Seja bem-vindo ao Curso de Design!
Hand by Stephen Borengasser
A título de curiosidade, esse livro foi impresso com papel couchê 150g/m² para a capa e 115g/m² para o miolo, com a fonte Open Sans.
Tudo bem com você? Espero que sim! Sou o Iure, (Isso mesmo. Com “i” e “e”, no final) e acabei de me formar como designer!
Agora é sua vez.
Qual é o seu nome? Não se preocupe. É só uma formalidade! Escreve o seu nome nas linhas pontilhadas sem medo.
X seu nome aqui E só pra confirmar, você é aluno ou professor? Aluno de qual período ou professor de que disciplina?
X o que você faz aqui Se não for aluno e nem professor, não tem problema! Pelo visto você quer o conhecer mais sobre o Curso de Design, não é? Acredito que também irá gostar dessa conversa. Fique a vontade!
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E agora que já fizemos as apresentações, podemos conversar numa boa, certo? Este material que está em suas mãos é o resultado de uma vivência que tive durante quatro anos como aluno do Curso de Design do UniFOA. Três anos e meio, para ser mais preciso - e que passaram voando, diga-se de passagem. Surgiu de uma vontade de contribuir para a boa percepção do Design, através da experiência que tive durante o curso. Sem brincadeira, descobri e participei de tanta coisa bacana e que me fez ter uma visão completamente diferente do que eu imaginava que iria aprender aqui. Independente se você é aluno, ou se é professor, ou alguém que só está interessado em saber mais sobre o Curso de Design, penso que esta conversa pode nos ajudar a entender melhor sobre o que podemos fazer, enquanto designers, para melhorar a a experiência da profissão.
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Estou contando a história do Curso de Design no momento em que eu passei por ele, mas penso que experiências e aprendizados possuem um caráter um tanto quanto atemporal.
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Illustrator by Vipul Malhotra
Antes de tudo, se fosse para advinhar, diria que vocĂŞ estĂĄ aqui no Curso de Design porque:
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Acertei?
Pode falar. N達o tem problema n達o. Acaba que a gente se identifica com um pouco de tudo no fim das contas...
Sério. Seja sincero, acertei pelo menos uma, não é? Então meus parabéns, você não é diferente de nenhum designer que começou a estudar em uma faculdade!
Nos primeiros anos em que comecei a estudar Design, fiz essa pergunta para diversos alunos e professores. Todos se identificam com, ao menos, duas dessas características! 8
Esse fato está diretamente ligado à noção que as pessoas têm em relação a profissão, que, em geral, é uma visão voltada para uma abordagem estética e da arte. Tudo bem que essa percepção não está nem errada e nem certa:
Nossa área é visual e utiliza considerações estéticas e bases artísticas, mas o problema é que as pessoas acham que o Design para por aí... 9
Eu tenho quase certeza que a grande maioria das pessoas e empresas ainda não vêem o Design dessa maneira, não é? Me pergunto quanto a nós mesmos? Como é que a gente entende o Design? E como será que podemos contribuir para esse entendimento? Vamos pelo começo e com calma.
Como um outro aluno do Curso disse em uma entrevista: “Desenho nem sempre é Design mas, Design sempre é desenho. É projeto.”
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P J T
PROJETO? Sim, projeto! Por isso, quando eu disse que precisamos ir com calma, não foi à toa; Palavras como projeto, metodologia, técnica, semiótica e física (sim, física e matemática) assustam... Eu mesmo, procurei o Design porque fiz cursos de desenho durante muito tempo.
Porque quando dizem que Design é: ARTE VISUAL DINÂMICO REPRESENTATIVO
Painting by Juan Pablo Bravo
Voilà!
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Na realidade deveriam dizer que ﾃｩ: PROCESSO INOVADOR COMUNICATIVO CONSTRﾃ的 VALOR Eureka!
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Tudo bem que só essa mudança de conceitos não é suficiente para abranger toda a complexidade do Design: Em termos básicos, podemos apontar que o Design atua na construção de comunicação. Comunicação é no seu sentindo mais amplo, a maneira necessária para estar de acordo com a demanda do projeto. Por isso - e aí é que está a ironia que dificulta a percepção do que fazemos - o Design transita entre a Arte e a Ciência ao mesmo tempo.
