Projeto neo 4 gazeta

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Mais de 100 pessoas são feridas em ação da PM no Paraná A Polícia Militar do Paraná entrou em confronto com os manifestantes que cercam desde a última segunda-feira (27). Pág 4,

Anápolis, quarta-feira, 13 de maio de 2015.

PT paulista decide requerer à Justiça mandato da senadora Marta Suplicy Pág 3.

O PT de São Paulo informou nesta terça-feira (12) que aprovou por unanimidade requerer à Justiça Eleitoral o mandato da senadora Marta Suplicy (PT).

Quatro em dez brasileiros estão inadimplentes, estimam lojistas. Pág 6. Fies: estudantes podem ter de pagar diferença de reajuste na mensalidade. Pág 7.

Presidente da França promete pagar «dívida moral» ao Haiti. Pág 2.


Política PT paulista decide requerer à Justiça mandato da senadora Marta Suplicy Decisão foi tomada pela comissão executiva estadual do PT na segunda. Senadora deixou partido, mas ainda não anunciou a qual legenda se filiará. O PT de São Paulo informou nesta terça-feira (12) que aprovou por unanimidade requerer à Justiça Eleitoral o mandato da senadora Marta Suplicy (PT). A decisão foi tomada na segunda-feira (11) pela comissão executiva estadual do PT de São Paulo. Marta se desfiliou do PT em 28 de abril, após 33 anos na legenda. Ao longo desse período, ela foi prefeita de São Paulo, deputada federal e ministra nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente Dilma Rousseff. Ela ainda não anunciou a qual partido pretende se filiar – o PSB ofereceu a ela a candidatura a prefeita de São Paulo em 2016. A nota do PT afirma que após sucessivas recusas em dialogar com a direção do PT sobre as razões de suas supostas insatisfações, Marta formalizou a desfiliação do partido movida unicamente por interesses eleitorais e «desmedido personalismo». «O PT nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da atual senadora, ao contrário disso, Marta Suplicy foi sucessivamente prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da militância e das direções, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e nomeada duas vezes ministra de Estado>, diz a nota, assinada pelo presidente do partido, Emídio de Souza. «O aperfeiçoamento da nossa democracia passa pelo fortalecimento da fidelidade partidária e pelo respeito à

vontade do eleitor. Os projetos pessoais e as conveniências do oportunismo eleitoral não podem se sobrepor aos projetos coletivos, que lhe dão abrigo, e nem deformar a vontade do eleitor expressa nas urnas», conclui o documento. Marta responde A senadora Marta Suplicy afirmou que buscará manter o mandato «em todas as instâncias judiciais e fora delas também». Segundo a senadora, foi para melhor desempenhar o mandato que ela pediu desfiliação do PT. «Continuarei lutando pelos mesmos princípios que sempre nortearam minha vida, bem como minha atividade parlamentar oriunda da representação política de meu mandato», afirmou em nota. Nota do PT Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo diretório estadual do PT: Em reunião realizada na segunda-feira (11) na sede do Diretório do PT-SP, a Comissão Executiva Estadual aprovou, por unanimidade dos presentes, requerer na Justiça Eleitoral o mandato da senadora Marta Suplicy. Após sucessivas recusas em dialogar com a direção do PT sobre as razões de suas supostas insatisfações, Marta formalizou sua desfiliação do partido movida unicamente por interesses eleitorais e desmedido personalismo. O PT nunca cerceou as atividades partidárias ou parlamentares da

