Fase 1 TCC 2024

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TCC 1
ARQUITETURA WALDORF PEDRO SILVA DA IVENÇÃO
SENAC 2024

Resumo

Este projeto propõem a construção de uma escola para o ciclo de ensino fundamental tendo como direcionamento a pedagogia Waldorf que tem suas raízes na Antroposofia, apesar de contarmos com mais de vinte escolas no estado de São Paulo, a cidade de São Paulo apresenta algumas carências neste sentido. As principais características da pedagogia a serem consideradas são: formação integral, ritmo de aprendizagem, integração com a natureza e trabalho em conjunto com a família.

Após uma análise da distribuição das escolas atuais, foi selecionado um lote localizado na região do Ipiranga que fora inicialmente uma fábrica de produção têxtil, hoje o terreno não possui função social e passa por processo de remediação para lidar com contaminações derivadas do seu histórico industrial. O terreno possui x metros quadrados sem grandes desníveis o que beneficiará a eficiência do uso do espaço para esta finalidade.

O bairro onde o terreno está localizado passou por grande transformação na última década, seu caráter residencial horizontal está se tornando residencial vertical, aumentando consideravelmente a densidade populacional e propiciando demanda de novos para uma escola com esta filosofia.

Palavra-chave: Arquitetura Waldorf, Remediação de Solo, Madeira Laminada Cruzada.

1. Introdução

A arquitetura, ao moldar o espaço, molda também o comportamento. A configuração do ambiente, desde os caminhos até a escolha das cores, influencia diretamente a forma como as pessoas interagem com o espaço e entre si. O cenário escolar, em particular, possui um papel fundamental na promoção do aprendizado, pois o espaço físico pode tanto facilitar quanto dificultar os processos sociais. Neste contexto, Mayumi Watanabe de Souza Lima que foi destaque na pesquisa sobre a relação entre arquitetura e comportamento no contexto escolar, demonstrou em seus projetos focados em instituições públicas, a importância de elaborar espaços que estimulem o aprendizado e o bem-estar dos alunos, resultado no desenvolvimento abordagens mais humanizadas. Já Doris Kowaltowski por sua vez, destaca a importância que quesitos de conforto e potencial de adaptativo no espaço físico para atender as necessidades específicas de cada faixa etária, considerando aspectos como o crescimento físico e o desenvolvimento cognitivo das crianças.

Com esses fundamentos e com base nos princípios da pedagogia Waldorf, que compreende o desenvolvimento humano em suas múltiplas dimensões física, psicoemocional e espiritual , este projeto busca criar um ambiente escolar que responda às necessidades específicas de cada um dos setênios que compõe, segundo Rudolf Steiner e a antroposofia, o ciclo de maturidade humana.

O programa de necessidades indicado para uma escola é por natureza grande e, uma instituição que siga a pedagogia Waldorf tem em adição as necessidades básicas um currículo próprio de atividades que estão ligadas a antroposofia e sua perspectiva de amadurecimento. Acomodar equipamentos para atividades que fogem do convencional demanda muito espaço por essa razão, é necessário um terreno amplo.

Buscando locais com potencial para implementação do projeto foram consideradas todas as instituições localizações dentro da cidade de São Paulo que fazem parte da FEWB (Federação das Escolas Waldorf no Brasil). A partir destes dados foi selecionado um terreno subutilizado na região do Ipiranga. O lote foi primeiramente ocupado por uma fábrica em meados de 1950 e permaneceu sendo uma indústria até 2012. Hoje o terreno está sem uso e contaminado, algo que é comum na metrópole paulistana. O tratamento deste solo é necessário para a implementação de qualquer projeto.

Para minimizar o movimento de solo, a perfuração para fundação e reduzir o peso como um todo, será utilizado Madeira Laminada Colada Cruzada (MLCC/CLT) junto do concreto O Material tem adquirido destaque como matéria ecologicamente positiva e renovável.

2. Ambientes Educacionais

Em seu Livro Arquitetura Escolar o projeto do ambiente de ensino, Doris Kowaltowski explora a importância do espaço físico na educação A mestre e professora, analisa o impacto do design e arquitetura nas escolas e a influência no processo de aprendizagem O livro apresenta uma a linha do tempo da educação contemporânea, apresentando as estruturas socioeconômicas que moldam o que é a educação e como o espaço dedicado a transmissão conhecimento passou por mudanças ao longo dos séculos. A professora apresenta diferentes pedagogias associadas aos seus momentos históricos, mas o faz de um ponto de vista onde já está estabelecida a escola como edifício e como equipamento social, ignorando métodos informais de ensino como as tradições orais e práticas O compartilhamento de conhecimento em sua forma mais primal não é abordado, nem são citadas culturas que tenham como principal método de transmissão de conhecimento em tradição oral ou artesanal. Porém, o texto afirma a importância da participação de pais, professores, equipe administrativa e da comunidade ao redor de uma instituição de ensino para estabelecer uma comunidade que veja a escola como um local de pertencimento com benefício social. Nessa esfera, a pesquisadora e Arquiteta Mayumi Watanabe de Souza Lima foi responsável por diversos trabalhos aplicados a instituições públicas que resultaram na elaboração, reconstrução e reforma de escolas produzindo uma extensa pesquisa sobre Psicologia Ambiental dentro universo escolar. A psicologia Ambiental é uma linha de estudos conduzidas pelo psicólogo Kurt Lewin, nos quais ele aponta a troca de influências entre indivíduos e as espacialidades em que habitam. A psicologia Ambiental é vista como atribuição multidisciplinar Doris exemplifica também conceitos que devem estar presentes no design de um habitat escolar, iluminação e ventilação naturais, ergonomia, acústica, acessibilidade, potencial de flexibilização e adaptação. Todos esses fatores afetam a perspectiva dos presentes no espaço, a autora afirma que a relação entre humanos e natureza não deve ser ignorada, portanto, elementos naturais devem fazer parte do ambiente. Ela também aborda a necessidade de evolução do mobiliário e demais equipamentos conforme os alunos avançam, com a passagem a seguir:

