Museu de CiĂŞncias da Chuva Plano de pesquisa - Arquitetura e Urbanismo Iuri Trombini
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SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 03 2 PROBLEMATIZAÇÃO 04 3 JUSTIFICATIVA 05 4 OBJETIVOS 06 4.1 OBJETIVO GERAL 06 4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 06 5 METODOLOGIA 06 5.1 LEVANTAMENTO AMBIENTAL 06 5.2 LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO 06 5.3 EXPLORAÇÃO DE FERRAMENTAS DIGITAIS NO PROCESSO ARQUITETÔNICO 06 5.4 ESTUDOS DE CASO 06 5.5 LEVANTAMENTO DO PROGRAMA 06 5.6 DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 06 6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 07 6.1 CHUVAS E DESASTRES NATURAIS 07 6.2 MUSEU 07 6.3 ESPAÇO - EVENTO 08 6.4 PARAMETRICISMO 09 7 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS 10 8 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA 15 9 DEFINIÇÃO GERAL DO PROJETO 16 9.1 AGENTES DE INTERVENÇÃO E OBJETIVOS 16 9.2 CARACTERÍSTICA DA POPULAÇÃO 17 9.3 FLUXOS E ACESSOS 17 10 LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 18 10.1 DEFINIÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO 18 10.2 DIAGNÓSTICO DA ÁREA URBANA 19 10.3 SISTEMA DE CIRCULAÇÃO E USOS 21 10.4 MICROCLIMA E INSOLAÇÃO 22 10.5 DADOS TÉCNICOS 22 11 CRITÉRIOS PARA PROPOSTAS URBANAS 23 11.1 FLUXOS URBANOS 23 11.2 ÍNDICES URBANÍSTICOS E ZONEAMENTO 24 11.3 FATORES AMBIENTAIS 25 11.4 USOS 25 11.4 EQUIPAMENTOS URBANOS 25 12 MÉTODO PARAMÉTRICO 27 12.1 MÉTODO 27 12.2 CRITÉRIOS, PARÂMETROS E VARIÁVEIS 27 12.3 CRITÉRIOS E PARÂMETROS UTILIZADOS 29 12.4 RESULTADO 32 13 REFERÊNCIAS 34
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1 INTRODUÇÃO Entre os fenômenos naturais, a chuva pode ser caracterizada pelo mais comum no meio ambiente, ela se dá pela queda de água das nuvens provocada pela condensação de vapor. Além de ser responsável pela irrigação natural do solo, umedecer o ar, entre outros a chuva em excesso pode ser relacionada a desastres e malefícios para a sociedade e meio. Joinville, em Santa Catarina no sul do Brasil sofre com prejuízos anualmente decorrentes de desastres naturais relacionados a chuva, fato que pode ser datado desde a sua fundação como cidade (RODOWICZ-OSWIECIMSKY, 1992). A pesquisa irá consistir na proposta de projeto para um espaço focado no ensino e reflexão das causas e consequências de desastres naturais, será buscado através de métodos de geração de forma em conjunto com ferramentas digitais abordar a configuração e aparência do edifício relacionado com a chuva e aspectos ambientais. Busca-se também através da forma – portanto também através da chuva - criar relações de percepções e sensações para o visitante. De acordo com Tschumi (1996) a arquitetura não pode ser desassociada dos eventos que acontecem dentro dela. Portanto através de um Museu de Ciências é proposto a articulação entre desastre e sociedade, a fim de informar o visitante os riscos de ocupações irregulares, da falta de planejamento urbano e danos nas vegetações.
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2 PROBLEMATIZAÇÃO Desastres naturais relacionados a chuva são comuns e abordados de formas diferentes na sociedade. Nos últimos anos, vem ocorrendo uma intensificação dos prejuízos causados por estes
Figura 01 - Joinville, enchente de 2017
fenômenos em decorrência da falta de informação da sociedade e principalmente o planejamento das cidades. De acordo com Berlato e Cordeiro (2005), o Sul do Brasil é mais suscetível a precipitações pluviais irregulares devido a fenômenos naturais como o El Niño. Joinville, localizada na região Sul do país, e norte de Santa Catarina, hoje com mais de 550 mil habitantes (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, 2016) é conhecida como “Cidade das Flores, dos Príncipes, das bicicletas, das indústrias”, e a cidade do país com menos dias de sol no ano (EMBRATUR, 2013), é popularmente chamada como a “cidade da chuva”. A cidade sofre todos os anos com desastres naturais. Em 2008 por exemplo, houve uma das maiores tragédias do estado decorrente da chuva, só na cidade foram registrados 350 deslizamentos em três dias, com mais de 2000 pessoas desalojadas. (Notícias do Dia, 2013) Apesar de que de acordo com o Instituto de Planejamento Urbano de Joinville (IPPUJ, 2016), a cidade de Joinville possuir 11 museus, a maioria são espaços adaptados e de pequeno porte com exposições antigas e não tão dilvugadas, e nenhuma trata da discussão cientifica na sociedade, e da reflexão de causas e consequências de fenômenos naturais que são constantes na região. Sendo assim este tipo de instituição pode ser explorada além de um equipamento turístico ou cultural - que está em falta – mas também como um equipamento de educação, dita não formal. De acordo Afonso (1989, p. 78): [...] a educação não-formal, embora obedeça também a uma estrutura e a uma organização (distintas, porém das escolas) e possa levar a uma certificação (mesmo que não seja essa a finalidade) diverge ainda da educação formal no que respeita à não-fixação de tempos e locais e à flexibilidade na adaptação dos conteúdos de aprendizagem a cada grupo concreto”.
Portanto, essa educação não-formal é caracterizada por toda educação que ocorre fora do sistema formal de ensino (em sala de aula com professores), podendo ser adquirida em revistas, jornais, rádio, internet e em espaços como museus. Sendo museu entendido por seu objetivo de ensino, que além de dispor de um acervo, é um objeto para atividades culturais e de transmissão
Fonte: Estragos provocados por temporal em Joinville dão trabalho às equipes da Defesa Civil, Jornal A Notícia, 2017.
Como o espaço terá o objetivo de informar a sociedade, o próprio usuário ativo deverá ser
o foco do museu, alimentando o seu conhecimento por meio de interações com o espaço. Segundo Kobyama et al (2006, p. ix), “ações ligadas integradas entre comunidade e uni-
de conhecimento que designe uma conversa e reflexão com o visitante.
versidade são fundamentais para que os efeitos de desastres naturais sejam minimizados”. Neste sentido, o ponto que orienta esta pesquisa é o propósito de conscientizar a população sobre desastres naturais, ocupações de risco e problemas ambientais através da criação de um novo
espaço gerador e difusor de conhecimento, um museu de ciências interativo.
De acordo com Marandino et al, (2008, p. 16): “Atualmente, a preocupação em tornar a exposição acessível ao público é enfatizada, de maneira que este público a compreenda, tornando-a significativa. É preciso que o visitante seja ativo e engajado intelectualmente nas ações que realiza no museu e quae as visitas promovam situações de diálogo entre o público e deste com os mediadores. ”
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3 JUSTIFICATIVA Em Joinville, há a necessidade de conscientizar a população sobre a influência de fatores ambientais e ocupações irregulares ou de risco para as inundações da cidade, visto que todo ano
Figura 03 - Museu Guggenheim Bilbao
a cidade tem prejuízos com alagamentos e outros desastres naturais. No período de 1995 a 2014, somente o estado de Santa Catarina teve um prejuízo decorrente disto de R$ 17,6 bi (figura 02), aproximadamente R$ 900 mi por ano - 0,4% do PIB do estado - (Centro de Estudos e Pesquisa de Engenharia e Defesa Civil - CEPED, 2016). Diante disso, justifica-se a importância dessa pesquisa. Com efeito, é indiscutível, nos dias de hoje, a importância dos espaços em relação à educação e a popularização da ciência para os cidadãos. Tal fato pode ser evidenciado por meio, entre outros exemplos, das políticas internacionais e nacionais que colocam cada vez mais ênfase nos museus enquanto espaços educativos, tanto por meio de financiamentos, quanto na perspectiva de incorporá-los em projetos de educação nacional (MOREIRA, 2006; KRASILCHIK; MARANDINO, 2007). Portanto, um museu de ciências interativo focado na educação ambiental tem a possibilidade de explorar a reflexão e o questionamento da relação do meio e sociedade nos desastres naturais e influenciar nas políticas de planejamento urbano e ambiental. O Museu do Amanhã no Rio de Janeiro, pode ser usado como exemplo, pois contém mostras sobre mudanças climáticas e problemas da degradação ambiental com o intuito de gerar questionamentos sobre o futuro.