atual senadora, ao contrário disso, Marta Suplicy foi sucessivamente prestigiada ao longo dos anos, com o apoio da militância e das direções, sendo eleita deputada federal, prefeita, senadora e nomeada duas vezes ministra de Estado. O aperfeiçoamento da nossa democracia passa pelo fortalecimento da fidelidade partidária e pelo respeito à vontade do eleitor. Os projetos pessoais e as conveniências do oportunismo eleitoral não podem se sobrepor aos projetos coletivos, que lhe dão abrigo, e nem deformar a vontade do eleitor expressa nas urnas. São Paulo, 12 de maio de 2015. Emidio de Souza Presidente do Diretório Estadual PT-SP Nota de Marta Suplicy Leia abaixo a íntegra da nota da senadora Marta Suplicy: Nota Lutarei, com todas as minhas forças, para a manutenção do mandato de senadora que o povo de São Paulo me conferiu. Foi para melhor desempenhá-lo, e em nome de seu pleno exercício, que solicitei minha desfiliação ao Partido dos Trabalhadores. Minha luta se dará em todas as instâncias judiciais e fora delas também. Tenho certeza que os mais de 8 milhões de eleitores que manifestaram sua vontade, e me honraram com seus votos, não serão frustrados em sua vontade e soberania popular. Continuarei lutando pelos mesmos princípios que sempre nortearam minha vida, bem como minha atividade parlamentar oriunda da representação política de meu mandato. Senadora Marta Suplicy.


Internacional Califórnia condena homem por matar cachorro

Um tribunal da Califórnia condenou um homem a quatro anos de prisão sob sursis (condicional, ou seja, ele não irá para a cadeia) por bater em um poodle até matá-lo, informou nesta terça-feira (12) a promotoria.

O juiz determinou ainda que o agressor, Jason Arnold Vaca, 35, assista ainda a 26 aulas sobre como controlar a raiva e faça um curso para evitar a crueldade contra animais. Vaca também foi proibido de possuir, conviver ou cuidar de animais

nos próximos dez anos, revelou a promotoria do distrito de Los Angeles. Em março de 2014, os serviços de emergência receberam um telefonema no qual escutaram um homem gritando e o som de um cachorro sendo brutalmente golpeado. Quando chegaram à casa de Vaca encontraram sangue e o cão sem vida no jardim. Os motivos da agressão não foram revelados.

Homem bateu até matar um poodle

Presidente da França promete pagar «dívida moral» ao Haiti O presidente francês, François Hollande, prometeu pagar de volta uma «dívida moral» ao Haiti durante uma visita nesta terça-feira (12) à empobrecida nação caribenha fundada por ex-escravos franceses que declarou independência em 1804. A visita de Hollande marcou a primeira visita oficial de um presidente francês ao país mais pobre do hemisfério, uma ex-colônia que ainda sofre devido a uma dívida que a França forçou o Haiti a pagar

em 1825 por bens perdidos na rebelião de escravos. «Nós não podemos mudar o passado, mas podemos mudar o futuro», disse Hollande num evento com o presidente do Haiti, Michel Martelly, na praça Champ de Mars, no centro de Porto Príncipe, perto do palácio presidencial que foi destruído por um terremoto em 2010. «Há uma dívida moral que existe», afirmou Hollande, esquivando-se da espinhosa questão das reparações

que alguns no Haiti exigem. Martelly disse que os 150 milhões de francos pagos à França, avaliados hoje em cerca de US$ 20 bilhões, foram uma «grave injustiça» que impediu o Haiti de se desenvolver tão rápido quanto os outros. Mas acrescentou: «O tempo de

ressentimento passou há muito tempo. A França tem um lugar no coração de todos os haitianos.» Hollande afirmou que a França vai gastar US$ 145 milhões ao longo dos próximos cinco anos em projetos de desenvolvimento no Haiti, incluindo US$ 56 milhões em educação.


Esporte Santos fica perdido na Itália após rescisão de Robinho e <improvisa> Alex

Robinho está livre para negociar com qualquer clube após rescisão com o Milan. O presidente do Santos, Modesto Roma, ficou «perdido» por algumas horas na Itália após saber da rescisão contratual do atacante Robinho com o Milan na última segunda-feira. O mandatário santista, que embarcou em companhia de um integrante do Comitê Gestor do clube, viajou exatamente para convencer o clube italiano a liberar o jogador. O dirigente, inclusive, confirmou diversas vezes, em público, que a «missão» na Itália era a contratação de Robinho em definitivo.

com o Milan em território italiano.

deve ocorrer nesta quarta-feira.

Para não perder a viagem, Modesto Roma, agora, quer se reunir com a diretoria do Milan para saber se existe a possibilidade dos italianos liberarem o zagueiro Alex, revelado pelo clube na «geração Robinho e Diego», que conquistou o Campeonato Brasileiro de 2002.