“As Dimensões do mobiliário devem estar em conformidade com a estatura e faixa etária da população de cada estabelecimento de ensino. As alturas de cadeira e da mesa estão relacionadas à série de ensino e às faixas etárias. [...].”

Kowaltowski aborda a formulação da padronização do mobiliário escolar brasileiro. O sistema foi baseado em pesquisas realizadas na Alemanha e na Inglaterra e foram subsequentemente modificadas após implementação em diversas unidades do sistema público brasileiro. O sistema aponta dimensões para mesas, cadeiras, armários, lousas e bibliotecas baseadas no crescimento dos alunos e de suas necessidades ergodinâmicas. Quanto ao espaço físico de uma escola, é elaborado um programa de necessidades, ou seja, o número de salas de acordo coma as atividades propostas, biblioteca, quadras, laboratórios, enfermarias, salas de apoio, espaço administrativo, sala dos professores etc., deve estabelecer ainda a quantidade de alunos a serem acomodados. O programa deve dialogar diretamente com a pedagogia que será aplicada na escola. No quinto capítulo estão apresentados trinta e dois Parâmetros de Projeto, descrevendo como abordar cada parte de uma escola, a organização dos pátios, a qualidade de refrigeração, a disposição de setores e os tipos de sala cada qual com seu uso distinto.

No mesmo capítulo esta apresentada a perspectiva de Herman Hertzberger, por meio de uma lista intitulada Valores Arquitetônicos Contemporâneos, de Acordo com Hershberger, e mostra um pouco de seus trabalhos e opiniões quanto a posição de um arquiteto para com um projeto de escola. Segundo Hertzberger o profissional da arquitetura não tem o poder de influenciar o ensino em si, mas o de tornar o aprender mais convidativo. Em seus textos Herman apresenta como é possível moldar a percepção do espaço separando o público do privado a partir de elementos construtivos, ele projeta espaços para uso comum que sejam núcleos de circulação e capazes de acomodar público, os corredores assim como acessos principais de suas escolas tem assentos e pequenos bolsos de micro atividade, convidando a ocupação. As salas de aula são por design de caráter mais privado, separadas do espaço de uso comum e no limite desses espaços há um meio termo, um hall que permite uma introdução ao privado, onde podem ser expostas atividades e materiais de estudo relevantes a sala em questão. Por fim a sala de aula, em alguns casos contam com diferentes patamares para definir privacidade dentro do privado e com a possibilidade de ampliação por meio de conexões ou divisórias moveis mudando a dinâmica da sala.

3. Pedagogia Waldorf

No século XIX o fundador da Antroposofia, Rudolf Stainer, a partir de experiencias e discussões filosóficas criou a primeira escola Waldorf, com currículo composto de doze anos que destaca a participação dos professores como parte da equipe dirigente e administradora. A Antroposofia abrange a experiencia humana com a natureza, chegando à conclusão de que a vida supera a natureza intangível e atinge um patamar espiritual.

A primeira instituição a fazer uso da filosofia de Steiner foi financiada por Emil Molt, um industrialista e reformista social alemão. A escola carregava o nome de sua fábrica foi criada para atender as crianças de seus funcionários. A escola se destaca por ser uma das primeiras a acolher alunos de todas as classes sociais. Molt e Steiner eram conectados por suas respectivas buscas por espiritualismo.

A pedagogia tem embasamento no conceito do desenvolvimento humano e dentro da Antroposofia o ser é formado por seus aspectos físicos, psicoemocional e espiritual dividido em três faixas etárias. O currículo é dividido para três fases de sete anos, do nascer aos vinte e um anos, onde haveria movimentos de amadurecimento dos alunos como humanos e membros da sociedade, e cada faixa aborda essa evolução.

A teoria está sempre acompanhada da prática e existe grande ênfase em atividades corporais, artísticas e cênicas. E faz uso desde cedo da imaginação, lendas e contos, buscando assim não dotar as crianças da abstração nos primeiros anos letivos e priorizam o uso de materiais não industrializados.