Acredito que se ficarmos apontando para qual caminho o Design está mais inclinado, estaremos perdendo a oportunidade de mostrar para as pessoas todo o nosso potencial. Precisamos de uma abordagem mais abrangente...
Design não é ser artístico; Design não é ser científico,
Já que enquanto o
SER HUMANO é:
o DESIGN:
Gosto de pensar que a faculdade é a base para esse tipo de pensamento. Ela não é um conjunto de conhecimentos e atividades? Então... Dessa forma, a conduta diante do mercado está diretamente ligada à experiência
que o aluno tem durante o processo de aprendizagem no Curso, certo? A gente consegue até fazer uma matemática bem simples, acredite se quiser:
Se a experiência durante o Curso é positiva, logo, através de um bom aproveitamento de conteúdo, se tem como consequência um profissional engajado, com os valores e objetivos previstos por qualquer estratégia pedagógica*. Agora, se a experiência do aluno não for satisfatória, partindo do seu próprio julgamento, é notável uma conduta que se dispersa durante o decorrer do Curso.
*estratégias pedagógicas são nada mais nada menos que todas as políticas e bases acadêmicas para a execução do curso e para a formação desse perfil profsisional desejado
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Então,
como eu havia dito, sou um designer formado pelo Curso de Design, UniFOA, que foi criado em 2007 para atender a demanda de serviços na área, já que, até aquele momento, não havia nenhum Curso de Design na região sul-fluminense. E, desde sua criação, houve uma evolução notável dentro do Curso: tanto em relação a abordagem que se tinha das suas propostas, quanto em relação aos livros e ferramentas voltadas para os alunos. Bem, isso foi o que me disseram! Infelizmente, não pude acompanhar essa evolução que os já formados falam tanto. Porém, todavia, entretanto, posso dizer com certeza, que, quando iniciei os estudos na faculdade, o Curso passava por um momento interessante: Estávamos entrando em uma nova matriz curricular. Assim, em 2011, quando eu comecei a estudar, o Curso estava começando a abandonar uma visão focada no produto final para dar lugar a um entendimento maior desse processo.
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Campos Chair by Yorlmar
rn Thobu James by Book
Tudo porque chegou-se a conclusão de que o mercado não estava pronto para profissionais tão específicos assim. Diferente dos grandes centros (Rio de Janeiro e São Paulo, por exemplo) o Curso de Design optou por dar a formação plena. Não segmentar o ensino do aluno formado é deixá-lo preparado para atender tanto o mercado regional, quanto o mercado regional e exterior!
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2007
ABORDAGEM SEGMENTADA
FOCO NO MATERIAL PROJETADO
Identificação de um Problema Entendimento do Problema
Testes e Desenvolvimento
Pesquisa e Estudo de Soluções
Aplicação
Afinal de contas, Design é Design; Design é processo; Design é solução de problemas.
E quando o olhar do ensino, ao invés de focar no produto final, se concentra em se aprofundar no processo e essência do Design, é aí que a mágica acontece... Esse tipo de abordagem expande o entendimento da profissão e eleva o campo de atuação do profissional. Além disso, dá-lhe argumentos suficientes para construir esse pensamento fora da faculdade, no mercado de trabalho; com o empresário e com as pessoas que consomem nossos serviços...
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2010
ABORDAGEM PLENA
FOCO NO PROCESSO
Para fazer isso, o Curso nos mostra que, antes de se tornar um designer, é necessário que se estruture as competênciais essenciais para a execução dos projetos e propostas de soluções, obviamente. Então o aluno é guiado para:
APRENDER A FAZER Dominar as Diferentes Etapas de Desenvolvimento de Projetos
Ter Capacidade de Expressão Ter Capacidade de Trânsito Interdisciplinar
Writing by Hadi Davodpour & Book by Pyetro Rapp
Ter Capacidade Criativa
APRENDER A APRENDER
Aluno Design
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APRENDER A SER Ter Conhecimento do Setor Produtivo e de sua Especialização
Collaboration by Krisada
Ter Visão Sistêmica de Projeto
Dominar a Visão Histórica e Prospectiva do Design Dominar os Fundamentos da Gerência de Operações
APRENDER A CONVIVER
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Ah! Eu falei que o Design é transdisciplinar? Ao longo de todo o Curso, é nos dado bases para constrir esse pensamento através de certas áreas de estudo.