A viagem do presidente santista gerou uma pequena troca de farpas entre os opositores e pupilos de Modesto nas redes sociais. Enquanto os rivais políticos levantam a tese de «viagem perdida», os apoiadores do mandatário já trataram de publicar que a viagem tinha outro objetivo.

O defensor tem contrato com o Milan até o meio de 2016 e já manifestou o desejo de voltar ao Santos em diversas visitas que fez ao clube nos últimos anos.

No entanto, o dirigente desembarcou na Europa somente nesta terça-feira, e só descobriu que Robinho não tinha mais contrato

Como a viagem de Modesto Roma não era em prol de Alex, não existe nenhuma negociação aberta com o Milan. A primeira conversa

«Eu fiquei sabendo desta viagem pela imprensa, por vocês. O Santos não faz parte desta rescisão [Robinho e Milan]. Eu acredito que ele tem outro interesses lá», disse a advogada e representante de Robinho, Marisa Alija. «Eu disse que possibilidade

teria essa [rescisão

contratual], mas não posso ficar falando de todas as tratativas do atleta», completou. O contrato de Robinho com o Milan terminava na metade de 2016; Robinho e o time italiano combinaram que o vínculo será encerrado oficialmente em 1º de julho, um dia depois de encerrar o empréstimo ao Santos. Para ficar com Robinho e vencer a concorrência de outros clubes, o Santos precisa pagar uma «alta dívida» que possui com o jogador. Desde que retornou ao time da Vila, há oito meses, o camisa 7 não recebeu nenhum centavo referente a direitos de imagens. São quase R$ 7 milhões de dívida.


Polícia Mais de 100 pessoas são feridas em ação da PM no Paraná Policiais avançaram utilizando balas de borracha, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e jatos d’água sobre manifestantes.

A Polícia Militar do Paraná entrou em confronto com os manifestantes que cercam desde a última segunda-feira (27) a Assembleia Legislativa do estado em protesto contra a votação do projeto que altera o plano de previdência dos servidores estaduais. Desde que uma decisão judicial em favor da presidência da Assembleia impediu a entrada de servidores para acompanhar a sessão, o Legislativo está cercado por policiais militares e os manifestantes, na maioria professores da rede estadual, concentrados na praça Nossa Senhora de Salete, em frente ao prédio da Assembleia. Por volta das 14h30 desta quarta-feira (29), quando foi aberta a sessão plenária que deverá votar o projeto em segunda discussão, teve início o confronto. Os manifestantes se exaltaram e os policiais avançaram utilizando balas de borracha, spray de pimenta, gás lacrimogêneo e jatos d’água. Há relatos de mais de 170 feridos. A Guarda Municipal de Curitiba diz ter atendido mais de 50 feridos no local até as 16h desta quarta. A prefeitura fala em 130 pessoas. Apesar da situação fora de controle do lado de fora e dos apelos de diversos deputados, o presidente da Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), determinou a continuidade da sessão plenária. «Nós estamos aqui em uma sessão normal. Fora da Assembleia é questão da Secretaria de Segurança Pública», diz Ademar Traiano. Em greve, os professores estão na frente da Assembleia desde segunda-feira,

protestando contra o projeto que, segundo eles, permite ao governo usar recursos da previdência para outras finalidades, por conta da crise econômica que o Estado atravessa. O governo Beto Richa (PSDB) já tentou aprovar a medida em fevereiro, mas os manifestantes ocuparam a Assembleia e evitaram sua votação. O tema foi retirado de pauta e, dois meses depois, reapresentado pelo Executivo com algumas alterações. Desde segunda-feira, houve vários momentos de confronto, inclusive de madrugada (os professores estão acampados na praça). Mas a situação saiu de controle nesta tarde, quando a PM avançou no momento em que teve início a sessão. A polícia lançou bombas por pelo menos uma hora e 20 minutos ininterruptos para tentar dispersar os manifestantes. O prefeito de Curitiba, Gustavo Fruet (PDT) liberou os funcionários e autorizou a utilização do prédio da administração municipal para o atendimento aos feridos.