A pedagogia promove a participação direta da família na organização de atividades, buscando a participação de pais, professores e alunos nas dinâmicas escolares, dessa forma a escola não é um local à parte, mas uma extensão do lar. Outro diferencial da pedagogia é o seu viés ambiental, as reflexões filosóficas, políticas e sociais apresentadas por Steiner são baseadas na Antroposofia e na Fenomenologia de Goethe e tem claras marcas das questões sociais contemporâneas a sua origem. Por tanto essa visão de caráter mais sensível quanto ao humano e sua posição no mundo, o ângulo social está sempre presente.

O primeiro contato da criança com a escola, o Jardim de infância, é a primeira socialização e nas escolas Waldorf esta fase é de transição, a sala de aula é semelhante a uma residência em organização e qualidade visual. A partir dessa abordagem é mantida a dinâmica entre adultos, crianças e o lar ajudando a estabelecer a relação da escola como uma extensão da família e da casa. Na fase seguinte, do primeiro ao oitavo ano do ensino fundamental, os alunos são acompanhados por um mesmo profissional, que leciona para a turma até o fim do oitavo ano, dessa forma possibilita uma abordagem a longo prazo de questões de aprendizado individuais de cada criança e nesse trajeto o caráter da sala de aula evolui para algo mais próximo ao convencional e essa nova fase será acompanhada por um novo profissional até a formação. Do decimo ano em diante, por meio dos espaços comuns, é estabelecida uma comunidade entre os alunos e os círculos sociais são expandidos para uma visão macro, além dos limites da instituição. As esferas sociais são subdivididas, o Jardim de Infância é muitas vezes isolado das demais áreas da escola, há um controle sobre como os mais jovens interagem com os demais alunos e suas próprias influências, da mesma forma atividades e espaços extraclasse são realizadas em pequenos subgrupos. Primeiro a terceiro ano, quarto ao sexto, sétimo ao nono e decimo ao décimo segundo e todas essas esferas físicas e sociais são dispostas em torno de um coração, geralmente um pátio central ou anfiteatro, o coração de uma escola Waldorf é onde muitas atividades que envolvem pais alunos e professores acontecem.

As dependências de ensino waldorf atribuem grande valor entre o espaço e a o desenvolvimento dos alunos, existe então uma busca por espaços de arquitetura antroposófica

A antroposofia aplicada à arquitetura é uma abordagem da Arquitetura Orgânica. Esta deve ser adaptada as condições do local de aplicação. Como uma planta ela deve passar por processos transformativos para acomodar aos usos assim como ao clima, quantidade e faixa etária dos alunos, cultura e dimensão da comunidade em que a escola será introduzida.

“É uma característica da alma humana expandir-se, alastrar-se, desabrochar-se em todas as direções. A maneira de se desabrochar, a maneira como ela deseja alastrar o seu ser no cosmo tem como resultado a forma arquitetônica.” (Rudolf Steiner)

Um projeto de arquitetura antroposófico renuncia a alguns fatores para incorporar em si espontaneidade e potencial adaptativo, além é claro de usar de elementos orgânicos e inspiração na natureza para dialogar com o entorno da implementação, seja o entorno natural ou não.

Considerando estas diretrizes os elementos que formam um padrão de arquitetura no Waldorf são:

• Acolhimento: Existe uma busca por uma grande conexão entre o espaço interno e externo, pátios que permitem a visão do todo e que são vistos pelo resto da edificação e facilitam o acolhimento e a execução de atividades para a comunidade e para os alunos.

• Como em casa: Elementos como varandas e quintais são reproduzidos em adição as salas de aula, o interior das salas dispõe de mobiliário em dimensões proporcionais as dos usuários, armários, mesas e cadeiras a serem compartilhadas e criando um peso social ao espaço. É também de muita importância o uso de materiais naturais e cores pasteis, visto que a escola é muitas vezes o primeiro ambiente social frequentado por crianças é desejada uma transição suave entre o lar e a sala de aula.

• Boas-Vindas: Os acessos devem estar próximos aos prédios administrativos e devem dialogar com a comunidade, criando uma clara marcação do início do espaço escolar, mas sem bloquear o contato entre o interno e o externo. É recomendado também que alunos de faixas etárias muito distintas tenham diferentes acessos, existe uma dinâmica entre alunos mais velhos e mais novos que pode intimidar o uso do espaço e isso deve ser evitado.

• Espaços sociais: Em geral são criados grandes e médios espaços de interação entre os alunos, sem grandes barreiras visuais e que tem como obrigatória a fruição. Esse contato, mesmo que não imediato, entre os alunos promove a ocupação dos espaços comuns e permitem que os alunos se organizem em pequenos grupos. Esse uso compartilhado sem limites fortes do espaço promove interação. A proximidade das salas de aula dos pátios é dada como essencial e ajuda de forma menos marcante definir espaços para as diferentes faixas.

• Local para aprender: Os conceitos Waldorf buscam respeitar o processo de maturidade e criar espaços condizentes com os estágios de amadurecimento. Com isso as salas de aula têm pluralidade de formas e organização.