Figura 02 - Gráfico de prejuízos dos desastres naturais em SC 1995 à 2014
Fonte: Clássicos da Arquitetura: Museu Guggenheim de Bilbao, em Archdaily 2016
Paralelamente, sabe-se que edifícios com esse uso são agentes importantes que podem estimular a visitação da cidade e ao turismo urbano. Nesse contexto, pode-se ser citado como exemplo, o Museu Guggenheim Bilbao de Frank Gehry, que teve a possibilidade como consequência de mudar a capital basca, que sofria efeitos da desindustrialização e da crise local em uma cidade turística, efeito chamado por Foster (2002) de “efeito Bilbao”. Desse modo, um museu de ciências interativo voltado ao ensino e conscientização de desastres naturais pode explorar a identidade da cidade de Joinville com a temática da chuva não somente como aspecto ambiental e expositivo para o programa do museu, mas também na forma do objeto, como uma metáfora aos efeitos dela sendo um fator gerador da forma arquitetônica. Sendo assim, pode ser um museu não só com resultados educativos, mas também passível de fazer parte da marca-cidade de Joinville como uma estratégia de fortalecimento socioeconômico. De acordo com Raninisto (2003), o uso do marketing na cidade é importante para o seu desenFonte: Relatório de Danos e Prejuízos em SC 1995 - 2014, CEPED UFSC, 2016
volvimento, com focos de atrair indústrias e investidores, captar visitantes, residentes e eventos, e também aumentar a oferta de produtos turísticos da região.
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4 OBJETIVOS
5 METODOLOGIA
4.1 Objetivo geral O presente estudo, visa propor um museu de médio porte de reconhecimento nacional
5.1 Levantamento ambiental Clima, pluviosidade, ventos, incidência solar e outros aspectos ambientais da região como
voltado às ciências e às artes com mostras científicas sobre mudanças climáticas e artísticas em exposições interativas.
macro serão analisados e identificados por meio de pesquisas a mapas, dados meteorológicos e levantamentos históricos ambientais.
4.2 Objetivos específicos
5.2 Levantamento Bibliográfico Temas históricos e teóricos de interesse ao projeto serão analisados com o intuito de em-
a) Analisar as condições ambientais da região e do contexto imediato; b) Investigar a geração da forma através dos fatores ambientais e do programa; c) Identificar a relação entre espaço e evento;
basar a pesquisa teoricamente e fornecer subsídios para a construção dos critérios e parâmetros que compõem a metodologia de projeto.
d) Explorar o uso de ferramentas digitais no processo arquitetônico; e) Reconhecer a relação entre educação e museu
5.3 Exploração de ferramentas digitais no processo arquitetônico.
f) Estabelecer parâmetros e critérios relevantes de geração das formas arquitetônicas
Figura 04 - Museu Guggenheim de Bilbao
Com base nas informações levantadas serão criados critérios e parâmetros para o desenvolvimento de um algoritimo como processo de design, avaliando características e articulação de processos sociais complexos e a relação com o meio inserido. 5.5 Estudos de Caso Estudo de referências de espaços culturais e ciêntificos serão realizadas para entender a relação dos fluxos internos e programas, e também o tratamento da relação do espaço e o visitante. 5.4 Levantamento do Programa Definir o programa do museu avaliando os ambientes necessários em relação ao conhecimento, baseado em estudos de caso existente e nas especificidades do tema e do contexto social, ambiental e local. 5.6 Inserção urbana e estudo do terreno Avaliação e levantamento de características formais, legais, ambientais, de acesso e de morfologia urbana do terreno e vizinhança com o intuito de criar uma base teórica e prática para a entrada de dados e critérios a serem desenvolvidos por ferramentas digitais (algoritmos) no processo arquitetônico. 5.7 Desenvolvimento do Projeto Após o levantamento de informações teóricas, técnicas e de referencias, será iniciado o desenvolvimento de um programa específico para o museu. Logo critérios e parâmetros serão
Fonte: Clássicos da Arquitetura: Museu Guggenheim de Bilbao, em Archdaily, 2016
desenvolvidos para o uso de um processo de design paramétrico, onde serão geradas diferentes interações de forma e espaço a fim de projetar um partido até o anteprojeto de um museu de ciências e artes.
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6 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Figura 05 - Altes Museum
6.1 Chuvas e Desastres Naturais Segundo Castro (1998), desastres podem ser descritos por resultados de acontecimentos adversos, naturais ou não sobre um ecossistema que provoque danos materiais ou ambientais, e como consequência detrimentos econômicos e sociais. Os problemas que Joinville enfrenta com desastres naturais relacionados à chuva e enchentes podem ser datados desde a sua fundação como cidade em 1851 (RODOWICZ-OSWIECIMSKY, 1992). Um dos fatores que pode ser o responsável pelos desastres naturais recorrentes na cidade foi o processo de ocupação, o qual teve seu traçado urbanístico a partir do Rio Matias e do Rio Cachoeira por fazerem respectivamente ligação com o interior de Joinville e com o porto de São Francisco (SAMA, 1997). Desse modo as chuvas severas da região e as cheias dos rios somadas ao traçado urbano histórico, as ocupações irregulares e também a falta de conhecimento ambiental da população podem ser os principais fatores das enchentes em áreas urbanas. Passados mais de 150 anos desde a sua fundação como cidade, Joinville ainda sofre desses desastres, e com o rápido processo de urbanização as ocupações urbanas inadequadas do ponto de vista do ambiente natural são recorrentes. Além dos mangues, a ocupação dos morros urbanos e o desmatamento da camada de vegetação, ocasionam inúmeros problemas de erosões e assoreamento dos rios, assim contribuem para um menor escoamento das águas, consequentemente enchentes. (SAMA, 1997). Dado os fatos é visto a necessidade de educação e conscientização da população e sociedade sobre as causas e consequências desses desastres naturais frequentes na região. De acordo com Chassot (2003) a educação formal básica científica (aquela que se aprende nas escolas) não se mostra suficiente na formação de um cidadão crítico se for considerar a
Fonte: Altes Museum Berlin website
compreensão do mundo que nos cerca. Para isso há a necessidade de métodos e políticas de ensino, e também espaços de reflexão e difusor de conhecimento.
“É de conhecimento corrente que a palavra museu origina-se na Grécia antiga. Mouseion denominava o templo das nove musas, ligadas a diferentes ramos das artes e ciências, filhas de Zeus com Mnemosine, divindade da memória. Esses templos não se destinavam a reunir coleções para a fruição dos homens; eram locais reservados à contemplação e aos estudos científicos, literários e artísticos”. (JULIÃO, 2006, p. 20)
Marandino (2003) cita que os espaços além da escola devem ser estimulados para educar as pessoas, como uma complementação ao ensino básico. Espaço esses como zoológicos, jardins botânicos, parques e museus.
De acordo com o International Council of Museums – ICOM, hoje museus podem ser definidos por: “[...] instituições permanentes, sem fins lucrativos, ao serviço da sociedade e do seu desenvolvimento, abertas ao público, que adquirem, preservam, pesquisam, comunicam e expõem, para fins de estudo, educação e lazer, os testemunhos materiais e imateriais dos povos e seus ambientes. ” (ICOM, 2007)
6.2 Museus “O museu é a representação da emergência do homem na era moderna. Sua origem deve-se a temas fundamentais do Renascimento: A consciência do passado, a criação e a coleção de arte, que deram origem ao desenvolvimento de espaços específicos […]. ” (TRAIN, 2007)
Nesse sentido de acordo com o Instituto Brasileiro de Museus (IBRAM, 2011) podem ser classificados diversos tipos de museus de acordo com a tipologia de seu acervo, podendo ser de antropologia, artes visuais, história, imagem e som, virtual, de ciências, entre outros.
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Esta pesquisa irá tratar sobre um museu de ciências de terceira geração, segundo McManus (1992), os museus de ciência podem ser classificados em gerações pelas suas temáticas tratadas: museus de primeira geração (os que tratam de história natural), de segunda geração
6.3 Espaço e Evento
(museus voltados para ciência e indústria), e terceira geração (museus sobre fenômenos e con-
eventos que acontecem dentro dela” (TSCHUMI, 1996) Ainda de acordo com Tschumi (2008), existem três condições do espaço na arquitetura, Reciprocidade, Indiferença e Conflito. Reciprocidade pode ser definida quando o programa de um
ceitos científicos).
“Arquitetura – em sua relevância social e invenção formal – não pode ser desassociada dos
“A terceira geração de museus de ciência tem como foco central a temática dos fenômenos e conceitos científicos. Nesta geração a comunicação entre os visitantes e a ciência é mediada por uma maior interatividade com os aparatos, [...], passando a ser a marca registrada desta geração. As críticas em relação à forma anterior de interatividade fazem surgir uma alternativa que procura garantir o engajamento intelectual dos usuários por meio de uma interação física dinâmica, não restrita a simples toques. A construção dos museus interativos de ciência se baseia nos estudos sobre a percepção sensorial humana. “ (CAZELLI et al., 1999, p. 10).
espaço coincide com sua forma, ou modela a forma. Indiferença é quando uma forma selecionada pode acomodar qualquer programa, geralmente resulta em uma forma determinista e um progra-
Visto isso, para um museu de terceira geração há uma importância da relação do espaço sobre a percepção sensorial do visitante no modo de como as informações são assimiladas. Não somente restringir o museu a conter aparatos que permitam uma interatividade com o público, a arquitetura do espaço deve informar e conversar através das sensações, a relação entre o espaço e evento (as atividades que dentro ocorrem) deverá ser priorizada.