Ele disse que, até as 16h15, houve 34 pessoas encaminhadas ao hospital e mais de 100 atendimentos. Em contraponto, a polícia afirma que 20 policiais e apenas quatro manifestantes foram feridos durante o conflito. A Secretaria de Segurança pública afirma que 13 pessoas foram presas. “O Centro Cívico virou uma praça de guerra. Os professores e os servidores públicos estão sendo esmagados pela forças de segurança do governo. Nunca vi tamanha covardia em toda a minha vida. Os policiais devem estar contrariados por ter que obedecer ordens que quebram o estado democrático de direito. O senhor governador Beto Richa perdeu completamente a noção do certo e do errado. O ódio está vencendo a liberdade de expressão”, deputado Ney Leprevost (PSD), que apoiou a reeleição de Beto Richa e que tem um correligionário, Eduardo Sciarra (PSD) como chefe da Casa Civil do governo.


Educação Fies: estudantes podem ter de pagar diferença de reajuste na mensalidade Embora o Ministério da Educação (MEC) tenha se comprometido a realizar todos as renovações do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), as instituições de ensino privadas dizem que a situação ainda não está resolvida, pois os estudantes correm o risco de ter de arcar com parte da mensalidade fora do financiamento. O MEC nega. Verba para novos contratos do Fies em 2015 acabou, diz ministro O MEC comprometeu-se a financiar integralmente as mensalidades que tiveram um reajuste de até %6,41 em relação ao valor cobrado no ano passado. Os alunos que renovam os contratos com reajustes acima desse teto recebem aviso de que a instituição ainda terá de explicar o reajuste ao Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que gerencia o Fies. «Os alunos recebem um aviso de que a renovação é preliminar», diz o diretor executivo da Associação Brasileira de Mantenedoras do Ensino Superior (ABMES), Sólon Caldas. Segundo ele, o MEC colocou trava no financiamento, paga o reajuste até o limite de %6,41, mas isso não significa que a instituição seja obrigada a reajustar a mensalidade neste valor. «Se a instituição teve um reajuste de %10 e o MEC paga %6,4, quem paga o resto? Falta o MEC esclarecer isso para o aluno», exemplifica. O limite colocado pelo MEC equivale ao da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2014. Segundo Caldas, os reajustes das instituições não seguem necessariamente o índice. A média de reajustes foi %9 no período. O MEC argumenta que a trava serve para evitar cobranças abusivas e garantir que os estudantes consigam quitar a dívida quando sairem da faculdade. A pasta, junto

A l u n o s q u e t i v e r a m r e a j u s t e n a m e n s a l i d a d e a c i m a d e %6 , 4 1 e s t ã o r e c e b e n d o a v i s o d e q u e a i n s t i t u i ç ã o a i n d a t e r á d e s e e x p l i c a r a o FNDE . com o Ministério da Justiça, formou um grupo reajustes de até %220, o que justificaria a de trabalho para analisar a evolução dos imposição de um limite. Para as entidades, são valores cobrados nas mensalidades e financiados casos pontuais, que «certamente» são objeto de pelo fundo. investigação pelas «autoridades competentes». Em uma das reuniões desse grupo, de acordo com Sobre o assunto, o FNDE diz que «o processo documento assinado por 38 entidades nacionais não deve ter impacto para o estudante com e estaduais do setor privado, e disponibilizado financiamento no Fies, que não deve ser na internet, o MEC propôs que as instituições discriminado ou impedido de frequentar aulas reajustassem a mensalidade em %6,41 para ter o ou fazer exames. Os contratos com os estudantes valor todo coberto pelo Fies no semestre, ou que devem ser cumpridos». não cobrassem a diferença. O grupo formado pelo MEC e Ministério da As entidades dizem que isso não seria possível, Justiça ainda não concluiu os trabalhos. Por pois os estudantes que não têm o financiamento enquanto, o grupo analisa a evolução dos valores estão pagando o valor cheio do reajuste desde financiados pelo Fies. «A partir dessa análise, o começo do ano. «Não podemos ter preços MEC e FNDE notificarão, individualmente, as diferentes para alunos no mesmo curso com e instituições de ensino superior para convocar sem Fies. Isto fere o princípio da isonomia. A reuniões com o objetivo de tratar dos reajustes instituição não pode baixar o preço para atender acima do patamar originalmente estabelecido no à vontade do MEC e cobrar valor menor do que SisFies - Sistema Informatizado do Fies». quem paga com recurso próprio», diz Caldas. A O prazo para as renovações vai até o dia 29 de ABMES é uma das signatárias do documento. maio. De acordo com o último balanço do MEC, O documento cita também que foram faltam ser renovados 148.757 contratos. apresentados pelo FNDE casos pontuais de