• Local para as artes: é constante a participação de artes nas atividades do currículo waldorf, de instrumentos musicais, teatro, plásticas, marcenaria e Euritmia. Euritmia é uma forma de dança criada por Steiner e a prática e apresentação da modalidade é parte das aulas ao longo de toda a formação. Ambientes para apresentações são uma constante em instituições waldorf.

• Multifuncionalidade: Os pátios e salas de aula são campos de constante mudança, diferentes organizações possibilitam o desenvolvimento de atividades diversas à medida que os professores, dentro dos moldes waldorf tem maior liberdade de estruturação curricular.

• Limites naturais: Minimizar o uso de luz artificial e a priorização de luz e ventilação natural. Um equilíbrio ente artificial e natural é o ideal para um ambiente escolar, o conforto no ambiente de aprendizado é essencial para os estudantes.

Em visita técnica ao Colégio Waldorf Micael de São Paulo em 05/04/2024, na zona oeste de São Paulo podemos observar muitos exemplos dos elementos descritos acima.

1. Escada e arquibancada no pátio do ensino médio; 2. Sala atividades cenicas; 3. Uma das salas do jardim de infância; 4 Mezanino da Biblioteca; 5.Horta; 6. Sala de Marcenaria; 7.Sala de música do prédio fundamental; 8. Espaço de uso comum do ensino médio; 9. Arquibancada ; 10. Laboratório do pédio Fundamental. Fonte: Autoria propria.

4. Presença de Instituições Waldorf no Estado de São Paulo

A Federação das Escolas Waldorf no Brasil (FEWB), foi fundada em 1998 por 11 escolas e vem desde então tomando posicionamento quanto a presença e disseminação da metodologia no país. Em parceria com a Sociedade Antroposófica Brasileira são realizados eventos, oficinas, cursos, editoração e venda de materiais e demais atividades para fomentar os valores de relações humanas conscientes e colaborativas segundo a antroposofia. A FWEB também zela pelo uso adequado do nome Waldorf sendo esse, entre outros, títulos patenteados e autorizados apenas a instituições afiliadas. Entre as instituições afiliadas mais de sessenta estão presentes no estado de São Paulo e mais de vinte estão na metrópole

O estado de são Paulo tem vinte municípios com instituições waldorf, Americana, Atibaia, Avaré, Botucatu, Bauru, Campinas, Capão Bonito, Guarulhos, Holambra, Itapetininga, Jundiaí, Marília, Mogi das Cruzes, Monte Azul Paulista, Poá, Ribeirão Pires, Ribeirão Preto, Santos, São Paulo e Valinhos. As instituições têm como costume realizar atividades socioeducativas entre as escolas, convidando alunos e para se reunirem em diferentes unidades. Apesar da grande presença, dentre as mais de sessenta unidades presentes na mancha metropolitana de São Paulo há um problema de demanda por escolas que sigam a pedagogia Waldorf, a disposição de escolas é fora de proporção, a grande maioria das instituições cobrem apenas a pré-escola, conforme os alunos crescem não há espaço suficiente nas escolas que tem a sua grande completa até o fim do ensino médio para atendê-los

Mapa 2: Mapa de municípios com Instituições Waldorf no estado de São Paulo Fonte: Autoria própria.
Mapa 3: Mapa de São Paulo de escolas Waldorf por Nível de Ensino Atendido. Fonte: Autoria própria.

5. Programa de necessidades

Pelas características que a compõe, o ideal é a implementação de uma escola percorra do jardim de infância até o fim do ensino médio, com espaços adequados a todas as atividades que são parte da evolução do ser humano segundo a Antroposofia. Com isso o programa deve conter em especial salas para aulas especificas como euritmia, marcenaria, coral e música, artes plásticas, teatro, culinária, jardinagem e para as atividades já esperadas em um currículo escolar de pedagogia convencional, como salas para cada uma das doze séries, quadra poliesportiva, biblioteca, refeitório e setores administrativos.

• Sala de Ensaio 1: usada prioritariamente pelos alunos de primeiro a oitavo ano. Para coral, euritmia e aulas focadas em instrumentos musicais.

• Sala de Ensaio 2: usada pelos alunos do nono ao decimo segundo ano para aulas de Euritmia, coral e como suporte para ensaio e apresentações.

• Auditório: uso adaptável, tendo uso para diferentes atividades

• Laboratórios: 2,4m² por aluno.

• Trabalhos manuais: 3m² por aluno.

• Biblioteca: aberta para todos os alunos.

• Quadra poliesportiva: prática de esportes que permita o rodízio de atividades físicas.

• Sala de Material de Educação Física.

• Pátio 1: mais próximo do ensino fundamental, dispõe de equipamentos para crianças.

• Pátio 2: localizado próximo as salas do nono ao decimo segundo ano. Dispõe de equipamentos para socialização.

• Horta: localizada próxima ao pátio 1 com camas de plantio suspenso

• Cozinha: para aulas de culinária e para uso comum dos alunos e funcionários em horário de intervalo.

• Refeitório: mesas e cadeiras para uso geral.

• Sala dos Professores 1: para professores do primeiro ao oitavo ano.