“O jovem sorri na tela enquanto ela dura. O sangue lateja sob a pele deste rosto de mulher, e o vento agita um ramo, um grupo de homens se apressa em partir. Num romance ou num filme, o jovem deixa de sorrir, mas começará outra vez, se voltarmos a tal página ou a tal momento. A arte conserva, e é a única coisa no mundo que se conserva. ” (DELEUZE, 1996, p. 211)
Figura 06 - Proposta para a Biblioteca Nacional de Paris, Bernard Tschumi
ma indeterminado. Por último conflito, o qual é quando você deixa a forma e programa propositalmente “colidir” – por exemplo uma pista de corrida em uma biblioteca (figura 06) – gerando assim eventos inesperados. Portanto gerar conflitos é gerar afectos, afectos que podem ser explicados na filosofia de Gilles Deleuze:
Deleuze estabelece que “O que se conserva, a coisa ou a obra de arte, é um bloco de sensações, isto é, um composto de perceptos e afectos. ” (1996, p. 211). Ou seja, as sensações que são transmitidas através da arquitetura ou uma obra são o que são mantidos pelas pessoas. O estudo visa informar aos visitantes por meio da forma do museu e dos espaços (a forma como complemento das exposições), com a exploração de sensações criadas a partir de conflitos – da relação de espaço-evento explicadas por Tschumi – assim fazendo com que o experienciador reflita e critique. Através de um método contemporâneo de projeto, o parametricismo, irá ser buscado estudar as variações de forma e relações interespaciais com os eventos.
Fonte: National Library of France (TGB), em Bernard Tschumi Architects
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6.4 Parametricismo Figura 07 - Experimento com filme de sabão, Frei Otto
Parametricismo, de acordo com Schumacher (2008) pode ser considerado um estilo novo de arquitetura baseado em sistemas avançados de desenho paramétrico. As técnicas de design (ou desenho) em questão tratam-se do uso de animação, simulação e ferramentas de encontro de formas (form finding tools) e também a modelagem paramétrica e scripting ou algoritmos (forma de programação). Ou seja, é um estilo novo emergente que se baseia em técnicas de design paramétrico. Cormen et al (2002), classifica algoritmo como: “[...] qualquer procedimento computacionai bem definido que toma algum valor ou conjunto de valores como entrada e produz algum valor ou conjunto de valores como saída. Portanto, um algoritmo é uma sequência de passos computacionais que transformam a entrada na saída.”
Schumacher (2008) ainda coloca que o parametricismo como estilo e não só como uma técnica de design, ele emerge na exploração criativa da forma e dos sistemas paramétricos com a articulação de processos sociais complexos, é um estilo e uma técnica de design baseados em parâmetros e variáveis que definem, codificam e esclarecem a relação entre a intenção do design e a resposta do design. Nesse processo uma série de elementos são aplicados em um campo relacional, e como isso é feito ou como esses elementos são aplicados, são considerados parâmetros. Quaisquer variações dos parâmetros e campo relacional são respondidos no design. Frei Otto em 1954 por exemplo, em seus modelos de form-finding (encontro de formas), trazia grandes números de componentes (parâmetros) para um campo de força gerador e orga-
Fonte: Pritzker 2015: Frei Otto e a importância da experimentação na arquitetura, em Archdaily 2015
Figura 08 - Estádio olímpico de Munique, Frei Otto
nizador da forma (LOPES et al., 2014). Em seus modelos de filme de sabão, ele explorava as superfícies mínimas do sabão (forma) e manipulava através de palitos ou fios (parâmetros). A arquitetura e urbanismo vanguardistas estão passando por um ciclo de adaptação inovadora – a remodelação e a adaptação da disciplina às exigências da era socioeconômica do pós-fordismo (SCHUMACHER, 2008) – com o objetivo de organizar e articular a crescente complexidade dessa sociedade. O pós-fordismo traz com ele uma sociedade heterogênea, cada pessoa com sua característica, em decorrência disso hoje há facilidade e a necessidade de produção em massa customizada (mass-customization) para mercados específicos. Schumacher (2008) ainda menciona que o atual estágio de avanço dentro do parametricismo se relaciona tanto com o avanço dos processos computacionais de design e a realização organizacional e formal única do designer. O parametricismo só pode existir através do avanço contínuo e da apropriação sofisticada da geometria computacional. Portanto, através do parametricismo, é possível explorar as relações interespaciais, associando forma e efeitos desejados, levando em consideração como parâmetros aspectos contextuais (ambientais, locais, entre outros) e campos relacionais (onde está inserido).
Fonte: AD Classics: Munich Olympic Stadium / Frei Otto and Gunther Behnisch, em Archdaily 2011
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7 REFERÊNCIAS ARQUITETÔNICAS Mercedes Benz Museum - UN Studio O Museu da Mercedes Benz projetado pela UN Studio e construído em 2006, é um museu automobilístico em Stuttgart na Alemanhã, suas mostras contém a história da marca Mercedez-Benz e da evolução dos carros (BERKEL, BOS, 2006). Com nove pavimentos, aproximadamente 16.500 m² de área e locado próximo a uma rodovia importante da cidade, o museu é um marco para Stuttgart e também uma obra importante da arquitetura devido a sua forma e a maneira de como foi projetado. O edifício sintetiza a organização de seus espaços interiores através do uso de uma geometria complexa baseada em um trevo de três folhas. Geometria complexa, pois, o programa e fluxo do edifício é distribuído de forma espiral sobrepostas e interseccionadas em uma espécie de
“O museu da Mercedes Benz não é apenas um tributo a um dos principais fabricantes de automóveis, é também uma demonstração única do que a engenharia estrutural e arquitetetura podem alcançar hoje. Não há ângulos retos ou superfícies planas no edifício todo, o qual foi planejado inteiramente em 3D” (SOBEK, 2010)
Ao contrário de muitas obras, o projeto foi desenvolvido em 3D (três–dimensões) desde o começo, permitindo assim através de softwares e modelos analisar sua forma, fluxos, estrutura e até experiência dos usuários de uma maneira diferenciada (figura 10). O museu foi desenvolvido utilizando estratégias paramétricas, dado a sua complexidade de
loop, de forma a criar um percurso de rampas com o intuito de gerar experiências diferentes, e em suas intersecções o visitante pode mudar de caminho.
forma para a construção, possuindo assim em seu sistema paramétrico os sistemas construtivos integrados, de maneira que a mudança de um parâmetro modifica o sistema como um todo. O conceito e o design dessa obra mostram a utilização de métodos diferentes e complexos que criam um caminho para um pensamento projetual distinto dos atuais.
Figura 09 - Mercedes Benz Museum
Figura 10 - Mercedes Benz Museum
Fonte: UN Studio, Mercedes Benz Museum, 2006
Fonte: UN Studio, Mercedes Benz Museum, 2006
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Rain Room - Olafur Eliasson
Hormonorium - Philippe Rahm Figura 11 - Hormonorium - Pavilhão Suíço em Veneza, 2002
Figura 12 - Rain Room
Fonte: Philippe Rahm, Hormonorium
Fonte: ‘Rain Room’ installation simulating downpour coming to LACMA, em Los Angeles Times 2015
Philippe Rahn é um arquiteto Suíço famoso por trabalhar com a questão do conforto térmico e como fatores ambientais podem moldar um ambiente. Rahm tem uma abordagem alternativa à arquitetura, chamada de Design Meteorológico, através de luz, temperatura, umidade, e pressão
Rain Room (Ou sala da chuva) é uma instalação imersiva realizada pelo artista Olafur Eliasson, na qual simula uma chuva em uma sala preta escura fechada. O visitante caminha no espaço e se mantém seco. Através de um sistema inteligente a
ele busca criar efeitos experienciais a fim de produzir um envolvimento sensorial com o visitante. Em sua instalação Hormonorium no Pavilhão Suíço, Phillippe busca a quebra das fronteiras
chuva artificial é direcionada para não atingir as pessoas. Olafur objetiva a crítica da relação do homem e atmosfera, como o clima modela a cidade e
físicas entre o espaço e as pessoas. Em uma sala branca ele representa as sensações dos alpes suíços através do clima, iluminação, e do ar. Lâmpadas no piso simulam a iluminação natural refletida na neve, o nível de oxigênio na sala é diminuído, simulando o ar rarefeito desse ambiente. Essa instalação tem como objetivo simular um clima e estimular o corpo do visitante fisio-
como a cidade experiência o clima, e como é entendido e percebido o mundo que nos envolve.
logicamente oferecendo um espaço descontextualizado e não geografado.
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NEMO - Renzo Piano
O museu NEMO é um museu de ciências focado para crianças localizado nos países bai-
xos, foi projetado pelo arquiteto Renzo Piano e construído em 1997. A sua implantação foi realizada sob as fundações de um túnel rodoviário da cidade que se projeta abaixo da baía de Oosterdok (BUCHANAM, 1999). Piano nessa obra buscou o conceito de entrar em um novo mundo para que haja uma maior imersão e interação com o museu, fato que pode ser percebido na pequena quantidade de aberturas em sua fachada com o intuito de criar ambientes isosados, o objetivo do museu é tornar a ciência e a tecnologia acessíveis a todos. Renzo também trabalhou na relação do píer, onde o museu está inserido, com a cidade, criando uma grande praça com mirante no topo do edifício. Sua forma curvada e inclinada remete a um navio, em sua casca painéis de cobre são utilizados como revestimento, que com a corrosão durante o tempo atinge uma cor esverdeada. Em análise das plantas é possível notar que os níveis foram arranjados de uma maneira “diagonal para cima”, onde o percurso das galerias ocorre em todos os níveis e são ligados por
Figura 13 - NEMO Museum, Renzo Piano
Fonte: NEMO Science Museum, em Holland.com
escadas com iluminação zenital, formando uma sequência que atrai o visitante para dentro e para o topo do edifício. No primeiro nível do museu o conceito da galeria é DNA e reações em cadeia, um modelo grande de uma fita de DNA atravessa os níveis desde o primeiro pavimento, no segundo nível se encontram exposições sobre ciclo da água, eletricidade entre outros, uma sala de cinema e uma pequena cafeteria também fazem estão locadas nesse nível. O terceiro andar conta com um laboratório de ciência gigante onde o visitante pode interagir e realizar experimentos, há também uma pequena seção de economia e negócios. No quarto pavimento, encontra-se uma seção sobre a mente humana, nesse andar a iluminação é reduzida para imergir a pessoa sobre a mostra. No último pavimento, encontra-se uma cafeteria com acesso a uma praça com vista da cidade ao topo do prédio.