Economia Quatro em dez brasileiros estão inadimplentes, estimam lojistas Segundo SPC Brasil e a CNDL, há 55,3 milhões de devedores negativados. Em abril, número de devedores teve alta de %3,77, acrescentaram lojistas. Quatro em dez brasileiros estavam inadimplentes em abril, um contingente de 55,3 milhões de pessoas, segundo estimativas divulgadas pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) nesta terça-feira (12). Em abril, o número de consumidores inadimplentes avançou %3,77 contra o mesmo mês do ano passado, o equivalente a 600 mil novos devedores. O número total de inadimplentes, de 55,3 milhões, equivale a %38 da população entre 18 e 95 anos. Os cálculos incluem todos os tipos de dívida em atraso, e não somente com o comércio varejista. «Você tem mais do que o ajuste fiscal [aumento de impostos e corte de gastos, como investimentos] afetando a inadimplência. Existe a falta de cultura de planejamento. O brasileiro muitas vezes se rende ao financiamento fácil para fazer alguma compra. A gente sempre indica que prefira pagamento à vista. Quando as coisas estão indo bem, [o efeito] não é tão evidente na inadimplência. Mas quando a gente vê um ano como 2015, quando as coisas estão indo devagar, acaba tendo aumento da inadimplência», avaliou a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Dívidas em atraso Já o indicador de dívidas em atraso, e não de pessoas inadimplentes, subiu %2,83 de março para abril, a maior alta para o último mês desde o início da série histórica, em 2010. Na comparação com abril do ano passado, houve um aumento de %5,02 - o que mostra aceleração, uma vez que em março o aumento havia

sido de %3,46.

passado.

Segundo o presidente da CNDL, Honório Pinheiro, a alta da inadimplência, além da falta de planejamento do brasileiro, também é reflexo do cenário macroeconômico, com desaceleração do Produto Interno Bruto (PIB) e aumento do desemprego. «Também temos algumas medidas do ajuste fiscal que estão em curso, parte aprovada pelo Congresso Nacional», observou ele.

Os números da CNDL e do SPC Brasil mostram ainda que o setor de bancos lidera o estoque de dívidas em atraso, com %48,4 do volume total dos débitos inadimplentes, seguido pelo comércio, com %20,10 do total.

Em março, cada consumidor registrado nas bases de dados do SPC Brasil tinha, em média, 2,08 dívidas em atraso, número que avançou para 2,11 dívidas atrasadas em abril. Este é o maior patamar para o número médio de dívdias em atraso desde setembro de 2012. Comunicação lidera segmento com dívidas em atraso De acordo com a CNDL e o SPC Brasil, o segmento de comunicação lidera o número de pendências. Em abril, houve uma alta de %12,10 na inadimplência deste setor. A segunda maior variação, que vinha sendo ocupada por dívidas em atraso com água e luz, foi substituída pelo setor bancário no mês passado. Em abril, as dívidas em atraso com bancos representaram %7,5 do total, e com o setor de água e luz %5,02. As dívidas com o comércio recuaram %0,32 no mês

«A gente já percebe em pesquisa que o instrumento que mais leva o consumidor a inadimplencia são cartão de crédito e cheque especial. Se ficou inadimplente, tente resolver essa dívida assim que possível. A dívida cresce muito rápido. Nem que isso exija algum tipo de negociação, proposta», avaliou Kawauti, do SPC Brasil. Números do BC indicam que os juros do cheque especial e do cartão de crédito estão entre os maiores do mercado.

«Quando a gente vê um ano como 2015, quando as coisas estão indo devagar, acaba tendo aumento da inadimplência» ---- Marcela Kawauti, do SPC



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