• Sala dos Professores 2: para professores do nono em diante.

• Doze salas de aula: para aproximadamente trinta alunos.

• Oficina: sala de ferramentas e maquinário para manutenção de mesas, cadeiras e outros, utilizado por equipe de zeladoria.

• Sala de Atendimento à Saúde com no mínimo 6m².

• Salas de aula: mínimo de 2,40 m² por aluno

• Três salas de pré-escola: segundo os conceitos Waldorf elas têm uma disposição adaptável e aparência que se aproxima a um lar, com réplicas de equipamentos residenciais

Na Waldorf algumas atividades são chamadas oficinas terapêuticas ou artesanato básico. Elas têm como objetivo introduzir um sentido para a produção de forma a dar aos alunos o conhecimento pela prática e pelo impacto gerado peles atividades. Diferentes faixas etárias têm contato com diferentes atividades dentro do ambiente da escola e há sempre há o incentivo da elaboração de projetos de iniciativas dos alunos, como festivais de música e oficinas que convidem a comunidade em geral para participar

6. Local de Implementação

Como local foi selecionado um lote no bairro Cursino no território da subprefeitura do Ipiranga. Possuindo os dados cadastrais SQL 046.218.0002-7, o lote tem vinte e dois mil metros quadrados de área categorizada como não construída. O Lote foi originalmente ocupado por uma tecelagem e por muitas décadas foi também uma das fabricas da empresa de eletrônicos domésticos Arno até a mudança de seu polo para o estado de Rio de Janeiro. O lote tem como único acesso a Rua Coronel Domingos Ferreira e divide um de seus muros com a estação Santos – Imigrantes da Linha Azul do Metro de São Paulo. O bairro do Ipiranga teve grande ocupação Industrial por sua relativa proximidade do Porto de Santos e da Ferrovia Santos – Jundiaí, em 1947 foi finalizada a Via Anchieta que influenciou a ocupação do bairro. As primeiras industriais da região foram implementadas no ano de 1890 o bairro se tornou um parque industrial em 1935.

Figura 3 - recorte do mapeamento de 1930 -Sara que identifica região como Villa Firmiano Pinto Fonte: Geo Sampa.

Figura 4 - recorte da mesma região em mapeamento de 1954 -Vasp Cruzeiro. Fonte: Geo Sampa.

11 - Foto do lote no dia 24/04/2024. Fonte: Autoria própria.

A região está consolidada por uso residencial e nos últimos anos tem sofrido transformações tipológicas. Hoje existem múltiplos edifícios de caráter vertical residencial no bairro e mais lotes estão em processo de aquisição para que sejam implementadas novas unidades.

Por fotos de satélite se observa que a demolição do complexo da Arno for concluída entre 2010 e 2011, e em visita ao bairro é clara que a ocupação do bairro é de residencial horizontal de médio porte e no momento existem diversas construções visando converter a ocupação do bairro em horizontal vertical, o comercio já presente na região é de pequeno porte parece ainda não comportar a nova tipologia que está sendo implementada. O lote selecionado tem vinte e dois mil metros quadrados e tem sua ocupação de forma incomum, considerando sua área (22.000m²) e o seu único ponto de acesso, na Rua Coronel Domingos Ferreira, o lote está cercado de outros loteamentos menores.

Mapa 3: Tipológico do entorno do lote aproximadamente 500m (autoria própria).
Figura 6: Foto por satélite ano de 2012.vFonte: Google Earth
Figura 5: Foto por satélite ano de 2010 Fonte: Google Earth.

7. Contaminação do Solo

Como muitos outros territórios na cidade de São Paulo o lote está contaminado, uma consequência de seu uso anterior como indústria. Segundo o banco de dados da CETESB há presença de metais pesados, solventes e água subterrânea no lote e a empresa proprietária, CYRELA, já iniciou o processo legal para realizar remediação do terreno com a intenção de implementar um projeto residencial de grande porte.

Sendo os principais alvos da remediação os metais pesados e os solventes, a Biorremediação seguida por Lixiviação e Fitorremediação é a melhor proposta para descontaminação.

A biorremediação usa microrganismos para consumir substâncias de caráter orgânicos do solo, a fitorremediação usa plantas para absorver e acumular contaminantes e a lixiviação implementa substancias químicas para estabilizar substâncias toxicas e impedir a sua dispersão, A aplicação inicial de microrganismos seguido de lixiviação química e por fim a fitorremediação para finalizar e controlar qualquer contaminante residual é a melhor proposta nesse caso. Segundo Roberta Mertz Rodrigues (2016), pesquisas na área da Fitorremediação são conduzidas desde os anos 80 nos Estados Unidos pela EPA (Enviromental Protection Agency) no qual plantas apresentam eficácia em remover metais pesados, enquanto microrganismos ajudam a processar outras substâncias.

Mapa 4: Lotes contaminados em área aproximada de 150 metros do lote selecionado. Fonte: Autoria própria.