Figura 14 - NEMO Museum, Elevação Sul e Corte
Fonte: NEMO Museum, RPBW
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Museu do amanhã - Santiago Calatrava
O Museu do Amanhã , projetado pelo arquiteto espanhol Santiago Calatrava e construído
Figura 16 - Plantas Museu do Amanhã
em 2015, é um museu de artes e ciências interativo localizado no Rio de Janeiro. Ele contém uma área total construída de 15.000m², desses aproximadamente 5.000m² reservados para exposições temporárias e permanentes (ROSENFIELD, 2015). O foco do museu é tratar sobre os impactos das mudanças climáticas e da degradação ambiental no mundo, fazendo assim com que o visitante critique e reflexione sobre a sociedade em 50 anos. Em análise as plantas, pode-se perceber que as áreas de exposições dessa obra de Calatrava parte de uma planta livre onde os eventos acontecem ao longo do percurso do visitante através de salas separadas com as exposições interativas. No primeiro pavimento há um grande hall e átrio que dão acesso ao auditório, a área de exposição temporária e área de oficinas, e suas áreas de serviço. No segundo pavimento encontra-se um grande percurso onde ocorrem as exposições principais. A construção do museu foi realizada através de uma parceria público-privada, com apoio do Estado e patrocinado por empresas privadas. Figura 15 - Museu do Amanhã
Fonte: Porto Maravilha, Museu do Amanhã, 2015
Fonte: Santiago Calatrava: Museu do Amanhã, Rio de Janeiro, Arcoweb
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Síntese de tipologia de implantação
Foi realizada uma análise das implantações dos estudos de caso para se entender melhor como cada edifício se relaciona ao seu entorno e qual sua tipologia.
ele. O museu NEMO, se encontra em uma área portuária e marca o início de um túnel que passa por baixo do museu. O Museu do Amanhã no Rio de Janeiro tem sua implantação locada no pier Mauá e também devido as suas características arquitetônicas é um objeto marcante na paisagem.
Ambos os três casos podem ser considerados implantações orientadas ao objeto, ou seja, o objeto arquitetônico se dá como um ponto de destaque no entorno porém todos apresentam características individuais.
O museu da Mercedes-Benz trás na sua implantação elementos que harmonizam com
Diagrama 01 - Análise de implantação urbana
Museu do amanhã
O Museu do Amanhã no Rio de Janeiro faz parte do projeto Porto Maravilha, a implantação dele se da por um objeto isolado que se destaca no entorno do pier banhado pela baía.
NEMO Museum
O museu NEMO se articula no tecido viário existente, sendo um objeto que se destaca, assim como o museu do amanhã, por estar em uma área portuária.
Fonte: Bing maps 2017 com alteração do autor
Mercedes Benz Museum
O museu da Mercedes-Benz é implantado ao lado de uma rodovia importante da cidade de Stuttgart, apesar de ser um objeto que se diferencia do entorno, ele contém elementos em seu terreno que criam uma harmonia na sua implantação.
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8 DEFINIÇÃO DO PROGRAMA Tabela 01 - Programa de Necessidades para Proposta
cada setor construído, assim podendo relacionar as hierarquias e quantidade de área necessária para atender cada setor, e entender a relação de proporção do programa. A partir desses gráficos dos estudos de caso, a relação de população atendida e estudos bibliográficos foi possível realizar um programa para atender a proposta do Museu de Ciências da Chuva em Joinville (Tabela 01). O programa para o Museu de Ciências da Chuva em Joinville contará com 04 galerias para exposições, sendo uma delas reservada para exposições itinerantes com capacidade para atender até 400 pessoas, o programa conta também com um auditório com capacidade para 350 pessoas, e uma cafeteria de médio porte para atender o público. Figura 17 - Gráfico da relação de proporção de áreas do programa dos estudos de caso
EXPOSIÇÃO AUD.
fluxos, mobiliários, áreas de serviço e apoio, e também sua relação com as cidades inseridas. Com essa compreensão foi elaborado um gráfico (figura 17) dividido por setores com a área total de
OFICIN. COMERC. ADMINISTRAÇÃO
assim as atividades, mobiliário, população e área necessária. Como primeiro passo foi realizado uma análise das áreas internas dos museus Nemo de Renzo Piano e Museu do Amanhã de Santiago Calatrava, verificando quais são seus ambientes,
SETOR
SERVIÇO
A definição do programa da proposta foi realizada com base nos estudos de caso, com o intuito de entender como funciona a divisão espacial de um museu de ciências, compreendendo
AMBIENTE Galeria 01 Galeria 02 Galeria 03 Galeria 04 Hall e Bilheteria Guarda Volume Áreas de Apoio Sanitários Auditório Tradução/Area VIP Recepção/ Secretaria
ATIVIDADE Exposições Exposições Exposições Exposições Compra de ingressos Armazenamento Deposito/Acervo/Segurança Necessidades dos visitantes Apresentações e Debates Recepção de visitantes
P. FIXA P. VARIÁVEL 200 400 150 50 3 200 1 3 5 350 8 2 5
MOBILIÁRIO Balcão e cadeiras Armários e prateleiras Vasos sanitários e pias Cadeiras, multimídia Cadeiras, multimídia Mesas, cadeiras e sofá
ÁREA (M²) 600 900 350 150 100 50 100 50 350 20 15
Almoxarifado
Armazenamento
-
3
Armários e prateleiras
10
Sala de Funcionários Escritorios Documentação Sala de reunião Sanitários Cozinha/ Copa Loja
Financeiro/Funcionarios 02 Escritórios Armazenamento Reuniões Necessidades dos funcionários Preparação e alimentação dos funcionários Venda de Souvenirs
4 2 2
2 2 2 15 1 10 30
15 25 10 20 15 10 75
Café
Venda de alimentos
3
50
Inst. Sanitária Oficina
Necessidades dos visitantes Aulas para visitantes
-
5 30
Mesas e cadeiras Mesas e cadeiras Armários, prateleiras e cadeiras Mesas e cadeiras Vasos sanitários e pias Fogão, pia, geladeira, balcão, Balcão e estantes Balcão, mesas e cadeiras e pequena cozinha Vasos sanitários e pias Mesas, cadeiras e estantes
Depósito
Armazenamento de materiais
-
3
Armários e prateleiras
20
Armários e prateleiras
Reservatórios/Subestação/Quadros/AC
75
Armazenamento Preparação e alimentação dos funcionários
-
3 10
Fogão, pia, geladeira, balcão,
700 20 15
Inst. Sanit./ Vestiário
Necessidades dos funcionários
-
5
Vasos sanitários e pias
20
CIRCULAÇÃO
2300
370
120
165
15 50
Salas técnicas Depósito Cozinha/ Copa
TOTAL
Á. SETOR (M²)
70 700 55
4470
Fonte: Produzido pelo autor Figura 18 - Relação de proporção de áreas
Analisando o programa proposto e a relação das proporções das áreas com os estudos de caso, pode-se notar uma semelhança na disposição das áreas dos ambientes porém com algumas caracterísicas diferenciadas. O programa prevê uma área total necessária de 4.470m².