Essas áreas de estudo são chamadas de
grupos temáticos
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Tudo com o objetivo de formar os profissionais criativos que irão contribuir para uma valorização da nossa área de atuação.
E aonde temos contato com esses grupos temático? Você deve estar se perguntando...
Mas, felizmente, as competĂŞncias dos designers nĂŁo se constroem sĂł em sala de aula!
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Eu digo isso, porque durante os perĂodos do Curso, alĂŠm das aulas, eu tive:
Tshirt by james zamyslianskyj
retirados na biblioteca
Hour Glass by Laura Beggs
Sem contar que os próprios professores, nos primeiros dias falavam que você só aprende Design fora da sala de aula. “Aqui dentro, você aprende a base, o caminho.” - eles dizem. Por isso, dispensar a oportunidade de participar de uma palestra ou um workshop é dificultar a sua própria trajetória de aprendizagem. Não façam isso! JAMAIS! Dentro do Design, a nossa matéria-prima é todo o conhecimento e vivência que temos. Tanto é que a cada novo projeto há a necessidade de uma nova pesquisa. Ou, se preferir, de um novo conhecimento. Não gostaria de parecer pretensioso ou querer insinuar que sou melhor por ter feito tudo isso. Mas pensa só: através dessas atividades, é possível ter contato com um conhecimento e uma vivência além. Além não. A mais. Os horizontes se expandem! E não é que não seja possível obter esse conhecimento de outra forma. Mas o tempo que você levaria para conseguí-lo seria muito maior. Não?
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Então, se é a experiência que molda o profissional, como a gente pode favorecer essa formação a partir das aulas?
Writing by Hadi Davodpour
ATIVIDADES EM SALA DE AULA participação trabalhos avaliações leitura base
Para responder qualquer pergunta - anota aí - uma boa dica é sempre começar procurando entender as suas definições-chave. Nesse caso, com a minha vivência, percebi que a experiência da faculdade se resume às atividades dentro e fora de sala de aula. Parece meio óbvio, não é? Mas é mesmo. Só que a mágica está na relação que essas duas atividades possuem entre si.
Hiker by Luis Prado
ATIVIDADES COMPLEMENTARES livros As aulas e as atividades devem coexistir em harmonia. Como o nome eventos já sugere, serem complementares entre si. workshops E como fazer com que isso aconteça? projetos
Aluno de Design Uma saída interessante para apresentar uma solução para essa questão é entender as aulas e os seus complementos como sistemas projetados, ou de serem projetáveis pelos designers. Ao se ter esse tipo de olhar, é possível identificar alguns pontos interessantes que podem sofrer contribuições significativas:
Em sala de aula ocorrem dois processos: a aprendizagem e a comunicação, certo?
Professor de Design
Aluno de Design E por incrível que pareça eles não são a mesma coisa. Um processo de aprendizagem ocorre quando qualquer influência externa a você transforma aquilo que você já conhece. E um processo de comunicação acontece quando há uma troca de informações. De conhecimento. Apesar de serem distintos eles deveriam acontecer simultaneamente, resultando assim em um processo de ensinoaprendizagem, de fato. Quando isso ocorre, temos então uma plano ideal e essencial para contribuir para a experiência das aulas.
Professor de Design
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Aluno de Design
Sua experiĂŞncia na faculdade estĂĄ diretamente ligada ao seu contato com todas as ferramentas ao seu redor durante o decorrer do Curso.
Falando sério mesmo, não se sinta satisfeito até completar, pelo menos, este...
Chec
Leia muitos livros!
Principalmente os da biblioteca. Se preferir, compre-os. Sua visão sobre Design muda a cada livro que você lê.
Participe de projetos!
Porque essa é uma das melhores maneiras de exercitar o que você aprende.
Construa projetos!
Porque essa é uma das melhores maneiras de exercitar o que você acredita.
Participe de Workshops!
Você aprende muita coisa bacana, e de quebra, pode trocar idéias com muitos ícones do mercado.
Monte Workshops!
Outra excelente maneira de exercitar o que aprendeu é ensinando o que você sabe.
ck-list Vá a eventos!
Conheça pessoas que pensam parecido com você. Conheça pessoas que pensam diferente de você.