8. Zoneamento

O lote está dentro de uma ZM-2, ou que o classifica como parte da Macrozona de Urbanização Consolidada, onde devem ser promovidos melhoramentos e otimização do aproveitamento do solo com a implementação de serviços, equipamentos e infraestrutura. A Lei de Zoneamento, nº 16.402/16, define parcelamento, uso e ocupação do solo da cidade de São Paulo enquanto o Plano diretor, lei nº 19.050/14, orienta o crescimento urbano. Uma ZM-2 tem como coeficiente mínimo 0,3 e 2,0 como taxa de ocupação máxima em lotes com mais de 500 m², o lote selecionado para implementação é de 0,7 e gabarito máximo de 28 metros. O lote divide seus limites com a estação Santos – Imigrantes da Linha Verde do Metro, parte do Eixo de Estruturação da Transformação Urbana onde há incentivo para construções de alta densidade. Essa característica define a região como foco de mudança na disposição entre moradia e transporte público de grande escala A área de 400 m em torno da estação SantosImigrantes está sujeita a benefícios mediante a implementação de fachadas ativas e fruição publica no pavimento térreo, dentro desse raio não há obrigatoriedade de vagas para automóveis, em seu lugar há um parâmetro máximo de espaço para automóveis, incentivando o uso da estrutura pública.

5: Zoneamento de parte da região do Ipiranga Fonte: Autoria própria.

Mapa

9. Madeira Laminada Colada Cruzada (MLCC)/Cross Laminated Timber (CLT)

A Madeira Laminada Colada Cruzada, conhecida também como CLT é um composto de madeira resinosa arranjada ortogonalmente e unidas por cola industrial. O material foi desenvolvido nos anos noventa e aplicado pela primeira vez em alguns países europeus, seu uso vem sendo objeto de estudo para aplicações mais amplas. Visto como uma abordagem promissora como material ecologicamente positivo, o CLT é capaz de reter carbono enquanto o concreto é responsável por grandes emissões de gás carbônico, sua manutenção e reposição são relativamente baratas e rápidas, pois o material é pré-fabricado e entregue a obra apenas para ser acoplado, outro fator é sua resistência relativa a seu peso, que o torna tão eficiente quanto concreto e metal na função estrutural A madeira também apresenta grande capacidade como material térmico e acústico

Em pesquisa realizada em parceria entre as universidades Federal de Lavras e a de São Paulo, foram conduzidos estudos de viabilidade de espécies presentes em grande volume em solo brasileiro para a produção de CLT. A plantas selecionadas foram Eucalyptus grandis, Seringueira (Hevea brasiliensis) e bambu, que sozinho dispõe de grande variedade de espécies. Os testes indicaram que a todos os painéis alcançaram resultados satisfatórios, porém o bambu apresentou melhor resistência a umidade e capacidade de carga.

Em mais testes o material foi submetido a ensaio de terremotos em 2013, que constatou deformação menor que 3 cm em edifícios de 7 andares constituídos de CLT. Submetido também a chamas o CLT queimou por 3 horas antes de perder sua resistência em testes conduzidos pela American Wood Council em 2012, e tais testes foram conduzidos sem nenhum revestimento ou material isolante que pode criar variações.

A umidade também é um fator que pode impactar diretamente a vida útil da CLT, a madeira é tratada em suas superfícies para resistir ao tempo e principalmente quando em contato direto com o solo, o que é contraindicado, a estrutura deve ser salvaguardada e o contato com solo deve ser indireto.

O uso de madeira como base estrutural de uma construção é regido pela NBR 7190-1/22, nela estão exemplificadas placas de CLT, as diferentes formas de arranjar e conectar as peças com encaixes metálicos

Figura 7: Gráfico demonstrando configurações de Madeira Laminada Colada Cruzada. Fonte: página 38 da NBR 7190-1/22 ABNT.

O uso do MLCC ainda não é tão comum quanto poderia ser, o Brasil tem grande potencial para explorá-lo e implementálo A NBR 7190 detalha a aplicação e regula como deve ser a sua produção e instalação. Temos muitos exemplos de edifícios construídos com MLCC, mas muitos exemplos têm o material como uma estrutura secundaria unida á métodos tradicionais.

Showa Gakuin Elementary School West Wing

A Nikke Sekkai é um escritório de arquitetura no Japão e se orgulha em unir Arquitetura Urbanismo e Meio Ambiente. O projeto para expansão da escola Showa Gakuin foi concluído em 2021 em Chiba no Japão Os arquitetos da Nikken Sekkai trabalhando com a divisão de pesquisa em madeira e implementaram Madeira Laminada Colada Cruzada como estrutura autoportante do novo prédio eliminando a necessidade de pilares.

Figura 8: Diagrama estrutural de projeto. Fonte: Site do escritório Nikke Sekai.
Figura 9: Foto do interior de expansão da Escola Showa Gakuin. Fonte: Site do escritório Nikke Sekai.
Figura 10: Lateral da expansão da escola Showa Gakuin. Fonte:Site do escritório Nikke Sekai.