Fonte: Produzido pelo autor
16
9 DEFINIÇÕES GERAIS DO PROJETO 9.1 Agentes de Intervenção e Objetivos
Portanto a implantação do Museu de Ciências da Chuva em Joinville pode-se utilizar tanto de recursos privados de empresas locais, e de recursos provindos do meio público e ainda assim
A implantação de um Museu de Ciências em Joinville de porte médio proposto terá como consequência uma mudança urbana no meio onde será inserido, podendo promover e transformar
gerar fundos para se manter e até lucrar. De acordo com Redondo (2012) um museu é uma vasilha para conteúdos, conteúdos que podem ser comprados e vendidos, logo, um museu pode ser capaz de atrair recursos financeiros.
os espaços no entorno e a cidade em geral, gerando capital e progresso social. De acordo com o IBRAM (Instituto Brasileiro de Museus), existem três alternativas principais para o financiamento de projetos de museus no país com ajuda do Estado, sendo elas: o apoio direto pelo Ministério da Cultura e setores vinculados com recursos do Orçamento Geral da União (OGU); por meio de Emendas Parlamentares a OGU; e por incentivo fiscal com parceria do meio privado através da Lei de Incentivo à Cultura (lei 8.313/91), a qual o meio privado patrocina o projeto e como incentivo podem deduzir os recursos efetivamente aplicados do seu Imposto de Renda. Como estudo de caso para a implantação de um projeto de museu no Brasil foi analisado a
Figura 19 - Museu da Imagem e do Som - RJ
construção da nova sede do Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro, projeto desenvolvido pelo escritório americano Diller Scofidio + Renfro (figura 19). Nessa obra o projeto contou com investimentos tanto do meio público, com recursos do Governo do Rio de Janeiro e financiamentos derivados dos Programas de Desenvolvimento do Turismo (PRODETUR) e de Apoio ao Investimento dos Estados (PROINVEST), e quanto do meio privado através da Lei de Incentivo à Cultura com patronos como a Organizações Globo, Itaú e Natura, e como patrocinadores a Vale do Rio Doce, IBM, Ambev e Light. (MOTTA e ORTIZ, 2013). Motta e Ortiz (2013), em análise ao MIS – RJ relacionam como os custos de manutenção e funcionamento de um museu, ou serviço cultural podem ser garantidos através de bilheteria:
“Enquanto os custos de implantação são derivados de projetos arquitetônicos e de engenharia, a estimação dos benefícios culturais está associada aos ganhos de bem estar que o museu pode oferecer. Bens e serviços culturais, da mesma forma que bens e serviços ambientais, podem possuir valor de uso e valor de não uso. Por exemplo, a visita a um sítio cultural pode gerar benefícios recreativos e, tanto para financiar esse uso quanto evitar seu congestionamento, pode-se cobrar um preço por esse uso e tratá-lo à semelhança de um bem privado racionado via preços. ”
Serviço cultural pode ser caracterizado por uma atividade que, não assume uma forma de um bem material, porém atende a um desejo ou necessidade de cultura para sociedade. (COELHO, 1997, p. 340). Fonte: Diller Scofidio + Renfro
17
9.2 Caracterização da População
9.3 Fluxos e Acessos da Proposta
Como o foco do Museu de Ciências da Chuva em Joinville é a educação ambiental e a reflexão e questionamento do meio e sociedade dos desastres naturais, a pretensão é abranger um público diversificado, desde moradores a turistas, de jovens a adultos. A definição do programa prevê quatro galerias temáticas e um auditório, onde serão expos-
Através do desenvolvimento do programa e das análises dos estudos de caso como o Museu Nemo, e o Museu do Amanhã, foi possível desenvolver como será realizada a circulação e fluxo interno da proposta do Museu de Ciências da Chuva em Joinville, pré-definindo assim um fluxograma em relação ao programa proposto (figura 19).
tos e apresentados a história da chuva e desastres naturais e a relação da sociedade, através de exposições interativas que atendem os públicos diversificados.
Basicamente os acessos serão divididos em três, Acesso Público (o do visitante), Acesso Administrativo e Acesso de Serviço. O acesso público se dá a partir do hall e bilheteria da proposta,
Moradores poderão entender a relação da chuva com a cidade em que vivem, como as causas e consequências se informando sobre tal, e turistas serão atraídos por ser um espaço inovador com um foco diferenciado. Além das galerias, a proposta oferece um espaço para oficinas o qual
onde o visitante poderá ir para o auditório, oficina, café, loja e as galerias de exposição. O acesso administrativo condizendo ao nome será o acesso para a administração do museu, será utilizado por funcionários administrativos e clientes. O acesso de serviço será para os funcionários em geral
pretende envolver jovens e adultos com o intuito de informar de uma maneira prática as questões ambientais. Uma das galerias do programa irá ser reservada a exposições itinerantes sendo assim, expostas regularmente diferentes obras e instalações, motivando distintas visitações ao longo do tempo. O auditório será flexível, podendo ser utilizado em conjunto das galerias como ferramenta para apresentações ligadas as mostras ou separado, atendendo assim eventos com interesse privados ou da comunidade.
do museu. Analisando a área de exposição, é previsto um percurso a partir da galeria 01 até a galeria 03 e 04 (essa que poderá ser acessada separadamente ou não).
Figura 20 - Fluxograma da proposta
Fonte: Produzido pelo autor
18
10 LEVANTAMENTO DA ÁREA DE INTERVENÇÃO 10.1 Definção da área de estudo
Figura 13 - Ocupação Histórica de Joinville
Mapa 01 - Mapa de Densidade/Vias Principais/Alagamento
Fonte: Prefeitura Municipal de Joinville
O processo histórico da ocupação do território pelas populações humanas desde os primórdios das civilizações é dado com um primeiro estabelecimento às margens ou proximidades dos recursos hídricos em busca da posse da água, transporte, e como forma de sobrevivência. Portanto as cidades principalmente se estabelecem no entorno de fontes hídricas, como é o caso de Joinville que foi fundada as margens do rio Cachoeira (SAME, 2016). Esse crescimento histórico da cidade fez com que a cidade desenvolvesse no eixo norte-sul. A escolha da área para a proposta baseou-se principalmente no uso de centralidades e polo atratores de visitações existentes para ter uma acessibilidade maior ao Museu de Ciências da Chuva em Joinville. As questões ambientais das chuvas e inundações tratadas na proposta do museu se tornam aspectos decisivos para a escolha da área de intervenção. Essa escolha, no entanto, baseou-se em um processo que não apenas serviu para a afirmação da escolha do terreno em si, mas também teve o papel de criar coesão no âmbito metodológico deste trabalho.
Fonte: IPPUJ 2013/2009 com alteração do autor
19
A proposta do Museu de Ciências da Chuva é atrair turistas e moradores da cidade e região, em decorrência disso, há a necessidade de ser implantado em uma área já consolidada da cidade e de fácil acesso, por isso a análise dos eixos principais, densidade e dos polos geradores de atrativos se tornam importantes. Paralelamente as áreas que sofrem influências das enchentes e a ligação visual com a hidrografia, áreas verdes e morros também são de grande relevância para a escolha da área. Primeiramente o diagnóstico para a escolha da área teve como objetivo analisar a área com maior polo gerador de deslocamento como destino - no caso o Centro de Joinville - e os bairros no entorno, verificando os eixos viários e os equipamentos urbanos das regiões em questão (como geradores de centralidades), e também sua relação com as áreas alagáveis e topografia. Sendo assim foi possível delimitar seis bairros passíveis para a implantação do museu, sendo eles: Centro,
10.2 Diagnóstico da área urbana Ao analisar essa área dos bairros em relação aos aspectos já citados em uma escala menor, foram determinadas duas possíveis áreas de implantação entre o bairro Saguaçú e Centro (mapa 3 e 4), essas áreas se encontram em um eixo viário central importante da cidade (Av. Hermann August Lepper e Av. José Vieira) às margens do Rio Cachoeira, contendo em sua proximidade equipamentos urbanos já consolidados, como o Centreventos Cau Hansen, SESC Joinville, Parque Zoobotânico, entre outros. Ambas as áreas estão situadas próximas ao Rio Cachoeira e são áreas alagáveis, porém ao analisar a questão visual e a relação com a topografia do entorno, foi a escolhida a área 2 que é convizinha ao Morro do Boa Vista.
Saguaçú, Bucarein, Atiradores, América e Anita Garibaldi. Mapa 02 - Mapa recorte dos bairros e equipamentos urbanos.
Mapa 03 - Mapa área de estudo
Fonte: Google Earth com alteração do autor
Fonte: IPPUJ com alteração do autor
20
Mapa 04 - Mapa da área recorte ampliado com possíveis terrenos para implantação
Fonte: Google Earth com alteração do autor
21
10.3 Sistema de Circulação e Usos
Mapa 05 - Mapa da área recorte ampliado e usos predominantes do entorno
Um dos aspectos para a escolha da área foi a acessibilidade. Analisando o terreno escolhido e a área de estudo, ela está em uma região central da cidade na Av. Hermann August Lepper com acesso também pela R. Dona Francisca, ambas as ruas possuem transporte público além de estar situada próxima ao terminal Central. Essa área também está localizada perto das vias Blumenau e João Colin que fazem o sentido norte-sul da cidade e facilita o acesso provindo do aeroporto e rodoviária. Também está próxima as vias Max Colin e Timbó, que fazem o eixo centro-oeste, possibilitando um fácil acesso da rodovia BR - 101, criando assim uma conectividade para dentro e fora da cidade. A tipologia de usos próximas ao terreno é caracterizada pelo uso predominante residencial nas quadras à leste nas vias menores e comercios e serviços nas vias principais e nas áreas vizinhas. Portanto para não ser um elemento agressivo ao bairro a questão da implantação em uma via principal é reforçada. Com a implantação do Museu de Ciências da Chuva na área, os setores de serviço e comercios deverão suprir a demanda criada, ou mesmo irá impulsionar ainda mais o crescimento desse setor.
Fonte: Google Earth com alteração do autor
22
10.4 Microclima e Insolação
O lote é um lote particular sob a inscrição 13-20-34-27-760, com uma área total de 20.934,79 m² com uma testada de 272.6 m (Espelho Cadastral - Prefeitura Municipal de Joinville
O clima de Joinville é caracterizado pelo subtropical, e como a cidade se encontra em um nível próximo ao mar, a temperatura média da cidade é alta, e a questão das inundações da cidade além da chuva sofre grandes influencias pelo nível da maré, o qual faz com que o nível do Rio suba.
