semanas, que é a que vai precisar as medidas dos ossos, o sistema nervoso, os tendões, para ver se tudo está ok. O médico disse-me na cara que estava tudo normal, que não verificava qualquer problema, mas que aquilo não era válido. Enquanto não viesse o resultado da amniocentese, tratava-se sempre de um feto com problemas.”
CONFIRMAÇÃO. “Por estar a usar a minha fé, vivi a minha gravidez tranquila, sem qualquer tipo de ansiedade ou medo. Estava convicta que Deus tinha feito o milagre. Ungia a minha barriga com o óleo consagrado, orávamos e, sabendo que tudo o que Deus faz é com perfeição, aquela criança, para mim, já era perfeita, embora os médicos dissessem o contrário.
O resultado veio: era um feto masculino e 100% normal. Passei o resto da gravidez e, depois, o Miguel nasceu. A primeira coisa que ele fez, quando o puseram ao meu colo, foi pôr-me as mãos no rosto, algo que até hoje ele faz. Fiquei completamente em paz, pois, ali foi o momento decisivo, onde ficou claro o milagre! O meu médico, que foi quem fez o parto, admitiu que o meu Deus era superior à própria medicina!”