Generatorn

O projeto do escritório Spridd em parceria com os escritórios September e o parisiense Secretary e é um edifício residencial multifamiliar. O projeto foi idealizado para coabitação e dispõe de pluralidade de espaços de uso comum. Além de usar de CLT para sua estrutura ele também é equipado com painéis solares o tornando um prédio que produz mais energia do que consome. Localizado na Suécia na cidade de Linköping o projeto vou vencedor de um concurso para ocupação do bairro Vallstaden na Suiça.

Figura 11: Fotografia da lateral norte do edifício Generatorn Fonte: Site do escritório Spridd.
Figura 12:Interior da cobertura Fonte: Site do escritório Spridd.
Figura 13: Lateral sul do edifício Generatorn. Fonte: Site do escritório Spridd.

ORILLIA WATERFRONT CENTER

O prédio foi o primeiro projeto estruturado em CLT em Ontario, Canadá, criado para substituir o centro anterior perdido para um incêndio. O novo prédio tem paredes giratória de CLT que permitem a reconfiguração do espaço interno, essa característica possibilitou o uso do centro como um local de atividades variadas como aulas comunitárias, exposições e suporte para navegadores que usam o prédio também como um local de descanso. Além do espaço multiuso ele também dispõe de banheiros com chuveiros e a administração do porto. A obra foi concluída em 2017 pelo escritório Brook Mcilroy.

Figura 14: Fachada principal do centro comunitário.
Fonte: Site do escritório Brook Mcllroy.
Figura 15:Interior do centro comunitário.
Fonte: Site do escritório Brook Mcllroy.

MORADIAS INFANTIS

Por Aleph Zero e Rosenbaum o projeto é uma reconstrução do aprender na cidade de Formoso do Araguaia, Tocantins, Brasil. O projeto é uma escola de regime internato e abriga mil e duzentos alunos entre treze e dezoito anos. Além de uma pletora de espaços criados para o uso comum dos alunos também foi configurado um modulo de quatro estudantes por quarto com o fim de influenciar melhor a independência entre as crianças e melhorar as condições sanitárias O objetivo era transformar a perspectiva dos alunos sobre o edifício e tornar o prédio algo que eles reconhecessem como um lar.

Figura 18: Escadaria no interior. Fonte: Site do escritório Rosenbaum.
Figura 17: Interior da Escola-fazenda de Canuanâ. Fonte: Site do escritório Rosenbaum.
Figura 16: Foto da Escola-fazenda de Canuanã Fonte: Site do escritório Rosenbaum.
Figura 19:Diagrama espacial. Fonte: Site do escritório Rosenbaum.

Sede Administrativa Fundação Floresta – Juréia-Itatins

O edifico tem função primaria como central administrativa e pesquisa para Mosaico de Unidades de Conservação de Jureia-Itatins (Mucji), parte da Fundação Florestal do Estado de São Paulo. O uso de Madeira Laminada Colada teve como objetivo agilizar a obra, evitando a dependência de materiais de difícil reciclagem e priorizando o uso de materiais de baixo impacto ao meio ambiente.

Localizado em Peruíbe, litoral de São Paulo, Brasil, o prédio é parte do programa de recuperação socioambiental da Serra do Mar e do Sistema de Mosaicos da Mata Atlântica. O programa foi dividido em três pavimentos para que o edifício pudesse ocupar uma clareira já existente no terreno, evitando o desmatamento de árvores. O nível térreo contém os programas de caráter público e de atendimento as comunidades. No primeiro pavimento estão os ambientes de trabalho dos servidores enquanto no segundo estão laboratórios. E por fim o último piso é uma área de apoio técnico e uso livre: um espaço aberto que pode receber atividades e usos diversos, funcionando como um mirante na altura da copa das árvores. A circulação se dá em uma rua interna avarandada, contendo escada, elevador e passarelas, com largura generosa para acomodar os diversos fluxos e encontros.

Figura 20: fachada principal do pédio. Fonte: Site do escritório 23 sul.
Figura 21:Interior do terceiro pavimento. Fonte: Site do escritório 23 Sul.
Figura 22: Lateral do edifício Fonte: Site do escritório 23 Sul.

MINIMOD Catuçaba

Descrita como uma exploração pela equipe, o projeto é um abrigo primal em roupagem contemporânea. As formas brutas buscam destacar o limite entre o homem e a paisagem. Localizado ao leste do estado de São Paulo, em meio a montanhas da Serra do Mar. O modelo MINIMOD busca fazer uso dos avanços a nossa disposição para entregar uma habitação com precisão, velocidade, menos resíduos e menor impacto ambiental e com potencial de ser adaptado à diferentes paisagens.

Figura 23: Interior do MINIMOD 1. Fonte: Site Divisare.
Figura 24: Exterior do MINIMOD 2 Fonte: Site Divisare.
Figura 25: Exterior do MINIMOD 1. Fonte: Site Divisare.
Figura 26: Interior do MINIMOD 2. Fonte: Site Divisare.