2017). Conforme a Lei de Ordenamento Territórial vigente na cidade de Joinville ele está situado sob o macrozoneamento AUAP - Área Urbana de Adensamento Prioritário - no setor SA - 02 (Setor de Adensamento Prioritário 2) o qual permite o tipo de uso desejado. (Lei Complementar
De acordo com o Climatempo (2017), os ventos na cidade são predominantes na direção nordeste. Próximo a área escolhida não há edíficios que possam dar grandes influências na questão
470/2017). Ainda de acordo com a Lei Complementar 470/2017, é permitido um coeficiente de apro-
ambiental de insolação e ventilação, porém a mancha de inundação contempla a área e também ela está situada próximo ao Morro do Boa Vista. Portanto aspectos relacionados à umidade e Insolação excessiva deverão ser considerados no projeto
veitamento do lote (CAL) de até 2,0 com uma taxa de ocupação de até 60%, ou seja não havendo problemas quanto a implantação do museu no lote e permitindo a criação de uma grande praça pública. Quanto as vagas de estacionamento a lei prevê uma vaga a cada 50m² e uma vaga para carga e descarga a cada 500m². Outro aspecto que deverá ser considerado no projeto é a Lei Federal 12.651/2012, pois se tratando de um lote próximo a um curso d’água, deverá relevar os recuos necessários previstos nessa lei.
10.5 Dados Técnicos O terreno escolhido está localizado na Av. Hermann August Lepper com acesso também pela R. Dona Francisca Vizinho à Câmara Municipal de Vereadores da Cidade. Atualmente o terreno contém um estacionamento particular ao sul, que é utilizado por usuários e visitantes da Câmara. Figura 20 - Área escolhida e entorno imediato
Fonte: Google Earth com alteração do autor
Mapa 06 - Lote escolhido e zoneamento
Fonte: SIMGEO Joinville com alteração do autor
23
11 CRITÉRIOS PARA PROPOSTAS URBANAS Como início de proposta urbana para a área foram realizados estudos para definir critérios importantes a serem considerados na implantação do Museu de Ciências da Chuva na área defi-
11.1 Fluxos Urbanos
nida.
Atualmente a via a frente que dá acesso ao terreno não há calcamento em seu lado voltado para o Rio Cachoeira, o que prejudica a relação visual do rio e a integração com o outro lado da cidade.
Essa etapa objetivou analizar os impactos do objeto proposto na área e os impactos da
cidade no objeto proposto, - divididos em seis critérios: Fluxo Urbano, Índices Urbanísticos e Zoneamento, Uso do Solo, Fatores Ambientais, Equipamentos Urbanos e Áreas Alagáveis. - a fim de compreender o entorno e criar propostas adequadas para uma melhora da área no âmbito da 2. DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS E PROPOSTAS
cidade e edifício. Foi realizado um mapa das possíveis propostas para a etapa projetual e diagra2. DEFINIÇÃO DE CRITÉRIOS E PROPOSTAS mas para exemplificar as propostas. 2.1 Definção dos Critérios
equipamentos urbanos. A linha de ônibus que passa pelo perímetro e intermediações da área é a Circular Centro, a qual não apresenta horários de domingo e tem horários reduzidos nos sábados, como proposta seria o funcionamento dessa linha em pleno nos sábados e domingos, a fim de ser utilizadas para o acesso aos equipamentos.
Mapa 07 - Mapa de propostas
E.P.E.F.M. BOM JESUS IELUSC
BOM JESUS IELUSC
Com a implantação do Museu de Ciências da Chuva na área será necessário o passeio dos dois lados da via e pontos de integração para o outro lado do rio, onde estão dispostos outros
E.P.E.F.M. BOM JESUS IELUSC
BOM JESUS IELUSC
ACIJ ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE JOINVILLE
ACIJ ASSOCIAÇÃO DO COMÉRCIO E INDÚSTRIA DE JOINVILLE
C.E.I. FADINHA
C.E.I. FADINHA
Figura 22 - Diagrama de proposta
SCHNEIDER MOTOBOMBAS
SCHNEIDER MOTOBOMBAS
ACE - F.C.S.J. CLÍNICA DE FISIOTERAPIA
A.A.B.B. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA BANCO DO BRASIL
CAPELA SÃO FRANCISCO
CIRETRAN
E.P.E.F.M. MACHADO DE ASSIS REDE PITÁGORAS
ACE - F.C.S.J. CLÍNICA DE FISIOTERAPIA
A.A.B.B. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA BANCO DO BRASIL
CAPELA SÃO FRANCISCO
CIRETRAN BANCO SANTANDER
COLÉGIO ADVENTISTA DE JOINVILLE
E.P.E.F.M. MACHADO DE ASSIS REDE PITÁGORAS
LOJAS BREITHAUPF
BANCO SANTANDER
BANCO BESC
COLÉGIO ADVENTISTA DE JOINVILLE
COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE PARÓQUIA ''MARTIN LUTHER''
LOJAS BREITHAUPF
BANCO BESC
SESC
SESC
CEF
CEF
I.O.T. INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
HOSPITAL DR. JESSER AMARANTE FARIA
MUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE PARÓQUIA 'MARTIN LUTHER''
SA - 01
UNIMED JOINVILLE
SA - 02
BIG SUPERMERCADO
SESC BIG SUPERMERCADO
SESC
CEF
CEF
I.O.T. INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
CÂMARA MUNICIPAL
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRO DE
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
SA - 01
E SUSPENSÃO
PIO ESCAPAMENTOS
EVENTOS CAL HANSEN
UNIMED JOINVILLE
FÓRUM JOINVILLE
SA - 02
AGÊNCIA DOS CORREIOS GIASSI SUPERMERCADO
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
KAVO BRASIL S/A
E.E.B. PROF. GERMANO TIMM
A.O.B. JOINVILLE
SEINFRA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E PAVIMENTAÇÃO
CRAJ CLUBE DOS RADIALISTAS AMADORES DE JOINVILLE
BIG SUPERMERCADO BIG SUPERMERCADO
-
CASA DA CULTURA OFICINA DA PREFEITURA
RBS REDE GLOBO
ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
MUSEU SAMBAQUI
LEPPER S/A
SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
CÂMARA MUNICIPAL
-
IBGE
LEPPER S/A
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
ASSOC. BENEFICENTE EVANGÉLICA DE JOINVILLE
IGREJA LUTERANA MISSÃO EVANGÉLICA UNIÃO CRISTÃ
FÓRUM JOINVILLE
SHOPPING CIDADE DAS FLORES
SHOPPING
E SUSPENSÃO
PIO ESCAPAMENTOS
CIDADE DAS FLORES
BANCO SICOOB BANCOOB
BANCO DO BRASIL
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
COLÉGIO BOM JESUS SELUSC
DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL HOSPITAL DONA HELENA
AGÊNCIA DOS CORREIOS
CORREIOS
GIASSI SUPERMERCADO
KAVO BRASIL S/A GPAGRI
BANCO REAL
E.E.B. PROF. GERMANO TIMM
BANCO BANRISUL
BRASIL TELECOM
BANESPA
A.O.B. JOINVILLE
ITAÚ
BRADESCO UNIBANCO ECT
SEINFRA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E PAVIMENTAÇÃO
SOCIEDADE HARMONIA LYRA
CRAJ CLUBE DOS RADIALISTAS AMADORES DE JOINVILLE
PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE
GALERIA 9 DE MARÇO FUDEMA IBIS ACCOR HOTELS
TERMINAL DE ÔNIBUS CENTRAL JOINVILLE TENIS CLUBE
SEC. DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL - JOINVILLE
-
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES ESTRELA DA PRAIA
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE JOINVILLE
INSS
PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇAO
BIBLIOTECA PÚBLICA
CASA DA CULTURA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
TÊNIS CLUBE
BIBLIOTECA PÚBLICA
OFICINA DA PREFEITURA PERVILLE
ITAÚ
UNIDADE SANITÁRIA
RBS REDE GLOBO
-
ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE
LABORATÓRIO E AMBULATÓRIO MUNICIPAL
HSBC
MUSEU SAMBAQUI
LEPPER S/A
SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
SHOPPING MUELLER
ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES DA PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE
MUSEU NACIONAL DA IMIGRAÇÃO E COLONIZAÇÃO
SHOPPING MUELLER
CEREST
-
BLUE TREE TOWERS
CONSELHO TUTELAR PARAFUSOS CISER S/A CAIXA ECONÔMICA
IBGE
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
LEPPER S/A
Mancha de Inundação
Terreno da Proposta
IGREJA LUTERANA MISSÃO EVANGÉLICA UNIÃO CRISTÃ
ASSOC. BENEFICENTE EVANGÉLICA DE JOINVILLE
Equipamentos Urbanos Culturais SHOPPING CIDADE DAS FLORES
SHOPPING CIDADE DAS FLORES
BANCO SICOOB BANCOOB
BANCO DO BRASIL COLÉGIO BOM JESUS SELUSC
DELEGACIA DA RECEITA FEDERAL HOSPITAL DONA HELENA
CORREIOS
Proposta de Rota Cultural - Requalificação das vias Proposta de Ponte Linha de ônibus - Circular Centro
Fonte: desenvolvido pelo autor
GPAGRI
BANCO REAL
BANCO BANRISUL
BRASIL TELECOM
BANESPA
ITAÚ
BRADESCO UNIBANCO
Pontos de ônibus ECT
Fonte: IPPUJ com alteração do autor
SOCIEDADE HARMONIA LYRA PREFEITURA MUNICIPAL DE JOINVILLE
GALERIA 9 DE MARÇO
IBIS ACCOR HOTELS
TERMINAL DE ÔNIBUS CENTRAL
JOINVILLE TENIS CLUBE
SEC. DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL - JOINVILLE
ASSOCIAÇÃO DE MORADORES ESTRELA DA PRAIA
SINDICATO DOS BANCÁRIOS DE JOINVILLE
INSS
PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇAO
BIBLIOTECA PÚBLICA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
TÊNIS CLUBE
24
11.2 Índices Urbanísticos e Zoneamento
11.3 Fatores Ambientais
Atualmente na área o zoneamento vigente é o AUAP SA-01 e SA-02, o qual permite respectivamente altura máxima de até 45 e 30m, o que pode levar a um adensamento ainda maior do bairro Centro, o qual já apresenta problemas de mobilidade e de infraestrutura. Além disso a
Com a atual permissíbilidade do zoneamento poderá haver impactos de conforto ambiental para a área analizada, como excesso de sombras em áreas públicas, falta de ventilação e falta de incidência solar em alguns edíficios da região.
relação visual do Museu, dos outros equipamentos da área, e da paisagem natural do Morro podem sofrer impactos.