Vá à um NDESIGN!
Só para você ter a noção do tamanho do Design aqui no Brasil. E quem vai em um, vai querer ir em todos!
Publique um Artigo!
Além de ser outro exercício para tudo aquilo que aprende, vai te ajudar muito no seu TCC. Vai por mim...
Converse sobre Design! Compartilhar ideias e perspectivas é o primeiro passo para construir algo maior.
Converse com os Professores! É só lembrar que eles possuem a experiência a favor deles. Certamente, poderão falar sobre tudo isso, bem melhor do que eu! Fale sem medo!
Como designers devemos ser capazes de tirar proveito dos recursos a nossa disposição em função do projeto, não é mesmo? Sendo assim, é possível termos o mesmo tipo de pensamento dentro da faculdade para melhorar a experiência em sala de aula: se pensarmos que o Curso de Design é uma grande caixa de ferramentas, por exemplo, poderemos ter uma visão interessante sobre o que pode ser feito para melhorar o processo de aprendizagem e fazer com que se aproxime de um plano ideal para o Ensino. Isso não se limita aos livros da biblioteca, nem aos computadores nos laboratórios, pranchetas nas salas de desenho ou ferramentas dentro da oficina. Essa visão se estende até mesmo para o próprio espaço fisíco (quanto a área das salas) e de seu ambiente (os elementos que preenchem esse espaço).
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Aproveite todas as ferramentas ao seu dispor. Construa. Projete. Planeje. Erre. Leia. Converse. Organize.
Tool Box by Mario G
Isso te ensina muito! Não demore para começar a agir e fazer qualquer coisa que seja. O tempo, na faculdade, passa voando!
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Só mais um lembrete:
NÓS SOMOS DESIGNERS AS POSSIBILIDADES SÃO INFINITAS O Design é para as pessoas! Tenha isso muito bem claro. E saiba também que ideias funcionam muito bem no papel e todo mundo tem razão na internet. Não limite o seu repertório! Crie o hábito de experimentar, de testar possibilidades! Isso tudo será a sua base. Se o Design é mesmo para pessoas, então ele tem que, em primeiro lugar, permitir que você evolua como ser humano. Pra mim, o aspecto que mais encanta no Design é a possibilidade de unir diferentes tipos de conhecimentos e de vivências, para alcançar um objetivo em comum. Portanto, assim a profissão. É inevitável que tenhamos que agir em nível interdisciplinar e transdisciplinar!
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Se consegui despertar a curiosidade para aprimorar a sua construção de repertório, posso dizer que minha missão, por agora, está cumprida. A ideia do porquê deste material, é pelo simples fato de que, infelizmente, eu não iria conseguir ter uma conversa tão impessoal, abordado um assunto um tanto complexo, para um grande número de pessoas. Apesar de ter feito um monte de coisas em quatro anos de curso, eu acredito que esse não é o fim da minha jornada. Na realidade é só o começo! Durante a minha vivência no Curso de Design, descobri muita coisa bacana que foram essenciais para a linha de pensamento que eu tenho hoje. Por isso eu não gostaria de dar sequência na minha aprendizagem além da faculdade, sem deixar uma espécie de legado dessa minha vivência como aluno para você. Uma das coisas que descobri é que tudo o que acontece dentro da faculdade não é por acaso. Há um propósito que é fruto de um preparo muito grande com a finalidade de contribuir para a construção das competências essenciais para o Design.
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Infelizmente, minha passagem pelo Curso acaba aqui e, estou entregando tudo o que eu vi e entendi dentro do curso em suas mãos. As ferramentas estão todas aí contigo e ao seu dispor!
Agora essa história é sua. O que vai fazer de diferente? Como você vai contar essa história a partir de agora?
odesignestaqui.blogspot.com.br COORDENAÇÃO Cristiana de Almeida Fernandes DO CURSO cristiana.fernandes@foa.org.br SECRETARIA Andréia Rodrigues Alves Teixeira DO CURSO andreia.teixeira@foa.org.br (24) 3340 8400 ENDEREÇO CAMPUS OLEZIO GALOTTI - TRÊS POÇOS Avenida Paulo Erlei Alves Abrantes, 1325, Três Poços, Volta Redonda - RJ. CEP 27240-560
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