Ivan Mont

Atento não apenas às palavras ou peças de informação, ele escutará o mundo, especificamente ao que menosprezamos e chamamos de ruído, o que é considerado sem sentido, e aos rumores, cheios de significado. Finalmente ele escutará os silêncios. Escutando seu próprio corpo; aprendendo a medir o ritmo a partir do seu corpo, ele aprecia os ritmos externos. Seu corpo o serve como metrônomo. Nada é imóvel. Ele escuta o vento, a chuva, a tempestade: mas se ele considera uma pedra, uma parede, um tronco, ele entende sua lentidão, seu ritmo interminável. Estes objetos não estão inertes, o tempo não está posto de lado para estes objetos. São apenas lentos em relação ao nosso tempo, ao nosso corpo, à medida dos ritmos. [Henri Lefebvre]