10.Plano para TCC 2

Durante a primeira fase de pesquisa já era idealizado uma proposta de acomodação das salas de aula em torno de um grande espaço de uso comum. A primeira concepção era de salas em formato hexagonal em três andares separando quatro turmas por andar. Essa proposta não contava ainda com a acomodação de espaço para pré-escola. No desenho da Figura 27 foi estipulada a possibilidade que um aclive ou declive poderia ser para posicionar as salas em uma única torre, enquanto os demais equipamentos seriam posicionados em um bloco próprio. Como ainda não havia sido selecionado um local a proposta considerava apenas o dimensionamento mínimo para as salas e possibilitava uma hipótese de configuração interna das salas.

27: Rascunho de posicionamento das salas de aula.

Fonte: Autoria própria.

Em visita ao bairro Cursino foi observado o estado atual do terreno Foi observado também a situação de alguns imóveis que dividem limites com o terreno escolhido Em alguns dos bancos de dados usados na produção dos mapas apresentados anteriormente foi notada inconsistência na área do terreno. Algumas camadas apresentam os lotes 0267, 0017 e 0016 como parte do terreno, por esta razão os loteamentos estão sendo considerados como parte do lote principal adicionando 1 881 m² ao projeto.

Figura
Figura 28: Lotes 0016 e 0017 na Rua Breno Ferra do Amaral. Fonte: Google Earth.

Considerando a consolidação da quadra, a adesão dos lotes cria oportunidade de disponibilizar um novo acesso ao terreno, algo que é necessário para a circulação de veículos escolares e que torna a caminhada em direção a estação Santos-Imigrantes mais fácil. Apesar dessa nova abertura o terreno ainda é uma bolha para o bairro, logo, a disposição dos equipamentos poderia fazer uso dos muros que cercam o terreno e criar um grande pátio interno, ou explorar este cerco se apropriando dessa exclusão, se tornando uma “ilha” em contraste com o resto do bairro. Com essa visão, foi organizado um programa que gira em torno do espaço comum, um Sol cercado por outros corpos celestiais.

Figura 29:Estudo de posicionamento de programa.

Fonte: Autoria própria

O programa foi dividido então em dois andares. Nos limites do lote estão os equipamentos complementares às salas de aula. A Biblioteca, salas de trabalho manual, salas para ensaio, quadra e espaço livre amplo para o a socialização. São parte também do pavimento térreo as salas para pré-escola e a zeladoria. No centro estão a administração e a sala dos professores no primeiro pavimento, que são circunscritas por espaço amplo de estar e socializar que conecta com as salas de aula, cozinha e refeitório para uso comum a todos os funcionários e alunos. Abaixo da administração, no térreo está um espaço de uso comum que conecta as salas, corredores, auditório e acessos secundários do prédio. Os acessos secundários devem direcionar os usuários aos demais blocos de atividade.

Durante o estudo de disposição foi também incorporado o lote 0003, que é utilizado hoje como uma garagem. O lote tem 2 240 m² e viabilizaria um local para acesso de veículos de embarque e desembarque dos alunos. O acesso ao terreno alvo é restrito pelos outros lotes, logo minimizar o impacto em horários de pico é desejável e a nova área abre a possibilidade de afastar uma quadra poliesportiva do prédio principal, diminuindo o impacto de ruídos

Figura 29: Disposição do programa no terreno.
Fonte: Autoria própria.

Desenvolvimento seguinte

Para a próxima fase deste projeto serão aplicadas dimensões reais ao programa, seguindo as normas gerais e critérios da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou mobilidade reduzida, e decretos nº12.342/1978, nº 45.615/2001 e a resolução SS nº 493/1994, de São Paulo, para que seja possível calcular a área total que o programa abrange. Com a adição de lotes vizinhos a área total do terreno é de 26.000 m².

Figura 30: Cortes A, B e C do Lote. Fonte: Autoria própria.

Uma grande parte da segunda fase será dedicada ao cálculo estrutural. Também é cogitada uma visita a uma segunda instituição waldorf com o intuito de compará-lo a Waldorf Micael de São Paulo nos quesitos apontados como fundamentais para uma escola que implemente a pedagogia. Será proposto para as instituições visitadas que possam ser realizadas novas visitas durante o semestre letivo para aplicação de APOs (analises pós ocupacionais). A coleta de dados por meio de entrevistas com os alunos e corpo docente trará insumos para desenvolvimento

Itens a serem concluídos na segunda fase:

• Resumir normas referentes a projetos escolares para melhor consulta.

• Produzir desenho com medidas reais dos espaços.

• Agendamento de novas visitas e aplicação de APOs

• Criar CLT como material estrutural em programa Ftool.

• pesquisar zoneamento atual da região e usar tabelas disponibilizadas pela prefeitura para calcular CA, TA e possibilidade de Outorga.

• Calcular número de sanitários necessário para o programa.

• Produzir relevo do local e entorno do terreno no Archicad.

• Investigar tempo de execução de remediação estipulada anteriormente.

• Investigar necessidades especificas para uma cozinha de acesso geral.

• Pesquisar normas referentes a construção de auditório.

• Desenho das salas de aula.

• Desenho dos equipamentos não específicos

• Desenho de equipamentos específicos

• Produção de maquete volumétrica digital.

• Produção de cortes digitais.

11.Referências Bibliográficas

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