AS
Visto isso é proposto uma diminuição destes índicies urbanísticos (nas áreas em vermelho no mapa ao lado) como o de altura máxima para 20 e 15m com o uso de instrumentos como a transferencia de potencial construtivo a fim de manter uma melhor qualidade ambiental e visual da área. Figura 23 - Diagrama de proposta - Índices Urbanísticos
A.A.B.B. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA BANCO DO BRASIL
Figura 24 - Diagrama de proposta - Fatores Ambientais
-
PARÓQUIA IMACULADA CONCEIÇAO
IGREJA DE JESUS CRISTO DOS SANTOS DOS ÚLTIMOS DIAS
Inundação
Fonte: desenvolvido pelo autor
Fonte: desenvolvido pelo autor
25
11.4 Usos A área atualmente é em sua maior parte composta por edíficios de usos Serviço e Comerciais além de conter áreas vazias, sendo assim como consequência, durante períodos em que os comércios e serviços não estão funcionando, há pouca visitação na área, a tornando sem vitalidade. Como proposta se enquadra o incentivo ao uso misto na área e fachadas ativas, a fim de atrair visitantes, e fomentar a criação de comunidades mais ativas, e uma área mais caminhável com melhor qualidade de vida. Figura 25 - Diagrama de proposta - Usos
Fonte: desenvolvido pelo autor
Figura 26 - Diagrama de proposta - Usos
Fonte: desenvolvido pelo autor
26
11.5 Equipamentos Urbanos
11.6 Áreas Alagáveis
A área analisada contém equipamentos urbanos e culturais que podem ser integrados com a proposta do museu. Através de uma identidade, visual e vias e acessos os equipamentos poderão se relacionar
Como a mancha de alagamento atinge a área da proposta e o objetivo do museu é tratar a questão da chuva e áreas alagáveis, os equipamentos urbanos próximos a essa área poderão integrar pontos visuais para que os visitantes em dias de inundação ou chuvas fortes possam
uns com os outros, e trazer fluxos para a área. Com o uso da Operação Urbana Consorciada na área em vermelho no mapa, pode-se através de incentivos obter participação do meio privado
explorar e visualizar os impactos
para a implantação dessa proposta de rota cultural (linha amarela no mapa).
Figura 27 - Diagrama de proposta - Equipamentos Urbanos e Identidade Visual
Figura 28 - Diagrama de proposta - Equipamentos Urbanos, áreas alagáveis
Fonte: desenvolvido pelo autor
Fonte: desenvolvido pelo autor
27
12 MÉTODO PARAMÉTRICO 12.1 Método De acordo com Schumacher (2008), o parametricismo pode ser considerado como um novo estilo global e comparado à influência que o Estilo Internacional teve no último século, é interpretado não somente como um método de design mas como estilo baseando-se na exploração criativa da forma e dos sistemas paramétricos. Wirz (2011) coloca que seria extremamente depreciativo atribuir a influência do parametricismo na arquitetura contemporânea, em uma analogia gramatical, exclusivamente ao alcance semântico, ou seja da forma em que aparenta, diferentemente dos métodos tradicionais o conceito paramétrico muitas vezes não se baseia inicialmente em uma ideia formal definida. Logo o conceito do método é apoiado e reforçado pelo aspécto metáforico, pelo algoritmo mental e pelo processo lógico que é estabelecido como base da intenção do projeto. Portanto no método paramétrico muitas vezes não há uma ideia formal inicial definida, o que caracteriza esse método é a intenção e o processo utilizado. Para esse estudo o método partirá da proposta de uso (ou programa), assim será desenvolvido critérios e parâmetros para se explorar soluções formais e técnicas. Os parâmetros para a proposta do museu serão digitalmente simulados como: estudos do programa, a partir de critérios organizacionais serão simulados as disposições dos ambientes em relação ao programa; estudos performativos, que podem analisar soluções formais e técnicas para se obter performances ideiais térmicas, acústicas, e luminotécnicas; de fluxos, com base nos fluxos quais seriam as soluções de posição de ambientes no terreno; visuais, com base no entorno e nas visuais desejáveis quais seriam as soluções de disposição de aberturas e também de ambientes no terreno; estudos ambientais locais, com base na área de alagamento, precipitação e possível impactos solares e visuais do entorno, definir soluções volumétricas, formais e posição do objeto no terreno; e por fim estruturais e técnicos, quais seriam soluções estruturais e de materiais para o edifício. A partir desses parâmetros o processo terá como resultado uma matriz de soluções, a qual através de critérios estabelecidos será definida uma solução final para a proposta do museu. Como um dos objetivos específicos desse estudo é explorar o uso de ferramentas digitais para a geração do partido arquitetônico, o método paramétrico será utilizado do começo ao fim do projeto, e não somente como uma complementação no desenvolvimento de alguns elementos ou soluções. Ou seja, o produto final desse método paramétrico será obtido através de um processo virtual, podendo ser desenvolvido através de um ou mais algorítimos paramétricos que relacionam por meio de análises e simulações aspectos de forma, função, comportamento, performance, entre outros, e serão decididos com a manipulação de parâmetros e variáveis. Sendo assim, ao contrário do método tradicional de projeto esse estudo não partirá de
uma volumetria definida, e sim de parâmetros e critérios que alimentarão algoritmos, gerando uma matriz de soluções e opções. O papel do arquiteto nesse método é avaliar as possíveis soluções para a proposta baseando-se nos resultados das análises e intenções formais e técnicas. 12.2 Critérios, parâmetros e variáveis A metodologia de projeto utilizada depende de critérios, parâmetros e variáveis, os quais foram definidos para serem utilizados na etapa de geração de partido arquitetônico desse presente estudo. O critério pode ser caracterizado pelo fator de avaliação a ser utilizado para uma escolha pós análise do algoritmo. Parâmetro é o processo avaliativo que vai ser levado em conta no algoritmo, e variável são as insconstantes a serem exploradas no algoritmo para encontrar soluções. Para melhor esclarecer o que significa cada um destes termos que foram e serão utilizados ao longo de todo o estudo, foi realizada uma explicação de um processo simplificado do método. (fig. 29). Um dos critérios a ser explorado é a relação visual do entorno natural desejada no partido, portanto o critério é a quantidade de visuais desejadas nos ambientes, como parâmetros são os pontos visuais desejados e a proporção de visuais do edifício, e como variáveis pode-se utilizar a altura, largura e comprimento do edifício.
28
Figura 29 - Diagrama de um processo paramétrico simplificado - visuais
x Parâmetros: Pontos visuais desejados e quantidade de visuais total. Variáveis: Altura, largura e comprimento do edifício (x, y e z)
y
obstrução visual
z
Pontos visuais desejáveis são definidos como parâmetros.
A partir das aberturas são simulados as vistas possíveis do edifício nos pontos definidos.
SCORE = (VISUAIS TOTAIS - VISUAIS OBSTRUÍDAS) * 100 VISUAIS TOTAIS
100% de visuais
100% de visuais
score baseado na quantidade total de visuais.
0% de visuais
São simuladas em conjunto todas as vistas de das aberturas e gerado uma pontuação de total de visuais.
0% de visuais
Alterando as variáveis o algoritmo encontra outras soluções formais para se obter as visuais, a partir dos critérios serão analisadas e escolhidas as possíveis soluções.
Fonte: desenvolvido pelo autor
SCHNEIDER MOTOBOMBAS
29 ACE - F.C.S.J. CLÍNICA DE FISIOTERAPIA
CIRETRAN
Programa
BANCO SANTANDER
Através do programa proposto para o Museu da Chuva, alguns parâmetros organizacionais
como a disposição dos ambientes em relação entre si e a acessos públicos ou privados, serão dados de entrada para o algoritimo a fim de simular as organizações espaciais possíveis. Os critérios para avaliação se basearão na disposição das áreas públicas voltadas para a parte do terreno que se relaciona melhor com as ruas e as áreas privadas voltadas para o centro COLÉGIO ADVENTISTA DE JOINVILLE
LOJAS BREITHAUPF
do terreno, e também a relação dos ambientes entre si.
BANCO BESC
COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE PARÓQUIA ''MARTIN LUTHER''
Figura 30 - Diagrama de método paramétrico - programa SESC
SESC
CEF
CEF
I.O.T. INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
Como resultado da análise e da simulação haverá uma gama de soluções que poderiam se aplicar a proposta e cabe ao arquiteto o papel de avaliar e escolher baseando-se nos critérios e aspéctos formais e técnicos. Dado isso a importância da definição dos critérios e relevância que servirão como base de escolha para a geração da proposta arquitetônica. HOSPITAL DR. JESSER AMARANTE FARIA
UNIMED JOINVILLE
12.3 Critérios e parâmetros utilizados
BIG SUPERMERCADO BIG SUPERMERCADO
Como o modelo paramétrico proposto é apoiado em programação e parâmetros, foram elencados critérios para a escolha das soluções e parâmetros para a entrada dos algorítimos, ou
BIG SUPERMERCADO
seja, esses critérios vão ser responsáveis pela avaliação das soluções e os parâmetros como geradores do partido arquitetônico proposto. Eles são baseados em aspectos urbanos, de programa, ambientais, visuais e performativos, e através deles serão explorados análises e simulações para se obter uma matriz de soluções formais e funcionais.
BIG SUPERMERCADO
CÂMARA MUNICIPAL
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
Fonte: desenvolvido pelo autor
PIO ESCAPAMENTOS E SUSPENSÃO
FÓRUM JOINVILLE
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
AGÊNCIA DOS CORREIOS GIASSI SUPERMERCADO
KAVO BRASIL S/A
E.E.B. PROF. GERMANO TIMM
A.O.B. JOINVILLE
SEINFRA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E PAVIMENTAÇÃO
CRAJ CLUBE DOS RADIALISTAS AMADORES DE JOINVILLE
BANCO SANTANDER
30 COLÉGIO ADVENTISTA DE JOINVILLE
LOJAS BREITHAUPF
Performativos
Fluxos BANCO BESC
Os parâmetros performativos serão baseados em aspéctos ambientais locais como ventilação, incidência solar, incidência sonora e iluminação natural, e usados como dados base para simulação digital.
Com base nos fluxos existentes do entorno imediato e do bairro serão analisados e simulados juntamente com o programa do museu as disposições do objeto e dos ambientes no terreno. Os critérios vão se basear nos ambientes que necessitam de fluxos de serviços, privados ou
Os critérios serão avaliados por ambiente, com o objetivo de se obter melhores soluções formais, espaciais e técnicas visando uma melhor performance específica para o ambiente anali-
públicos, analisando assim qual a melhor solução.
COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE PARÓQUIA ''MARTIN LUTHER''
sado.
Figura 32 - Diagrama de método paramétrico - fluxos
Figura 31 - Diagrama de método paramétrico - performativos
SESC
SESC
CEF
CEF
I.O.T. INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
HOSPITAL DR. JESSER AMARANTE FARIA
UNIMED JOINVILLE
N BIG SUPERMERCADO BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
Fonte: desenvolvido pelo autor
CÂMARA MUNICIPAL
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
PIO ESCAPAMENTOS E SUSPENSÃO
FÓRUM JOINVILLE
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
Fonte: desenvolvido pelo autor EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
AGÊNCIA DOS CORREIOS GIASSI SUPERMERCADO
KAVO BRASIL S/A
E.E.B. PROF. GERMANO TIMM
A.O.B. JOINVILLE
SEINFRA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E PAVIMENTAÇÃO
31
Visuais
Estudos ambientais locais
A partir das visuais pretendidas (relação visual do morro do Boa Vista e do Rio Cachoeira) serão criados parâmetros para analisar as soluções de aberturas possíveis e forma do edifício. Como critério para a escolha da solução, será a que melhor atender as demandas de visuais
Com base nos aspectos ambientais locais, como alagamento e precipitação como agentes de intervenção no campo espacial, objetiva-se encontrar soluções formais e espaciais para a pro-
desejáveis nos ambientes desejados.
posta do museu. Como critérios entrariam aspectos técnicos, como a mancha de alagamento e os impactos das chuvas no edifício e área e aspectos formais.
Figura 33 - Diagrama de método paramétrico - visuais
Figura 34 - Diagrama de método paramétrico - estudos ambientais locais
Fonte: desenvolvido pelo autor
Fonte: desenvolvido pelo autor
32
Estruturais e técnicos
12.4 Resultado
Por fim, entrarão como parâmetros as cargas estruturais e os estresses gerados pela vo-
lumétria encontrada, sendo assim possível de simular várias soluções estruturais possíveis. Como critério de escolha se baseará nas soluções que atendam melhor a planta dos ambientes e método de fabricação e montagem.
Figura 35 - Diagrama de método paramétrico - estruturais e técnicos
Fonte: desenvolvido pelo autor
A partir desses critérios e parâmetros definidos será possivel simular digitalmente a pro-
posta do Museu da Chuva em Joinville, gerando assim soluções formais, técnicas e espaciais para detalhamento posterior. Portanto nesse método, o arquiteto é responsável pela criação dos parâmetros e objetivos do projeto os quais serão analisados digitalmente e como resposta terá uma matriz de possíveis soluções e cabe a ele a avaliação da solução que melhor atenda os critérios definidos.
SCHNEIDER MOTOBOMBAS
33 ACE - F.C.S.J. CLÍNICA DE FISIOTERAPIA
A.A.B.B. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA BANCO DO BRASIL
CAPELA SÃO FRANCISCO
A.A.B.B. ASSOCIAÇÃO ATLÉTICA BANCO DO BRASIL
CAPELA SÃO FRANCISCO
CIRETRAN
E.P.E.F.M. MACHADO DE ASSIS REDE PITÁGORAS
E.P.E.F.M. MACHADO DE ASSIS REDE PITÁGORAS
OBJETIVOS DO PROJETO
BANCO SANTANDER
COLÉGIO ADVENTISTA DE JOINVILLE
Os objetivos são criados pelo designer e é através deles que são desenvolvidos os parâmetros para alimentar os algoritmos.
COLÉGIO ADVENTISTA DE JOINVILLE
LOJAS BREITHAUPF
BANCO BESC
COMUNIDADE EVANGÉLICA DE JOINVILLE PARÓQUIA ''MARTIN LUTHER''
SIMULAÇÃO DIGITAL SESC
SESC
SESC
SESC
CEF
CEF
I.O.T. INSTITUTO DE ORTOPEDIA E TRAUMATOLOGIA
HOSPITAL DR. JESSER AMARANTE FARIA
UNIMED JOINVILLE
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
N
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
BIG SUPERMERCADO
CÂMARA MUNICIPAL
análise de programa
BIG SUPERMERCADO
análises performativas
análise de fluxos
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRO DE
CENTRO DE
FÓRUM JOINVILLE
E SUSPENSÃO
PIO ESCAPAMENTOS
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
análise estruturais e técnicas
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
EVENTOS CAL HANSEN
FÓRUM JOINVILLE
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
análise ambientais
JUSTIÇA FEDERAL
CENTRO DE EVENTOS CAL HANSEN
EVENTOS CAL HANSEN
análise visuais
CÂMARA MUNICIPAL
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
EXPOCENTRO EDMUNDO DOUBRAWA
AGÊNCIA DOS CORREIOS GIASSI SUPERMERCADO KAVO BRASIL S/A
KAVO BRASIL S/A
E.E.B. PROF. GERMANO TIMM
E.E.B. PROF. GERMANO TIMM
A.O.B. JOINVILLE
A.O.B. JOINVILLE
SEINFRA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E PAVIMENTAÇÃO
SEINFRA SECRETARIA DE INFRAESTRUTURA E PAVIMENTAÇÃO
CRAJ CLUBE DOS RADIALISTAS AMADORES DE JOINVILLE
CRAJ CLUBE DOS RADIALISTAS AMADORES DE JOINVILLE
CASA DA CULTURA
CASA DA CULTURA OFICINA DA PREFEITURA
OFICINA DA PREFEITURA
RBS REDE GLOBO
RBS REDE GLOBO
ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE
ARQUIVO HISTÓRICO DE JOINVILLE
MUSEU SAMBAQUI
MUSEU SAMBAQUI LEPPER S/A
SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
SECRETARIA MUNICIPAL DE HABITAÇÃO
RESULTADO DO PROCESSO
IBGE
IBGE LEPPER S/A
LEPPER S/A
ASSOC. BENEFICENTE EVANGÉLICA DE JOINVILLE
IGREJA LUTERANA MISSÃO EVANGÉLICA UNIÃO CRISTÃ
SHOPPING CIDADE DAS FLORES
SHOPPING CIDADE DAS FLORES
BANCO DO BRASIL
LEPPER S/A
BANCO SICOOB BANCOOB
BANCO DO BRASIL COLÉGIO
BANCO SICOOB BANCOOB
Como resultado do processo, há uma matriz de soluções e opções e cabe ao designer escolher a que melhor atenda seus objetivos e critérios.
34
13 REFERÊNCIAS AFONSO, A. J. Sociologia da educação não-formal: reactualizar um objecto ou construir uma nova problemática? In: A. J. Esteves, S. R. Stoer. A Sociologia na Escola. Porto: Afrontamento, 1989, p. 83-96.
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35
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